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1 – INTRODUÇÃO
Dentro dos diversos processos de fabricação conhecidos, a usinagem de materiais é um dos
mais amplamente utilizados na indústria mecânica. Devido às características do processo, envolvendo
intimamente homem e máquina, está bastante sujeito às perdas por falhas humanas. A busca de
aumento de produtividade ou qualidade em qualquer sistema ou processo com estas características
termina com uma conclusão final: automatização.
Aproximadamente 9 períodos de trabalho para que fosse mudada a peça a ser produzida.
Porém este tipo de máquina apresenta produtividade elevada, a exemplo poderíamos citar a
produção de um parafuso M6 com 15 mm de rosca que teria um tempo de aproximadamente 15 s de
usinagem. Estas máquinas podem produzir até 2.100 peças por hora, dependendo da complexidade.
Outro tipo de automatização proposta é através de comando eletro-eletrônicos, isto é, utilização de
comandos numéricos computadorizados (CNC). Esta proposta não é também muito recente. Já na
década de 50, poucos anos após o advento do computador (leia-se ENIAC 1944), já se construíram
máquinas de Comando Numérico (CN). Na década de 70 houve efetiva implantação comercial de
sistemas CN, porém o sucesso esbarrou em dois problemas: alto custo e flexibilidade baixa. O primeiro
problema advinha do recente boom aplicativo da indústria eletrônica, que ainda possuía alto custo para
seus componentes. O segundo resultava da baixa capacidade de processamento dos "computadores"
empregados e disponíveis, exigindo alta capacitação do programador e grande tempo de programação.
Resultado: fracasso.
A partir do início da década de 80, quando a indústria eletrônica apresentou grande salto, com a
construção de Chips integrados de baixo custo, os computadores passaram a ser mais poderosos e
baratos. Este poder, aliado ao baixo custo possibilitou a efetiva concretização do desejo de aplicá-los
em controles de máquinas ferramentas. Surgiu então o CNC. Dotado de características de
processamento avançado e tendo como elemento principal gerador de recursos o software, garantiu a as
facilidades de programação, evolução e flexibilidade esperada pela indústria.
Em 1949 a Força Aérea americana (U.S. Air Force) contrata a Parsons para realizar um estudo
da aplicação os sistemas de comando numérico para acelerara a produção de componentes de seus
aviões e mísseis, cada vez mais complexos. A Parsons por sua vez subcontratou o laboratório de
Servomecanismos do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Uma fresadora de três eixos -
Hydrotel, da Cincinnati Milling Machine Company, foi escolhida como veículo para a experiência. Os
controles de copiagem foram removidos e a máquina aparelhada com equipamento de comando
numérico. O resultado do trabalho, foi um protótipo das máquinas de comando numérico atuais. Os
pesquisadores do MIT criaram o termo “numerical control” ou comando numérico.
Muito do desenvolvimento foi promovido pela U.S. Air Force, na produção de estruturas de
avançados aviões militares à jato, com construção num curto espaço de tempo, entre o projeto e a
fabricação, em pequenos lotes de peças, constituindo-se em excelente oportunidade para o teste do
comando numérico.
Comumente eram usadas fitas perfuradas como dados de entrada com as instruções dos dados
referentes á peça e condições de usinagem, definidas pelo programador. Estas fitas podem ser
executadas tanto pelo sistema manual como através do auxílio do computador.
A programação manual também podia, e em boa parte das máquinas atuais ainda pode, ser feita
através de teclados alfanuméricos presentes conectados as máquinas de comando numérico,
principalmente onde a simplicidade do trabalho a ser feito e a natureza da operação, não justificam
gastos com sofisticação de métodos de programação. Por outro lado, o uso de programação com auxílio
do computador, proporciona, além da rapidez, uma maior segurança contra erros.
Nos anos 70 foram introduzidas as máquinas CNC que passaram a depender menos da parte de
“hardware”, essencial nos circuitos das anteriores dos anos 60, e ter seu funcionamento baseado muito
mais no “software”. Os avanços substituíram a entrada manual de dados e as fitas perfuradas por
armazenamento em disquete dos programas ou comunicação remota, e atualmente é possível inserir
dados na máquina a partir de uma grande variedade de programas e linguagens.
4 – TIPOS DE MÁQUINA
O comando numérico é utilizado numa infinidade de aplicações de modo que uma lista
completa não é possível aqui, entretanto certamente uma lista deste tipo deveria conter:
A peça é segura e rodada enquanto uma ferramenta cortante se move para produzir a forma
desejada. Constituída por dois eixos.
Centro de e torneamento
Fresadora (Mill)
4.3 – FURADEIRA:
Possuem posicionamento automático de alta precisão controlado por comando numérico, é
representativa de um grupo de máquinas de funções limitadas e específicas como puncionadoras,
soldadoras de circuitos elétricos. Também conhecidas por furadeiras de coordenadas.
