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Aristóteles (384-322 a.C.

É bem normal ouvir esse nome nas aulas de filosofia, só que até aqui, na
biologia, ele fez grandes contribuições. Foi em Estagira, parte da Macedônia, em
384 a.C., que ele nasceu. Suas teorias e pensamentos, até hoje são debatidas e
muitas aplicadas no mundo moderno, passadas nas escolas e até mesmo em
universidades. Vindo de uma família rica, e sempre bem vestido, esse notável
filósofo foi, muitas vezes, chamado de arrogante e presunçoso por seus críticos.
Talvez fosse pelas convicções de suas teorias e incontestável autoridade do
pensamento ocidental.

Sua jornada começou ainda jovem, estava em seus 18 anos, quando entrou
para a Academia de Platão, e começou o início de sua carreira. Seu destaque veio
rápido, e se tornou um dos maiores alunos que passou pela Academia. Onde ficou
vinte anos de sua vida; inicialmente como aluno, e depois como professor. Após o
falecimento de Platão, e não obtendo o cargo como seu sucessor, partiu para uma
ilha grega de Lesvos, a convite de um aluno. Foi exatamente lá, onde ele contribuiu
para o que conhecemos hoje, como biologia. Ele entendeu, observou, estudou e
catalogou de forma sistemática, os animais e a vida selvagem da ilha. Criando
assim, o livro Historia Animalium, onde descreve todas as suas descobertas, quanto
a distinção de cada animal observado. Após esse livro, também escreveu o De
Partibus Animalium, onde tentou explicar o porquê das características notadas no
livro anterior. Nesses livros, ele catalogou os seres em três divisões: animais,
plantas e vegetais, cada um sendo separado pelo paradigma em comum que tinham
uns com os outros. Sendo assim, iniciada a classificação dos organismos.

Carl Linné (1707-1778)

Muito conhecido pelo seu nome na versão latina, Carolus Linnaeus, foi uma
figura importantíssima na taxonomia. Nasceu em Rashutl, em 23 de maio 1707, ao
sul da Suécia. Seu interesse e admiração pela botânica começou desde cedo, seu
pai era um jardineiro, e desde jovem se viu encantado pelos nomes das plantas.
Apesar de sua paixão notável pela botânica, cursou medicina na Universidade de
Lund, posteriormente transferindo-se para Universidade Upsala e terminando o
curso somente na Universidade de Harderwijk. Neste último citado, foi a última
viagem da sua expedição botânica, ele havia passado por outros dois lugares, até
chegar na Holanda, onde obteve seu grau de Doutor em Medicina.

Movido por sua fascinação por botânica, alguns anos depois publicou a
primeira de suas obras, Systema Naturae, onde classificou seu primeiro sistema de
seres vivos. Sistema no qual, foi aprimorando-se conforme o decorrer do tempo e de
suas experiências, que rendeu ainda outros volumes. Se passaram dois anos, 1737,
até publicar o próximo volume, o Genera Pantarum. Chegou a escrever mais de
trezentos artigos científicos e por volta de setenta livros. Para classificação das
espécies, ele utilizou a nomenclatura binominal; que se consiste na divisão de cada
organismo, por nome de gênero e nome da espécie em latim, embora tenha trago
para esse já existente sistema, a sua consolidação com uma nova visão: um
moderno sistema de Reinos, Classes, Gêneros e Espécies.

Carl Richard Woese (1928-2012)

Muito conhecido como Carl Woese, o microbiologista norte-americano nasceu


em 15 de julho, em New York, Syracuse. Porém foi só em Massachusetts, na
Faculdade Amherst, que se formou em física e matemática, na década de 50. E foi
lá, que pela influência de um professor, partiu para Connecticut, numa pós-
graduação em biofísica, e três anos depois, conseguindo seu doutorado na
Universidade de Yale. Foram longos anos de estudo em busca da verdade, pois
acreditava que toda a vida na Terra progrediu de um único ancestral.

