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MBORAI, CORPO E SAÚDE:


Aspectos da cosmologia Mbya Guarani

Nome (somente versão final)


Filiação institucional (somente versão final)
E-mail (somente versão final)
Título do GT de submissão

Resumo: O presente trabalho propõe dialogar sobre os aspectos da cosmologia Mbya Guarani em relação à
promoção de saúde por meio das danças e cantos sagrados, em Mbya Guarani denominados Mborai, tendo como
base para interpretação e livre tradução o mborai “Jaquata tape rupi”. A partir disto, pretende-se...
Até 250 palavras.

Palavras-chave: Entre 3 e 5 (separadas por ponto e vírgula).

TÍTULO EM INGLÊS
Subtítulo em inglês

Abstract: Até 250 palavras.

Keywords: Entre 3 e 5 (separadas por ponto e vírgula).

Introdução
MÚSICA GUARANI E CURA

Primeira vez na tekoa fumei petyngua, já tinha costume de fumar sem tragar a fumaça e por
consequência cuspir a saliva, assim como os Guarani kuery, então ao estar ali, levei meu
cachimbo e tabaco que até então era temperado por outras ervas como camomila, alecrim, e
etc, atualmente utilizando apenas o tabaco de corda escuro puro. Me senti a vontade para
também quando a primeira pessoa iniciou esse movimento de fumar um cachimbo já que
alguns juruas da casa estavam fumando cigarro de palha, nesse sentido já me senti bastante
conectada com aquele solo.

3. O universo sonoro Guarani

Por um bom tempo fiquei me questionando de qual maneira iria discorrer sobre a
musicalidade, a sonoridade presenciada nos ritos e no cotidiano Guarani. Se deveria me
basear na grande parte das pesquisas em etnomusicologia e transcrever a música ouvida para
partitura, se deveria descrever a movimentação dos corpos dentro e fora da opy (nos espaços),
ou então a partir do meu pensamento e experiência como musicoterapeuta, desta forma, me
atendo aos sentimentos e sensações que me atravessavam enquanto em contato com a
sonoridade Guarani.
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A transcrição das músicas para partitura, por mais que seja um método bastante
difundido entre os pesquisadores e tenha bastante relevância no meio acadêmico, sendo
utilizada como uma forma de registro e futuro acervo das sonoridades produzidas pelo grupo
em questão, não me pareceu representar e dialogar com os aprendizados obtidos no processo
em que estive realizando meu campo. Em outras palavras pensei que este não seria um “jeito
Guarani” de fazer essa pesquisa, afinal tento ser fiel ao modo de vida e saberes Guarani Mbya
aos quais venho tendo contato ao longo desses quatro anos.
Categorizar em partes quais serão meus pontos de análise sobre a música, o corpo e a saúde
sob o ponto de vista Guarani.
Minha análise, contudo, se aterá em traduzir e interpretar o MBORAI “Jaguata tape rupi”
Para seguir um rigor científico, opto por seguir uma separação em subcapítulos para analisar
os três pontos apresentados acima, porém o nhandereko nos ensina que essas separações não
representam a realidade vivida por esse povo, então os temas estarão constantemente
dialogando entre si e se inter-relacionando. Escolhi nomear os tópicos com as partes
traduzidas do mborai com o intuito de materializar este conceito, onde existe uma subdivisão
mas trazendo um conceito de unidade.

