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Estruturas Metálicas
APOSTILA
Sumário
1. APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................... 9
1.1. EMENTA ......................................................................................................................................................... 9
1.2. CARGA HORÁRIA TOTAL ..................................................................................................................................... 9
1.3. OBJETIVOS ...................................................................................................................................................... 9
1.4. METODOLOGIA ................................................................................................................................................ 9
1.5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO .................................................................................................................................. 9
1.6. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ....................................................................................................................................... 9
CURRICULUM RESUMIDO DO PROFESSOR .................................................................................................................. 10
2. ESTRUTURAS METÁLICAS ....................................................................................................................... 11
2.1. CONCEITOS DE ESTRUTURAS METÁLICAS ............................................................................................................. 11
2.2. VANTAGENS DAS ESTRUTURAS METÁLICAS .......................................................................................................... 11
2.3. DESVANTAGENS DAS ESTRUTURAS METÁLICAS ..................................................................................................... 13
2.4. QUANDO CONSTRUIR EM AÇO OU CONCRETO?.................................................................................................... 14
3. CONCEPÇÃO DE PROJETO EM ESTRUTURAS METÁLICAS ..................................................................... 27
3.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 27
3.2. PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE SEÇÕES ................................................................................................................. 27
3.3. TIPOS DE SEÇÕES............................................................................................................................................ 28
3.4. TIPOS DE AÇO ................................................................................................................................................ 41
3.5. BASES PARA DIMENSIONAMENTO E TIPOS DE CARREGAMENTOS ............................................................................. 43
3.6. ESTRUTURAS MISTAS DE AÇO E CONCRETO.......................................................................................................... 44
4. PROCEDIMENTO PARA PROJETOS DE EDIFICAÇÕES METÁLICAS .......................................................... 50
4.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 50
4.2. CONSIDERAÇÕES DE PROJETOS ......................................................................................................................... 50
4.3. MODELOS DE GALPÕES ................................................................................................................................... 56
4.4. LANÇAMENTO ESTRUTURAL PARA EDIFICAÇÕES ................................................................................................... 58
4.5. DETALHAMENTO DE PROJETO ........................................................................................................................... 59
4.6. TIPOS DE LIGAÇÃO .......................................................................................................................................... 60
4.7. CUIDADOS CONSTRUTIVOS ............................................................................................................................... 74
5. COMPORTAMENTO DE PEÇAS TRACIONADAS E COMPRIMIDAS .............................................................. 79
5.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 79
5.2 VERIFICAÇÃO DE BARRAS TRACIONADAS ................................................................................................... 79
FLETOR RESISTENTE DE CÁLCULO..................................................................................................................... 95
6.3 FLECHA 5.3 VERIFICAÇÃO DE BARRAS COMPRIMIDAS ............................................................................... 83
6. COMPORTAMENTO DE PEÇAS FLETIDAS E CISALHADAS .......................................................................... 95
6.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 95
6.2 MOMENTO LIMITE.................................................................................................................................... 100
6.3 VERIFICAÇÃO AO CISALHAMENTO ........................................................................................................... 103
6.4 COMPORTAMENTO DE PEÇAS COM ESFORÇOS COMBINADOS DE FLEXÃO E SOLICITAÇÕES AXIAIS DE COMPRESSÃO E TRAÇÃO
........................................................................................................................................................................ 104
7. LIGAÇÕES SOLDADAS E PARAFUSADAS ................................................................................................ 110
7.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 110
7.2 LIGAÇÕES SOLDADAS................................................................................................................................ 110
7.3 LIGAÇÕES PARAFUSADAS ......................................................................................................................... 122
8 . RESOLUÇÕES DOS EXERCÍCIOS ............................................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
UNIDADE 2.............................................................................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
Lista de Figuras
Figura 1 - EDIFÍCIO CASA DO COMÉRCIO EM SALVADOR (BAHIA) ..........................................................................................12
Figura 2 – EXEMPLO DE ESTRUTURA EM ARCO ......................................................................................................................12
Figura 3 – COMPARATIVO AÇO-CARBONO VERSUS AÇO PATINÁVEL .....................................................................................14
Figura 4 – DESEMPENHO DOS AÇOS PATINÁVEIS – RESISTÊNCIA À CORROSÃO ATMOSFÉRICA ...........................................15
Figura 5 – PERFIS LAMINADOS DE ABAS PARALELAS ..............................................................................................................15
Figura 6 – PERFIS SOLDADOS ..................................................................................................................................................16
Figura 7 – PERFIS FORMADOS A FRIO .....................................................................................................................................16
Figura 8 – PERFIS LAMINADOS ................................................................................................................................................17
Figura 9 – PERFIS FORMADOS A FRIO .....................................................................................................................................17
Figura 10 – EDIFÍCIO GARAGEM AMÉRICA EM SÃO PAULO/SP ..............................................................................................18
Figura 11 – MODELO DE LAJE SECA ........................................................................................................................................18
Figura 12 – ALGARVE APART HOTEL EM BELO HORIZONTE/MG – VISTA GERAL DO EDIFÍCIO APÓS A MONTAGEM DA
ESTRUTURA METÁLICA ..................................................................................................................................................19
Figura 13 – ALGARVE APART HOTEL EM BELO HORIZONTE/MG – ASSENTAMENTO DAS ALVENARIAS DE BLOCOS DE
CONCRETO CELULAR .....................................................................................................................................................19
Figura 14 – ALGARVE APART HOTEL EM BELO HORIZONTE/MG – ESCADAS METÁLICAS COM DEGRAUS DE PERFIS “U” .....20
Figura 15 – PAREDE DE DRYWALL ...........................................................................................................................................20
Figura 16 – EDIFÍCIO DAVILAR EM SÃO PAULO/SP – CORTE LONGITUDINAL .........................................................................21
Figura 17 – EDIFÍCIO DAVILAR EM SÃO PAULO/SP – VISTA DO BALANÇO LATERAL DE 2,8m ................................................21
Figura 18 – INSTITUTO CULTURAL ITAÚ EM SÃO PAULO/SP ..................................................................................................22
Figura 19 – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE VIGAS METÁLICAS ................................................................................................27
Figura 20 – VIGA TRELIÇADA PLANA .......................................................................................................................................28
Figura 21 – VIGA DE ALMA CHEIA ..........................................................................................................................................28
Figura 22 - SEÇÃO TRANSVERSAL DE UMA VIGA I ..................................................................................................................29
Figura 23 – TIPOS DE PERFIS. ESTRUTURAL E SERRALHERIA ..................................................................................................34
Figura 24 – TIPOS DE PERFIS. PERFIL SERRALHERIA ................................................................................................................35
Figura 25 – TIPOS DE PERFIS. PERFIL SERRALHERIA ................................................................................................................36
Figura 26 – TIPOS DE PERFIS. CHAPAS E DERIVADOS .............................................................................................................37
Figura 27 – TIPOS DE PERFIS. CHAPAS E DERIVADOS .............................................................................................................38
FIGURA 28 – TIPOS DE PERFIS. TELHAS...................................................................................................................................38
Figura 29 – TIPOS DE PERFIS. TUBOS ......................................................................................................................................39
Figura 30 – TIPOS DE PERFIS. TREFILADOS ESPECIAIS.............................................................................................................40
Figura 31 – EXEMPLOS DE ESTRUTURAS MISTAS ..................................................................................................................45
Figura 32 – EXEMPLOS DE PILARES MISTOS ...........................................................................................................................45
Figura 33 - EXEMPLOS DE PILARES MISTOS ............................................................................................................................46
Figura 34 – EXEMPLOS DE VIGAS MISTAS ...............................................................................................................................47
Figura 35 – EXEMPLOS DE LAJES MISTAS ................................................................................................................................47
Figura 36 – HANGAR VARIG RJ ................................................................................................................................................50
Figura 37 – HANGAR VARIG RJ. VISTA FRONTAL DA ESTRUTURA METÁLICA MONTADA .......................................................51
Figura 38 – HANGAR VARIG RJ. VISTA LATERAL DO HANGAR COM A ESTRUTURA METÁLICA MONTADA ............................51
Figura 39 – HANGAR VARIG RJ. VISTA INTERNA DO HANGAR VOLTADA PARA A SUA LATERAL DIREITA ...............................52
Figura 40 – HANGAR VARIG RJ. VISTA INTERNA DO HANGAR COM O EDIFÍCIO DE APOIO ....................................................52
Figura 41 – HANGAR VARIG RJ. FACHADA LATERAL COM TAPAMENTOS DE CHAPA DE AÇO PRÉ-PINTADAS GERANDO
SUPERFÍCIES DE DUPLA CURVATURA ............................................................................................................................53
Figura 42 – DIMENSÕES PADRÃO PARA GALPÕES ..................................................................................................................53
Figura 43 – ISOPLETAS DE VELOCIDADE BÁSICA V0 (m/s) ......................................................................................................55
Figura 44 – GALPÃO EM PERFIS DE ALMA CHEIA, GALPÃO DE VÃO SIMPLES ........................................................................56
Figura 45 – GALPÃO EM PERFIS DE ALMA CHEIA, GALPÃO DE VÃOS MÚLTIPLOS .................................................................56
Figura 46 – GALPÃO EM PERFIS DE ALMA CHEIA, AMPLIAÇÃO DO TIPO ANEXO Lb ≤ (La/2) .................................................57
Figura 47 – GALPÃO EM COBERTURA TRELIÇADA E PILARES EM ALMA CHEIA ......................................................................57
Figura 48 – GALPÃO EM COBERTURA E PILARES TRELIÇADOS. ..............................................................................................58
Figura 49 – ESTRUTURA APORTICADA E CONTRAVENTADA ...................................................................................................58
Figura 50 – ESTRUTURA APORTICADA E CONTRAVENTADA ...................................................................................................59
Figura 51 – LIGAÇÃO DE BASE DE PILAR ENGASTADA ............................................................................................................61
Figura 52 – DETALHAMENTO DE LIGAÇÃO DE BASE DE PILAR ENGASTADA ..........................................................................62
Figura 53 – LIGAÇÃO DE BASE DE PILAR ENGASTADA ............................................................................................................63
Figura 54 – DETALHAMENTO DE LIGAÇÃO DE BASE DE PILAR ENGASTADA ..........................................................................64
Figura 55 – LIGAÇÃO DE BASE DE PILAR ROTULADA ..............................................................................................................65
Figura 56 – DETALHAMENTO DE LIGAÇÃO DE BASE DE PILAR ROTULADA .............................................................................66
Figura 57 – LIGAÇÃO DE PILAR-VIGA ENGASTADA SOLDADA .................................................................................................67
Figura 58 – DETALHE LIGAÇÃO DE PILAR-VIGA ENGASTADA SOLDADA .................................................................................67
Figura 59 – LIGAÇÃO DE PILAR-VIGA ENGASTADA PARAFUSADA ..........................................................................................68
Figura 60 – DETALHE LIGAÇÃO DE PILAR-VIGA ENGASTADA PARAFUSADA ...........................................................................69
Figura 61 – LIGAÇÃO DE PILAR-VIGA ENGASTADA PARAFUSADA ..........................................................................................69
Figura 62 – DETALHE LOGAÇÃO DE PILAR-VIGA ENGASTADA PARAFUSADA .........................................................................70
Figura 63 – LIGAÇÃO DE PILAR-VIGA ROTULADA SOLDADA ...................................................................................................70
Figura 64 – DETALHE LIGAÇÃO DE PILAR-VIGA ROTULADA SOLDADA ...................................................................................71
Figura 65 – LIGAÇÃO DE PILAR-VIGA ROTULADA PARAFUSADA ............................................................................................72
Figura 66 – DETALHE LIGAÇÃO DE PILAR-VIGA ROTULADA PARAFUSADA .............................................................................72
Figura 67 – LIGAÇÃO DE PILAR-VIGA ROTULADA PARAFUSADA ............................................................................................73
Figura 68 – DETALHE LIGAÇÃO DE PILAR-VIGA ROTULDA PARAFUSADA ...............................................................................73
Figura 69 – LIGAÇÃO DE PILAR-VIGA ROTULADA PARAFUSADA ............................................................................................74
Figura 70 – TRATAMENTO DE FRESTAS ..................................................................................................................................75
Figura 71 – TRANSIÇÃO ENTRE AÇO E CONCRETO .................................................................................................................76
Figura 72 – POSIÇÕES PARA EVITAR PONTOS DE ACÚMULO DE ÁGUA E SUJEIRA .................................................................76
Figura 73 – Exemplos de An e Ag ...........................................................................................................................................80
Figura 74– Ilustração dos espaçamentos s e g entre os furos 1 e 2 .......................................................................................80
Figura 75 – Prováveis linhas de ruptura .................................................................................................................................80
Lista de Tabelas
TABELA 1 – BITOLA DE PERFIS GERDAU (PARTE 1) .................................................................................................................30
TABELA 2 – BITOLA DE PERFIS GERDAU (PARTE 2) .................................................................................................................31
TABELA 3 – BITOLA DE PERFIS GERDAU (PARTE 3) .................................................................................................................32
TABELA 4 – AÇOS ESPECIFICADOS POR NORMAS BRASILEIRAS PARA USO ESTRUTURAL ......................................................41
TABELA 5 – AÇOS DE USO FREQUENTE ESPECIFICADOS PELA ASTM PARA USO ESTRUTURAL ..............................................42
TABELA 6 – MATERIAIS USADOS EM PARAFUSOS ..................................................................................................................43
TABELA 7 – RESISTÊNCIA À TRAÇÃO DO METAL DA SOLDA....................................................................................................43
Tabela 8 – Valores de (𝒃𝒕)𝒍𝒊𝒎 ..............................................................................................................................................87
Tabela 9 – Parâmetros referentes ao momento fletor resistente ..........................................................................................97
Tabela 10 – Flecha limite (𝛿𝑙𝑖𝑚) ......................................................................................................................................... 102
Tabela 11 – Tamanho mínimo da perna de uma solda de filete ......................................................................................... 118
Tabela 12 – Compatibilidade do metal-base com o metal da solda .................................................................................... 119
Tabela 13 – Resistência à tração do metal da solda ............................................................................................................ 120
Tabela 14 – Força resistente de cálculo de soldas ............................................................................................................... 121
Tabela 15 – Dimensões máximas de furos para parafusos e barras redondas rosqueadas ................................................ 123
Tabela 16 – Distância mínima do centro de um furo-padrão à bordaa ............................................................................... 124
Tabela 17 – Parafusos e barras redondas. Área nominal e outras disposições construtivas .............................................. 125
Lista de Quadros
Quadro 1 – VALORES DOS COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO DAS AÇÕES ɣ𝐟 = ɣ𝐟𝟏 ɣ𝐟𝟑 .......................................................44
Quadro 2 – DIMENSÕES PADRÃO PARA GALPÕES .................................................................................................................53
Quadro 3 – Dimensões máximas de furos (df) para parafusos e barras redondas rosqueadas .............................................82
1. Apresentação
1.1. Ementa
Aços estruturais. Considerações gerais para projeto. Critérios de dimensionamento. Ligações.
1.3. Objetivos
Analisar projetos de estruturas de aço, por meio do dimensionamento elementar das peças e conhecimento das
propriedades dos materiais.
1.4. Metodologia
Aulas expositivas, dialogadas, debates. Utilização de data show.
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6123: Forças devido ao vento em edificações. Rio de Janeiro:
ABNT, 2014.
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8681: Ações e segurança nas estruturas-Procedimento. Rio
de Janeiro: ABNT, 2003.
CARVALHO, Paulo Roberto Marcondes de. Curso básico de perfis de aço formados a frio - 2. ed / 2006 Porto
Alegre, RS: [s.n.], 2006.
DIAS, Luis Andrade de Mattos. Estruturas de aço: conceitos, técnicas e linguagem - 2. ed / 1998 conceitos,
técnicas e linguagem. São Paulo, SP: Zigurate, 1998.
PFEIL, Walter; PFEIL, Michele. Estruturas de aço: dimensionamento prático - 7. ed. atual. / 2000
dimensionamento prático. Rio de Janeiro, RJ: Livros Técnicos e Científicos, c2000.
QUITES, Almir Monteiro. Metalurgia na soldagem dos aços / 2008 Florianópolis, SC: Soldasoft, 2008.
2. Estruturas Metálicas
2.1. Conceitos de estruturas metálicas
Estruturas podem ser definidas como um subsistema cuja função principal é suportar todas as cargas previstas
em projeto. Desta forma, entender o comportamento, as vantagens e desvantagem de cada tipologia estrutural, auxilia
na correta concepção, bem como escolha de formatos e dimensões.
A escolha da estrutura metálica como tipologia estrutural para uma obra ou projeto, depende muito das
características do projeto arquitetônico e das características desejadas da estrutura.
Neste caso, o aprendizado teórico da aplicação desta tipologia estrutural fundamenta as razões da escolha de
aplicação desta, minimizando as dúvidas quanto à viabilidade estrutural, econômica e de prazo.
