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Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude, Educação,

família e Sucessões

Denise Casavova Villela


Promotora de Justiça

FLUXO DE ATENÇÃO A
CRIANÇA E AO ADOLESCENTE
E ATUAÇÃO EM REDE NA
EXPLORAÇÃO SEXUAL
VIOLÊNCIA SEXUAL:

Todo ato ou jogo sexual com intenção de


estimular sexualmente a criança ou adolescente,
visando utilizá-lo para obter satisfação sexual, em que
os autores da violência estão em estágio de
desenvolvimento psicossexual mais adiantado que a
criança ou adolescente.

Fonte:”Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças e Adolescentes e


suas Famílias em Situação de Violências – Ministério da Saúde/2012
TIPOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL:
1. INTRA-FAMILIAR: são as violências que ocorrem no âmbito do
afeto/vínculo familiar, como: pai, mãe, padrasto, madrasta, irmãos,
avós, tios, padrinho, madrinha, primos, avôdrasto, etc. (Dinâmica da
família incestuosa)
2. EXTRA-FAMILIAR: são os abusos/violência sexual fora das
relações de afeto e contexto familiar, como: conhecidos, vizinhos,
desconhecidos, professores, monitores, padres,
pastores,mulheres mais velhas, etc.
3. EXPLORAÇÃO SEXUAL: compreende o abuso sexual por
adultos e a remuneração, em espécie ou outro meio, à criança ou
ao adolescente, que são tratados como objeto sexual ou
mercadoria.
(CYBERBULLYING – grooming, sexting, sextortion)
O abuso sexual ocorre em todas as classes sociais, sendo
mantido invisível graças aos pactos de silêncio
Estimativa de violência sexual no Brasil

0,26% da população sofre violência sexual a cada ano

A cada ano: 527 mil tentativas ou casos de estupro

A cada dia: 1444 tentativas ou casos de estupro

Casos notificados à polícia: 10%

Cerqueira & Coelho, Pesquisa IPEA, 2014

Nos EUA: 0,2% dos indivíduos sofrem estupro a cada ano


19,1% taxa estimada de notificações à polícia.

Tjaden e Thoennes, 2006


A maior prevalência de abuso sexual é em crianças e
adolescentes

Bureau of Justice Statistics. 2000. http://www.bjs.gov/content/pub/pdf/saycrle.pdf


Características das vítimas

70% com 17 anos ou menos

Cerqueira & Coelho, Pesquisa IPEA, 2014


Epidemiologia

Entre as vítimas, há 2 subpopulações, com as seguintes características:

Agredidas por conhecido (frequentemente intrafamiliar), faixa etária


mais jovem (crianças e adolescentes), menor taxa de procura por
auxílio, maior número de atos praticados;

Agredidas por estranho, faixa etária mais elevada, maior associação


com agressão física, maior taxa de denúncia e procura por auxílio.

É um crime que pode deixar poucos vestígios, e que rapidamente


desaparecem.
1º ETAPA
2007 – Inquérito Civil/ Reuniões no ano de 2013 – TCO – 10ª PJIJ
1. Secretaria de Saúde:
- CRAI – atende violência sexual ( abuso e exploração)
- Crianças – encaminhadas para o SPC/
UBS/ESF/CAPSI/CAPSIAD/EESCA e Assistência Social
(CRAS/CREAS/SAF/SCFV/SASE)
- Adolescentes – encaminhados para UBS/ESF/CAPSI/CAPSIAD/EESCA
e Assistência Social (CREAS) e Centro de Referência de Direitos Humanos da
SDHM/POA.
- Rede municipal deve prestar atendimento clínico e psíquico para
vítimas de exploração sexual, inclusive para avaliação e tratamento a usuário de
SPA.
- Qualificar os operadores da área de saúde para os casos de
exploração sexual.

2. Secretaria de Direitos Humanos:


- Atender os casos de exploração sexual no Centro de Referência de
Direitos Humanos e dar os encaminhamentos adequados para a rede de
proteção.
- Equipar o Centro de Referência de Direitos Humanos
2007 – Inquérito Civil

3. Secretaria de Educação:
- Disponibilizar contato na Central de Vagas, para atendimento imediato de
situações de crianças e adolescentes envolvidas em exploração sexual.
- Disponibilizar vagas de ensino infantil, fundamental e médio para crianças
em situação de exploração sexual, independente de estarem figurando em lista.
- Disponibilizar atendimento educacional, através do cumprimento do
calendário letivo ou como espaço de proteção, quando POA sediar grandes eventos.
- Qualificar os profissionais da educação para reconhecimento e
encaminhamento dos casos de exploração sexual.

