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Ada E.

Yonath (1939)
Desde a vitória de Dorothy Crowfoot, precisou de mais
45 anos para que outra mulher fosse premiada com o
prémio Nobel da Química. Nascida em Jerusalém, Ada
Yonath cresceu em uma família pobre. Quem sustentava
a casa era o pai, mas quando a menina tinha 11 anos,
ele faleceu. Sem uma fonte de renda fixa, ela e mãe
começaram a trabalhar e Ada foi de tudo um pouco,
desde empregada, a babá e até professora particular.
Porém, mesmo com os esforços das aulas, a situação
financeira não melhorou e elas se mudaram para Tel
Aviv, para viverem próximas do resto da família.
Apesar da constante falta de dinheiro e da baixa
instrução, nem o pai nem a mãe de Ada deixaram que
ela ficasse longe da escola. Quando ela era nova
estudou numa prestigiada escola judaica chamada Beit Hakerem e, após
formada, continuou os seus estudos na Hebrew University de Jerusalém, onde
seguiu o curso de química, bioquímica e físico-química.

No final dos anos setenta, começou aquele que seria o maior trabalho da
sua vida. Ao estudar o processo de biossíntese das proteínas, precisou de
entender melhor como a estrutura tridimensional dos ribossomos,
responsáveis pela síntese das proteínas e enzinas nas células, funcionava. Este
processo intrigava cientistas há anos e ela dedicou toda a sua vida a isso.
Foram mais de 20 anos para que a pesquisa inicial fosse concluída, mas o
objetivo de Yonath ainda não estava completo. Com a estrutura em mãos,
Yonath começou a estudar como a forma afetava as ações do ribossomo e
como os antibióticos bloqueavam as ações de ribossomos bacterianos.

O trabalho foi concluído na década de 2000 e foi premiado o Nobel de


Química em 2009, junto com os outros dois cientistas que fizeram parte da
pesquisa: Venkatraman Ramakrishnan e Thomas Steitz. Segundo ela, o prémio
estimulou vários jovens cientistas pelo mundo e, em Israel, agora dizem
“cabelo encaracolado uma mente cheia de ribossomos”, em referências ás
madeixas da cientista.

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