• Mão de obra mais qualificada – os profissionais de estruturas metálicas têm, ou devem ter uma noção
maior da necessidade de precisão, além do domínio de medidas, angulações, transferência de graus,
cotas progressivas, etc., pois estes quesitos se fazem necessários às etapas de fabricação e montagem
da estrutura;
• Menor deformação com o tempo – estruturas metálicas não possuem alguns problemas com
deformação, como os presentes em estruturas de concreto (fluência) e estruturas de madeira
(empenamento);
• Facilidade de adaptação – estruturas metálicas permitem com mais facilidade, quando comparadas a
estruturas de concreto armado ou madeira, a adaptação ou alteração, desde que tomadas as devidas
precauções de dimensionamento e conservação;
• Relação custo-benefício mais precisa – obras metálicas por serem mais precisas e por permitirem
emendas por solda em suas peças proporcionam um maior aproveitamento de seu material, ou seja,
menor desperdício. Também, por não precisarem de formas ou escoras, não necessitam de custos
relativos ao uso de madeiras para caixaria;
• Desembolso tardio ou antecipação de lucro – por permitirem um prazo menor de obra, as construções
metálicas permitem que seus idealizadores posterguem seu início, permitindo assim um maior prazo
de capitalização ou rentabilidade ou permitem também, uma conclusão antecipada, permitindo assim
uma negociação antecipada do empreendimento ou atividade a se instalar no mesmo;
• Redução de despesas com administração da obra – por permitirem um prazo de obra menor, obras
metálicas demandam de um menor período de tempo de canteiro de obra, reduzindo assim as
despesas de vigilância, funcionários, engenheiros e técnicos para o período de execução;
• Produção praticamente industrializada – obras metálicas possuem seus perfis produzidos em usinas,
e adaptados/recortados/soldados em fábrica às medidas da obra, restando apenas a instalação a ser
executada em canteiro.
DICA: Você pode entender melhor sobre velocidade de execução e precisão assistindo ao vídeo “30-story building built
in 15 days! Construction time lapse of J57, Changsha, China.” (2012). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Hdpf-MQM9vY.
NOTA: u/A – fator de massividade, ou seja, relação entre o perímetro da sessão exposta ao fogo (u) e a área da sessão
transversal (A) do elemento de estudo.
• Não admite imprecisão – estruturas metálicas em geral são produzidas “sob medida”, e com mínimas
folgas em suas ligações, exigindo assim a necessidade de precisão em sua produção ou projeto, a fim
de minimizar a necessidade de ajustes a serem feitos no local;
• Dificuldade em transporte de peças – uma das vantagens de estruturas metálicas é a possibilidade de
grandes vãos, ou seja, peças de grandes dimensões, que mesmo seccionadas, necessitam de um
planejamento de transporte;
• Espaço em canteiro de obra – estruturas metálicas necessitam de grandes espaços em canteiro para
posicionamento das peças, pré-montagens da estrutura, posicionamento de guindastes e muncks, que
serão necessários até sua instalação em posição final;
• Relação seção versus deformação – perfis metálicos, por apresentarem seções menores que as de
concreto armado ou madeira, possuem consequentemente momentos de inércia menores,
influenciando diretamente no resultado de suas deformações máximas.
Na Figura 3 acima é representada a maior abertura de fissuras em aço carbono do que em aço patinável. Já na
Figura 4 podemos observar a perda de espessura de forma acentuada para aço comum (ASTM A-36) do que para aços
patináveis (ASTM A-572).
• Tipos de perfil – perfis metálicos podem ser laminados, dobrados, soldados, treliçados ou de seção
composta por mais de um perfil, o que por sua vez acabam influenciando na questão arquitetônica da
obra (as Figura 5 a Figura 9 abaixo ilustram alguns tipos de perfil);
Conforme Figura 5, podemos observar que o perfil é formado por um único bloco maciço de aço, moldado ao
formato desejado, sem soldas ou dobras após o processo de laminação.
Na Figura 6, podemos observar que o perfil é composto de chapas soldadas entre si, formando a seção
desejada.
Figura 7 – PERFIS FORMADOS A FRIO
Já a Figura 7, podemos observar que estas seções foram formadas por chapas dobradas mecanicamente, sem
a necessidade de aquecimento para facilitar a deformação ou soldas.
E nas Figura 8 e Figura 9, são apresentados perfis laminados com seção L (Cantoneira) e I, e perfis formados a
frio (dobrados) com seção U enrijecido e tubular quadrado.
• Tipos de laje – obras metálicas admitem o uso de praticamente todos os tipos de lajes, porém, por se
tratar de obras mais limpas, permitem a aplicação do conceito “obra seca”, sem utilização de
argamassas de cimento. Também, o tipo de laje adotada influencia diretamente no distanciamento
entre vigas (vide Figura 11);
• Tipos de vedação – sejam painéis de gesso ou de fibrocimento, bem como execução de alvenarias ou
instalação de telhas, todos estes demandam de cuidados quanto ao tipo e ao distanciamento de suas
vinculações e limites de deformações;
Nas Figura 12, Figura 13 e Figura 14, podemos constatar um exemplo de aplicação de alvenarias em estruturas
metálicas, porém esta técnica muda a ideologia da construção de metálica sendo considerada construção a seco, pois
neste caso há a utilização de argamassas.
Figura 12 – ALGARVE APART HOTEL EM BELO HORIZONTE/MG – VISTA GERAL DO EDIFÍCIO APÓS A MONTAGEM DA
ESTRUTURA METÁLICA
Figura 14 – ALGARVE APART HOTEL EM BELO HORIZONTE/MG – ESCADAS METÁLICAS COM DEGRAUS DE PERFIS “U”
E na Figura 15 pode-se observar outro exemplo de técnica de fechamentos (Drywall) em estruturas metálicas,
sendo esta, uma das mais procuradas para esta tipologia estrutural pois não altera a ideia de uma construção a seco,
pois não há a utilização de argamassas.
DICA: Você pode se aprofundar mais neste assunto lendo a apostila Alvenarias, do autor Otávio Luiz do Nascimento,
disponível no site do CBCA – Centro Brasileiro da Construção em Aço CBCA (cbca-acobrasil.org.br).
• Estabilidade horizontal – pelo padrão de ligações, e por não serem fundidas no local, estruturas
metálicas são mais globalmente deformáveis que estruturas de concreto armado, necessitando assim
Podemos observar, na Figura 16, o desenho de um corte esquemático da estrutura da edificação. E na Figura
17, temos uma visão mais próxima de como esta estrutura foi confeccionada.
• Tipos de ligação – devido ao grande número de possíveis soluções estruturais em perfis metálicos,
podem-se adaptar os elementos metálicos às diversas condições de vinculação a fim de obter nós
rotulados, rígidos ou semirrígidos;
• Vigas e pilares mistos – elementos estruturais metálicos podem receber vinculações à elementos de
concreto, para que suportem em conjunto as mesmas solicitações, permitindo assim uma combinação
mista de resistência para o mesmo elemento;
• Durabilidade – estruturas metálicas podem ser instaladas para as mais diversas condições ambientais,
desde que sejam tomados os devidos cuidados para impedir a ação de corrosão, o que neste caso
demandam permitir condição de acesso para manutenção de sua proteção e isolamento contra a ação
de corrosão;
DICA: Você pode se aprofundar mais no assunto Durabilidade e Corrosão lendo a apostila Tratamento de Superfície e
Pintura, dos autores Celso Gnecco, Roberto Mariano e Fernando Fernandes, disponível no site do CBCA – Centro Brasileiro
da Construção em Aço CBCA (cbca-acobrasil.org.br).
• Tipos de proteção contra incêndio – estruturas metálicas, devido a sua baixa massa linear, e alta
superfície de exposição, necessitam de técnica de proteção contra a incidência de calor, o que podem
influenciar nos quesitos arquitetônicos, como no caso de argamassas projetadas ou placas de
revestimento;
DICA: Você pode se aprofundar mais no assunto Proteção contra Incêndio lendo a apostila Resistência ao Fogo das
Estruturas de Aço, dos autores Mauri Resende Vargas e Valdir Pignatta e Silva, disponível no site do CBCA – Centro
Brasileiro da Construção em Aço CBCA (cbca-acobrasil.org.br).
• Sequência de concretagem – estruturas de concreto armado, por exigirem tempo de pega, tempo de
cura, e como sua resistência final baseia-se na resistência aos 28 dias, necessita de escoramentos por
um determinado tempo, dificultando sequências construtivas dos demais elementos da edificação.
ATENÇÃO: Cada tipologia estrutural apresenta diferentes características para diferentes situações de projeto. Portanto,
o entendimento de seus comportamentos resulta na correta concepção do projeto.
EXERCÍCIOS
1- A utilização de estruturas metálicas em edificações está diretamente relacionada a vantagens proporcionadas pelo
uso da mesma, não apenas no cunho estético, mas também de resistência e prazos.
Neste caso, obras metálicas deverão ser precisas a fim de evitar retrabalhos e ajustes localizados, tornando seus
encaixes perfeitos e de máxima precisão.
Com base nas afirmações acima pode-se identificar como características positivas de estruturas metálicas:
Portanto:
a) Alternativas I, II e III estão corretas.
b) Alternativas I, II e IV estão corretas.
c) Alternativas I, III e IV estão corretas.
d) Alternativas II, III e IV estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
2- A escolha de estruturas metálicas como tipologia estrutural para um determinado tipo de edificação, deve levar em
consideração não somente características positivas, mas também características que dificultam a aplicação da mesma
devido a condições de durabilidade ou até instalação.
Algumas das principais características negativas de estruturas metálicas são os cuidados contra corrosão, dificuldade de
transporte de peças devido ao comprimento das mesmas e a necessidade de um espaço de canteiro de obra que
possibilite a estocagem destes materiais.
Com base nas afirmações acima pode-se identificar como características de estruturas metálicas:
Portanto:
a) Alternativas I, II e III estão corretas.
b) Alternativas I, II e IV estão corretas.
c) Alternativas I, III e IV estão corretas.
d) Alternativas II, III e IV estão corretas.
Prof. Daniel Krobel
Estruturas Metálicas 26
3- A questão quando construir em concreto armado ou quando construir em estrutura metálica dependem de algumas
variáveis de cada tipologia estrutural
Neste caso, conhecer as limitações construtivas de cada sistema, as características arquitetônicas de cada seção,
possibilidade de modulação estrutural e tamanho das seções reflete diretamente no resultado da obra.
Com base nas afirmações acima, identifique as afirmativas abaixo que estão corretas.
I. O tipo de aço utilizado influencia diretamente no dimensionamento, pois quanto maior a resistência do aço
aplicado menos material será necessário;
II. A vinculação entre os elementos estruturais, como viga e laje, ou viga e pilar pouco influencia na estabilidade da
estrutura e no tipo de seção aplicada;
III. As dificuldades de proteção contra corrosão em elementos metálicos expostos em ambientes agressivos, dificulta,
mas não impede, a instalação dos mesmos;
IV. Necessidade de proteção contra ação do fogo (incêndio) em estruturas metálicas é mais expressiva em relação ao
concreto devido ao fator de massividade dos elementos.
Portanto:
a) Alternativas I, II e III estão corretas.
b) Alternativas I, II e IV estão corretas.
c) Alternativas I, III e IV estão corretas.
d) Alternativas II, III e IV estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
5- Dentre as variáveis para escolha entre as tipologias estruturais concreto armado ou estrutura metálica, discorra sobre
modulação estrutural, durabilidade e sequência construtiva.
3.1. Introdução
A concepção de qualquer projeto estrutural, para qualquer tipologia estrutural, hoje se baseia em quatro
passos, a saber: concepção, análise, dimensionamento e detalhamento.
Neste caso, a concepção fica atrelada a quatro variáveis que são o objetivo ou conceito da arquitetura, a
capacidade de resistência do material escolhido, a necessidade de manutenção desta estrutura e por fim o custo-
benefício.
Já por análise se entende a busca pelos esforços internos da estrutura, como por exemplo os momentos
máximos (MSd), o esforço cisalhante máximo (VSd), a ação de compressão (Nc,Sd) e a ação de tração (Nt,Sd).
O dimensionamento, segundo a NBR 8800 (ABNT, 2008) e na maioria dos casos, se torna uma verificação,
aonde a resistência de cálculo (Rd) tem que ser maior ou igual a solicitação de cálculo (Sd).
E o custo-benefício deverá ser o resultado de todo o projeto, juntando a soma dos custos de materiais, mão de
obra e manutenção, comparados a disposição financeira para realização do projeto.
(h)
30
L (Vão)
Exemplo 2.
10
50
(h)
30
L (Vão)
h = (3% a 5%) de L
DICA: Considerar o pré-dimensionamento da altura da seção de vigas metálicas em 5% do vão teórico não se trata de
regra, mas sim de uma tendência próxima do ideal arquitetônico e econômico.
Ainda, deve-se observar a relação entre flecha limite (flim) e flecha máxima (fmax) atuante em vigas, aonde flim ≥
fmax, sendo esta relação, em muitos dos casos, o fator determinante na escolha do perfil, tendo em vista a uma das
principais características de estruturas metálicas que é redução de altura de seção.
Já para elementos comprimidos, o pré-dimensionamento torna-se um pouco mais complexo, tendo em vista
que este não se baseia apenas em cargas, mas também em esbeltez da barra e esbeltez das chapas que compõe a seção.
Para elementos tracionados, o pré-dimensionamento da peça pode se dar por tração simples, onde esta deve
atender a relação σ = P/A, ou seja, tensão é igual a força divido pela área da seção.
W 150 x 18,0 18 153 102 5,8 7,1 139 119 23,4 69 939 122,8 6,34 139,4 126 24,7 2,32 38,5 2,69 4,34 7,18 20,48 6.683 0,69 W 6 x 12
W 150 x 24,0 24 160 102 6,6 10,3 139 115 31,5 69 1.384 173 6,63 197,6 183 35,9 2,41 55,8 2,73 11,08 4,95 17,48 10.206 0,69 W 6 x 16
W 150 x 29,8 (H) 29,8 157 153 6,6 9,3 138 118 38,5 90 1.739 221,5 6,72 247,5 556 72,6 3,80 110,8 4,18 10,95 8,23 17,94 30.277 0,90 W 6 x 20
W 150 x 37,1 (H) 37,1 162 154 8,1 11,6 139 119 47,8 91 2.244 277 6,85 313,5 707 91,8 3,84 140,4 4,22 20,58 6,64 14,67 39.930 0,91 W 6 x 25
W 200 x 15,0 15 200 100 4,3 5,2 190 170 19,4 77 1.305 130,5 8,20 147,9 87 17,4 2,12 27,3 2,55 2,05 9,62 39,44 8.222 0,77 W 8 x 10
W 200 x 19,3 19,3 203 102 5,8 6,5 190 170 25,1 79 1.686 166,1 8,19 190,6 116 22,7 2,14 35,9 2,59 4,02 7,85 29,31 11.098 0,79 W 8 x 13
em projetos de edificações metálicas.