4. FASC:
- Disponibilizar contato em seus setores para atendimento imediato de
situações de exploração sexual.
- Acolher crianças e adolescentes em situação de exploração sexual em
seus equipamentos e fazer os encaminhamentos adequados junto aos programas que
desenvolve.
- Qualificar os operadores da assistência social para atuação com casos de
exploração sexual
2007 – Inquérito Civil

5. Secretaria de Governança Local:


- Capacitar e aparelhar os CTs para atuação com exploração sexual, e
monitorar suas atuações.
- Em situação de plantão deverá capacitar e instrumentalizar as equipes
do CT.

6. Secretaria de Produção, Indústria e Comércio:


- Articular com a rede de hotéis e motéis de POA a colocação de placas
“É proibida a entrada e permanência de crianças e adolescentes sem a presença ou
consentimento dos responsáveis”.
- Fiscalizar a existência das placas.

7. Secretaria de Turismo:
- Criar ou divulgar campanha já existente contra exploração sexual de
crianças e adolescentes, em especial em grandes eventos.

8. Secretaria de Segurança:
- Comunicar ao CT e a autoridade policial os casos de exploração sexual
que tomar conhecimento.
FLUXO DE ATENÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE EXPLORAÇÃO SEXUAL

O Conselho Tutelar deverá acompanhar a família e aplicar medida


protetiva para:
PORTAS DE ENTRADA

DISQUE-100
CONSELHO TUTELAR
Centro de Referência às ACOLHIDA no CRAI-HMIPV : SAÚDE
Vítimas de Violência - TRATAMENTO DA VÍTIMA
•Avaliação Social - HMIPV; •SPC-IAPI
CRVV •Boletim de Ocorrência - DPCAV; •UBS/ESF
FASC •Perícias Físicas e Psíquica – DML •CAPSi/CAPS AD
•O CRAI encaminhará para: •EESCA
JUIZADO DA INFÂNCIA E
JUVENTUDE - JIJ
POLÍCIA CIVIL ASSISTÊNCIA SOCIAL FASC
•CRAS
BRIGADA MILITAR •CREAS
SMDH- Centro de • SAF/SCFV/SASE
SAÚDE SJDH
Referência de Direitos
Humanos -
PROTEGE
EDUCAÇÃO PPCAAM
Só Adolescentes EDUCAÇÃO
NOTIFICAÇÃO •ENSINOS DE EDUCAÇÃO
COMPULSÓRIA CREAS INFANTIL, FUNDAMENTAL
Adolescentes E MÉDIO
MINISTÉRIO PÚBLICO Crianças
DEFENSORIA PÚBLICA SAÚDE JUIZADO DA INFÂNCIA E
Postos de Saúde da JUVENTUDE
OUTROS
Região (Crianças e ACOLHIMENTO
Adolescentes) INSTITUCIONAL
E Serviço de Proteção
à Criança – IAPI
Preferencialmente
MINISTÉRIO MINISTÉRIO PÚBLICO
para Crianças PÚBLICO PROTEÇÃO PROTEÇÃO
Exploração Sexual
FLUXO DE ATENÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE EXPLORAÇÃO SEXUAL
NOTURNO

•BOLETIM DE OCORRÊNCIA
• REQUISIÇÃO PERICIAL-DML
DECA PLANTÃO •COMUNICAR AO CT PLANTÃO
SITUAÇÃO DE VULNERAILIDADE
CRIANÇA E ADOLESCENTE VÍTIMA
3286-1928 (24H) TELEFONE 3289-8485 3289-8486,
3226-5788 e 32898487

