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FÍSICA

CIÊNCIAS DA NATUREZA
E SUAS TECNOLOGIAS
Antonio Sérgio Martins de Castro

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ag
Im
tty
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ho to
ckp
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is
kertl

ONDULATÓRIA
Capítulo 1 Movimento harmônico simples (MHS) 2
Capítulo 2 Ondas 26
Capítulo 3 Fenômenos ondulatórios 44
Capítulo 4 Acústica 65

Compreender e analisar a importância dos fenômenos ondulatórios, visando o desenvolvimento tecnológico e humano.
1
Sa
sh
kin
/Sh
utt
ers
toc
k
MOVIMENTO HARMÔNICO
SIMPLES (MHS)
OBJETIVOS
Professor, neste caderno você encontrará mais de 240 questões. DO CAPÍTULO
Pumpchn/Shutterstock

► Compreender a importância
dos movimentos harmônicos
em aplicações cotidianas.
► Analisar o comportamento
da velocidade em
movimentos harmônicos.
► Identificar e compreender as
relações entre o movimento
harmônico simples e o
movimento circular.
► Identificar e compreender
as funções horárias da
elongação, velocidade e
aceleração do movimento
harmônico simples.
► Construir e interpretar
gráficos do movimento
harmônico simples.
► Compreender e analisar
o comportamento das
energias cinética, potencial e
Os movimentos repetitivos são facilmente encontrados em nosso cotidiano. Os reló- mecânica do MHS.
gios antigos apresentavam um sistema composto pelo mecanismo de corda, cujo funcio- ► Identificar e analisar
namento era percebido por meio de um movimento pendular, que, oscilando sempre no movimentos periódicos em
mesmo intervalo de tempo, determinava a marcha dos ponteiros. geral.
A importância do pêndulo teve seu destaque na experiência do físico francês Jean Principais conceitos
Bernard Léon Foucault (1819-1868), na qual demonstrou que a Terra girava. Uma répli- que você vai aprender:
ca desse pêndulo fica permanentemente exposta no Panteão (Panthéon), em Paris, e ► Elongação
é constituída por uma esfera de 28 kg pendurada por um fio de 67 m de comprimento.
► Movimento harmônico
Ao caminhar pelo museu durante algumas horas e retornar ao pêndulo, percebe-se que
simples
a direção de sua oscilação sofre uma pequena alteração.
► Período e frequência
Além de pêndulos, movimentos que utilizam molas e elásticos também podem apre-
► Frequência angular
sentar movimento harmônico simples (MHS). Como exemplo, poderíamos pensar no mo-
► Constante elástica
vimento do bungee jump (prática esportiva e/ou atividade recreativa na qual se salta de
um vão livre, conectado a um cabo de feixe de elásticos paralelos com equipamentos se- ► Sistema massa-mola
melhantes aos de escalada esportiva), caso fosse desprezível a resistência do ar e pudés- ► Pêndulos
semos considerar como ideal o elástico utilizado. Professor, nesse momento aprovei-
te para trabalhar com a habilidade 1
• Durante um salto de bungee jump, após o início da distensão do elástico, o frear da da matriz curricular do Enem, que
queda ocorre até que se inverta o sentido e a pessoa seja puxada para cima. Se esses consiste em: “Reconhecer carac-
terísticas ou propriedades de fenô-
elásticos fossem ideais, a pessoa permaneceria oscilando? Em quais outras situações menos ondulatórios ou oscilatórios,
relacionando-os a seus usos em
você identifica o MHS? diferentes contextos.” Aproveite
Estudaremos neste capítulo as condições para que o MHS se estabeleça, bem como o também para comentar que mes-
mo as molas e os elásticos sendo
comportamento das energias que se transformar durante as repetições do movimento. ideais, existem outros fatores que
interferem na continuidade de um objeto em MHS. Assim, mesmo os elásticos na oscilação do bungee jump sendo ideias, existem outros
fatores a serem considerados que impedem que esse movimento seja contínuo, como a resistência do ar. O movimento das ondas do mar é
um, por exemplo, repete-se continuamente, podendo ser considerado um movimento harmônico simples.
2
Cinem‡tica do MHS
Há uma versão histórica em que Galileu Galilei (1564-1642), assistindo a uma mis-
sa na Catedral de Pisa, na Itália, observou um candelabro que oscilava levemente.
Usando as batidas do coração como medida de tempo, ele constatou que, embora as
oscilações do candelabro fossem cada vez menores, o tempo de cada oscilação era
praticamente o mesmo.
Posteriormente, Galileu realizou experimentos com pêndulos constituídos por uma
esfera e um barbante, usando um relógio de água, e descobriu que o tempo para uma
oscilação completa era sempre o mesmo, independentemente da massa da esfera e da
amplitude de oscilação, desde que o comprimento do barbante fosse mantido constante.
O movimento de um pêndulo pode ser estudado como um movimento harmônico
simples (MHS). Vamos iniciar nosso estudo do MHS com base na análise de uma mola.
Considere uma mola apoiada em uma superfície plana e horizontal, com uma das ex-
tremidades fixa em um suporte rígido e vertical, e a outra presa em um corpo de massa m.

Estando inicialmente em repouso e em equilíbrio, o objeto é deslocado de sua posi-


ção de forma que a mola seja comprimida ou distendida. Ao ser abandonado nessa nova
posição, o objeto passa a realizar um movimento oscilatório e periódico em torno de sua
posição de equilíbrio ao longo de um segmento de reta, denominado MHS, como mostra
a figura:

Nesse movimento, o corpo muda de posição, a velocidade varia com a posição do


corpo, e a força elástica, que atua na horizontal, varia com a deformação da mola; por-
tanto, a aceleração também varia com a posição do corpo. Então, nesse movimento, va-
riam a posição, a velocidade e a aceleração do corpo. Essas variáveis (e suas equações)
devem ser conhecidas para que se saiba perfeitamente o que está ocorrendo em um MHS
qualquer analisado.

Funções horárias do MHS


Pelo exemplo mostrado anteriormente, nota-se que o MHS é mais complexo do que
o movimento uniforme (MU) e o movimento uniforme variado (MUV), visto que não só a
posição e a velocidade, mas também a aceleração variam com o tempo. Portanto, para
descrevermos um MHS é necessário determinarmos três funções horárias: da posição, da
velocidade e da aceleração.

Relação entre o movimento circular uniforme (MCU) e o MHS


Uma maneira simples de se obterem as equações que determinam a posição, a veloci-
dade e a aceleração de um corpo é pela comparação entre o MCU e o MHS. Vamos recordar
o MCU e, em seguida, compará-lo com o MHS. No MCU:
• A trajetória é circular;
• O módulo do vetor velocidade é constante;
• O módulo do vetor aceleração é constante;
• A aceleração vetorial coincide com a aceleração centrípeta;
• A aceleração tangencial é nula.
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Considere uma partícula em movimento circular e uniforme sobre uma circunferência
de raio R. Vamos marcar, nessa circunferência, o diâmetro na horizontal (ou na vertical) e
observar como fica a projeção (sombra) do MCU sobre esse diâmetro. Podemos observar
as projeções associadas ao MCU no sistema simplificado de uma manivela.
Perspectiva Perfil

Movimentação Cabo oscilando


circular de entre um máximo
um disco e um mínimo

Enquanto a partícula descreve uma volta completa em MCU sobre a circunferência,


Atenção
sua projeção horizontal (ou vertical) realiza um movimento de vaivém sobre o diâmetro
1 Quando uma partícula
(MHS). Portanto, a projeção horizontal (ou vertical) do MCU realiza um MHS. 1
executa um movimento circular
Vamos aproveitar as equações já estudadas no MCU para obter outras que expliquem uniforme (MCU), sua projeção
o movimento da projeção horizontal (ou vertical) da partícula (são as equações do MHS). no diâmetro da trajetória
Retomando o estudo do movimento circular e uniforme: executa um movimento
harmônico simples (MHS).
• T é o período, ou seja, o intervalo de tempo gasto para realizar uma volta completa;
• f é a frequência, ou seja, o número de voltas dadas na unidade de tempo;
• v é a velocidade escalar do movimento, ou seja, o deslocamento escalar realizado na
unidade de tempo;
• ω é a velocidade angular, ou seja, o ângulo descrito na unidade de tempo;
• R é o raio da trajetória circular descrita pela partícula. A velocidade angular é dada por:
2⋅π ∆θ θ – θ0
ω= =2⋅π⋅fsω= =
T ∆t t – t0
Para t0 = 0:
θ = θ0 + ω ⋅ t (função horária angular do MCU). Relação linear-angular:
v=ω⋅R
Aceleração:
v2
at = 0 e ac = = ω2 ⋅ R
R

Função horária da elongação (posição)


A posição da projeção da partícula sobre o eixo horizontal muda com o decorrer do tempo.
Para se determinar a posição dessa partícula no decorrer do tempo, usa-se a função horária da
elongação. A elongação (x), portanto, determina a posição da partícula que realiza MHS, sobre
um eixo, em um instante t, entre os pontos +A e –A (sendo A a amplitude do movimento).

P
R=A Na figura:
• P é a posição da partícula
θ que descreve MCU;
–A 0 +A
x • x é a posição da projeção
da partícula que descreve
MHS.

Assim:
x x
cos θ = = s x = A ⋅ cos θ
R A

Como θ = θ0 + ω ⋅ t, então: x = A ⋅ cos (θ0 + ω ⋅ t)

4 CAPÍTULO 1
em que:
• x é a elongação (posição da partícula sobre o eixo horizontal);
• A é a amplitude do movimento (máxima elongação);
• θ é o ângulo de fase;
• θ0 é o ângulo de fase inicial (t0 = 0);
• ω é a pulsação do MHS (velocidade angular no MCU);
• t é o instante do movimento.

Função horária da velocidade


No MCU, a partícula tem uma velocidade tangente à circunferência, e seu módulo é
constante. Para o MHS, vamos projetar essa velocidade no eixo horizontal.

v’
θ
Na figura:
• v’ é a velocidade de
θ
módulo constante da
partícula que realiza MCU;
–A 0 v +A x
• v é a velocidade da
partícula em MHS (projeção
horizontal de v’).

Temos:
v' = ω ⋅ A (equação do MCU)
v = –v' ⋅ sen θ (projeção horizontal de v')
O sinal negativo da velocidade aparece por ela ser contrária à orientação adotada
para a trajetória.
v = –ω ⋅ A ⋅ sen θ
Como θ = θ0 + ω ⋅ t, então: v = –ω ⋅ A ⋅ sen (θ0 + ω ⋅ t)

Função horária da aceleração


A partícula que descreve o MCU tem aceleração centrípeta de módulo constante e
com direção variável, ou seja, a aceleração está sempre dirigida para o centro da curva.
A projeção da aceleração centrípeta determina a aceleração do MHS.

ac Na figura:
• ac é a aceleração centrípeta
θ da partícula que descreve
MCU;
–A 0 a +A x
• a é a aceleração da
projeção horizontal da
partícula que descreve MHS.

v2 v2 ω 2 ⋅ A2
Temos: ac = = = = ω2 ⋅ A
R A A Observação
a = –ac ⋅ cos θ (projeção do MCU) 1 Essa equação, a = –ω2 ⋅ x,
O sinal negativo da aceleração deve-se ao fato de ela estar no sentido contrário ao de traduz a propriedade
orientação da trajetória. fundamental do MHS:
a = –ω2 ⋅ A ⋅ cos θ Uma partícula em MHS tem
uma aceleração (a) proporcional
Como θ = θ0 + ω ⋅ t, então: a = –ω2 ⋅ A ⋅ cos (θ0 + ω ⋅ t) ao deslocamento (x), em
relação à posição de equilíbrio,
E, ainda, como x = A ⋅ cos θ, então: a = –ω2 ⋅ x (equação fundamental do MHS) 1 mas de sentido contrário.
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Gráficos do MHS
Com base nas funções horárias do MHS, notamos que a elongação x, a velocidade v e a aceleração a variam periodica-
mente com o tempo.
Considere o exemplo de uma partícula que executa um MHS com fase inicial θ0 = 0 e cujo período de oscilação é T.
Nesse caso, para t0 = 0, a partícula está na máxima elongação x = +A.
T T 3T
Os gráficos a seguir mostram a elongação x, a velocidade v e a aceleração a da partícula para os instantes 0, , , e T,
4 2 4
ou seja, mostram como variam essas grandezas em função do tempo para um período completo.
x Elongação v Velocidade a Aceleração
+A +ω A +ω 2 A

0 t 0 t 0 t
T T 3T T T 3T T T T 3T
T T
4 2 4 4 2 4 4 2 4
–A –ω A –ω 2 A

Máximos e mínimos no MHS


Com base no exemplo anterior, podemos destacar os valores máximos e mínimos para a elongação x, a velocidade v e a
aceleração a de um corpo em MHS.
T T 3T
A tabela a seguir mostra os valores algébricos dessas variáveis, nos instantes: 0, , , e T.
4 2 4
T T 3T
t 0 T
4 2 4

x xmáx. = +A 0 xmín. = –A 0 xmáx. = +A


v 0 vmín. = –ω ⋅ A 0 vmáx. = +ω ⋅ A 0
a amín. = –ω2 ⋅ A 0 amáx. = +ω2 ⋅ A 0 amín. = –ω2 ⋅ A

Esquematicamente:

v = –ω · A v = +ω · A
v=0 v=0 v=0 v=0
a=0 a=0
a = +ω 2 · A a = –ω 2 · A a = +ω 2 · A a = –ω 2 · A

x –A 0 +A x
–A 0 +A

t= T t= T t=0 t= T t = 3T t=T
2 4 2 4

Atividades
1. (Fuvest-SP) Dois corpos, A e B, descrevem movimentos periódicos. Os gráficos de suas posições x em função do tempo estão
indicados na figura.
x

0 t
B

Podemos afirmar que o movimento de A tem:


a) menor frequência e mesma amplitude. d) menor frequência e menor amplitude.
b) maior frequência e mesma amplitude. e) maior frequência e maior amplitude.
c) mesma frequência e maior amplitude.
Do gráfico, podemos concluir que: enquanto A completa duas oscilações, B completa apenas uma, assim, a frequência do movimen-
to de A é maior que a de B. Entretanto, desenvolvem movimento com amplitudes iguais.
Alternativa b

6 CAPÍTULO 1
2. (Unifesp) Um estudante faz o estudo experimental de um 3. Ao observar uma partícula realizando um movimento har-
movimento harmônico simples (MHS) com um cronôme- mônico simples, um estudante descreveu o comportamento
tro e um pêndulo simples como o da figura, adotando o da elongação usando a função horária x = 4 ⋅ cos (π + 2π ⋅ t)
referencial nela representado. (unidades no SI). Com base nessa função horária, obtenha:
a) a amplitude desse movimento;
x = A · cos (θ0 + ω ⋅ t)
A=4m

b) a fase inicial desse movimento;


–A 0 +A θ0 = π rad

Ele desloca o pêndulo para a posição +A e o abandona


quando cronometra o instante t = 0. Na vigésima passagem
do pêndulo por essa posição, o cronômetro marca t = 30 s. c) a pulsação;
a) Determine o período (T) e a frequência (f) do movi- ω = 2π rad/s
mento desse pêndulo.
No enunciado, o pêndulo completa 20 oscilações em 30 s, logo:
30
T= = 1,5 s d) o período;
20
2⋅π
1 1 2 ω= s2⋅π⋅T=2⋅πsT=1s
f= = = Hz T
T 1, 5 3

e) a frequência;
ω = 2π ⋅ f s 2π = 2π ⋅ f s f = 1 Hz

f) a elongação no instante t = 0,25 s.



x = 4 ⋅ cos (π + 2π ⋅ 0,25) = 4 ⋅ cos =4⋅0sx=0
2

b) Esboce o gráfico x (posição) × t (tempo) desse movi- 4. Ao observar uma partícula que realiza MHS, um técni-
mento, dos instantes t = 0 a t = 3,0 s; considere des- co constatou que a velocidade máxima de 4π m/s ocorre
prezível a influência de forças resistivas. numa trajetória de amplitude 40 cm. Com base nessas
A forma da curva do gráfico x × t é senoidal, nas condições de: informações, determine:
t = 0 s x = +A a) a pulsação do movimento;
T v = ω ⋅ A s 4π = ω ⋅ 0,4 s ω = 10π rad/s
t= s x = –A
2
t = T s x = +A
Essas posições repetem-se no próximo período.
b) a frequência;
Esboçando a curva: ω = 2π ⋅ f s 10π = 2π ⋅ f s f = 5 Hz
x
+A

c) o período;
1 1 1
t (s) T= = = s T = 0,2 s
1,5 3 f 5 5

–A
d) a elongação máxima;
x = A s x = 0,4 m

e) a aceleração máxima.
a = ω2 ⋅ A = (10π)2 ⋅ 0,4 s a = 40π2 m/s2
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7
5. (Ifsul-RS) O gráfico a seguir representa a posição de uma 7. (Ifsul-RS) Uma partícula, executando um movimento har-
massa presa à extremidade de uma mola. mônico simples, move-se ao longo de um eixo Ox e sua
posição, em função do tempo ao longo desse eixo é re-
presentada no gráfico da figura abaixo.
Reprodução / Ifsul-RS.

Reprodução / Ifsul-RS.
Com base neste gráfico, afirma-se que a velocidade e a
força no instante indicado pela linha tracejada são res-
pectivamente:
a) positiva; a força aponta para a direita.
b) negativa; a força aponta para a direita.
c) nula; a força aponta para a direita. A partir da análise do gráfico, a função horária, em uni-
dades SI, que representa corretamente o movimento har-
d) nula; a força aponta para a esquerda.
No gráfico, nos pontos de amplitude máxima, as velocidades mônico simples descrito por essa partícula é:
são nulas, ocorrendo a inversão do movimento. Nesses pon- a) x = 2cos (π ⋅ t)
tos, tem-se o máximo alongamento e, portanto, maior inten-
sidade de força e aceleração. De acordo com a figura, a linha b) x = 2sen (π ⋅ t)
pontilhada identifica a amplitude x = –A. Nesse caso, a força c) x = 4sen (π ⋅ t + π)
elástica aponta para a direita.
 π
Alternativa c d) x = 4cos  π ⋅ t + 
 2
De acordo com o gráfico, temos: a elongação máxima ocorre
em x = 2 m; a amplitude A = 2 m e o período do movimento
6. (UFPI) O gráfico da elongação de uma partícula que exe- é igual a 2 s.
cuta um movimento harmônico simples está representado Assim, a pulsação será dada por:
na figura. 2π 2π
ω= = s ω = π rad/s
x (m) T 2
Dessa forma, a função horária pode ser escrita como:
2 x = A · cos (ω ⋅ t + θ0) s x = 2 · cos (π ⋅ t + 0) s x = 2 · cos (π ⋅ t)
1 1,5 5,5 9,5
2,5 6,5 Alternativa a
0
0,5 4,5 8,5 t (s)
–1
3,5 7,5
–2

Com base no gráfico, podemos afirmar que a fase inicial


e a velocidade angular são, respectivamente:
π π
a) rad e rad/s
2 2
π π
b) rad e rad/s
4 2
π π 8. +Enem [H1] Um experimento simples ilustra como a ve-
c) rad e rad/s
3 2 locidade de um pêndulo varia em função da posição do
π π objeto. Um pêndulo formado por um fio e uma esfera
d) rad e rad/s oca, cheia de areia, com um orifício em sua extremidade
4 3
inferior, é posto a oscilar entre as extremidade A e B, con-
π π
e) rad e rad/s forme a figura:
3 4
De acordo com o gráfico: T = 4 s e A = 2 m
2π 2π π
Portanto: ω = = sω= rad/s
T 4 2
Sendo x = A ⋅ cos (θ0 + ω ⋅ t) e, no gráfico, para t = 0 s x = 1 m,
temos:
 π  1 π
1 = 2 ⋅ cos  θ0 + ⋅ 0  s cos θ0 = s θ0 = rad (60°)
 2  2 3
Alternativa c

A B

8 CAPÍTULO 1
Ao oscilar com amplitude constante, a areia escoa regularmente pelo orifício, depositando-se sobre uma mesa plana e
horizontal entre as marcas A e B. Assim, das figuras a seguir, aquela que melhor representa o perfil da areia depositada na
mesa é:
a) d)
A B A B

b)
A B e)
A B

c)
A B

A velocidade da esfera presa ao pêndulo varia de forma que ela é nula nos extremos da oscilação e máxima no ponto médio da osci-
lação. Desse modo, como a areia escoa regularmente pelo orifício, haverá mais depósito de areia nas regiões em que a velocidade
é menor (nas extremidades) e menos depósito de areia onde a velocidade é maior (centro).
Alternativa b

Tarefa proposta 1 a 10
Complementares
9. Uma partícula realiza MHS e sua elongação varia de acordo (02) Uma onda que se propaga segundo a função
π π
com a seguinte equação horária: y(x, t) = 0,05 sen  (10 x – 40t ) –  possui
π π   2 4 
x = 4 ⋅ cos  + ⋅ t  (SI)
2 4  comprimento de onda, período e frequência
a) Preencha a tabela a seguir. iguais a 0,4 m, 0,1 s e 10 Hz, respectivamente.
(04) Duas ondas senoidais, com a mesma frequência e
t (s) 0 1 2 3 4 5 6 7 8
amplitude, se propagando em uma corda em dire-
x (m) ções opostas, podem formar um padrão de onda
b) Determine o módulo da velocidade máxima para essa estacionária.
partícula. (08) Uma onda em que a direção de vibração é per-
10. (Aman-RJ) Peneiras vibratórias são utilizadas na indústria de pendicular à direção de propagação da onda é
construção para classificação e separação de agregados em denominada onda transversal.
diferentes tamanhos. O equipamento é constituído de um (16) Uma função que descreve a propagação de uma
motor que faz vibrar uma peneira retangular, disposta no onda utilizando as variáveis x e t é denominada fun-
plano horizontal, para separação dos grãos. Em uma certa ção do tempo.
indústria de mineração, ajusta-se a posição da peneira de Dê a soma dos números dos itens corretos.
modo que ela execute um movimento harmônico simples 12. (Ufes) Uma partícula descreve uma trajetória circular,
(MHS) de função horária x = 8 cos (8π ⋅ t), onde x é a posição no sentido anti-horário, centrada na origem do sistema
medida em centímetros e t, o tempo em segundos. de coordenadas, com velocidade de módulo constante.
O número de oscilações a cada segundo executado por A figura a seguir é a representação gráfica da equação
esta peneira é de: horária da projeção do movimento da partícula sobre o
a) 2 d) 16 eixo x.
b) 4 e) 32 x (m)
c) 8 5,0
11. (UEM-PR) A função que representa o movimento
2,5
de uma onda transversal unidimensional (uma onda
em uma corda, por exemplo) pode ser escrita como 2π

y(x, t) = A sen (kx ± ω ⋅ t + ϕ), onde A é a amplitude da 0 4π t (s)


2π 2π –2,5
onda. k = , é o número de onda, ω = é a frequên-
λ T
cia angular, ϕ é a fase da onda, λ é o comprimento de –5,0

onda e T é o período. Considerando as medidas do es-


paço e do tempo em unidades do Sistema Internacional, Com base nas informações contidas no gráfico, e saben-
assinale a(s) alternativa(s) correta(s). do que a partícula no instante t = 0 se encontra no primei-
ro quadrante, determine:
(01) Uma onda que se propaga segundo a função
π π a) o raio da trajetória da partícula;
y(x, t) = 0,05 sen  (10 x – 40t ) –  possui
 2 4 b) o módulo da velocidade da partícula;
amplitude, número de onda e frequência angular c) a equação horária da projeção do movimento da par-
iguais a 0,05 π m, 5 m–1 e 20 rad/s respectivamente. tícula sobre o eixo x.
FÍSICA

9
Energia no MHS
Considere que um corpo de massa m está preso a uma mola de constante elástica k
disposta na horizontal. Colocando esse corpo para realizar um MHS, temos duas energias
envolvidas: a cinética e a potencial elástica.

No esquema:
• x é a elongação;

• A é a amplitude da oscilação.
–A 0 +A x

Durante o movimento do corpo, em MHS, as dissipações na mola e os atritos com o


corpo são desprezíveis, ou seja: a energia mecânica do sistema se mantém constante.

Energia cinética
Em razão do movimento do corpo, a energia cinética será máxima quando a veloci-
dade for máxima em módulo (quando o corpo passar pela origem da trajetória), e nula
quando a velocidade for nula (nos pontos de elongação máxima e mínima).

Ec = m ⋅ v
2

Graficamente: Ecin.

Na expressão:
• Ecin. é a energia cinética;

• m é a massa do corpo;

• v é a velocidade.

–A 0 +A x

Energia potencial
A energia potencial elástica que o corpo armazena durante o movimento varia
com a elongação. A energia potencial será máxima quando a elongação for máxima,
ou seja, nos extremos da trajetória (+A e –A), e nula quando a elongação for nula, ou
seja, na origem.

k ⋅ x2
Ep =
2

Na expressão: Graficamente: E, ainda:


Epot.

• Epot. é a energia potencial;


xmáx. = + A 2
k A
• k é a constante da mola; s Epot. máx. =
xmín. = – A 2
• x é a deformação da mola.

–A 0 +A x

10 CAPÍTULO 1
Energia mecânica
A energia mecânica do corpo que realiza um MHS, em determinado ponto de sua traje-
tória, é dada pela soma das energias cinética e potencial e é constante.

Emec. = Ecin. + Epot.

Emec.
 k · A2
Ecin. = 0 2

 k ⋅ x2
Nos pontos x = ± A Epot. =
 2
 k ⋅ A2
Emec. = 2
–A 0 +A x

No diagrama a seguir, podemos observar que, à medida que a energia cinética aumen-
ta, a energia potencial elástica diminui, e vice-versa, mantendo-se, assim, a energia mecâ-
nica constante.
E
k · A2
Emec. 2

Epot. Ecin.

–A 0 +A x

Movimentos peri—dicos
A tecnologia digital dos relógios vem substituindo gradativamente a tecnologia
analógica. Os relógios digitais são modernos, precisos (não adiantam, nem atrasam),
além de serem mais baratos que os analógicos. Ainda que mais raros, é possível en-
contrar versões contemporâneas dos relógios de pêndulo ou mesmo exemplares de
colecionadores.
O pêndulo de um relógio realiza um movimento chamado peri—dico, ou seja, em inter-
valos iguais de tempo, o pêndulo faz um movimento de ida e volta que tende a se repetir.
Às vezes, esses relógios adiantam, quando o pêndulo realiza um movimento de vaivém
muito rápido, ou atrasam, quando esse movimento é mais demorado.
Em nosso estudo dos movimentos periódicos, além do MHS, poderemos entender
como é possível, por exemplo, regular um relógio de pêndulo que está adiantando
ou atrasando.

Sistema massa-mola
Alaettin YILDIRIM/Shutterstock

Considere um corpo de massa m apoiado em uma superfície plana e horizontal,


preso a uma mola de constante elástica k. Coloca-se esse corpo para realizar movi-
mento harmônico simples.

–A 0 +A x

Fel‡st.
FÍSICA

11
Desprezando-se as possíveis dissipações de energia, a única força aplicada na direção
do movimento é elástica. Portanto, essa força é a resultante das forças aplicadas no corpo.
FR = Felást. s m ⋅ a = k ⋅ x (I)
Assim:
a = ω2 ⋅ x (II)
2⋅π
ω= (III)
T
Substituindo (III) em (II), temos:
2
 2⋅π 
a=  ⋅ x (IV)
 T 
Substituindo (IV) em (I), temos:
2
 2⋅π  m
m⋅  ⋅ x = k ⋅ x s T2 = (2 ⋅ π)2 ⋅ s
 T  k

m
T = 2π ⋅
k

Essa relação do período é válida para qualquer que seja o plano de oscilação do corpo,
conforme mostram as figuras.

• O período depende da massa do corpo e da constante elástica da mola.


• O período n‹o depende da amplitude do movimento nem do plano de oscilação.

P•ndulo simples
Considere um corpo de massa m preso ao teto por um fio de comprimento L, que é
posto para realizar oscilações em um plano vertical.

A trajetória descrita pelo corpo, que é um pêndulo, é a de um arco de circunferência,


portanto esse corpo não realiza um MHS perfeito. Para pequenos ângulos de oscilação,
podemos aproximar o arco de um segmento de reta. Assim, o movimento do corpo pode
ser considerado um MHS.

12 CAPÍTULO 1
Para marcarmos as forças e demonstrarmos a equação do período de um pêndulo sim-
ples, vamos considerar um ângulo de abertura grande. Para que seja um MHS, porém, o
ângulo de abertura deve ser bem pequeno.

Tx T ⋅ sen α F
α L = = R s
Ty T ⋅ cos α P
T
Ty
α m⋅ a
s tg α = s
m⋅ g
Tx
s a = g ⋅ tg α (I)
x
P

Para pequenos ângulos de oscilação, a relação trigonométrica seno tem valor muito
parecido com o da relação trigonométrica tangente. Nesse caso:
2
x  2⋅π 
tg α H sen α = (II) s a=  ⋅ x (III)
L  T 
2
 2⋅π  x
Substituindo (II) e (III) em (I), temos:   ⋅x=g⋅
 T  L

L L
Logo: T2 = (2π)2 ⋅ s T = 2π ⋅
g g

• A equação do período é válida apenas para pequenos ângulos de oscilação.


• O período de um pêndulo simples não depende da massa do corpo que está oscilando.
• O período de um pêndulo simples depende do comprimento do fio e da aceleração da
gravidade local.

Rel—gio de p•ndulo
Por que o relógio de pêndulo às vezes adianta ou atrasa? O relógio não funciona correta-
mente por dois motivos: a gravidade e o comprimento do fio. O mesmo relógio funcionando
em cidades com diferentes latitudes ou altitudes pode apresentar marcações diferentes.
Isso ocorre porque a aceleração da gravidade g (parâmetro importante na determinação
do período de oscilação do pêndulo) sofre pequenas variações com a alteração da latitude
e da altitude. Além disso, em um período de inverno rigoroso ou em um verão de tempera-
turas elevadas, a haste do pêndulo sofre contração ou dilatação térmica mais acentuada,
respectivamente, e isso compromete o bom funcionamento do relógio, pois o comprimento
da haste também é fundamental na determinação do período de oscilação do pêndulo. Se o
relógio precisar de ajustes, deve-se proceder da seguinte forma:
• Relógio adiantando: O movimento oscilatório do pêndulo é muito rápido, portanto é pre-
ciso aumentar o período. Para isso, basta aumentar o comprimento da haste do pêndulo.
• Relógio atrasando: O pêndulo demora mais para fazer o movimento oscilatório, portanto é
preciso diminuir o período. Para isso, basta diminuir o comprimento da haste do pêndulo.