W 200 x 22,5 22,5 206 102 6,2 8 190 170 29 79 2.029 197 8,37 225,5 142 27,9 2,22 43,9 2,63 6,18 6,38 27,42 13.868 0,79 W 8 x 15
W 200 x 26,6 26,6 207 133 5,8 8,4 190 170 34,2 92 2.611 252,3 8,73 282,3 330 49,6 3,10 76,3 3,54 7,65 7,92 29,34 32.477 0,92 W 8 x 18
W 200 x 31,3 31,3 210 134 6,4 10,2 190 170 40,3 93 3.168 301,7 8,86 338,6 410 61,2 3,19 94 3,60 12,59 6,57 26,50 40.822 0,93 W 8 x 21
W 200 x 35,9 (H) 35,9 201 165 6,2 10,2 181 161 45,7 103 3.437 342 8,67 379,2 764 92,6 4,09 141 4,50 14,51 8,09 25,90 69.502 1,03 W 8 x 24
W 200 x 41,7 (H) 41,7 205 166 7,2 11,8 181 157 53,5 104 4.114 401,4 8,77 448,6 901 108,5 4,10 165,7 4,53 23,19 7,03 21,86 83.948 1,04 W 8 x 28
W 200 x 46,1 (H) 46,1 203 203 7,2 11 181 161 58,6 119 4.543 447,6 8,81 495,3 1.535 151,2 5,12 229,5 5,58 22,01 9,23 22,36 141.342 1,19 W 8 x 31
W 200 x 52,0 (H) 52 206 204 7,9 12,6 181 157 66,9 119 5.298 514,4 8,90 572,5 1.784 174,9 5,16 265,8 5,61 33,34 8,10 19,85 166.710 1,19 W 8 x 35
HP 200 x 53,0 (H) 53 204 207 11,3 11,3 181 161 68,1 120 4.977 488 8,55 551,3 1.673 161,7 4,96 248,6 5,57 31,93 9,16 14,28 155.075 1,20 HP 8 x 36
W 200 x 59,0 (H) 59 210 205 9,1 14,2 182 158 76 120 6.140 584,8 8,99 655,9 2.041 199,1 5,18 303 5,64 47,69 7,22 17,32 195.418 1,20 W 8 x 40
W 200 x 86,0 (H) 86 222 209 13 20,6 181 157 110,9 123 9.498 855,7 9,26 984,2 3.139 300,4 5,32 458,7 5,77 142,19 5,07 12,06 317.844 1,23 W 8 x 58
W 250 x 17,9 17,9 251 101 4,8 5,3 240 220 23,1 88 2.291 182,6 9,96 211 91 18,1 1,99 28,8 2,48 2,54 9,53 45,92 13.735 0,88 W 10 x 12
Tabela 1 – BITOLA DE PERFIS GERDAU (PARTE 1)
W 250 x 22,3 22,3 254 102 5,8 6,9 240 220 28,9 89 2.939 231,4 10,09 267,7 123 24,1 2,06 38,4 2,54 4,77 7,39 37,97 18.629 0,89 W 10 x 15
W 250 x 25,3 25,3 257 102 6,1 8,4 240 220 32,6 89 3.473 270,2 10,31 311,1 149 29,3 2,14 46,4 2,58 7,06 6,07 36,10 22.955 0,89 W 10 x 17
W 250 x 28,4 28,4 260 102 6,4 10 240 220 36,6 90 4.046 311,2 10,51 357,3 178 34,8 2,20 54,9 2,62 10,34 5,10 34,38 27.636 0,90 W 10 x 19
W 250 x 32,7 32,7 258 146 6,1 9,1 240 220 42,1 107 4.937 382,7 10,83 428,5 473 64,8 3,35 99,7 3,86 10,44 8,02 36,03 73.104 1,07 W 10 x 22
W 250 x 38,5 38,5 262 147 6,6 11,2 240 220 49,6 108 6.057 462,4 11,05 517,8 594 80,8 3,46 124,1 3,93 17,63 6,56 33,27 93.242 1,08 W 10 x 26
W 250 x 44,8 44,8 266 148 7,6 13 240 220 57,6 109 7.158 538,2 11,15 606,3 704 95,1 3,50 146,4 3,96 27,14 5,69 28,95 112.398 1,09 W 10 x 30
HP 250 x 62,0 (H) 62 246 256 10,5 10,7 225 201 79,6 147 8.728 709,6 10,47 790,5 2.995 234 6,13 357,8 6,89 33,46 11,96 19,10 417.130 1,47 HP 10 x 42
W 250 x 73,0 (H) 73 253 254 8,6 14,2 225 201 92,7 148 11.257 889,9 11,02 983,3 3.880 305,5 6,47 463,1 7,01 56,94 8,94 23,33 552.900 1,48 W 10 x 49
W 250 x 80,0 (H) 80 256 255 9,4 15,6 225 201 101,9 149 12.550 980,5 11,10 1088,7 4.313 338,3 6,51 513,1 7,04 75,02 8,17 21,36 622.878 1,49 W 10 x 54
HP 250 x 85,0 (H) 85 254 260 14,4 14,4 225 201 108,5 150 12.280 966,9 10,64 1093,2 4.225 325 6,24 499,6 7,00 82,07 9,03 13,97 605.403 1,50 HP 10 x 57
Nas Tabela 1 a Tabela 3 são apresentados os perfis seção I e H da Gerdau, sendo estes os mais comumente utilizados
30
W 250 x 89,0 (H) 89 260 256 10,7 17,3 225 201 113,9 150 14.237 1095,1 11,18 1224,4 4.841 378,2 6,52 574,3 7,06 102,81 7,40 18,82 712.351 1,50 W 10 x 60
W 250 x 101,0 (H) 101 264 257 11,9 19,6 225 201 128,7 151 16.352 1238,8 11,27 1395 5.549 431,8 6,57 656,3 7,10 147,70 6,56 16,87 828.031 1,51 W 10 x 68
W 250 x 115,0 (H) 115 269 259 13,5 22,1 225 201 146,1 153 18.920 1406,7 11,38 1597,4 6.405 494,6 6,62 752,7 7,16 212,00 5,86 14,87 975.265 1,53 W 10 x 77
ESPESSURA Perimêtro EIXO X - X EIXO Y - Y ESBELTEZ
Massa
BITOLA d bf h d' Área u rt It Cw u BITOLA
Linear MESA- ALMA-
mmxkg/m mm mm tw tf mm mm cm² Ix Wx Zx Iy Wy ry Zy cm cm⁴ cm⁶ m²/m in x lb/ft
kg/m rx cm
mm mm cm cm⁴ cm³ cm³ cm⁴ cm³ cm cm³ λf λw
bf/2tf d'/tw
W 310 x 21,0 21 303 101 5,1 5,7 292 272 27,2 98 3.776 249,2 11,77 291,9 98 19,5 1,90 31,4 2,42 3,27 8,86 53,25 21.628 0,98 W 12 x 14
W 310 x 23,8 23,8 305 101 5,6 6,7 292 272 30,7 99 4.346 285 11,89 333,2 116 22,9 1,94 36,9 2,45 4,65 7,54 48,50 25.594 0,99 W 12 x 16
W 310 x 28,3 28,3 309 102 6 8,9 291 271 36,5 100 5.500 356 12,28 412 158 31 2,08 49,4 2,55 8,14 5,73 45,20 35.441 1,00 W 12 x 19
W 310 x 32,7 32,7 313 102 6,6 10,8 291 271 42,1 100 6.570 419,8 12,49 485,3 192 37,6 2,13 59,8 2,58 12,91 4,72 41,12 43.612 1,00 W 12 x 22
W 310 x 38,7 38,7 310 165 5,8 9,7 291 271 49,7 125 8.581 553,6 13,14 615,4 727 88,1 3,82 134,9 4,38 13,20 8,51 46,66 163.728 1,25 W 12 x 26
W 310 x 44,5 44,5 313 166 6,6 11,2 291 271 57,2 126 9.997 638,8 13,22 712,8 855 103 3,87 158 4,41 19,90 7,41 41,00 194.433 1,26 W 12 x 30
W 310 x 52,0 52 317 167 7,6 13,2 291 271 67 127 11.909 751,4 13,33 842,5 1.026 122,9 3,91 188,8 4,45 31,81 6,33 35,61 236.422 1,27 W 12 x 35
HP 310 x 79,0 (H) 79 299 306 11 11 277 245 100 177 16.316 1091,3 12,77 1210,1 5.258 343,7 7,25 525,4 8,20 46,72 13,91 22,27 1.089.258 1,77 HP 12 x 53
HP 310 x 93,0 (H) 93 303 308 13,1 13,1 277 245 119,2 178 19.682 1299,1 12,85 1450,3 6.387 414,7 7,32 635,5 8,26 77,33 11,76 18,69 1.340.320 1,78 HP 12 x 63
W 310 x 97,0 (H) 97 308 305 9,9 15,4 277 245 123,6 179 22.284 1447 13,43 1594,2 7.286 477,8 7,68 725 8,38 92,12 9,90 24,77 1.558.682 1,79 W 12 x 65
W 310 x 107,0 (H) 107 311 306 10,9 17 277 245 136,4 180 24.839 1597,3 13,49 1768,2 8.123 530,9 7,72 806,1 8,41 122,86 9,00 22,48 1.754.271 1,80 W 12 x 72
HP 310 x 110,0 (H) 110 308 310 15,4 15,5 277 245 141 180 23.703 1539,1 12,97 1730,6 7.707 497,3 7,39 763,7 8,33 125,66 10,00 15,91 1.646.104 1,80 HP 12 x 74
W 310 x 117,0 (H) 117 314 307 11,9 18,7 277 245 149,9 180 27.563 1755,6 13,56 1952,6 9.024 587,9 7,76 893,1 8,44 161,61 8,21 20,55 1.965.950 1,80 W 12 x 79
HP 310 x 125,0 (H) 125 312 312 17,4 17,4 277 245 159 181 27.076 1735,6 13,05 1963,3 8.823 565,6 7,45 870,6 8,38 177,98 8,97 14,09 1.911.029 1,81 HP 12 x 84
W 360 x 32,9 32,9 349 127 5,8 8,5 332 308 42,1 117 8.358 479 14,09 547,6 291 45,9 2,63 72 3,20 9,15 7,47 53,10 84.111 1,17 W 14 x 22
W 360 x 39,0 39 353 128 6,5 10,7 332 308 50,2 118 10.331 585,3 14,35 667,7 375 58,6 2,73 91,9 3,27 15,83 5,98 47,32 109.551 1,18 W 14x 26
W 360 x 44,6 44,6 352 171 6,9 9,8 332 308 57,7 135 12.258 696,5 14,58 784,3 818 95,7 3,77 148 4,43 16,70 8,72 44,70 239.091 1,35 W 14 x 30
W 360 x 58,0 58 358 172 7,9 13,1 332 308 72,5 137 16.143 901,8 14,92 1014,8 1.113 129,4 3,92 199,8 4,53 34,45 6,56 38,96 330.394 1,37 W 14 x 38
W 360 x 64,0 64 347 203 7,7 13,5 320 288 81,7 146 17.890 1031,1 14,80 1145,5 1.885 185,7 4,80 284,5 5,44 44,57 7,52 37,40 523.362 1,46 W 14 x 43
W 360 x 72,0 72 350 204 8,6 15,1 320 288 91,3 147 20.169 1152,5 14,86 1,285,9 2.140 209,8 4,84 321,8 5,47 61,18 6,75 33,47 599.082 1,47 W 14 x 48
Tabela 2 – BITOLA DE PERFIS GERDAU (PARTE 2)
W 360 x 79,0 79 354 205 9,4 16,8 320 288 101,2 148 22.713 1283,2 14,98 1437 2.416 235,7 4,89 361,9 5,51 82,41 6,10 30,68 685.701 1,48 W 14 x 53
W 360 x 91,0 (H) 91 353 254 9,5 16,4 320 288 115,9 168 26.755 1515,9 15,19 1680,1 4.483 353 6,22 538,1 6,90 92,61 7,74 30,34 1.268.709 1,68 W 14 x 61
W 360 x 101,0 (H) 101 357 255 10,5 18,3 320 286 129,5 168 30.279 1696,3 15,29 1888,9 5.063 397,1 6,25 606,1 6,93 128,47 6,97 27,28 1.450.410 1,68 W 14 x 68
W 360 x 110,0 (H) 110 360 256 11,4 19,9 320 288 140,6 169 33.155 1841,9 15,36 2059,3 5.570 435,2 6,29 664,5 6,96 161,93 6,43 25,28 1.609.070 1,69 W 14 x 74
W 360 x 122,0 (H) 122 363 257 13 21,7 320 288 155,3 170 36.599 2016,5 15,35 2269,8 6.147 478,4 6,29 732,4 6,98 212,70 5,92 22,12 1.787.806 1,70 W 14 x 82
W 410 x 38,8 38,8 399 140 6,4 8,8 381 357 50,3 132 12.777 640,5 15,94 736,8 404 57,7 2,83 90,9 3,49 11,69 7,95 55,84 153.190 1,32 W 16 x 26
W 410 x 46,1 46,1 403 140 7 11,2 381 357 59,2 133 15.690 778,7 16,27 891,1 514 73,4 2,95 115,2 3,55 20,06 6,25 50,94 196.571 1,33 W 16 x 31
W 410 x 53,0 53 403 177 7,5 10,9 381 357 68,4 148 18.734 929,7 16,55 1052,2 1.009 114 3,84 176,9 4,56 23,38 8,12 47,63 387.194 1,48 W 16 x 36
W 410 x 60,0 60 407 178 7,7 12,8 381 357 76,2 149 21.707 1066,7 16,88 1201,5 1.205 135,4 3,98 209,2 4,65 33,78 6,95 46,42 467.404 1,49 W 16 x 40
31
W 410 x 67,0 67 410 179 8,8 14,4 381 357 86,3 150 24.678 1203,8 16,91 1362,7 1.379 154,1 4,00 239 4,67 48,11 6,22 40,59 538.546 1,50 W 16 x 45
W 410 x 75,0 75 413 180 9,7 16 381 357 95,8 151 27.616 1337,3 16,98 1518,6 1.559 173,2 4,03 269,1 4,70 65,21 5,63 36,80 612.784 1,51 W 16 x 50
W 410 x 85,0 85 417 181 10,9 18,2 381 357 108,6 152 31.658 1518,4 17,07 1731,7 1.804 199,3 4,08 310,4 4,74 94,48 4,97 32,72 715.165 1,52 W 16 x 57
ESPESSURA Perimêtro EIXO X - X EIXO Y - Y ESBELTEZ
Massa
BITOLA d bf h d' Área u rt It Cw BITOLA
Linear MESA- ALMA- u m²/m
mmxkg/m mm mm tw tf mm mm cm² Ix Wx Zx Iy Wy ry Zy cm cm⁴ cm⁶ mmxkg/m
kg/m rx cm
mm mm cm cm⁴ cm³ cm³ cm⁴ cm³ cm cm³ λf λw
bf/2tf d'/tw
W 410 x 46,1 46,1 403 140 7 11,2 381 357 59,2 133 15690 778,7 16,27 891,1 514 73,4 2,95 115,2 3,55 20,06 6,25 50,94 196571 1,33 W 410 x 46,1
W 410 x 53,0 53,0 403 177 7,5 10,9 381 357 68,4 148 18734 929,7 16,55 1052 1009 114,0 3,84 176,9 4,56 23,38 8,12 47,63 387194 1,48 W 410 x 53,0
W 410 x 60,0 60,0 407 178 7,7 12,8 381 357 76,2 149 21707 1067 16,88 1202 1205 135,4 3,98 209,2 4,65 33,78 6,95 46,42 467404 1,49 W 410 x 60,0
W 410 x 67,0 67,0 410 179 8,8 14,4 381 357 86,3 150 24678 1204 16,91 1363 1379 154,1 4,00 239 4,67 48,11 6,22 40,59 538546 1,50 W 410 x 67,0
W 410 x 75,0 75,0 413 180 9,7 16,0 381 357 95,8 151 27616 1337 16,98 1519 1559 173,2 4,03 269,1 4,70 65,21 5,63 36,80 612784 1,51 W 410 x 75,0
W 410 x 85,0 85,0 417 181 11 18,2 381 357 109 152 31658 1518 17,07 1732 1804 199,3 4,08 310,4 4,74 94,48 4,97 32,72 715165 1,52 W 410 x 85,0
W 460 x 52,0 52,0 450 152 7,6 10,8 428 404 66,6 147 21370 949,8 17,91 1096 634 83,5 3,09 131,7 3,79 21,79 7,04 53,21 304837 1,47 W 460 x 52,0
W 460 x 60,0 60,0 455 153 8 13,3 428 404 76,2 149 25652 1128 18,35 1292 796 104,1 3,23 163,4 3,89 34,6 5,75 50,55 387230 1,49 W 460 x 60,0
W 460 x 68,0 68,0 459 154 9,1 15,4 428 404 87,6 150 29851 1301 18,46 1495 941 122,2 3,28 192,4 3,93 52,29 5,00 44,42 461163 1,50 W 460 x 68,0
W 460 x 74,0 74,0 457 190 9 14,5 428 404 94,9 164 33415 1462 18,77 1657 1661 174,8 4,18 271,3 4,93 52,97 6,55 44,89 811417 1,64 W 460 x 74,0
W 460 x 82,0 82,0 460 191 9,9 16,0 428 404 105 164 37157 1616 18,84 1836 1862 195,0 4,22 303,3 4,96 70,62 5,97 40,81 915745 1,64 W 460 x 82,0
W 460 x 89,0 89,0 463 192 11 17,7 428 404 114 165 41105 1776 18,98 2019 2093 218,0 4,28 339 5,01 92,49 5,42 38,44 1035073 1,65 W 460 x 89,0
W 460 x 97,0 97,0 466 193 11 19,0 428 404 123 166 44658 1917 19,03 2187 2283 236,6 4,30 368,8 5,03 115,1 5,08 35,44 1137180 1,66 W 460 x 97,0
W 460 x 106,0 106,0 469 194 13 20,6 428 404 135 167 48978 2089 19,04 2395 2515 259,3 4,32 405,7 5,05 148,2 4,71 32,05 1260063 1,67 W 460 x 106,0
W 530 x 66,0 66,0 525 165 8,9 11,4 502 478 83,6 167 34971 1332 20,46 1558 857 103,9 3,20 166 4,02 31,52 7,24 53,73 562854 1,67 W 530 x 66,0
W 530 x 72,0 72,0 524 207 9 10,9 502 478 91,6 184 39969 1526 20,89 1756 1615 156,0 4,20 244,6 5,16 33,41 9,50 53,13 1060548 1,84 W 530 x 72,0
W 530 x 74,0 74,0 529 166 9,7 13,6 502 478 95,1 168 40969 1549 20,76 1805 1041 125,5 3,31 200,1 4,10 47,39 6,10 49,26 688558 1,68 W 530 x 74,0
W 530 x 82,0 82,0 528 209 9,5 13,3 501 477 105 185 47569 1802 21,34 2059 2028 194,1 4,41 302,7 5,31 51,23 7,86 50,25 1340255 1,85 W 530 x 82,0
W 530 x 85,0 85,0 535 166 10 16,5 502 478 108 169 48453 1811 21,21 2100 1263 152,2 3,42 241,6 4,17 72,93 5,03 46,41 845463 1,69 W 530 x 85,0
W 530 x 92,0 92,0 533 209 10 15,6 502 478 118 186 55157 2070 21,65 2360 2379 227,6 4,50 354,7 5,36 75,5 6,70 46,84 1588565 1,86 W 530 x 92,0
W 530 x 101,0 101,0 537 210 11 17,4 502 470 130 186 62198 2317 21,87 2640 2693 256,5 4,55 400,6 5,40 106 6,03 43,14 1812734 1,86 W 530 x 101,0
Tabela 3 – BITOLA DE PERFIS GERDAU (PARTE 3)
W 530 x 109,0 109,0 539 211 12 18,8 501 469 140 187 67226 2495 21,94 2847 2952 279,8 4,60 437,4 5,44 131,4 5,61 40,47 1991291 1,87 W 530 x 109,0
W 610 x 101,0 101,0 603 228 11 14,9 573 541 130 207 77003 2554 24,31 2923 2951 258,8 4,76 405 5,76 81,68 7,65 51,54 2544966 2,07 W 610 x 101,0
W 610 x 113,0 113,0 608 228 11 17,3 573 541 145 208 88196 2901 24,64 3313 3426 300,5 4,86 469,7 5,82 116,5 6,59 48,34 2981078 2,08 W 610 x 113,0
W 610 x 125,0 125,0 612 229 12 19,6 573 541 160 209 99184 3241 24,89 3697 3933 343,5 4,96 536,3 5,89 159,5 5,84 45,45 3441766 2,09 W 610 x 125,0
W 610 x 140,0 140,0 617 230 13 22,2 573 541 179 210 112619 3651 25,06 4173 4515 392,6 5,02 614 5,94 225 5,18 41,27 3981687 2,10 W 610 x 140,0
W 610 x 155,0 155,0 611 324 13 19,0 573 541 198 247 129583 4242 25,58 4749 10783 665,6 7,38 1023 8,53 200,8 8,53 42,60 9436714 2,47 W 610 x 155,0
W 610 x 174,0 174,0 616 325 14 21,6 573 541 223 248 147754 4797 25,75 5383 12374 761,5 7,45 1171 8,58 286,9 7,52 38,63 1,1E+07 2,48 W 610 x 174,0
32
Estruturas Metálicas 33
A seguir, são apresentados diversos tipos de seções de perfis metálicos que podem ser utilizados em estruturas
metálicas (Figura 23 a Figura 30).