BRIGADA MILITAR SE FAMÍLIA LOCALIZADA,


ENCAMINHAR MEDIANTE
190 BUSCA IMEDIATA DA GUIA PARA REALIZAR
FAMÍLIA PELO CT. OCORRÊNCIA POLICIAL
PARA PERÍCIAS
PLANTÃO DOS
CONSELHOS
TUTELARES
TELEFONE: 3289-8485
/3289-8486/ SE A FAMÍLIA NÃO FOR
32898487 / 3226-5788 LOCALIZADA:
1. REALIZAR OCORRÊNCIA
POLICIAL;
2. ACOMPANHAR A
CRIANÇA OU
ADOLESCENTE NAS
O CT PLANTÃO DEVERÁ ENCAMINHAR TODA A DOCUMENTAÇÃO DE PERÍCIAS DO DML;
CRIANÇA/ADOLESCENTE VÍTIMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL PARA 2. REQUISITAR O
CIÊNCIA AO CT RESPONSÁVEL ONDE A CRIANÇA OU ADOLESCENTE ACOLHIMENTO
RESIDA E TAMBÉM AO MINISTÉRIO PÚBLICO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE INSTITUCIONAL NO JUIZADO
PROTEÇÃO , SE PORTO ALEGRE DA INFÂNCIA - FORO
CENTRAL
Av. Aureliano de Figueiredo Pinto, nº 80. 5º andar, Torre Norte .
FLUXO DE ATENÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL

O Conselho Tutelar deverá acompanhar a família e aplicar medida


protetiva para:
PORTAS DE ENTRADA

DISQUE-100
CONSELHO TUTELAR
Centro de Referência SAÚDE PARA TRATAMENTO
às Vítimas de Violência ACOLHIDA no CRAI-HMIPV : DA VÍTIMA
- CRVV •Avaliação Social - HMIPV; •SPC
•Boletim de Ocorrência - DPCAV; •UBS/ESF
FASC •CAPSi/CAPS AD
•Perícias Físicas e Psíquica – DML
•EESCA
JUIZADO DA INFÂNCIA
E JUVENTUDE - JIJ
ASSISTÊNCIA SOCIAL FASC
POLÍCIA CIVIL O CRAI encaminhará para Saúde, Assistência •CRAS
BRIGADA MILITAR Social e MP Proteção •CREAS
• SAF/SCFV/SASE
SAÚDE
EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO
•ENSINOS DE EDUCAÇÃO
NOTIFICAÇÃO INFANTIL, FUNDAMENTAL
COMPULSÓRIA E MÉDIO
SAÚDE Ministério Público
MINISTÉRIO PÚBLICO Atendimentos Proteção
Psicológico e Clínico
DEFENSORIA PÚBLICA JUIZADO DA INFÂNCIA E
JUVENTUDE
OUTROS ACOLHIMENTO
Assistência Social
INSTITUCIONAL
CRAS e CREAS
Inserção em
Programas Sociais e Ministério Público MINISTÉRIO PÚBLICO
Avaliação Social Criminal PROTEÇÃO
FLUXO DE ATENÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE DESAPARECIDO

PORTA DE ENTRADA: DPCAV


DISQUE 100
COMUNICAR
CONSELHO TUTELAR DPCAV/DECA
COM FOTO INICIAR INVESTIGAÇÃO POLICIAL IMEDIATAMENTE
CENTRO DE REFERÊNCIA RECENTE DA
ÀS VÍTIMAS DE CRIANÇA OU
VIOLÊNCIA – CRVV
ADOLESCENTE
FASC DESAPARECIDO.

JUIZADO DA INFANCIA
E JUVENTUDE (JIJ)

POLICIA CIVIL

BRIGADA MILITAR

SAÚDE
CONSELHO ACIONAR FAMÍLIA OU RESPONSÁVEL:
EDUCAÇÃO
TUTELAR
APLICAR MEDIDA DE PROTEÇÃO ORIENTANDO A
NOTIFICAÇÃO FAMÍLIA A FAZER O B.O NA DPCAV PARA
COMPULSÓRIA INCLUSÃO DA CRIANÇA OU ADOLESCENTE
DESAPARECIDO NO CADASTRO NACIONAL DE
MINISTÉRIO PÚBLICO CRIANÇAS E ADOLESCENTES DESAPARECIDOS.