Decifrando o enunciado Lendo o enunciado


Observe que a informação sobre
A velocidade máxima de um corpo de massa 2 kg que realiza um MHS preso a uma mola
a velocidade máxima implica
de constante elástica 200 N/m é de 4 m/s. Calcule a elongação desse corpo no momento que, nesse momento o corpo
1 está passando pela posição de
em que a energia potencial elástica for igual a do valor da energia cinética máxima.
16 equilíbrio, ou seja, em que a
Resolução energia cinética é máxima.
m ⋅ v2 2 ⋅ 42 Fique atento à informação
Calculando a energia cinética máxima, temos: Ecin. máx. = = = 16 J solicitada. A elongação, nesse
2 2
1 caso, não é a máxima distensão/
Já a energia potencial elástica, sendo da cinética, será dada por: contração da mola, já que
16
não houve a totalidade de
1 k ⋅ x2 1 200 ⋅ x 2 transformação da energia
Epot. = · Ecin. máx. s = ⋅ 16 s = 1 s x = –0,1 m ou x = 0,1 m
16 2 16 2 cinética em potencial.
FÍSICA

13
Conexões
As equações da elongação, da velocidade do MHS e os gráficos
das funções trigonométricas seno e cosseno
A Trigonometria define objetivamente as funções seno e cosseno de um ângulo da seguinte forma:
I. Função seno
Dado um ângulo cuja medida dada em radianos é x, chamamos de função seno a função que associa a cada x 3 ® o número
(sen x) 3 ®. Indicamos essa função por: f(x) = sen (x)
O gráfico da função seno, no plano cartesiano, será uma curva denominada senoide. Atribuindo valores ao arco x, pode-se
chegar ao gráfico.

y
1
3π π
– –
2 –π 2 2π
–2π 0 π π 3π x
2 2

–1 2π rad
Período

Propriedades:
• Domínio: ® • Imagem: [−1; 1] • Período: 2π rad

II. Função cosseno


Dado um ângulo cuja medida dada em radianos é x, chamamos de função cosseno a função que associa a cada x 3 ® o
número (cos x) 3 ®. Indicamos essa função por: f(x) = cos (x)
O gráfico da função cosseno, no cartesiano, será uma curva denominada cossenoide. Atribuindo valores ao arco x, pode-se
chegar ao gráfico.

y
1
3π π 3π
– –
2 –π 2 2 2π
–2π 0 π π x
2

–1 2π rad
Período

Propriedades:
• Domínio: ® • Imagem: [–1; 1] • Período: 2π rad
Disponível em: <www.infoescola.com/matematica/funcoes-trigonometricas/>. Acesso em: 13 jul. 2015. (Adaptado.)

A função horária da elongação de um corpo em MHS é uma função cosseno:


x = A ⋅ cos (θ0 + ω ⋅ t)
Em que o símbolo f(x) é substituído simplesmente por x, e, por ser uma função horária, esta é uma função da variável t.
Entretanto, os fatores A, da função cosseno, ω, da variável t e a parcela θ0, do argumento da função, conferem a essa fun-
ção horária maior complexidade.
Da mesma forma, a função horária da velocidade de um corpo em MHS é uma função seno:
v = –ω ⋅ A ⋅ sen (θ0 + ω ⋅ t)
Em que: f(x) = v, sendo os fatores multiplicativos: –ω ⋅ A, da função seno; ω, da variável t e a parcela θ0, do argumento
da função.

Com base nessas comparações, questione o professor de Matemática com relação à influência, nos gráficos, domínios,
imagens e períodos dessas funções, de cada uma das variáveis:
a) fatores A e –A;
b) fator ω;
c) parcela θ0.
Professor, confira no manual as respostas às questões e mais informações sobre o tema de estudo.

14 CAPÍTULO 1
Atividades
13. Sobre um segmento de reta, uma partícula realiza um MHS 15. (Ufla-MG) Um corpo de massa 10 kg é preso a uma mola
de amplitude 10 cm, presa a uma mola de constante elás- e oscila horizontalmente sobre uma superfície totalmente
tica 100 N/m. Calcule: isenta de atrito.
a) a energia potencial elástica da partícula em uma extre-
midade do movimento;
k ⋅ x2
EP =
2
k ⋅ A2 100 ⋅ (0,1)2
Na extremidade: x = A s EP = = = 0,5 J x
2 2

b) a energia cinética da partícula na posição de equilíbrio.


0,20 m x
Emec. = Ecin. + Epot. = cte
Nas extremidades: Ecin. = 0 s Emec. = Epot. = 0,5 J
Na posição de equilíbrio: Epot. = 0 s Ecin. = Emec. = 0,5 J

– 0,20 m x

O gráfico da energia potencial elástica Epot. elást. em função


14. (Vunesp) Em um parque de diversões, existe uma atração da elongação da mola é mostrado a seguir.
na qual o participante tenta acertar bolas de borracha na Epot. elást.
boca da figura de um palhaço que, presa a uma mola ideal,
oscila em movimento harmônico simples entre os pontos
extremos A e E, passando por B, C e D, de modo que em 20
C, ponto médio do segmento AE a mola apresenta seu
comprimento natural, sem deformação.
Reprodução / Vunesp, 2016.

– 0,2 0 0,2 x (m)

Desse modo, a constante elástica da mola e a velocidade


do corpo na posição 0,1 m são, respectivamente:
a) 100 N/m e 0,5 m/s
Uma pessoa, ao fazer suas tentativas, acertou a primeira b) 100 N/m e 1,0 m/s
bola quando a boca passou por uma posição em que o c) 1 000 N/m e 2 m/s
módulo de sua aceleração é máximo e acertou a segunda d) 1 000 N/m e 3 m/s
bola quando a boca passou por uma posição onde o mó- e) 1 000 N/m e 2 m/s
dulo de sua velocidade é máximo. Dos pontos indicados No ponto de maior elongação da mola, temos:
na figura, essas duas bolas podem ter acertado a boca da k ⋅ x2 k ⋅ (0, 2)2
figura do palhaço, respectivamente, nos pontos: Epot. elást. = s 20 = s 40 = k ⋅ 0,04 s
2 2
a) A e C d) E e B 40
sk= = 1 000 N/m
b) B e E e) B e C 0, 04
c) C e D Na posição x = 0,1 m, a Epot. elást. é dada por:
O módulo da aceleração é máximo nos pontos de maior elonga-
k ⋅ x2 1 000 ⋅ (0,1)2
ção (A e E), ou seja, onde a força elástica tem maior intensidade. Epot. elást. = = =5J
Já o módulo da velocidade é máximo em C, ponto em que 2 2
toda energia potencial elástica foi transformada em energia Pela conservação da energia, temos que:
cinética. Ecin. + Epot. elást. = 20 J e para x = 0,1 m s Ecin. = 20 – 5 = 15 J
Alternativa a
m ⋅v2 10 ⋅ v 2
Assim: Ecin. = s 15 = s 30 = 10 ⋅ v2 s
2 2
s v2 = 3 s v = 3 m/s
Alternativa d
FÍSICA

15
16. (UFPB) Um bloco de 1 kg, preso a uma mola de constante 18. (UPE) Um pêndulo ideal de massa m = 0,5 kg e comprimen-
elástica k = 800 N/m e massa desprezível, oscila sobre um to L = 1,0 m é liberado do repouso a partir de um ângulo θ
plano horizontal sem atrito com amplitude A = 0,5 m. muito pequeno. Ao oscilar, ele interage com um obstáculo
No instante em que a energia cinética do bloco se iguala em forma de cubo, de aresta d, que está fixado ao teto.
à energia potencial da mola, a velocidade do bloco vale:
a) 10 m/s

Reprodução / UPE, 2015.


b) 20 m/s
c) 30 m/s
d) 40 m/s
e) 50 m/s
No MHS, a energia mecânica é constante e dada por:
A2 (0, 5)2 Sabendo que o período de oscilação do pêndulo é igual
Emec. = k ⋅ = 800 ⋅ = 100 J
2 2 a T = 1,5 s, e que a aceleração da gravidade no local do
Emec. = Ecin. + Epot., mas na condição descrita:
experimento tem módulo a = π2 m/s2, determine o valor
v2
Ecin. = Epot. s Emec. = 2 ⋅ Ecin. = 2 ⋅ m ⋅ = 100 s de d em metros.
2
a) 0,25 m d) 1,00 m
s 1 ⋅ v2 = 100 s v = 10 m/s
Alternativa a b) 0,50 m e) 1,50 m
c) 0,75 m
Em dois intervalos distintos, temos dois pêndulos diferentes
com comprimentos L e L – d.
Assim, podemos escrever a expressão para seus períodos
como:
L
17. (PUCC-SP) Alguns relógios utilizam-se de um pêndulo sim- T1 = 2π ⋅
g T1 T
ples para funcionarem. Um pêndulo simples é um objeto Ttotal = + 2 s
L–d 2 2
preso a um fio que é colocado a oscilar, de acordo com a T2 = 2π ⋅
g
figura abaixo.
L L–d
s 2 ⋅ Ttotal = 2π ⋅ + 2π ⋅
Reprodução / PUC-SP, 2017.

g g
Assim, para Ttotal = 1,5 s, temos:
1 1– d
1,5 = π ⋅ +π⋅ s 1,5 = 1 + 1– d s
π2 π2
s 1,5 – 1 = 1 – d s
s 1 – d = (0,5)2 s d = 0,75 m
Alternativa c
Desprezando-se a resistência do ar, este objeto estará su-
jeito à ação de duas forças: o seu peso e a tração exercida
pelo fio. Pode-se afirmar que enquanto o pêndulo oscila,
19. (UPF-RS) Um pêndulo simples, de comprimento de 100 cm,
a tração exercida pelo fio:
executa uma oscilação completa em 6 s, num determinado
a) tem valor igual ao peso do objeto apenas no ponto
local. Para que esse mesmo pêndulo, no mesmo local,
mais baixo da trajetória.
execute uma oscilação completa em 3 s, seu comprimento
b) tem valor igual ao peso do objeto em qualquer ponto deverá ser alterado para:
da trajetória.
a) 200 cm d) 50 cm
c) tem valor menor que o peso do objeto em qualquer
b) 150 cm e) 25 cm
ponto da trajetória.
c) 75 cm
d) tem valor maior que o peso do objeto no ponto mais Calculando a razão entre os períodos, nas duas situações,
baixo da trajetória. temos:
e) e a força peso constitui um par ação-reação. L
2π ⋅ 1
a) (F) Somente se o pêndulo estivesse em repouso. T1 g T L1 T l T2 ⋅ l
= s 1 = s L2 = 2 1 s L2 = 2 2 1 s
b) (F) O bloco está em movimento. T2 L T2 L2 T1 T1
2π ⋅ 2
c) (F) Nesse caso, haveria rompimento da corda. g
e) (F) Conforme a 3a lei de Newton, as forças que compõem o
par ação-reação, atuam em corpos diferentes. (3)2 ⋅ 100
s L2 = s L2 = 25 cm
Alternativa d (6)2
Alternativa e

16 CAPÍTULO 1
20. +Enem [H1] Um modelo simples para descrever a emissão Sabendo-se que a massa do elétron é 9 ⋅ 10–31 kg, o valor
de radiação por um metal aquecido é considerar que os que mais se aproxima da constante k da “mola” a qual o
elétrons que o constituem oscilam em movimento harmô- elétron deve estar ligado é:
nico simples, como se fossem massas presas em uma mola. a) 6 N/m d) 6 000 N/m
Nesse modelo, a frequência f de oscilação é dada por: b) 60 N/m e) 60 000 N/m
1 k c) 600 N/m
f= ⋅
2π m 1 k 1 k
na qual k é a constante da mola, e m é a massa presa à f= ⋅ s 4 ⋅ 1014 = ⋅ s
2π m 2π 9 ⋅ 10 –31
mola. Considere, por exemplo, um elétron do filamento 1 k
de uma lâmpada incandescente que oscila preso a uma s 16 ⋅ 1028 = ⋅ s
4π 2 9 ⋅ 10 –31
“mola” de constante elástica k e que emite luz verme- s k = 4π2 ⋅ 16 ⋅ 1028 ⋅ 9 ⋅ 10–31 s k H 6 N/m
lha, cuja frequência é de, aproximadamente, 4 ⋅ 1014 Hz. Alternativa a

Tarefa proposta 11 a 32
Complementares
21. (UEM-PR) Um corpo com massa igual a 2,0 kg oscila sobre 23. (Ufes) Um projétil de massa m = 50 g colide frontalmente
uma mesa horizontal lisa, preso a uma mola também hori- com um bloco de madeira de massa M = 3,95 kg, ficando
zontal, cuja constante elástica vale 200 N/m. A amplitude alojado em seu interior. O bloco está preso a uma mola de
da oscilação é 10 cm. Analise as afirmativas a seguir. constante elástica k = 1,0 N/m, como mostra a figura.
(01) A força que a mola exerce sobre o corpo é constante
e vale 20 N. k
m
(02) Se nenhuma força externa agir sobre o sistema, ele M
oscilará indefinidamente.
(04) A frequência angular de oscilação é 10 rad/s. Antes da colisão, o bloco estava na posição de equilíbrio da
(08) O módulo da velocidade máxima do corpo é 1,0 m/s mola. Após a colisão, o sistema realiza um movimento har-
e ocorre no ponto de máximo deslocamento, em mônico simples de amplitude A = 30 cm. A resistência do ar
relação à posição de equilíbrio. e o atrito entre a superfície e o bloco são desprezíveis. O mó-
π dulo da velocidade do projétil, pouco antes de atingir o blo-
(16) O período de oscilação é s. co, e a frequência das oscilações, valem, respectivamente:
5
Dê a soma dos números dos itens corretos. a) 10 m/s e (2π)–1 Hz
22. (UFSC) Pedro, Tiago, João e Felipe resolveram comprar b) 10 m/s e (4π)–1 Hz
um carro do ano 2000, mas se esqueceram de verifi- c) 12 m/s e (2π)–1 Hz
car os registros sobre as revisões periódicas. A fim de d) 12 m/s e (4π)–1 Hz
evitar problemas físicos devido ao excesso de oscilação e) 16 m/s e (3π)–1 Hz
do carro durante viagens longas, decidem analisar a
24. (Fuvest-SP) Um pêndulo simples, constituído por um fio
qualidade dos amortecedores. Eles modelam o carro,
de comprimento L e uma pequena esfera, é colocado
na situação em que estão os quatro como passageiros,
em oscilação. Uma haste horizontal rígida é inserida per-
como um único corpo sobre uma mola ideal, realizando
pendicularmente ao plano de oscilação desse pêndulo,
um MHS. Então, eles fazem três medidas, obtendo os
interceptando o movimento do fio na metade do seu
seguintes valores:
comprimento, quando ele está na direção vertical.
a) 1 000 kg para a massa do carro; A partir desse momento, o período do movimento da es-
b) 250 kg para a soma de suas massas; fera é dado por:
c) 5,0 cm para a compressão da mola quando os quatro Note e adote:
estavam dentro do carro parado. • A aceleração da gravidade é g.
Sobre o MHS e com base no exposto acima, é correto • Ignore a massa do fio.
afirmar que: • O movimento oscilatório ocorre com ângulos pequenos.
(01) a frequência e o período do MHS realizado depen- • O fio não adere à haste horizontal.
dem da amplitude.
L L L
(02) a frequência de oscilação do carro com os passagei- a) 2π d) 2π +
g g 2g
5
ros é de 2 Hz.
π L  L L 
(04) A energia cinética é máxima na posição de equilíbrio. b) 2π e) π  +
2g  g 2g 
(08) a constante elástica da mola é 25 ⋅ 104 N/m.
(16) o período de oscilação do carro vazio é de 1,0 s. L L
c) π +
Dê a soma dos números dos itens corretos. g 2g
FÍSICA

17
Tarefa proposta
1. (Enem) Um enfeite para berço é constituído de um aro
metálico com um ursinho pendurado, que gira com ve-
locidade angular constante. O aro permanece orientado

Reprodução / UFPR.
na horizontal, de forma que o movimento do ursinho seja
projetado na parede pela sua sombra.
Enquanto o ursinho gira, sua sombra descreve um
movimento:
a) circular uniforme.
b) retilíneo uniforme.
c) retilíneo harmônico simples.
d) circular uniformemente variado.
Com base no gráfico, determine:
e) retilíneo uniformemente variado.
a) O período e a frequência do sistema peça-mola;
2. (Ufla-MG) O gráfico a seguir representa a elongação de
b) Os instantes em que a velocidade da peça é nula. Jus-
um corpo em movimento harmônico simples (MHS) em
tifique a sua resposta;
função do tempo.
c) Os instantes em que a aceleração da peça é máxima.
x (m)
Justifique a sua resposta.
+5 5. (Enem) A corrida dos 100 m rasos é uma das principais
provas do atletismo e qualifica o homem mais rápido do
mundo. Um corredor de elite foi capaz de percorrer essa
0 2 4 6 8 t (s) distância em 10 s, com 41 passadas. Ele iniciou a corrida
com o pé direito.
–5
O período de oscilação do pé direito desse corredor foi
mais próximo de:
1
A amplitude, o período e a frequência para esse movi- a) s d) 2 s
mento são dados, respectivamente, por: 10
1
1 b) s e) 4 s
a) 10 m; 4 s; Hz 4
8
1
1 c) s
b) 5 m; 4 s; Hz 2
4
6. (UFPB) Para agilizar o preparo de massa de cimento, uma
1
c) 10 m; 8 s; Hz construtora adquire uma peneira automática do tipo vai-
4
vém, conforme figura a seguir.
1
d) 5 m; 8 s; Hz
8
1
e) 0; 8 s; Hz
8
3. (UFPB) Uma criança encontra uma mola em repouso, pendu-
rada no teto da garagem de sua casa. Resolve então prender
nessa mola um objeto, sustentando-o inicialmente com a
mão. Ao soltá-lo, verifica que esse objeto desce 50 cm em
1 s, quando então volta a subir, passando a executar um
MHS, com amplitude e período dados respectivamente por:
a) 1 m e 1 s
ão

b) 50 cm e 1 s prod
Re

c) 25 cm e 2 s
d) 1 m e 2 s Disponível em: <www.patentesonline.com.br>. Acesso em: 30 set. 2010.

e) 25 cm e 1 s O motor acoplado à peneira está programado para produ-


4. (UFPR) A peça de uma máquina está presa a uma mola e zir um movimento de vaivém que simule um movimento
executa um movimento harmônico simples, oscilando em harmônico simples. Suponha que a peneira tenha sido ins-
uma direção horizontal. O gráfico a seguir representa a talada sobre um terreno plano e que suas bases estão fixa-
posição x da peça em função do tempo t, com a posição das ao solo, de modo que toda a vibração na peneira seja
de equilíbrio em x = 0. exclusivamente produzida pelo motor. Dessa maneira, ao

18 CAPÍTULO 1
se ligar o motor, constata-se que o movimento de vaivém 9. (Ifsul-RS) Uma partícula oscila em movimento harmônico
periódico impresso à peneira se repete a cada 2 s e que simples ao longo de um eixo x entre os pontos x1 = –35 cm
a amplitude do movimento é de 0,5 m. Com base nessas e x2 = 15 cm. Sabe-se que essa partícula leva 10 s para sair
informações, julgue (V ou F) estas afirmativas: da posição x1 e passar na posição x = –10 cm.
(Dado: π = 3) Analise as seguintes afirmativas referentes ao movimento
dessa partícula:
I. O período do movimento de vaivém é de 4 s.
I. A amplitude do movimento é igual a 50 cm e a posi-
II. A frequência do movimento de vaivém é de 0,5 Hz.
ção de equilíbrio é o ponto x = 0.
III. A frequência angular do movimento de vaivém é de
II. Na posição x = –10 cm, a velocidade da partícula atin-
3 rad/s.
ge o valor máximo.
IV. A velocidade máxima da peneira é de 1,5 m/s.
III. Nos pontos x1 = –35 cm e x2 = 15 cm, a velocidade da
V. A aceleração máxima da peneira é de 4,5 m/s2. partícula é nula.
7. (UFSC) Assinale a afirmativa incorreta. IV. O período do movimento é 10 s.
a) A velocidade de um corpo em MHS pode ter sentido Estão corretas apenas as afirmativas:
oposto ao de sua aceleração, quando não nula. a) I e II
b) A velocidade e a aceleração de um corpo em MHS b) II e III
nunca são simultaneamente nulas.
c) I e IV
c) Nos extremos do MHS, a elongação tem o mesmo va-
d) III e IV
lor da amplitude, em módulo.
10. (AFA-SP)
d) A aceleração de um corpo em MHS é constante em
módulo. Como a hipermetropia acontece na inf‰ncia:
e) A velocidade de um corpo em MHS é máxima na po- É muito comum bebês e crianças apresentarem algum
sição de elongação zero e nula nos pontos de elonga- tipo de erro refrativo, e a hipermetropia é o caso mais
ção máxima (em módulo). constante. Isso porque este tipo de ametropia (erro de re-
fração) pode se manifestar desde a fase de recém-nascido.
8. +Enem [H17] Quando a corda de uma guitarra é tocada,
A hipermetropia é um erro de refração caracterizado pelo
seus pontos vibram executando movimentos harmônicos modo em que o olho, menor do que o normal, foca a ima-
simples. Nesse tipo de movimento, a distância x de um gem atrás da retina. Consequentemente, isso faz com que
ponto da corda até sua posição de equilíbrio varia com a visão de longe seja melhor do que a de perto. (...)
o tempo t de acordo com uma função periódica senoidal
De acordo com a Dra. Liana, existem alguns fatores
dada por: que podem influenciar a incidência de hipermetropia
x = A ⋅ sen (θ0 + ω ⋅ t) em crianças, como o ambiente, a etnia e, principalmente,
em que: A é a amplitude de oscilação, θ0 é ângulo de a genética. “As formas leves e moderadas, com até seis
fase inicial e ω é a frequência angular que se relaciona dioptrias, são passadas de geração para geração (autos-
com a frequência f de vibração da corda de acordo com sômica dominante). Já a hipermetropia elevada é herdada
ω = 2π ⋅ f. dos pais (autossômica recessiva)”, explicou a especialista.
A figura a seguir mostra o gráfico do deslocamento x A médica ainda relatou a importância em identificar,
de um ponto da corda de uma guitarra em função prematuramente, o comportamento hipermétrope da
do tempo. criança, caso contrário, esse problema pode afetar a rotina
x (mm)
visual e funcional delas. “A falta de correção da hiperme-
1,0 tropia pode dificultar o processo de aprendizado, e ainda
pode reduzir, ou limitar, o desenvolvimento nas atividades
0,5 da criança. Em alguns casos, pode ser responsável por
0 repetência, evasão escolar e dificuldade na socialização,
0,5 1,0 1,5 2,0 t (ms)
requerendo ações de identificação e tratamento”, concluiu
a Dra. Liana.
–0,5
Os sintomas relacionados à hipermetropia, além da
dificuldade de enxergar de perto, variam entre: dores de
–1,0
cabeça, fadiga ocular e dificuldade de concentração em
Para esse ponto da corda, temos que a amplitude A e a leitura. (...)
frequência angular ω são respectivamente: O tratamento utilizado para corrigir este tipo de ano-
a) A = 0,5 mm e ω = 100π rad/s malia é realizado através da cirurgia refrativa. O uso de
b) A = 1,0 mm e ω = 1 000π rad/s óculos (com lentes esféricas) ou lentes de contato corre-
tivas é considerado método convencional, que pode solu-
c) A = 1,0 mm e ω = 500π rad/s
cionar o problema visual do hipermétrope.
d) A = 2,0 mm e ω = 500π rad/s Disponível em: <www.cbo.net.br/novo/publicacao/
e) A = 2,0 mm e ω = 1 000π rad/s revista_vejabem>. Acesso em: 18 fev. 2017.
FÍSICA

19
De acordo com o texto acima, a hipermetropia pode Dada uma velocidade inicial ao bloco, na direção do eixo x,
ser corrigida com o uso de lentes esféricas. Dessa ma- este vibrará com frequência angular igual a:
neira, uma lente corretiva, delgada e gaussiana, de
vergência igual a +2di, conforme figura a seguir, é a)
k1k 2
c)
(k1 – k2 )
utilizada para projetar, num anteparo colocado a uma m ( k1 + k 2 ) 2m
distância p' da lente, a imagem de um corpo luminoso
b)
(k1 + k2 ) d)
(k1 + k2 )
que oscila em movimento harmônico simples (MHS).
2m m
A equação que descreve o movimento oscilatório des-
 π 13. (UEL-PR) Um corpo de massa m é preso à extremidade de
se corpo é y = (0,1) sen  4t +  .
 2 uma mola helicoidal que possui a outra extremidade fixa.
O corpo é afastado até o ponto A e, após abandonado,
Reprodução / AFA-SP, 2018.

oscila entre os pontos A e B.

A O B

Considere que a equação que descreve a oscilação proje-


Pode-se afirmar corretamente que a:
 3π 
tada no anteparo é dada por y' = (0,5) sen  4t + (SI). a) aceleração é nula no ponto O.
 2 
b) aceleração é nula nos pontos A e B.
Nessas condições, a distância p', em cm, é:
c) velocidade é nula no ponto O.
a) 100 c) 300
d) força é nula nos pontos A e B.
b) 200 d) 400
e) força é máxima no ponto O.
11. (Escola Naval-RJ) Analise a figura abaixo.
14. (UFG-GO) Um sistema massa-mola consiste de uma partí-
Reprodução / Escola Naval-RJ, 2015.

cula de massa m presa a uma mola de constante elástica k,


conforme figura a seguir. Esse sistema é posto a oscilar
sobre uma superfície plana sem atrito, executando um mo-
vimento de vaivém em torno de uma posição de equilíbrio.
A figura acima mostra duas molas ideais idênticas presas Considerando-se que o deslocamento seja medido em re-
a um bloco de massa m e a dois suportes fixos. Esse bloco lação à posição de equilíbrio, é correto afirmar:
está apoiado sobre uma superfície horizontal sem atrito e
oscila com amplitude A em torno da posição de equilíbrio
m
x = 0.
A x=0 x
Considere duas posições do bloco sobre o eixo x: x1 =
4
(01) O movimento executado é harmônico simples, e o
3A
e x2 = . Sendo v1 e v2 as respectivas velocidades do maior valor de x é chamado de amplitude.
4
bloco nas posições x1 e x2, a razão entre os módulos das (02) A mola aplica à massa uma força de intensidade
v1 dada por k ⋅ x, sempre orientada para a posição de
velocidades, , é: equilíbrio.
v2
15 15 (04) Nesse sistema, a energia mecânica total se conserva,
a) d)
7 16 apesar de as energias cinética e potencial elástica
7 16 variarem.
b) e)
15 7 (08) No ponto de maior valor de x, a velocidade é máxi-
7 ma e, no ponto de equilíbrio (x = 0), a energia po-
c)
16 tencial elástica é mínima.
12. (Uece) Um bloco de massa m, que se move sobre uma su- (16) O gráfico da energia potencial elástica em função
perfície horizontal sem atrito, está preso por duas molas de da posição é um arco de parábola com concavidade
constantes elásticas k1 e k2 e massas desprezíveis com rela- voltada para cima.
ção ao bloco, entre duas paredes fixas, conforme a figura. (32) O período de oscilação do sistema é dado por
Reprodução / Uece, 2009.

2π ⋅ m , que indica que, quanto maior a ampli-


k
tude do movimento, maior será o intervalo de
tempo para uma oscilação.
Dê a soma dos números dos itens corretos.

20 CAPÍTULO 1
15. (UFSM-RS) A figura a seguir representa um bloco que, a) Encontre, por meio do gráfico, a constante da mola
deslizando sem atrito sobre uma superfície horizontal, se desse oscilador.
choca frontalmente contra a extremidade de uma mola b) O tubo oscilante é constituído de 90 átomos de carbono.
ideal, cuja extremidade oposta está presa a uma parede Qual é a velocidade máxima desse tubo, sabendo-se
vertical rígida. Selecione a alternativa que preenche cor- que um átomo de carbono equivale a uma massa de
retamente as lacunas no parágrafo a seguir, na ordem em 2 ⋅ 10–26 kg?
que elas aparecem. 17. (Uece) Em um oscilador harmônico simples, a energia po-
v0 tencial na posição de energia cinética máxima:
a) tem um máximo e diminui na vizinhança desse ponto.
m b) tem um mínimo, aumenta à esquerda e se mantém
constante à direita desse ponto.
c) tem um mínimo e aumenta na vizinhança desse ponto.
Durante a etapa de compressão da mola, a energia cinética
d) tem um máximo, aumenta à esquerda e se mantém
do bloco e a energia potencial elástica armazenada no
constante à direita desse ponto.
sistema massa-mola . No ponto de inversão do movi-
mento, a velocidade do bloco é zero e sua aceleração é . 18. (UEM-PR) Uma das extremidades de uma mola está fixa
ao teto. Um estudante coloca e retira algumas vezes uma
a) aumenta – diminui – zero
massa de 0,5 kg na extremidade livre dessa mola. A massa
b) diminui – aumenta – máxima
é solta lentamente até atingir o equilíbrio. Para cada vez,
c) aumenta – diminui – máxima ele registra a distensão sofrida pela mola, (xi), como mos-
d) diminui – aumenta – zero tram os dados a seguir:
e) diminui – diminui – zero x1 = 9,9 cm; x2 = 10,2 cm; x3 = 9,8 cm; x4 = 10,3 cm;
16. (Unicamp-SP) Os átomos de carbono têm a propriedade de se x5 = 9,8 cm.
ligarem, formando materiais muito distintos entre si, como o Considere a aceleração da gravidade de 10 m/s2. Sobre a
diamante, a grafite e os diversos polímeros. Há alguns anos, experiência acima, assinale o que for correto.
foi descoberto um novo arranjo para esses átomos: os na- (01) O valor médio dessas distensões é 10,1 cm.
notubos, cujas paredes são malhas de átomos de carbono. (02) A constante elástica da mola vale 5 N/m.
O diâmetro desses tubos é de apenas alguns nanômetros (04) Se o estudante deixar essa massa realizar movimento
(1 nm = 10–9 m). Mais recentemente, foi possível montar harmônico simples vertical, o período de oscilação é
um sistema no qual um “nanotubo de carbono” fechado de aproximadamente 1,25 s.
nas pontas oscila no interior de outro nanotubo de diâme- (08) Independentemente da amplitude inicial, o período é
tro maior e aberto nas extremidades, conforme a ilustração sempre o mesmo no movimento harmônico simples.
adiante. As interações entre os dois tubos dão origem a uma
(16) A energia mecânica desse oscilador é 25 A2 J, onde A
força restauradora, representada no gráfico a seguir.
é a amplitude desse movimento harmônico simples.
(Dado: 1 nN = 10–9 N) Dê a soma dos números dos itens corretos.
A) E) 19. (PUC-MG) Uma partícula de massa 0,50 kg move-se sob
a ação apenas de uma força, à qual está associada uma
energia potencial U(x), cujo gráfico em função de x está
B) F) representado na figura adiante. Esse gráfico consiste em
uma parábola passando pela origem. A partícula inicia o
movimento a partir do repouso, em x = –2,0 m.
C) G) U (J)

D)
1,0

Força (nN)
1,5
F

E 1,0 – 1,0 1,0 x (m)

0,5
Sobre essa situação, é falso afirmar que:
A
a) a energia mecânica dessa partícula é 8,0 J.
–30 –20 –10 10 20 30 x (nm)
–0,5 b) a velocidade da partícula, ao passar por x = 0, é 4,0 m/s.
D B c) em x = 0, a aceleração da partícula é zero.
–1,0
d) quando a partícula passar por x = 1,0 m, sua energia
–1,5 C cinética será 3,0 J.
FÍSICA

21
20. (UEPG-PR) Um objeto de massa m = 0,1 kg está preso a
uma mola de constante elástica k = 0,4π2 N/m. A mola é

Reprodução / AFA-SP, 2017.


esticada em 10 cm, pela aplicação de uma força externa,
o conjunto é então solto e começa a oscilar, efetuando
um movimento harmônico simples. Na ausência de forças
dissipativas, assinale o que for correto.
(01) O período do movimento é 1 s.
(02) A amplitude de oscilação é 10 cm.
(04) A energia potencial elástica da mola quando ela Considere que não existam forças dissipativas nos quatro
está esticada em 10 cm é 4 ⋅ 10–2 π2 J. experimentos; que, nos experimentos II e IV, as molas se-
(08) O módulo da força elástica exercida pela mola para jam ideais e que as massas oscilem em trajetórias perfei-
um alongamento de 10 cm é 2 ⋅ 10–2 π2 N. tamente retilíneas; que no experimento III o fio conectado
(16) A energia cinética do objeto no ponto de equilíbrio à massa seja ideal e inextensível; e que nos experimentos
é 4 ⋅ 10–2 π2 J. I e III a massa descreva uma trajetória que é um arco de
Dê a soma dos números dos itens corretos. circunferência.
Nessas condições, os experimentos em que a partícu-
21. (UPM-SP) Um oscilador harmônico é constituído de um
la oscila certamente em movimento harmônico simples
corpo de massa igual a 0,50 kg preso a uma mola he-
são, apenas:
licoidal de constante elástica k = 450 N/m, conforme
a ilustração. No instante em que o corpo se encon- a) I e III
tra na posição A, situada 10 cm abaixo da posição de b) II e III
equilíbrio, o conjunto é abandonado e passa a oscilar c) III e IV
livremente. Na posição de equilíbrio, a velocidade do d) II e IV
corpo tem módulo: 23. (Uece) Se fossem desprezados todos os atritos e retirados
os amortecedores, um automóvel parado em uma via
horizontal poderia ser tratado como um sistema massa
mola. Suponha que a massa suspensa seja de 1 000 kg e
que a mola equivalente ao conjunto que o sustenta tenha
coeficiente elástico k.
Posição
Direção do Como há ação também da gravidade, é correto afir-
movimento
de
durante a mar que, se o carro oscilar verticalmente, a frequência
equilíbrio
oscilação de oscilação:
A
a) não depende da gravidade e é função apenas do coe-
ficiente elástico k.
a) nulo. b) é função do produto da massa do carro pela gravidade.
b) igual a 1,0 m/s. c) não depende da gravidade e é função da razão entre
c) igual a 2,0 m/s. k e a massa do carro.
d) igual a 3,0 m/s. d) depende somente do coeficiente elástico k.
e) que depende da aceleração da gravidade local.
24. (Fuvest-SP) Considere três pêndulos, conforme indica
22. (AFA-SP) Uma partícula de massa m pode ser colocada a a figura. As massas de A e B são iguais e de valor
oscilar em quatro experimentos diferentes, como mostra 1 kg, e a massa de C é igual a 2 kg. Quando eles são
a Figura 1 abaixo. postos a oscilar, com pequenas amplitudes, podemos
afirmar que:

1m 1m
Reprodução / AFA-SP, 2017.

