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11/05/2023

SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS

§António Albuquerque
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SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS

q Traçado em planta.
q Tipos de sistemas.
q Problemas de projecto; localização das caixas de
visita; traçado em planta.
q Critérios de dimensionamento hidráulico e
sanitário; traçado em perfil longitudinal.
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n Constituição dos Sistemas:


1) Redes de esgoto interiores dos edifícios:
- Águas Pluviais;
- Águas residuais domésticas, industriais e comerciais.
2) Ramais de ligação à rede geral de drenagem;
3) Rede geral de drenagem incluindo: colectores, caixas de visita,
sarjetas e/ou sumidouros (redes unitárias ou separativas de
águas pluviais);
4) Estações elevatórias e condutas de impulsão;
5) Emissário ou emissários;
6) Estação de tratamento;
7) Exutores de lançamento, nos meios receptores, das águas
residuais tratadas

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n Sistemas de Esgotos de Águas Residuais podem classificar-se em:

n Unitários: recolhem e drenam a totalidade das águas a afastar das


zonas povoadas num único colector;
n Separativos de águas residuais domésticas, industriais e comerciais:
se recolhem e drenam as respectivas águas residuais sem incluir as
águas pluviais;
n Separativos de águas residuais pluviais: se recolhem e drenam
apenas as águas pluviais (não drenam as águas residuais
domésticas, industriais e comerciais);
n Pseudo-separativos de águas residuais domésticas industriais e
comerciais: se recolhem e drenam as respectivas águas residuais
incluindo, no entanto, alguma parte de águas pluviais.

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Rede separativa

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n Principais Problemas de Projecto:

n Determinação, mais rigorosa possível, dos caudais de águas


residuais, em todos os pontos do sistema;

n Escolha, após exame comparativo de soluções alternativas


(técnico e económico) da mais vantajosa solução de traçado;

n Dimensionamento hidráulico-sanitário de todos os colectores,


em diâmetro e inclinação, e de todas as outras componentes do
sistema, para escoar os caudais calculados;

n Apresentação de peças escritas e desenhadas que permitam a


execução das obras e sirvam de base para a sua conveniente
exploração.

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n Aspectos a observar no traçado em planta:


1) Cartografia adequada: levantamento topográfico à escala 1/1000
ou 1/2000 da zona já urbanizada e da zona da futura expansão,
onde figure toda a informação adequada;

2) O traçado é feito em função da topografia da zona (o escoamento


é por gravidade), natureza do terreno e interferência com outros
serviços existentes;

3) Depois do primeiro traçado em gabinete è deslocação ao local


para recolher informações mais detalhadas, entre elas:
a) Melhor localização dos ramais de ligação;
b) Natureza do terreno;
c) Tipo de acabamento dos pavimentos;
d) Modo de atravessamento de linhas de água;

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n Aspectos a observar no traçado em planta:


3) Depois do primeiro traçado em gabinete è deslocação ao local
para recolher informações mais detalhadas, entre elas (cont.):
e) Traçado do emissário ou emissários;
f) Níveis freáticos (problemas na execução da obra e
cálculo dos caudais de infiltração);
g) Se estiverem previstas E. E. analisar se existe energia
eléctrica;
h) Mesmo que o projecto não inclua o estudo da estação de
tratamento, analisar a sua possível localização;

4) Localização das caixas de visita.

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n Aspectos a observar na localização das caixas de visita:

1. Decorrentes do Traçado em Planta


§ Cruzamento e junção de colectores;
§ Mudança de direcção;
§ Alinhamento rectos de forma a que o afastamento máximo entre
caixas de visita não seja superior a um dado valor.

2. Decorrentes do Traçado em Perfil Longitudinal


§ Mudança de inclinações dos colectores;
§ Mudança de diâmetro dos colectores;
§ Alinhamento rectos de forma a que o afastamento máximo entre
caixas de visita não superior a um dado valor.

