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TRÊS MOTIVOS PARA VIVER EM UNIÃO

1 Coríntios 1:10: “Irmãos, peço, pela autoridade do nosso Senhor Jesus


Cristo, que vocês estejam de acordo no que dizem e que não haja divisões
entre vocês. Sejam completamente unidos num só pensamento e numa só
intenção”.
INTRODUÇÃO
Um ditado popular declara que a união faz a força, sendo assim podemos
pensar que a divisão enfraquece e nos impede de alcançar um objetivo.
Sabemos que a vivência harmoniosa entre as pessoas em qualquer grupo
é um desafio, mas se quisermos alcançar qualquer objetivo como grupo
precisamos nos manter unidos.
A união é necessária porque a desunião enfraquece, fragmenta e
frustra os objetivos e alvos que precisamos alcançar juntos.
Encontramos vários exemplos negativos de divisões. No Jardim do Édem
houve divisão. Adão pensou que também poderia mandar e desobedeceu
a ordem do Senhor de não tocar na árvore do bem e do mal. No mundo
Árabe, também há divisão. A briga entre árabes e judeus é uma briga
entre dois irmãos, filhos do mesmo pai Abraão, descendentes de Ismael e
Isaque. Entre Esaú e Jacó houve divisão. Esses irmãos brigavam dentro
da barriga da mãe. Quando Esaú nasceu, Jacó estava segurando sua
perna. Durante toda a vida Jacó foi um trapaceiro e suas atitudes geraram
ódio no coração de seu irmão. A parábola do filho pródigo relata um
impasse numa família entre o pai e dois irmãos que não combinavam e
não se toleravam. O irmão mais velho não tolerava o fato do pai oferecer
perdão ao irmão que deixou tudo pra trás para viver dissolutamente.
Esses exemplos nos fazem ver claramente que sem união não somos
um povo forte, não avançamos e não prosperamos no reino de Deus.
Algumas pessoas costumam dizer que o povo evangélico é um gigante
adormecido. Prefiro que dizer que é um gigante enfraquecido pela
desunião.
Todos aqueles que nasceram de novo fazem parte da igreja e seus
membros devem demonstrar aos olhos do mundo, de forma visível
essa unidade interna que desfrutamos em Cristo. E assim, a desunião
dos crentes, portanto, é uma ameaça à igreja e um escândalo diante do
mundo.
A discórdia entre as pessoas é uma sombra destruidora da unidade,
porque impede o brilho da luz e dificulta a vida da comunidade.
Reflete fortemente também na vida e estrutura das famílias, impedindo-
as de cumprir a sublime missão de educar bem seus filhos para a prática
da fé e da cidadania. Jesus Cristo, com sua mensagem, é a luz capaz de
sublimar todo tipo de desunião.
Paulo orienta aos membros da Igreja em Corinto a se manterem
unidos num único objetivo, o de servir a Deus.
Quero falar sobre 03 motivos para vivermos em união, principalmente
na Igreja:

1) Devemos viver em união porque é a vontade de


Deus: João 17:20-21
Vejamos o que Jesus diz em João 17:20-21: “20 Não peço somente por
eles, mas também em favor das pessoas que vão crer em mim por meio da
mensagem deles. 21 E peço que todos sejam um. E assim como tu, meu Pai,
estás unido comigo, e eu estou unido contigo, que todos os que crerem
também estejam unidos a nós para que o mundo creia que tu me enviaste”.
Jesus fez uma oração declarando seu desejo que todos os que
cressem Nele tivessem a união que ele tinha com o Pai.
Jesus tem uma preocupação especial em nos ordenar a vida em união
porque uma igreja dividida não prospera. Em Mateus 12:25 percebemos
claramente este princípio: “Mas Jesus conhecia os pensamentos deles e
disse: —O país que se divide em grupos que lutam entre si certamente será
destruído. E a cidade ou a família que se divide em grupos que lutam entre si
também será destruída”.
Paulo igualmente se preocupa com a união ao orientar a igreja de Éfeso:
“Rogo-vos, pois, eu, prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da
vocação a que fostes chamados, com toda humildade e mansidão, com
longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos
diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vinculo da paz;
há somente um Corpo e um Espírito, como fostes chamados numa só
esperança da vossa vocação, há um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
um só Deus e Pai de todos, a qual é sobre todos, age por meio de todos e
está em todos”(Ef 4.1-6).
É da vontade de Deus que vivamos em união, e para isso, precisamos
nos esforçar para vivermos assim no ambiente em que estamos e
principalmente na Igreja com os nossos irmãos. Uma Igreja unida no
objetivo de cumprir a vontade de Deus é uma Igreja forte e saudável.
2) Devemos viver em união porque na união Deus ordena
benção: Salmo 133:1-3
Vejamos o que diz este salmo: “Oh, como bom e agradável viverem unidos
os irmãos, pois ali o Senhor ordena a sua benção. É como óleo precioso
sobre a cabeça, o qual desce para a barba de Arão e desce para a gola de
suas vestes. É como orvalho do Hermom que desce sobres os montes de
Sião. Ali ordena o Senhor a sua benção e a vida para sempre” (Salmos
133.1-3).
A união é comparada nestes versos a um óleo precioso e ao orvalho do
Hermon.
O verso dois descreve que esse “viver em união” deve ser como o óleo
precioso derramado desde a cabeça, e que desce sobre a barba de
Arão até a gola de suas veste. Isto se trata de uma referência à
consagração do sacerdote. O óleo deveria descer sobre toda a sua veste
sacerdotal. Portanto, entendemos que a consagração deve ser plena e
absoluta. A ideia que o texto pretende transmitir é a seguinte: a união
entre os irmãos deve ter relacionamento, santidade e santificação.
Não pode haver santificação verdadeira perante Deus sem vivermos
em unidae. A santificação se evidencia pela prática da união entre os
irmãos.
O Salmo 133 diz também que a união fraternal é como o orvalho do
monte Hermom quando desce sobre os montes de Sião. O monte
Hermom está situado numa região muito marcada pela humidade por ser
cheia de água. Isso faz um contraste com as regiões desérticas do Sul da
Palestina. Portanto, a região do Hermom é marcada pela prosperidade
e por frutificação. Logo, a união que Deus deseja é acompanhada pela
benção da santificação, da prosperidade e da frutificação que Deus
concede a partir dos montes de Sião (ver. 3). O importante é que o
Senhor é quem sustenta isso. É uma benção completa para todos nós.