DEFENSORIA PÚBLICA

OUTROS
FLUXO DE ATENÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE TRABALHO INFANTIL

SAÚDE – TRATAMENTO DA VÍTIMA:

PORTA DE ENTRADA: -UBS/ESF


-CAPSi/CAPS AD
DISQUE 100 - EESCA

CONSELHO TUTELAR

CENTRO DE REFERÊNCIA ASSISTENCIA SOCIAL:


ÀS VÍTIMAS DE
VIOLÊNCIA – CRVV - CRAS
CONSELHO TUTELAR DEVERÁ
FASC
APLICAR AS MEDIDAS DE
JUIZADO DA INFANCIA PROTEÇÃO EDUCAÇÃO:
E JUVENTUDE (JIJ)
-EDUCAÇÃO INFANTIL
POLICIA CIVIL -ENSINO FUNDAMENTAL
-ENSINO MÉDIO
BRIGADA MILITAR

SAÚDE
JUIZADO DA INFÂNCIA E
EDUCAÇÃO JUVENTUDE:

NOTIFICAÇÃO - ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL


COMPULSÓRIA COMUNICAR O AUDITOR FISCAL
DO TRABALHO (AFT)
MINISTÉRIO PÚBLICO
MINISTÉRIO PÚBLICO:
DEFENSORIA PÚBLICA
- PROTEÇÃO
OUTROS
FLUXO DE ATENÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE USO DE SPA

SAÚDE – TRATAMENTO DA VÍTIMA:


PORTA DE ENTRADA:
CONSELHO TUTELAR DEVERÁ -UBS/ESF
DISQUE 100
APLICAR A MEDIDA DE PROTEÇÃO, -CAPSi/CAPS AD
INDEPENDENTE DA SUBSTÂNCIA SER - EESCA
CONSELHO TUTELAR
LÍCITA (ALCOOL), OU ILICITA
CENTRO DE REFERÊNCIA
ÀS VÍTIMAS DE ASSISTENCIA SOCIAL:
VIOLÊNCIA – CRVV
-CRAS/CREAS
FASC -SAF/SCFV/SASE

JUIZADO DA INFANCIA
E JUVENTUDE (JIJ)
EDUCAÇÃO:
POLICIA CIVIL SUBSTÂNCIA ILÍCITA: -EDUCAÇÃO INFANTIL
-ENSINO FUNDAMENTAL
BRIGADA MILITAR
DECA – ATO INFRACIONAL MP -ENSINO MÉDIO
SAÚDE JUSTIÇA JUVENIL

EDUCAÇÃO JUIZADO DA INFÂNCIA E


JUVENTUDE:
NOTIFICAÇÃO
COMPULSÓRIA - ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
SUBSTÂNCIA LÍCITA (ALCOOL):
MINISTÉRIO PÚBLICO
VENDIDA PARA MENOR DE 18 ANOS
DEFENSORIA PÚBLICA DEVERÁ SER ENCAMINHADO À
MINISTÉRIO PÚBLICO:
DPCAV
OUTROS
- PROTEÇÃO
FLUXO DE ATENÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE NEGLIGÊNCIA E MAUS TRATOS

SAÚDE – TRATAMENTO DA VÍTIMA:


PORTA DE ENTRADA:
CONSELHO TUTELAR DEVERÁ -UBS/ESF
DISQUE 100
ACOMPANHAR A FAMÍLIA E -CAPSi/CAPS AD
APLICAR MEDIDA DE PROTEÇÃO - EESCA
CONSELHO TUTELAR
PARA:
CENTRO DE REFERÊNCIA
ÀS VÍTIMAS DE ASSISTENCIA SOCIAL:
VIOLÊNCIA – CRVV
-CRAS/CREAS
FASC -SAF/SCFV/SASE

JUIZADO DA INFANCIA
E JUVENTUDE (JIJ) COMUNICAR À DPCAV EDUCAÇÃO:
POLICIA CIVIL
PERÍCIAS -EDUCAÇÃO INFANTIL
-ENSINO FUNDAMENTAL
BRIGADA MILITAR
MINISTÉRIO PÚBLICO (CRIME) -ENSINO MÉDIO
SAÚDE
JUSTIÇA (CRIME)
EDUCAÇÃO JUIZADO DA INFÂNCIA E
JUVENTUDE:
NOTIFICAÇÃO
COMPULSÓRIA - ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL

MINISTÉRIO PÚBLICO

DEFENSORIA PÚBLICA
MINISTÉRIO PÚBLICO:
OUTROS
- PROTEÇÃO
FLUXO DE ATENÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO

CONSELHO TUTELAR DEVERÁ ACOMPANHAR A FAMÍLIA E APLICAR MEDIDA


PORTA DE ENTRADA: DE PROTEÇÃO PARA:
(Caso necessite de atendimento de emergência, encaminhar para Pronto
DISQUE 100
Atendimento – PAM)
CONSELHO TUTELAR

CENTRO DE REFERÊNCIA
ÀS VÍTIMAS DE
VIOLÊNCIA – CRVV SAÚDE – TRATAMENTO DA VÍTIMA:
- EESCA
FASC -UBS/ESF
COMUNICAR À DPCAV
- CAPSi/CAPS AD
JUIZADO DA INFANCIA
E JUVENTUDE (JIJ) PERÍCIAS
ASSISTENCIA SOCIAL:
POLICIA CIVIL
SMDH MINISTÉRIO PÚBLICO (CRIME)
-CRAS/CREAS
BRIGADA MILITAR CENTRO DE
-SAF/SCFV/SASE JUSTIÇA (CRIME)
REFERÊNCIA DE
SAÚDE DIREITOS
EDUCAÇÃO:
EDUCAÇÃO
HUMANOS
-EDUCAÇÃO INFANTIL
NOTIFICAÇÃO -ENSINO FUNDAMENTAL
COMPULSÓRIA -ENSINO MÉDIO

MINISTÉRIO PÚBLICO
JUIZADO DA INFÂNCIA E
JUVENTUDE:
DEFENSORIA PÚBLICA
- ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
OUTROS

MINISTÉRIO PÚBLICO:

- PROTEÇÃO
SDH
GERAL DISQUE 100
INFANCIA E JUVENTUDE

VIA FAX / E-MAIL IMEDIATAMENTE VIA SIMEC/ TERMO DISQUE 100

CAOs INFANCIA E JUVENTUDE


CT DA REGIÃO DA DP DA REGIÃO DA
VIOLAÇÃO DO VIOLAÇÃO DO
DIREITO DIREITO
VIA E-MAIL INSTITUCIONAL
PROMOTORIA EXECUÇÃO

INSTAURAR PA
E SOLICITA VIA E-MAIL / OFÍCIO OUTRAS
INFORMAÇÕES AOS CTs E DPs
VERIFICAR A
INSTAURAR
SITUAÇÃO E APLICAR
INQUÉRITO POLICIAL E
MEDIDA DE
INVESTIGAR COM A RESPOSTA, O MP DA EXECUÇÃO
PROTEÇÃO
ALIMENTA O SIMEC, OU INFORMA ,VIA OFÍCIO OU
E-MAIL , AO CAO.

O CAO, COM RESPOSTA DO PROMOTOR DE


EXECUÇÃO, ALIMENTA SIMEC

COMUNICAR REMETER
MP DA INQUÉRITO
COMUNICAR O MP
EXECUÇÃO / POLICIAL AO
DA EXECUÇÃO
PROTEÇÃO CRIME
CRIMES CIBERNÉTICOS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

PROVIDÊNCIAS NA ESFERA CRIMINAL PROVIDÊNCIAS NA ESFERA PROTETIVA

OCORRÊNCIA NA DPCAV COMUNICAÇÃO DE VIOLAÇÃO NO MP PROTEÇÃO

- INSTAURA IP: ARTIGO 241 DO ECA , OUTROS; -SE DP NÃO RETIROU DO AR, REQUERER QUE
- OITIVA DOS RESPONSÁVEIS SEJA RETIRADO JUDICIALMENTE;
- REQUISITA PERÍCIA PSÍQUICA - NOTIFICAR OS PAIS PARA AUDIÊNCIA E/OU
- RETIRAR DO AR O SITE COMPROVAÇÃO DE ATENDIMENTO
PSICOLÓGICO.

NÃO COMPROVOU COMPROVOU


PARA MP CRIME P/ ARQUIVAR IP OU DAR
CONTINUIDADE INSTAURANDO PC

ENCAMINHAR PARA
O CT APLICAR ARQUIVAR
MEDIDAS
2ª ETAPA

PROJETO PILOTO – COMBATE À EXPLORAÇÃO SEXUAL


Após a criação dos Fluxos iniciou-se o Projeto de Combate à
Exploração Sexual Infantojuvenil em Porto Alegre /RS.