2m
A C

a) os três pêndulos possuem a mesma frequência.


b) a frequência do pêndulo B é maior que a dos pêndulos
A e C.
Para apenas duas dessas situações, tem-se o registro do grá- c) os pêndulos B e C possuem a mesma frequência.
fico senoidal da posição da partícula em função do tempo, d) os pêndulos A e C possuem a mesma frequência.
apresentado na Figura 2. e) o pêndulo C possui a maior frequência.

22 CAPÍTULO 1
25. (UFV-MG) Um pêndulo é solto, a partir do repouso, do a) Se o pêndulo for pendurado no ponto O e tiver um
ponto A indicado na figura a seguir. Ele gasta um tem- período de 0,8 segundos, qual deveria ser a altura
po igual a 2,0 segundos para percorrer a distância AC. mínima do relógio? Para facilitar seus cálculos, admi-
É correto afirmar que a frequência, o período e a amplitude ta g = π2 m/s2.
de oscilação do pêndulo são, respectivamente: b) Se o período do pêndulo fosse de 5 segundos, haveria
algum inconveniente? Justifique.
28. (AFA-SP) Três pêndulos simples 1, 2 e 3 que oscilam em
MHS possuem massas respectivamente iguais a m, 2m e
3m são mostrados na figura abaixo.
A C
B

Reprodução / AFA-SP, 2016.


a) 0,25 Hz; 4,0 s e AB
b) 0,50 Hz; 2,0 s e AB
c) 0,50 Hz; 2,0 s e AC
d) 0,25 Hz; 4,0 s e AC
26. (Uece) Considere um pêndulo de relógio de parede feito
com um fio flexível, inextensível, de massa desprezível Os fios que sustentam as massas são ideais, inextensíveis
e com comprimento de 24,8 cm. Esse fio prende uma e possuem comprimento respectivamente L1, L2 e L3.
massa puntiforme e oscila com uma frequência próxima Para cada um dos pêndulos registrou-se a posição (x), em
a 1 Hz. Considerando que a força de resistência do ar metro, em função do tempo (t) em segundo, e os gráfi-
seja proporcional à velocidade dessa massa, é correto cos desses registros são apresentados nas figuras 1, 2 e
afirmar que: 3 abaixo.
a) a força de atrito é máxima onde a energia potencial
gravitacional é máxima.
b) a energia cinética é máxima onde a energia potencial
é máxima.
c) A força de atrito é mínima onde a energia cinética é
máxima.
d) a força de atrito é máxima onde a energia potencial
gravitacional é mínima.
27. (Vunesp) Um estudante pretendia apresentar um relógio
Reprodução / AFA-SP, 2016.

de pêndulo numa feira de ciências com um mostrador de


5 cm de altura, como mostra a figura. Sabendo-se que,
para pequenas oscilações, o período de um pêndulo sim-
L
ples, é dado pela expressão T = 2π ⋅ , pede-se:
g

5 cm

Considerando a inexistência de atritos e que a aceleração


da gravidade seja g = π2 m/s2, é correto afirmar que:
L2 2
a) L1 = ;L = L e L = 3L1
3 2 3 3 3
L
b) L1 = 2L2; L2 = 3 e L3 = 4L1
2
L2 L3
c) L1 = ;L = e L3 = 16L1
4 2 4
d) L1 = 2L2; L2 = 3L3 e L3 = 6L1
FÍSICA

23
29. (UEG-GO) Leia o texto a seguir: O pêndulo simples ideal consiste em uma massa m pe-
Os dez mais belos experimentos da F’sica quena (para que o atrito com o ar possa ser desprezado)
A edição de setembro de 2002 da revista Physics World presa a um fio de massa desprezível e comprimento L,
apresentou o resultado de uma enquete realizada entre como mostra a figura acima. Para oscilações pequenas,
seus leitores sobre o mais belo experimento da física. o período T e a frequência angular ω são relacionados
Na tabela a seguir, são listados os dez experimentos 2π  L
mais votados. de forma que T = = 2π ·  g  , onde g é a acelera-
ω
Experimento da dupla fenda de Young, realizado com ção da gravidade. Com o intuito de determinar o valor da
1
elétrons aceleração da gravidade em sua casa, um aluno montou
2 Experimento da queda dos corpos, realizada por Galileu um pêndulo simples e mediu o período de oscilação para
3 Experimento da gota de óleo, realizada por Millikan diferentes comprimentos do fio. Ele usou uma régua gra-
Decomposição da luz solar com um prisma, realizada por duada em centímetros e um sensor de movimento para
4
Newton determinar a posição horizontal x do pêndulo em função
5 Experimento da interferência da luz, realizada por Young do tempo.
a) O gráfico abaixo mostra a posição horizontal do pên-
Experimento com a balança de torção, realizada por
6 dulo para dois experimentos, com comprimentos de
Cavendish
fios diferentes, em função do tempo. Com base nesses
Medida da circunferência da Terra, realizada por
7 resultados, calcule a razão entre os comprimentos dos
Eratóstenes
fios para os dois experimentos.
Experimento sobre o movimento de corpos em um plano
8
inclinado, realizado por Galileu

9 Experimento de Rutherford
Reprodução / UFJF.

10 Experiência do pêndulo de Foucault

O décimo mais belo experimento da física é o pêndulo


de Foucault. Nesse experimento, realizado em 1851, o
francês Jean Bernard Léon Foucault:
a) calculou o módulo da aceleração da gravidade local.
b) reforçou a existência do campo magnético terrestre. b) O aluno realizou novas medidas e montou o gráfico do
período do pêndulo ao quadrado em função do com-
c) demonstrou que a Terra tem forma arredondada.
primento do fio. Com base nesses resultados, calcule
d) provou que a Terra gira em torno de seu eixo.
o valor da gravidade encontrado pelo aluno.
30. (Unicamp-SP) Numa antena de rádio, cargas elétricas
oscilam sob a ação de ondas eletromagnéticas em dada
frequência. Imagine que essas oscilações tivessem sua ori-
gem em forças mecânicas e não elétricas: cargas elétricas
Reprodução / UFJF.

fixas em uma massa presa a uma mola. A amplitude do


deslocamento dessa “antena-mola” seria de 1 mm e a
massa de 1 g para um rádio portátil. Considere um sinal
de rádio AM de 1 000 kHz.
a) Qual seria a constante de mola dessa “antena-mola”?
1 k
A frequência de oscilação é dada por: f = em
2π m
que k é a constante da mola e m é a massa presa à mola. 32. +Enem [H17] Conta a lenda que o físico e matemático ita-
b) Qual seria a força mecânica necessária para deslocar liano Galileu Galilei, quando estava assistindo a uma missa,
essa mola de 1 mm? percebeu que um grande lustre pendurado no teto da igreja
31. (UFJF-MG) oscilava suavemente ao sabor de uma fraca brisa que aden-
trava pelas janelas. Usando sua própria pulsação, ele mediu o
tempo de ida e volta do lustre e descobriu, para sua surpresa,
que este não dependia da amplitude de oscilação. De fato,
hoje sabemos que o período T de oscilação de um pêndulo
Reprodução / UFJF.

simples que oscila com pequenas amplitudes é dado por:


L
T = 2π ⋅
g
em que: L é o seu comprimento e g é a aceleração da
gravidade local.

24 CAPÍTULO 1
Um relógio de pêndulo fabricado e calibrado em uma indústria de Oslo, na Noruega, é exportado para Belém do Pará, no
Brasil. Sabe-se que, em razão da forma da Terra e ao seu movimento de rotação, a aceleração da gravidade varia com a
latitude de acordo com o gráfico.
Gravidade x Latitude
9,84

9,83

9,82

Gravidade (m/s2)
9,81

9,80

9,79

9,78

9,77
10 20 30 40 50 60 70 80 90
Latitude (°)

Considerando que Belém está localizada aproximadamente sobre a linha do equador e que Oslo localiza-se a 60° de latitu-
de norte, pode-se dizer que o período de oscilação do pêndulo do relógio em Belém, em relação ao período de oscilação
em Oslo, é:
a) 2,0% maior. d) 0,2% maior.
b) 1,1% menor. e) 0,11% menor.
c) igual.

Vá em frente
Acesse
<https://phet.colorado.edu/sims/html/pendulum-lab/latest/pendulum-lab_pt_BR.html>. Acesso em: 30 mai. 2018.
No site, você poderá interagir com um simulador de pêndulo. Controle a amplitude, a velocidade e a força de resistência
do ar e observe os resultados. Além disso, verifique as transformações de energia durante o movimento oscilatório.

Autoavalia•‹o:
V‡ atŽ a p‡gina 95 e avalie seu desempenho neste cap’tulo.
FÍSICA

25
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ONDAS

OBJETIVOS
DO CAPÍTULO
No Brasil, a energia elétrica é produzida, na maioria das vezes, por usinas hidrelétricas.
► Identificar e classificar as
Além das “polêmicas” termelétricas e das usinas nucleares de Angra, o país investe em
ondas quanto à natureza e à
outras duas fontes de produção de energia elétrica renováveis.
forma de propagação.
Inaugurada em 2012, o projeto da Usina de Pecém, no Ceará, traz um novo conceito ► Compreender que uma onda
na busca de fontes renováveis de energia. Com tecnologia 100% nacional e com mínimo é uma perturbação que se
impacto ambiental, a estimativa é de que a usina esteja totalmente pronta para funcionar propaga.
em 2020. ► Compreender que uma onda
transporta energia e não
Renata Mello/Pulsar Imagens

matéria.
► Compreender e analisar
fenômenos relacionados à
propagação de ondas.
► Compreender e avaliar as
relações entre comprimento
de onda, frequência e
velocidade de propagação.

Principais conceitos
que você vai aprender:
► Onda mecânica
► Onda eletromagnética
► Pulso de onda
► Frente de onda, frequência
► Comprimento de onda
► Período
► Onda longitudinal e
transversal
► Onda mista
Professor, aproveite esse momento
para trabalhar a habilidade 18 da
matriz curricular do Enem, que
consiste em: “Relacionar proprieda-
des físicas, químicas ou biológicas
A usina é composta de módulos, com um flutuador, um braço mecânico e uma bomba de produtos, sistemas ou procedi-
mentos tecnológicos às finalidades
conectada a um circuito de água doce. Com a passagem das ondas, os flutuadores reali- a que se destinam.”
zam movimento de subida e de descida, o que aciona bombas hidráulicas que fazem com No geral, as vantagens da utilização
de usinas de ondas estão relacio-
que a água doce confinada em tubulações circule em alta pressão. Em seguida, essa água nadas a questões ambientais, o
vai para um acumulador com água e ar comprimidos em uma câmara hiperbárica. baixo impacto e a grande extensão
do nosso litoral são pontos de
Com um litoral de mais de 8 km de extensão, o Brasil tem um enorme potencial para destaque. Uma das desvantagens
é o alto custo de instalação, já
ampliar essa tecnologia. que, apesar de simples, os equi-
pamentos devem ter estrutura
• Todo projeto tem suas vantagens e desvantagens. Quais são as vantagens desse tipo suficientemente forte para supor-
de usina? E as desvantagens? Os movimentos periódicos das ondas se mantêm sem- tarem mudanças significativas na
condição das ondas, principalmente
pre da mesma forma? em condições climáticas que envol-
vam tempestades. Essa mudança
Veremos neste capítulo que o estudo das ondas tem grande impacto em nossas vidas. de comportamento das ondas, por
causa das alterações climáticas, faz
com que elas não mantenham sem-
pre um movimento periódico igual.
26
Ondas
Vamos iniciar o estudo das ondas imaginando uma experiência simples: É colocada
uma folha sobre a superfície de uma poça de água em repouso. Nota-se que a folha flutua
na água, porque sua massa específica é menor que a massa específica da água.
Bate-se várias vezes uma varinha na superfície da água e esses choques produzem Definição
perturbações. Observa-se, então, que a folha realiza apenas movimentos de sobe e des-
Onda : perturbação produzida
ce, sem se deslocar ao longo da superfície do líquido. Isso acontece porque a água não é
em um meio que se propaga
arrastada durante a perturbação – ela simplesmente efetua um movimento oscilatório por meio deste, transportando
vertical. Assim, pode-se concluir que, ao bater com a varinha na superfície da água, forne- energia, mas não arrastando a
ce energia a ela. Essa energia manifesta-se na forma de perturbação, denominada onda. matéria.
Algumas ondas, como as eletromagnéticas, propagam-se pelo meio sem vibrar os pon-
tos desse meio.
Quando, em determinado meio, apenas uma perturbação é produzida, ela é deno-
minada pulso. Uma sucessão contínua de pulsos é denominada onda. Veja este outro
exemplo: Duas pessoas seguram as extremidades de uma corda, que é mantida esticada.
Uma das pessoas dá um solavanco na corda, gerando uma perturbação em uma de suas
pontas. Essa perturbação irá se propagar pela corda até atingir a outra extremidade. No-
vamente, temos o exemplo de um movimento ondulatório no qual a energia fornecida
pelo solavanco se propaga de uma ponta a outra da corda, mas os pontos da corda ape-
nas fazem um movimento para cima e para baixo, sem se deslocar com o pulso.
Pulso

Uma pessoa gera uma perturbação


em uma das extremidades de uma
corda, gerando um pulso que se
propaga pela corda.

Classificação das ondas


As ondas podem ser classificadas quanto a três critérios básicos: natureza, forma e
direção de propagação.

Quanto à natureza
Onda mecânica
Tipo de onda que se propaga somente em meios materiais (não se propaga no vácuo)

aldorado/Shutterstock
e necessita, para a propagação, da vibração dos pontos do meio. São exemplos o som, as
ondas produzidas na superfície da água ou em uma corda. O som é uma onda mecânica
(pelo fato de ser uma onda mecânica, não se propaga no vácuo).

Onda eletromagnética
Tipo de onda que se propaga em alguns meios materiais (transparentes) e também
no vácuo. Quando a onda se propaga por um meio material, ela não vibra os pontos do
meio. É o caso, por exemplo, da luz, das ondas de rádio e das ondas de TV. A luz é uma
Et_EM_2_
onda eletromagnética, que pode se propagar tanto no vácuo quanto em certos meios ma-
Cad8_Fís_
teriais. De forma simplificada, pode-se dizer que onda eletromagnética é formada pelas
Cap2_i002
oscilações de campos elétricos e magnéticos que se propagam no espaço. Dependendo
Arte manter
da frequência dessas oscilações, podemos ter vários tipos de ondas eletromagnéticas.
imagem do
y
material, pág.
22

x Forma combinada de duas ondas Antenas de rádio, TV e celular


z
transversais que compõem a transmitem informações por meio
onda eletromagnética. de ondas eletromagnéticas.
FÍSICA

27
Para ilustrar, na figura a seguir, temos o espectro eletromagnético, que mostra os prin-
cipais tipos de ondas eletromagnéticas em ordem decrescente de frequência.
f (Hz)

1023 1022 1021 1020 1019 1018 1017 1016 1015 1014 1013 1012 1011 1010 109 108 107 106 105

Raios gama Raios X Ultravioleta Infravermelhas Micro-ondas Ondas de rádio

Frequência diminui

Quanto à forma
Onda longitudinal
Uma onda é classificada como longitudinal quando sua direção de propagação coinci-
de com a direção de vibração dos pontos do meio.
Considere, por exemplo, uma mola mantida na horizontal, com uma das extremidades
presa em um suporte e a outra extremidade segura por uma pessoa. Em dado instante,
a pessoa comprime alguns anéis da mola e, em seguida, solta-a. Essa perturbação vai se
propagar pela mola em direção ao extremo oposto preso no suporte, conforme a figura:

Direção da propagação da onda: horizontal A perturbação produzida na mola


se propaga e vibra na mesma
Direção de vibração dos pontos da mola: horizontal direção, ou seja, na horizontal.

Outro exemplo de onda longitudinal são as ondas sonoras se propagando no ar; nelas
as moléculas do ar vibram na mesma direção em que a onda se propaga.
Direção de vibração das molŽculas do ar

Direção de propagação
da onda

Onda transversal
Onda cuja direção de propagação é perpendicular à direção de vibração dos pontos
do meio.
Considere, agora, uma corda, mantida na horizontal, com uma extremidade fixa em
um suporte e a outra segura por uma pessoa. Em dado instante, a pessoa faz um movi-
mento rápido de sobe e desce com a mão. Esse movimento forma um pulso (perturbação)
que se propaga pela corda.

A perturbação produzida na corda se


Direção da propagação da onda: horizontal propaga na horizontal, enquanto os
pontos da corda vibram na vertical
Direção de vibração dos pontos da corda: vertical (movimento de sobe e desce).
Outro exemplo de ondas transversais são as ondas eletromagnéticas.

Onda mista
Onda que combina ondas transversais com longitudinais. Sendo assim, os pontos do
meio oscilam tanto perpendicularmente como tangencialmente à direção de propagação
da onda.

28 CAPÍTULO 2
Quanto à direção de propagação
Unidimensional
Onda que se propaga em uma única direção, como as produzidas em uma corda.
Direção de propagação da onda.
As ondas que são produzidas
em uma corda de violão, por
exemplo, propagam-se em uma
única direção (unidimensional),
assim como a onda da ilustração.
Bidimensional
Onda que se propaga em uma superfície, como as que são produzidas na superfície da água.

Ondas bidimensionais (como as


mostradas na foto) propagam-se
em superfícies.

Tridimensional
Onda que se propaga no espaço, ou seja, em todas as direções. É o caso das ondas sonoras.

O fato de o som se propagar


em todas as direções (onda
tridimensional) permite que, em um
show, todas as pessoas possam ouvir
a música, e não apenas aquelas que
estão diante das caixas de som.

Desenvolva
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a
que se destinam.
A radiografia é uma técnica de obtenção de imagens do interior do corpo humano, por meio de raios X.
A técnica e os aparatos da radiografia foram desenvolvidos por Wilhelm Roentgen em 1895, na Alemanha. Inicialmente,
sem saber dos perigos da radiação, inúmeras pessoas começaram a utilizar a técnica indiscriminadamente para diversos fins.
Imagine entrar em uma loja de calçados e, ao experimentar alguns modelos, colocar os pés num aparelho para ver até onde
seus dedos estariam dentro deles? Os usos foram os mais diversos possíveis, chegando ao ponto de fotografar (radiografar)
uma pessoa de corpo inteiro. Não se conheciam ainda os riscos da radiação a que as pessoas eram submetidas, mas todos
estavam maravilhados com os raios desconhecidos (daí a denominação raios X), que podiam atravessar corpos opacos e “fo-
tografar” o interior deles, incluindo o corpo humano. Em função do uso indiscriminado, muitas pessoas acabaram morren-
do por desconhecimento dessa importante e perigosa técnica. A técnica e os aparatos da radiografia foram desenvolvidos
por Wilhelm Roentgen em 1895, na Alemanha. O primeiro aparelho de radiografia para uso médico chegou ao Brasil em 1897
e a primeira radiografia foi feita em 1898. A tomada das radiografias antigas era demorada (de 30 a 40 minutos) , expondo os
pacientes por um tempo prolongado aos raios X.
Com o tempo, o uso da radiação passou a ser
Marcin Balcerzak/Shutterstock

normatizado e controlado; a radiografia tornou-


-se o mais tradicional e conhecido método para
se obter imagem do interior do corpo; e Roent-
gen ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1901
pelo seu invento.

Pesquise quais as vantagens e as desvantagens


do uso da radiografia e monte um quadro com
as informações obtidas. Acrescente à pesquisa
os tipos de diagnóstico para os quais ela pode
ser utilizada.
FÍSICA

Professor, confira no manual as respostas às questões


e mais informações sobre o tema de estudo.
29
Contextualize
Se conseguíssemos visualizar a infinidade de ondas que

Tomas Simkus/Shutterstock
cruzam o espaço em que vivemos, certamente ficaríamos
espantados. Ao caminhar pelas ruas da cidade, é possível
ouvir o som dos motores dos automóveis, suas buzinas, o
som de uma serra vindo de uma construção de alguma edi-
ficação, todas ondas mecânicas, que podem ser facilmente
percebidas pelo nosso aparelho auditivo. Em relação às on-
das eletromagnéticas, conseguimos perceber as cores das
luzes dos semáforos, as luzes de um show de rock, a luz dos
postes de iluminação e dos faróis dos automóveis, mas não
conseguimos visualizar as ondas de rádio, os sinais das ope-
radoras de telefonia fixa ou móvel, os sinais dos canais de
TV aberta e a radiação UV que chega aos nossos olhos pela
luz solar.
Mesmo com esse congestionamento de ondas, por con-
ta das características específicas de cada uma, tudo parece
funcionar sem grandes problemas.
Não conseguimos ver as ondas sonoras (mecânicas), porém, dependendo das suas frequências, podem ser facilmente per-
cebidas, o que não ocorre com a maioria das ondas eletromagnéticas que não fazem parte do espectro visível. Algumas delas
podem ser nocivas ao nosso organismo e conhecê-las torna-se importante para que possamos nos proteger de seus efeitos.
Faça uma pesquisa e liste as características e os tipos de ondas que fazem parte desse congestionamento ondulatório.
Professor, confira no manual as respostas às questões e mais informações sobre o tema de estudo.

Atividades
1 . (PUC-MG) Os morcegos são capazes de emitir ondas de ul-
trassom com comprimento aproximadamente de 0,003 m.
Sobre as ondas emitidas por esses animais, assinale a op-
Reprodução / FCMMG, 2017.

ção correta.
a) São ondas eletromagnéticas que se propagam no vá-
cuo das cavernas.
b) São ondas longitudinais.
c) São ondas transversais.
d) São ondas mecânicas que se propagam no vácuo.
Ondas sonoras são ondas mecânicas e necessitam de um
Fonte: <http://ortocenter.com.br/wp-content/uploads/2015/04/
material para se propagar. Como vibram na mesma direção de ortocenter-tratamento-ondas-choque-1040x555.jpg>.
propagação são chamadas de ondas longitudinais
Alternativa b As ondas de choque podem ser entendidas como:
a) ondas luminosas que causam um pequeno aqueci-
mento nos pés.
b) ondas sonoras curtas que provocam uma reação no
organismo.
c) ondas elétricas que produzem pequenos choques nos
nervos.
d) ondas eletromagnéticas que atuam nos músculos le-
sionados.
As ondas de choque são classificadas como ondas ultrassôni-
2. (FCMMG) Em ortopedia, o Tratamento por Ondas de cas, cuja frequência é mais de 20 000 Hz, com pequeno com-
primento de onda (ondas curtas) que provoca reação mínima
Choque pode ser prescrito para tratar de diversos tipos no organismo.
de lesões. Especialmente indicado para problemas nas Alternativa b
inserções entre tendões e ossos, tais como as tendinites.
O dispositivo usado nesse tratamento está mostrado na
figura abaixo.

30 CAPÍTULO 2
3. (UEMG) A figura mostra três ondas diferentes. ( ) Na onda transversal, a direção em que ocorre a vibra-
• Onda 1: mão produzindo ondas numa mola. ção é igual à direção de propagação da onda.
( ) Na onda transversal, a direção em que ocorre a vibra-
ção é diferente da direção de propagação da onda.
(V) É a característica das ondas longitudinais.
(F) A direção de vibração é igual.
(F) Na onda transversal, a direção em que ocorre a vibração é
perpendicular à direção de propagação da onda.
• Onda 2: mão produzindo ondas numa corda. (V) É a característica das ondas transversais.

• Onda 3: pessoa produzindo ondas sonoras no ar.

5. (IFSP) Em 24 de agosto de 2016, a região central da Itália


sofreu um terremoto de magnitude 6,2 na escala Richter,
causando a morte de 291 pessoas, pelo menos. Em geral,
terremotos de magnitude acima de 3,87 causam grandes
estragos e mortes. Assinale a alternativa que apresenta os
fenômenos que causam os terremotos.
a) Influência gravitacional da Lua.
Assinale a alternativa que classifica corretamente cada b) Eclipses solares.
um desses movimentos ondulatórios: c) Deslizamentos de montanhas.
a) Onda 1: transversal; onda 2: longitudinal; onda 3: d) Movimentos de placas tectônicas.
transversal. e) Explosões solares.
b) Onda 1: transversal; onda 2: longitudinal; onda 3: lon- Com o movimento das placas tectônicas, são produzidas on-
gitudinal. das que se propagam por longas distâncias e são capazes de
gerar os chamados terremotos e tsunamis, tão intensos quan-
c) Onda 1: longitudinal; onda 2: transversal; onda 3: lon- to a magnitude dos abalos na escala Richter.
gitudinal. Alternativa d
d) Onda 1: longitudinal; onda 2: transversal; onda 3:
transversal.
Onda 1: mecânica e longitudinal
Onda 2: mecânica e transversal
Onda 3: onda sonora é mecânica e longitudinal
Alternativa c

6. (UFMG) Enquanto brinca, Gabriela produz uma onda


transversal em uma corda esticada. Em certo instante,
parte dessa corda tem a forma mostrada nesta figura:
Direção de
4. (UEPB) Uma onda sísmica pode ser classificada como lon- propagação da onda

gitudinal ou transversal. A respeito dessa classificação,


analise as proposições a seguir e julgue (V ou F):
( ) Na onda longitudinal, a direção em que ocorre a vi- P
bração é igual à direção de propagação da onda.
( ) Na onda longitudinal, a direção em que ocorre a vibra- A direção de propagação da onda na corda também está
ção é diferente da direção de propagação da onda. indicada na figura.
FÍSICA

31
Assinale a alternativa em que estão representados corre- 7. (UFMG) As ondas eletromagnéticas, ao contrário das on-
tamente a direção e o sentido do deslocamento do ponto das mecânicas, não precisam de um meio material para se
P da corda, no instante mostrado. propagar. Considere as seguintes ondas: som, ultrassom,
a) Direção de propagação ondas de rádio, micro-ondas e luz.
Sobre essas ondas é correto afirmar que:
a) luz e micro-ondas são ondas eletromagnéticas e as ou-
P
tras são ondas mecânicas.
b) luz é onda eletromagnética e as outras são ondas me-
b) Direção de propagação cânicas.
c) som é onda mecânica e as outras são ondas eletro-
magnéticas.
P
d) som e ultrassom são ondas mecânicas e as outras são
ondas eletromagnéticas.
c) Direção de propagação
As ondas de luz e micro-ondas são ondas eletromagnéticas,
já as de rádio, ultrassom e som são longitudinais e, portanto,
mecânicas.
P Alternativa a

d) Direção de propagação

P
8. +Enem [H1] Ondas eletromagnéticas foram previstas por
Maxwell e comprovadas experimentalmente por Hertz (fim
Para resolver esse problema, devemos considerar a onda em
dado instante t (linha contínua) e num instante posterior t + ∆t
do século XIX). Essa descoberta revolucionou o mundo mo-
(linha pontilhada). derno, a partir do controle e aplicações desse tipo de onda.
Lembrando que se trata de uma onda transversal, os pontos Quanto às suas propriedades, ondas eletromagnéticas:
da corda devem-se deslocar perpendicularmente à direção de
propagação da onda de forma que a onda no instante t trans-
a) são ondas longitudinais que se propagam no vácuo e
forme-se na onda no instante t + ∆t. em meios materiais.
t
t + ∆t
b) são constituídas por variações dos campos magnético
e elétrico no tempo.
c) são ondas transversais que se propagam apenas em
meios materiais.
d) têm como exemplos: ondas de rádio, sonoras, micro-
Alternativa b
-ondas e raios X.
e) são ondas mistas que se propagam no vácuo e nos
meios materiais.
a) (F) Ondas eletromagnéticas são transversais.
c) (F) Ondas eletromagnéticas se propagam no vácuo.
d) (F) Ondas sonoras não são ondas eletromagnéticas.
e) (F) Ondas eletromagnéticas são transversais.
Alternativa b

Tarefa proposta 1 a 14
Complementares
9. (Ufscar-SP) Nos itens a seguir, verifique quais das proposições são corretas.
(01) O som é constituído por ondas mecânicas longitudinais.
(02) As ondas mecânicas propagam-se nos meios sólidos, líquidos e gasosos.
(04) Uma onda sonora não se propaga no vácuo.
(08) A luz muda a direção de sua propagação quando passa de um meio para outro com diferente índice de refração.
(16) Tanto a luz quanto o som são ondas eletromagnéticas.
Dê a soma dos números dos itens corretos.