Foi só em 1977, com ajuda do microbiologista Ralph S. Wolfe, que chegou em


uma descoberta que diferia o modelo atual da taxonomia: redesenhou o modelo
anterior, ao incluir um novo nível de organização, os domínios. Esse atual esquema,
tem como base as relações filogenéticas entre os seres vivos, no qual se dividiam
em três domínios: Archea, Bacteria e Eucaryota. Assim formando uma nova árvore
da vida, onde outras formas de vidas tivessem seu lugar, e pudessem ser
observadas e estudadas, cada uma com seu devido valor na evolução. Embora suas
contribuições não pararam por aí, ele inventou uma nova técnica genética para
estudar a história evolutiva das células, ao analisar o rRNA.

Coleções didáticas e científicas


Esses dois métodos são muito utilizados no processo de ensino, e apesar das
particularidades de cada um, ambos têm suas importâncias, chegando a ser
indispensáveis. Nas coleções didáticas, a mensagem é passada de forma clara;
através de forma visual, mostrar para os alunos, as mudanças morfológicas que os
espécimes passaram. Apesar de nem sempre serem tratados com o devido cuidado;
sem etiquetagem necessária ou mesmo uma organização sistemática, porém ainda
é uma forma dos alunos, e pessoas em geral, entrar em contato com a natureza e a
história da evolução. Embora é possível ter um objeto de grande importância em
mãos, quando são sistematicamente organizados, montados e preservados, sendo
mais uma fonte de conhecimento científico.

Já a coleção científica, tem um comprometimento maior, trazendo uma fonte


confiável e fidelidade com os espécimes. Tudo organizado de forma sistemática;
com datas, como e onde foram coletados, e até mesmo o material usado. Obtendo
até informações vitais sobre o processo, visando que outra pessoa possa recriar o
experimento.

Coleções biológicas

As coleções biológicas são de suma importância para a comunidade


científica, pois através delas, conseguem compreender os ecossistemas estudados,
e obter uma maneira de ter acesso a essas informações, estando longe do ambiente
estudado. Com a chegada da tecnologia no final do século XX, alavancou as mais
diversas maneiras de estudos e a ciência, com isso elevando as formas de acesso
aos acervos. Atualmente, os maiores herbários do mundo, estão disponibilizando
acesso aos seus acervos pela internet, além de poder incluir sua descoberta na
coleção. Uma das coleções mais abundantes, está em Paris, no Muséum National
d’Histoire Naturelle, com aproximadamente 8 milhões na coleção de herbários. Em
New York, no New York Botanical Garden, são 7 milhões e 800 mil entre espécimes
de fungos e plantas preservados. Em São Petersburgo, chegam a passar um pouco
mais dos 6 milhões no acervo de herbários, contendo 120 mil tipos de espécimes. E
por último, mas tão importante quanto os outros, no Royal Botanic Gardens Kew, em
Londres, contendo cerca de 7 milhões de espécimes preservados no herbário,
sendo plantas dos mais diversos lugares do mundo.
Bibliografia

http://euquerobiologia.com.br/2018/04/historia-da-biologia

https://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/paulosergio/biografia.html

http://knoow.net/ciencterravida/biologia/lineu-carl/

http://naturlink.pt/article.aspx?cid=13475&menuid=17&bl=1&viewall=true

http://formatempoeespaco.blogspot.com/2009/09/os-museus-e-as-colecoes-
didaticas_03

http://online.unisc.br/acadnet/anais/index.php/salao_ensino_extensao/article/view/
13817

http://sibbr.gov.br/areas/index.php?area=colecoes&subarea=conheca-as-colecoes-
brasileiras

https://www.famousscientists.org/carl-woese/

https://www.britannica.com/biography/Carl-Woese

https://www.pucpr.br/escola-de-ciencias-da-vida/infraestrutura/herbario/

https://www.kew.org/science/collections-and-resources/collections/herbarium

https://www.mnhn.fr/en/collections/collection-groups/botany

http://sweetgum.nybg.org/science/ih/herbarium_details.php?irn=126956

https://www.nybg.org/plant-research-and-conservation/tour/virtual-herbarium/

https://www.binran.ru/resources/current/herbaria/herbariums/136-eng.html

http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-
67252003000300016#tab02

Livros: Aristóteles Poética e Tópicos I,II,II E IV (O essencial da filosofia)

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