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A Saúde Mental

Intervenções em Saúde.
10/03/23

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/implantacao_redes_atencao_saude_sas.pdf
RAS

 Rede de Atenção à Saúde (RAS)- conjunto de ações e


serviços de saúde articulados em níveis de complexidade
crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da
assistência à saúde.

 Rede de saúde mental integrada, articulada


RAPS
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/conheca_raps_rede_atencao_psicossocial.pdf

 ATENDIMENTO DE PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS

 Centros de Atenção Psicossocial(CAPS); os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); os


Centros de Convivência e Cultura, as Unidade de Acolhimento (UAs), e os leitos de
atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III)
RAPS- REDE INTEGRADA.
[DISSERTAÇÃO] Jorge, Alan Cristian Rodrigues (ufcspa.edu.br) (ACESSO EM 28/09/22)
Jorge, Alan Cristian Rodrigues Desenvolvimento de webmaps sobre risco de suicídio. -- 2018
ENCAMINHAMENTO PARA CAPS?

 SERVIÇOS DE SAÚDE ABERTO E COMUNITÁRIO- ATUA


SOBRE A ÓTICA INTERDISCIPLINAR.
 PRIORITARIAMENTE- SOFRIMENTO – TRANSTORNO
MENTAL
QUANDO?

 SEJA EM SITUAÇÕES DE CRISE OU REABILITAÇÃO


(desintoxicação)
 O que é crise?
 Quando reabilitação?
O QUE FAZER NA CRISE?

 Quais atuações em CRISE?


 - CAPS
 - HOSPITAL-RETAGUARDA
FLEXIBILIDADE

 Caracterizados por plasticidade de se adequar


às necessidades dos usuários e familiares
 Atendimento e PTS
MODALIDADES:
 CAPS I- TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS

 MÍNIMO:15.000

 ACIMA DE 20.000 PESSOAS- TERRITÓRIO.

  

 CAPS II- ACIMA DE 70.000 PESSOAS – TERRITÓRIO.

 CAPS III- 24 HORAS. – SAÚDE MENTAL.

 serviços de atenção contínua.


 
 inclusive CAPS Ad III; indicado para municípios ou regiões com população acima de 200.000
habitantes
CAPS A.D

 CAPS AD- adultos ou crianças e adolescentes


• Necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras
drogas- Acima de 70.000 habitantes

• CAPS AD III- Atende adultos ou crianças e adolescentes,


• no máximo 12 leitos para observação e monitoramento, de
funcionamento 24 horas- População acima de 200.000
habitantes – PROCESSO DE DESINTOXICAÇÃO
CAPS I.J.

 CAPS I.J- transtornos mentais graves e persistentes e os


que fazem uso de crack, álcool e outras drogas.
 ACIMA DE 70.000
 PORTA-ABERTA. ( 07:00 AS 19:00 )
 - SEMPRE TEM UMA EQUIPE DE “PLANTÃO”-
 PARA ATENDIMENTO DE CASOS QUE CHEGAM AO CAPS-
LIVRE DEMANDA
 ENCAMINHAMENTO (ESCOLA- C.T- UBS)
DROGAS/ VULNERABILIDADES
http://site.mppr.mp.br/pagina-36.html
https://cenpre.furg.br/images/stories/TCCEsp201213/tccrobertaespinosaperes.pdf (PERES, R.E., 2013)

 ATENÇÃO RESIDENCIAL DE CARÁTER TRANSITÓRIO Unidade de Acolhimento

 SURGEM EM 2010.

 ADULTOS/INFANTIL

 ADULTOS – ATÉ 15 VAGAS

 INFANTIL- ATÉ 10 VAGAS (10 À 19 ANOS)

 Caráter protetivo (até 6 meses)

 Definição PTS – CAPS


http://repositorio.esp.mg.gov.br:8080/xmlui/handle/123456789/318
SANTOS, C. A. (2019). ANTAGONISMOS E CONTRADIÇÕES NA POLÍTICA SOBRE DROGAS: OS PONTOS DE
ATENÇÃO DE ATENÇÃO RESIDENCIAL DE CARATER TRANSITÓRIO.

 USO DE DROGAS- CRIMINALIZAÇÃO – EXCLUSÃO SOCIAL


 TRATAMENTO PELA JUSTIÇA
 IMPORTÂNCIA DA REDUÇÃO DE DANOS.
ESTUDO DE CASO

 Paciente: 16 anos – quadro de PSICOSE com D.I. Grave // albinismo


• Genitora realiza todas as atividades para o filho (banho/ alimentação)
• Paciente apresenta FALA INFANTILIZADA – comportamento pueril

 Relação simbiótica mãe e filho.


