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4. UMA CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA UNIVERSAL: CAROLUS LINNAEUS.

O livro debate também que, logo após a revolução cientifica e com as descobertas de novas
espécies de animais e plantas, realizadas pelas explorações do “novo mundo”, botânicos do
mundo todo tentavam criar um sistema de classificação e nomenclaturas para as mesmas e
rivalizavam entre si para ver quem se destacava nesse meio. Como por exemplo: o Italiano Andrea
Cesalpino, que agrupava as espécies de plantas de acordo com o tipo de produção de sementes;
ou o suiço Konrad Gesner, que catalogava as plantas através dos frutos que as mesmas
produziam. Porém quem recebeu realmente destaque no meio da classificação foi o suiço: Carolus
Linnaeus, que notou a importância de uma taxonomia mundial baseada nas características e
relações entre todos os seres vivos.
Motivado pelo abundante jardim de sua família, Linnaeus aos 8 anos já era chamado de
“pequeno botânico”, e aos 22 já estudava na biblioteca do ilustre botânico Olof Celsius, que ficou
tão fascinado pelo acervo de mais de 600 espécies de plantas do jovem rapaz que o encorajou
para a criação de um sistema de classificação de plantas. Linnaeus realizava viagens de
exploração pelo “novo mundo”, em busca de espécies desconhecidas de plantas e ainda fornecia
viagens para seus alunos, dos quais vale destacar Daniel Solander, que em companhia com
James Cook descobriram as primeiras espécies de plantas da Austrália e do Pacífico Sul.
Ademais, Aristóteles originou ainda um sistema de nomenclatura binominal, onde cada ser vivo
recebia dois nomes, um do gênero ou família e o outro, o de alguma característica particular que
remetesse e distinguisse cada espécie dentro de sua família.
Em 1753, publicou seu mais importante trabalho “Species Plantarum”, onde nomeou e
descreveu cerca de 7.300 espécies de plantas, no qual utilizou um sistema de classificação
binomial. (Que constituía de dois nomes, um do gênero e o outro da espécie, ele fez isso para
cada ser vivo.) Desse modo, todas as espécies pertencentes ao mesmo gênero recebiam o
primeiro nome igual e em latim, e na maioria das vezes relacionando a alguma característica que
a espécie possuía. Como por exemplo o gênero: “Helianthus”, que em latim significa “flor do sol”,
pois suas flores remetiam a um disco solar. De mesmo modo, a espécie “Rosa canina”,
antigamente chamada de “Rosa sylvestris inodora seu canina”. Linnaeus foi revolucionário no
sistema de classificação, pois ele tinha o intuito de simplificar a descrição das espécies.
A forma que Linneaus classificou os seres hierarquicamente também obteve sucesso. Primeiro
estavam os reinos, que eram subdivididos em ordens, logo após estavam os gêneros e, por último,
ficavam as espécies. Seu sistema não agradou a todos, porém foi aceito e de extrema importância
para a taxonomia moderna, onde incluiram também categorias de “domínio”, “filo” e “família”.

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