Paul Friedlander – Rock

N’Roll: Uma História Social

Apresentação Fernando Tavares
LAMUS - EACH - USP LESTE
O autor
● Paul Friedlander, Ph.D., Professor Emérito de Música, atuou na California
State UniversityFundou o CSU, Chico Music Industry Program, precedido por
cargos no Conservatório de Música da UOP e na Universidade de Oregon.
● Seus primeiros currículos se concentraram na compreensão da origem,
natureza e importância da música popular enraizada no rock em seus
contextos sociais e políticos.
● Seu trabalho posterior envolveu a relação do artista com a indústria da
música em um momento de mudanças tectônicas monumentais na estrutura.
● extraído do site: https://www.sunnysidestories.website/paul-friedlander
1 – Se eu estivesse lendo sobre rock, eu gostaria de ter em mente…

● 1 – Terminologia:
● O livro utilizará o termo “pop/rock” para a música compreendida dentro do
livro.
○ Isto reflete uma natureza dupla:
■ Raízes musicais e líricas derivadas da era clássica do rock (rock) e;
■ Seu status como uma mercadoria produzida sob pressão para se ajustar à indústria do
disco (pop).
● Este termo equivale ao que alguns chamam de Rock n’Roll e/ou
simplesmente Rock.
● As classificações e nome dos estilos são feitos segundo “as suas raízes,
características musicais, conteúdo das letras e a relação com o meio político
e cultural que os circundam.
1 – Se eu estivesse lendo sobre rock, eu gostaria de ter em mente…

● 2 – Você pode ouvir em dois níveis diferentes:

● Descrição do processo de escuta em relação ao Rock.
○ No primeiro nível a música é recebida de forma intuitiva (no caso do rock, ele cita que a
maioria das pessoas tem uma primeira experiência mais emocional e visceral.
○ No segundo nível a música tem uma abordagem mais analítica.
■ “Para isto é necessário ouvir uma peça musical com o objetivo de coletar uma grande
gama de informações sobre ela”.
● Assim, ele acredita que um ouvinte pode ter condições de realizar um
julgamento sobre a música, criando assim, ideias próprias “sobre a natureza
da música, sua qualidade em relação a outras músicas e seu contexto
social”.
● Cita Respect da Aretha Franklin como exemplo para ambos níveis.
1 – Se eu estivesse lendo sobre rock, eu gostaria de ter em mente…

● 3 – A janela do rock – Uma maneira de entender música.

● Aqui é um método de pesquisa para o ouvinte. Bem interessante para quem
não está acostumado com a pesquisa acadêmica começar a buscar
informações mais significativas.
○ I. MÚSICA
■ a) Conjunto: Quais instrumentos estão presentes?
■ b) Ênfase rítmica: Qual o compasso dominante? Que instrumento ou instrumentos
marcam este compasso?
■ c) Estilo vocal: Como você descreveria o arranjo vocal? Este estilo vocal vem de que
estilo musical?
■ d) Solo instrumental: Há algum solo instrumental (geralmente definido como uma
melodia improvisada sem letras)? Ele se origina de que estilo?
■ e) Estrutura harmônica: Quais acordes estão presentes?
1 – Se eu estivesse lendo sobre rock, eu gostaria de ter em mente…

● IV. CONTEXTO SOCIAL

○ Como os ambientes político e cultural que cercavam os artistas tiveram influência em seus
trabalhos? Esta informação pode ser dividida em três áreas:
■ a) cultura jovem e sua relação com a sociedade;
■ b) movimentos políticos e culturais, incluindo a luta por direitos civis e humanos para as
minorias, movimentos pela paz e contra a guerra, estabelecimento de contraculturas
alternativas; e
■ c) a indústria musical e seu desenvolvimento naquele momento.
● V. ATITUDE
○ Que elementos das performances ao vivo do artista, de seus atos e comportamento em
público nos fornecem um claro entendimento da música?
1 – Se eu estivesse lendo sobre rock, eu gostaria de ter em mente…

● 4 – O significado da música pop/rock – para quem?

○ Abre uma pequena e superficial discussão sobre o significado da música. De um jeito bem
sintetizado passa pelos processos semióticos (sem citá-los, claro).
○ Resume a ideia em um esquema:
○ Algum significado vem do artista.
○ A canção, então, muda durante o processo de produção, sendo alterada pela equipe de
gravação, a indústria fonográfica, e a tecnologia do momento.
○ O trabalho é congelado no tempo no disco e lançado como texto (ou produto).
○ Este texto é apresentado para o público dentro de um contexto de determinadas condições
sociais que moldam a percepção do texto (filtro social).
○ O trabalho alcança o ouvinte (receptor), que o dota com um significado adicional baseado nas
suas circunstâncias de vida.
1 – Se eu estivesse lendo sobre rock, eu gostaria de ter em mente…

● 4 – O significado da música pop/rock – para quem?