4.5 – RETIFICADORAS:
São máquinas ferramentas do tipo retificadoras, equipadas com comando numérico. Existem
todos os tipos de retificadoras com comando numérico. São normalmente utilizadas em processos que
necessitam de elevada capacidade de produção aliada a um excelente grau de precisão e repetibilidade.
Os centros de usinagem são as máquinas ferramenta que melhor representam a versatilidade que
se obter na combinação de máquinas ferramenta e comando numérico. Os centros de usinagem
incorporam uma série de características poupadoras de tempo em uma única máquina ferramenta
alcançando um elevado nível de produção automatizada e contudo flexível. Inicialmente, um centro de
usinagem é capaz de realizar várias operações como faceamento, fresamento, mandrilamento, furação,
roscamento, operações de abrir canais, rasgos, fazer contornos, superfícies, etc. e tudo isso em vários
planos. Em segundo lugar, o centro de usinagem tem a capacidade de trocar de ferramenta
automaticamente através de um comando do programa. A grande variedade de operações que podem
ser realizadas implica em uma grande quantidade de ferramentas de corte. Estas são armazenadas num
porta ferramentas, normalmente um cilindro com furos especiais para cada ferramenta, e quando o
programa indica a necessidade de certa ferramenta este cilindro roda de modo a permitir a colocação da
ferramenta atual de volta a seu lugar e novamente para permitir a entrada da ferramenta para próxima
operação no fuso. Uma terceira característica importante dos centros de usinagem é o posicionamento,
a “mesa” da máquina pode orientar o processo de modo que a peça pode ser usinada em várias
superfícies como requerido pelo projeto da mesma. Finalmente, uma característica de vários centros de
usinagem é que possuem virtualmente duas “mesas” na qual a peça pode ser colocada. Dessa forma,
enquanto se dá a usinagem em um item, o operador pode descarregar o previamente usinado, o que
São aqueles cuja direção de profundidade, isto é, a direção de movimento do eixo árvore é
vertical. Este tipo de máquina é excelente para peças de pouca altura com usinagem restrita a uma ou
duas faces. Se houver necessidade de usinagem em mais de uma face no mesmo ciclo, então será
necessário um divisor, ou seja, um dispositivo automático para indexação, que sempre será menos
rígido que uma mesa de centro indexável do centro horizontal.
São aqueles cuja direção de profundidade, isto é, a direção de movimento do eixo árvore é
horizontal. São bons para usinar peças de grande volume pois é possível trabalhar qualquer face da
mesma (mesa indexável) com facilidade de carga e descarga da máquina.
Um bom exemplo deste tipo de sistemas são as furadeiras. O fuso deve ser posicionado numa
determinada posição, o que é feito pelo sistema de controle ponto a ponto. Então, é feito o furo e a
ferramenta é movida para o local do próximo furo e assim por diante. Como nenhum corte de metal é
feito durante a movimentação entre os locais dos furos, não há necessidade de controlar o movimento
relativo entre a ferramenta e a peça entre as posições dos furos. Nos sistemas de posicionamento, as
velocidades e deslocamentos da máquina são usualmente controlados pelo operador e não pelo
programa da máquina.
Uma máquina ferramenta capaz de realizar o movimento de corte reto é capaz também de
realizar o de ponto a ponto.
5.3 - CONTÍNUO:
O comando numérico contínuo é o mais complexo, mais flexível e mais caro tipo de controle
de máquina ferramenta. É capaz de realizar os tipos anteriores de movimento, entretanto sua
característica mais importante é sua capacidade de controlar simultaneamente o movimento da máquina
ferramenta em mais de um eixo. O caminho da ferramenta é continuamente controlado para gerar a
geometria desejada da peça. Superfícies planas em qualquer orientação, caminhos circulares, formas
Os CNC começaram a ser utilizados por volta de 1970, sendo que hoje é perfeitamente viável e
economicamente vantajoso em vários aspectos.
O computador desta maneira pode controlar várias máquinas simultaneamente, operando com
programas e peças diferentes. Cada máquina operatriz possui seu próprio CNC conectado à central.
Estes tipos de comando numérico apareceram por volta de 1962 e consistem em um sistema que
integra no controle as funções normais do comando numérico comum adicionando a esta, a função
adaptativa, ou seja, a função de correção de uma série de varáveis que podem ser medidas
6 - ARQUITETURA
Um sistema de comando numérico tem três elementos básicos :
1. Programa de instruções;
2. Unidade de controle;
3. Máquina ferramenta ou outro processo controlado.
Outro elemento do sistema de comando numérico, que pode ser fisicamente parte da unidade de
controle ou da máquina ferramenta, é o painel de controle. Este contém os botões e comandos através
dos quais o operador comanda o sistema. Pode ter também “displays” para visualização de
informações pelo operador. Apesar dos sistemas de comando numérico serem automáticos, o operador
humano ainda é necessário para ligar e desligar a máquina, substituir ferramentas, carregar e
descarregar a máquina (a operação mais complexa e mais cara de se automatizar) e realizar outros
deveres variados.
