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Você irá ler uma história, que permeia por vários pontos de vista.
Creio que não é justo caminhar por apenas uma narrativa, mas é sábio descobrir juntamente com
teu locutor todas as dobras e trilhas deste magnífico caminho.
No topo de cada capítulo, haverá o nome de quem você está acompanhando e, em alguns
momentos, o ponto de vista irá mudar.
Abandone grande parte do que acredita antes de caminhar consosco. Caso contrário, não navegue
com este remo quebrado que chama de mente.
***
-- CAOS --
O primeiro pulso
As respostas para esta pergunta são vagas ou inexistentes. Algumas se aproximam levemente da
realidade, mas a simplicidade da real resposta não é aceita por quase ninguém.
Sabe o que existia?
Simplesmente não havia nada.. A ausência de tudo, o imenso vazio, foi nomeado por muitos como
CAOS.
O nome Caos, nos dias de hoje, está mais ligado a desordem, confusão ou desequilíbrio. Mas antes
de tão diversas explicações existirem, Caos significava vazio primordial, ilimitado e indefinido.
Não existia tempo, então não há como dizer quando exatamente ocorreu. Apenas sei que em certo
instante, algo pulsou em mim... Algo que para mim foi um simples pulso.
Alguns de seus ensinos, chamam este pulsar de Big Bang (Grande explosão), algumas religiões
chamam de vontade divina pela criação. Este pulso deu origem à vida, que desencadeou na criação
de ordem, tempo, espaço, luz e uma infinidade de conceitos e certezas.
A segunda resposta irá levar um maior tempo para você conseguir entender, leia o que eu e minhas
criações vamos contar a partir deste momento. Não posso garantir que será satisfatório para todos,
pois a verdade ou mentira são apenas duas páginas desta história, e você precisa enxergar todas as
vertentes além destas duas.
Se está lendo até aqui, siga por este caminho onde ninguém, além de você mesmo, poderá
encontrar esta resposta.
Era uma vez…
***
O último filho
Em certa noite de lua cheia, um jovem homem carregava em seus braços uma criança.
Estavam sentados em um banco de uma praça, observando as estrelas. A criança, um garoto de
cinco anos, observava de maneira estonteante o céu estrelado e o forte brilho da lua cheia.
O homem que o segurava, observava a maneira que ele olhava apaixonadamente para a lua.
_Padrinho, quando eu crescer, posso pegar a lua para mim? (Perguntou a criança ao jovem que a
segurava em seu colo)
Neste momento, o homem coloca Miguel sentado no banco, ao seu lado, e explica calmamente:
_Quando você crescer Miguel e realmente quiser algo, deve lutar com todas as suas forças para
realizar seu sonho.
_Lutar padrinho?
_Não com os braços (Leve riso), com a mente, com o coração... Principalmente com o coração.
O homem chamado Célio solta uma grande gargalhada que faz com que Miguel fique confuso.
Célio era ateu e, apesar de querer explicar muitas coisas para seu afilhado, não queria destruir sua
fértil imaginação. Ainda rindo um pouco, ele se aproxima de Miguel e o abraça bem forte.
_Quando você aprender a lutar usando seu coração, nada vai ser impossível para você Miguel.
Miguel abre um grande sorriso de felicidade. Célio o pega novamente no colo e se levanta do
banco, para ir embora.
Durante a caminhada, Miguel não tira os olhos do céu.
_Padrinho?
_Sim Miguel.
_Por que ele não para de olhar para a gente?
Ao escutar isso, Célio para de caminhar e olha para Miguel confuso por alguns momentos.
Vira levemente a cabeça em algumas direções, mas não vê ninguém.
_Quem está olhando para a gente Miguel, a lua? (Diz com um leve riso)
_Não padrinho, ele (Fala Miguel, apontando seu pequeno dedo para o céu).
Célio olha para o céu e, após alguns momentos, volta seu olhar para Miguel, permanecendo calado.
Continuaram seu caminho para casa, Célio com um olhar brando e pensativo.