 Dificuldade em se comunicar- comportamentos AGRESSIVOS– agitação psicomotora
 Genitora Analfabeta – sem contato/vínculos sociais
 Paciente sem contato social – sempre ficou em casa. (genitora medo do preconceito/ exclusão
social)
 Paciente nunca frequentou a escola- genitora não compreende a importância e entende que o
filho será excluído.
 Genitor – responsabilidade pela parte financeira.
REFLEXÕES:
 De que forma desenvolver o vínculo afetivo com paciente?
* Quais recursos- profissionais podem ser pensados para que genitora acesse aos serviços de
Saúde?

 Como possibilitar que genitora confie nas equipes de Saúde?

 Quais equipamentos serão necessários em casos como este?

 Quando trazer à temática da Escola aos genitores?


REDE- SUS / SUAS

 UBS- NASF/ESF
** ASSISTENTE SOCIAL – ENFERMAGEM- AGENTE COMUNITÁRIO (VÍNCULO)

SAÚDE MENTAL: ENCAMINHAMENTO: CAPS I.J.

** SUAS: (ASSIST. SOCIAL): CRAS- PREVENÇÃO


BOLSA FAMÍLIA.
VÍNCULO:
COM A EQUIPE: (ATENDIMENTO) – AG. COMUNITÁRIA
** ATENDER MÃE E FILHO (“BEBÊ”) – PSICOLOGIA/ ENFERMAGEM/ PSICOPEDAGOGIA

POR QUE? VÍNCULO- MÃE ENTENDE O MUNDO A PARTIR DO FILHO /


QUEBRA DO VÍNCULO: DESESTRUTURAÇÃO.

DURAÇÃO : 3 / 4 MESES.

2º MOMENTO: AUMENTO DO PTS


** O GRUPO DE ADOLESCENTES (SOCIALIZAÇÃO)
ADAPTAÇÃO PARA A MÃE. ( 3 MESES)
3º MOMENTO

GRUPO DE ADOLESCENTES ( PACIENTE)


** LÚDICAS/ SENSORIAIS

GRUPO DE MÃE ( GENITORA)


** DIFICIL – “ EU NÃO TENHO NADA PARA ACRESCENTAR
GRUPO: FORTALECEU SEU SENSO DE IDENTIDADE COMO MÃE E MULHER.
** O SER MULHER!!
4º MOMENTO

 FILHO CONTINUAVA EM GRUPO.

AUMENTO DO PTS : MANTER GRUPO DE FAMILIA / ATENDIMENTO INDIVIDUAL.

INDIVIDUAL: O SER MULHER/SONHOS/ EXPECTATIVAS.


APRENDER A LER/ SER DESENHISTA. (CRAS)
CUIDADOS DE SAÚDE: CONSULTA MÉDICA/ GINECOLOGIA.

** MATRICIAMENTO: ATUAÇÃO DO NASF – FORTALECEU ( AG. COMUNITÁRIO)

RESSIGNIFICAÇÃO- IDENTIDADE DE MULHER.


V.D.

 VISITAS DOMICILIARES EM CONJUNTO ( NASF/ESF/ CAPS I.J)

CUIDADOS DOMICILIARES: ORGANIZAÇÃO.


5º MOMENTO:

 FILHO – EVOLUINDO

 PAI – ENTRA NO TRATAMENTO ( ATENDER O CASAL- QUESTÃO DA ESCOLA)

 ORIENTAÇÃO – ESCOLA – PEDAGÓGICA/ SOCIALIZAÇÃO

REFERÊNCIAS : PSICOLOGIA/ PSICOPEDAGOGIA.

METODOLOGIAS DE ENSINO. ( QUE TIPO DE ESCOLA??)


MOMENTO FINAL

 PROCESSO DE ESCOLA – ACEITAÇÃO DA FAMILIA

 PROCESSO DE ALTA.

 GRUPOS/ OFICINAS NASF.


Garota, Interrompida

 HUMANIZAR É
PRECISO!

TRANCAR NÃO É
TRATAR!!
A vida imita a Arte?
 O uso de drogas X Internações Psiquiátricas ( como os
antigos hospitais psiquiátricos) – foco na medicação – A
relação de poder sobre os pacientes (medicina)
 SUBJETIVIDADE DO OUTRO (PACIENTE) É
NEGADA!
 A fragilidade emocional da paciente usuária de drogas- em
ver-perceber a fragilidade de outras pacientes (sofrimento
do outro)
 Aspectos perversos- visíveis ( internações psiquiátricas) –
qual o tratamento mais adequado?
 A relação entre automutilações X abuso sexual (paterna)
– esconde frangos (forma de mostrar que precisa esconder
algo) - perversidade da paciente (A. Jolie)
 INFANTILIZAÇÃO COMO FORMA DE NÃO SE
PERCEBER (QUEIMADURAS)
T.P.A.S.
FILHO, E.A; CHALUB, M & TELLES, L.E.B (2016). PSIQUIATRIA FORENSE DE TABORDA.(3º ED). ARTMED:
PORTO ALEGRE.

