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Bom Dia, hoje estamos aqui para vos falar de um prestigiado Naturalista sueco, Carl Linneau,
considerado o primeiro cientista a formular princípios que definissem o gênero de espécies de
organismos de forma a criar um sistema uniforme que os nomeasse, processo a que chamou
Nomenclatura Binomal.

Carl Linneau nasceu em meados de 1707 na Suécia, criado pelo seu pai pároco junto dos seus 4
irmãos. Devido à forte ligação familiar ao mundo da Igreja, foi desde cedo persuadido a seguir as
pegadas religiosas dos seus antepassados.

Linneau pouco ou nada se interessava pelo futuro que lhe impuseram e anos mais tarde, ao
ingressar no ensino superior, não obteve resultados suficientes para prosseguir com os estudos
clérigos, porém, demonstrava uma forte paixão e interesse pelo mundo Botânico que impressionou
um médico da sua cidade. Devido ao seu conhecimento sobre a área foi enviado para a universidade
de Lund, em 1727, onde recebeu ajudas financeiras e onde particularmente aprendeu imenso acerca
da Medicina e das ciências Naturais.

Em 1728, foi transferido para a Universidade de Uppsala, considerado um dos centros acadêmicos
mais importante da Europa nessa época, onde continuou os seus estudos.

Durante esse tempo conviveu com importantes figuras Naturalistas, como Olof Rudbeck e Lars
Roberg, que lhe proporcionaram oportunidades, que devido às suas posses financeiras não poderia
ter tido.

Uma dessas oportunidades foi o contacto próximo à obra de Sebatien Vaillant, Sermo de Structura
Florum, após o qual se convenceu que tanto os estames como os pistilos das flores seriam bases
cruciais para a classificação das plantas. Após esta descoberta, escreveu um estudo sobre o assunto
que o levou ao cargo de professor adjunto na universidade onde estudava. Começou então a
lecionar em 1730.

Em 1732, a Academia de Ciências de Uppsala contribuiu financeiramente para a sua expedição na


Lapônia, explorando o desconhecido completamente sozinho. Dedicou-se à expedição durante cerca
de 5 meses, com o objetivo de desenhar a fauna e flora, além de escrever sobre os costumes da
população local. O resultado da exploração foi o livro “Flora lapponica”, publicado em 1737.

Ainda em 1735, para obter um doutoramento era usual a partida de suecos para os Países Baixos.
Assim Linneau partiu para a universidade de harderwijk onde obteve um doutoramento em
medicina, com um trabalho sobre a malária. Lá conheceu ainda Jan Frederick a quem lhe apresentou
o rascunho do seu trabalho em taxonomia, o “Systema Nature”, que consistia na especificação dos
três reinos da Natureza: o vegetal, o animal e o mineral.

Era evidente que a verdadeira paixão de Lineeau se centrava na taxonomia, área responsável por
identificar, nomear e classificar os seres vivos. Publicando mais de 70 livros acerca do assunto e mais
de 300 artigos sobre o tema da classificação, a maioria deles trouxe novas ideias e atualizações que
contribuíram para a evolução de um sistema que até hoje sofre modificações.

Carl Linneu, não só dedicou a sua vida à Botânica e à Medicida, como contribuiu ainda para a
educação. Exemplo disso foi a criação da academia real das ciências da suécia, uma sociedade
científica independente que visa a promover as ciências e a matemática.
O autor prolífero, destaca ao longo das suas obras e artigos a descoberta de mais de 100 espécies
vegetais e muitas observações de outros ramos das ciências Naturais.

Os últimos anos de vida do Naturalista foram afetados por problemas de saúde, acabando assim por
falecer em 1778.

O seu legado nunca será esquecido visto que as suas descobertas serviram de catapulta para a
escalada ascendente da ciência no nosso século.

Como já afirmamos, foi ele quem propôs classificar os seres vivos em categorias taxonômicas, a
partir da análise de semelhanças entre grupos de indivíduos. Assim, definiu o termo espécie como
taxa mais específico, sendo procedido do gênero, família, ordem, classe, filo e reino.

Cada espécie possui um ou mais nomes vulgares, e que podem variar de cultura para cultura; e a um
mesmo grupo de animais, pode ser atríbuido um único nome. Por exemplo: mosquito,

carapanã, pernilongo e muriçoca são nomes que se dão a indivíduos de insetos Subordem

Nematocera. Considerando este fator, Lineu propôs um sistema de nomenclatura biológica,

com a finalidade de padronizar a forma de nomear espécies, facilitando a comunicação entre

os cientistas e público interessado. Assim, cada espécie possui um nome científico específico, sendo
este utilizado universalmente, em qualquer lugar do planeta no ramo da ciência.

Este sistema, também denomidado como sistema lineano em homenagem ao cientista, sugere que:

- Todos os nomes científicos devem possuir duas palavras;

- A primeira palavra do nome científico refere-se ao gênero do indivíduo;

- A segunda palavra do nome científico é o epíteto específico: um nome que caracteriza a

espécie. Este pode ser alguma característica específica dos seus indivíduos, ou mesmo uma

homenagem, do cientista que registou a espécie, a alguém ou a alguma coisa;

- A primeira letra da primeira palavra do nome científico deve estar em maiúsculo. As demais,

em minúsculo, assim como o epíteto específico;

- O nome científico deve ser escrito em itálico.

- Se o mesmo nome for escrito mais de uma vez num mesmo documento, a partir da segunda

pode-se abreviar o gênero: Helicobacter pylori (...) H. pylori;

- Algumas espécies podem possuir três nomes, como é o nosso caso: Homo sapiens sapiens. O

primeiro nome refere-se ao gênero. O primeiro e o segundo, à espécie; e todos eles, à

subespécie.

Para finalizar gostaríamos de realçar a importância de cientistas como Carl, que dedicaram toda a
sua vida em prole da descoberta do mundo e da evolução das gerações futuras. A sua contribuição
mais notável foi de facto a introdução da nomenclatura binomial, mas apresenta ainda enorme peso
na literatura do seu século.
Obrigada

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