Aços-carbono e microligados para uso Chapas grossas de aço-carbono para Chapas finas (a frio/a quente) de aço-
estrutural e geral uso estrutural carbono para uso estrutural
Denominação
ƒy ƒu Denominação
ƒy ƒu Denominação
ƒy ƒu
MPa MPa MPa MPa MPa MPa
MR 250 250 400-560
CF-26 260/260 400/410
AR 350 350 450 CG-26 255 410
CF-28 280/280 440/440
AR 350 COR 350 485 CG-28 275 440
CF-30 ---/300 ---/490
AR 415 415 520
INTERESSANTE: As especificações dos aços em projetos estruturais metálicos geralmente relacionam aços de produções
normatizadas preferencialmente pela ASTM (American Society for Testing and Materials).
Tabela 5 – AÇOS DE USO FREQUENTE ESPECIFICADOS PELA ASTM PARA USO ESTRUTURAL
Classificação Denominação Produto
Grupo de perfila b ou faixa
Grau
ƒy ƒu
de espessura disponível MPa MPa
Perfis 1, 2 e 3
400 a
A36 Chapas e - 250
t ≤ 200 mm 550
Aços-carbono barras c
A 230 310
A500 Perfis 4
B 290 400
42 290 415
1, 2 e 3 50 345 450
Perfis 55 380 485
60 415 520
1e2
65 450 550
A572
t ≤ 150 mm 42 290 415
Aços de baixa liga e alta
resistência mecânica t ≤ 100 mm 50 345 450
Chapas e
t ≤ 50 mm 55 380 485
barras c
60 415 520
t ≤ 31,5 mm
65 450 550
345 a
A992 d Perfis 1, 2 e 3 - 450
450
1 - 345 485
Perfis 2 - 315 460
3 - 290 435
A242
t ≤ 19 mm - 345 480
Aços de baixa liga e alta Chapas e
resistência mecânica 19 mm < t ≤ 37,5 mm - 315 460
barras c
resistentes à corrosão 37,5 mm < t ≤ 100 mm - 290 435
atmosférica
Perfis 1e2 - 345 485
t ≤ 100 mm - 345 480
A588 Chapas e
100 mm < t ≤ 125 mm - 315 460
barras c
125 mm < t ≤ 200 mm - 290 435
ATENÇÃO: Em obras metálicas deve-se observar a especificação do tipo do aço do parafuso e das soldas, pois estas
apresentam considerável variação de grandeza de resistência.
NOTA: A NBR 14762 (ABNT, 2010) apresenta processo de dimensionamento de estruturas de aço que não serão
abordados nesta apostila, podendo ser estudado em apostilas disponíveis no CBCA https://www.cbca-acobrasil.org.br/.
Quanto a determinação de perfis metálicos, estes devem ser verificados quanto a resistência (ELU) e quanto a
deformação (ELS) conforme indicado a seguir:
• Estados Limites Últimos (E.L.U.)
o Verificação quanto a resistência do perfil
o Inclui os coeficientes de majoração de ações (ɣ)
• Estados Limites de Serviço (E.L.S)
o Verificação quanto a deformação do perfil
o Não inclui os coeficientes de majoração de ações (ɣ)
A seguir, no Quadro 1, observamos os valores dos coeficientes de majoração conforme NBR 8800 (ABNT, 2008),
sendo estes, os valores multiplicadores de ações, a fim de aumentar a estimativa de cargas nas estruturas, fazendo
assim com que as estruturas se tornem mais preparadas para ações não previstas, erros técnicos ou de utilização.
Diretas
Peso próprio
de estruturas
Peso próprio
Combinações moldadas no Peso próprio
de elementos
Peso próprio Peso próprio local e de de elementos
construtivos
de estruturas de estruturas elementos construtivos Indiretas
industrializado
metálicas pré-moldadas construtivos em geral e
s com adições
industrializad equipamentos
in loco
os e empuxos
permanentes
1,25 1,30 1,35 1,40 1,50 1,20
Normais
(1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)
Especiais ou de 1,15 1,20 1,25 1,30 1,40 1,20
Construção (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)
1,10 1,15 1,15 1,20 1,30 0
Excepcionais
(1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00)
Ações variáveis (ɣ𝐪 )
Combinações Demais ações variáveis,
Efeito da Ações
Ação do Vento incluindo as decorrentes do
temperatura truncadas
uso e ocupação.
Especiais ou de
1,00 1,20 1,10 1,30
Construção
O dimensionamento de estruturas mistas também é abordado na NBR 8800 (ABNT, 2008) que trata de
“Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios”, e na NBR 14323:2013 que trata
de “Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios em situação de incêndio”.
Estes sistemas podem ser encontrados na parceria entre vigas metálicas de alma cheia alveolar ou treliçadas
e lajes moldadas “in loco”, pré-moldadas, nervuradas e com forma de aço incorporada. O que existe de comum entre
elas é a presença do conector de cisalhamento.
Malha Anti-fissuração
Conector
Mossas
FONTE: METFORM (2021).
A utilização de sistemas mistos amplia consideravelmente a gama de soluções em concreto armado e em aço,
uma vez que permite variar a proporção e forma de cada material usado, obtendo benefícios arquitetônicos e
econômicos.
A seguir alguns modelos de sistemas mistos utilizados (ver Figura 32 a Figura 35).
Na imagem acima podemos observar três tipos de pilares mistos, sendo o pilar metálico totalmente revestido
por concreto armado, pilar metálico parcialmente revestido por concreto armado e pilares metálicos tubulares
preenchidos com concreto armado.
Na figura acima podemos observar uma laje engastada por meio dos conectores de cisalhamento a uma viga
metálica, tornando assim uma seção mista em “T”.
Figura 35 – EXEMPLOS DE LAJES MISTAS
E acima podemos observar a laje steeldeck, aonde a forma metálica funciona como armadura principal da
laje, sendo essa ancorada ao concreto pela ancoragem do concreto nas mossas.
DICA: Saiba mais sobre estruturas mistas de aço e concreto nos manuais Estruturas Mistas volume 1 e volume 2,
disponíveis no site do CBCA https://www.cbca-acobrasil.org.br/.
EXERCÍCIOS
Portanto:
a) Alternativas I e III estão corretas.
b) Alternativas II e III estão corretas.
c) Alternativas I e IV estão corretas.
d) Alternativas II e IV estão corretas.
e) Apenas a alternativa I.
2- Segundo a NBR 8800 (ABNT, 2008), os aços aprovados para uso em estruturas, tanto para perfis como para chapas,
são aqueles que possuem tensão de escoamento inferior a 450MPa.
Neste caso, pode-se afirmar que os aços regulamentados por norma nacional ou estrangeira aprovados são:
Portanto:
a) Alternativas I, II e III estão corretas.
b) Alternativas I, II e IV estão corretas.
c) Alternativas I, III e IV estão corretas.
d) Alternativas II, III e IV estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
3- O dimensionamento de estruturas metálicas leva em consideração duas normas brasileiras, a NBR 8800 (ABNT, 2008)
e NBR 14762 (ABNT, 2010).
NBR 14762 (ABNT, 2010) - Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio.
NBR 8800 (ABNT, 2008) - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios.
Com base nas informações acima podemos afirmar que:
I. Os perfis metálicos são verificados e não dimensionados, pois as seções já vêm prontas;
II. Os perfis metálicos devem ser verificados em função do E.L.U. e do E.L.S;
III. A verificação do Estado Limite Último leva em consideração a verificação quanto a resistência da peça;
IV. A verificação do Estado Limite Serviço leva em consideração a verificação quanto a deformação da peça.
Portanto:
a) Alternativas I, II e III estão corretas.
b) Alternativas I, II e IV estão corretas.
c) Alternativas I, III e IV estão corretas.
d) Alternativas II, III e IV estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
4- Estruturas metálicas usualmente são constituídas de perfis de alma cheia ou por seções treliçadas. Represente e
descreva quais elementos compõe uma seção de alma cheia e uma seção treliçada.
5- Estruturas metálicas podem ser utilizadas em parceria com outras tipologias estruturais, podendo esta ser
caracterizada por mista ou híbrida. De acordo com este conhecimento, defina estrutura mista de aço e concreto.
4.1. Introdução
A aplicação de estruturas metálicas nas mais diversas finalidades arquitetônicas leva em consideração o
conhecimento dos quesitos arquitetônicos, ações atuantes, disponibilidade e padrão de material de mercado.
Neste caso, a construção de galpões, residências, edifícios comerciais ou até mesmo pequenas obras internas
podem levar em consideração padrões de produção de perfis como, por exemplo, o comprimento comercial de barras
a fim de reduzir perdas ou custos com emendas.
Também conhecer os tipos de seções comerciais e corretas técnicas de aplicação destas seções podem
minimizar os problemas relativos a manifestações patológicas, desperdícios e ligações metálicas.
Em geral os galpões podem ter diversas configurações onde levam-se em consideração alguns fatores como:
• Arquitetura (finalidade);
• Dimensões (vão livre, distanciamento entre pórticos, pé direito, etc.);
• Ações incidentes (NBR 6123 (ABNT, 1988) e NBR 6120 (ABNT, 2019));
• Elementos construtivos para fechamento.
Na Figura 36 acima podemos observar a escala de grandeza do hangar para aviões, identificando a relevância
estrutural deste projeto.
Na Figura 37, observa-se o esquema estrutural da estrutura principal do galpão, onde essa se comporta como
pórticos rotulados em suas bases e engastando a ligação pilar viga, deixando clara a visão do gráfico de momento fletor.
Figura 38 – HANGAR VARIG RJ. VISTA LATERAL DO HANGAR COM A ESTRUTURA METÁLICA MONTADA
Também, na Figura 38, se pode observar o formato dos pórticos metálicos e a angulação das paredes que serão
vazadas para permitir alívio de pressão interna em função da ação do vento.
Figura 39 – HANGAR VARIG RJ. VISTA INTERNA DO HANGAR VOLTADA PARA A SUA LATERAL DIREITA
Nas Figura 39 e Figura 40, podemos observar a estruturação interna do galpão e suas aberturas laterais para
alívio de pressão interna.
Figura 40 – HANGAR VARIG RJ. VISTA INTERNA DO HANGAR COM O EDIFÍCIO DE APOIO
Na Figura 41, podemos observar as aberturas laterais para alívio de pressão interna.
Figura 41 – HANGAR VARIG RJ. FACHADA LATERAL COM TAPAMENTOS DE CHAPA DE AÇO PRÉ-PINTADAS GERANDO
SUPERFÍCIES DE DUPLA CURVATURA
Quanto às dimensões, D’Alambert (2005) apresenta alguns valores usuais para galpões, conforme apresentado
no Quadro 2 e na Figura 42 abaixo.
Já as ações atuantes em estruturas resumem-se a ações de peso próprio dos elementos construtivos, ação
variáveis mínimas estabelecidas por norma, como as apresentadas no Anexo B da NBR 8800 (ABNT, 2008), abaixo, e as
ações de vento apresentadas da NBR 6123 (ABNT, 1988), com base no mapa de velocidades básicas dos ventos (ver
Figura 43), aonde este apresenta as curvas de variação de velocidade básica (em m/s) à cada região brasileira.
Ainda, as ações de vendo levam consideração os coeficientes de pressão externos e internos associados para
composição da hipótese de carga de vento conforme dado a seguir:
Onde:
𝑄vento é a ação do vento incidente sobre a estrutura
𝐶𝑒 é o coeficiente de forma externo
𝐶𝑝𝑖 é o coeficiente de pressão interno
A NBR 8800 (ABNT, 2008, p. 112) em seu Anexo B trata da sobrecarga em coberturas:
6. Velocidade característica do vento (Vk) – para cada característica ou condição de topografia e localização de
um terreno, dimensões da edificação e sua influência em relação à uma tempestade destrutiva sobre a
sociedade, existem fatores de correção que influenciam diretamente na velocidade básica, sendo assim: Vk =
V0 . S1 . S2 . S3
INTERESSANTE: A NBR 6123 (ABNT, 1988) apresenta também coeficientes de forma e pressão externos e internos a
serem considerados na obtenção da ação do vento na edificação.
• Galpões com cobertura metálica treliçada e pilares metálicos de alma cheia (Figura 47), onde este
pórtico é geralmente considerado rotulado na ligação entre a cobertura e os pilares, e os esforços de
flexão são preponderantemente resistidos pelos pilares.
• Galpões com cobertura e pilares metálicos treliçados (Figura 48), tendo estas seções maiores que os
que utilizam perfis de alma cheia, possibilitando também engastamento entre os elementos, sem que
os perfis que compõem a estrutura estejam necessariamente sendo solicitados a flexão.
Além destes apresentados ainda podemos citar os com cobertura em arco, os de estrutura híbrida (concreto
pré-moldado e aço), os com telhas autoportantes, os com lanternins, etc.
ATENÇÃO: O lançamento estrutural deve levar em consideração questões arquitetônicas como posição de paredes e
possibilidades de transições.
Comparadas a estruturas de concreto, onde as seções usualmente são retangulares e representadas por duas
linhas, as estruturas metálicas são mais complexas tendo em vista a quantidades de possibilidades de seções.
Neste caso a quantidade de detalhamentos é pertinente para apresentação e entendimento total do projeto.
Assim, se faz usual a presença de pranchas intituladas conforme listado a seguir:
• Locação de pilares;
• Vista superior do nível estrutural;
• Vista inferior do nível estrutural;
• Eixos longitudinais;
• Eixos transversais;
• Detalhes de ligação;
• Memorial descritivo.
Também a NBR 8800 (ABNT, 2008) apresenta algumas considerações relativas a projetos. No que tange às
generalidades, diz a norma:
IMPORTANTE: Os projetos estruturais metálicos geralmente obedecem a escala milimétrica, devido às pequenas
espessuras de chapas e elementos de ligação.
Tendo em vista a grande diversidade de tipos de seções de perfis metálicos, a quantidade de soluções para
ligações em estruturas metálicas pode apresentar um número extremamente alto.
Nas imagens a seguir, podemos verificar diversas situações de ligações entre perfis e perfil-concreto.
Na Figura 51 podemos observar um pilar engastado na base de concreto, devido ao distanciamento dos
ganchos de ancoragem em relação ao eixo do pilar, sendo também a conexão entre o pilar e placa de base totalmente
soldada.
Na Figura 53 podemos observar um pilar engastado na base de concreto, devido ao distanciamento dos
ganchos de ancoragem em relação ao eixo do pilar, sendo também esta conexão entre o pilar e placa de base totalmente
soldada, acrescida de chapas de enrijecimento entre a ligação e a placa de base.
Na Figura 55 podemos observar um pilar engastado na base de concreto, devido ao distanciamento dos
ganchos de ancoragem em relação ao eixo do pilar, porém com a conexão entre o pilar e placa de base parcialmente
soldada (apenas na alma), tornando-a uma ligação rotulada.
Na Figura 57 podemos observar uma viga metálica engastada a um pilar metálico, devido à ligação soldada
entre os elementos, e as chapas enrijecedoras, que transferem os esforços da viga metálica para toda a seção do pilar
metálico.