ABDALLA-FILHO, E.; ENGELHARDT, W. – Transtorno da Personalidade


cap. 27.

 ** RUPTURA – RELAÇÕE PESSOAIS E SOCIAIS (p. 507)


 Dificuldade de aderência aos tratamentos- Vínculos.
 (p. 508)

 T. P e níveis de testosterona- Agressividade (p. 510)


 Os primeiros anos de vida- Influência no desenvolvimento da
personalidade- Complicações no parto
 T.P.A.S- Inadequações na relação com a sociedade – Perversidade
com o outro
 “T.P. Emocionalmente Instável ( Borderline/ impulsivo)

 Borderline- comportamento de risco/ relacionamentos instáveis”-


(p. 515)
TPAS x PSICOPATIA
(p. 509)
 TPAS PSICOPÁTICO- MAIS GRAVE-
VIOLÊNCIA
 PCL-R (RELACIONAMENTOS-
SEXUALIDADE)
Lesões Neurológicas

 EXAMES DE NEUROIMAGEM

 Lobo Frontal- características TPAS

 IMPULSIVIDADE- AGRESSIVIDADE- INADEQUAÇÃO-


SEXUALIDADE- INSENSIBILIDADE.

 PHINEAS GAGE
SÍNDROME ALCOOLICA FETAL x VIOLÊNCIA

RAINE,A. A Anatomia da Violência. Porto Alegre: Artmed. 2015.

 Ann Streissguth- 473 casos S.A.F.


 61% - delinquência
 45 % - comportamento sexual inadequado- incesto- zoofilias
 Mais da metade meninos e 33 % meninas – transgressões- presos. (p.
201)

 Caso HARRIS- CAMERA DE GÁS- PRISÃO SAN QUENTIN (p.


200)

 DISFUNÇÕES NO SNC- RETARDO.


A CRIANÇA INTERNA FERIDA
https://rosacukier.com.br/desculpas-interculturais-sera-possivel-reparar-erros-do-passado-no-presente-rosa-cukier/

RESGATAR A IDENTIDADDE

RESPEITO- O QUE É SER RESPEITADO? (p. 232, 233)


OS ADULTOS RESPEITAM SUAS CRIANÇAS?
RÓTULOS- REBELDE/ DESOBEDIENTE – LOUCO/ MALUCO/ RUIM/ PERVERSO.
RAIVA- PROIBIDO SENTIR/ MANIFESTAR- AMBIENTE HOSTIL
NÃO É DE UMA HORA PARA OUTRA- GRADUAL
SOCIEDADE- ANTI-SOCIAL
RAIVA- MÁGOA/ MEDO DE CONFIAR ( “O MUNDO É CRUEL” )
A ARTE QUE HUMANIZA.

NISE DA SILVEIRA.

(1032) Eu Não Sou Louco - Documentário sobre a vida de pessoas com sof
rimento psíquico – YouTube
PARTE II-
PRÓXIMA AULA.
PROGRAMA DE VOLTA PARA CASA.
Programa de Volta para casa
https://www.youtube.com/watch?v=k-xKz2Z9h08

“O papel das residências terapêuticas no tratamento psiquiátrico - Jornal Futura - Canal


Futura”

• – mais de 2 anos de institucionalização


• Portaria n. 106 de 11 de fev. de 2000- SRTs- no SUS.
• Portaria n. 52 e 53 de 20 de fev. 2004- redução progressiva dos leitos psiquiátricos no país.
• Vinculados a rede de serviços de saúde.
• Reintegração social
TIPO I- Até 8 moradores- reinserção social – vinculado a equipe/serviços de saúde mental
TIPO II- Até 10 moradores- maior dependência/ comprometimento físico.- habilidades para a
vida diária
 “A Residência Terapêutica se constitui como dispositivo no processo de desinstitucionalização
das pessoas acometidas de transtorno mental, com o intuito de promover a construção da sua
inserção na comunidade. As residências se constituem como espaços de habitação e de
reconstrução de laços sociais e afetivos para as pessoas que se encontravam confinadas nos
hospitais psiquiátricos. No ambiente residencial não são mais considerados pacientes e sim
moradores” (CAVALCANTI, 2005, p. 32)
 bolsa-auxílio reabilitação - R$ 412,00
 Em 2010- 3.754 beneficiados.
 Parcerias com os CAPS- AT