Enquanto Miguel não tirava seus olhos de mim.
Capítulo 01
Quem irá falar com você agora, não é a mesma pessoa (Ou ser) que falava no início.
Fique atento a este detalhe, pois a verdade se altera dependendo do ponto de vista.
-- Miguel --
Primeiro, o fim
Prazer em lhe conhecer, me chamo Miguel Guerra. Somei 25 anos de desgastante luta por algum
significado na vida, sem nenhum sucesso, claro.
Por não ser o herói, apenas um personagem desta história, irei começar a contar a partir do dia em
que faleci. Não se preocupe, não será nada mórbido, mas também não espere que seja algo normal.
Bem, era uma noite com o céu livre de nuvens. A lua cheia brilhava de maneira magnífica e, por
algum motivo que não lembrava na época, eu sempre ficava fascinado por ela.
Eu estava pilotando minha moto, voltando para casa após um dia exaustivo de trabalho. Como já
era tarde da noite, a rua estava vazia e eu podia seguir meu caminho em paz.
Apesar de ser totalmente fascinado pela lua, eu era um piloto experiente, então não tirava meus
olhos da pista.
Particularmente, não sei bem se vai acreditar no que aconteceu... Eu talvez não acreditaria se me
contassem isso.
Sabe quando está caminhando na rua e se sente observado por alguém?
Instintivamente, quando sentimos isto, olhamos para trás às vezes.
O estranho é que não foi para trás que eu olhei.
Pode soar meio confuso mas, eu olhei para cima.
Foi por poucos segundos, acredito. Mas a noção de tempo fluiu diferente para mim naquele
instante.
Foi como se meus olhos encontrassem outros. Não sei quem ou o que é ele, na verdade nem olhos
havia para onde eu estava olhando, mas eu sabia
que havia algo ali, eu sentia que havia algo ou alguém ali. Ele estava prestando atenção em mim.
Se eu não consigo descrever quem (ou o que) era, é porque ainda não existem palavras para que eu
consiga fazer isto.
A melhor analogia em que posso pensar é no ar, não enxergamos... Mas ele está lá!
Mesmo que não saiba quanto tempo durou aquele momento, meu corpo congelou completamente.
Este completo "congelar" que sofri, foi o suficiente para paralisar minha direção sobre a moto e
fazer com que eu colidisse com um poste, em alta velocidade.
Pouco a pouco, eu era embalado pelo sono, conforme meus olhos se fechavam, meu corpo se
apagava e, por fim, terminava ali o que eu chamava de vida.
***
Segundo, o limbo
Eu me sentia cada vez mais entregue a este sono, como se eu pudesse simplesmente me misturar
com a cama.
Eu não estava em uma cama, não sei dizer onde eu realmente estava pois não havia nada, tudo
escuro e vazio.
Mas estava confortável, de alguma forma.
Faltava pouco para eu apagar completamente, ser levado por este sono que estava tão gostoso.
Entretanto, me veio uma pergunta em minha cabeça.
_Criança, você consegue se imaginar assim? sozinho em nada?
Por incrível que pareça, não era eu que estava questionando isto.
Era como se esta pergunta tivesse sido colocada lá por alguém.
Como se alguém estivesse conversando comigo.
_ Quem é você? (Pensei com medo de que alguém pudesse mesmo estar ouvindo).
_ Está com medo de mim?
Fiquei quieto por alguns segundos... O que está acontecendo? Há algo em minha cabeça?
_Criança… Não estou em sua cabeça. É você que está em mim. Você faz parte de mim.
_Qual o seu nome?
_Qual nome deseja?
_Desejo? como assim?
Não estava entendendo nada do que ocorria naquele momento, estava em um inmenso escuro e
havia uma voz forte que falava comigo, mas dentro de minha cabeça apenas.
_Você é... Deus?
_Você quer que eu seja?
_Quase sempre responde minha pergunta com outra.