Abaixo são mostradas as estruturas típicas dos sistemas apresentados nos itens anteriores,
destacando as partes mais importantes e as relações entre elas.
Cumpre destacar que nos sistemas DNC, há várias outras estruturas possíveis que visam
diminuir a carga de trabalho do computador central como por exemplo redes de computadores menores
que recebem instruções do central e por sua vez realizam o controle da máquina. Entretanto o princípio
mostrado acima não se altera pois o computador central continua controlando todas as máquinas já que
são os programas contidos no mesmo e na sequência em que este os enviar que serão executados nos
pontos da rede.
A empresa NSK, um dos fabricante de destes tipos de fusos, produz porcas com sistema de
recirculação dos seguintes tipos: por tubos, defletores e “endcap”. O sistema mais comum para os fusos
NSK é o de recirculação por tubos, suas principais vantagens são baixo custo e alta rigidez.
O sistema de eixos pode ser facilmente representado com auxílio da mão direita, onde o polegar
aponta para o sentido positivo do eixo X, o indicador para o sentido positivo do Y, e o dedo médio para
o sentido positivo do Z (Centro de Usinagem). Este sistema é denominado Sistema de Coordenadas
Dextrógeno, pois possui três eixos perpendiculares entre si, que podem ser representados com o auxílio
dos dedos da mão direita.
• Ponto de Referência: R
Serve para aferição e controle do sistema de medição dos movimentos da máquina. Ao ligar a máquina,
sempre se deve deslocar o carro até esse local, antes de iniciar a usinagem.
Este procedimento define ao comando a posição do carro em relação ao zero máquina.
Para a programação CNC é fundamental conseguir analisar um desenho e obter dele suas
coordenadas. Nos desenhos à seguir pode-se observar as coordenadas de uma figura bastante simples
em duas situações diferentes. Nestes dois casos o sistema de coordenadas estará desenhado para
auxiliar nesta tarefa. Observando o desenho da figura seguinte, deve-se analisar os dados da tabela ao
lado com as coordenadas de cada vértice, indicados pelas letras A até H.
Pode-se fazer o mesmo para o desenho da anterior, analisando a ao lado. Apesar de ser
exatamente o mesmo perfil, as coordenadas obtidas são diferentes. Alterando a posição dos pontos em
relação a origem tem-se como resultado coordenadas diferentes.
Exercícios 1 – Complete a tabela a seguir conforme os valores das coordenadas X e Z para os pontos
indicados na figura ao lado.
exercício 4.
Função: I e K
Aplicação: Arco definido por centro polar.
As funções I e K definem a posição do centro do arco, onde:
I é paralelo ao eixo X.
K é paralelo ao eixo Z.
NOTAS:
• As funções I e K são programadas tomando-se como referência a distância do ponto de início da
ferramenta ao centro do arco, dando o sinal correspondente ao movimento.
• A função “I” deve ser programada em raio.
EXEMPLO:
Aplicação: Este grupo de funções, também chamadas de “Códigos G”, definem à máquina o que
fazer, preparando-a para executar um tipo de operação, ou para receber uma determinada informação.
MODAIS: São as funções que uma vez programadas permanecem na memória do comando, valendo
para todos os blocos posteriores, a menos que modificados por outra função ou a mesma.
NÃO MODAIS: São as funções que todas as vezes que requeridas, devem ser programadas, ou seja,
são válidas somente no bloco que as contém.
FUNÇÃO: G00
Sintaxe:
G0 X__ Y__ Z__
onde:
X = coordenada a ser atingida
Y = coordenada a ser atingida
Z = coordenada a ser atingida
OBSERVAÇÃO:
FUNÇÃO: G01
Sintaxe:
G1 X__ Y__ Z__ F__
onde:
X = coordenada a ser atingida
Y = coordenada a ser atingida
Z = coordenada a ser atingida
F = avanço de trabalho (mm/min)
OBSERVAÇÃO:
Sintaxe:
(G17 – G18 - G19) G2/G3 X__ Y__ Z__ R__ (F__)
ou
(G17 – G18 - G19) G2/G3 X__ Y__ Z__ I__ J__ K__ (F__)
onde:
X = posição final do arco
Y = posição final do arco
Z = posição final do arco
I = coordenada do centro do arco ( em relação a ponta da ferramenta )
J = coordenada do centro do arco ( em relação a ponta da ferramenta )
K = coordenada do centro do arco ( em relação a ponta da ferramenta )
R = valor do raio
(F) = valor do avanço
OBSERVAÇÃO:
N G X Z R I K F comentários
N G X Z R I K F comentários
N G X Z R I K F comentários
N G X Z R I K F comentários
N G X Z R I K F comentários
N G X Z R I K F comentários
N G X Z R I K F comentários
N G X Z R I K F comentários