32 CAPÍTULO 2
10. (Enem) Explosões solares emitem radiações eletromagné- III. Ondas de luz são ondas eletromagnéticas e ondas de
ticas muito intensas e ejetam, para o espaço, partículas rádio são mecânicas.
carregadas de alta energia, o que provoca efeitos danosos a) Somente I é verdadeira.
na Terra. O gráfico a seguir mostra o tempo transcorrido b) Somente II é verdadeira.
desde a primeira detecção de uma explosão solar até a
c) Somente III é verdadeira.
chegada dos diferentes tipos de perturbação e seus res-
d) Somente I e II são verdadeiras.
pectivos efeitos na Terra.
e) Somente I e III são verdadeiras.
Escala de tempo das perturbações
solares e seus efeitos 12. (Udesc) Analise as proposições com relação às ondas ele-
Perturbação
tromagnéticas e às ondas sonoras.
Raios X Efeito: primeiras alterações na ionosfera
I. As ondas eletromagnéticas podem se propagar no
vácuo e as ondas sonoras necessitam de um meio
Perturbação
Ondas material para se propagar.
Efeito: interferência de rádio
Perturbação

de rádio
II. As ondas eletromagnéticas são ondas transversais e as
Partículas Perturbação Efeito: alteração na ionosfera polar
de alta ondas sonoras são ondas longitudinais.
energia
III. Ondas eletromagnéticas correspondem a oscila-
Plasma
Perturbação ções de campos elétricos e de campos magnéti-
Efeito: tempestade magnética
solar cos perpendiculares entre si, enquanto as ondas
sonoras correspondem a oscilações das partícu-
1 minuto 10 minutos 1 hora 10 horas 1 dia 10 dias las do meio material pelo qual as ondas sonoras
<www.sec.noaa.gov>. (Adaptado.)
se propagam.
Considerando-se o gráfico, é correto afirmar que a pertur- IV. As ondas eletromagnéticas sempre se propagam com
bação por ondas de rádio geradas em uma explosão solar: velocidades menores do que as ondas sonoras.
a) dura mais que uma tempestade magnética. V. As ondas eletromagnéticas, correspondentes à visão
b) chega à Terra dez dias antes do plasma solar. humana, estão na faixa de frequências de 20 Hz
c) chega à Terra depois da perturbação por raios X. a 20 000 Hz aproximadamente, e as ondas sono-
d) tem duração maior que a da perturbação por raios X. ras, correspondentes à região da audição humana,
e) tem duração semelhante à da chegada à Terra de par- estão na faixa de frequência 420 THz a 750 THz
tículas de alta energia. aproximadamente.
11. (UFC-CE) Analise as assertivas seguintes e assinale a alter- Assinale a alternativa correta.
nativa correta. a) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
I. Elétrons em movimento vibratório podem fazer surgir b) Somente as afirmativas III, IV e V são verdadeiras.
ondas de rádio e ondas de luz. c) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
II. Ondas de rádio e ondas de luz são ondas eletro- d) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
magnéticas. e) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.

Elementos de uma onda


A forma mais comum de se representar uma onda é por meio de uma senoide, ou seja, uma figura que deriva do gráfico
da função seno.
Voltando ao exemplo da onda em uma corda; considere uma pessoa que segura a extremidade de uma corda, longa e leve.
Ao executar movimentos oscilatórios na vertical, uma onda se propagará pela corda, como mostra a figura.

Crista Crista v
λ

Linha central
da onda
A

λ
Vale Vale
FÍSICA

33
Definem-se os seguintes elementos da onda: Observação
• Crista: são os pontos de máximo afastamento acima da linha central da onda. 1 Esses elementos definidos
não são exclusivos para uma
• Vale: são os pontos de máximo afastamento abaixo da linha central da onda.
onda que se propaga em uma
• Amplitude (A): corresponde à distância entre uma crista ou um vale até a linha central corda. Na verdade, eles poderão
da onda. ser usados para analisar a
• Comprimento de onda ( λ ): corresponde à distância entre duas cristas ou dois propagação de qualquer onda.
vales sucessivos. É importante notar que a
Período e frequência são definidos como: velocidade de propagação
de uma onda depende das
• Período (T): é o intervalo de tempo para que uma onda completa (um comprimento de características do meio em
onda) passe por um ponto do meio. que ela se propaga.
• Frequência (f): é o inverso do período, ou seja, corresponde ao número de ondas que Por exemplo: No ar, o som se
passam por um ponto do meio por unidade de tempo. propaga com velocidade de,
aproximadamente, 340 m/s e
• Matematicamente, temos: 1 na água com 1 500 m/s. Já a
frequência de uma onda sonora
1 1 é determinada pela fonte que
T= ou f =
f T gera a onda. No caso da corda,
se a pessoa levantar e abaixar a
mão três vezes por segundo, por
Equa•‹o fundamental da ondulat—ria exemplo, as ondas geradas terão
frequência de 3 Hz.
Considerando-se uma onda que se propaga em determinado meio, com velocidade
constante (v), para que ela percorra um deslocamento escalar igual a um comprimento de
onda (λ), o intervalo de tempo é igual a um período (T). Assim:
∆s λ
v= sv=
∆t T
1
Sendo T = , temos:
f
λ
∆s
v= sv= 1 s v=λ⋅f
∆t f
Analisando essa equação, podemos notar que para uma mesma velocidade de pro-
pagação a frequência f e o comprimento de onda λ são inversamente proporcionais.
Já para uma frequência fixa, a velocidade de propagação v e o comprimento de onda λ são
diretamente proporcionais.

Decifrando o enunciado Lendo o enunciado


A leitura desse enunciado
(Uerj)
se resume às informações
Observe no diagrama o aspecto de uma onda que se propaga com velocidade de 0,48 m/s apresentadas no gráfico e
em uma corda: ao valor da velocidade de
propagação da onda na corda.
Reprodução / UERJ, 2017.

Observe que o eixo x apresenta


a informação sobre a distância
em cm, diferentemente da
unidade utilizada para a
velocidade.
Lembre-se de ajustar as
Calcule, em hertz, a frequência da fonte geradora da onda. unidades de medida antes de
Resolução qualquer cálculo.
Pela equação fundamental da ondulatória, temos: Identifique no gráfico a
v=λ⋅fs distância correspondente ao
comprimento de onda (duas
v
s f= s cristas consecutivas).
λ
0, 48
sf= s
0, 08
s f = 6,0 Hz

34 CAPÍTULO 2
Atividades
13. (Fatec-SP) O padrão de forma de onda proveniente de um 16. Um navio quebrado a 6,8 km de um porto marítimo envia
sinal eletrônico está representado na figura a seguir. dois sinais de mesma frequência (1 700 Hz), sendo um
deles pelo ar, com comprimento de onda de 20 cm, e o
outro pela água, com comprimento de onda de 100 cm.
1 divisão = 500 mV

Determine:
a) a velocidade de propagação da onda no ar;
var = λ ⋅ f = 0,2 ⋅ 1 700 s var = 340 m/s

b) a velocidade de propagação da onda na água;


vágua = λ ⋅ f = 1 ⋅ 1 700 s vágua = 1 700 m/s
1 divisão = 1 ms

Notando os valores para as divisões horizontal (1 ms) e c) o intervalo de tempo entre as chegadas das duas ondas.
vertical (500 mV), deve-se dizer quanto à amplitude A, ao ∆s ∆s
v= s ∆t =
período T e à frequência f da forma de onda que: ∆t v
a) A = 0,5 V; T = 4 ms; f = 250 Hz ∆s 6 800
∆tar = = = 20 s
b) A = 1,0 V; T = 8 ms; f = 125 Hz v 340

c) A = 2,0 V; T = 2 ms; f = 500 Hz ∆s 6 800


∆tágua = = =4s
v 1 700
d) A = 2,0 V; T = 4 ms; f = 250 Hz
A diferença de intervalo de tempo de chegada das ondas
e) A = 1,0 V; T = 4 ms; f = 250 Hz é de: (20 – 4) = 16 s
Observando a figura, podemos concluir que:
∆t = 16 s
A = 1,0 V
T = 4 ms
1 1
f= = = 250 Hz 17. (Uerj) Sabe-se que, durante abalos sísmicos, a energia
T 4 ⋅ 10 –3
produzida se propaga em forma de ondas, em todas as
Alternativa e
direções pelo interior da Terra. Considere a ilustração a
14. Por um ponto de uma corda passam três comprimentos seguir, que representa a distância de 1 200 km entre o
de onda no intervalo de tempo de 12 s. Calcule o período epicentro de um terremoto e uma estação sismológica.
e a frequência da onda que se propaga na corda.
O período é o intervalo de tempo gasto para a onda concluir
um comprimento de onda. Sendo assim:
12
T= sT=4s
Reprodução / UERJ, 2017.

3
1 1
f= sf= = 0,25 Hz
T 4
15. (Fuvest-SP) Um rádio receptor opera em duas modalidades:
uma AM cobre o intervalo de 550 kHz a 1 550 kHz e a
outra, FM, de 88 MHz a 108 MHz. A velocidade das ondas
eletromagnéticas vale 3 ⋅ 108 m/s. Quais, aproximadamen-
te, o menor e o maior comprimento de onda que podem
ser captados por esse rádio? Nesse evento, duas ondas, P e S, propagaram-se com ve-
a) 0,0018 m e 0,36 m locidades de 8 km/s e 5 km/s, respectivamente, no percur-
b) 0,55 m e 108 m so entre o epicentro e a estação.
c) 2,8 m e 545 m Estime, em segundos, a diferença de tempo entre a che-
d) 550 ⋅ 103 m e 1014 m gada da onda P e a da onda S à estação sismológica.
Calculando os tempos de chegada para cada onda, temos:
e) 1,6 ⋅ 1014 m e 3,2 ⋅ 1016 m ∆s ∆s
O menor comprimento de onda corresponde à maior frequência: v= s ∆t =
∆t v
f = 108 MHz
∆s 1 200
v 3, 00 ⋅ 108 ∆tP = = s ∆tP = 150 s
v=λ⋅fsλ= sλ= s λ H 2,80 m v 8
f 1, 08 ⋅ 108
∆s 1 200
O maior comprimento de onda corresponde à menor frequência: ∆tS = = s ∆tS = 240 s
v 5
f = 550 kHz
Assim, a diferença, será de:
v 3, 00 ⋅ 108
v=λ⋅fsλ= sλ= s λ = 545 m ∆t = ∆tS – ∆tP s ∆t = 240 – 150 = 90 s
f 5, 50 ⋅ 105
Alternativa c
FÍSICA

35
18. (PUC-RS) A lâmina de uma campainha elétrica imprime a mediante ondas de rádio, que têm frequências da ordem
uma corda esticada 60 vibrações por segundo. Se a velo- de 106 Hz.
cidade de propagação das ondas na corda for de 12 m/s, TIPLER, Paul A. F’sica. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1994. v. 2.
então a distância λ entre duas cristas sucessivas, em metros, Com base nas informações contidas no texto e conside-
será de: rando que a velocidade da luz no interior de uma fibra
λ óptica é de 2 ⋅ 108 m/s, pode-se dizer que o comprimento
de onda da luz, quando ela se propaga em uma fibra
óptica, é da ordem de:
a) 2 ⋅ 10–6 m d) 5 ⋅ 103 m
b) 2 ⋅ 10 m
–3
e) 5 ⋅ 106 m
c) 1 ⋅ 10 m
0

Do texto, temos que a frequência da luz é da ordem de 1014 Hz.


Aplicando a equação fundamental da ondulatória, temos:
a) 0,6 b) 0,5 c) 0,4 d) 0,3 e) 0,2
Pelo enunciado, são 60 vibrações por segundo, ou seja: v 2 ⋅ 108
v=λ⋅fsλ= sλ= s λ = 2 ⋅ 10–6 m
f = 60 Hz f 1014
Assim: Alternativa a
12 1
v = λ ⋅ f s 12 = λ ⋅ 60 s λ = = = s λ = 0,2 m 20. (UPM-SP) Um forno micro-ondas possui um magnetron,
60 5
Alternativa e gerador de ondas eletromagnéticas, cujo comprimento
de onda é de 12,0 cm. Sabendo que a velocidade da luz
no meio de propagação é 3,00 ⋅ 105 km/s, a frequência
19. +Enem [H1]
As fibras ópticas têm muitas aplicações na medicina emitida por este gerador é:
e nas comunicações. Na medicina, usam-se delgados a) 0,25 ⋅ 108 Hz d) 0,25 ⋅ 1010 Hz
feixes de fibra como provas para examinar diversos ór- b) 3,60 ⋅ 10 Hz
8
e) 4,00 ⋅ 1010 Hz
gãos internos, sem cirurgia. Nas comunicações, a taxa c) 4,00 ⋅ 10 Hz
8

de transmissão de informações está relacionada com a Usando a equação fundamental da ondulatória, temos:
frequência dos sinais. Um sistema de transmissão com v 3 ⋅ 105 3 ⋅ 108
frequências da luz, da ordem de 1014 Hz, pode transmitir v=λ⋅fsf= sf= = s f = 0,25 ⋅ 1010 Hz
λ 12 12 ⋅ 10 –2
informações a uma taxa muito maior que a da transmissão
Alternativa d

Tarefa proposta 15 a 32
Complementares
21. (Ufal) Uma onda produzida numa corda se propaga com a) 0,30 cm d) 300 m
frequência de 25Hz. O gráfico a seguir representa a corda b) 0,30 m e) 300 km
em dado instante. c) 3,00 m
y (cm) 23. (Fuvest-SP) A figura representa uma onda harmônica
Sentido de propagação transversal, que se propaga no sentido positivo do eixo x,
0,3 em dois instantes de tempo: t = 3 s (linha cheia) e t = 7 s
(linha tracejada).
10 20 30 40 x (cm)

– 0,3
Reprodução / Fuvest-SP, 2017.

Considere a situação apresentada e os dados do gráfico


para analisar as afirmações que seguem.
I. O período de propagação da onda na corda é 20 s.
II. A amplitude da onda estabelecida na corda é de 6,0 cm.
III. A velocidade de propagação da onda na corda é de
5,0 m/s.
IV. A onda que se estabeleceu na corda é do tipo transversal. Dentre as alternativas, a que pode corresponder à veloci-
V. A onda que se estabeleceu na corda tem comprimen- dade de propagação dessa onda é:
to de onda de 10 cm. a) 0,14 m/s
22. (UPM-SP) Uma estação de rádio tem uma frequência de b) 0,25 m/s
sintonização de 1 000 kHz. Sabendo que a velocidade da c) 0,33 m/s
luz no meio de propagação é 3,00 ⋅ 105 km/s, o compri- d) 1,00 m/s
mento de onda desta estação de rádio neste meio é: e) 2,00 m/s

36 CAPÍTULO 2
24. (Enem) A passagem de uma quantidade adequada de A eficiência luminosa de uma lâmpada pode ser de-
corrente elétrica pelo filamento de uma lâmpada deixa-o finida como a razão entre a quantidade de energia
incandescente, produzindo luz. O gráfico a seguir mostra emitida na forma de luz visível e a quantidade total
como a intensidade da luz emitida pela lâmpada está distri- de energia gasta para o seu funcionamento. Admi-
buída no espectro eletromagnético, estendendo-se desde tindo-se que essas duas quantidades possam ser esti-
a região do ultravioleta (UV) até a região do infravermelho. madas, respectivamente, pela área abaixo da parte da
curva correspondente à faixa de luz visível e pela área
Intensidade da radiação

UV Visível Infravermelho
(calor)
abaixo de toda a curva, a eficiência luminosa dessa
lâmpada seria de aproximadamente:
a) 10%
b) 15%
c) 25%
0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 d) 50%
Comprimento de onda (µm) e) 75%

Tarefa proposta
1. (UFPR) Ondas sonoras são: ondas de Rádio e de TV. Sobre a direção de propagação,
a) ondas longitudinais. as ondas eletromagnéticas são:
b) ondas eletromagnéticas. a) transversais, pois a direção de propagação é simul-
c) ondas transversais. taneamente perpendicular às variações dos campos
d) ondas que se propagam tanto no ar como no vácuo. elétrico e magnético.
e) ondas superficiais. b) longitudinais, pois a direção de propagação é simulta-
neamente paralela às variações dos campos elétrico e
2. (UFMA) Um estudante de física vai passear na Lagoa da
magnético.
Jansen. Ao apreciar a superfície da água, ele percebe as
c) transversais ou longitudinais, dependendo de como é
ondas causadas pelo vento e resolve, então, classificá-las
feita a análise.
quanto à natureza e quanto à direção de propagação,
respectivamente. Como resultado, ele encontrou que essas d) transversais, pois a direção de propagação é paralela à
ondas são: variação do campo elétrico e perpendicular à variação
do campo magnético.
a) mecânicas e tridimensionais
e) longitudinais, pois a direção de propagação é paralela
b) eletromagnéticas e tridimensionais
à variação do campo magnético e perpendicular à va-
c) eletromagnéticas e bidimensionais
riação do campo elétrico.
d) mecânicas e bidimensionais
5. (Vunesp) Radares são emissores e receptores de ondas
e) mecânicas e unidimensionais
de rádio e têm aplicações, por exemplo, na determinação de
3. (Ufscar-SP) A diferença entre ondas mecânicas (como o velocidades de veículos nas ruas e rodovias. Já os sonares são
som) e ondas eletromagnéticas (como a luz) consiste no emissores e receptores de ondas sonoras, sendo utilizados
fato de que: no meio aquático para determinação da profundidade dos
a) as ondas mecânicas se propagam no vácuo, mas as oceanos, localização de cardumes, dentre outras aplicações.
ondas eletromagnéticas, não. Comparando-se as ondas emitidas pelos radares e pelos
b) somente as ondas eletromagnéticas são longitudinais. sonares, temos que:
c) somente as ondas mecânicas são transversais. a) as ondas emitidas pelos radares são mecânicas e as
d) somente as ondas eletromagnéticas transportam ondas emitidas pelos sonares são eletromagnéticas.
energia. b) ambas as ondas exigem um meio material para se pro-
e) somente as ondas eletromagnéticas se propagam pagarem e, quanto mais denso for esse meio, menores
no vácuo. serão suas velocidades de propagação.
4. (IFCE) Em 1864, o físico escocês James Clerk Maxwell c) as ondas de rádio têm oscilações longitudinais e as on-
mostrou que uma carga elétrica oscilante produz dois das sonoras têm oscilações transversais.
campos variáveis, que se propagam d) as frequências de oscilação de ambas as ondas não
r simultaneamente
pelo espaço: um campo elétrico E e um campo mag- dependem do meio em que se propagam.
r
nético B. À junção desses dois campos variáveis e pro- e) a velocidade de propagação das ondas dos radares
pagantes, damos o nome de onda eletromagnética. pela atmosfera é menor do que a velocidade de pro-
São exemplos de ondas eletromagnéticas a luz visível e as pagação das ondas dos sonares pela água.
FÍSICA

37
6. (Ucpel-RS) Em 2016, na cidade do Rio de Janeiro, foi rea- 8. (Uepa) Durante uma entrevista na indefectível rede in-
lizada a olimpíada no Brasil. Estima-se que a cerimônia de ternacional de notícias CMM, o repórter entrevista um
abertura dos XXXI Jogos Olímpicos de Verão, no estádio famoso astrônomo sobre a espetacular explosão de uma
do Maracanã, foi assistida ao vivo pela televisão por mais estrela supernova. Surpreendido pela descrição da magni-
de 4 bilhões de pessoas em todo mundo. tude da explosão, o repórter comenta: “O estrondo deve
Considerando seus conhecimentos em física, assinale a ter sido enorme!”.
alternativa correta. Conhecendo-se o mecanismo de propagação de ondas
a) Devido à tecnologia digital, que transforma a veloci- sonoras, pode-se argumentar que o som:
dade de propagação da onda eletromagnética em um a) é detectado na Terra por ser uma onda elástica.
valor infinito, não existe defasagem entre a transmis- b) não é detectado na Terra por ser uma onda mecânica.
são e a recepção da imagem. Dessa forma, o que assis- c) é detectado na Terra por radiotelescópios, por ser uma
timos na televisão está acontecendo ao mesmo tempo onda eletromagnética de baixa frequência.
no estádio. d) é detectado porque a onda eletromagnética transfor-
b) Embora a cobertura dos jogos esteja sendo feita em ma-se em mecânica ao atingir a Terra.
tempo real pelas emissoras, o que assistimos na te- e) não é detectado na Terra por ser uma onda eletro-
levisão em certo instante já aconteceu e faz parte do magnética.
passado para quem está presente no estádio, uma vez
9. (Fuvest-SP) Uma boia pode se deslocar livremente ao
que o módulo da velocidade de propagação de uma
longo de uma haste vertical, fixada no fundo do mar.
onda eletromagnética no ar e no vácuo é de alta mag-
Na figura, a curva cheia representa uma onda no ins-
nitude, porém finita.
tante t = 0 s, e a curva tracejada, a mesma onda no
c) A cobertura dos jogos é feita em tempo real pelas instante t = 0,2 s. Com a passagem dessa onda, a boia
emissoras e tanto quem está no estádio, assistindo ao oscila.
vivo, quanto quem assiste pela televisão, em casa, ob-
serva as mesmas imagens ao mesmo tempo, devido ao
fato de que a velocidade de propagação de uma onda
eletromagnética no ar e no vácuo ser infinita.
Boia
d) A tecnologia digital, não transforma a velocidade
de propagação da onda eletromagnética em um Haste 0,5 m
valor infinito, mas eleva este valor de tal maneira
que não existe defasagem entre a transmissão e a
recepção da imagem. Dessa forma, o que assisti- Nessa situação, o menor valor possível da velocidade
mos na televisão está acontecendo ao mesmo tem- da onda e o correspondente período de oscilação da
po no estádio. boia valem:
e) Embora a velocidade de uma onda eletromagnética a) 2,5 m/s e 0,2 s
no ar e no vácuo seja finita, o que assistimos na tele- b) 5,0 m/s e 0,4 s
visão, em certo instante de tempo, é o que o espec- c) 0,5 m/s e 0,2 s
tador presente no estádio assiste no mesmo instante d) 5,0 m/s e 0,8 s
de tempo. e) 2,5 m/s e 0,8 s
7. (UEPB) Em 12 de janeiro de 2010, aconteceu um grande 10. (UCS-RS) Um cenário que começa a preocupar os es-
terremoto catastrófico na região de Porto Príncipe, capital pecialistas em tecnologia é o limite que as fibras óticas
do Haiti. A tragédia causou grandes danos à capital haitia- apresentam para suportar o transporte de quantidades
na e a outros locais da região. Sendo a maioria de origem maiores de informação na forma de ondas eletromag-
natural, os terremotos ou sismos são tremores causados néticas, a fim de suportar a demanda da internet.
por choques de placas subterrâneas que, quando se rom- Em essência, uma onda eletromagnética é caracteri-
pem, liberam energia através de ondas sísmicas, que se zada por:
propagam tanto no interior como na superfície da Terra. a) um campo elétrico constante no espaço e no tempo e
A respeito dessas informações e de seus conhecimentos um campo magnético que varia no tempo.
sobre a propagação de ondas, julgue (V ou F) as propo-
b) campos elétrico e magnético se propagando no
sições a seguir:
espaço assumindo valores máximos e mínimos
I. A onda sísmica é mecânica, pois transporta energia periodicamente.
mecânica. c) um campo magnético constante no espaço e no tem-
II. A onda sísmica é eletromagnética, pois transporta po e, um campo elétrico que varia no tempo.
energia eletromagnética. d) variações de pressão mecânica no material.
III. A onda sísmica é eletromagnética, pois necessita de e) oscilações longitudinais e transversais simultâneas do
um meio para se propagar. meio material.

38 CAPÍTULO 2
11. +Enem [H1] As ondas formadas na superfície da água de lagos ou oceanos são originadas pela ação do vento, que cria
forças de pressão e fricção causando perturbações que se propagam ao longo dessa superfície.

OliverSved/Shutterstock
Quanto à forma e à direção de propagação, essas ondas são:
a) longitudinais e unidimensionais d) longitudinais e bidimensionais
b) transversais e bidimensionais e) mistas e bidimensionais
c) mistas e tridimensionais
12. (Ifsul-RS) Quem é o companheiro inseparável do gaúcho na lida do campo?
O cachorro, que com seu latido, ajuda a manter o gado na tropa.
Com base nessa afirmação, preencha as lacunas da frase a seguir.
As ondas sonoras são classificadas como ondas e as de maior têm menor .
Os termos que preenchem correta e respectivamente o período acima são:
a) longitudinais – frequência – comprimento de onda
b) transversais – frequência – velocidade
c) longitudinais – velocidade – comprimento de onda
d) transversais – velocidade – frequência
13. (Ifsul-RS) Um menino chega à beira de um lago, joga uma pedra e observa a formação de ondas. Nessas ondas, a distância
entre duas cristas sucessivas é chamada de:
a) frequência c) comprimento de onda
b) elongação d) velocidade da onda

Texto para a pr—xima quest‹o:


Na opinião de especialistas, a descoberta do mecanismo da autofagia, que levou ao Prêmio Nobel de Medicina 2016, pode
contribuir para uma melhor compreensão de patologias, como as vinculadas ao envelhecimento. Na maioria das patolo-
gias, a autofagia deve ser estimulada, como nas doenças neurodegenerativas, para eliminar os aglomerados de proteínas
que se acumulam nas células enfermas.
A tabela mostra, aproximadamente, as faixas de frequência de radiações eletromagnéticas e a figura da escala nanométrica
mostra, entre outras, as dimensões de proteínas e de células do sangue.
Faixas de frequência de radiações eletromagnéticas
Radiação Micro-ondas Infravermelho Ultravioleta Raios X Raios gama
8 11 12 14 15 16 17 19
Faixas de frequências 10 – 10 10 – 10 10 – 10 10 – 10 1020 – 1022
Reprodução / Ifsul-RS.

Disponível em: <www.google.com.br/search?q=dimensões+de+proteínas+e+de+células>. Acesso em: 6 out. 2016.


FÍSICA

39
14. (EBMSP-BA) Considerando-se essas informações e saben- d) menor potência de transmissão das ondas da emis-
do-se que a velocidade de propagação da luz no ar é sora pirata.
igual a 3,0 ⋅ 108 m/s, para que se observem proteínas e e) semelhança dos comprimentos de onda das radiações
células sanguíneas, podem-se utilizar, respectivamente, emitidas.
as radiações: 18. (Unifor-CE) As ondas de superfícies formadas nos oceanos
a) raios X e raios gama são originadas pela ação do vento, que, por transferir parte
b) micro-ondas e raios X da sua energia para a água, cria forças de pressão e fricção,
c) raios gama e micro-ondas causando perturbação no equilíbrio dessas superfícies.
d) ultravioleta e infravermelho Considerando uma embarcação ancorada em um porto
e) infravermelho e micro-ondas e sujeita à ação de ondas periódicas de comprimento
8 metros, formadas pela ação do vento e que se propagam
15. (UFU-MG) Quando ocorrem terremotos, dois tipos de onda
com velocidade de 1 m/s, é correto afirmar que:
se propagam pela Terra: as primárias e as secundárias.

Samot/Shutterstock
Devido a suas características físicas e ao meio onde se pro-
pagam, possuem velocidades diferentes, o que permite,
por exemplo, obter o local de onde foi desencadeado o
tremor, chamado de epicentro.
Considere uma situação em que ocorreu um terremoto e
um aparelho detecta a passagem de uma onda primária às
18 h 42 min 20 s e de uma secundária às 18 h 44 min 00 s.
A onda primária se propaga com velocidade constante
de 8,0 km/s ao passo que a secundária se desloca com
velocidade constante de 4,5 km/s.
Com base em tais dados, estima-se que a distância do
local onde estava o aparelho até o epicentro desse tremor 1
a) o período de oscilação do barco é de s.
é, aproximadamente, de: 8
a) 800 km c) 1 250 km b) a frequência de oscilação do barco é proporcional ao
b) 350 km d) 1 030 km comprimento da onda.
16. (UPM-SP) A figura a seguir representa graficamente uma c) o período de oscilação do barco é decrescente, em
onda mecânica de 1 kHz que se propaga no ar. caso de o movimento dele ser em sentido contrário ao
de propagação das ondas.
d) o período de oscilação do barco é constante, embora
este se movimente em sentido contrário ao de propa-
gação das ondas.
85,00 cm
e) a frequência de oscilação do barco é 8 Hz.
Com relação a essa onda, é correto afirmar que: 19. (UFC-CE) A figura a seguir representa a fotografia, tirada
a) o comprimento de onda é 0,85 m. no tempo t = 0, de uma corda longa em que uma onda
b) o comprimento de onda é 0,17 m. transversal se propaga com velocidade igual a 5,0 m/s.
c) a amplitude é 0,85 m. y (cm)

d) a amplitude é 0,17 m. P
10
e) a velocidade de propagação da onda é 340 m/s.
17. (Enem) Um garoto que passeia de carro com seu pai pela
1,0
cidade, ao ouvir o rádio, percebe que a sua estação de 0 0,50 x (m)
rádio preferida, a 94,9 FM, que opera na banda de fre-
quência de megahertz, tem seu sinal de transmissão su-
perposto pela transmissão de uma rádio pirata de mesma –10
Q
frequência que interfere no sinal da emissora do centro
em algumas regiões da cidade. Considerando a situação Podemos afirmar corretamente que a distância entre os
apresentada, a rádio pirata interfere no sinal da rádio do pontos P e Q, situados sobre a corda, será mínima no
centro em razão da: tempo t igual a:
a) atenuação promovida pelo ar nas radiações emitidas. a) 0,01 s
b) maior amplitude da radiação emitida pela estação b) 0,03 s
do centro. c) 0,05 s
c) diferença de intensidade entre as fontes emissoras d) 0,07 s
de ondas. e) 0,09 s

40 CAPÍTULO 2
20. (PUC-RJ) Uma onda eletromagnética com comprimento 23. (Vunesp) Uma corda elástica está inicialmente esticada e
de onda de 500 nm se propaga em um meio cujo índice de em repouso, com uma de suas extremidades fixa em uma
refração é 1,5. Qual é a frequência da onda, nesse meio, parede e a outra presa a um oscilador capaz de gerar
em Hz? ondas transversais nessa corda. A figura representa o perfil
Considere a velocidade da luz no vácuo c = 3,0 ⋅ 108 m/s. de um trecho da corda em determinado instante posterior
a) 4,0 ⋅ 1014 ao acionamento do oscilador e um ponto P que descreve
b) 6,0 ⋅ 1014 um movimento harmônico vertical, indo desde um ponto
c) 9,0 ⋅ 1014 mais baixo (vale da onda) até um mais alto (crista da onda).
d) 1,5 ⋅ 1015

Reprodução / UPE, 2016.


e) 2,3 ⋅ 1015
21. (Enem) As notas musicais podem ser agrupadas de modo
a formar um conjunto. Esse conjunto pode formar uma
escala musical. Dentre as diversas escalas existentes, a
mais difundida é a escala diatônica, que utiliza as notas
denominadas dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. Essas notas estão
organizadas em ordem crescente de alturas, sendo a nota Sabendo que as ondas se propagam nessa corda com ve-
dó a mais baixa e a nota si a mais alta. locidade constante de 10 m/s e que a frequência do osci-
Considerando uma mesma oitava, a nota si é a que lador também é constante, a velocidade escalar média do
tem menor: ponto P, em m/s, quando ele vai de um vale até uma crista
da onda no menor intervalo de tempo possível é igual a:
a) amplitude
a) 4 b) 8 c) 6 d) 10 e) 12
b) frequência
c) velocidade 24. Estamos cercados de incontáveis radiações eletromagné-
ticas, da radiofrequência de nossos celulares aos raios X e
d) intensidade
gama das radiografias:
e) comprimento de onda
22. (UPE) Um relógio inteligente utiliza fotopletismografia
para medir a frequência cardíaca de seu usuário. Essa
tecnologia consiste na emissão de luz de coloração
Frequência Ondas de rádio Raios X
esverdeada no braço do portador e na conseguinte extremamente
medição, por fotossensores, da intensidade da luz re- baixa

visível
fletida por sua pele. Quando o coração bate, o sangue

Luz
Micro-ondas Radiação Raios
flui, e a absorção da luz verde através da pele é maior. ultravioleta gama
Entre batidas, a absorção é menor. Piscando a luz cen- Frequência Radiação
muito baixa infravermelha
tenas de vezes em um segundo, é possível calcular a
frequência cardíaca.
Suponha que, monitorando os resultados obtidos pelo 0 10 102 104 106 108 1010 1012 1014 1016 1018 1020 1022 1024 1026
relógio, um usuário tenha se deparado com o seguinte KHz MHz GHz Frequência

gráfico de absorção da luz em função do tempo: Radiação não ionizante Radiação ionizante

Relativamente às radiações eletromagnéticas dispostas no


espectro, podemos afirmar:
Reprodução / UPE, 2016.

a) A radiação infravermelha tem alcance de poucos me-


tros e, por isso, os televisores podem usar frequências
próximas em seus controles remotos.
b) Apenas as frequências maiores que 1018 Hz carac-
terizam-se pela enorme capacidade de penetração
e ionização.
c) O uso dos raios X e raios gama baseia-se no fato de
Então, sua frequência cardíaca em batimentos por seu poder de penetração impedir sua interação com o
minuto (bpm) no momento da medida está melhor re- filme em que a radiografia se registra.
presentada na faixa entre:
d) O Sol somente emite radiação visível, e a infraverme-
a) 15 e 50 bpm lha e a ultravioleta são devidas à interação da radiação
b) 55 e 65 bpm solar com a atmosfera terrestre.
c) 70 e 85 bpm e) Os fornos de micro-ondas usam radiação térmica con-
d) 90 e 100 bpm centrada em seu interior, por isso terem portas de vi-
e) 105 e 155 bpm dro não oferece risco aos usuários.
FÍSICA

41
25. (PUC-MG) Considere a figura a seguir, em que são repre- Sabendo que a velocidade de propagação das ondas de
sentadas três ondas distintas. O deslocamento na horizon- ultrassom nos tecidos humanos é de 1 540 m/s e que
tal se dá em 2,0 s, percorrendo 12,0 m. pode ser detectada uma estrutura de dimensão igual a
A B 1,5 mm, determine a frequência do pulso elétrico utiliza-
do na formação da imagem no monitor de vídeo.
C 29. (Fuvest-SP) Ondas na superfície de líquidos têm velocidades
que dependem da profundidade do líquido e da aceleração
da gravidade, desde que se propaguem em águas rasas.
12,0 m O gráfico representa o módulo v da velocidade da onda
É correto afirmar que: em função da profundidade h da água.
a) a amplitude de A é maior que a de B.
b) o período de B é menor que o período de A.
c) a frequência de B é menor que a frequência de C.
d) a velocidade de C é menor que a velocidade de A.