Na Figura 59 podemos observar uma viga metálica engastada a um pilar metálico, devido à ligação parafusada
entre a viga e a mesa do pilar, e as chapas enrijecedoras, que transferem os esforços da viga metálica para toda a seção
do pilar metálico.
Na Figura 61 podemos observar uma viga metálica engastada a um pilar metálico, devido à ligação parafusada
entre a viga e a alma do pilar através de chapas enrijecedoras, que transferem os esforços da viga metálica para toda a
seção do pilar metálico.
Figura 61 – LIGAÇÃO DE PILAR-VIGA ENGASTADA PARAFUSADA
Na Figura 63 podemos observar uma viga metálica com ligação rotulada a um pilar metálico, devido à ligação
parcialmente soldada entre a alma da viga e a mesa do pilar metálico, aonde neste caso, as almas dos perfis (viga e pilar)
estão alinhados.
Figura 63 – LIGAÇÃO DE PILAR-VIGA ROTULADA SOLDADA
Na Figura 65 podemos observar uma viga metálica com ligação rotulada a um pilar metálico devido à ligação
parcialmente parafusada entre a alma da viga e a mesa do pilar metálico, aonde neste caso, as almas dos perfis (viga e
pilar) estão alinhados.
Na Figura 67 podemos observar uma viga metálica com ligação rotulada a um pilar metálico, devido à ligação
parcialmente parafusada entre a alma da viga e a alma do pilar metálico, aonde neste caso, as almas dos perfis (viga e
pilar) estão posicionadas transversalmente entre elas.
Na Figura 69 podemos observar uma viga metálica com ligação rotulada a outra viga metálica, devido a ligação
parcialmente parafusada entre as almas das vigas, e neste caso, são recortadas as mesas da viga apoiada, afim de reduzir
o comprimento da ligação.
INTERESSANTE: Ligações metálicas podem variar em sua concepção, dependendo do entendimento do projetista e dos
perfis que este habitualmente trabalha. Existem diversas possibilidades para se resolver a mesma ligação, devido à
inúmera quantidade de seções e espessuras.
O Anexo N da NBR 8800 (ABNT, 2008) apresenta alguns cuidados construtivos para obras metálicas, conforme
apresentado a seguir nas Figura 70 a Figura 72.
Também, conforme NBR 8800 (ABNT, 2008, p.163), as estruturas devem ser classificadas conforme classe de
agressividade apresentada a seguir:
N.2 Classificação dos ambientes: Os ambientes podem ser classificados em seis categorias
de corrosividade:
a) C1: muito baixa;
b) C2: baixa;
c) C3: média;
d) C4: alta;
e) C5-I: muito alta (industrial);
f) C5-M: muito alta (marinha).
Para a determinação da categoria, recomenda-se a exposição de espécimes de
monitoramento. A Tabela N.1 define as categorias de corrosividade em termos de perda de
massa ou de espessura para espécimes-padrão feitos em aço de baixo carbono ou zinco
após o primeiro ano de exposição. Para detalhes a respeito da constituição de tais
espécimes-padrão, e sobre o tratamento destes espécimes antes e após a exposição, deve
ser seguida a ISO 9226.
IMPORTANTE: Deve-se observar o tipo de exposição ao qual a estrutura metálica estará condicionada, não apenas às
condições climáticas, mas também em relação aos agentes nocivos do ambiente, como por exemplo, indústrias
químicas.
As classificações apresentadas acima, retratam o exposto pela NBR 8800 (ABNT, 2008), que em seu anexo N.3
referência seu anexo S.5, que apontam os padrões estabelecidos pelo CBCA (Centro Brasileiro de Construção em Aço),
como padrões para ambientes marítimos e padrões de pintura para períodos de durabilidade mínima.
Na Figura 70 abaixo, são apresentadas algumas precauções do anexo N da NBR 8800 (ABNT, 2008) quanto à
retenção de água e sujeiras, e que se complementam com recomendações do mesmo anexo que podem acelerar o
processo corrosivo e de deterioração de componentes metálicos, devendo assim o projetista, projetar superfícies
inclinadas ou chanfradas, eliminar seções abertas no topo, ou seu arranjo em posição inclinada, eliminar bolsas e
recessos onde a água e a sujeira possam ficar retidas e permitir a drenagem da água e de líquidos corrosivos para fora
da estrutura.
A Figura 71, também da NBR 8800 (ABNT, 2008), complementa as precauções quanto ao contato de placas de
bases em contato com a umidade de pisos expostos à umidade, ou em áreas abertas, evitando assim o contato
constante com a umidade ou a permanência de umidade na ligação.
E na Figura 72 pode-se observar algumas posições de perfis que favorecem o acúmulo de líquidos e sujeiras,
bem como as posições favoráveis para que estas situações não ocorram, reduzindo o processo de deterioração da
estrutura.
EXERCÍCIOS
1- Os projetos de estruturas metálicas levam em consideração fatores como arquitetura, dimensões, ações incidentes
e elementos de fechamento.
Portanto:
a) Alternativas I e III estão corretas.
b) Alternativas II e III estão corretas.
c) Alternativas I e IV estão corretas.
d) Alternativas II e IV estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
2- As ações estruturais horizontais em edificações metálicas geralmente são suportadas por duas técnicas de cálculo.
o Estruturas Aporticadas
o Estruturas Contraventadas
Portanto:
a) Alternativas I, II e III estão corretas.
b) Alternativas I, II e IV estão corretas.
c) Alternativas I, III e IV estão corretas.
d) Alternativas II, III e IV estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
3- Alguns critérios mínimos de detalhamento de estruturas metálicas são estabelecidos por norma, porém, na maioria
dos casos, a quantidade de detalhes necessária ao correto entendimento do projeto supera as quantidades mínimas
esperadas pelo projetista.
Portanto:
a) Alternativas I, II e III estão corretas.
b) Alternativas I, II e IV estão corretas.
c) Alternativas I, III e IV estão corretas.
d) Alternativas II, III e IV estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
4- Estruturas metálicas podem ser caracterizadas e dimensionadas segundo as considerações do projetista em suas
ligações. Descreva e explique 3 variáveis que podem influenciar numa ligação entre perfis metálicos.
5- A NBR 8800 (ABNT, 2008) apresenta cuidados construtivos que devem ser observados nas obras metálicas. Cite dois
cuidados e explique.
5. COMPORTAMENTO DE PEÇAS
TRACIONADAS E COMPRIMIDAS
5.1 INTRODUÇÃO
Barras metálicas são comercializadas por seções pré-fabricadas, podendo estas ser:
• Perfis Laminados: formados a partir da compressão do lingote por cilindros laminadores;
• Perfis Soldados: formados a partir da solda entre chapas metálicas;
• Perfis formados a frio: formados a partir da dobra de chapas.
Portanto, como as seções já são estabelecidas comercialmente, cabe ao calculista, verificar qual seção se
adapta a situação/solicitação de projeto, ou seja, a resistência de cálculo deverá ser maior ou igual a solicitação de
cálculo (𝑅𝑑 ≥ 𝑆𝑑) em função do Estado Limite Último (ELU).
A NBR 8800 (ABNT, 2008) apresenta alguns roteiros para a determinação das resistências à diversas condições
de solicitações, e estas resistências nem sempre são uma análise direta, podendo estas muitas vezes ser determinada a
partir de mais de uma análise ou combinação de condições.
Segundo NBR 8800 (ABNT, 2008), barras com esforços axiais de tração deverão atender a seguinte verificação:
𝑁𝑡,𝑅𝑑 ≥ 𝑁𝑡,𝑆𝑑
A determinação da força de tração resistente de cálculo (𝑁𝑡,𝑅𝑑 ) a ser considerada será a menor entre:
• Escoamento da Seção bruta:
𝐴𝑔 .𝑓𝑦
𝑁𝑡,𝑅𝑑 = 1,1
(5.1)
CURIOSIDADE: Conforme a NBR 14762, a ruptura da seção líquida pode se dar na região da ligação ou fora desta.
Figura 73 – Exemplos de 𝐴𝑛 e 𝐴𝑔
IMPORTANTE: A linha de ruptura a ser considerada é aquela que produzir menor área líquida, em função do eixo da
ação.
Conforme NBR 8800 (ABNT, 2008), alguns aspectos devem ser observados para obtenção da 𝐴𝑛 (Área
Líquida):
a) Em ligações parafusadas, a largura dos furos deve ser considerada 2,0 mm maior que a dimensão máxima
desses furos, definida na tabela a seguir, perpendicular à direção da força aplicada. (alternativamente, caso se
possa garantir que os furos sejam executados com broca, pode-se usar a largura igual a dimensão máxima).
b) No caso de uma série de furos distribuídos transversalmente ao eixo da barra, em diagonal a esse eixo, ou em
ziguezague, a largura líquida dessa parte da barra deve ser calculada deduzindo-se da largura bruta a soma das
larguras de todos os furos em cadeia, e somando-se para cada linha ligando dois furos a quantidade s 2/(4g),
sendo s e g, respectivamente, os espaçamentos longitudinal e transversal (gabarito) entre esses dois furos (ver
Figura 74):
c) A largura líquida crítica daquela parte da barra será obtida pela cadeia de furos que produza a menor das
larguras líquidas, para as diferentes possibilidades de linha de ruptura (ver Figura 75);
FONTE: Autor
d) Para cantoneiras, o gabarito g dos furos em abas opostas, deve ser considerado igual à soma dos
gabaritos, medidos a partir da aresta da cantoneira, subtraída de sua espessura (ver Figura 76 e
Figura 77).
FONTE: Autor
FONTE: Autor
e) Na determinação da área líquida da seção que compreenda soldas de tampão ou soldas de filete em furos, a
área do metal da solda deve ser desprezada.
Portanto, pode-se entender que, se os furos forem alinhados perpendicularmente à força de tração, tem-se a
seguinte expressão de 𝐴𝑛 :
𝐴𝑛 = 𝑡 . ( 𝑏 − 𝑛 . 𝑑 ) (5.3)
Onde n = número de furos por onde passa a linha de ruptura.
Sendo, conforme item a, d = df + 2mm, e df obtido conforme Quadro 1.
𝑠2
𝐴𝑛2 = 𝑡 . ( 𝑏 − 𝑛 . 𝑑 + 4𝑔 ) (n – na linha de ruptura) (5.4)
1
𝑠2 𝑠2
𝐴𝑛3 = 𝑡 . ( 𝑏 − 𝑛 . 𝑑 + 4𝑔 + 4𝑔2
) (n – na linha de ruptura) (5.5)
1
Quadro 3 – Dimensões máximas de furos (df) para parafusos e barras redondas rosqueadas
Diâmetro do
Diâmetro Diâmetro do
parafuso ou da Dimensões de um furo Dimensões de um furo
do furo furo
barra redonda pouco alongado muito alongado
padrão alargado
rosqueada db
≤ 24 db + 1,5 db + 5 (db + 1,5) x (db + 6) (db + 1,5) x 2,5db
Dimensões
27 28,5 33 28,5 X 35 28,5 X 67,5
em milímetros
≥30 db + 1,5 db + 8 (db + 1,5) x (db + 9,5) (db + 1,5) x 2,5b
Para a obtenção da área líquida efetiva (𝐴𝑒 ), a área líquida (𝐴𝑛 ) tem sua área corrigida em função da maneira
que a peça está conectada, influenciando na extensão da transmissão da solicitação na seção, ou seja,
𝐴𝑒 = 𝐶𝑡 . 𝐴𝑛 (5.6)
INTERESSANTE: Dobre longitudinalmente uma folha de papel e tracione-a segurando na ponta apenas uma de suas
abas. Você observará a ruptura acontecendo em apenas parte da seção da peça, não em toda seção. Esta situação
exemplifica a função do Ct.
a) Quando a força de tração for transmitida diretamente para cada um dos elementos do perfil (solda ou
parafuso).
Ct = 1,0 (5.7)
Onde:
𝐴𝑐 é área da seção transversal dos elementos conectados e 𝐴𝑔 é a área bruta da seção transversal
c) Nas barras de seção transversais abertas, quando a força de tração for transmitida somente por parafusos ou
somente por soldas longitudinais ou ainda, por uma combinação de soldas transversais e longitudinais para
apenas alguns elementos, não todos, da seção transversal, devendo ser usado 0,9 para limite superior e 0,6
para limite inferior.
ec
Ct = 1,0 − ( lc
) (5.9)
Onde:
𝑒𝑐 é a excentricidade da ligação medida a partir da distância do centro geométrico da barra até o plano de
cisalhamento da ligação.
𝑙𝑐 é o comprimento efetivo da ligação ou do filete em ligações soldadas. Em ligações parafusadas é a
distância do primeiro ao último furo, medidos pelo centro, na direção da força.
d) Nas chapas planas, quando a força de tração for transmitida somente por soldas longitudinais ao longo de
ambas as bordas:
Figura 78 – Indicação de 𝑏 e 𝑙𝑤
Segundo NBR 8800 (ABNT, 2008), barras com esforços axiais de compressão deverão atender a seguinte
verificação: 𝑁𝑐,𝑅𝑑 ≥ 𝑁𝑐,𝑆𝑑
A força de compressão resistente de cálculo (𝑁𝑐,𝑅𝑑 ) deverá ser determinada em função da resistência a
compressão simples associada as fragilidades referentes a esbeltez global (flambagem de toda a barra) e local
(flambagem dos elementos que compõem a seção).
Neste caso a resistência de cálculo a compressão será dada por:
.Q .Ag .fy
Nc,Rd = (5.13)
1,1
Sendo:
é o fator de redução associado à flambagem global;
𝑄 é o fator de redução associado de flambagem local;
𝐴𝑔 é a área bruta da seção transversal da barra;
𝑓𝑦 é a tensão de escoamento do aço aplicado.
Conforme apresentado na Figura 79 a seguir, a flambagem local baseia-se na esbeltez da chapa que compõe a
sessão do perfil metálico, podendo ocorrer não necessariamente em todos os elementos da sessão. Neste caso,
vinculações entre os elementos podem tornar cada elemento mais ou menos esbelto.
Esta situação de flambagem local é inserida no dimensionamento de um perfil metálico na condição de um
fator de redução.
FONTE: Autor
Para a determinação do fator de redução associado a flambagem local (𝑄), a NBR 8800 (ABNT, 2008) sugere
fazer a identificação dos elementos que compões a seção em elementos AL e elementos AA, sendo (ver Figura 80):
Elementos AL → elemento com apenas uma borda vinculada
Elementos AA → elemento com as duas bordas vinculadas
IMPORTANTE: A análise da flambagem local se dá individualmente para cada elemento que compõe a seção. E esta está
relacionada com a proporção largura (𝑏) e espessura (𝑡) do elemento.
FONTE: Autor
A análise a ser considerada para determinação do coeficiente 𝑄 se dá a partir da relação largura (𝑏) por
espessura (𝑡) comparada a um valor limite
b 𝑏
• se ≤ 𝑙𝑖𝑚 → não há flambagem local. (5.15)
t 𝑡
b 𝑏
• se > 𝑙𝑖𝑚 → há flambagem local → calcular 𝑄. (5.16)
t 𝑡
Conforme Item F.2 da NBR 8800 (ABNT, 2008), o valor de 𝑄𝑠 deverá ser o menor valor obtido para os elementos
comprimidos AL obtidos pelas seguintes condições:
y b f E b E
Q s = 1,34 − 0,76 t √ E , para 0,45√f < t
≤ 0,91 √f (5.17)
y y
0,53 .E b E
Qs = b 2
, para t
> 0,91 √f (5.18)
fy .( ) y
t
b f E b E
Q s = 1,415 − 0,74 √ y , para 0,56√ < ≤ 1,03 √ (5.19)
t E fy t fy
0,69 .E b E
Qs = b 2
, para t
> 1,03 √f (5.20)
fy .( ) y
t
b fy E b E
Q s = 1,415 − 0,65 √ , para 0,64√fy < ≤ 1,17 √fy (5.21)
t kc .E ⁄ t ⁄
kc kc
0,90.E .kc b E
Qs = b 2
, para t
> 1,17√fy (5.22)
fy .( ) ⁄
t kc
→ para perfis I
4
kc = h
, sendo, 0,35 ≤ k c ≤ 0,76 (5.23)
√t
w
Onde:
ℎ = altura da alma;
𝑡𝑤 = espessura da alma.
b f E b E
Q s = 1,908 − 1,22 t √ Ey , para 0,75√f < t
≤ 1,03 √f (5.25)
y y
0,69 .E b E
Qs = b 2
, para t
> 1,03 √f (5.26)
fy .( ) y
t
Conforme Item F.3 da NBR 8800 (ABNT, 2008), o fator de redução 𝑄𝑎 das seções transversais com elementos
comprimidos AA, cuja relação entre a largura e espessura ultrapassa os valores indicados na Tabela 01 abaixo, é definido
como:
Aef
Qa = Ag
(5.27)
Onde 𝐴𝑔 é a área bruta, e 𝐴𝑒𝑓 é a área efetiva da seção transversal dada por:
E 0,38 E
bef = 1,91. t√σ . [1 − b⁄ √σ ]≤b (5.29)
t
E 0,34 E
bef = 1,91. t√σ . [1 − b⁄ √σ ]≤b (5.30)
t
Onde, 𝜎 é a tensão que pode atuar no elemento analisado, tomando igual a 𝜎 = . 𝑓𝑦 , tomando-se Q = 1,0.
