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O nome Rito Escocês Antigo e Aceito foi anunciado para o mundo maçônico após a
criação do primeiro Supremo Conselho em Charleston, Estados Unidos, em 31 de maio de
1801.
Antes de 1801, fora fundado pelo Conde de Grasse-Tilly, um Supremo Conselho nas
Índias Ocidentais Francesas, com 33 graus. Entretanto, esse Supremo Conselho foi ignorado e
abafado pelo Supremo Conselho norte-americano, que conseguiu fazer-se constar como o
Supremo Conselho-Mãe do Mundo.
Nos três primeiros anos de vida do Supremo Conselho norte americano, o Rito
Escocês Antigo e Aceito permaneceu sem ritual próprio. Os Altos Graus funcionaram com os
Graus de Perfeição do Rito de Heredom, acrescentados dos oito novos graus que totalizavam
os 33. Os novos graus não eram Iniciáticos e ganharam conteúdo mais administrativo que
litúrgico. Os Graus Simbólicos, na época conhecidos como Maçonaria Azul, foram os da
ritualística norte americana.
O segundo Supremo Conselho criado foi o de France, em 1804, quando também foi
confeccionado o primeiro ritual dos graus simbólicos do Rito, o “Guide des Maçons Écossais”.
Foi idealizado pelos maçons franceses, apelidados de “escoceses”, que fundaram nesse
mesmo ano, 1804, uma nova Obediência Maçônica em Paris: a “Grande Loja Geral Escocesa”,
mais uma Loja-Mãe do Rito Antigo Aceito, um modelo ritualístico recebido dos maçons
integrantes da Grande Loja dos “Antigos” de Londres. A Grande Loja Geral Escocesa de Paris
uniu particularidades do Rito Antigo Aceito, de origem operativa, praticado na Escócia, com a
natureza hebraica do Rito de Perfeição e organizou um ritual para os graus ditos simbólicos do
Rito Escocês Antigo e Aceito.
O Supremo Conselho fundado em 1801, nos Estados Unidos, veio para organizar a
maçonaria praticada nos chamados Altos Graus, entre os quais estavam os do Rito de
Heredom, criado a partir de 1758 e usado como referência para a criação do Rito Escocês
Antigo e Aceito. O novo Rito se constituiu literalmente de 33 graus. Na prática, dos 33 graus, o
Supremo Conselho de Charleston interessou-se em comandar do 4 ao 33, não se envolvendo
com os três primeiros para evitar conflito com a maçonaria norte americana das Lojas Azuis.
Desistiu de qualquer tipo de ingerência nos graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre do Rito
Escocês Antigo e Aceito. E com essa mesma concepção, o Rito chegou na França, em 1804,
através do Supremo Conselho fundado em Paris, dentro do Grande Oriente de France, que
tinha o Rito Moderno, ou Francês, como oficial. Inicialmente, o Supremo Conselho de France
manteve o mesmo modelo de seu precursor americano: deixou os graus simbólicos para a
Grande Loja Geral Escocesa, criada também em 1804, para organizar os graus simbólicos do
Rito Escocês Antigo e Aceito, que funcionou, ao exemplo do Supremo Conselho, dentro do
Grande Oriente de France. A partir de 1816, com o desaparecimento da Grande Loja Geral
Escocesa, o Grande Oriente assumiu as atribuições do simbolismo escocês antigo na França
e, ao faze-lo, diminuiu a autoridade do Supremo Conselho sobre o número de graus, criando,
sob sua jurisdição, as Lojas Capitulares, que trabalham dos graus 1º ao 18º do Rito Escocês
Antigo e Aceito. Nessa ocasião, lançou um novo ritual para as Lojas Capitulares, em 1820,
implantando diversas alterações no ritual de 1804.
Bibliografia:
O primeiro conjunto de trinta e três graus do Rito Escocês Antigo e Aceito aparece,
com algumas diferenças dos atuais, no conteúdo da Constituição redigida em 1º de maio de
1786.