Reprodução / Fuvest-SP, 2018.


26. (UFPE) A figura a seguir mostra esquematicamente as
ondas na superfície da água de um lago, produzidas por
uma fonte de frequência 6,0 Hz, localizada no ponto A.
As linhas cheias correspondem às cristas, e as pontilhadas
representam os vales em certo instante do tempo.
2,0 cm

60 cm
A B
Uma onda no mar, onde a profundidade da água é 4,0 m,
tem comprimento de onda igual a 50 m. Na posição
Qual o intervalo de tempo, em segundos, para que em que a profundidade da água é 1,0 m, essa onda
uma frente de onda percorra a distância da onda até o tem comprimento de onda, em m, aproximadamente
ponto B, distante 60 cm? igual a:
27. (PUCC-SP) O som do rádio chega até nós codificado a) 8 d) 35
nas ondas eletromagnéticas emitidas pelas antenas b) 12 e) 50
das emissoras. Sabendo que 1 MHz é igual a 106 Hz e c) 25
considerando a velocidade de propagação das ondas 30. (Enem)
eletromagnéticas no ar igual a 3,0 ⋅ 108 m/s, o com- Em 26 de dezembro de 2004, um tsunami devastador,
primento de onda e o período das ondas emitidas por originado a partir de um terremoto na costa da Indonésia,
uma emissora de rádio que opera com frequência de atingiu diversos países da Ásia, matando quase 300 mil
100 MHz são, respectivamente: pessoas. O grau de devastação deveu-se, em boa parte,
a) 1,0 m e 1,0 ⋅ 10–8 s ao fato de as ondas de um tsunami serem extremamente
b) 1,0 m e 3,0 ⋅ 10–8 s longas, com comprimento de onda de cerca de 200 km.
Isto é muito maior que a espessura da lâmina de líquido,
c) 3,0 m e 1,0 ⋅ 10–6 s
d típica do Oceano Índico, que é de cerca de 4 km. Nes-
d) 3,0 m e 3,0 ⋅ 10–6 s sas condições, com boa aproximação, a sua velocidade
e) 3,0 m e 1,0 ⋅ 10–8 s de propagação toma-se dependente de d, obedecendo à
28. (EBMSP-BA) relação v = g · d . Nessa expressão, g é a aceleração da
No exame de ultrassom, um breve pulso sonoro é gravidade, que pode ser tomada como 10 m/s2.
emitido por um transdutor constituído por um cristal SILVEIRA, F. L; VARRIALE, M. C. Propagação das ondas
marítimas e dos tsunami. Caderno Brasileiro de
piezoelétrico. Nesse cristal, um pulso elétrico provoca
Ensino de Física, n. 2, 2005. (Adaptado.)
uma deformação mecânica na sua estrutura, que passa a
vibrar, originando uma onda sonora – de modo análogo Sabendo-se que o tsunami consiste em uma série de on-
a um alto-falante. O pulso de ultrassom enviado através das sucessivas, qual é o valor mais próximo do intervalo
do corpo é parcialmente refletido nas diferentes estrutu- de tempo entre duas ondas consecutivas?
ras do corpo, diferenciando tumores, tecidos anômalos e a) 1 min
bolsas contendo fluidos. O pulso é detectado de volta pelo b) 3,6 min
mesmo transdutor, que transforma a onda sonora em um c) 17 min
pulso elétrico, visualizado em um monitor de vídeo.
d) 60 min
PENTEADO, Paulo César Martins, Física: Conceitos e Aplicações;
volume 2. São Paulo: Moderna, 1998, p. 434. e) 216 min

42 CAPÍTULO 2
31. (Unicamp-SP) Considere que, de forma simplificada, a resolução máxima de um microscópio óptico é igual ao comprimento
de onda da luz incidente no objeto a ser observado. Observando a célula representada na figura abaixo, e sabendo que o
intervalo de frequências do espectro de luz visível está compreendido entre 4,0 ⋅ 1014 Hz e 7,5 ⋅ 1014 Hz, a menor estrutura
celular que se poderia observar nesse microscópio de luz seria:
(Se necessário, utilize c = 3 ⋅ 1018 m/s)
Reprodu•‹o / Unicamp-SP

Fonte: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/celulas-conheca-a-hitoria-de-sua-descoberta-e-entenda-sua-estrutura.htm. Acesso em: 25 out. 2016. (Adaptado.)

a) o ribossomo c) a mitocôndria
b) o retículo endoplasmático d) o cloroplasto
32. +Enem [H1] O primeiro Prêmio Nobel da história foi concedido em 1901 ao físico alemão Wilhelm C. Rontgen (1845-1923)
pela descoberta dos raios X. Atualmente, esse tipo de radiação é amplamente usado na medicina diagnóstica e até mesmo
na indústria.
Sabe-se que os raios X são constituídos por ondas eletromagnéticas com comprimento de onda na faixa entre 0,01 nm e
10 nm. Sendo c = 3 ⋅ 108 m/s a velocidade da luz no vácuo, pode-se dizer que a ordem de grandeza da faixa de frequência
dos raios X está entre:
a) 104 Hz e 107 Hz d) 1013 Hz e 1016 Hz
7 10
b) 10 Hz e 10 Hz e) 1016 Hz e 1019 Hz
c) 1010 Hz e 1013 Hz

Vá em frente
Leia
MONTARARI, V., CUNHA; P. Nas ondas do som. São Paulo: Moderna, 2000.
No livro, você conhecerá um pouco mais sobre ondas, com uma leitura agradável e interessante.

Autoavalia•‹o:
V‡ atŽ a p‡gina 95 e avalie seu desempenho neste cap’tulo.
FÍSICA

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FENÔMENOS
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ONDULATÓRIOS
Professor, use esse momento para trabalhar a habilidade 18 da matriz curricular do Enem que OBJETIVOS
consiste em: “Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou DO CAPÍTULO
procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.”
Grandes catástrofes mundiais estão ligadas a eventos naturais. Os terremotos, conhe-
► Reconhecer os fenômenos da
cidos como abalos sísmicos, têm como causas erupções vulcânicas, falhas geológicas e,
reflexão e refração de ondas.
principalmente, a movimentação das placas tectônicas do nosso planeta. Seus efeitos
► Analisar e avaliar as
podem ser desde pequenos tremores até uma devastação total da região atingida. Para
alterações no comprimento
medir a magnitude desses tremores, utiliza-se a escala Richter ou escala de magnitude M.
de onda e velocidade das
Tremores com magnitudes inferiores a 3,5 são registrados apenas por sismógrafos, já os
ondas, no fenômeno da
superiores a 4,0 são sentidos por pessoas, e os que atingem valores superiores a 7,0 podem refração.
provocar uma grande destruição num raio de 100 km ao redor do epicentro.
► Compreender e interpretar
O tremor de maior magnitude já registrado foi de 9,5 e ocorreu no Chile em maio de 1960. situações cotidianas que
No geral, os tremores resultam em ondas mecânicas que se propagam na superfície envolvem os fenômenos da
e no interior do planeta. É no hipocentro que as ondas geradas iniciam sua propagação. reflexão e refração de ondas.
Além desse ponto, considera-se o epicentro o ponto na superfície superior ao hipocentro. ► Compreender e analisar o
fenômeno da difração de
Entre aquelas que se propagam no interior do planeta, temos as ondas P (primárias),
ondas.
longitudinais, bastante rápidas (10 km/s) que se propagam nos sólidos e líquidos, mas que
► Analisar e avaliar os efeitos
praticamente não causam nenhum dano. Já as ondas S (secundárias), transversais, propa-
da interferência de ondas.
gam-se apenas nos sólidos e são mais lentas, porém, são de grandes intensidades e podem
provocar danos significativos. Principais conceitos
Na superfície, as ondas são mais lentas e percorrem enormes distâncias, sendo res- que você vai aprender:
ponsáveis pela maior parte da destruição provocada por um terremoto. ► Reflexão e refração de
ondas
• Quando ondas são geradas sob as águas oceânicas, provocam deslocamento de gran-
► Polarização de ondas
des volumes de água, gerando ondas gigantescas capazes de devastar regiões cos-
teiras, os tsunamis. Um dos mais recentes e devastadores ocorreu em março de 2011 ► Frente de ondas
na costa japonesa. Entre as áreas de devastação, a Usina Nuclear de Fukushima foi ► Difração
atingida causando o pior acidente nuclear da história do Japão. Em quais regiões es- ► Interferências construtiva e
ses tsunamis são mais frequentes? As ondas originadas da movimentação das placas destrutiva
tectônicas têm a mesma amplitude das que atingem a região litorânea?
As regiões de grande risco para a ocorrência dos tsunamis são Japão, Indonésia, Índia, Filipinas,
Smallcreative/Shutterstock

Papua-Nova Guiné, Turquia, Estados Unidos, Haiti e Chile, lugares que se encontram nas chama-
das zonas de convergência. Milhares de tremores ocorrem diariamente em nosso planeta.
vchal/Shutterstock

A maioria deles ocorre nas profundezas e praticamente não são percebidos na superfície.

44
Elementos geométricos de uma onda
O estudo analítico dos fenômenos ondulatórios requer a definição de elementos geo-
métricos que definem a onda e permitem representá-la adequadamente. Considere um
exemplo simples de uma onda gerada pela queda de uma pequena pedra na superfície de
um lago. Como já vimos, nesse caso teremos ondas circulares que se propagam na super-
fície da água, como mostra a figura.
Keattikorn/Shutterstock

Frente de
A B onda

Linhas Raios
de onda de onda

(A) Ondas circulares na superfície da água e (B) sua representação geométrica.

As cristas e os vales são representados por linhas denominadas linhas de onda, em Definição
que as cristas são representadas por linhas contínuas e os vales por linhas tracejadas ou
Linha de onda : região
espaços vazios entre as cristas. Com isso, deve-se notar que a distância entre duas linhas geométrica dos pontos que
 λ representam as cristas e os vales
de onda consecutivas corresponde à metade do comprimento de onda   , visto que é
 2 de uma onda.
a distância entre uma crista e um vale. Já a primeira linha de onda, que separa a região já Frente de onda : linha de
perturbada da região ainda não perturbada, é denominada frente de onda. Para representar a onda que separa a região já
propagação da onda, usa-se o raio de onda, que é uma linha orientada no sentido da propaga- perturbada pela onda da região
ção e é perpendicular às linhas de onda. não perturbada.

Reflexão de ondas
Da mesma forma como ocorre com a luz, o fenômeno da reflexão também pode ocorrer
com o som, com as ondas na água, as ondas em uma corda tensa ou qualquer outro tipo de
onda. O eco é um exemplo notório de reflexão do som, que será estudado no próximo capítulo.
Para descrever o fenômeno da reflexão ondulatória, vamos, inicialmente, considerar
uma onda unidimensional, como uma onda gerada em uma das extremidades de uma
corda e que se propaga por ela. Ao atingir a extremidade oposta da corda, a onda sofre re-
flexão e retorna, passando a se movimentar no sentido oposto. Nesse caso, podem-se
verificar duas situações:

Extremidade fixa » quando a extremidade onde ocorre a


reflexão é fixa, a onda retorna invertendo a fase, como mostra
a figura.
Reflexão de onda em
v
extremidade fixa: ocorre
inversão de fase.

Extremidade livre È quando a extremidade onde ocorre a


reflexão é livre, a onda retorna sem inverter a fase, como mostra
a figura.
Reflexão de onda em
v extremidade livre: não
ocorre inversão de fase.
v
FÍSICA

45
Para generalizar a descrição da reflexão para ondas bidimensionais e tridimensionais,
considere uma onda plana de frequência f, comprimento de onda λ e que se propaga em
um meio com velocidade v. Ao atingir uma superfície plana, ela sofre reflexão, retornando
para o meio original, como mostra a figura.

N
RI RR

i r

Define-se o ângulo de incidência i como o ângulo formado entre o raio de onda inci-
dente RI e a reta normal N. Analogamente, o ângulo de reflexão r é definido como o ângulo
formado entre o raio de onda refletido RR e a mesma reta normal N. Pela lei da reflexão, a
medida do ângulo de incidência é igual à do ângulo de reflexão.

i=r

Além disso, como a onda retorna para o mesmo meio de origem, não há alteração na Atenção
velocidade de propagação. Lembrando que a frequência é determinada pela fonte ge-
1 Durante a reflexão de
radora, ela também não se altera durante a reflexão. Consequentemente, pela equação
uma onda, a velocidade v de
fundamental da ondulatória (v = λ ⋅ f), o comprimento de onda também não será alterado. 1
propagação, a frequência f da
Refra•‹o de ondas onda e o comprimento de onda
λ não se alteram.
Da mesma forma que a luz, também podemos generalizar o fenômeno da refração
para todo tipo de onda. Por exemplo, quando estamos mergulhando no fundo de uma
piscina, podemos ouvir conversas, músicas ou barulhos que estão sendo produzidos fora
da água. Nesse caso, os sons produzidos propagam-se do ar para água, sofrendo refração.
Para descrevermos matematicamente a refração, considere uma onda plana de fre-
quência f, comprimento de onda λ1 e que se propaga em um meio 1 com velocidade v1.
Ao atingir a superfície de separação com outro meio 2, a onda passa a se propagar nesse
novo meio com velocidade v2 e comprimento de onda λ2, como mostra a figura. No entan-
to, a frequência f da onda não se altera, pois ela depende somente da fonte geradora.

RI N

i
v1 f λ1
v2 f λ2
r

RR

Da mesma forma que na reflexão, define-se o ângulo de incidência i como o ângulo Observação
formado entre o raio de onda incidente RI e a reta normal N. Já o ângulo de refração r é 1 Durante a refração de uma
o ângulo entre o raio de onda refratado RR e a reta normal N. Podemos enunciar a lei da onda, a frequência da onda não
refra•‹o da seguinte forma: a razão entre os senos do ângulo de incidência (i) e do ângulo se altera. Já a velocidade de
de reflexão (r) é igual à razão entre as velocidades da onda nos meios onde ocorre a inci- propagação e o comprimento
dência e onde ocorre a refração. 1 de onda se alteram de maneira
proporcional.
seni v λ
= 1 = 1
senr v2 λ2

46 CAPÍTULO 3
Princípio de Huygens e difração de ondas
Um dos pioneiros no estudo dos fenômenos ondulatórios foi o cientista holandês t2

Christian Huygens (1629-1695). Uma de suas contribuições, conhecida hoje como prin- t1
cípio de Huygens, permite determinar a forma e a posição de uma linha de onda num P
instante t . 0 qualquer, sabendo-se sua forma e posição no instante t0 = 0. Segundo
Huygens, cada ponto P de uma linha de onda, em dado instante t1, funciona como uma
fonte pontual para gerar a onda subsequente no instante t2 . t1.
Com base no princípio de Huygens, podemos descrever um dos fenômenos mais inte- Fonte de
ondas
ressantes da ondulatória, a difração de ondas, ou a capacidade das ondas de contornar ou
transpor obstáculos. Para se ter uma ideia da importância desse fenômeno, o físico inglês
Thomas Young (1773-1829) comprovou que a luz tem caráter ondulatório, mostrando que
um feixe luminoso pode sofrer difração e interferência.
Na realidade, nos deparamos com esse fenômeno diariamente. Quando estamos
dentro de casa e ouvimos uma pessoa que está do lado de fora nos chamar, somente Cada ponto P de uma linha
conseguimos ouvir sua voz porque o som é uma onda e, portanto, sofre difração. de onda, em dado instante t1,
funciona como uma fonte pontual
Nesse caso, a onda sonora consegue penetrar pelas frestas das portas ou pelas jane-
para gerar a onda subsequente no
las e chegar até nossas orelhas. Da mesma forma, conseguimos captar um sinal de instante t2 . t1.
celular ou de rádio mesmo não estando próximo à antena transmissora, pois as ondas
eletromagnéticas também sofrem difração, contornando prédios e casas até atingir
nosso aparelho.
Para ilustrar a difração de uma onda, considere um tanque contendo água, di-
vidido em duas regiões e que se comunicam por uma fenda. Se batermos com uma
régua na água em uma das regiões, geraremos ondas retas se propagam e atingem
a fenda, passando a se propagar na outra região. No entanto, nota-se que as ondas
contornam os cantos da fenda e se espalham, como se tivessem sido geradas por uma
fonte puntiforme.
ANDREW LAMBERT PHOTOGRAPHY/Science Photo Library/Latinstock

Ondas
planas

Fenda

Curiosidade
1 Podemos observar a difração
da luz na superfície de um
Difração de ondas: ondas planas se espalham em ondas circulares ao atravessar a fenda. CD-ROM. Embora invisível
Mesmo sendo difícil de observar, a difração pode ocorrer até mesmo com a luz. O pro- aos nossos olhos, a superfície
do CD (em que os dados são
blema é que o fenômeno da difração é mais evidente quando o comprimento de onda é
gravados) apresenta muitas
da ordem das dimensões do obstáculo (ou da fenda). O som audível tem comprimento
ranhuras, as quais formam
de onda entre 1,7 cm e 17 m e, portanto, pode contornar facilmente obstáculos como
uma rede de refração (essas
pessoas, muros, prédios ou frestas de portas. A luz, por sua vez, apresenta comprimento ranhuras podem ser observadas
de onda da ordem de 10–7 m. Portanto, as ondas luminosas praticamente não sofrem microscopicamente). A luz
difração em obstáculos com dimensões da ordem de centímetros ou metros. É por isso branca, ao atingir essa
que na óptica geométrica a propagação da luz é considerada retilínea. Para fendas ou superfície, se dispersa e permite-
obstáculo de pequenas dimensões, no entanto, o fenômeno da difração da luz também -nos observar as cores visíveis do
é facilmente observado. 1 espectro.
FÍSICA

47
Polarização de ondas
Quando uma onda transversal se propaga em uma corda esticada, os pontos da corda
vibram numa direção perpendicular à de propagação da onda. No entanto, existem mui-
tos planos diferentes nos quais os pontos podem oscilar perpendicularmente à direção
de propagação da onda. Quando os pontos vibram num único plano, dizemos que a onda
é polarizada. Quando a vibração ocorre em vários planos diferentes, a onda é não polari-
zada, veja as figuras.
y y
A B

z z
x x

Exemplos de onda transversal polarizada (A) e não polarizada (B). Nas ondas polarizadas, os
pontos do meio oscilam em um único plano e nas não polarizadas, os pontos oscilam em vários
planos diferentes.

Vamos considerar uma corda


esticada e mantida na horizontal.
Em certo instante, um pulso
transversal plano é produzido
na corda.

Pulso antes de passar


pela fenda vertical.

Se esse pulso for interceptado


por uma fenda vertical,
continuará se propagando
normalmente, conforme mostra
a sequência de figuras.

Pulso depois de passar


pela fenda vertical.

Pulso antes de passar


pela fenda horizontal.
Agora, para a mesma onda, vamos
inclinar a fenda (a fenda na
horizontal e o pulso vibrando
na vertical). Depois de passar pela fenda
O pulso, após passar pela fenda, horizontal, o pulso deixa de
desaparece, conforme mostra a existir. A fenda passa a
sequência de figuras. funcionar como uma
espécie de filtro, não
permitindo nenhuma
oscilação que não esteja na
direção da própria fenda.

A onda tridimensional,
depois de passar pelo
polarizador, torna-se
bidimensional, ou seja,
sua vibração acontece
Em uma próxima etapa, vamos em um plano.
considerar uma onda tridimensional Colocando-se mais um
passando por um polarizador. polarizador, perpendicu-
lar àquele já existente, a
onda, que era
inicialmente tridimen-
sional, vai desaparecer
por completo.

48 CAPÍTULO 3
Na prática, os polarizadores são muito usa- Atenção

NorGal/Shutterstock
dos para a luz, visto que esta é uma onda
1 Somente as ondas transversais
transversal cujos campos, elétrico e podem ser polarizadas.
magnético, podem vibrar em vá- Ondas longitudinais não
rios planos diferentes. A polari- sofrem polarização.
zação faz com que os campos Luz s Onda transversal s Pode
vibrem apenas em determina- ser polarizada
dos planos. Grande parte da luz Som s Onda longitudinal s Não
refletida por vidraças e poças de água é polarizada. pode ser polarizada
Nesse caso, o uso de lentes polarizadoras podem elimi- Lentes polarizadoras são
nar reflexos indesejados, permitindo uma melhor visuali- comumente usadas por fotógrafos
zação dos objetos. 1 para “limpar” a imagem de
reflexos indesejados.
Por exemplo, muitos óculos escuros têm lentes polarizadoras que bloqueiam parte da
luz incidente, permitindo ao usuário uma visualização mais confortável.

Atividades
1. (UFF-RJ) A figura representa a propagação de dois pulsos 2. A figura representa dois instantes de uma corda pela qual
em cordas idênticas e homogêneas. A extremidade es- se propaga um pulso transversal com velocidade de 10 m/s.
querda da corda, na situação I, está fixa na parede e, na
situação II, está livre para deslizar, com atrito desprezível, Instante 1
ao longo de uma haste. 3,0 m 4,0 m

Instante 2

Situação I Situação II a) A extremidade da corda no suporte é fixa ou móvel?


Como o pulso sofre reflexão com inversão de fase, a extre-
Identifique a opção em que estão mais bem representa- midade da corda é fixa.
dos os pulsos refletidos nas situações I e II:
a) d)

b) Qual é o intervalo de tempo decorrido entre os dois


instantes mostrados na figura?
I II I II Entre os dois instantes, o pulso percorre 11 m com
velocidade de 10 m/s. Assim, o intervalo de tempo
b) e) correspondente vale:
∆s 11
∆t = = s ∆t = 1,1 s
v 10

I II I II
c)
3. (EEAR-SP) No estudo de ondulatória, um dos fenômenos
mais abordados é a reflexão de um pulso numa corda.
I II
Quando um pulso transversal propagando-se em uma corda
Quando a extremidade em que ocorre a reflexão é fixa, há in- devidamente tensionada encontra uma extremidade fixa, o
versão de fase; se essa extremidade é móvel, o pulso refletido pulso retorna à mesma corda, em sentido contrário e com:
tem a mesma fase do pulso incidente. a) inversão de fase.
Alternativa b
b) alteração no valor da frequência.
c) alteração no valor do comprimento de onda.
d) alteração no valor da velocidade de propagação.
Como a extremidade é fixa, ocorrerá inversão de fase do pulso.
Alternativa a
FÍSICA

49
4. (Escola Naval-RJ) Analise a figura abaixo. 6. (UFPR) Quando aplicada na medicina, a ultrassonografia
permite a obtenção de imagens de estruturas internas do
corpo humano. Ondas de ultrassom são transmitidas ao
interior do corpo. As ondas que retornam ao aparelho são
transformadas em sinais elétricos, amplificadas, processa-
A figura acima representa um pulso P que se propaga em das por computadores e visualizadas no monitor de vídeo.
uma corda I, de densidade linear µI, em direção a uma Essa modalidade de diagnóstico por imagem baseia-se no
corda II, de densidade linear µII. O ponto Q é o ponto de fenômeno físico denominado:
junção das duas cordas. Sabendo que µI > µII, o perfil da a) ressonância d) polarização
corda logo após a passagem do pulso P pela junção Q é b) reverberação e) dispersão
mais bem representado por: c) reflexão
Ao atingir obstáculos, as ondas retornam, caracterizando o
fenômeno da reflexão.
a) Alternativa c

7. (Vunesp) Considere um lago onde a velocidade de propa-


b)
gação das ondas na superfície não dependa do compri-
Reprodução / EEAR-SP, 2017.

mento de onda, mas apenas da profundidade. Essa relação


c) pode ser dada por v = g ⋅ d , em que g é a aceleração da
gravidade e d é a profundidade. Duas regiões desse lago
têm diferentes profundidades, como ilustrado na figura.
Superf’cie do lago
d) 2,5 m
Plataforma
10 m
e)

Plataforma
Na situação, o pulso parte de uma corda mais densa para uma
menos densa, o pulso refratado (na corda II) mantém a fase
do pulso incidente, no caso de sua reflexão (na corda I), terá O fundo do lago é formado por extensas plataformas planas
sua amplitude diminuída em relação ao pulso original. em dois níveis; um degrau separa uma região com 2,5 m
Alternativa b de profundidade de outra com 10 m de profundidade.
Uma onda plana, com comprimento de onda λ, forma-se
na superfície da região rasa do lago e propaga-se para a
direita, passando pelo desnível. Considerando que a onda
em ambas as regiões possui mesma frequência, pode-se
5. +Enem [H1] Em relação às ondas mecânicas, é correto
dizer que o comprimento de onda na região mais pro-
afirmar:
funda é:
a) no ar, todas as ondas mecânicas têm igual compri- λ 3λ 2λ
a) b) 2λ c) λ d) e)
mento de onda. 2 2 3
b) a velocidade de uma onda mecânica no ar é próxima à
Comparando as equações: v = λ ⋅ f (equação fundamental da
velocidade da luz nesse meio.
ondulatória) com a equação dada na questão v = g ⋅ d , temos:
c) por resultarem de vibrações do meio na direção de sua
λ⋅f= g ⋅d
propagação, as ondas mecânicas são ondas transversais.
Lembrando que a frequência não se altera, obtemos:
d) assim como as ondas eletromagnéticas, as ondas me-
cânicas propagam-se no vácuo. λ1 ⋅ f = g ⋅ d1 e λ2 ⋅ f = g ⋅ d 2
em que d1 é a profundidade da parte rasa, d2 é a profundidade
e) assim como as ondas eletromagnéticas, as ondas me- da parte funda, λ1 é o comprimento de onda na parte rasa e λ2
cânicas também sofrem difração. é o comprimento de onda na parte funda.
A difração ocorre tanto para as ondas mecânicas como para Efetuando a divisão entre as expressões e substituindo os va-
as ondas eletromagnéticas, porém em nosso cotidiano o fe- lores numéricos, temos que o comprimento de onda na região
nômeno é mais acentuado com as ondas mecânicas que com mais profunda é:
as ondas eletromagnéticas. λ1 d1 λ 2, 5 λ 1 1
Alternativa e = s 1 = s 1 = =
λ2 d2 λ2 10 λ2 4 2
λ1 = 0,5 ⋅ λ2 s λ2 = 2 ⋅ λ1 s λ2 = 2 ⋅ λ
Alternativa b

50 CAPÍTULO 3
8. Uma onda mecânica de frequência 200 Hz e comprimento b) a velocidade da onda no meio 2;
de onda 40 cm propaga-se em um meio (1) e passa para sen i v
= 1 s
outro meio (2) diferente do primeiro. Os ângulos de inci- sen r v2
dência e refração são, respectivamente, 30° e 60°. Calcule: s sen 30° ⋅ v 2 = sen 60° ⋅ 80 s
a) a velocidade da onda no meio 1; 1 3
s ⋅ v2 = ⋅ 80 s v 2 = 80 3 m/s
v1 = λ ⋅ f = 200 ⋅ 0,4 s v1 = 80 m/s 2 2

c) o comprimento de onda do meio 2.


v2 = λ2 ⋅ f2 s 80 3 = λ2 ⋅ 200 s λ2 = 0,4 ⋅ 3m

Tarefa proposta 1 a 14
Complementares
9. (Vunesp) Com a atual crise no fornecimento de energia d) o comprimento de onda é muito menor que o tama-
elétrica, uma boa maneira de economizar energia é substi- nho da fenda que irá contorná-la.
tuir as lâmpadas incandescentes, que têm um rendimento e) o comprimento de onda tem exatamente a mesma
muito baixo, por lâmpadas fluorescentes. Essas lâmpadas medida do tamanho da fenda ou do obstáculo que irá
contêm gás neon puro ou misturado com argônio a baixa contorná-lo.
pressão e uma pequena quantidade de mercúrio líquido. 12. (UFF-RJ) A velocidade de propagação de um tsunami em
Quando submetido a uma tensão elétrica, o gás ioniza- alto-mar pode ser calculada com a expressão v = g ⋅ h,
-se, baixando sua resistência elétrica e estabelecendo uma em que g é a aceleração da gravidade e h a profundidade
corrente elétrica no seu interior. O mercúrio, então, vapo- local. A mesma expressão também se aplica à propagação
riza-se e as sucessivas colisões entre seus átomos e o neon de ondas num tanque de pequeno tamanho. Considere
fazem com que eles emitam radiação visível e ultravioleta. a situação mostrada no esquema, em que uma torneira
Essa última é absorvida pelo pó fluorescente da camada goteja, a intervalos regulares, sobre o centro de um tanque
interior do tubo, que o reemite na faixa da radiação visível. que tem duas profundidades diferentes. Identifique o es-
Esse é o motivo do alto rendimento e baixo consumo de quema que melhor representa as frentes de onda geradas
energia dessas lâmpadas. pelo gotejamento.
a) Considere um feixe de radiação ultravioleta propagan-
do-se no ar com uma velocidade de 3,0 ⋅ 108 m/s e
frequência de 1,0 ⋅ 1015 Hz. Qual o comprimento de
onda, no ar, dessa radiação?
b) Ao atravessar, do vidro da lâmpada para o ar, o que
ocorrerá (aumentará, diminuirá ou permanecerá inal-
terada) com a velocidade de propagação, com a fre- a) d)
quência e com o comprimento de onda do feixe de luz
emergente em relação ao feixe que se propagava no
interior do vidro?
10. Dois vizinhos conseguem conversar, mesmo separados por
um muro de 3 metros de altura. Isso acontece porque a
onda sonora, ao atingir o muro, sofre o fenômeno de: b) e)
a) polarização d) reflexão
b) interferência e) refração
c) difração
11. A difração é um fenômeno que pode ser observado quando:
a) o comprimento de onda é maior ou igual ao tamanho c)
do obstáculo que irá contorná-lo.
b) o comprimento de onda é muito menor que o tama-
nho do obstáculo que irá contorná-lo.
c) o comprimento de onda é muito maior que o tamanho
da fenda que irá contorná-la.
FÍSICA

51
Interferência de ondas
A experiência de Thomas Young mostrou, em 1803, que a luz pode sofrer difração e inter-
ferência, comprovando seu caráter ondulatório. Basicamente, a interferência de ondas ocorre
quando duas ou mais ondas se propagando em um mesmo meio se encontram e se superpõem.