 Tipo I- Trabalho/Lazer

Programa de  Tipo II- mais velhos/ dependentes físicos e Doentes- monitoramento diário.
 Outros perfis de SRTs- curatelados/famílias/ não tem independência (retardo mental- mais
volta para debilitados) – cuidadores- autonomia
* Família não informada
casa.  Muitas debilidades clinicas- não andam- mobilidade
Almeida, F.A & Cezar, A.T
 Loucura (?)- Manicomios Judiciários. (agressividade – sintoma do quanto foi agredido? )
 Ir e vir- ressocialização
A vida de MUSSOLINI
A política repressora do regime totalitário definiu o destino de Ida
Dalser respaldada pela legislação da época, que se baseava em dois
pressupostos para a internação em hospícios: a periculosidade social
e o escândalo público. Ida era uma peça incômoda e uma mancha
na biografia de Mussolini, que propagava valores conservadores de
devoção e respeito à família.

Em 1926, ela deu entrada no manicômio feminino da ilha de São


Clemente, em Veneza, onde foi sujeita a procedimentos como
hidroterapia (banhos quentes e gelados alternados), terapia do sono,
alimentação forçada com sonda e métodos violentos de contenção.
Ida morreu em dezembro de 1937, aos 57 anos, sem ter revisto o filho.
Benitinho, que fora reconhecido formalmente pelo pai em 1916 ¾
com quem jamais teve contato ¾, também foi vítima do regime. Ele
faleceu aos 26 anos, em 1942, no manicômio de Mombello, onde
foi internado compulsoriamente

O silenciamento dos inocentes: o Hospital Colônia e os manicômios italianos no vintênio


fascista - Editora Intrínseca (intrinseca.com.br) (ACESSO EM 05/10/22)
A vida nas R.T.

FASSHEBER, V.B.; VIDAL, C.E.L. Da tutela à autonomia: narrativas e construções


do cotidiano em uma residência terapêutica. Psicologia: Ciência e Profissão. v.
27, n.2. jun./2007. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S1414-98932007000200003 
“Após anos de reclusão, a subjetividade dos pacientes passa a ser
construída nos moldes dotados pela instituição. Com a mudança para a RT,
tais sujeitos são defrontados com uma outra realidade, e precisam
reelaborar todo o seu universo de significados.” ( p. 196)

HOSPITAL COLONIA- BARBACENA “CIDADE DOS LOUCOS”


DEPOIMENTOS - MORADORAS

 “Agora eu tô numa casa, graças a Deus... aqui nós comemos o que nós
queremos, tem tudo que nós gostaríamos de ter, cada uma tem o seu
quarto, tem suas coisas, cada um tem sua vida.” (p. 201)
“Relata ter sido encontrada nas ruas de Belo
Horizonte aos dois anos de idade, por ter sido
rejeitada pela família devido ao seu problema
LUGAR NO físico. A fala de Cristina remete constantemente
a sua “falta de lugar”, por ter ficado em diversas
MUNDO instituições pelo fato de sua família não acolhê-
la. A mágoa resultante desse abandono é o
motivo que a teria levado ao hospital
psiquiátrico.” (p. 201)
ESTUDO DE CASO:
 PACIENTE: VIVEU NO SAICA DESDE OS 4-5 ANOS
 GENITORES: FALECIDOS
 GENITORA: DIAGNÓSTICO DE ESQUIZOFRENIA- REFRATÁRIA
A PACIENTE APRESENTA FALA DESCONTEXTUALIZADA- SINTOMAS PSICÓTICOS QUE SE INICIAM NO
INICIO DA ADOLESCÊNCIA.

ATIVIDADES COMO CCA- CECCO – ONG (PACIENTES D.I- PSIQUIÁTRICOS)

COMPORTAMENTO AUTO-AGRESSIVO // AGRESSIVIDADE AOS OUTROS

16- 17 ANOS- DISCUSSÕES NA REDE (CAPS I.J. – SAICA- CREAS- M.P.).


PARA ONDE ENCAMINHAR O PACIENTE?
SEM CONDIÇÕES DE VIDA INDEPENDENTE- DIFICULDADES COM HIGIENE
A IMPORTÂNCIA DA REDE

 ADAPTAÇÃO- DIFICULDADES DE COMPREENDER AS MUDANÇAS


** AGITAÇÃO – AUTO-MUTILAÇÃO

AUMENTAR O PTS

INTERLOCUÇÃO COM A REDE

DIFICULDADES – EQUIPE COMPRENDER A SAÍDA DO USUÁRIO.

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