O Rito Escocês Antigo e Aceito é uma prática ritualística estabelecida em 1802, nos
Estados Unidos da América do Norte, com 33 graus, sendo 30 oriundos do Rito de Perfeição e
do Rito Antigo e Aceito e 3 das Lojas azuis da maçonaria norte americana. O Rito de Perfeição
foi criado em Paris, em 1758, com 25 graus, no Conselho dos Imperadores do Oriente e do
Ocidente. O Rito Antigo e Aceito com 33 graus originou-se do Rito de Perfeição, em Bordéus,
em 1786, no Conselho de Grandes Inspetores, que elaboraram a Constituição, os estatutos e
regulamentos do Conselho e do rito.
Notícias complementares informaram que Frederico II, em seu leito de morte, tivera
condições de ratificar a grande Constituição de 1786, cujo original estava redigido em francês.
A vinculação da pessoa do rei Frederico, o Grande, com a Constituição de 1786, na opinião de
analistas, foi intencional para valorizar a maçonaria na América e estancar a queda de
credibilidade que a venda de graus provocara na Europa.
1º - Aprendiz
2º - Companheiro
3º - Mestre
4º - Mestre Secreto
5º - Mestre Perfeito
6º - Secretário Íntimo
7º - Preboste e Juiz
Na França, o Grande Oriente tinha como rito oficial, o Rito Escocês dos Modernos, ou
Rito Francês, semelhante ao rito praticado pelas Lojas da Grande Loja de Londres de 1717, a
primeira Grande Loja no mundo e denominada, pejorativamente, pelos seus adversários,
como sendo dos "modernos"( os que inventaram ritual novo ).
Quarenta dias depois, um acordo entre Grande Oriente e Supremo Conselho viabilizou a
prática do Rito Escocês Antigo e Aceito dentro do Grande Oriente de França.
O período não estava favorável ao novo rito, surgindo como agravante às pretensões
do Supremo Conselho, a queda do governo francês, em 1814. Em 1804, quando o REAA
chegou à França, Napoleão Bonaparte fora coroado Imperador e teve promulgado o código
civil napoleônico. Em 1814, Napoleão foi derrotado pelos aliados formados por Inglaterra,
Rússia, Áustria e Prússia. Napoleão se exila em Elba. O Grande Oriente, pela sua força
política, não teve que cessar totalmente as atividades, mas o Supremo Conselho e a Grande
Loja Geral Escocesa sofreram com a resistência que enfrentavam do Grande Oriente e pouco
realizaram. O Rito Escocês Antigo e Aceito praticamente desapareceu na França, nesse
período. Outro fator que muito contribuiu para o enfraquecimento do rito foram as divergências
entre os próprios integrantes, divididos em Supremo Conselho de França e Supremo Conselho
de América. A história dessas divergências internas mostra que não houve unidade no
Supremo Conselho francês, além de mal estruturado, para enfrentar a campanha do Grande
Oriente. O resultado foi a decisão do Grande Oriente, em 1814, declarando, unilateralmente,
que, em virtude de diferentes acordos datados de antes e depois da revolução francesa, ele
retomava todos os direitos sobre os ritos Moderno e Escocês Antigo e Aceito.
O TERMO SIMBOLISMO
O Supremo Conselho fez tratado de condomínio com o Grande Oriente do Brasil nas
condições definidas na França: o GOB assumiu os graus 1 ao 18, constituindo as Lojas
Capitulares e o Supremo Conselho os graus 19 ao 33. Permaneceu essa estrutura até 1927,
quando o Supremo Conselho denunciou o tratado com o Grande Oriente do Brasil e recuperou
seu poder sobre o Rito, do grau 4º ao 33º, reencontrando-se com o que acontecera em 1801,
em Charleston, nos Estados Unidos. A tendência mundial entre os Supremos Conselhos com
reconhecimento mútuo, no início do século vinte, era de padronizar a divisão: graus de
Aprendiz, Companheiro e Mestre com jurisdição de Grandes Lojas ou Grandes Orientes e os
30 graus superiores com jurisdição dos Supremos Conselhos.