Interferência de ondas unidimensionais


Vamos, inicialmente, descrever a interferência, começando com um caso simples.
Considere uma corda tensa na qual se propagam duas cristas de onda de amplitudes
A1 e A2 em sentidos opostos, indo uma ao encontro da outra, como mostra a figura.
v v

A1 A2

Ao se sobreporem, ocorrerá uma interferência construtiva de forma que surgirá uma


onda resultante de amplitude A = A1 + A2, como mostra a figura a seguir.

Por sua vez, se tivéssemos uma crista e um vale (fases opostas), a sobreposição geraria
uma interferência destrutiva e a onda resultante teria amplitude A = |A1 – A2|, como mos-
tra a figura a seguir.
v

A1
A2

Deve-se notar que, independentemente se ocorrer interferência construtiva ou des-


trutiva, após a superposição, as ondas (cristas e/ou vales) continuarão se propagando nor-
malmente com as mesma direções e amplitudes que tinham antes da superposição. Esse
fato é chamado de princ’pio da independência das ondas.

Interferência de ondas bi e tridimensionais


Considere agora duas fontes de ondas F1 e F2 em pontos diferentes do espaço, emi-
tindo ondas senoidais de mesma frequência f e comprimento de onda λ. Podem ser, por
exemplo, duas pessoas batendo com o dedo no mesmo ritmo na superfície da água de
uma piscina (meio bidimensional) ou dois alto-falantes emitindo notas musicais iguais no
espaço (meio tridimensional).
ck
rsto
e
hutt
aad/S
A. S
ad
Fou

52 CAPÍTULO 3
Considere um ponto P desse meio que está a uma distância x1 da fonte F1 e a uma dis-
tância x2 da fonte F2, como mostra a figura.
P

x1
x2

Representação
F1 F2
geométrica da
superposição de ondas
geradas por duas
fontes F1 e F2.

Para determinar se nesse ponto P ocorrerá interferência construtiva ou destrutiva, de-


ve-se comparar a diferença de percurso ∆x = |x1 – x2| com o comprimento de onda λ. Para
isso, define-se um número n dado pela razão:

∆x
n=
λ
2

A partir do valor de n, temos duas situações a serem analisadas:


• fontes F1 e F2 emitindo ondas em concordância de fase: se n for igual a um número par w in-
terferência construtiva, se n for igual a um número ímpar w interferência destrutiva
• fontes F1 e F2 emitindo ondas em oposição de fase: se n for igual a um número par w inter-
ferência destrutiva, se n for igual a um número ímpar w interferência construtiva

Decifrando o enunciado Lendo o enunciado


Observe que as posições das
(UFPE)
duas fontes e do primeiro
Duas fontes sonoras pontuais, F1 e F2, separadas entre si de 4,0 m, emitem ondas em fase mínimo, interligadas, formam
e na mesma frequência. um triângulo retângulo.
y Identifique a distância da fonte
F2 em relação ao primeiro
F2
Primeiro mínimo mínimo, recordando o teorema
de Pitágoras.
4,0 m Lembre-se que para uma
amplitude mínima corresponde
uma interferência destrutiva.
F1 x
3,0 m

Um observador, se afastando lentamente da fonte F1, ao longo do eixo x, detecta o primei-


ro mínimo de intensidade sonora, em razão da interferência das ondas geradas por F1 e F2,
na posição x = 3,0 m. Sabendo-se que a velocidade do som é 340 m/s, qual a frequência
das ondas sonoras emitidas, em Hz?

Resolução
As distâncias entre as fontes e o ponto em que ocorre o primeiro mínimo são x1 = 3 m e
x2 = 5 (teorema de Pitágoras). Portanto, a diferença de marcha é ∆x = 5 – 3 = 2 m. Para o
primeiro mínimo (primeira interferência destrutiva), temos:
∆x 2 4
=ns1= =1s =4m
λ λ λ
2 2
Aplicando a equação fundamental da ondulatória, temos:
v 340
v=λ⋅fsf= sf= s
λ 4
s f = 85 Hz
FÍSICA

53
Contextualize

Monkey Business Images/Shutterstock


Mesmo após a chegada dos filmes comerciais em ví-
deo cassete, DVD e blu-ray, que podem ser assistidos em
casas, ir ao cinema e encarar aquela telona ainda atrai
muitos aficionados por filmes.
Mas continuar atraindo verdadeiras multidões para as
salas de cinema requer levar para dentro delas a inovação.
Com as produções em formato 3-D em alta e experiências
sonoras cada vez mais reais, as salas proporcionam expe-
riências incríveis.
Para assistir a esses filmes em 3-D, existe a necessida-
de do uso dos óculos 3-D que são fornecidos na entrada
das salas. Eles são capazes de criar uma experiência de
profundidade, que nos dá a impressão de fazermos parte
das cenas.
Embora os efeitos em três dimensões não sejam novi-
dade, já que essa tecnologia uma vez havia sido utilizada
nos cinemas na década de 1950, eles evoluíram significa-
tivamente.
Na elaboração dos filmes atuais, cada imagem é projetada com uma polaridade diferente (às vezes com dois projeto-
res simultâneos).
Com o uso de óculos 3-D, altera-se o ângulo de cada uma das dimensões observadas. Esse efeito induz o cérebro a criar
uma ilusão de profundidade, que potencializa a distância entre ambos, criando esse efeito conhecido como estereoscópica.
Basicamente, os óculos 3-D são polarizados de duas formas: circular e linear. Na polarização circular, enquanto um olho
recebe a imagem e a interpreta no sentido horário, o outro faz o mesmo processo no sentido anti-horário. Esse é o modelo
mais utilizado no Brasil. Porém, esse tipo de polarização dificulta a visualização na maioria das TV LCD, pois como utilizam
uma varredura progressiva no sentido vertical, requerem óculos com polarização linear.
Óculos polarizados não são exclusivos para assistir aos filmes em 3-D. A polarização de lentes também é bastante usada
em óculos de sol.
Faça uma pesquisa rápida e responda: Por que a polarização é importante nos óculos de sol?
Professor, confira no manual as respostas às questões e mais informações sobre o tema de estudo.

Atividades
13. (Ufscar-SP) A figura mostra dois pulsos em uma corda ten-
d)
sionada no instante t = 0 s, propagando-se com velocidade
de 2,0 m/s em sentidos opostos.
v
1 cm 1 cm e)

2 cm 7 cm 2 cm
Na figura, as linhas pontilhadas indicam como estão os pulsos
individualmente após 20 ms:
A configuração da corda no instante t = 20 ms é: 4 cm
v
1 cm
a) 1 cm

2 cm

v 4 cm
b) 7 cm 2 cm

Efetuando a superposição (interferência) ponto a ponto, en-


contramos a configuração indicada na alternativa d.
Alternativa d
c)

54 CAPÍTULO 3
14. (Enem) Em viagens de avião, é solicitado aos passageiros o 17. (UFU-MG) Um observador situado no ponto O da figura
desligamento de todos os aparelhos cujo funcionamento recebe ondas sonoras provenientes de duas fontes idên-
envolva a emissão ou a recepção de ondas eletromagnéti- ticas, F1 e F2, que emitem, em oposição de fase, ondas
cas. O procedimento é usado para eliminar fontes de radia- de 2 metros de comprimento. Qual deve ser a distância
ção que possam interferir nas comunicações via rádio dos mínima percorrida por F1 na direção do observador para
pilotos com a torre de controle. A propriedade das ondas que este ouça a máxima intensidade?
emitidas que justifica o procedimento adotado é o fato de: 30 m
a) terem fases opostas.
F1 O
b) serem ambas audíveis. 30°
c) terem intensidades inversas.
d) serem de mesma amplitude.
e) terem frequências próximas. m
34
Aparelhos eletrônicos que recebem e/ou emitem ondas ele- F2
tromagnética podem causar o fenômeno da interferência en-
tre as comunicações e sistemas de localização das aeronaves,
pois se tratam de ondas de frequências próximas.
Alternativa e a) 1 m d) 4 m
b) 2 m e) zero
15. (Escola Naval-RJ) Analise a figura abaixo. c) 3 m
Calculando ∆x, temos:
Reprodução / Escola. Naval-RJ, 2017.

∆x = | x1 – x2 | = |30 – 34| s ∆x = 4 m
Como ∆x = 4 m e λ = 2 m, as fontes emitem em oposição
de fase.
λ 2
A figura acima ilustra quatro fontes sonoras pontuais A distância mínima deve ser de s =1m
2 2
(F1, F2, F3 e F4, isotrópicas, uniformemente espaçadas de Alternativa a
d = 0,2 m ao longo do eixo x. Um ponto P também é
mostrado sobre o eixo x. As fontes estão em fase e emi-
tem ondas sonoras na frequência de 825 Hz com mesma
amplitude A e mesma velocidade de propagação, 330 m/s.
Suponha que, quando as ondas se propagam até P, suas
amplitudes se mantêm praticamente constantes.
Sendo assim a amplitude da onda resultante no ponto P é: 18. (Uece) Uma onda sonora de 170 Hz se propaga no sentido
a) zero d) A norte-sul, com uma velocidade de 340 m/s. Nessa mesma
A região de propagação, há uma onda eletromagnética com
b) e) 2A
4 comprimento de onda 2 ⋅ 106 µm viajando em sentido con-
A trário. Assim, é correto afirmar-se que as duas ondas têm:
c)
2 a) mesmo comprimento de onda, e pode haver interfe-
O comprimento das ondas emitidas pode ser encontrado por: rência construtiva.
v = λ ⋅ f s 330 = λ ⋅ 825 s λ = 0,4 m b) mesmo comprimento de onda, e pode haver interfe-
λ  rência destrutiva.
Estando as fontes em fase e distantes  = 0, 2 m , tere-
2 
c) mesmo comprimento de onda, e não pode haver in-
mos interferências destrutivas entre elas e, no ponto P, a am- terferência.
plitude será nula.
Alternativa a d) diferentes comprimentos de onda, e não pode haver
interferência.
Analisando os comprimentos de onda, temos:
vs = λs ⋅ f s 340 = λs ⋅ 170 0 λs = 2 m
16. (Ifsul-RS) Para que haja interferência destrutiva total entre
λe = 2 ⋅ 106 µm = 2 ⋅ 106 ⋅ (10–6 m) s λe = 2 m
duas ondas de mesma frequência é necessário que elas Como se trata de uma onda mecânica (longitudinal) e uma
possuam: eletromagnética (transversal), não existe possibilidade de in-
terferência entre elas.
a) mesma amplitude e estejam em oposição de fase.
Alternativa c
b) amplitudes diferentes e estejam em oposição de fase.
c) mesma amplitude e estejam em concordância de fase.
d) amplitudes diferentes e estejam em concordância de fase.
Para ocorrer interferência destrutiva, os pulsos devem estar
em oposição de fase e para que seja total, devem ter a mes-
ma amplitude.
Alternativa a
FÍSICA

55
19. (UFRGS-RS) A figura a seguir representa dois pulsos pro- 20. +Enem [H1] Durante o trajeto até a escola, Anderson
duzidos nas extremidades opostas de uma corda. ouve o noticiário na frequência de rádio 96,8 MHz.
Nos últimos dias, uma rádio pirata está transmitindo,
na mesma frequência. Em alguns momentos, ambas as
estações param de transmitir. Considerando a situação
apresentada, o fenômeno que ocorre quando ambas as
Assinale a alternativa que melhor representa a situação
estações param de ser detectadas é:
da corda após o encontro dos dois pulsos.
a) reflexão
b) refração
a) c) difração
d) interferência construtiva
Reprodução / UFRGS, 2010.

e) interferência destrutiva
b)
Considerando que as ondas transmitidas pelas duas rádios
têm a mesma frequência, o fenômeno que ocorre no caso é a
interferência destrutiva.
c) Alternativa e

d)

e)
Analisando a figura do enunciado, no momento do encontro
ocorre uma interferência construtiva parcial com amplitude so-
mada de ambos os pulsos. No entanto, após o encontro, de
acordo com o princípio da independência, os pulsos seguem
suas trajetórias como eram antes do encontro.
Alternativa b

Tarefa proposta 15 a 32
Complementares
21. (Uece) Na figura a seguir, C é um anteparo e S0, S1 e S2 são
fendas nos obstáculos A e B. Extremo fixo

Extremo fixo

A forma resultante da completa superposição desses pul-


sos, após a primeira reflexão, é:
Reprodução / Uece, 2018.

a)

b)

c)

Assinale a alternativa que contém os fenômenos ópticos


esquematizados na figura.
a) Reflexão e difração
d)
b) Difração e interferência
c) Polarização e interferência
d) Reflexão e interferência
22. (Uerj) Em uma corda de massa desprezível, esticada e fixa e)
nas duas extremidades, são produzidos, a partir do ponto
médio, dois pulsos que se propagam, mantendo a forma
e a velocidade constante, como mostra a figura a seguir:

56 CAPÍTULO 3
23. (FGV-SP) As figuras a seguir representam uma foto e um 24. (Uece) A figura mostra dois alto-falantes, A e B, separados
esquema em que F1 e F2 são fontes de frentes de ondas por uma distância de 2,0 m. Os alto-falantes estão emi-
mecânicas planas, coerentes e em fase, oscilando com a tindo ondas sonoras em fase e de frequência 0,68 kHz.
frequência de 4,0 Hz. As ondas produzidas propagam-se a O ponto P mostrado na figura está a uma distância de
uma velocidade de 2,0 m/s. Sabe-se que D > 2,8 m e que 1,5 m do alto-falante A e a uma distância x de, pelo me-
P é um ponto vibrante de máxima amplitude. nos, 1,5 m do alto-falante B. Supondo que a velocidade de
propagação do som no ar é 340 m/s, a distância x mínima
do alto-falante B ao ponto P para que esse ponto seja
um ponto nodal (interferência destrutiva) é:
Reprodução / FGV-SP, 2017.

1,5 m
A

x
B
Nessas condições, o menor valor de D deve ser:
a) 2,9 m d) 3,2 m
b) 3,0 m e) 3,3 m a) 1,50 m c) 2,00 m
c) 3,1 m b) 1,75 m d) 2,50 m

Tarefa proposta
1. (Furg-RS) Quanto à refração e reflexão de ondas, pode-se a) maior comprimento de onda e menor frequência que
afirmar que uma propriedade comum a ambas as situações a onda emitida.
é que: b) menor comprimento de onda e menor frequência que
a) a fase não pode variar porque a velocidade não varia. a onda emitida.
b) o comprimento de onda sempre diminui. c) menor comprimento de onda e maior frequência que
a onda emitida.
c) a fase pode variar em razão da variação da frequência.
d) maior comprimento de onda e maior frequência que a
d) o comprimento de onda se mantém constante.
onda emitida.
e) a frequência da onda se mantém constante. e) os mesmos valores para os parâmetros mencionados
2. (UFSJ-MG) Um gerador de ondas eletromagnéticas emite da onda emitida.
de um helicóptero ondas com uma frequência definida f. 4. (Enem) Ao contrário dos rádios comuns (AM ou FM), em
Considerando que o helicóptero está a uma altura tal que que uma única antena transmissora é capaz de alcançar
não provoca alterações na água contida em uma piscina e toda a cidade, os celulares necessitam de várias antenas
que no ar essas ondas de comprimento de onda λ viajam para cobrir um vasto território. No caso dos rádios FM, a
com a velocidade da luz no vácuo, é correto afirmar que as frequência de transmissão está na faixa dos MHz (ondas
ondas que penetrarem na água contida na piscina sofrerão de rádio), enquanto, para os celulares, a frequência está
alterações em: na casa dos GHz (micro-ondas). Quando comparado aos
a) sua velocidade v e em sua frequência f. rádios comuns, o alcance de um celular é muito menor.
b) seu comprimento de onda λ e em sua frequência f. Considerando-se as informações do texto, o fator que
c) sua velocidade v e em seu comprimento de onda λ. possibilita essa diferença entre propagação das ondas de
d) sua velocidade v, em sua frequência f e em seu com- rádio e as de micro-ondas é que as ondas de rádio são:
primento de onda λ. a) facilmente absorvidas na camada da atmosfera supe-
rior conhecida como ionosfera.
3. +Enem [H1] O eco é o fenômeno que ocorre quando um
som emitido e seu reflexo em um anteparo são percebidos b) capazes de contornar uma diversidade de obstáculos
por uma pessoa com um intervalo de tempo que permite como árvores, edifícios e pequenas elevações.
ao cérebro distingui-los como sons diferentes. c) mais refratadas pela atmosfera terrestre, que apresen-
Uma pessoa emite uma onda sonora em determinado ta maior índice de refração para as ondas de rádio.
meio e, após um intervalo de tempo escuta, também, o d) menos atenuadas por interferência, pois o número de
eco dessa onda emitida. aparelhos que usam ondas de rádio é menor.
Seja essa onda emitida com os seguintes parâmetros: e) constituídas por pequenos comprimentos de onda que
comprimento de onda λ, frequência f e velocidade v e a lhes conferem um alto poder de penetração em mate-
onda refletida que causa o eco terá: riais de baixa densidade.
FÍSICA

57
5. (EEAR-SP) Uma onda propagando-se em um meio material 8. (Colégio Naval-RJ) Um certo submarino, através do seu
passa a propagar-se em outro meio cuja velocidade de sonar, emite ondas ultrassônicas de frequência 28 kHz,
propagação é maior do que a do meio anterior. Nesse caso, cuja configuração é apresentada na figura abaixo:

Reprodução / Colégio Naval-RJ, 2016..


a onda, no novo meio tem:
a) sua fase invertida.
b) sua frequência aumentada.
c) comprimento de onda maior.
d) comprimento de onda menor.
6. (IFSC) Sabe-se que as ondas eletromagnéticas podem se
Em uma missão, estando em repouso, esse submarino
propagar no vácuo enquanto que as ondas mecânicas
detectou um obstáculo à sua frente, medido pelo retorno
necessitam de um meio material para se propagarem.
do sinal do sonar 1,2 segundos após ter sido emitido.
O som, por exemplo, é uma onda mecânica longitudinal;
Para essa situação, pode-se afirmar que a velocidade da
já a luz é uma onda eletromagnética transversal.
onda sonora nessa água e a distância em que se encontra
Com base em seus conhecimentos e nas informações
o obstáculo valem, respectivamente:
apresentadas no texto acima, analise as afirmativas abai-
xo e assinale a soma da(s) proposição(ões) correta(s). a) 340 m/s e 460 m d) 1 400 m/s e 680 m
(01) O som se propaga mais rapidamente na madeira do b) 340 m/s e 680 m e) 1 400 m/s e 840 m
que no ar. c) 340 m/s e 840 m
(02) O ultrassom é uma onda eletromagnética. 9. (Ufal) Alex encontra-se dentro de uma sala cujas paredes
(04) A velocidade do som é 3 ⋅ 108 m/s ou seja, 300 mil laterais e superior possuem isolamento acústico. A porta
quilômetros por segundo. da sala para o exterior está aberta. Alex chama Bruno, que
(08) O fenômeno do eco só ocorre com ondas transversais. está fora da sala (veja figura). Pode-se afirmar que Bruno
escuta Alex porque, ao passar pela porta, a onda sonora
(16) As cores que vemos são ondas eletromagnéticas visíveis.
emitida por este sofre:
(32) A luz se propaga mais rapidamente na água do que
no vácuo. Bruno

Dê a soma dos números dos itens corretos.


Sala (vista de cima)
7. (Famerp-SP) Dois pulsos transversais, 1 e 2, propagam-se
por uma mesma corda elástica, em sentidos opostos, com Alex
Paredes com
velocidades escalares constantes e iguais, de módulos isolamento
acústico
60 cm/s. No instante t = 0 a corda apresenta-se com a
configuração representada na figura 1. Porta
Reprodução / FAMERP-SP, 2017.

a) polarização d) refração
b) regularização e) difração
c) fissão
10. (UEPG-PR) Quando uma pedra é jogada na água, é possí-
vel observar que a perturbação que ela produz se propa-
ga em toda a superfície livre da água por meio de ondas.
O movimento ondulatório apresenta fenômenos tais como
Após a superposição desses dois pulsos, a corda se apre-
reflexão, refração, difração, polarização, entre outros. Sobre
sentará com a configuração representada na figura 2.
esses fenômenos ondulatórios, assinale o que for correto.
Reprodução / FAMERP-SP, 2017.

(01) Uma onda, quando muda de velocidade ao passar


de um meio para outro meio, pode sofrer reflexão
e refração.
(02) Ondas sonoras não sofrem o fenômeno de polarização.
(04) A difração, através de uma fenda, somente é obser-
vada quando a fenda é menor ou da mesma ordem
de grandeza do comprimento de onda.
Considerando a superposição apenas desses dois pulsos,
(08) Em uma onda polarizada, todas as partículas do
a configuração da corda será a representada na figura 2,
meio vibram em uma única direção perpendicular à
pela primeira vez, no instante:
direção de propagação da onda.
a) 1,0 s d) 2,5 s
(16) O fenômeno de difração ocorre quando uma onda con-
b) 1,5 s e) 3,0 s torna um obstáculo que, parcialmente, a interrompe.
c) 2,0 s Dê a soma dos números dos itens corretos.

58 CAPÍTULO 3
11. (Vunesp) Uma onda plana de frequência f = 20 Hz, propa- a) 4,2 ⋅ 107 Hz, 1,5 m
gando-se com velocidade v1 = 340 m/s no meio 1, refra- b) 6,0 ⋅ 107 Hz, 5,0 m
ta-se ao incidir na superfície de separação entre o meio 1 c) 6,0 ⋅ 107 Hz, 3,5 m
e o meio 2, como indicado na figura.
d) 4,2 ⋅ 107 Hz, 5,0 m
e) 4,2 ⋅ 107 Hz, 3,5 m
14. (Uece) Um apontador laser, também conhecido como
30° Meio 1
“laser pointer”, é direcionado não perpendicularmente
45° Meio 2 para a superfície da água de um tanque, com o líquido
em repouso. O raio de luz monocromático incide sobre
a superfície, sendo parcialmente refletido e parcialmente
refratado. Em relação ao raio incidente, o refratado muda:
Sabendo-se que as frentes de onda plana incidente e refrata- a) a frequência.
da formam, com a superfície de separação, ângulos de 30° e b) o índice de refração.
45° respectivamente, determine, usando a tabela seguinte: c) a velocidade de propagação.
θ sen θ cos θ d) a densidade.
1 3 15. (Enem) Ao diminuir o tamanho de um orifício atravessado
30°
2 2 por um feixe de luz, passa menos luz por intervalo de tempo,
e próximo da situação de completo fechamento do orifício,
2 2
45° verifica-se que a luz apresenta um comportamento como
2 2
o ilustrado nas figuras. Sabe-se que o som, dentro de suas
3 1 particularidades, também pode se comportar dessa forma.
60°
2 2

a) a velocidade v2 da onda refratada no meio 2;


b) o comprimento de onda λ2 da onda refratada no meio 2.
12. (UFF-RJ) As figuras a seguir mostram duas ondas eletro-
magnéticas que se propagam do ar para dois materiais
transparentes distintos, da mesma espessura d, e conti-
nuam a se propagar no ar depois de atravessar esses dois
Reprodução / Enem, 2011.

materiais. As figuras representam as distribuições espaciais


dos campos elétricos em certo instante de tempo. A velo-
cidade das duas ondas no ar é c = 3 ⋅ 108 m/s.

Material 1
1
Amplitude

−1

Material 2
1
Amplitude

−1
Em qual das situações a seguir está representado o fenô-
0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72 78 84 meno descrito no texto?
x (10−7 m)
a) Ao se esconder atrás de um muro, um menino ouve a
a) Determine o comprimento de onda e a frequência das conversa de seus colegas.
ondas no ar. b) Ao gritar diante de um desfiladeiro, uma pessoa ouve
b) Determine os comprimentos de onda, as frequências e a repetição do seu próprio grito.
as velocidades das ondas nos dois meios transparentes c) Ao encostar o ouvido no chão, um homem percebe o
e os respectivos índices de refração dos dois materiais. som de uma locomotiva antes de ouvi-lo pelo ar.
13. (Udesc) Uma onda de rádio que se propaga no vácuo pos- d) Ao ouvir uma ambulância se aproximando, uma pes-
sui uma frequência f e um comprimento de onda igual a soa percebe o som mais agudo do que quando aquela
5,0 m. Quando ela penetra na água, a velocidade desta se afasta.
onda vale 2,1 ⋅ 108 m/s. Na água, a frequência e o com- e) Ao emitir uma nota musical muito aguda, uma cantora
primento de onda valem, respectivamente: de ópera faz com que uma taça de cristal se despedace.
FÍSICA

59
16. (UEM-PR) Um fio longo é constituído de duas partes dis- 19. (Ufes) A perturbação senoidal, representada na figura no
tintas, conforme mostra a figura. instante t = 0, propaga-se da esquerda para a direita em
uma corda presa rigidamente em sua extremidade direita.
Reprodução / UEM-PR, 2016.

A velocidade de propagação da perturbação é de 3 m/s e


não há dissipação de energia nesse processo.
Uma delas tem densidade linear de 1 g/cm e o restante
do fio tem densidade linear de 2 g/cm. Assinale o que for
correto.
1,5 m
(01) Quando um pulso transversal é gerado na parte
menos densa, ele se propaga e, na junção, é to-
talmente refletido sem ocorrer transmissão.
(02) Se o pulso transversal é gerado na parte mais densa,
ele se propaga e, na junção, é totalmente refletido
2m 2m
sem haver transmissão.
(04) Um pulso transversal viajando no meio menos den- Assinale a alternativa contendo a figura que melhor re-
so é refletido na junção com sua fase alterada. presenta a perturbação após 1 s.
(08) Se um pulso transversal é gerado na parte mais densa, a)
ele é refletido na junção sem ocorrer inversão de fase.
(16) Independentemente do local (no fio) onde o pulso 3m
transversal é gerado, o pulso refratado não sofre in-
versão de fase.
Dê a soma dos números dos itens corretos.
17. (UPE) Próxima à superfície de um lago, uma fonte emite
onda sonora de frequência 500 Hz e sofre refração na 1m
água. Admita que a velocidade de propagação da onda
b)
no ar seja igual a 300 m/s e, ao se propagar na água, sua
velocidade é igual a 1 500 m/s. A razão entre os compri-
mentos de onda no ar e na água vale aproximadamente: 1,5 m
1 3 1
a) b) c) 3 d) e) 1
3 5 5
18. (PUC-MG) A figura mostra uma onda que, ao se propagar
no sentido da seta superior, atinge o anteparo A, onde há
2m
um orifício a, prosseguindo conforme indicam as setas
inferiores. O meio de propagação é o mesmo, antes do c)
anteparo (região I) e depois do anteparo (região II).

Região I

a A

Região II d)

1,5 m

Sobre tal situação, é falso afirmar:


a) o comprimento de onda na região I é maior que o 1m
comprimento de onda na região II.
b) o fenômeno que ocorre na passagem da região I para e)
a região II é a difração. 1m

c) o módulo da velocidade de propagação da onda na re-


gião I é igual ao módulo da velocidade de propagação
da onda na região II. 1,5 m
d) o período da onda na região I é igual ao período da
onda na região II.

60 CAPÍTULO 3
20. (UFTM-MG) No imóvel representado, as paredes que
delimitam os ambientes, bem como as portas e janelas,
são isolantes acústicos. As portas externas e janelas estão Pulso P, no instante t
fechadas e o ar em seu interior se encontra a uma tempe-
ratura constante, podendo ser considerado homogêneo.
0 20 40 60 80 100 120 140
Figura II

Com base na análise dessas informações, assinale a alter-


nativa em que a forma da corda no instante t está corre-
Reprodução / UFTM-MG, 2010.

tamente representada:
a)

0 20 40 60 80 100 120 140

b)
Uma pessoa, junto à pia da cozinha, consegue conversar
com outra, que se encontra no interior do quarto, com a
porta totalmente aberta, uma vez que, para essa situa-
ção, é possível ocorrer com as ondas sonoras, a:
a) reflexão, apenas. 0 20 40 60 80 100 120 140
b) difração, apenas.
c)
c) reflexão e a refração, apenas.
d) reflexão e a difração, apenas.
e) reflexão, a refração e a difração.
21. (ITA-SP) Considere as afirmativas:
I. Os fenômenos de interferência, difração e polarização 0 20 40 60 80 100 120 140
ocorrem com todos os tipos de onda.
d)
II. Os fenômenos de interferência e difração ocorrem
apenas com ondas transversais.
III. As ondas eletromagnéticas apresentam o fenômeno
de polarização, pois são ondas longitudinais.
IV. Um polarizador transmite os componentes da luz in- 0 20 40 60 80 100 120 140
cidente não polarizada, cujo vetor campo elétrico E é
perpendicular à direção de transmissão do polarizador. 23. (FMP-RJ) Nas extremidades de uma corda vibrante de
Então, está(ão) correta(s): 80 cm de comprimento, são produzidos dois pulsos
a) nenhuma das afirmativas. que se propagam em sentidos opostos. A velocidade
b) apenas a afirmativa I. de propagação de pulsos nesta corda é 10 cm/s.
Nas duas figuras a seguir, mostram-se imagens da corda
c) apenas a afirmativa II.
em repouso (indicando pontos uniformemente distancia-
d) apenas as afirmativas I e II.
dos sobre ela) e com os pulsos produzidos sobre ela no
e) apenas as afirmativas I e IV. instante t = 0.
22. (UFMG) Na figura I, estão representados os pulsos P e Q,
que estão se propagando em uma corda e se aproximam
um do outro com velocidades de mesmo módulo.
Reprodução / FMP-RJ

Pulso P Pulso Q

0 20 40 60 80 100 120 140


Figura I
FÍSICA

61
Cinco das oito configurações abaixo correspondem a Considerando a situação apresentada, a rádio pirata in-
imagens obtidas a partir da observação da propagação terfere no sinal da rádio pirata interfere no sinal da rádio
dos pulsos. do centro devido à:
1 2 a) atenuação promovida pelo ar nas radiações emitidas.
b) maior amplitude da radiação emitida pela estação
do centro.
c) diferença de intensidade entre as fontes emissoras
3 4 de ondas.
d) menor potência de transmissão das ondas da emis-
Reprodução / FMP-RJ

sora pirata.
e) semelhança dos comprimentos de onda das radiações
5 6 emitidas.
26. (UFRGS-RS) A figura I, abaixo, representa esquematica-
mente o experimento de Young. A luz emitida pela fonte F
ao passar por dois orifícios, dá origem a duas fontes de luz
7 8 ,
F1 e F2 idênticas, produzindo um padrão de interferência
no anteparo A. São franjas de interferência, compostas
de faixas claras e escuras, decorrentes da superposição de
ondas que chegam no anteparo.
A sequência temporal das configurações que correspon-
de ao perfil dos pulsos na corda é:
a) 7 – 6 – 4 – 3 – 5
Reprodução / UFRGS-RS, 2018.

b) 2 – 7 – 3 – 8 – 6
c) 1 – 2 – 4 – 3 – 6
d) 1 – 2 – 7 – 6 – 3
e) 1 – 6 – 5 – 8 – 4
24. (UEL-PR) A figura a seguir representa uma área coberta
pela radiação eletromagnética emitida por duas antenas.