São muitos os exemplos onde houve a unidade dos irmãos desde o NT


até os dias de hoje e ali o Senhor ordenou a sua benção. Como
exemplo podemos citar a promessa do Espírito Santo em Pentecostes.
Jesus havia feito um pedido a seus discípulos que não dispersassem, nem
se ausentassem de Jerusalém até que fossem revestidos de poder. Isto
era uma promessa tremenda que se cumpriu (Lc 24.49; At 1.4). Que
estratégia magnífica do Senhor ter feito justamente na Festa de
Pentecostes onde estariam todos reunidos, judeus e gentios (At 2.1; 9-
11). E realmente o Senhor ordenou as suas bênçãos e muitos prodígios
e sinais foram feitos por eles (At 2.43), bem como muitos (quase três
mil pessoas) aceitaram a palavra de Jesus como Salvador e foram
batizados.
Com essa unidade se havia perseverança, temor a Deus, alegria,
singeleza de coração, louvores a Deus e um fato maravilhoso:
contavam com a simpatia do povo. Tudo isso feito através de uma
obediência a Deus acima dos próprios interesses. Todos os que creram
estavam juntos e tinham tudo em comum (At 2.44; At 4.32) a ponto de
não haver necessitado entre eles (At 4.34-35). A unidade era tamanha que
ao orarem tremia o lugar onde estavam reunidos e ficavam cheios do
Espírito Santo (At 4.31) e quando se reuniam no Pórtico de Salomão
muitos sinais e prodígios eram feitos, contando sempre com a admiração
do povo (At 5.12-14).
O salmista exalta a importância da união entre os irmãos e o
resultado dessa atitude, Deus ordena benção e vida para sempre.
Precisamos ter o prazer de vivermos em união uns com os outros, a
disponibiidade de nos doarmos sem qualquer tipo de interesse pessoal.
Uma Igreja que procura viver assim com certeza tem vida e benção de
Deus sempre.

3) Porque quando há união, há também crescimento: Atos


2:42-47
42 E todos continuavam firmes, seguindo os ensinamentos dos apóstolos,
vivendo em amor cristão, partindo o pão juntos e fazendo orações. 43 Os
apóstolos faziam muitos milagres e maravilhas, e por isso todas as pessoas
estavam cheias de temor. 44 Todos os que criam estavam juntos e unidos
e repartiam uns com os outros o que tinham. 45 Vendiam as suas
propriedades e outras coisas e dividiam o dinheiro com todos, de acordo com
a necessidade de cada um. 46 Todos os dias, unidos, se reuniam no pátio
do Templo. E nas suas casas partiam o pão e participavam das refeições
com alegria e humildade. 47 Louvavam a Deus por tudo e eram estimados
por todos. E cada dia o Senhor juntava ao grupo as pessoas que iam sendo
salvas.
O crescimento numérico da igreja não é mágico; deve ser fruto do ardor
e da paixão de falar de Cristo às pessoas; ir ao mundo e, no meio da
sociedade corrompida pelo pecado, ser sal da terra e luz do mundo.
Jamais o crescimento numérico deve ser um fim em si mesmo, mas um
meio para que o nome de Deus seja glorificado e exaltado.
Os membros da Igreja primitiva tinham o prazer em se manterem
unidos em tudo, a atitude dessa Igreja chamou a atenção de todos e
Deus acrescentava as vidas que haviam de se salvar.
Um desafio para a Igreja de Cristo é de se manter unida em todo
tempo, focada em um único objetivo, levar a mensagem de salvação a
todos. Vivendo assim, Deus acrescentará as pessoas a Igreja.
“Sejamos sempre instrumentos de união no lugar que Deus nos
colocar, lembrando sempre, que se existem divisões elas são
provocadas por nós mesmos.”

Conclusão
Durante a era glacial muitos animais morriam por causa do frio. Os
porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos,
porco- se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de
cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que
ofereciam mais calor. Por isso decidiram se afastar uns dos outros e
voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha: ou
desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a
conviver de forma que não ficavam nem tão distantes e nem tão próximos
uns dos outros numa distancia suficiente para que pudessem se
agasalhar.
E assim sobreviveram…
A moral desta história é que sozinhos corremos um grande risco de
sairmos perdendo diante das lutas da vida. A união nos faz vencer as
lutas e nos tornarmos uma igreja mais forte diante das adversidades.
Paulo sabiamente recomendou aos irmãos da Igreja de Corinto: “Irmãos,
em nome de nosso Senhor Jesus Cristo suplico a todos vocês que concordem
uns com os outros no que falam, para que não haja divisões entre vocês, e,
sim, que todos estejam unidos num só pensamento e num só parecer”. 1
Coríntios 1:10

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