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n Aspectos a observar no traçado em Perfil Longitudinal:


1) Sempre que possível adoptar inclinações iguais às do terreno;
2) Respeitar inclinações máximas e mínimas (a analisar no
dimensionamento hidráulico);
3) Profundidade de assentamento mínima, medida sobre o
extradorso dos colectores;
4) Alinhamento dos colectores em perfil longitudinal:
a) alinhar os colectores pela geratrizes interiores superiores;
b) cota da linha específica a montante da C.V. igual à cota da
linha de energia específica a jusante mais uma dada queda na
C.V.;
5) Progressão crescente dos diâmetros de montante para jusante
da rede;
6) Diâmetro mínimo regulamentar (estipulado pelo Regulamento
em 200 mm).
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n Critérios de Dimensionamento Hidráulico-Sanitário:


1) Deverão ser observadas as características dos caudais a
escoar, a sua variação, os seus valores extremos e as
características dos sólidos transportados;

2) Caudais característicos de dimensionamento:


a) De ponta no início de exploração da rede, para verificação
das condições de auto-limpeza;
b) De ponta no ano horizonte de projecto, para avaliar a
capacidade máxima do escoamento.

3) Auto-limpeza: condições de escoamento para o caudal de ponta


(início de exploração da rede), tais que os sólidos depositados
nas horas mortas possam ser arrastados em horas de ponta.

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n Selecção da inclinação dos Colectores:

Se iideal < imínimo è imínimo (*)

Se imínimo < iideal < imáximo è iídeal

(*)iideal – Inclinação que se obtém unido a cota de soleira da caixa de


visita de montante, com a cota da caixa de visita de jusante a que
corresponde a profundidade mínima.
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n Selecção da inclinação dos Colectores:

Se iideal > imáximo è imáximo

recorrendo a uma câmara de visita com


queda.

Se colector a montante estiver a


uma profundidade superior à
mínima adoptar um declive que
traga o colector, a jusante, para a
profundidade mínima
regulamentar ou a exequível, face
ao imínimo aceitável.

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n Selecção da inclinação dos Colectores – Exemplo 1:


Trechos com que arrancam com a profundidade mínima

iterreno < imímima è imínimo

Regra Geral: iideal < imímima è imínimo

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n Selecção da inclinação dos Colectores – Exemplo 2:

Trechos que arrancam com a profundidade mínima

imímima <iterreno < imáxima

Regra Geral:
imínimo < iideal < imáximo è iideal

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n Selecção da inclinação dos Colectores – Exemplo 3:

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n Selecção da inclinação dos colectores – Síntese:


Inclinação do terreno Inclinação do colector
1. < do que a mínima aceitável para Þ Mínima aceitável (condições de auto-limpeza).
o colector (terreno plano ou
contra-inclinado).
2. > do que a mínima aceitável para ÞSe o colector no extremo de montante está à profundidade
o colector mas < do que a mínima colocar o colector paralelo ao terreno.
máxima admissível (por razões Þ Se o colector no extremo de montante está a uma
de velocidade máxima) profundidade superior à mínima, usar:
a) Uma inclinação que traga o colector no seu extremo de jusante
a dmín;
b) A inclinação mínima aceitável se a inclinação em a) for inferior a
esta.
3. > do que a máxima admissível Þ Se o colector que chega à caixa de visita de montante está à
(velocidade máxima dos profundidade mínima, o colector a jusante desta tem a inclinação
colectores) máxima admissível, de tal forma que no seu extremo de jusante
fique a dmín;
Þ Se o colector que chega à caixa de visita de montante está
abaixo de dmín, usar:
a) Uma inclinação que traga o colector no seu extremo de jusante
a dmín; ou se esta excede a inclinação máxima admissível.
b) Uma inclinação igual à máxima admissível;
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n Etapas do Estudo – Síntese:

A. Traçado da rede em planta;


B. Cálculo dos caudais;
C. Dimensionamento hidráulico-sanitário e traçado da rede em perfil
longitudinal.

B. Cálculo de Caudais
1) Distribuição da população, por trechos;
2) Cálculo da população acumulada servida por cada trecho;
3) Cálculo do caudal médio;
Qm = Pop * Cap * Cafl (art. 124)
0,70 £ Cafl £ 0,90 (art. 123)

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B. Cálculo de Caudais (cont.)
4) Cálculo do caudal de infiltração (art. 126)
0 < Qinf £ Qm

Qinf = Qm ; em pequenos aglomerados populacionais com


colectores a jusante até 300 mm;

Qinf = 0,5 m3/(dia.cmf.km); em médios e grandes aglomerados


populacionais;

Qinf = 1 l/s. km; em médios aglomerados populacionais pode ser


utilizado o valor anterior desde que fique
garantida a eficaz estanquidade da rede no que
respeita aos colectores, juntas e câmaras se visita.