A figura II, abaixo, representa dois raios de luz que atin-


1 4 gem o anteparo no ponto P. A onda oriunda do orifício
2 3
F1 percorre uma distância maior que a onda proveniente
do orifício F2. A diferença entre as duas distâncias é ∆L.
Reprodução / UFRGS-RS, 2018.

Considerando que a radiação eletromagnética é uma


onda e que, nesta questão, essa onda está represen-
tada pelos semicírculos, cujas cristas são os traços
cheios e os vales, os traços pontilhados, assinale a al-
ternativa correta.
a) No ponto 1, a amplitude resultante é mínima.
b) No ponto 2, a amplitude resultante é máxima.
c) No ponto 3, a amplitude resultante é metade do que a Assinale a alternativa que preenche corretamente as la-
do ponto 1. cunas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem.
d) No ponto 4, a amplitude resultante é nula. Se, no ponto P, há uma franja escura, a diferença ∆L deve ser
igual a um número __________ de comprimentos de onda.
e) No ponto 2, a amplitude resultante é o dobro do que
No ponto central O, forma-se uma franja __________ de-
a do ponto 3.
corrente da interferência __________ das ondas.
25. (Enem) Um garoto que passeia de carro com seu pai pela ci-
a) inteiro – escura – destrutiva
dade, ao ouvir o rádio, percebe que a sua estação de rádio
b) inteiro – escura – construtiva
preferida, a 94,9 FM, que opera na banda de frequência de
megahertz, tem seu sinal de transmissão superposto pela trans- c) inteiro – clara – construtiva
missão de uma rádio pirata de mesma frequência que interfere d) semi-inteiro – escura – destrutiva
no sinal da emissora do centro em algumas regiões da cidade. e) semi-inteiro – clara – construtiva

62 CAPÍTULO 3
27. (UEM-PR) Sobre a natureza e a propagação de ondas, as- 29. (UEG-GO) Os recentes motins em presídios brasileiros
sinale o que for correto. chamaram a atenção de modo geral para a importância
(01) Se uma onda mecânica em um fio se propaga de acordo das telecomunicações na operação de estruturas orga-
 π nizacionais. A necessidade de se impossibilitar qualquer
com a função de onda y = 4 cos  2π (10t – 2x ) + 
 2 tipo de comunicação, no caso de organizações crimino-
com x e y em centímetros e tem segundos, então a sas, tornou-se patente. Embora existam muitos sistemas
velocidade de propagação dessa onda é de 5π cm/s. de comunicação móvel, o foco centrou-se em celulares,
(02) Admitindo-se que a rádio UEM-FM (emissora de rá- em virtude de suas pequenas dimensões físicas e da
dio da Universidade Estadual de Maringá) opera em facilidade de aquisição e uso. Várias propostas foram
uma frequência de 106,9 MHz (1 MHz = 106 Hz) e colocadas para o bloqueio das ondas eletromagnéticas
que a velocidade de propagação das ondas de rádio ou de rádio. A primeira delas consiste em envolver o
é de 3 ⋅ 108 m/s, então o comprimento de onda na presídio por uma “gaiola de Faraday”, ou seja, “em-
transmissão da UEM-FM será menor que 3 m. brulhá-lo” com um material que seja bom condutor
(04) Ondas sonoras podem apresentar reflexão, refra- de eletricidade ligado à terra. Uma segunda proposta
ção, difração e interferência. era utilizar um aparelho que gerasse ondas eletromag-
(08) O princípio de Huygens estabelece que as frentes néticas na mesma faixa de frequência utilizada pelas
de onda (frentes primárias e secundárias) são sem- operadoras de telefonia móvel. Essas ondas seriam es-
pre paralelas. palhadas por meio de antenas, normalmente instaladas
(16) Uma diferença entre o comportamento das ondas nos muros do presídio.
transversais e longitudinais consiste no fato de que as
longitudinais não produzem efeitos de interferência.
Dê a soma dos números dos itens corretos.
28. (Enem) O trombone de Quincke é um dispositivo experi-
Reprodução / UEG-GO, 2007.

mental utilizado para demonstrar o fenômeno da interfe-


rência de ondas sonoras. Uma fonte emite ondas sonoras
de determinada frequência na entrada do dispositivo. Essas
ondas se dividem pelos dois caminhos (ADC e AEC) e se
encontram no ponto C, a saída do dispositivo, onde se
posiciona um detector. O trajeto ADC pode ser aumenta-
do pelo deslocamento dessa parte do dispositivo. Com o
trajeto ADC igual ao AEC, capta-se um som muito intenso
na saída. Entretanto, aumentando-se gradativamente o
Acerca das informações contidas no texto acima, julgue a
trajeto ADC, até que ele fique como mostrado na figura, a
validade das afirmações a seguir.
intensidade do som na saída fica praticamente nula. Desta
forma, conhecida a velocidade do som no interior do tubo I. Uma “gaiola de Faraday” é uma blindagem elétri-
(320 m/s) é possível determinar o valor da frequência do ca, ou seja, uma superfície condutora que envolve
som produzido pela fonte. uma dada região do espaço e que pode, em cer-
tas situações, impedir a entrada de perturbações
produzidas por campos elétricos e/ou magnéticos
externos.
II. A eficiência da “gaiola de Faraday” depende do com-
primento de onda das ondas eletromagnéticas da te-
Reprodução / Enem, 2017.

lefonia celular, pois isso definirá as dimensões da ma-


lha utilizada em sua construção.
III. A segunda proposta citada no texto é a geração de
ondas nas mesmas frequências utilizadas pelas ope-
radoras de telefonia móvel. Com isso, através de in-
terferências destrutivas, compromete-se a comunica-
ção entre a ERB (torre celular ou estação de rádio) e
o telefone.
O valor da frequência, em hertz, do som produzido pela Assinale a alternativa correta:
fonte sonora é: a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
a) 3 200 d) 640 b) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
b) 1 600 e) 400 c) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.
c) 800 d) Todas as afirmações são verdadeiras.
FÍSICA

63
30. (ITA-SP) A figura mostra dois alto-falantes alinhados e 32. (UFJ-MG) Sobre um ponto F1 da superfície da água de um
alimentados em fase por um amplificador de áudio na lago tranquilo, caem, sucessivamente, 40 pedras durante
frequência de 170 Hz. Considere desprezível a variação 2 minutos, formando ondas, cuja distância entre ventres
da intensidade do som de cada um dos alto-falantes com consecutivos é de 8,0 cm, como mostra a figura I a seguir.
a distância e que a velocidade do som é de 340 m/s. a) Calcule a velocidade de propagação das ondas na su-
A maior distância entre dois máximos de intensidade da perfície do lago.
onda sonora formada entre os alto-falantes é igual a: Figura I
Reprodução / ITA-SP, 2017.

8,0 cm
F1

a) 2m
b) 3m
c) 4m
b) Calcule a frequência da onda formada na superfície
d) 5m
do lago.
e) 6m
Figura II
31. (Unicamp-SP) O módulo da velocidade do som no ar é
A
de aproximadamente 330 m/s. Colocam-se dois alto-fa-
lantes iguais, um defronte ao outro, distanciados 6,0 m,
conforme a figura seguinte. Os alto-falantes são excitados B

m
simultaneamente por um mesmo amplificador com um

32 c

36
sinal de frequência de 220 Hz.
cm

cm

24
32

cm
220 Hz 220 Hz

F1 F2

6,0 m 36 cm

Pergunta-se: c) Suponha agora que, em um outro ponto F2, distante


a) Qual é o comprimento de onda do som emitido pelos 36 cm de F1, caem outras pedras de forma coerente
alto-falantes? (ao mesmo tempo) com F1, como mostra a figura (II).
b) Em que pontos do eixo, entre os dois alto-falantes, o Nas posições A e B, mostradas na figura, ocorre interfe-
som tem intensidade máxima? rência construtiva ou destrutiva? Justifique sua resposta.

Vá em frente
Acesse
<http://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/wave-interference>. Acesso em: 19 mai. 2018.
No site, você pode observar interferências e difração de ondas mecânicas e eletromagnéticas por meio de simulações
com gotas de água, som e luz.

Autoavalia•‹o:
V‡ atŽ a p‡gina 95 e avalie seu desempenho neste cap’tulo.

64 CAPÍTULO 3
4
Al
en
av
lad
/S
hu
tte
rst
cko
ACÚSTICA

OBJETIVOS
DO CAPÍTULO
Após a Segunda Guerra Mundial surgiu a necessidade de desenvolver e aperfeiçoar
► Identificar e analisar as
radares oceânicos com maior precisão de monitoramento para alvos distantes no mar,
características fisiológicas
visto que se iniciava a Guerra Fria. Países como Estados Unidos, Rússia, Inglaterra, França,
do som.
Canadá, Austrália e China, naquele momento, eram os detentores da tecnologia de rada-
► Compreender e analisar
res OTH (Over The Horizon).
fenômenos acústicos.
Shahnewaz Mahmood/Shutterstock

► Analisar o comportamento
das ondas sonoras em tubos
abertos e fechados.
► Compreender a medição da
intensidade sonora por meio
de escala específica.
► Analisar a avaliar as
aplicações relacionadas ao
efeito Doppler.

Principais conceitos
Em 2014, uma empresa brasileira projetou e construiu o primeiro radar oceânico total- que você vai aprender:
mente nacional, em parceria com a Universidade do Rio Grande do Sul. ► Frequência e amplitude
sonora
Com a grande extensão do litoral brasileiro, o OTH torna-se um equipamento essencial no
► Eco, reverberação
monitoramento da zona econômica exclusiva (até 370 km da costa). Seu uso garante autono-
mia no controle e na vigilância das fronteiras, dos espaços marítimo e aéreo de baixa altitude. ► Ressonância
► Timbre
Capaz de detectar uma embarcação a 370 km de distância, além da linha de visada, o
equipamento utiliza o conceito surface-wave, que opera na faixa de alta frequência (HF). ► Onda estacionária
Além disso, o radar conta com um sistema específico de técnicas de eliminação de inter- ► Harmônicos sonoros
ferências, que proporciona uma confiável e ampla cobertura da área marítima em tempo ► Tubos sonoros aberto e
real, independentemente das condições meteorológicas ou do mar. fechado
De maneira diferente dos radares convencionais, o OTH emite ondas eletromagnéti- ► Tubo de Kundt
cas que se propagam perto da superfície do mar, acompanhando a curvatura do globo. ► Efeito Doppler
Com o sistema de eliminação de interferências, ao receber o sinal refletido pela embarca-
ção, ele identifica essas ondas.
Além da identificação e da localização de embarcações como vigilância das águas ter-
ritoriais, o radar OTH permite o mapeamento das correntes marítimas e detecta perigos Professor, aproveite o momento
para evidenciar a habilidade 1 da
ambientais como tornados e tsunamis. matriz curricular do Enem, que
consiste em: “Reconhecer carac-
O princípio de funcionamento se assemelha ao dos sonares, em que a medida do tem- terísticas ou propriedades de fenô-
po de ida e volta dos sinais transmitidos e refletidos associados à velocidade das ondas menos ondulatórios ou oscilatórios,
relacionando-os a seus usos em
permite a determinação das distâncias. diferentes contextos.”
A diferença entre os dois emisso-
Com esse desenvolvimento, o Brasil passa a fazer parte de um seleto grupo de nações res de ondas é que, nos radares,
com capacidade efetiva de monitorar suas águas. são transmitidas ondas eletromag-
néticas de alta frequência no ar,
• Qual é a diferença entre sonares e radares? O que se pode dizer sobre as frequências já nos sonares, as ondas sonoras
são transmitidas sob a água. Além
emitidas por ambos? disso, a faixa de frequência das
ondas emitidas pelos sonares é de
Neste capítulo, estudaremos fenômenos relacionados às ondas sonoras e como suas poucos hertz até algumas dezenas
aplicações estão presentes em nosso cotidiano. de hertz.
FÍSICA

65
Som
Quando um alto-falante toca uma música, o diafragma dele, também conhecido como
pele ou cone, vibra e colide contra as moléculas do ar que estão em suas proximidades.
Isso faz com que essas moléculas também passem a vibrar em torno de suas posições de
equilíbrio. Com isso, elas colidem contra as moléculas vizinhas que, consequentemente,
também passam a vibrar. Isso gera uma onda de compressão e rarefação das moléculas
do ar capaz de transmitir a vibração de molécula para molécula, até o interior do ouvido
de uma pessoa.

Ondas sonoras
Moléculas
de ar Rarefação Compressão

Comprimento de onda
Representação da
Amplitude propagação de uma
onda sonora emitida
Comprimento de onda por um alto-falante.

Dentro da orelha, por sua vez, a vibração das moléculas faz com que elas colidam con-
tra o tímpano, que é uma membrana fina e flexível, fazendo-o vibrar. Essa vibração é trans-
mitida para células nervosas por pequenos ossos e transformadas em sinais elétricos que,
por sua vez, são enviados para o cérebro, que os interpreta como o som.
Propagação

Ar

Compressão Rarefação

É importante destacar que, sendo uma onda mecânica, o som não pode se propagar Definição
no vácuo. Além disso, pelo fato de ser um fenômeno ondulatório, o som apresenta as ca-
Som : onda mecânica e
racterísticas elementares de uma onda como velocidade de propagação, amplitude, fre- longitudinal de compressão e
quência e comprimento de onda. descompressão das moléculas
que constituem o meio de
Velocidade do som propagação.

A propagação do som ocorre por causa das colisões entre as moléculas que cons-
tituem o meio de propagação. Com isso, pode-se concluir que, quanto mais próximas
estiverem as moléculas que constituem o meio, mais fácil o som irá se propagar. De fato,
verifica-se, experimentalmente, que o som se propaga mais rapidamente nos meios sóli-
dos do que nos meios líquidos e mais rapidamente nos meios líquidos do que nos meios
gasosos, como mostra a tabela, para alguns meios à temperatura de 20 °C.

Material vsom (m/s)


Ar 343
Hélio 927
Etanol 1 160
Água 1 480
Ferro 5 130
Aço 5 960

66 CAPÍTULO 4
Nos meios gasosos, por exemplo, quanto maior a temperatura, maior é a velocidade
do som. Isso porque quando a temperatura aumenta, há um aumento da agitação das
partículas que constituem o gás, facilitando as colisões entre elas. Experimentalmente,
verifica-se que a velocidade v do som em um meio gasoso é proporcional à raiz quadrada
da temperatura absoluta T do gás, ou seja:

v=k⋅ T

Em que k é uma constante que depende das características físicas do gás. Sendo as-
sim, para que a velocidade do som duplique, a temperatura absoluta deve quadruplicar.
Um dos principais cientistas que estudaram a propagação do som foi Ernst Mach (1838-1916).
Em homenagem a ele, definiu-se o termo número de Mach, que é muito usado em aviação
de alta velocidade. Resumidamente, ele corresponde à razão entre a velocidade de um
objeto que se desloca em um meio fluido e a velocidade das ondas sonoras nesse meio.
Por exemplo, um avião que viaja no ar com Mach 2, tem velocidade duas vezes maior
do que a velocidade do som no ar.

Chris Parypa Photography/Shutterstock

Avião militar gerando uma onda de choque ao ultrapassar a velocidade do som.

Um fenômeno comum que está relacionado com a velocidade de propagação do som


é o eco.
Por ser uma onda, o som sofre reflexão ao atingir um obstáculo. Na reflexão, ocorre
mudança na direção ou apenas no sentido de propagação, mas a velocidade, a frequência
e o comprimento de onda não se alteram.
A orelha do ser humano consegue distinguir sons em intervalos de tempo maior ou
igual a 0,1 s. Nesse caso:
• uma pessoa, ao emitir um som que se reflete em um obstáculo e retorna em um interva-
lo de tempo menor que 0,1 s, terá a impressão de que a duração do som foi prolongada,
devido a múltiplas reflexões: é o fenômeno da reverberação.
• se o som retornar à orelha em um intervalo de tempo maior ou igual a 0,1 s, ela conseguirá
diferenciar o som de ida do de volta: esse fenômeno é chamado eco.
∆s ∆s
v= s 340 = s ∆s = 34 m
∆t 0,1

Em 0,1 s, o som pode percorrer, com a velocidade de 340 m/s, uma distância de 34 m
(ida e volta). Portanto, o eco somente ocorre quando o obstáculo está a uma distância
aproximadamente maior ou igual a 17 m da pessoa (fonte da onda).

A frequ•ncia do som
De maneira geral, uma onda sonora é gerada por meio da vibração de algum objeto
como o diafragma de um alto-falante, as cordas de um violão, as pregas vocais ou a pele
de um tambor, que chamaremos de fonte de onda.
FÍSICA

67
t/
rnd ck
A frequência f de vibração da fonte determina a frequência com que as moléculas d
ir A
im ersto
a
Vl hut t
do meio irão vibrar em torno de suas posições de equilíbrio que, como vimos, é medida S

em Hz, no Sistema Internacional. Por exemplo, se um diapasão produz uma onda sonora
no ar de 440 Hz, significa que as moléculas do ar vibram em torno de suas posições de
equilíbrio 440 vezes por segundo.
Dependendo da fonte, podem-se gerar ondas sonoras com frequências que
variam numa grande faixa de valores. Por exemplo, as pregas vocais de um
homem adulto podem gerar som com frequência entre 100 Hz e 200 Hz.
Já aparelhos de diagnóstico de ultrassonografia usam ondas sonoras
Um diapasão é um dispositivo capaz
com frequências superiores a 1 Mhz (106 Hz). O tímpano humano, por sua
de emitir som com uma frequência
vez, é sensível para ondas sonoras com frequências na faixa entre 20 Hz e 20 000 Hz, apro- bem definida e usado na afinação
ximadamente. Em razão disso, denominamos ondas sonoras com frequências menores de instrumentos musicais.
do que 20 Hz de infrassom e, com frequências maiores do que 20 000 Hz, de ultrassom.
Já dentro da faixa do som audível, quanto maior a frequência de uma onda sonora, mais
agudo será o som e quanto menor a frequência, mais grave o som. Essa característica
que nos permite distinguir sons agudos de sons graves é chamada de altura do som.
Som Som
grave agudo Faixas de
f (Hz) frequência de
0 20 20 000 ondas sonoras para
infrassom, som
Infrassom Som audível Ultrassom audível e ultrassom.

Amplitude do som
Vimos que a amplitude de uma onda é a distância entre uma crista ou um vale e o eixo Atenção
de base da onda. No caso do som, que é uma onda longitudinal, a amplitude corresponde
1 Quando ouvimos música
à distância máxima que uma partícula do meio se afasta de sua posição de equilíbrio du-
em um aparelho de som,
rante sua oscilação. Essa amplitude, por sua vez, reflete a quantidade de energia transpor-
costumamos associar a altura do
tada pela onda sonora, ou seja, quanto maior a amplitude de vibração das partículas do
som com o volume do aparelho.
meio, mais energia essa onda transporta durante sua propagação. Por exemplo, é comum ouvirmos
No caso do som audível, a quantidade de energia transportada pela onda sonora a reclamação “Coloca mais
nos permite distinguir sons fracos de sons fortes. No entanto, deve-se tomar cuida- baixo esse som!!”. No entanto,
do para não confundir essas características com som alto e som baixo, pois estes fisicamente falando, som mais
estão relacionados com a frequência do som e permitem distinguir sons graves de baixo significa som mais grave
e não com menor volume
sons agudos. 1
(intensidade). Da mesma forma,
som mais alto significa som mais
Intensidade do som agudo e não com maior volume
Matematicamente, pode-se medir a energia transportada por uma onda por uma (intensidade).
grandeza chamada intensidade, que é definida como a quantidade de energia que atra-
vessa cada unidade de área do espaço por unidade de tempo. Considere, por exemplo,
uma área A do espaço que é atravessada por uma onda. Em dado intervalo de tempo ∆t,
a área é atravessada por certa quantidade de energia ∆E transportada pela onda, como
mostra a figura.
(Área)
(Energia)
∆E A

∆t
(Tempo)

Define-se a potência P como a razão entre a energia ∆E e o intervalo de tempo ∆t,


ou seja:
∆E
P=
∆t

68 CAPÍTULO 4
No Sistema Internacional, é medida em J/s = W (watts). A intensidade I, por sua vez, é a
razão entre a potência P e a área A.

P
I=
A

Considerando que, no Sistema Internacional, a potência é medida em watts (W) e a


área em metros quadrados (m2), a intensidade I é medida em W/m2.
Para uma fonte sonora puntual de potência Pfonte, as ondas sonoras se propagarão
pela superfície de ondas esféricas concêntricas com a fonte. Nesse caso, a intensidade I
do som num ponto qualquer a uma distância r da fonte será dada por:

Pfo
fonte
I=
4π ⋅r 2

já que a área de uma esfera de raio r é dada por 4π ⋅ r2.

Nível sonoro
Por meio de muitos experimentos realizados ao longo do tempo, verificou-se que a nossa
sensação sonora não segue uma relação linear com a intensidade do som. Com isso, os cientis-
tas definiram uma nova grandeza, chamada de nível sonoro, que mede a intensidade do som,
mas em escala logarítmica. Considere, por exemplo, que a orelha de uma pessoa receba uma
onda sonora de intensidade I. O nível sonoro β que essa pessoa perceberá é definido como:
I
β = log10  
 I0 
em que I0 é o limiar de audição, ou seja, a intensidade sonora mínima capaz de sensibi-
lizar o ouvido humano, e vale, aproximadamente, 10–12 W/m2. No Sistema Internacional, me-
de-se nível sonoro em bel (B), em homenagem ao cientista escocês Alexander Graham Bell
(1847-1922). No entanto, na prática, usa-se muito o submúltiplo decibel (dB), que correspon-
de a 0,1 B. Nesse caso, para se obter o nível sonoro β em dB, pode-se usar a seguinte equação:

I
β = 10 ⋅ log10  
 I0 

A tabela mostra alguns exemplos de valores de nível sonoro.

Alguns valores de nível sonoro


Fonte sonora Nível sonoro (dB)
Avião sonoro durante a decolagem a 20 metros / arma de fogo 130 − 140
Concerto de rock 110
Serra elétrica / furadeira pneumática 100 − 105
Tráfego pesado 80
Automóvel passando a 20 m 70
Conversação a 1 metro 60
Sala silenciosa 50
Área residencial à noite 40
Falar sussurrando 20

Timbre do som
Quando falamos ou tocamos instrumentos musicais, as ondas geradas são formadas Zheltyshev/Shutterstock

pela superposição de diversas ondas senoidais, denominadas harmônicos, com frequências


que variam entre si em múltiplos inteiros. A onda resultante gerada terá uma frequência ca-
racterística, mas poderá variar muito de forma dependendo do instrumento ou fonte que a Conseguimos diferenciar sons
provenientes de diferentes
gerou. É devida a essa diferença de forma que conseguimos identificar se determinado som instrumentos musicais por causa
vem de um piano, um violão ou uma flauta. Essa qualidade do som, que nos permite diferen- dos timbres sonoros característicos
ciar sons de mesma frequência, mas emitidos por fontes diferentes, é chamada de timbre. que eles emitem.
FÍSICA

69
Desenvolva
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em dife-
rentes contextos.
Atingir velocidades cada vez maiores significa encur-

Neirfy/Shutterstock
tar distâncias. Pensando nisso e também nas questões de
segurança, empresas de aviação de todo o mundo, aliadas
aos desenvolvimentos tecnológicos e de materiais, conse-
guiram construir aeronaves capazes de romper a barreira
do som.
O primeiro avião comercial a romper a barreira do som
foi o Concorde.
Ele iniciou suas operações em janeiro de 1976 e cobria
o trecho de Londres a Nova York em 3 horas e meia, a uma
velocidade de 1 775 km/h, podendo chegar a 2 179 km/h,
ou seja Mach 2.04. Em 31 de maio de 2003, encerrou suas
operações comerciais como um símbolo de inovação tec-
nológica, design e luxo.
Já na área militar, vários caças conseguem ir além das velocidades do Concorde.

Opalev Vyacheslav/Shutterstock

O Mig-31, de fabricação soviética, fez seu primeiro voo em 16 de setembro de 1975. Ele é considerado um avião plenamente
supersônico e, em voo, atinge a velocidade máxima de Mach 3.2.

Sabemos que a velocidade do som varia quando se propaga em diferentes materiais. Porém, essas velocidades, para um
mesmo meio material, também podem sofrer variações. Os recordes de velocidade que as aeronaves citadas obtiveram
estavam sujeitos às condições atmosféricas específicas. Analisando as condições de temperatura, pesquise como ela pode
interferir no alcance dessas velocidades. Acrescente, como exemplo, outras aeronaves que também são consideradas su-
persônicas. Crie uma tabela com os valores encontrados de temperatura e as velocidades do som no ar para cada valor.
Monte uma apresentação em slides e acrescente a ela pequenos vídeos que mostram o momento em que algumas aero-
naves rompem a barreira do som.
Professor, confira no manual as respostas às questões e mais informações sobre o tema de estudo.

70 CAPÍTULO 4
Ondas estacionárias
Como vimos, quando duas ou mais ondas se superpõem propagando-se em um mes-
mo meio, elas podem se interferir construtivamente, somando as amplitudes das ondas,
ou destrutivamente, subtraindo as amplitudes das ondas.
Uma situação particular e muito importante é quando as ondas que se super-
põem são idênticas, ou seja, têm o mesmo comprimento de onda e a mesma ampli-
tude. Nesse caso, teremos um padrão de ondas denominado onda estacionária, no
qual aparecem regiões que praticamente não oscilam e regiões que oscilam com
amplitude aproximadamente igual ao dobro da amplitude de cada onda. Isso ocorre
porque, em determinado ponto, haverá superposição de ondas em fase (crista com
crista ou vale com vale), produzindo interferências construtivas, e em outros pontos
haverá superposição de ondas em oposição de fase (crista com vale), gerando inter-
ferências destrutivas.
Para ilustrar a formação de uma onda estacionária, considere o caso de uma corda
tensa na qual se propagam em sentidos opostos duas ondas idênticas, como mostra
a figura.
v v

A A A A
A A

Após se superporem, será estabelecida uma onda estacionária, que é representada


como na figura.
λ
2

Ventre Ventre Ventre Ventre Ventre

2A
Nó Nó Nó Nó Nó Nó
2A

λ
2

A caracterização de uma onda estacionária é feita com base nos seguintes elementos:
• Ventre: são os pontos que oscilam com máxima amplitude nos quais ocorreu interfe-
rência construtiva.
• Nó: são os pontos que praticamente não oscilam nos quais ocorreu interferência destrutiva.
• Fuso: é a região compreendida entre dois nós consecutivos.
Com base na definição desses elementos, temos as seguintes propriedades: 1

Atenção
1 Dois ventres consecutivos
oscilam em oposição de fase.
A distância entre dois ventres
ou entre dois nós consecutivos
corresponde à metade do
λ
comprimento de onda .
2

Onda estacionária em uma corda contendo quatro ventres e cinco n—s.


FÍSICA

71
Cordas sonoras

Iancu Cristian/Shutterstock
Quando tocamos a corda de um violão, são geradas ondas
transversais que se propagam na corda. Ao atingirem as extremi-
dades da corda em que estão, as ondas sofrem reflexões e passam
a se superpor umas com as outras estabelecendo-se rapidamente
uma onda estacionária.
A vibração da corda faz as moléculas do ar ao seu redor vibra-
rem, gerando uma onda sonora que se propaga no ar, atingindo
nossas orelhas. A frequência da onda sonora gerada depende de
vários fatores, tais como: velocidade de propagação das ondas
na corda, o comprimento e a densidade linear da corda, bem
como do harmônico que está sendo produzido.

Velocidade de uma onda numa corda tensa


Considere uma corda de massa m e comprimento L tensionada por uma força de in-
tensidade F, como mostra a figura.
v

Produzindo-se uma onda transversal nessa corda, ela irá se propagar com uma veloci-
dade v. Pode-se mostrar que essa velocidade é dada por:

F
v=
µ

m
em que µ é a densidade linear da corda dada por µ = .
L
No Sistema Internacional, a força F deve ser medida em newton (N), a densidade li-
near µ, em quilograma por metro (kg/m), e a velocidade v, em metros por segundo (m/s).
Deve-se destacar que, quanto maior a força tensora F, maior será a velocidade de propa-
gação v. Por sua vez, quanto maior for a densidade linear (µ) menor será a velocidade (v).

Harm™nicos de uma corda


Quando a corda sonora vibra, é estabelecido um conjunto de ondas estacionárias de-
nominado harmônicos, cujas frequências são múltiplos inteiros da menor frequência que
a corda pode vibrar, denominada de frequência fundamental.
¥ 1º harmônico (frequência fundamental)
Uma corda sonora vibra na frequência fundamental (1º harmônico) quando é estabele-
cida uma onda estacionária com apenas um fuso entre suas extremidades fixas, como
mostra a figura.
L
Ventre

Nó Nó

λ1
2

72 CAPÍTULO 4
Nesse caso, o comprimento da corda corresponde à distância entre dois nós consecu-
tivos, ou seja, meio comprimento de onda:
λ1
= L s λ1 = 2 ⋅ L
2
Considerando que a velocidade das ondas na corda é v e aplicando a equação funda-
mental da ondulatória, temos:

v
v = λ1 ⋅ f1 s v = 2L ⋅ f1 s f1 =
2L

• 2º harmônico
Nesse caso, uma onda estacionária com dois fusos é estabelecida entre as extremida-
des fixas da corda, como mostra a figura.
L
Ventre Ventre


Nó Nó

λ2 λ2
2 2
Portanto, o comprimento da corda corresponde ao comprimento de dois fusos.
λ2
= L s λ2 = L
2⋅
2
Considerando que a velocidade das ondas na corda é v e aplicando a equação funda-
mental da ondulatória, temos:

v
v = λ2 ⋅ f2 s v = L ⋅ f2 s f2 =
L

• 3º harmônico
Nesse caso, uma onda estacionária com três fusos é estabelecida entre as extremida-
des fixas da corda, como mostra a figura.
L
Ventre Ventre Ventre

Nó Nó
Nó Nó

λ3 λ3 λ3
2 2 2
O comprimento da corda corresponde ao comprimento de três fusos.
λ3 2L
3⋅ = L s λ3 =
2 3
Considerando que a velocidade das ondas na corda é v e aplicando a equação funda-
mental da ondulatória, temos:

2L v
v = λ3 ⋅ f3 s v = ⋅ f3 s f3 = 3 ·
3 2L

• Harmônico de ordem n
Analisando os três primeiros harmônicos, pode-se generalizar para um harmônico de ordem n.