As modificações produzidas pelo Grande Oriente de França, em 1820, com o ritual que
criou as Lojas Capitulares, não foram desfeitas, sendo incorporadas aos graus simbólicos do
rito, definitivamente.
O Ritual Emulação tem uma extensão do terceiro grau, que não é considerada
oficialmente um novo grau, chamado Santo Arco Real. Embora não seja admitido pela Grande
Loja Unida da Inglaterra como um grau superior, tem, porém, uma ritualística própria, na qual,
em dada passagem, o Mestre Maçom é retirado do Templo e só permanecem os Past Masters.
Não deve o Santo Arco Real inglês ser confundido com o corpo de Graus Superiores do
sistema americano, conhecido como Real Arco, que tem vários graus.
A história de que o Santo Arco Real inglês não é um grau, não é assim entendida pela
maioria dos maçons ingleses. Essa arrumação foi imaginada para contentar correntes
antagônicas que se debatiam em defesa de suas idéias e crenças ritualísticas, durante as
reuniões de negociações que prepararam a união das duas Grandes Lojas inglesas rivais, a
dos "modernos" e a dos "antigos", na Grande Loja Unida da Inglaterra, em 1813. A Grande Loja
Unida, apesar de inflexível na observância dos critérios de reconhecimento de outras Potências
Maçônicas, não proíbe, não faz tratados com Obediências dos Altos Graus, não interfere nos
assuntos relativos a esses Graus Superiores. Simplesmente, ignora-os.
Os praticantes do Santo Arco Real, surgido por volta de 1751, apregoavam serem
detentores dos segredos da palavra sagrada que foi perdida, segundo a lenda do terceiro grau.
Isso, despertava grande curiosidade naquela época e muitos maçons desejavam ser exaltados
no Santo Arco Real. Para que o ato de união entre as Grandes Lojas inglesas rivais se
efetivasse, foi encontrada essa solução que a cultura inglesa demonstrou ter assimilado bem;
incluir o Santo Arco Real como um complemento do terceiro grau, mas sem se constituir no
quarto grau. O Santo Arco Real é fundamentado no relato bíblico que descreve o retorno do
povo judeu da Babilônia, em 538 a.C. e na antiga lenda surgida durante a construção do quarto
Templo, em torno de 400 D.C., que descreve a descoberta de uma cripta, de um altar e da
palavra sagrada.
Assim, a estrutura da Franco-maçonaria inglesa considerou, em dado momento da
história, 1813, que a Maçonaria Pura e Antiga consiste de apenas três graus, mas que se inclui
nesses o Santo Arco Real. É, verdadeiramente, coisa para inglês ver.
Para administrar o Santo Arco Real, os ingleses têm o Supremo Grande Capítulo que
concede "Brevê Constitutivo" para a fundação dos Capítulos do Arco Real que funcionam
anexo às Lojas Simbólicas inglesas. A dignidade de Past Master (Mestre Instalado) adotada
pelas Grandes Lojas brasileiras tem origem nessa maçaroca inglesa que manteve os quatro
graus do Santo Arco Real, todos sob a denominação de um desse graus, o de Past Master,
sem considerá-lo grau superior. O Rito Escocês Antigo e Aceito ganhou, através das Grandes
Lojas, uma hierarquia formal entre os graus 3 e 4, sem considerá-la grau superior ao de
Mestre. Foi a continuação da maçaroca.
Bibliografia:
1- http://www.oficina-
reaa.org.br/v1/index.php?option=com_content&view=article&id=48:porque1804&catid=38:trabal
hos0&Itemid=2
2- http://www.oficina-
reaa.org.br/v1/index.php?option=com_content&view=article&id=63:os-33-graus-originais-do-
rito-escoces-antigo-e-aceito&catid=38:trabalhos0&Itemid=2
3- http://www.oficina-
reaa.org.br/v1/index.php?option=com_content&view=article&id=53%3Adetalhes-dos-rituais-
azuis-do-reaa&catid=38%3Atrabalhos0&Itemid=2&showall=1