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B. Cálculo de Caudais (cont.)

5) Cálculo do caudal de ponta


60
Qp = Qm * fpi com fpi = 1,5 +
Pacumulada
6) Caudal de dimensionamento

Qdim = Qp + Qinf

C. Critérios de dimensionamento Hidráulico-Sanitário

• Altura máxima de escoamento


• Velocidade máxima e mínima
• Inclinações mínima e máxima

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C. Critérios de dimensionamento Hidráulico-Sanitário (cont.)
Diâmetro mínimo (Art. 134)

Dmin=200 mm

Altura máxima de escoamento ( a verificar para o QPano40)

D £ 500 mm è h/D £ 0,50


D > 500 mm è h/D £ 0,75
} Domésti cos
ymáx/D = 1,0 è Coletores Unitários ou Separativos Pluviais

Velocidade máxima de escoamento ( a verificar para o QPano40)

Vmáx = 3,00 m/s (Coletores Domésticos)


Vmáx = 5,00 m/s (Coletores Unitários ou Separativos Pluviais)

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C. Critérios de dimensionamento Hidráulico-Sanitário (cont.)
Velocidade mínima de escoamento ( a verificar para o QPano0)

Vmín = 0,60 m/s (Colectores Domésticos)


Vmín = 0,90 m/s (Colectores Unitários ou Separativos Pluviais)

NOTA: Caso não se verifiquem os limites de velocidade, como sucede


nos colectores de cabeceira, devem estabelecer-se declives
que assegurem estes valores limites para o caudal de secção
cheia.

Auto-limpeza: condições de escoamento para o caudal de ponta (início


de exploração da rede), tais que os sólidos depositados nas horas mortas
possam ser arrastados em horas de ponta

Tensão de arrastamento mínima (a verificar para o Qpano0)


t = gRi tmín = 1,5 [N/m2]
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C. Critérios de dimensionamento Hidráulico-Sanitário (cont.)

Inclinações mínimas e máximas por razões construtivas


imín = 0,3 % (Regulamento Nacional è admitem-se inclinações
inferiores, desde que seja garantido o nivelamento e o poder de
transporte);
imín = 1,0 % (Norma Europeia);
imáx = 15 % (Regulamento Nacional è salvo dispositivos especiais
de ancoragem do colector).

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n Procedimento e Metodologia de Dimensionamento:


1º cada troço entre duas caixas de visita deve ser dimensionado iniciando-se
os cálculos por uma das caixas de visita de cabeceira, caminhando de
montante para jusante e não se passando a qualquer troço de jusante sem
ter concluído o dimensionamento de todos os troços a montante;
2º a determinação do diâmetro e da inclinação dos colectores deve ser feita
em estreita ligação com o perfil longitudinal do terreno, em função das
regras práticas enunciadas;
Critério
Não 3º a altura e a velocidade de escoamento devem ser inferiores ou iguais às
Imperativo máximas admissíveis, para o caudal de ponta no ano horizonte de projecto
(Qdim ano 40);
4º a velocidade ou o poder de transporte devem ser superiores ou iguais aos
mínimos exigidos (auto-limpeza), para o caudal de ponta no início de
exploração da rede (Q dim ano 0);
5º as inclinações dos colectores devem estar compreendidas entre limites
mínimos e máximos por razões construtivas.
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C. Dimensionamento hidráulico de cada trecho de colector:

Dados: Qdim (m3/s), DN(Dint) (m), i (m/m)

Objetivos: cumprir os citérios hidráulico-sanitários


h/D (ou y/D), v, t

Métodos:
- Analítico;
- Gráfico.