3.1. Caminhar por esse caminho


“Ekyje eme remboypy aguã tanhimbu gui”1

O caminhar dentro da opy, percorrendo o tape porã em direção a ‘terra sem males’ me
faz lembrar que o caminho é longo, pode fazer os pés amortecendo em contato com o solo
duro de terra batida, os dedos das mãos em formigamento ao percutir o takuapu neste mesmo
solo abençoado e por tantos em tantas gerações rezado. Na base da coluna uma dor que irradia
até as escápulas e a sensação física de que não será mais possível me manter em pé,
arqueando consecutivamente os joelhos no ritmo do mbaraka mirim, enquanto bato o takuapu
no chão e canto com o máximo de fôlego que me é possível num tom extremamente agudo,
do qual por muito tive medo de reproduzir, na tentativa de evitar desafinar, e desta forma,
tentar evitar críticas tanto minha, quanto de outras pessoas.
Parece que vou desabar no chão, que não será possível continuar se o mbaepuja
acelerar o andamento do mbaraka mirim e com essa aceleração os corpos vão acelerando sua

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“Não tenha medo de recomeçar das cinzas”
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movimentação até que os passos ritmados se tornem pulos constantes de um lado para outro
da opy. O corpo parece beirar uma exaustão e ao mesmo tempo êxtase e leveza.

FALAR SOBRE O CORPO-


CORPO NA MUSICALIDADE GUARANI

Portando o canto
INSTRUMENTO MUSICAIS: MBARAKA, MBARAKA MIRI, TAKUPU, POPYGUA,
TAMBOR,
A MÚSICA, INSTRUMENTOS UTILIZADOS, VOZ, SONORIDADES,
MUSICALIDADES, TAKUAPU

Para sermos felizes

SAÚDE, CURA, AFETO NAS RELAÇÕES E MODO DE VIDA GUARANI


(NHANDEREKO)

Este texto surgiu do encontro entre duas mulheres com visões e perspectivas
diferentes, porém com muitos sentimentos em comum. Uma juruá ansiando conhecer e
aprender sobre a cultura/musicalidade Guarani e uma cacique de uma aldeia no litoral
paranaense.
No universo sonoro Guarani podemos encontrar algumas maneiras de explorar a
musicalidade, como uma maneira de expansão feita para se conectar a música, o mborai e
entoar os cantos e tocar os instrumentos sonoros, o mborai e o tarova’i, a dança do xondaro e
do tanguara. Para os Mbya Guarani, os cantos sagrados, conhecidos como Mborai, trazem em
si conceitos de religiosidade (espiritualidade), ensinam a cultura e aspectos da vida, aspectos
que estão intrinsecamente interligados com conceitos de felicidade e saúde - "caminharmos
juntos o bom caminho para sermos felizes"
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“Os Mbya são os que mais entendem e usam a questão do tarova’i e mborai, usam para que
possam fazer essa expansão da cura em si, de dentro, todos esses instrumentos (mba’epu’i ou
mbaraka, mbaraka miri, takuapu, popygua’i-instrumento sonoro e de força/cerimonial como o
petyngua) para fazer também que mantenha esse som, essa vibração, conforme o xeramoi/
xejaryi que estão conduzindo a cerimônia, ele pode estar ali diretamente ligado, tanto é que a
gente percebe esse momento, se um mbaepuja acelerou ou acalmou, desta forma, utilizado,
não deixa de ser terapia”.

“Não tenha medo de recomeçar das cinzas”se desafazer para se conhecer


internamente

mba’epu’i (violão: forma cerimonial, mba’epuja: pessoa que toca o violão)

Pra nós a espiritualidade e o corpo físico tem que ser uma só, tarova’i cerimonial, qual a
função da música, do canto e do movimento físico. Totalidade de pensamento, coexistem e
não são cuidados compartimentados, (KEREXU)

Texto texto texto texto texto texto texto2.

Desenvolvimento e suas subdivisões

Jaje’oi (Jaguata) tape rupi Caminhar por esse caminho


Mborai revê Portando o canto
Mborai revê Portando o canto
Javy’a aguã Para sermos felizes
Javy’a aguã Para sermos felizes

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Todas as notas de rodapé deverão constar ao final de cada página.
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Vamos caminhar por esse caminho

Texto texto texto texto texto texto texto. “As citações com menos de três linhas devem
ser inseridas no corpo do texto e colocadas entre aspas, seguidas da referência entre
parênteses, com sobrenome(s) do(s) autor(es), ano e página(s)” (AUTOR, ano, p. ).