Grupo Descrição dos elementos Alguns exemplos com indicação de 𝑏 e 𝑡 (𝑏⁄𝑡 )𝑙𝑖𝑚
o Mesas ou almas de
seções tubulares
retangulares 𝑬
1 𝟏, 𝟒𝟎 √
𝒇𝒚
o Lamelas e chapas de
diafragmas entre linhas
de parafusos ou soldas
AA
o Almas de seções I, H
ou U
o Mesas ou almas de 𝑬
2 𝟏, 𝟒𝟗 √
seção-caixão 𝒇𝒚
o Todos os demais
elementos que não
integram o Grupo 1
o Abas de cantoneiras
simples ou múltiplas
𝑬
3 𝟎, 𝟒𝟓 √
providas de chapas de 𝒇𝒚
travejamento
o Mesas de seções I, H,
T ou U laminadas
o Abas de cantoneiras
ligadas continuamente 𝑬
4 ou projetadas de 𝟎, 𝟓𝟔 √
seções I, H, T ou U 𝒇𝒚
laminadas ou soldadas
AL
o Chapas projetadas de
seções I, H, T ou U
laminadas ou soldadas
𝑬
5 o Mesas de seções I, H, 𝟎, 𝟔𝟒 √
T ou U soldadas (𝒇𝒚 ⁄𝒌𝒄 )
𝑬
6 o Almas de seções T 𝟎, 𝟕𝟓 √
𝒇𝒚
Segundo a NBR 8800, a força axial de compressão resistente de cálculo, 𝑁𝑐,𝑅𝑑 , de uma barra, associada aos
estados limites últimos instabilidade por flexão, por torção ou flexo-torção e de flambagem local, deve ser determinada
pela expressão:
.Q .Ag .fy
Nc,Rd = 1,1
(5.32)
Onde:
é o fator de redução associado à flambagem;
𝑄 é o coeficiente de flambagem local;
𝐴𝑔 é a área bruta da seção transversal da barra.
ATENÇÃO: Barras com esbeltez global muito acentuada não geram resistência suficiente para gerar flambagem local.
Neste caso a resistência a compressão de um pilar deve se iniciar pela determinação de .
Também, segundo a NBR 8800, o fator de redução associado à resistência à compressão, é dado por:
2
Para 𝜆0 ≤ 1,5 = 0,658𝜆0 (5.33)
0,877
Para 𝜆0 > 1,5 = (5.34)
𝜆0 2
𝑄 𝐴𝑔 𝑓𝑦
E, 𝜆0 = √ (5.35)
𝑁𝑒
onde:
𝑁𝑒 é a força axial de flambagem elástica da barra, obtida conforme Anexo E da NBR 8800, onde:
Onde:
r0 = √rx 2 + ry 2 + x0 2 + y0 2 (5.39)
x 2
Nex +Nez 4Nex Nez [1−( 0 ) ]
. [ 1 − √1 −
r0
Nexz = x 2 (Nex +Nez )2
] (5.41)
2[1−( 0 ) ]
r0
ATENÇÃO: Se o eixo 𝑦 for o eixo de simetria, basta substituir 𝑥 por 𝑦 no formulário acima.
EXERCÍCIOS
1- Determine o diâmetro de cálculo de um furo (𝑑) para uma ligação qualquer de uma barra tracionada,
considerando um o parafuso ø3/8”.
FONTE: Autor
3- Determine o fator de redução associado a flambagem local (𝑄) para as seguintes seções:
IMPORTANTE:
𝑏 𝑏
Se ≤ 𝑙𝑖𝑚 → não há flambagem local.
𝑡 𝑡
𝑏 𝑏
Se > 𝑙𝑖𝑚 → há flambagem local → calcular 𝑄.
𝑡 𝑡
6. COMPORTAMENTO DE PEÇAS
FLETIDAS E CISALHADAS
6.1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, o Tópico 2 trata de perfis metálicos em situação de vigas, com ações transversais ao seu eixo, sofrendo
consequentemente flexão e cisalhamento.
Neste caso a NBR 8800 trata as verificações quanto a estas solicitações de forma a isolar as analises a cada
elemento que compõe a seção, ou seja, quanto à flexão a análise se dá pela mesa comprimida, pela alma e pela esbeltez
da seção, já quanto ao cisalhamento, a análise se dá pela esbeltez da alma.
Também, uma das principais considerações na determinação da resistência de seções metálicas é o quão esbelto
cada elemento da seção é, ou seja, o valor da relação largura/espessura (𝑏⁄𝑡) é fundamental para determinação do
processo de cálculo.
Vale lembrar também que a determinação da resistência de uma peça metálica pode-se dar pelo elemento mais
frágil da seção, aonde este determinará máxima resistência de cálculo.
O procedimento a seguir segue as prescrições da NBR 8800 onde deverão ser satisfeitas as seguintes condições:
MRd ≥ MSd (resistência) (6.1)
Onde:
𝑀𝑅𝑑 – momento fletor resistente de cálculo
𝑀𝑆𝑑 – momento fletor solicitante de cálculo
𝑓𝑚𝑎𝑥 – flecha máxima de serviço
𝑓𝑙𝑖𝑚 – flecha limite
Também, segundo NBR 8800, para determinação de 𝑀𝑅𝑑 , devem ser considerados, conforme cada caso, os estados
limites últimos de flambagem lateral com torção (FLT), flambagem local da mesa (FLM) e flambagem local da alma (FLA)
preferencialmente.
Além destes ainda se recomenda, para casos específicos, a verificação de flambagem local de abas, flambagem
local da parede de tubos e escoamento de mesas tracionadas, porém estes não serão abordados nesta unidade.
A seguir serão apresentadas as metodologias de cálculo para determinação de 𝑀𝑅𝑑 , conforme FLT, FLM e FLA para
vigas de alma não esbelta, sendo estas constituídas por seções I, H, U, caixão e tubulares retangulares cujas almas, quando
perpendiculares ao eixo de flexão, possuem parâmetro de esbeltez 𝜆 inferior ou igual a 𝜆𝑟 (𝜆 e 𝜆𝑟 definidos na tabela 02
para o estado limite FLA), por seções tubulares circulares com relação entre diâmetro e espessura de parede não superior
a 0,45. 𝐸/𝑓𝑦 e por seções T, seções formadas por duas cantoneiras em T, seções solidas circulares ou retangulares com
quaisquer dimensões.
DICA: Para casos de vigas de alma esbeltas, deve-se consultar as prescrições da NBR 8800.
A equação de 𝑀𝑅𝑑 a ser considerada será aquela que apresentar uma das condições de λ em relação a 𝜆𝑝 e 𝜆𝑟 a
seguir:
Mpl
MRd = para λ ≤ λp (6.3)
1,1
C λ− λp
MRd = 1,1b . [ Mpl − (Mpl − MR ). λ ] para λp < λ ≤ λr (6.4)
r − λp
Mcr
MRd = para λ > λr (6.5)
1,1
O fator modificador do momento fletor 𝐶𝑏 é um fator melhorador para a condição do momento fletor solicitante,
levando em consideração o diagrama deste momento e a proximidade do momento máximo em relação aos pontos de
travamentos da seção contra deslocamentos e torção.
A NBR 8800 apresenta equações e condições que podem ser consideradas na determinação do fator 𝐶𝑏 , porém a
NBR 14762 recomenda por questões de segurança utilizar o valor de 𝐶𝑏 = 1,0 como forma de não melhorar as condições
da viga em relação a posição do momento máximo.
A equação de 𝑀𝑅𝑑 a ser considerada será aquela que apresentar uma das condições de 𝜆 em relação a 𝜆𝑝 e 𝜆𝑟 a
seguir:
Mpl
MRd = 1,1
para λ ≤ λp (6.6)
λ− λp
[ Mpl −(Mpl −Mr ).λ − λ ]
r p
MRd = 1,1
para λp < λ ≤ λr (6.7)
O momento de plastificação da seção (𝑀𝑝𝑙 ) poderá ser determinado pela expressão dada a seguir:
Mpl = Z . fy (6.9)
Sendo:
Z – módulo plástico da seção
Na Tabela 9 a seguir a NBR 8800 apresenta as equações para obtenção dos valores dos parâmetros necessárias
para determinar 𝑀𝑅𝑑 .
Viga de alma 𝒉 𝑬 𝑬
FLA 𝒇𝒚 . 𝑾 𝟑, 𝟕𝟔 √ 𝟓, 𝟕𝟎 √
esbelta 𝒕𝒘 𝒇𝒚 𝒇𝒚
Perfis I e H com 𝒃 𝑬
FLM 𝒇𝒚 . 𝑾 Ver nota 6 𝟎, 𝟑𝟖 √ Ver nota 6
dois eixos de 𝒕𝒇 𝒇𝒚
simetria perfis U
fletidos em
torno do eixo de 𝒇𝒚 . 𝑾𝒆𝒇 𝑾𝒆𝒇 𝟐
FLA . 𝒇𝒚
menos 𝑾 𝒉 𝑬 𝑬
momento de 𝟏, 𝟏𝟐 √ 𝟏, 𝟒𝟎 √
Ver nota 3
𝒕𝒘 𝒇𝒚 𝒇𝒚
inércia Ver nota 4
Ver nota 4
Seções Sólidas
retangulares
fletidas em 𝟐, 𝟎𝟎 . 𝑪𝒃 . 𝑬 𝑳𝒃 𝟎, 𝟏𝟑 . 𝑬 𝟐, 𝟎𝟎 . 𝑬
FLT 𝒇𝒚 . 𝑾 . √𝑱𝑨 . √𝑱𝑨 . √𝑱𝑨
torno do eixo de 𝝀 𝒓𝒚 𝑴𝒑𝒍 𝑴𝒓
maior momento
de inércia
(𝒇𝒚 − 𝒇𝒓 ). 𝑾
FLT 𝟐, 𝟎𝟎 . 𝑪𝒃 . 𝑬 𝑳𝒃 𝟎, 𝟏𝟑 . 𝑬 𝟐, 𝟎𝟎 . 𝑬
. √𝑱𝑨 . √𝑱𝑨 . √𝑱𝑨
Seções caixão 𝝀 𝒓𝒚 𝑴𝒑𝒍 𝑴𝒓
Ver nota 3
e tubulares Ver nota 5
retangulares 𝒃
𝒇𝒚 . 𝑾𝒆𝒇 𝑾𝒆𝒇 𝟐
duplamente . 𝒇𝒚
𝑾 𝒕𝒇 𝑬 𝑬
simétricas
FLM 𝟏, 𝟏𝟐 √ 𝟏, 𝟒𝟎 √
fletidas em 𝒇𝒚 𝒇𝒚
torno de um dos Ver nota 4
eixos de Ver nota 4 Ver nota 8
simetria
𝒉 𝑬
FLA 𝒇𝒚 . 𝑾 - Ver nota 10 𝟓, 𝟕𝟎 √
𝒕𝒘 𝒇𝒚
ℎ𝑐
⁄ℎ .√𝐸⁄𝑓
𝑝 𝑦
FLA - Seções I com um eixo de simetria 𝜆𝑝 = 𝑀𝑝𝑙 2 ≤ 𝜆𝑟 (6.10)
(0,54 . − 0,09)
𝑀𝑟
Nota 1)
1,38√Iy .J 2
λr = √1 + √1 + 27Cw β1 (6.11)
ry .J . β1 I y
Cb .π2 .E .Iy C J Lb 2
Mcr =
Lb 2 √ Iw (1 + 0,039 Cw
) (6.12)
y
Onde:
(fy− σr ).W
β1 = Ver Nota 5 (6.13)
EJ
Nota 2)
1,38√Iy J 27Cw β1 2
λr = r J β1
. [ β2 + √β2 2 + Iy
] (6.14)
Cb .π2 .E .Iy Cw J Lb 2
Mcr = Lb 2 [ β3 2 + √ β3 2 + Iy
(1 + 0,039 Cw
)] (6.15)
Onde:
(fy − σr )Wc
β1 = EJ
(6.16)
β2 = 5,2. β1 . β3 + 1 (6.17)
tfs +tfi αy −1
β3 = 0,45 (d − 2
) (α +1) com αy conforme a Nota 9 (6.18)
y
Nota 5) A tensão residual de compressão nas mesas, 𝜎𝑟 , deve ser tomada igual a 30% de 𝑓𝑦 .
0,69E E
Mcr = λ2
Wc ; λr = 0,83 √(f −σ
(6.19)
y r)
0,90.E.kc E 4
Mcr = Wc ; λr = 0,95√ fy−σr ; kc = (6.20)
λ2 h
kc √t
w
Nota 8) 𝑏⁄𝑡 é a relação entre a largura e a espessura aplicável á mesa do perfil; no caso de perfis I ou H com um eixo de
simetria, 𝑏⁄𝑡 refere-se à mesa comprimida (para mesas de seções I e H, b é a metade da largura total). Para mesas de
seções U, a largura total, para seções tubulares retangulares a largura da parte plana e para perfis caixão, a distância livre
entre as almas.
b) a soma das áreas da menor mesa e da alma deve ser superior à área da maior mesa.
SIMBOLOGIA
𝐴 – Área da seção transversal;
𝐶𝑏 - fator de modificação para diagrama de momento fletor não uniforme;
𝐶𝑤 – constante de empenamento da seção;
𝐸 – módulo de elasticidade do aço;
𝐺 – módulo de elasticidade transversal do aço;
𝐼𝑐 – momento de inércia da mesa comprimida em relação a um eixo no plano médio da alma;
𝐽 – momento de inércia a torção;
𝐼𝑦 – momento de inércia da seção em relação ao eixo que passa pelo plano médio da alma;
𝐼𝑦𝑐 – momento de inércia da mesa comprimida em relação ao eixo principal de inércia perpendicular do eixo de flexão, ou
se os momentos fletores provocarem curvatura reversa, da menor mesa;
𝐼𝑦𝑡 – momento de inércia da mesa tracionada em relação ao eixo que passa pelo plano médio da alma (se no comprimento
destravado houver momentos <0 e 0>, tomar a mesa de maior momento de inércia em relação ao eixo mencionado;
𝐿𝑏 – distância entre duas seções contidas à flambagem lateral com torção (comprimento destravado);
𝑀𝑐𝑟 – momento fletor de flambagem elástica;
𝑀𝑝𝑙 – momento fletor de plastificação da seção igual ao produto de 𝑍 por 𝑓𝑦 ;
𝑀𝑟 – momento fletor correspondente ao início do escoamento (incluindo tensões residuais em alguns casos);
𝑊𝑐 – módulo resistente elástico do lado comprimido da seção, relativo ao eixo de flexão;
𝑊𝑡 – módulo resistente elástico do lado tracionado da seção, relativo ao eixo de flexão;
𝑏 – largura;
𝑑 – altura externa da seção, medida perpendicularmente ao eixo de flexão;
𝑓𝑟 – tensão residual nas mesas;
𝑓𝑦 – limite de escoamento do aço;
ℎ – altura da alma, tomada igual à distância entre faces internas das mesas nos perfis soldados, e igual a este valor menos
os dois raios de concordância entre mesa e alma nos perfis laminados;
ℎ𝑐 – 2x a distância do centro de gravidade da seção transversal à face interna da mesa comprimida nos perfis soldados e
este valor menos o raio de concordância entre mesa e alma nos perfis laminados (em perfis duplamente simétricos ℎ𝑐 =
ℎ);
ℎ𝑝 – 2x a distância da linha neutra plástica da seção transversal à face interna da mesa comprimida nos perfis soldados e
este valor menos o raio de concordância entre mesa e alma nos perfis laminados (em perfis duplamente simétricos, ℎ𝑝 =
ℎ);
𝑟𝑦 - raio de giração da seção em relação ao eixo principal de inércia perpendicular ao eixo de flexão
𝑟𝑦𝑐 – raio de giração da mesa comprimida em relação ao eixo principal de inércia perpendicular ao eixo de flexão, ou, se os
momentos fletores provocarem curvatura reversa, da menor mesa;
𝑡𝑓 – espessura da mesa;
𝑡𝑤 – espessura da alma;
𝜆 – parâmetro de esbeltez;
λ𝑝 – parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação;
λ𝑟 – parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento.
Em geral estruturas devem atender não apenas as condições de resistência, mas também os valores limites de
deformações, a fim de atender não apenas questões estéticas, mas também conforto, compatibilidade com demais
materiais de vedação e o correto funcionamento da edificação como direcionamento de águas.
Neste caso a condição a ser atendida, conforme NBR 8800 é: 𝛿𝑚á𝑥 ≤ 𝛿𝑙𝑖𝑚 .
Um exemplo de equação para obtenção de flecha de serviço é o de uma viga bi apoiada (conforme Figura 10),
sendo 𝛿 dado por:
5 .Qk .L4
δ= 384 .E .I
→ flecha de serviço (6.24)
Onde:
𝛿 é o deslocamento devido a uma ação característica;
𝑄𝑘 é a ação de serviço ou característica, sem majoração;
𝐸 é o modo de elasticidade do aço;
𝐼 momento de inércia da seção em torno do eixo de flexão
Quanto a ação de serviço ou característica (𝑄𝑘 ) a NBR 8800 apresenta algumas equações para determinação destas
ações, como por exemplo ações raras de serviço, irreversíveis, causando danos permanentes a estrutura ou edificação. A
equação para este caso, apresentada pela NBR 8000, é dada a seguir.