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Ø Método analítico:

0,6
q - sin q 8 æ nQ ö
0,4
= 0,4 ç ÷ D -1,6
q 2 è iø
ou
0, 0496 -2 3
Q= q ( q - sin q )5 3 D8 3i1 2 , n = 1/Ks
n
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8Q
V =
(q - sin q)D 2

h 1æ æ q öö
= çç1 - cosç ÷ ÷÷
D 2è è 2 øø

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Ø Método gráfico:
Conhecidos icolector , Dint, e Qdim :
a) calcular
Qf e Vf
b) determinar a relação Qdim/Qf
c) utilizar o ábaco das propriedades
hidráulicas das secções circulares:
curva de Q
Qdim/Qf y/D è y
curva de V
y/D V/Vf è V
c) utilizar o ábaco das propriedades
hidráulicas das secções circulares:
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C. Dimensionamento hidráulico de cada trecho de colector:

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Dimensionamento hidráulico de coletores

Cota terreno (m) L i terreno Lfict PUP (hab/m) PSi (hab) Pop (acum) (hab)
Trecho CVm CVj (m) (m/m) (%) K (m) 0 40 0 40 0 40
5-4 100 98 60 0,033 3,33 0,5 30 18,74 23,42 562,06 702,58 562,06 702,58
4-3 98 95 50 0,060 6,00 0,5 25 18,74 23,42 468,38 585,48 1030,44 1288,06
3.3 - 3.1 95 95 45 0,000 0,00 0,5 23 18,74 23,42 421,55 526,93 421,55 526,93
3.2 - 3.1 92 94 30 -0,067 -6,67 1 30 18,74 23,42 562,06 702,58 562,06 702,58
3.1 - 3 94 95 12 -0,083 -8,33 1 12 18,74 23,42 224,82 281,03 1208,43 1510,54
3-2 95 94 15 0,067 6,67 1 15 18,74 23,42 281,03 351,29 2519,91 3149,88
2.2 - 2.1 98 96 33 0,061 6,06 1 33 18,74 23,42 618,27 772,83 618,27 772,83
2.1 - 2 96 94 28 0,071 7,14 1 28 18,74 23,42 524,59 655,74 1142,86 1428,57
2-1 94 92 18 0,111 11,11 1 18 18,74 23,42 337,24 421,55 4000,00 5000,00
1 - ETAR 92 90 55 0,036 3,64 0 0 18,74 23,42 0,00 0,00 4000,00 5000,00

Qm (L/s) fp Qp (L/s) Qinf (L/s) Qdim (L/s)


0 40 0 40 0 40 0 40 0 40
0,94 1,30 4,03 3,76 3,78 4,90 0,00 1,30 3,78 6,20
1,72 2,39 3,37 3,17 5,79 7,57 0,00 2,39 5,79 9,95
0,70 0,98 4,42 4,11 3,11 4,01 0,00 0,98 3,11 4,99
0,94 1,30 4,03 3,76 3,78 4,90 0,00 1,30 3,78 6,20
2,01 2,80 3,23 3,04 6,50 8,51 0,00 2,80 6,50 11,31
4,20 5,83 2,70 2,57 11,32 14,99 0,00 5,83 11,32 20,82
1,03 1,43 3,91 3,66 4,03 5,24 0,00 1,43 4,03 6,67
1,90 2,65 3,27 3,09 6,24 8,17 0,00 2,65 6,24 10,81
6,67 9,26 2,45 2,35 16,32 21,75 0,00 9,26 16,32 31,00
6,67 9,26 2,45 2,35 16,32 21,75 0,00 9,26 16,32 31,00

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Dimensionamento hidráulico de coletores

L i coletor D Teta (radianos) V (m/s) h/D t (N/m2)


Trecho (m) (m/m) (%) (mm) 0 40 0 40 0 40 0 40
5-4 60 0,033 3,30 200 1,504 1,708 1,491 1,728 0,135 0,171 5,444 6,791
4-3 50 0,06 6,00 200 1,554 1,788 2,089 2,454 0,143 0,187 10,481 13,339
3.3 - 3.1 45 0,0075 0,75 200 1,716 1,946 0,855 0,983 0,173 0,218 1,556 1,917
3.2 - 3.1 30 0,007 0,70 200 1,838 2,103 0,864 0,999 0,197 0,252 1,630 2,024
3.1 - 3 12 0,005 0,50 200 2,235 2,639 0,898 1,049 0,281 0,376 1,587 2,003
3-2 15 0,067 6,70 200 1,823 2,152 2,650 3,164 0,194 0,263 15,388 20,078
2.2 - 2.1 33 0,061 6,10 200 1,416 1,608 1,886 2,192 0,120 0,153 9,028 11,310
2.1 - 2 28 0,071 7,10 200 1,550 1,787 2,267 2,668 0,143 0,187 12,352 15,777
2-1 18 0,111 11,10 200 2,161 2,613 2,455 2,941 0,265 0,369 33,475 43,890
1 - ETAR 55 0,036 3,60 200 2,193 2,657 2,364 2,831 0,272 0,380 11,106 14,546