As citações com mais de três linhas devem ser inseridas em parágrafo separado,
espaço simples, sem aspas, tamanho 10, alinhadas a 4cm da margem esquerda e sem
recuo na margem direita, separadas do parágrafo anterior e posterior por um espaço,
seguidas da referência entre parênteses, com sobrenome(s) do(s) autor(es), ano e
página(s) (AUTOR, ano, p. ).

Texto texto texto texto texto texto texto.

Conclusão ou Considerações Finais

Texto texto texto texto texto texto texto.


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Referências

Devem estar de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas


(ABNT).

Mini currículo com até 150 palavras (somente versão final)


Não esqueça!
Os textos deverão ter entre 3.500 e 4.000 palavras. Para o cálculo do número total de
palavras, não serão computados: título geral, resumo, palavras-chave e referências. O texto,
enviado para submissão e avaliação do comitê científico, não deve conter, em qualquer de
suas partes, nome(s), filiação institucional, ou outro tipo de informação que permita a
identificação do/a(s) autor/a(es/as). Cada autor/a pode enviar, no máximo, três trabalhos
para GTs diferentes, incluindo textos em coautoria. Caso o texto seja aprovado, TODOS/AS
os/as autores/as do trabalho deverão ser associados/as da ABET, estar em dia com a
anuidade e inscritos/as no evento (o pagamento da inscrição e da anuidade deverão ocorrer
até dia 31 de outubro de 2023).

Citações
● As citações diretas (literais) curtas (com até três linhas) devem ser inseridas no texto e
colocadas entre aspas, seguidas da referência entre parênteses, com sobrenome(s) do/a(s)
autor(es)(as), ano e página(s).
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● As citações diretas longas (com mais de três linhas) devem ser colocadas em parágrafo
separado, justificado, alinhado a 4 cm da margem esquerda e sem recuo na margem direita,
utilizando espaço simples, fonte tamanho 11, e não devem ser colocadas entre aspas. Estas
citações devem estar separadas do parágrafo anterior de acordo com as especificações do
modelo de formatação de trabalhos.
● As citações indiretas (não literais) devem ser inseridas no texto, mas não devem ser
colocadas entre aspas, e são seguidas da referência entre parênteses, com sobrenome(s)
do/a(s) autor(es)(as), ano e página(s). Vale ressaltar que, mesmo nas citações indiretas, as
páginas devem ser mencionadas, a não ser que o trecho citado se refira à obra como um
todo.
● No caso de citações de obras em língua estrangeira, estas devem ser traduzidas (caso se
considere necessário, o trecho na língua original pode ser apresentado em nota de rodapé).
● As citações do/a próprio/a autor/a devem ser colocadas de forma imparcial no texto
reportando-se à fonte bibliográfica.
● As citações entre parênteses, utilizadas nos textos, devem se estruturadas da seguinte
forma:
○ Uma obra, com um/a autor/a: (ROSA, 2020, p. 25)
○ Uma obra, com dois/duas autores/as (ou três): (SANTOS; SODRÉ, 2022, p.30)
○ Uma obra, com mais de três autores/as: (NASCIMENTO et al., 2022, p. 15-17)
○ Duas obras, com mesmo/a autor/a: (SEEGER, 1992, p. 51-52, 2007, p.13)
○ Duas obras, com autores/as diferentes: (; AMPENE, 2020, p. 13; NKETIA, 2016, p. 114-115)

Notas de rodapé
Para as notas de rodapé deve ser utilizada a fonte em tamanho 10.