1 – Se eu estivesse lendo sobre rock, eu gostaria de ter em mente…

● 5 – O modelo anatomicamente perfeito do rock and roll

○ Ele diz que uma maneira interessante de pensar a música é perguntar qual a parte do corpo é
a mais afetada.
■ Cérebro (intelectual)
■ Coração (emocional)
■ Genitália (sexual)
■ Pés (dança/movimento)
1 – Se eu estivesse lendo sobre rock, eu gostaria de ter em mente…

● 6 – Dividindo os anos em eras

○ O autor diz que existem algumas divisões naturais no pop/rock. Ele diz que:
■ “Fronteiras que podem ser mais bem delineadas de acordo com as grandes explosões
criativas, durante as quais novos gêneros dinâmicos afloram de panoramas musicais
existentes”.
■ E ainda, que estes novos gêneros acontecem pela fusão de elementos criativos já
existentes.
■ Outro ponto é que eles tendem a surgir a partir de um nível regional para depois
expandir para o grande público.
■ Ele acredita que mesmo os estilos com menos parte na massa tem a mesma dinâmica.
1 – Se eu estivesse lendo sobre rock, eu gostaria de ter em mente…

● 6 – Dividindo os anos em eras

○ Depois ele divide o pop rock em cinco marcos:
■ 1954-1955 — a explosão do rock and roll clássico;
■ 1963-1964 — a invasão inglesa;
■ 1967-1972 —a era de ouro (o amadurecimento sincrônico de artistas de vários gêneros,
incluindo a primeira invasão inglesa, o soul, o som de San Francisco e a ascensão dos reis da
guitarra);
■ 1968-1969 — a explosão do hard rock;
■ 1975-1977 — a explosão do punk.
■ Observação pessoal: eu acho que a MTV seria um sexto marco. Junto com o grunge seria a
última fronteira do rock como mainstream, (1989 à 1994, tem um livro bem interessante sobre a
MTV) a partir daí e com o crescimento das cantoras e das boy bands, além do Hip-Hop, o rock
vira realmente um estilo secundário na questão comercial e de inovação.
1 – Se eu estivesse lendo sobre rock, eu gostaria de ter em mente…

● 7 – Ciclo de vida
○ Basicamente ele determina que os estilos têm um ciclo de funcionamento.
■ Primeiro eles procuram a formulação, na qual eles procuram elementos de estilos já
existentes para se formar.
■ Depois os artistas buscam aprimorar e aperfeiçoar estas ideias básicas.
■ No fim, eles alcançam um estágio de estabilização no qual eles basicamente viram uma
caricatura de si mesmo.
○ Os dois últimos estágios geralmente coincidem com o sucesso.
1 – Se eu estivesse lendo sobre rock, eu gostaria de ter em mente…

● 8 – Temas que transcendem eras

○ Ele diz que dois temas perpassam por várias eras, o amor e a rebelião, mas ele enfatiza que
é necessário entender como estes temas ocorrem em cada período ou era.
● 9 – Nem sempre é isto ou aquilo
○ A ideia é entender que existe um meio termo ao falar ou analisar algum estilo ou artista.
● 10 – Sucesso comercial e status Roseburg
○ Ele explica este medidor “Roseburg” para medir o sucesso dos artistas.
○ A ideia principal é que esta pequena cidade de 20 mil habitantes tinha uma rádio que tocava
os 40 maiores sucessos do momento, então, se um artista tocasse nessa pequena cidade,
teria alcançado o sucesso.
● 11 – Não há espaço suficiente
○ Descreve a necessidade de fazer escolhas para o livro
● 12 – Objetividade e viés
○ Fala um pouco sobre a sua carreira.
Sobre os capítulos

● Na maior parte dos capítulos ele descrever biograficamente bandas e ou

vertentes.
● Raramente tem alguma questão social, são biografias contando mesmo a
história de cada artista.
Sobre os capítulos

● 2 As raízes do rock and roll: Pé na estrada 29

○ Sobre as raízes do estilo até o Bill Halley
● 3 Os roqueiros clássicos — A primeira geração: Eu quero é rock and roll 43
○ A partir do Bill Halley, passa por Chuck Berry e Little Richard
● 4 Os roqueiros clássicos — A segunda geração: Hoje é dia de rock 65
○ Elvis Presley, Buddy Holly e outros
● 5 Doo-wop: O som das ruas 93
○ Conjuntos vocais
● 6 O início dos anos 60: A calmaria antes da tormenta 103
○ Panorama do início dos anos 60
Sobre os capítulos

● 7 Beatles: O salto definitivo 115

○ História dos Beatles
● 8 Rolling Stones: É apenas rock and roll, mas eu gosto 151
○ História dos Rolling Stones
● 9 The Who: Querem acabar conosco 173
○ História do The Who
● 10 Bob Dylan: Alguma coisa está acontecendo, mas você não sabe o que é
191
○ Neste capítulo antes da biografia de Bob Dylan tem uma importante digressão sobre música
de protesto.
Sobre os capítulos

● 11 Folk-rock: Então você quer ser uma estrela do rock 211.

○ Biografia de bandas de Folk Music como os Birds e Mamas and the Papas
● 12 soul Music: R-E-S-P-E-C-T 225
○ História da música negra, com base em Otis Reding e Aretha Franklin
○ ele dá um breve panorama sobre os conflitos raciais
● 13 Motown: Hitsville, EUA 243
○ História da gravadora Motown de Detroit
● 14 O som de San Francisco 265
○ História das bandas de Rock Psicodélico
● 15 Os reis da guitarra 293
○ Começa o capítulo com uma história da guitarra
○ Fala sobre Hendrix e Clapton
Sobre os capítulos

● 16 Os anos 70: Diluição e transformação 325

○ Fala um pouco sobre as vendagens de disco e ao surgimento das grandes gravadoras.
○ Depois passa a falar do Led Zeppelin e bandas similares
● 17 Punk rock: Pauleira é política de choque 349
○ Conta a história do Punk Rock
● 18 Os anos 80:A revolução pela TV 367
○ Este é o capítulo mais legal do livro, pois além de falar sobre o mercado musical ele fala do
surgimento de diversos estilos, como o Rap.
● 19 É apenas rock and roll, mas eu gosto 389
○ Síntese do livro
Sobre os capítulos

● Apêndice A: Os que ficaram pelo caminho 415

● Apêndice B: A Janela do Rock — Uma maneira de ouvir e compreender 425
● Notas 433
● Discografia 443
● Bibliografia selecionada 455
● Índice 463