_Não estou te respondendonada criança, nossas mentes são uma neste momento. É você
quem decide as respostas.
_Não entendo o que quer dizer. Como posso dar uma resposta para algo que não conheço? Se eu
imaginar a resposta, seria uma maneira de conseguir descobrir algo? Mas imaginação é uma
mentira...
_Acalme-se primeiramente, não existe o conceito de certo ou errado para mim. verdade ou
mentira são apenas duas páginas.
Não adiantava tentar dialogar, as respostas eram incrivelmente vagas e eu não estava chegando em
lugar algum daquele jeito.
Bom, estou morto. Se imaginação vai me ajudar a ao menos entender que porra é essa, vamos
tentar.
_Você pode ser alguém que eu conheça?
_Você conheçe muitas pessoas, criança.
_Você pode ser… (Não acredito que vou pedir isso) Meu padrinho?
_Você quer que eu seja?
_Eu quero.
Tudo permaneceu em silêncio e escuro. O pensamento que havia em minha cabeça desapareceu.
Será que está tudo escuro? Poderia eu estar com meus olhos fechados?
Percebi que até o momento, não tentei usar minha própria voz...
_Eu quero abrir os olhos. (Desta vez abri minha boca e falei)
***
Terceiro, o parto
Eu vi a lua.
Ela estava cheia e majestosa, cercada por um céu limpo e estrelado.
Olhando ao redor, percebi após certo tempo, que estava na verdade em um lugar conhecido. Um
lugar de 20 anos atrás, em um banco de uma praça… Junto ao meu padrinho.
Eu era uma criança, sentado em seu colo, enquanto ele acariciava minha cabeça. Me levantei e
sentei no banco, olhei bem fundo em seus olhos e, bem devagar, comecei a chorar.
Ele se aproximou de mim e me abraçou bem forte.
_Sabe Miguel, até hoje nenhum homem foi dono da lua.
Aquela conversa foi a última que tive com meu padrinho antes dele falecer.
Célio Martins, ele tinha 25 anos (a idade que tenho hoje).
Após me deixar em casa, meu padrinho foi baleado na rua. Uma bala perdida, de um assalto que
estava ocorrendo próximo ao local por onde ele caminhava.
A maldita bala acertou sua cabeça… Em poucos segundos ele deixou de viver.
_Por quê logo o senhor teve que morrer? Você era praticamente meu pai (falei enquanto ainda
chorava).
_Quando você crescer Miguel e realmente quiser algo, deve lutar com todas as…
_PARA DE REPETIR ISSO!
_Não com os braços (Leve riso)...
_Para (meu choro diminuía).
_Principalmente com o coração.
Permaneci abraçado com ele por um bom tempo. Se aquela era uma lembrança, não era realmente
meu padinho que estava alí.
Me afastei e comecei a conversar novamente. Mas desta vez, com o pensamento que estava em
minha cabeça.
_Estou morto?
_A morte faz parte da vida. É o final de um ciclo. (Meu padrinho respondeu, mas não era ele. Era
o outro ser)
_Neste dia, 20 anos atrás. Era você que nos observava!
_Eu observo a todos, poucos conseguem perceber. O fato de você lembrar, me diz que é meu
novo filho.
_NÃO SOU PORRA NENHUMA SUA!
Gritei com raiva,não sei bem explicar se foi a emoção de rever meu padrinho, se foi esta jornada
totalmente sem pé nem cabeça ou se foi a minha pacien…
_Ou se foi sua paciência que acabou.
Após dizer isto, ele ficou calado olhando para mim. Eu sentia uma presença completamente
diferente de um humano naquele momento.
_Me fale quem ou o quê é você!
Após escutar isto, comecei novamente a ser embalado por um sono forte.
_Deite naquele em quem não acredita, feche os olhos e não fale mais.
Meu corpo foi automaticamente obedecendo cada comando que ele dava. Caí deitado em seu colo
e comecei a fechar os olhos vagarosamente.
_Cuide de sua última gota de vida, que mesmo tão bela não é eterna.