1. Mapeamento pela FASC – Fundação de Assistência Social do Município da


rede de exploração sexual em Porto Alegre/RS, e dos equipamentos
existentes em cada região.
2. Reuniões periódicas junto a toda rede de proteção: SMS, FASC, SMED,
SEDUC, SMDH (CRVV), PC (DPCAV), BM, CT, CRAI, MP..., onde
ocorriam estudo dos casos e os encaminhamentos para a proteção da
vítima e punição do agressor, estabelecendo-se a definição clara dos
papeis de cada instituição participante de forma a garantir o atendimento
integral às vítimas.
3. Na reunião seguinte, de cada região, avaliou-se o que foi devidamente
cumprido pelas instituições e se o caso foi resolvido sem a necessidade
de intervenção judicial.
4. Os casos com necessidade de intervenção judicial, de imediato foram
propostas ações pertinentes.
2ª ETAPA

PROJETO PILOTO – COMBATE À EXPLORAÇÃO SEXUAL


Ao longo de um ano foram realizadas diligências em 115 casos de
crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual:

Total de Expedientes Percentual

Arquivados com solução 24 21%


Arquivados sem solução 01 1%
Em andamento 20 17%
DPF a partir da reunião 11 10%
Outros Processos Judiciais
(JIJ e Varas de Família) 25 22%
Perda de atribuição por
Maioridade 31 27%
Remetido para outra PJIJ 3 3%

TOTAL 115 100%


2ª ETAPA

PROJETO PILOTO – COMBATE À EXPLORAÇÃO SEXUAL


Perfil

Com o projeto-piloto foi possível traçar um perfil de crianças e


adolescentes vítimas de exploração sexual e identificar as dificuldades da
rede de proteção local com atuação na matéria, buscando o aprimoramento
e desburocratização da rede de proteção, e acarretando um resultado efetivo
na solução das questões de exploração sexual infantojuvenil em Porto
Alegre.
Constatou-se:
Adolescentes entre 12 a 17 anos de idade – a maioria estavam envolvidos
com o uso e o tráfico de drogas.
Crianças entre 0 a 11 anos de idade – possuíam como aliciadores os
próprios pais, familiares e donos de estabelecimentos da comunidade, o que
dificultava a intervenção dos órgãos de proteção.
3º ETAPA: OPERAÇÕES EM CASAS NOTURNAS
Durante a 2º fase - reuniões periódicas - veio notícia de que várias
casas noturnas estariam fornecendo bebidas alcoólicas, SPA e
favoreciam a exploração sexual infanojuvenil.
Em operações noturnas que contaram com a participação da Brigada
Militar, Polícia Civil, Bombeiros, SMIC, CT e MP, foram realizadas
diversas operações de abordagem em casas noturnas de Porto
Alegre/RS com perfil de fornecimento de bebidas alcoólicas/SPA e
exploração sexual de crianças e adolescentes. Consistiram em
diversas reuniões preparatórias e de atividades de inteligência antes
das operações.
Foram até o momento: três operações exitosas, nas casas noturnas
“Pepper Club”,“Bar Um”,“Sobradinho” e Adegas.
Observou-se:
-Uso de bebidas alcoólicas e SPA.
-Exposição inadequada de adolescentes com 12 e 13 anos de idade,
dançando nas casas noturnas em troca de “kits” que incluíam bebidas
alcoólicas e energéticos e participando de concursos como “bumbum
granada”.
4ª Etapa – PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS contra as
CASAS NOTURNAS – visando firmar TACs

-Para cada criança ou adolescente é instaurado PA com a finalidade de


verificar a situação de vulnerabilidade e atuação da rede de proteção, tanto
nos casos de exploração sexual como de consumo de bebidas alcoólicas por
crianças e adolescentes.

--Para cada casa noturna é instaurado PA para apuração da responsabilidade,


onde é firmado TAC, cujos valores ou bens revertem para suprir as
fragilidades da rede de proteção e justiça.

-No crime – responsabilidade criminal dos responsáveis tanto em relação


aos crimes de exploração sexual, quanto de fornecimento de bebidas
alcoólicas para crianças e adolescente.
“ A violência contra a criança e o adolescente, quando não
reconhecida nem tratada, deixa marcas e imprime valores
distorcidos. Seus danos poderão influenciar as reações, os impulsos
e as escolhas para o resto da vida e se perpetuar pela reprodução
da violência na relação com as gerações futuras.”

MUITO OBRIGADA

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