Fser = ∑m n
i=1 FGi,k + FQ1,k + ∑j=2(Ψ1j FQj,k ) (6.25)
Onde:
𝐹𝑠𝑒𝑟 é a ação combinada de serviço
𝐹𝐺𝑖,𝐾 é a ação permanente característica
𝐹𝑄1,𝑘 é a ação variável característica de maior relevância
𝐹𝑄𝑗,𝑘 são as demais ações variáveis características
Ψ1𝑗 fator de redução para ações variáveis
ATENÇÃO: A deformação estrutural também se limita a máxima deformação dos elementos que compõem a edificação ou
fixam-se a estrutura.
Segundo a NBR 8800 (ABNT, 2008), este cálculo se aplica para seções I, H e U com flexão em torno do eixo
perpendicular à alma.
E, em seções I, H, U e Caixão fletidas em torno do eixo perpendicular à alma, a força cortante resistente
característica, 𝑉𝑅𝑑 , é dada por:
𝑉𝑝𝑙
a) Para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝 ∶ 𝑉𝑅𝑑 = 1,1
(6.27)
𝜆𝑝 𝑉𝑝𝑙
b) Para 𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟 ∶ 𝑉𝑅𝑑 = . (6.28)
𝜆 1,1
𝜆𝑝 2 𝑉𝑝𝑙
c) Para 𝜆 ≥ 𝜆𝑟 ∶ 𝑉𝑅𝑑 = 1,24 ( 𝜆
) . 1,1 (6.29)
h kv E kv E
λ= ; λp = 1,10√ ; λr = 1,37√ (6.30)
tw fy fy
5 a
kv = 5 + a 2
, para h ≤ 3 (6.31)
( )
h
2
a a 260
k v = 5,00 , para h > 3 ou h
>[ h ] (6.32)
( )
tw
Figura 83 – Indicação de 𝑎, ℎ, 𝑡𝑤 e 𝑑
FONTE: Autor
𝑉𝑝𝑙 é a força cortante correspondente à plastificação da(s) alma(s) por cisalhamento dada (conforme item 5.4.3.1.2
da NBR 8800 (ABNT, 2008)) por:
Também, conforme item 5.4.3.1.3 da NBR 8800 (ABNT, 2008), quando forem necessários enrijecedores
transversais:
• Os enrijecedores transversais devem ser soldados na alma e nas mesas, podendo ser interrompidos do
lado da mesa inferior à uma distância de 4 .𝑡𝑤 a 6 .𝑡𝑤 (6.34) ntre as soldas mesa/alma e enrijecedor/alma.
𝐸
• A relação b/t dos enrijecedores: deve ser menor que 0,56√ - (6.35)
𝑓𝑦
2,5
onde j = [ a 2
] − 2 ≥ 0,5 (6.37)
( )
h
Neste caso, a NBR 8800 (ABNT, 2008), no item 5.5 apresenta que esta condição deve ser verificada, evitando que
a soma do percentual de 𝑆𝑑 /𝑅𝑑 não ultrapasse 100% da resistência da peça, ou seja, pode-se entender de forma resumida
que:
𝑁𝑆𝑑
a) para
𝑁𝑅𝑑
≥ 0,2
𝑁𝑆𝑑
b) para
𝑁𝑅𝑑
< 0,2
onde,
𝑁𝑆𝑑 é a força axial solicitante de cálculo de tração ou de compressão, a que for aplicável;
𝑁𝑅𝑑 é a força axial resistente de cálculo de tração ou de compressão, a que for aplicável,
determinada respectivamente de acordo com 5.2 ou 5.3;
𝑀𝑥,𝑆𝑑 e 𝑀𝑦,𝑆𝑑 são os momentos fletores solicitantes de cálculo, respectivamente em relação
aos eixos x e y da seção transversal;
Prof. Daniel Krobel
Estruturas Metálicas 105
EXERCÍCIO
Resolução:
Fd = ∑(Fg x Ỿg) + Fq1 x Ỿq + ∑(Fqn+1 x Ỿq x Ψo)
Sendo:
Fd = ação de cálculo
Fg = ação permanente
Fq = ação variável
Fq1 = ação variável de maior relevância
Ỿg = coeficiente de majoração para ações permanentes
Ỿq = coeficiente de majoração para ações variáveis
Ψo = coeficiente de minoração de ações
Então:
Qd = (Qviga x Ỿg + Qlaje x Ỿg + Qrev x Ỿg) + Qacid x Ỿq
Qd = (50 x 1,25 + 750 x 1,35 + 600 x 1,5) + 450 x 1.5 = 2.650 kgf/m
Qd = (50 x 1,00 + 750 x 1,00 + 600 x 1,0) + 450 x 1.5 = 2.075 kgf/m
Hipótese 1)
Qd = Qest x Ỿg
Qd = 12 x 1,25 = 15,00 kgf/m² (PIOR SITUAÇÃO)
Qd = 12 x 1,00 = 12,00 kgf/m²
Hipótese 2)
Qd = Qest x Ỿg + Qtelha x Ỿg
Qd = 12 x 1,25 + 18 x 1,40 = 40,20 kgf/m² (PIOR SITUAÇÃO)
Qd = 12 x 1,00 + 18 x 1,00 = 30,00 kgf/m²
Hipótese 3)
Hipótese 4)
Qd = Qest x Ỿg + Qtelha x Ỿg + Qmanut. x Ỿq
Qd = 12 x 1,25 + 18 x 1,40 + 25 x 1,50 = 77,70 kgf/m² (PIOR SITUAÇÃO)
Qd = 12 x 1,00 + 18 x 1,00 + 25 x 1,50 = 67,50 kgf/m²
Hipótese 5)
Qd = Qest x Ỿg + Qtelha x Ỿg + Qvento x Ỿq + Qmanut x Ỿq x Ψo
Qd = 12 x 1,25 + 18 x 1,40 + (– 70) x 1,40 + 25 x 1,50 x 0,8 = -27,8 kgf/m²
Qd = 12 x 1,00 + 18 x 1,00 + (– 70) x 1,4 + 25 x 1,5 x 0,8 = -38,0 kgf/m² (PIOR SITUAÇÃO)
Hipótese 6)
Qd = Qest x Ỿg + Qtelha x Ỿg + Qmanut x Ỿq + Qvento x Ỿq x Ψo
Qd = 12 x 1,25 + 18 x 1,40 + 25 x 1,5 + (– 70) x 1,40 x 0,6 = 18,90 kgf/m² (PIOR SITUAÇÃO)
Qd = 12 x 1,00 + 18 x 1,00 + 25 x 1,5 + (– 70) x 1,4 x 0,6 = 8,70 kgf/m²
Resolução:
Qviga = Qviga médio = média tabela Gerdau = 58,21 kgf/m = 60 kgf/m
Qk = 450 + 600 + 750 + 60 = 1.860,00 kgf/m = 18,6kgf/cm
Qd = ? (aprox. 2600kgf/m)
Flim ≥ Fmax
L ÷ 350 ≥ (5 x Qk x L4) ÷ (384 x E x Ix)
500 ÷ 350 ≤ (5 x 18,6 x 5004) ÷ (384 x (2x106) x Ix)
Ix ≥ 5.297,85 cm4
↓
(A) W250x38,5 (ok) → Qd?
(B) W200x52,0 (ok) → Qd?
(C) W310x28,3 (não ok) → Qd?
Resolução:
Etapa 1) Cálculo do Msd (momento máximo solicitante de
cálculo):
Msd = (Qd x L²) ÷ 8 = (1.500 x 3²) ÷ 8 = 1.687,5 kgf.m = 168.750,00 kgf.cm
𝐸 2000000
𝜆𝑝 = 1,76√ = 1,76√ = 42,38
𝑓𝑦 3450
1,38√𝐼𝑦 .𝐽 2
𝜆𝑟 = √1 + √1 + 27𝐶𝑤𝛽1 = 1,38√82 .1,72
√1 + √1 + 27.4181.0,0602² = 132,38
𝑟𝑦 .𝐽 . 𝛽1 𝐼𝑦 2,22 .1,72 .0,0602 82
𝑀𝑐𝑟 200.761,93
𝑀𝑟𝑑 = = = 182.510,84 𝑘𝑔𝑓. 𝑐𝑚
1,1 1,1
Portanto: Mrd > Msd → ok!
𝐸 2000000
𝜆p = 0,38√ = 0,38√ = 9,15
𝑓𝑦 3450
𝐸 2000000
𝜆𝑟 = 0,83 √ = 0,83 √ = 23,88
(𝑓𝑦 − 𝜎𝑟) (3450 − 0,3 . 3450)
Resolução:
Etapa 1) FLT:
𝐿𝑏 150
𝜆= = = 67,57
𝑟𝑦 2,22
𝐸 2000000
𝜆𝑝 = 1,76√ = 1,76√ = 42,38
𝑓𝑦 3450
1,38√𝐼𝑦 .𝐽 2
𝜆𝑟 = √1 + √1 + 27𝐶𝑤𝛽1 = 1,38√82 .1,72
√1 + √1 + 27.4181.0,0602² = 132,38
𝑟𝑦 .𝐽 . 𝛽1 𝐼𝑦 2,22 .1,72 .0,0602 82
Etapa 2) FLM:
𝑏 5,0
ʎ= = = 10,20
𝑡𝑓 0,49
𝐸 2000000
ʎp = 0,38√ = 0,38√ = 9,15
𝑓𝑦 3450
𝐸 2000000
𝜆𝑟 = 0,83 √ = 0,83 √ = 23,88
(𝑓𝑦 − 𝜎𝑟) (3450 − 0,3 . 3450)
γσ≤
Etapa 3) FLA:
ℎ 13,82
𝜆= = = 32,14
𝑡𝑤 0,43
𝐸 2000000
𝜆 p = 3,76√ = 3,76√ = 90,53
𝑓𝑦 3450
Qd ≤ 24,49 kgf/cm
7. LIGAÇÕES SOLDADAS E
PARAFUSADAS
7.1 INTRODUÇÃO
Nesta unidade abordaremos o dimensionamento de estruturas metálicas, que está diretamente relacionado com
a escolha das ligações entre as peças que compõem a estrutura metálica, desde a escolha dos perfis, como ângulos de
encontros, necessidades de soldas ou parafusos, acessos à estas ligações, etc., conforme visto no Item 6 da Unidade 1.
Tanto ligações soldadas quanto parafusadas levam inicialmente em consideração o comprimento da ligação, e
posteriormente, exige-se a verificação complementar do metal base.
A escolha do modo de ligação pelo projetista é algo de certa cautela, pois estas geralmente são regiões frágeis
estruturalmente ou que podem apresentar problemas de corrosão, ou acúmulo de agentes agressivos, como visto no Item
7 da Unidade 1.
CHAMADA: Todos os condicionantes relativos a dimensionamento de ligações metálicas devem obedecer ao disposto no
item 6 da NBR 8800 (ABNT, 2008), sendo apresentado a seguir, de forma resumida, alguns aspectos relativos a este item.
Segundo a NBR 8800/2008, item 6.2, todas as disposições da AWS D1.1 (American Welding Society) relativas a
ligações soldadas são aplicáveis a estruturas metálicas.
As soldas devem ser indicadas nos desenhos de projeto e detalhes como comprimento e retornos devem ser
indicados nos desenhos de fabricação.
Os processos de soldagem mais utilizados são:
Na Figura 84, Figura 85 e Figura 86 podemos observar o esquema do processo e equipamentos para soldagem por
eletrodo revestido.
FONTE: Autor
• Representado pela sigla SMAW (de Shield Metal Arc Welding), este processo, comumente chamado de
soldagem manual com eletrodo de vareta, é o mais antigo, simples e versátil entre todos.
• O arco elétrico, produzido entre o eletrodo e o metal base, provoca a fusão de eletrodo e do metal base,
enquanto a escória sobrenada sobre a região soldada (ver Figura 87e Figura 88).
• Também, o núcleo metálico (“alma”) possui de 250 a 500mm de comprimento e conduz a corrente
elétrica.
• O revestimento do eletrodo, ao ser consumido, cria gases de proteção em torno do metal fundido. Após
o resfriamento, a escória é retirada e o metal solidificado faz a união das duas peças.
FONTE: Autor
FONTE: Autor
Curiosidade: Ligas metálicas possuem aparência brilhosa, devendo ser observado os casos em que não possuem esta
característica, pois podem estar oxidadas, revestidas ou alteradas.
• O revestimento é uma camada de minerais com outros materiais, diâmetro típico entre 2 a 8mm. Sua
escória e gases (gerados no processo) protegem a atmosfera e podem conter elementos que são
incorporados à solda.
FONTE: Autor
A remoção da escória (casca) da solda por ser feita por ferramentas elétricas, automáticas ou manuais (piquetas),
conforme Figura 89 acima.
FONTE: Autor
FONTE: Autor
• Representado pela sigla GMAW (de Gas Metal Arc Welding), é também um processo automático ou
semiautomático, no qual o arame do eletrodo é consumido por um arco elétrico protegido por gás ou
mistura gasosa.
• O gás de proteção tem a múltipla função de controlar o arco, as características de transferência de metal
e de influenciar na penetração, na velocidade de soldagem, na largura de fusão e na forma da região
soldada.
As soldas devem ser indicadas em projeto, conforme Figura 93 a seguir, indicando o local a receber a solda,
observando os seguintes itens:
• Se a solda será em todo contorno da ligação;
• Se a solda será realizada em campo (in loco);
• O comprimento do trecho de solda;
• O distanciamento entre os centros dos trechos de soldas (soldas intermitentes);
• Se a solda deverá ser realizada no lado indicado pela seta ou no lado oposto a esta indicação;
• O tipo de solda a ser executada (ex. filete);
• A espessura da solda ou dimensão em relação a superfície (perna);
• Qual o tipo de eletrodo;
• Qual o processo de soldagem a ser adotado (eletrodo ou proteção gasosa).
Na Figura 94 são apresentados alguns modelos de representação de soldas em ligações por filete, indicando
comprimento, distanciamento (quando intermitente) e tamanho da perna.
Segundo a NBR 8800/2008, todas as disposições da AWS D1.1 (American Welding Society) relativas a ligações
soldadas.
Na Figura 95podemos observar algumas informações importantes ao dimensionamento de uma solda de filete,
como por exemplo:
Comprimento da solda - 𝐿𝑤
Perna da solda - 𝑑𝑤
Garganta efetiva - 𝑔
Área efetiva de solda - 𝐴𝑤 = 𝑔 . 𝐿𝑤 (7.1)
Área bruta de contato com o metal base - 𝐴𝑔 = 𝑑𝑤 . 𝐿𝑤 (7.2)
As dimensões mínimas para pernas (𝑑𝑤 ) de soldas de filete, estabelecidas pela NBR 8800, estão apresentadas na
Tabela 11 a seguir, devendo-se considerar para a determinação de 𝑑𝑤 a menor espessura do metal base conectado na
ligação.
Também a NBR 8800 orienta que soldas de filete, em lados opostos, devem ser interrompidas no canto comum a
ambas as soldas, na dimensão 𝑑𝑤 , conforme apresentado na Figura 96.
A compatibilidade entre o metal base e o metal da solda é apresentada pela NBR 8800 pela Tabela 12 dada a
seguir.
Na Tabela 13, são apresentados os de resistência mínima a tração do metal da solda (𝑓𝑤 ).
Quanto ao procedimento de dimensionamento de ligações, a NBR 8800 apresenta equações para a obtenção da
força resistente de cálculo da solda (𝐹𝑤,𝑅𝑑 ) para determinadas situações, conforme Tabela 14.
Porém, tomando-se por base que tanto o metal da solda (𝑓𝑤 ) quando a perna da solda (𝑑𝑤 ), respeitados os limites
de norma, são opções do projetista, tem-se como incógnita o comprimento da solda, aonde este deverá ter comprimento
suficiente para atender a condição 𝑅𝑑 ≥ 𝑆𝑑 .
Ou seja, tornando o comprimento de solda (𝐿𝑤 ) o valor de incógnita da equação da força resistente de cálculo da
solda, aonde esta (solda) pode ter direções diferentes para um determinado comprimento, e com a possibilidade de
inversão de ações solicitantes ou de inúmeras hipóteses de ações solicitantes, recomenda-se adoção de situações mais
drásticas para escolha da equação de 𝐹𝑤,𝑅𝑑 , conforme apresentado no item 7.2.3
➔ Determinação da somatória dos momentos (ΣM=0) e forças (ΣF=0) em função das soldas existentes e do esforço
solicitante.
➔ Cálculo dos comprimentos de solda a partir da resistência da solda:
0,6 .Aw .fw
Fw,Rd = (7.3)
1,35
➔ Verificação final da ligação por meio da resistência do metal base: (item 6.5 - NBR 8800)
0,6 .fy .Ag
FRd = (7.4)
1,1
6.2.6.2.2 O tamanho máximo da perna de uma solda de filete que pode ser usado ao longo de
bordas de partes soldadas é o seguinte:
a) ao longo de bordas de material com espessura inferior a 6,35 mm, não mais do que a
espessura do material;
b) ao longo de bordas de material com espessura igual ou superior a 6,35 mm, não mais do que
a espessura do material subtraída de 1,5 mm, a não ser que nos desenhos essa solda seja
indicada como reforçada durante a execução, de modo a obter a espessura total desejada da
garganta.