Eu não queria apagar... Eu queria respostas. Meu corpo não mais me obedecia.
Apaguei completamente após estas palavras, mas meu corpo conseguiu ao menos sentir o último
desejo dele, antes que eu desaparecesse completamente.
-- Miguel --
A gema do ovo
Antes era a voz daquele ser. Agora parece ser outra pessoa.
_Miguel, acorda...
A voz de um rapaz
_Miguel, consegue me escutar?
Não consigo enxergar quem é. Abro a boca para falar, mas não consigo ainda pois estou muito
fraco.
_Hei, calma... Estou aqui contigo.
Ainda estava um pouco sonolento, acabei por adormecer novamente. Não queria adormecer mais
uma vez, cada vez que isso ocorria, eu acordava em um lugar diferente.
Olhei em direção à porta do quarto. Havia um rapaz encostado nela, aparentava ter minha idade e
seu rosto não me era estranho. Notei que ele estava de bermuda e camiseta, não era um médico.
Ele calmamente se desencostou da porta e veio andando em minha direção. Sentou ao meu lado e
segurou minha mão.
_Consegue falar algo?
_Con... Consi...go (estava um pouco fraco).
_Tudo bem, não precisa se forçar. Você acabou de acordar.
Eu olhei para meu corpo, apesar de eu estar em um hospital, não haviam agulhas ou qualquer outra
coisa presa ao meu corpo. Estava apenas com aquela roupa de hospital que deixa nossa bunda de
fora.
_Pode ficar tranquilo. Eu estava no mesmo estado que você, acordei em uma cama no quarto ao
lado da mesma maneira. Isso faz alguns dias mais ou menos.
_Co... Coma...
_Se estávamos em coma? Na verdade, não sei. Olha Miguel, vamos conversar e eu te conto tudo
que sei. Mas você precisa melhorar antes.
_Fome... Ten... Tenho... Fome (Pouco a pouco minha voz voltava. Eu estava faminto).
_Não sei se é a hora de dizer isto cara, mas hoje ainda não recebemos comida.
Como assim não tínhamos comida? Eu estava em um hospital... A comida é ruim, mas alimenta.
Ele disse que estava alí à dias, ficou esse tempo todo sem comer?
Quem diabos é esse cara? Cadê os médicos desse lugar?
_Miguel, que tal tomar um banho? Talvez assim suas forças voltem mais rápido.
_Preciso... Comer...
_Não faz isso comigo cara. Não temos com...
Antes que ele conseguisse terminar sua frase, um sinal de alerta ecoou bem forte pelo quarto,
quase nos ensurdecendo de tão alto.
O rapaz regalou seus olhos olhando para mim, se levantou e foi até a porta do quarto. Ao olhar por
ela, ficou pasmo de incredibilidade.
_Que porra de lugar é esse? (Disse ele com medo)
Após dizer isto ele saiu pela porta do quarto. Com muito custo, tentei usar os braços para apoiar
meu corpo e conseguir me sentar na cama. Fiquei com medo de tentar andar e cair no chão, mas
estava mais preocupado com o que deabos estava acontecendo.
Pouco tempo depois, ele entra novamente no quarto e me encara com um misto de espanto e
felicidade.
_Recebemos a comida de hoje!
Eu olhei para minhas pernas e tentei mecher elas um pouco. Estranhamente elas se moveram, eu
olhei em volta e ví uma mesinha com uma bermuda, camiseta e um tênis.
O rapaz inclusive estava vestindo exatamente as mesmas roupas, mas com cores diferentes.
_Nossa, que cabeça a minha, não sei quanto tempo estamos apagados nesse lugar. Acho melhor
você tomar um banho antes e comer.
_Estou... fendendo?
Após eu dizer isto, o rapaz olhou pra mim e começou a rir enquanto dizia:
_Não, não está. É que eu me senti bem melhor quando tomei um banho. Não sabemos quanto
tempo estamos presos aqui.
_Presos?