Se It <= 0,003 m/m ==> ic = 0,003 m/m Ks /m!/3/s) PVC


125 vmin (m/s): 0,6 h/D min (ate D<500mm): 0,5 Tmin (N/m2): 1,5
Se 0,003 m/m <= It <= 0,15 m/m ==> ic = it n (m-1/3.s): 0,008 vmax (m/s): 3,0 h/D min (para D>=500mm): 0,75
Se It >= 0,15 m/m ==> ic = 0,15 m/m g (N/m2): 9800

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n Câmaras ou Caixas de Visita:


Artigo 155.º
1 - É obrigatória a implantação de câmaras de visita:
a) Na confluência dos colectores;
b) Nos pontos de mudança de direcção, de inclinação e de
diâmetro dos colectores;
c) Nos alinhamentos rectos, com afastamento máximo de 60 m e
100 m, conforme se trate, respectivamente, de colectores não
visitáveis ou visitáveis.

2 - Os afastamentos máximos referidos na alínea c) do número


anterior podem ser aumentados em função dos meios de limpeza,
no primeiro caso, e em situações excepcionais, no segundo.

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n Localização e traçado dos Colectores:

Artigo 137.º
1 - A profundidade de assentamento dos colectores não deve ser
inferior a 1 m, medida entre o seu extradorso e o pavimento da via
pública.
2 - O valor referido no número anterior pode ser aumentado em
função de exigências do trânsito, da inserção dos ramais de ligação
ou da instalação de outras infra-estruturas.
3 - Em condições excepcionais, pode aceitar-se uma profundidade
inferior à mínima desde que os colectores sejam convenientemente
protegidos para resistir a sobrecargas.”

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n Localização e traçado dos Colectores:

Artigo 24.º
3 – “A implantação das condutas (de distribuição de água) deve ser
feita num plano superior ao dos colectores de águas residuais e a
uma distância não inferior a 1 m, de forma a garantir protecção eficaz
contra possível contaminação, devendo ser adoptadas protecções
especiais em caso de impossibilidade daquela disposição”.

Artigo 159.º
2 – “Nas alterações de diâmetro (dos colectores) deve haver sempre a
concordância da geratriz superior interior dos colectores, de modo a
garantir a continuidade da veia líquida.”

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n Traçado dos Colectores:


Em Planta e Perfil longitudinal:

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n Traçado dos Colectores:


Em Perfil longitudinal:

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n Diâmetro e outras regras do perfil longitudinal:


Decreto Regulamentar nº 23/95
Artigo 135.º
1 - Nas redes separativas domésticas, a secção de um colector nunca pode
ser reduzida para jusante.
2 - Nas redes unitárias e separativas pluviais, pode aceitar-se a redução de
secção para jusante, desde que se mantenha a capacidade de transporte.

Regras de implantação (Art.º 159º)


• inserção de um colector noutro deve ser efectuado no sentido do
escoamento;
• alinhar geratrizes interiores superiores (evitar regolfos e entupimentos e
garantir a continuidade da veia líquida);
• quedas simples (se desnível <= 0,50 m) ou guiadas (se > 0,50 m);
• se a profundidade da câmara de visita exceder os 5 m, construir um patamar
de segurança a meio, com passagens não coincidentes.
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n Caixas de Visita:
Caixa de visita Normalizadas

Caixa de visita para grandes D


Tipo CT Tipo CT Tipo P (F > 600 mm)
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n Caixas de Visita – corpo e coberturas:
Câmaras com Diâmetro interior (Di)
função da profundidade (H):
H<2,5 m Di=1,00 m
H>2,5 m Di=1,25 m

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n Diâmetro e outras regras do perfil longitudinal:

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n Câmaras de corrente de varrer:

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n Ramais Domiciliários:

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