6.2.6.2.3 O comprimento efetivo de uma solda de filete (ver 6.2.2.2), dimensionada para uma
solicitação de cálculo qualquer, não pode ser inferior a 4 vezes seu tamanho de perna e a 40
mm ou, então, esse tamanho não pode ser considerado maior que 25% do comprimento
efetivo da solda.
Quando forem usadas somente soldas de filete longitudinais nas ligações extremas de chapas
planas tracionadas, o comprimento de cada filete não pode ser menor que a distância
transversal entre eles. Ver também o disposto em 5.2.5d).
6.2.6.2.4 Podem ser usadas soldas intermitentes de filete, dimensionadas para transmitir
solicitações de cálculo, quando a resistência de cálculo exigida for inferior à de uma solda
contínua do menor tamanho de perna permitido, e também para ligar elementos de barras
compostas. O comprimento efetivo de qualquer segmento de solda intermitente de filete não
pode ser menor que 4 vezes o tamanho da perna, nem menor que 40 mm. O uso de soldas
intermitentes requer cuidados especiais com flambagens locais e com corrosão.
(ABNT, 2008, p. 74)
Segundo a NBR 8800/2008, item 6.3, a força resistente de cálculo de um parafuso pode ser obtida para 3 situações
independentes (ver Figura 97), como:
• tração
• cisalhamento na rosca
• cisalhamento fora da rosca
Para determinação da força de tração resistente de cálculo, a NBR 8800 considera a redução de área do parafuso
em função da rosca (𝐴𝑏𝑒 ), sendo está multiplicada pela tensão de ruptura do aço do parafuso (apresentado na Unidade 3),
dividindo estes pelo coeficiente de segurança 𝛾𝑎2 (1,35), conforme apresentado na equação a seguir.
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Estruturas Metálicas 123
Abe fub
Ft,Rd = (7.5)
1,35
A resistência de cálculo de um parafuso submetido a esforços de cisalhamento, por sua vez, depende da posição
do plano de cisalhamento. Neste caso a NBR 8800 (ABNT, 2008) apresenta as seguintes equações:
a) para parafusos de alta resistência e barras redondas rosqueadas, quando o plano de corte
passa pela rosca e para parafusos comuns em qualquer situação:
0,4 𝐴𝑏 𝑓𝑢𝑏
𝐹𝑣,𝑅𝑑 = 1,35
(7.6)
b) para parafusos de alta resistência e barras redondas rosqueadas, quando o plano de corte
não passa pela rosca:
0,5 𝐴𝑏 𝑓𝑢𝑏
𝐹𝑣,𝑅𝑑 = 1,35
(7.7)
A Tabela 15 a seguir apresenta as dimensões máximas dos furos a ser realizado em elementos metálicos.
≤7/8 db + 1/16 db + 3/16 (db + 1/16) x (db + 1/4) (db + 1/16) x 2,5 db
Dimensões em
polegadas
≥ 1 1/8 db + 1/16 db + 5/16 (db + 1/16) x (db + 3/8) (db + 1/16) x 2,5 db
Tanto a NBR 8800 (ABNT, 2008) quanto alguns autores apresentam recomendações de distanciamento entre
centros de parafusos e bordas de chapas a fim de evitar principalmente colapso por rasgamento (item 3.2.2).
A NBR 8800 (ABNT, 2008), quanto ao espaçamento entre furos, ressalta que:
E quanto a distância entre o centro de um foro a borda a NBR 8800 (ABNT, 2008) solicita que sejam observadas as
condições apresentadas na Tabela 16:
Alguns autores também apresentam algumas sugestões de espaçamentos entre furos e bordas conforme Tabela
17 a seguir.
De forma geral, pode se entender que as ligações tendem a romper-se por cisalhamento ou rasgamento, conforme
apresentado na Figura 26, devendo estas fazer parte da verificação da ligação, conforme apresentado nos itens 6.5.5 e
6.5.6 da NBR 8800 (ABNT, 2008).
verificado junto a ligações em extremidades de vigas com a mesa recortada para encaixe e em situações similares, tais
como em barras tracionadas e chapas de nó (...). A força resistente de cálculo ao colapso por rasgamento é dada por:
1 1
𝐹𝑟,𝑅𝑑 = (0,60 𝑓𝑢 𝐴𝑛𝑣 + 𝐶𝑡𝑠 𝑓𝑢 𝐴𝑛𝑡 ) ≤ (0,60 𝑓𝑦 𝐴𝑔𝑣 + 𝐶𝑡𝑠 𝑓𝑢 𝐴𝑛𝑡 ) (7.9)
𝛾𝑎2 𝛾𝑎2
onde:
𝐴𝑔𝑣 é a área bruta sujeita a cisalhamento;
𝐴𝑛𝑣 é a área líquida sujeita a cisalhamento;
𝐴𝑛𝑡 é a área líquida sujeita à tração.
𝐶𝑡𝑠 é ihual a 1,0 quando a tensão de tração na área líquida for uniforme, e igual a 0,5 quando for não-uniforme
(...).
(ABNT, 2008, p. 87)
A obtenção dos valores de 𝐴𝑔𝑣 , 𝐴𝑛𝑣 , 𝐴𝑛𝑡 e 𝐶𝑡𝑠 pode ser através da Figura 26 a seguir.
LEITURA COMPLEMENTAR
Como visto, as ligações podem ser classificadas em soldadas ou parafusadas e, segundo o item 6.1.9.1 da NBR
8800 (ABNT, 2008), parafusos não podem ser considerados trabalhando em conjunto com soldas, exceto em ligações a
cisalhamento, nas quais parafusos instalados em furos-padrão ou furos pouco alongados com a maior dimensão transversal
à direção da força podem ser considerados trabalhando conjuntamente a filetes longitudinais de solda, desde que
considerada menos de 50% da força resistente de cálculo do grupo de parafusos.
Assim, quando classificamos as ligações em parafusadas ou soldadas, na maioria das vezes, o cálculo da ligação
implica na verificação de grupos de parafusos ou de linhas de solda.
Pelas próprias características dos meios de ligação, nas ligações de fábrica é preferível o uso da solda, enquanto
nas ligações de campo utilizam-se preferencialmente os parafusos.
Na análise e dimensionamento de estruturas metálicas sabe-se que não é suficiente classificar a ligação como
indicado acima. Também devem ser consideradas outras classificações.
Segundo a Rigidez
É fato que o comportamento mecânico das ligações influi sensivelmente na distribuição dos esforços e
deslocamentos das estruturas, tornando-se essencial o conhecimento da rigidez e da capacidade de rotação da ligação.
A análise de esforços na estrutura metálica deve incluir a influência do comportamento das ligações entre os
elementos estruturais. Como nesta fase, em geral, as ligações não estão dimensionadas, a análise pode ser feita baseada
no comportamento estimado.
Depois de dimensionadas as ligações, se o seu comportamento não for consistente com aquele estimado, a
estrutura deve ser recalculada até a convergência do processo.
Nas estruturas reticuladas, o comportamento das ligações pode ser traduzido pela curva momento fletor-rotação
(Mi -Φi ), como simplificadamente ilustrado na figura 12. Com base nesta curva obtêm-se as três propriedades
fundamentais de uma ligação:
- a rigidez (Si );
- o momento resistente (Mi ,Rd );
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Estruturas Metálicas 129
O conhecimento da rigidez das ligações é fundamental para a análise elástica das estruturas. Quando se utilizam
métodos plásticos de análise também é fundamental conhecer a resistência e a capacidade de rotação das ligações.
Assim, além das barras que compõem a estrutura, também as ligações deverão ser convenientemente concebidas
e dimensionadas, sob pena da estrutura não se comportar conforme desejado.
Dessa forma as ligações deverão ser projetadas conforme as hipóteses feitas para os nós das barras na análise
estrutural:
- nos locais onde foram previstas ligações rígidas, deverão ser previstos detalhes que efetivamente impeçam a
rotação relativa das partes;
- nos locais onde a ligação deve permitir a rotação relativa das partes, os detalhes deverão ser tais que propiciem
essa rotação com o mínimo de restrição.
FONTE: Extraído do livro: VASCONCELOS, A. L. Ligações em estruturas metálicas. Rio de Janeiro: Instituto Aço Brasil : CBCA,
2017, p.37-40.
EXERCÍCIOS
Observação: analisando-se os resultados dos exercícios 1 a 3, quanto mais resistente o eletrodo, menor o comprimento da
solda calculado, porém este comprimento menor é insuficiente na verificação quanto ao cisalhamento do metal base,
necessitando-se assim de um comprimento maior, ou seja, aços não tão resistentes não necessitam de eletrodos de alta
resistência, corroborando a informação da NBR 8800 apresentado na Tabela 05 Compatibilidade do metal-base com o metal
da solda.
Observações:
- 𝑉𝑆𝑑 = 22,5 𝑘𝑁 (2250kgf)
Observação: De forma conservadora, sugere-se adotar as maiores distâncias a fim de minimizar rupturas por rasgamento
e cisalhamento.
6- Com base nos exercícios 4 e 5 verifique a viga quanto ao colapso por rasgamento.
𝐶𝑡𝑠 = 1,0
Exercícios Resolvidos
Assunto: Combinações de Ações
Exercício 1: Determine a ação de cálculo para:
b) Viga de piso com:
• Qacid = 450 kgf/m (variável)
• Qrev = 600 kgf/m (permanente)
• Qlaje = 750 kgf/m (permanente)
• Qviga = 50 kgf/m (permanente)
Resolução:
Fd = ∑(Fg x Ỿg) + Fq1 x Ỿq + ∑(Fqn+1 x Ỿq x Ψo)
Sendo:
Fd = ação de cálculo
Fg = ação permanente
Fq = ação variável
Fq1 = ação variável de maior relevância
Ỿg = coeficiente de majoração para ações permanentes
Ỿq = coeficiente de majoração para ações variáveis
Ψo = coeficiente de minoração de ações
Então:
Qd = (Qviga x Ỿg + Qlaje x Ỿg + Qrev x Ỿg) + Qacid x Ỿq
Qd = (50 x 1,25 + 750 x 1,35 + 600 x 1,5) + 450 x 1.5 = 2.650 kgf/m
Qd = (50 x 1,00 + 750 x 1,00 + 600 x 1,0) + 450 x 1.5 = 2.075 kgf/m
Resolução:
Hipótese 1)
Qd = Qest x Ỿg
Qd = 12 x 1,25 = 15,00 kgf/m² (PIOR SITUAÇÃO)
Qd = 12 x 1,00 = 12,00 kgf/m²
Hipótese 2)
Qd = Qest x Ỿg + Qtelha x Ỿg
Qd = 12 x 1,25 + 18 x 1,40 = 40,20 kgf/m² (PIOR SITUAÇÃO)
Qd = 12 x 1,00 + 18 x 1,00 = 30,00 kgf/m²
Hipótese 3)
Qd = Qest x Ỿg + Qtelha x Ỿg + Qvento x Ỿq
Qd = 12 x 1,25 + 18 x 1,40 + (– 70) x 1,40 = -57,80 kgf/m²
Qd = 12 x 1,00 + 18 x 1,00 + (– 70) x 1,40 = -68,00 kgf/m² (PIOR SITUAÇÃO)
Hipótese 4)
Qd = Qest x Ỿg + Qtelha x Ỿg + Qmanut. x Ỿq
Qd = 12 x 1,25 + 18 x 1,40 + 25 x 1,50 = 77,70 kgf/m² (PIOR SITUAÇÃO)
Qd = 12 x 1,00 + 18 x 1,00 + 25 x 1,50 = 67,50 kgf/m²
Hipótese 5)
Qd = Qest x Ỿg + Qtelha x Ỿg + Qvento x Ỿq + Qmanut x Ỿq x Ψo
Qd = 12 x 1,25 + 18 x 1,40 + (– 70) x 1,40 + 25 x 1,50 x 0,8 = -27,8 kgf/m²
Qd = 12 x 1,00 + 18 x 1,00 + (– 70) x 1,4 + 25 x 1,5 x 0,8 = -38,0 kgf/m² (PIOR SITUAÇÃO)
Hipótese 6)
Qd = Qest x Ỿg + Qtelha x Ỿg + Qmanut x Ỿq + Qvento x Ỿq x Ψo
Qd = 12 x 1,25 + 18 x 1,40 + 25 x 1,5 + (– 70) x 1,40 x 0,6 = 18,90 kgf/m² (PIOR SITUAÇÃO)
Qd = 12 x 1,00 + 18 x 1,00 + 25 x 1,5 + (– 70) x 1,4 x 0,6 = 8,70 kgf/m²
𝐸
𝜆𝑝 = 1,76√𝑓𝑦 = 1,76√2000000
3450
= 42,38
(𝑓𝑦−𝜎𝑟).𝑊 (3450− 0,3.3450).85,8
𝛽1 = = = 0,0602
𝐸𝐽 (2000000 .1,72)
1,38√𝐼𝑦 .𝐽 2
𝜆𝑟 = √1 + √1 + 27𝐶𝑤𝛽1 = 1,38√82 .1,72
√1 + √1 + 27.4181.0,0602² = 132,38
𝑟𝑦 .𝐽 . 𝛽1 𝐼𝑦 2,22 .1,72 .0,0602 82
𝑀𝑐𝑟 200.761,93
𝑀𝑟𝑑 = = = 182.510,84 𝑘𝑔𝑓. 𝑐𝑚
1,1 1,1
Portanto: Mrd > Msd → ok!
𝐸 2000000
𝜆p = 0,38√ = 0,38√ = 9,15
𝑓𝑦 3450
𝐸 2000000
𝜆𝑟 = 0,83 √ = 0,83 √ = 23,88
(𝑓𝑦 − 𝜎𝑟) (3450 − 0,3 . 3450)
Exercício 2: Determine a máxima carga de cálculo (Qd) para a viga com travamento central a seguir:
• W150x13 (A-572)
• Qd = ?
Resolução:
Etapa 1) FLT:
𝐸
𝜆𝑝 = 1,76√𝑓𝑦 = 1,76√2000000
3450
= 42,38
(𝑓𝑦− 𝜎𝑟).𝑊 (3450− 0.3.3450).85,8
𝛽1 = = = 0,0602
𝐸𝐽 (2000000 .1,72)
1,38√𝐼𝑦 .𝐽 2
𝜆𝑟 = √1 + √1 + 27𝐶𝑤𝛽1 = 1,38√82 .1,72
√1 + √1 + 27.4181.0,0602² = 132,38
𝑟𝑦 .𝐽 . 𝛽1 𝐼𝑦 2,22 .1,72 .0,0602 82
Etapa 2) FLM:
𝑏 5,0
ʎ = 𝑡𝑓 = = 10,20
0,49
𝐸 2000000
ʎp = 0,38√ = 0,38√ = 9,15
𝑓𝑦 3450
𝐸 2000000
𝜆𝑟 = 0,83 √ = 0,83 √ = 23,88
(𝑓𝑦 − 𝜎𝑟) (3450 − 0,3 . 3450)
γσ≤
Etapa 3) FLA:
ℎ 13,82
𝜆= = = 32,14
𝑡𝑤 0,43
𝐸 2000000
𝜆 p = 3,76√ = 3,76√ = 90,53
𝑓𝑦 3450
Resolução:
Etapa 1) Verificação ao escoamento da seção bruta:
Ag . fy 3,10 . 2500
Nt, Rd = = = 7.045,45 kgf
1,1 1,1
Portanto: Nt,Rd > Nt,Sd → ok!
Barras comprimidas
Exercício 1: Verifique o pilar metálico de reforço considerando:
A)
• W150x13 (A572 gr50) → fy = 3450kgf/cm²
• Nc,sd = 15.000,00 Kgf
• L = 3m (k=1,0)
Resolução:
Etapa 1) Cálculo do Nex:
𝜋 2 .𝐸 .𝐼𝑥 2
Nex = (𝑘𝑥𝐿𝑥)2 = 𝜋 (1,00
.2000000 .635
. 300)2
= 139.271,08 kgf
𝐼𝑦 + 𝐼𝑥 82 + 635
𝑟𝑜 = √ =√ = 6,57 𝑐𝑚
𝐴𝑔 16,6
1 𝜋2 𝐸 𝐶𝑤 1 𝜋2 . 2000000 . 4181
Nez = . [ (𝑘𝑧𝐿𝑧)2 + 𝐺𝐽 ] = .[ + 770000 . 1,72 ] = 51.926,35 𝑘𝑔𝑓
𝑟𝑜2 6,57² (1,00 .300)2
REFERÊNCIAS
FONTE: Disponível em: <https://www.lpbrasil.com.br/wp-content/uploads/2017/08/Catalogo_Tecnico_Mezanino.pdf>.
Acesso em: 05-jan-2021.
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ANDRADE, P. B. Curso básico de estruturas de aço. Belo Horizonte: IEA Editora, 1994.
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8800: projeto de estruturas de aço e de estruturas
mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.