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Devocional - 18 de dezembro de 2023

A IMPORTÂNCIA DA COMUNHÃO

Bom dia.

Lê o salmo 133.

1 Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.

2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que
desce à orla das suas vestes.

3 Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o
Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.

A comunhão é fundamental na vida cristã. Ela faz parte da essência dessa vida. Somos salvos
mediante a aceitação do sacrifício do Senhor Jesus por nós, uma decisão pessoal,
intransmissível, que ninguém pode tomar em nosso lugar, mas, após esse momento tão
pessoal, deixamos de contar só connosco e passamos a fazer parte do corpo de Cristo, a Igreja.
Isto significa que a nova vida que disfrutamos em Cristo é para ser vivida em comunidade, com
os nossos irmãos na fé, todos unidos a Deus. É importante salientar que esta união não é
facultativa, não vale apenas para as pessoas mais sociáveis ou extrovertidas, não está
dependente da personalidade ou da história de vida de cada pessoa. Ela é para todos. Todos
são chamados a viver em união com os outros salvos pelo sangue de Cristo.

Salmos 133 fala-nos do valor da união entre os irmãos. Volta a ler o salmo e responde às
questões:

1) Na tua opinião, por que o salmista usa o adjetivo “suave” para qualificar a união? Tenta
encontrar sinónimos para “suave” que correspondam à ideia que tens do que quer dizer o
salmista.

2) São empregues duas imagens, duas comparações, para explicar o valor da união entre os
irmãos. Quais são? Percebes o que elas significam?

Em relação à pergunta 1) é importante salientar que a união referida é, sobretudo, espiritual.


Este salmo era cantado pelos peregrinos quando se deslocavam para as três grandes festas
religiosas do calendário judaico. Mais do que o sangue, a descendência de Abraão que
partilhavam, unia-os a fé e o temor a Deus. Era essa experiência espiritual que os aproximava e
ligava.

Em relação à pergunta 2), o significado das comparações não é de fácil apreensão para nós,
habitantes do século XXI. Mas quem vivia na época de David, que escreveu o salmo, não tinha
dificuldade em entender.
O óleo (versículo 2) significa a bênção derramada por Deus, neste caso, a unção de Arão como
sumo sacerdote de Israel. O óleo descendo pela cabeça e pela barba do irmão de Moisés
aponta para as ricas bênçãos de Deus derramadas sobre a sua vida. Assim acontece aos que
vivem em união, eles usufruem das bênçãos do Senhor.

O “orvalho de Hermom” (versículo 3) era outra imagem fácil para os israelitas. Do monte
Hermom, com 2800 metros de altitude, vinha grande parte da água que alimentava o rio
Jordão. Fosse sob a forma de “orvalho”, neblina ou neve derretida, a água descia da montanha
e alimentava as terras e as gentes, que a recebiam como dádiva divina, sem a qual não
conseguiriam sobreviver. Naquela terra seca essa água fazia toda a diferença. Da mesma
maneira, a união alimenta a vida do crente. Sem ela não é possível sobreviver espiritualmente.

Percebes agora a importância da união?

Podemos definir comunhão como a vivência em união. Por outras palavras, o facto de
estarmos unidos leva-nos a interagirmos uns com os outros, e o que resulta dessa interação
chama-se comunhão. É sobre ela que iremos falar e estudar nos próximos dias. Mas mais do
que falar e estudar, que é importante, sem dúvida, queremos que possas experimentar a
verdadeira comunhão. Primeiro, com Deus. Depois, com os teus irmãos. Este é o nosso desejo
e o nosso desafio. Estás pronto?

Ora ao Senhor agradecendo pela oportunidade de estares aqui e pede-lhe que te ajude a estar
atento ao que vais aprender e a disfrutar da comunhão com os outros participantes.

Para refletires:

A caminhada cristã é feita em comunhão com os irmãos. “E consideremo-nos uns aos outros,
para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é
costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se
vai aproximando aquele dia” (Hebreus 10:24,25).

Caminhamos para “aquele dia”, e nessa jornada vamos sendo aperfeiçoados. Os nossos irmãos
em Cristo estimulam-nos e admoestam-nos com vista a esse aperfeiçoamento. Pensa no que
tens aprendido com eles, pensa como eles te têm ajudado a melhorar. A comunhão tem sido
bênção para ti?

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