_Eu e minha grande boca... Banho primeiro, bate papo depois, combinado?
_Acenei positivamente com a cabeça.
***
Querido leitor, durante o texto terão alguns links, para que você possa emergir melhor na leitura e
sentir mais próximo ao que o personagem sentiu no momento.
A clara do ovo
Caminhamos juntos para o banheiro que havia em meu quarto. Eu de fato estava com dificuldade
de andar, estava apoiado em seus ombros.
Algo me dizia que ele pretendia me dar banho, comecei a me envermelhar de vergonha.
_Po.. Posso tomar ban... Banho so.. sozin.. sozi...
_Não Miguel, não pode. Mal tá conseguindo falar e andar. Além do mais, quem acha que te limpava
enquanto estava dormindo?
Parei de andar e olhei com os olhos arregalados para ele. Ele percebeu minha vergonha e riu
novamente.
_Não precisa fazer disso um momento vergonhoso.
_Tar... De demais (Acabei rindo um pouco)
_Posso cantar uma música pra aliviar o clima.
_Não...
_Sabe que não tem como me impedir né? Não fraco desse jeito.
_Te odeio...
_Uau, uma das poucas frases ditas inteiras é uma frase de ódio (Grande riso).
Enquanto ele me me despia no banheiro e ligava o chuveiro, começou a cantar. Sua voz era bonita,
mas a música não tanto. Era uma música bem triste, na realidade.
Aos poucos, fui percebendo que ele não cantava para mim. Ele cantava sobre ele.
https://www.youtube.com/watch?v=KslwOgfzJ4Y
Percebi que enquanto ele cantava, seus olhos estavam cheios d'água.
Não sei dizer se foi de propósito, mas senti que ele de alguma forma me pedia ajuda.
Não havia muito que eu podia fazer, eu estava tão perdido quanto ele, mas ao menos
podia tentar mostrar que ele não estava sozinho.
Abri meus braços e abracei ele o mais forte que consegui.
_Hei hei, calma homem.
Enquanto ele dizia isso, sua voz falhava em um choro que queria muito sair.
_E... eu es.. estou a... aqui.
***
A casca do ovo
Após aquele banho levemente desconfortável, mas pelo visto necessário, vesti as roupas que
estavam em meu quarto, com a ajuda do rapaz.
Ele foi até o próprio quarto e trocou de roupas, pois as deles haviam se molhado durante o banho.
Enquanto ele estava fora do meu quarto, percebi que de fato só estávamos os dois ali, não escutei
mais ninguém por perto.
Ele entrou pelo quarto com exatamente a mesma roupa, só que estava seca. Olhei para ele meio
que sem entender muito.
_Relaxa senhor Miguel, tem um monte dessas roupas por aqui. Há uma caixa embaixo de sua cama,
provavelmente cheia delas tambem.
Ele sabia meu nome... Me conhecia. Meio que o rosto dele não me é estranho, mas eu não lembro
quem ele é.
_Seu no... nome
Ele me apoiou novamente pelos ombros e fomos caminhando pelo quarto. Conforme eu
caminhava, fiquei um pouco surpreso e espantado ao mesmo tempo... Não haviam janelas em meu
quarto.
Ao sair para o corredor, o espanto só aumentou. Além de não haver nenhuma janela ou médicos, só
haviam três cômodos. Nossos quartos e outro que provavelmente era a cozinha.
Estava louco para encher ele de perguntas, mas não conseguia falar direito ainda. A porta da
cozinha já estava aberta, provavelmente ele abriu.
Entramos por ela e ele me ajudou a sentar em uma cadeira junto à mesa, que estava lotada de
comida. Aquilo fez meus olhos briharem.
_Calma aí guerreiro! Você acordou faz pouco tempo, coma com calma.
Ele se sentou em outra cadeira próxima a mim e me assistiu devorar todo aquele banquete,
enquanto começava sua história.
_Prazer, velho amigo... Sou o chato do Lucas, que você esqueceu.