Referências
Devem ser apresentadas ao final do trabalho, em ordem alfabética pelo sobrenome do/a
autor/a, em espaço simples, alinhadas apenas à esquerda, separadas por uma linha de
espaço simples, seguindo as normas da ABNT (NBR 6023, de 2002). Ver exemplos abaixo:
Livros
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ÚLTIMO SOBRENOME, Prenome e sobrenome do/a autor/a [se tiver mais de um/a autor/a,
separá-los com ponto e vírgula]. Título do trabalho: subtítulo [se houver]. Tradução [se
houver]. Edição [se não for a primeira]. Local de publicação: Editora, ano.
Exemplos:
Nketia, J. H. Kwabena. Reinstating traditional music in contemporary contexts:
reminiscences of a nonagenarian's lifelong encounters with the musical traditions of Africa.
Akropong: Regnum Africa Publications, 2016.

LÜHING, Angela; TUGNY, Rosângela Pereira de (orgs.). Etnomusicologia no Brasil. Salvador:


EdUFBA, 2017.

Parte de livros (capítulos, artigos em coletâneas, etc.)


ÚLTIMO SOBRENOME, Prenome e sobrenome do/a autor/a da parte da obra [se tiver mais
de um autor/a, separá-los/as com ponto e vírgula]. Título da parte. In: ÚLTIMO SOBRENOME,
Prenome e sobrenome do/a autor/a da obra [se tiver mais de um/a autor/a, separá-los/as
com ponto e vírgula]. Título do trabalho: subtítulo [se houver]. Edição [se não for a
primeira]. Local de publicação: Editora, ano. página inicial-final da parte.
Exemplo:
SANTOS, Eurides de Souza. Racismo acadêmico: Um diálogo com o manifesto das pessoas
negras contra o racismo nos cursos de música . In: SANTOS, Eurides de Souza; SANTOS,
MARCOS; SODRÉ, LUAN (Org.). Música e pensamento afrodiaspórico. Salvador: ANPPOM,
2022. p. 21-58.

Artigos em periódicos
ÚLTIMO SOBRENOME, Prenome e sobrenome do autor do artigo [se tiver mais de um autor,
separá-los com ponto e vírgula]. Título do artigo. Título do Periódico, Local de publicação,
número do volume e/ou numeração do ano, número do fascículo, página inicial-final do
artigo [não se aplica no caso de artigos publicados em revistas online, que não possuem
número de páginas], data.
Exemplo:
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BRAGA, Reginaldo Gil. Memória e patrimônio musical do choro de Porto Alegre: tensões e
intenções entre tradição e modernidade. Revista Música e Cultura da ABET, Porto Alegre,,
vol. 9, n.13 p. 167-180, 2014.

Trabalhos em anais de eventos científicos


ÚLTIMO SOBRENOME, Prenome e sobrenome do/a autor/a do Trabalho [se tiver mais de
um/a autor/a, separá-los/as com ponto e vírgula]. Título do trabalho. In: NOME DO EVENTO,
numeração do evento [se houver]., ano de realização, local. Anais. Local de publicação:
Editora, ano de publicação. página inicial-final do trabalho.
Exemplo:
WULFF, Helena. Access to a closed world: methods for a multilocale study on ballet as a
career. In: AMIT, Vered (ed.) Constructing the Field – Ethnographic Fieldwork in the
Contemporary World. London: Routledge, 2000, p.147-161.

Documentos na internet:
Matéria (artigo, monografia) em uma página ÚLTIMO SOBRENOME, Prenome e sobrenome
do/a autor/a da matéria [se tiver mais de um autor, separá-los/as com ponto e vírgula].
Título da página: subtítulo [se houver], data da página ou site. Disponível em: <endereço da
página>. Acesso em: data.
Exemplo:
LOUREIRO, Mônica. Cartografando sons do Oiapoque ao Chuí. CliqueMusic: a música
brasileira está aqui, ago. 2001. Disponível em:
<http://cliquemusic.uol.com.br/br/acontecendo/acontecendo.asp?Nu_Matéria =2837>.
Acesso em: 07 nov. 2002.

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