2 fn = n ⋅ v = n ⋅ f1 (com n = 1; 2; 3; ...)
λn = ⋅ L (com n = 1; 2; 3...)
n 2⋅L
FÍSICA

73
Decifrando o enunciado Lendo o enunciado
Observe que a referência ao
Uma corda sonora tem comprimento de 40 cm e, ao ser tocada, emite som de frequência
som fundamental está associada
fundamental 270 Hz. Sendo a massa dessa corda de 0,36 g, calcule a força de tensão a ao 1º harmônico.
que ela está submetida.
Com isso, pode-se concluir que,
Resolução para o comprimento de 40 cm,
A frequência do som fundamental nos permite calcular a velocidade da onda na corda. λ
temos (meio comprimento
Assim, temos: 2
de onda).
v
f= s 270 ⋅ 2 ⋅ L = v s v = 216 m/s Verifique as unidades antes de
2⋅ L
calcular a densidade linear da
Para encontrar a força de tração, precisamos ainda da densidade linear da corda. Então:
corda.
m 0, 36 ⋅ 10–3
µ= = s µ = 9 ⋅ 10–4 kg/m
L 0, 4
Assim, pela equação de Taylor, temos:
T T
v= s 216 = s T = 2162 ⋅ 9 ⋅ 10–4 = 42 N
µ 9 ⋅ 10–4

Atividades
1. (PUC-RS) O eco é o fenômeno que ocorre quando um a) a intensidade do som produzido pelo aparelho e a fre-
som emitido e seu reflexo, em um anteparo, são perce- quência desses sons.
bidos por uma pessoa com um intervalo de tempo que b) a quantidade de luz usada para gerar as imagens no
permite ao cérebro distingui-los como sons diferentes. aparelho e a velocidade do som nos tecidos.
Para que se perceba o eco de um som no ar, no qual a c) a quantidade de pulsos emitidos pelo aparelho a cada
velocidade de propagação é de 340 m/s, é necessário que segundo e a frequência dos sons emitidos pelo aparelho.
haja uma distância de 17,0 m entre a fonte e o anteparo. d) a velocidade do som no interior dos tecidos e o tempo
Na água, em que a velocidade de propagação do som é entre os ecos produzidos pelas superfícies dos órgãos.
de 1 600 m/s, essa distância precisa ser de:
e) o tempo entre os ecos produzidos pelos órgãos e a quan-
a) 34,0 m d) 160,0 m tidade de pulsos emitidos a cada segundo pelo aparelho.
b) 60,0 m e) 320,0 m As variáveis imprescindíveis para a determinação de distân-
c) 80,0 m cias entre órgãos do corpo humano são a velocidade do som
no interior dos tecidos e o intervalo de tempo entre os ecos
Como a fonte está a uma distância de 17 m do anteparo, no ar
produzidos pelas superfícies dos órgãos.
o som percorre, ida e volta, 34 m. Na velocidade de 340 m/s,
34 Alternativa d
o som precisa de = 0,1 s para ir e voltar.
340
Esse é o intervalo de tempo para o cérebro distinguir o som
de ida (emitido) e o som de volta (eco).
Já na água, o som tem uma velocidade de 1 600 m/s então, a 3. (CPS-SP) Quem viaja para a Amazônia poderá ver o boto
distância total percorrida será de 1 600 ⋅ 0,1 = 160 m. Como
essa distância é de ida e volta, a pessoa deverá estar do ante- cor-de-rosa que, de acordo com famosa lenda local, se
160 transforma em um belo e sedutor rapaz.
paro = 80 m.
2 Botos e golfinhos são capazes de captar o reflexo de sons
Alternativa c emitidos por eles mesmos, o que lhes permite a percep-
ção do ambiente que os cerca, mesmo em águas escuras.
O fenômeno ondulatório aplicado por esses animais é de-
2. (Enem) A ultrassonografia, também chamada de ecografia, é nominado:
uma técnica de geração de imagens muito usada em medicina. a) eco e utiliza ondas mecânicas.
Ela se baseia na reflexão que ocorre quando um pulso de b) eco e utiliza ondas eletromagnéticas.
ultrassom, emitido pelo aparelho colocado em contato com
c) radar e utiliza ondas elétricas.
a pele, atravessa a superfície que separa um órgão do ou-
d) radar e utiliza ondas magnéticas.
tro, produzindo ecos que podem ser captados de volta pelo
aparelho. Para a observação de detalhes no interior do corpo, e) radar e utiliza ondas eletromagnéticas.
O fenômeno ondulatório aplicado é o eco proveniente das on-
os pulsos sonoros emitidos têm frequências altíssimas, de até das sonoras que são ondas mecânicas.
30 MHz, ou seja, 30 milhões de oscilações a cada segundo. Alternativa a
A determinação de distâncias entre órgãos do corpo humano
feita com esse aparelho fundamenta-se em duas variáveis
imprescindíveis:

74 CAPÍTULO 4
4. (Enem) O sonar é um equipamento eletrônico que permite 7. (Unicamp-SP) Para a afinação de um piano, usa-se um
a localização de objetos e a medida de distâncias no fundo diapasão com frequência fundamental igual a 440 Hz, que
do mar, pela emissão de sinais sônicos e ultrassônicos e a é a frequência da nota “lá”. A curva contínua do gráfico
recepção dos respectivos ecos. O fenômeno do eco cor- representa a onda sonora de 440 Hz do diapasão.
responde à reflexão de uma onda sonora por um objeto,
a qual volta ao receptor pouco tempo depois de o som
ser emitido. No caso do ser humano, o ouvido é capaz de

Amplitude
distinguir sons separados por, no mínimo, 0,1 segundo.
Considerando uma condição em que a velocidade do som
no ar é 340 m/s, qual é a distância mínima a que uma
pessoa deve estar de um anteparo refletor para que se
possa distinguir o eco do som emitido?
0 1 2 3 4 5 6
a) 17 m d) 1 700 m Tempo (10 –3 s)
b) 34 m e) 3 400 m
a) A nota “lá” de certo piano está desafinada, e seu har-
c) 68 m
Com um percurso de 2d entre a emissão do som e a recepção
mônico fundamental está representado na curva tra-
do eco, temos: cejada do gráfico. Obtenha a frequência da nota “lá”
v ⋅ ∆t 340 ⋅ 0,1 desafinada.
2 ⋅ d = v ⋅ ∆t s d = sd= s d = 17 m
2 2 Observando a curva tracejada, temos:
Alternativa a 2 oscilações s 2T = 5 ⋅ 10–3 s
1 oscilação s T = 2,5 ⋅ 10–3 s
1 1
f= sf= s f = 400 Hz
T 2, 5 ⋅ 10 –3

5. (EEAR-SP) Um professor de música esbraveja com seu dis-


cípulo:
“Você não é capaz de distinguir a mesma nota musical
emitida por uma viola e por um violino!”.
A qualidade do som que permite essa distinção à que se
refere o professor é a (o):
a) altura
b) timbre
c) intensidade b) O comprimento dessa corda do piano é igual a 1,0 m, e
d) velocidade de propagação sua densidade linear é igual a 5,0 ⋅ 10–2 g/cm. Calcule
Cada instrumento emite sons característicos, distinguido o aumento de tensão na corda necessário para que a
pelo timbre. nota “lá” seja afinada.
Alternativa b
λ
Para o som no modo fundamental: L = s λ = 2L
2
v
De acordo com a equação, v = e, como v = λ ⋅ f,
temos: µ
6. (Uece) Uma corda de 60 cm em um violão, vibra a uma T T 1 T
λ⋅f= s 2L ⋅ f = sf= ⋅
determinada frequência. É correto afirmar que o maior µ µ 2L µ
comprimento de onda dessa vibração, em cm, é: Assim, para:
a) 60 c) 30 1 T
Corda afinada s 440 = ⋅ s Fa = 3 872 N
b) 120 d) 240 2 ⋅1 5 ⋅ 10 –3
Para a situação apresentada no enunciado, o maior com-
primento de onda corresponde a vibração da corda em seu 1 T
Corda desafinada s 400 = ⋅ s Fd = 3 200 N
1o harmônico. 2 ⋅1 5 ⋅ 10 –3
Assim:
Logo: ∆F = 3 872 – 3 200 = 672 N
λ1
= L s λ1 = 2 ⋅ L = 2 ⋅ 60 s λ1 = 120 cm
2
Alternativa b
FÍSICA

75
8. +Enem [H1] Com o auxílio de seu professor, um aluno de um curso técnico resolveu fazer um experimento: acoplou um
gerador de audiofrequência a um alto-falante. Ele aumentou a frequência do aparelho de 300 Hz para 19 000 Hz, e, então,
notou que o som produzido ficou:
a) menos intenso/mais fraco. d) mais alto/agudo.
b) mais baixo ou grave. e) mais dissonante.
c) mais rico em harmônicos.
Conforme aumenta-se a frequência, mais agudo torna-se o som.
Alternativa d

Tarefa proposta 1 a 21
Complementares
9. (ITA-SP) Uma banda de rock irradia uma potência em um atingir um harmônico superior apenas mediante o au-
nível de intensidade sonora igual a 70 decibéis. Para elevar mento da tensão da corda.
esse nível a 120 decibéis, a potência irradiada deverá ser IV. Ondas estacionárias não são decorrentes de fenôme-
elevada de: nos de interferência e ressonância.
a) 71% d) 9 999 900% Assinale a alternativa correta:
b) 171% e) 10 000 000% a) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
c) 7 100% b) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
10. (Udesc) A figura abaixo ilustra uma montagem experimen- c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
tal para estudo de ondas estacionárias em cordas estica- d) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
das, retratando um dos harmônicos de onda estacionária e) Somente a afirmativa II é verdadeira.
possível de ser gerada pelo experimento. 11. (UFPR) Uma fila de carros, igualmente espaçados, de ta-
manhos e massas iguais, faz a travessia de uma ponte com
velocidades iguais e constantes, conforme figura. Cada vez
Reprodução / Udesc, 2016.

que um carro entra na ponte, o impacto do seu peso provo-


ca nela uma perturbação em forma de um pulso de onda.
Esse pulso se propaga com velocidade de módulo 10 m/s
no sentido de A para B. Como resultado, a ponte oscila,
formando uma onda estacionária com 3 ventres e 4 nós.

Para gerar ondas estacionárias, entre os pontos A e B, o


experimento permite ajustes na tensão da corda (controle A B
manual), e na frequência de perturbação periódica (con-
trole via regulagem do motor).
Considerando que o fluxo de carros produza na ponte
Considere a montagem experimental retratada na Fi-
uma oscilação de 1 Hz, assinale a alternativa correta para
gura 4, o conhecimento sobre ondas estacionárias, e
o comprimento da ponte.
analise as proposições.
a) 10 m d) 30 m
I. As ondas estacionárias não são ondas de propagação,
b) 15 m e) 45 m
mas resultam da interferência entre as ondas inciden-
c) 20 m
tes (propagando-se de A para B) e das ondas refleti-
das pelo ponto fixo B (propagando-se de B para A). 12. (UFRGS-RS) A figura abaixo representa uma onda estacio-
Portanto, em determinadas condições de ajustes de nária produzida em uma corda de comprimento L = 50 cm.
Reprodução / UFRGS-RS, 2016.

frequência e tensão na corda, ocorrerá a ressonância


e, consequentemente, a formação de harmônicos de
onda estacionária.
II. A densidade linear de massa da corda utilizada no ex-
perimento não interfere na geração das ondas estacio-
nárias, isto é, cordas mais espessas ou menos espessas, Sabendo que o módulo da velocidade de propagação de
submetidas às mesmas condições de perturbação e ten- ondas nessa corda é 40 m/s a frequência da onda é de:
são, gerarão o mesmo harmônico de onda estacionária. a) 40 Hz d) 100 Hz
III. Fixando a frequência de perturbação da corda, e b) 60 Hz e) 120 Hz
partindo-se de um estado de ressonância, é possível c) 80 Hz

76 CAPÍTULO 4
Tubos sonoros
Podemos aplicar o conceito de onda estacionária para descrever o som emitido por
instrumentos de corda. Veremos agora que também podemos usar as ondas estacionárias

ozgur Guvenc/Shutterstock
para descrever os instrumentos de sopro, tais como flauta, saxofone, trompete entre ou-
tros. De forma geral, chamamos esses instrumentos de tubos sonoros.
Os tubos sonoros são classificados em tubo aberto e tubo fechado. Em uma
descrição simplificada, eles são constituídos por um cilindro oco com ambas as ex-
tremidades abertas (tubo aberto) ou uma das extremidades aberta e a outra fechada
(tubo fechado).
Tubo aberto Tubo fechado

k
toc
ters
hut
O ar é colocado a vibrar de maneira conveniente em uma das extremidades abertas

ta/S
ues
do tubo (pelo sopro, por exemplo), o que gera uma onda sonora estacionária no interior

C
AG
dele. Do mesmo modo como vimos para as cordas sonoras, dependendo da frequência de
vibração do ar dentro do tubo, pode-se estabelecer diferentes harmônicos.
A flauta andina e o saxofone são
exemplos de instrumentos de
Tubo aberto sopro.
Considere um tubo cilíndrico de comprimento L, aberto nas duas extremidades.
Quando uma sonora estacionária é estabelecida nesse tubo, há a formação de ven-
tres em ambas as extremidades e de um ou mais nós em seu interior, corresponden-
do aos diferentes harmônicos. Sendo v a velocidade das ondas sonoras no interior
do tubo, temos:

• 1º harmônico (frequência fundamental)


L


Ventre Ventre

λ1
2

λ1
= L s λ1 = 2 ⋅ L
2

v
v = λ1 ⋅ f1 s v = 2L ⋅ f1 s f1 =
2L

• 2º harmônico
L

Nó Nó
Ventre Ventre Ventre

λ2 λ2
2 2

λ2
2⋅ = L s λ2 = L
2
v
v = λ2 ⋅ f2 s v = L ⋅ f2 s f2 =
L
FÍSICA

77
• 3º harmônico
L
λ3 2L
3⋅ = L s λ3 =
Nó Nó Nó 2 3
Ventre Ventre Ventre Ventre
2L v
v = λ3 ⋅ f3 s v = ⋅ f3 s f3 = 3 ·
3 2L
λ3 λ3 λ3
2 2 2

• Harmônico de ordem n
Analisando os três primeiros harmônicos, podemos generalizar para um harmônico
de ordem n:

2⋅L v
λn = (n = 1; 2; 3; 4; ...) fn = n ⋅ (n = 1; 2; 3; 4; ...)
n 2⋅ L

Tubo fechado
Considere agora que fechemos uma das extremidades do tubo anterior, obtendo um
tubo fechado de comprimento L.
Nesse caso, quando uma onda estacionária é estabelecida no tubo, há a formação de
um ventre na extremidade aberta e de um nó na extremidade fechada. Curiosamente, ve-
remos que no tubo fechado somente temos harmônicos ímpares. Sendo v a velocidade
das ondas sonoras no interior do tubo, temos:
• 1º harmônico (frequência fundamental)
L

Ventre Nó

λ1
4

λ1
= L s λ1 = 4 ⋅ L
4
v
v = λ1 ⋅ f1 s v = 4 ⋅ L ⋅ f1 s f1 =
4⋅L

• 3º harmônico
L


Ventre Ventre Nó

λ3 λ3
4 2

λ3 λ3 3 ⋅ λ3 4⋅L
+ =Ls = L s λ3 =
2 4 4 3

4⋅L v
v = λ3 ⋅ f3 s v = ⋅ f3 s f3 = 3 ⋅
3 4⋅L

78 CAPÍTULO 4
• 5º harmônico
L

Nó Nó
Ventre Ventre Ventre Nó

λ5 λ5 λ5
4 2 2

λ5 λ5 λ5 5 ⋅ λ5 4⋅L
+ + =Ls = L s λ5 =
2 2 4 4 5

4⋅L v
v = λ5 ⋅ f5 s v = ⋅ f5 s f5 = 5 ⋅
5 4⋅L

• Harmônico de ordem n
Analisando os três primeiros harmônicos, podemos generalizar para um harmônico
de ordem n:

4⋅L v
λn = (n = 1; 3; 5; 7; ...) fn = n ⋅ (n = 1; 3; 5; 7; ...)
n 4⋅L 1

O tubo de Kundt
Uma aplicação interessante das ondas estacionárias foi desenvolvida pelo físico ale- Observação
mão August Kundt (1839-1894). Ele elaborou um método para determinar a velocidade do 1 Tanto nas cordas, como nos
som em meios gasosos e que pode ser facilmente reproduzida em laboratórios de Física. tubos sonoros, a frequência
O aparato desenvolvido por Kundt consiste em um tubo de vidro transparente, em do enésimo harmônico
que uma das extremidades é fechada por êmbolo móvel e, na outra, adapta-se uma fonte (harmônico de ordem n) é n
vezes a frequência do primeiro
sonora, capaz de emitir som com frequência f bem definida.
harmônico.
O tubo é preenchido com o gás cuja velocidade do som deseja-se determinar. No chão
fn = n ⋅ f1
do tubo, coloca-se farinha de cortiça, como mostra a figura (A). Após ligar a fonte, altera-se
Essa regra vale com a ressalva
o comprimento do tubo, por meio do deslocamento do êmbolo, até que se obtenha a onda
de que nos tubos fechados
estacionária. Essa onda estacionária vai se formar quando a farinha de cortiça se acumu- somente há harmônicos ímpares
lar em montículos nos pontos de nós, como mostra a figura (B). (n = 1, 3, 5, 7, …).
Fonte
sonora Êmbolo

Fonte
sonora Êmbolo

B d

Medindo a distância d (distância entre dois montículos de farinha de cortiça), temos:


λ
=dsλ=2⋅d
2
Sendo f a frequência da fonte de ondas, a velocidade das ondas no gás que preenche
o tubo é:
v=λ⋅fsv=2⋅d⋅f
FÍSICA

79
Efeito Doppler
Um dos fenômenos ondulatórios mais curiosos e que tem grande importância cientí-

Gary Blakeley/Shutterstock
fica e tecnológica é o efeito Doppler, que recebe esse nome em homenagem ao cientista
austríaco Christian Doppler (1803-1853). Esse efeito se resume na alteração aparente da
frequência de uma onda quando há um movimento relativo entre a fonte de onda e o
receptor dessa onda. Uma aplicação cotidiana desse efeito é com os radares eletrônicos,
usados para medir a velocidade dos veículos nas estradas e nas cidades.
Quando uma ambulância ou um carro de polícia com a sirene ligada se aproxima de
uma pessoa parada na calçada, ela percebe o som da sirene mais agudo. Quando o veículo
se afasta, a pessoa percebe o som mais grave.
Isso acontece porque, quando há uma aproximação relativa entre a fonte e o obser-
vador, o comprimento de onda aparente é menor do que o real. Consequentemente, a fre-
quência aparente do som que a pessoa receberá é maior do que a frequência real emitida
Radares eletrônicos usam o efeito
pela fonte, o que significa um som mais agudo. Quando há um afastamento, ocorre o con- Doppler para medir a velocidade
trário: o comprimento de onda aparente é maior do que o real, e a frequência percebida dos veículos nas estradas.
pela pessoa é menor dando a sensação de um som mais grave.

Na figura A, o carro de polícia


está em movimento.
Com isso, a pessoa à frente
do carro recebe ondas
sonoras com comprimento de
Designua/Shutterstock
onda menor do que a pessoa
B que está atrás do carro.
Já quando o carro está
parado, figura B duas
pessoas, uma à frente e outra
atrás do carro, receberão sons
com o mesmo comprimentos
de onda.

Para analisar matematicamente o efeito Doppler, considere uma ambulância F (fonte)


deslocando-se com velocidade vf cuja sirene emite um som com frequência ffonte e uma
pessoa O (observador) que se move com velocidade vo, como mostra a figura.

vobserv. fobserv. ffonte vfonte

+
O F

Sendo a velocidade do som vsom, a frequência aparente fap. do som que o observador
receberá é dada por:
v so m ± vo
fap. = ffonte ⋅ som
v so
somm ± vf

em que os sinais (+ ou –) das velocidades da fonte vf e do observador vo são definidos


por meio de uma trajetória orientada positivamente do observador O para a fonte F, como
indicado na figura. Sendo assim, pela equação anterior, temos:

Observador Fonte
vo . 0 vf . 0

vo , 0 vf , 0

• movimento relativo de aproximação entre fonte F e observador O s fap. . freal


• movimento relativo de afastamento entre fonte F e observador O s fap. , freal

80 CAPÍTULO 4
E se fosse possível? Tema integrador Trabalho, ciência e tecnologia

O rompimento da barreira do som por meio de aeronaves comerciais e militares já é fato. E não se trata apenas de romper, mas
também de ir além dela algumas vezes.
E se fosse possível rompermos a barreira que corresponde à velocidade da luz, no vácuo (300 000 km/s)?
Especulações a esse respeito não faltam: viajar mais rápido do que a velocidade da luz nos faria voltar no tempo, ou seríamos
capazes de nos teletransportar de um lugar para outro num piscar de olhos, como já visto em diversos filmes de ficção científica.
Saindo do campo especulativo, Albert Einstein, um dos gigantes da Física moderna, afirmava que a velocidade da luz é a mais alta
conhecida e que é sempre a mesma, em qualquer lugar.
Anteriormente às afirmações de Einstein, os físicos Michelson e Morley, ao investigarem o deslocamento da Terra no éter, pensavam
em obter velocidades maiores do que a da luz no vácuo.
Pesquise sobre esse experimento e explore as consequências dele, caso fosse comprovada a existência dessas velocidades.

Professor, confira no manual as respostas às questões e mais informações sobre o tema de estudo.

Conexões
Ultrassonografia
A ultrassonografia (ou ecografia) é um método inócuo e relativamente barato Cabo do
computador
de produzir, em tempo real, imagens das estruturas e órgãos do interior do corpo,
Fonte de
mesmo em movimento. Como é um exame muito simples de ser realizado, costu- ultrassom:
ma ser usado para fins preventivos, diagnósticos ou como acompanhamento de transdutor
tratamentos. Pelo efeito Doppler, a ultrassonografia permite também detectar o Ondas de ultrassom
sentido e a velocidade da corrente sanguínea em determinado segmento do corpo. que chegam até a
região alvo
É o método ideal para examinar mulheres gestantes, durante o acompanhamento
pré-natal, permitindo reconhecer o sexo do bebê antes do nascimento, bem como Ultrassom refletido
diagnosticar eventuais alterações morfológicas ou funcionais do feto, realizar inter- pela região alvo: eco

venções intrauterinas e prever as que serão necessárias após o nascimento.


Entre outras grandes vantagens do exame de ultrassonografia, estão a de tratar-se de um método não invasivo e sem usar
radiação. As imagens geradas pelo ultrassom podem ser captadas em vídeo ou “congeladas” em fotografias. Nas últimas
décadas, tem havido tanto avanço tecnológico nessa área que hoje é possível analisar desde o cérebro até articulações de re-
cém-nascidos. O exame de ultrassonografia é totalmente indolor e não ocasiona nenhum incômodo. Consiste em fazer deslizar
sobre a pele um pequeno aparelho chamado transdutor, que emite ondas sonoras de alta frequência (dois milhões a 20 milhões
de hertz), inaudíveis pelo ouvido humano, que são captadas de volta sob a forma de eco. Como cada órgão e estrutura tecidual
tem uma densidade específica, os tempos de retorno dos ecos devolvidos por eles são diferentes e são traduzidos na tela em
tons variáveis de cinza, do branco ao preto, formando uma imagem captada por um computador.

Disponível em: <www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/327345/ultrassonografia+como+e+este+exame.htm>.


Acesso em: 9 fev. 2015. (Adaptado.)

1. De acordo com o texto, qual é o fenômeno físico que acontece com as ondas sonoras na ultrassonografia?
2. Por que na ultrassonografia de vasos sanguíneos é preciso usar o efeito Doppler?
Professor, confira no manual as respostas às questões e mais informações sobre o tema de estudo.

Atividades
13. Um pedaço de cano de PVC é usado como tubo sonoro 14. (Enem) Um dos modelos usados na caracterização dos
aberto nas duas extremidades. O tubo ressoa no terceiro sons ouvidos pelo ser humano baseia-se na hipóte-
harmônico com frequência de 99 Hz. Calcule o compri- se de que ele funciona como um tubo ressonante.
mento do tubo. Nesse caso, os sons externos produzem uma variação
(Dado: velocidade do som no ar: v = 330 m/s) de pressão do ar no interior do canal auditivo, fazendo
Para o tubo aberto nas duas extremidades: a membrana (tímpano) vibrar. Esse modelo pressupõe
2⋅L 2⋅L que o sistema funciona de forma equivalente à pro-
λn = s λ3 =
n 3 pagação de ondas sonoras em tubos com uma das
2⋅L 3 ⋅v 3 ⋅ 330 extremidades fechadas pelo tímpano. As frequências
v=λ⋅fsv= ⋅fsL= = sL =5m
3 2⋅f 2 ⋅ 99 que apresentam ressonância com o canal auditivo têm
sua intensidade reforçada, enquanto outras podem ter sua
intensidade atenuada.
FÍSICA

81
Tímpano 15. (Vunesp) Um experimento foi feito com a finalidade de
determinar a frequência de vibração de um diapasão.
Tímpano L
Um tubo cilíndrico aberto em suas duas extremidades
foi parcialmente imerso em um recipiente com água e o
diapasão vibrando foi colocado próximo ao topo desse
Canal auditivo tubo, conforme a figura 1. O comprimento L da coluna de
Canal auditivo ar dentro do tubo foi ajustado movendo-o verticalmente.
Considere que, no caso de ressonância, ocorra um nó Verificou-se que o menor valor de L, para o qual as ondas
sobre o tímpano e ocorra um ventre da onda na saí- da sonoras geradas pelo diapasão são reforçadas por resso-
do canal auditivo, de comprimento L igual a 3,4 cm. nância dentro do tubo, foi de 10 cm, conforme a figura 2.
Assumindo que a velocidade do som no ar (v) é igual a
340 m/s, a frequência do primeiro harmônico (frequência
fundamental, n = 1) que se formaria no canal, ou seja, a
frequência mais baixa que seria reforçada por uma resso-

Reprodução / Vunesp, 2016.


nância no canal auditivo, usando esse modelo, é:
a) 0,025 kHz, valor que considera a frequência do pri-
n⋅v
meiro harmônico como igual a e equipara a
4⋅L
orelha a um tubo com ambas as extremidades abertas.
b) 2,5 kHz, valor que considera a frequência do primeiro
n⋅v
harmônico como igual a e equipara a orelha a
4⋅L
um tubo com uma extremidade fechada. Considerando a velocidade de propagação do som no ar
c) 10 kHz, valor que considera a frequência do primeiro igual a 340 m/s, é correto afirmar que a frequência de
n⋅v vibração do diapasão, em Hz é igual a:
harmônico como igual a e equipara a orelha a
L a) 425 d) 3 400
um tubo com ambas as extremidades fechadas.
b) 850 e) 1 700
d) 2 500 kHz, valor que expressa a frequência do pri-
n⋅v c) 1 360
meiro harmônico como igual a, aplicável à Para meio fuso, como observado na imagem, temos:
L
orelha humana. λ
= L s λ = 4 ⋅ L = 4 ⋅ 10 = 40 cm s λ = 0,4 m
e) 10 000 kHz, valor que expressa a frequência do primei- 4
n⋅v Com a equação fundamental da ondulatória, temos:
ro harmônico como igual a, aplicável à orelha e
L v=λ⋅fsf=
v
=
340
s f = 850 Hz
a tubo aberto e fechado. λ 0, 4
(Dados: L = 3,4 cm = 3,4 ⋅ 10-2 m; v = 340 m/s.) Alternativa b
Considerando um nó sobre o tímpano e um ventre na saída
do canal auditivo, o canal está sendo equiparado a um tubo
sonoro fechado. O primeiro harmônico é a forma mais simples
de a coluna de ar vibrar no interior do tubo, formando onda
estacionária.

Ventre N—

Há um nó na extremidade fechada e um ventre na extremida- 16. Um diapasão vibra com frequência constante de 170 Hz
de aberta, formando, então, meio fuso, como representado na extremidade de um tubo aberto de ressonância que
na figura. Cada fuso corresponde a meio comprimento de
onda. Portanto, meio fuso corresponde a um quarto do com- contém água. Sabendo que a velocidade do som no ar é
primento de onda: de 340 m/s e que a água sai lentamente do tubo, calcule
λ as distâncias entre a borda superior do tubo e o nível da
=Lsλ=4⋅L
4 água no momento em que ocorrer o primeiro e o segundo
v v reforço sonoro.
Pela equação da ondulatória: v = λ ⋅ f s f = sf=
λ 4⋅L v = 4d ⋅ f s 340 = 4d ⋅ 170 s d = 0,5 m
n ⋅v d' = 2 ⋅ d = 2 ⋅ 0,5 s d' = 1 m
Notemos que: f = , dá o conjunto das frequências dos
4⋅L
harmônicos subsequentes, a partir do primeiro (n = 1), que
podem ser obtidas num tubo fechado.
340
f= = 25 ⋅ 102 Hz = 2,5 ⋅ 103 Hz s f = 2,5 kHz
4 ⋅ 3, 4 ⋅ 10 –2
Alternativa b

82 CAPÍTULO 4
17. +Enem [H1] Dois tubos sonoros abertos, ambos de com- 19. (UFC-CE) Uma fonte fixa emite uma onda sonora de fre-
primento L, ressoam formando ondas estacionárias em seu quência f. Uma pessoa se move em direção à fonte sonora
interior. O tubo A ressoa no harmônico N e o comprimento com velocidade v1 e percebe a onda sonora com frequên-
de onda vale 60 cm, o tubo B ressoa no harmônico N + 1 cia f1. Se essa mesma pessoa se afastasse da fonte com
e o comprimento de onda vale 50 cm. Determine o valor velocidade v2, perceberia a onda sonora com frequência
de L. f2. Considerando a velocidade do som no ar, vs = 340 m/s,
a) 150 cm d) 225 cm f
e v1 = v2 = 20 m/s, determine a razão 1 .
b) 175 cm e) 250 cm f2
c) 200 cm Considere que a velocidade é positiva quando a pessoa se
2⋅L 2⋅L 2⋅L L aproxima da fonte sonora fixa e negativa quando se afasta.
Tubo A: λA = = 60 = sN= sN= Assim, para as duas situações descritas, podemos escrever:
N N 60 30
2⋅L 2⋅L 2⋅L  vsom ± v1   340 + 20  360
Tubo B: λB = s 50 = sN+1= s f1 = f ⋅   s f1 = f ⋅   s f1 = ⋅f
N+1 N+1 50  vsom ± vf  340  340
L
sN= –1 v ± v2   340 – 20  320
25 f2 = f ⋅  som s f2 = f ⋅  s f2 = ⋅f
Comparando-se as equações, temos:  v som ± v f   340  340

L L L L – 25 Dessas duas equações, podemos obter a razão entre f1 e f2:


= –1s = s 360
30 25 30 25 ⋅f
f1 360 f 9
L L – 25 = 340 = s 1 =
s s 6 L – 150 = 5 L s f2 320 320 f2 8
= ⋅f
6 5 340
s L = 150 cm
20. (UFJF-MG) Pedro é músico e estudante de Física. Certo
Alternativa a
dia, Pedro estava no alto de um palco afinando seu violão.
18. (UFRGS-RS) Existe uma possibilidade de mudar a frequên- Ele usava um diapasão em Lá fundamental do piano que
cia de uma onda eletromagnética por simples reflexão. vibra com uma frequência de 440,00 Hz. Por um descuido,
Se a superfície refletora estiver em movimento de apro- Pedro inadvertidamente deixou o diapasão cair. Ele, que tem
ximação ou afastamento da fonte emissora, a onda um ouvido muito bom, percebeu que enquanto o diapasão
refl etida terá, respectivamente, frequência maior ou caía, o som percebido se alterava para frequências dife-
menor do que a onda original. rentes daqueles 440,00 Hz, que ele estava ouvindo antes.
Esse fenômeno, utilizado pelos radares (RADAR é uma si- Muito curioso Pedro resolveu determinar a frequência do
gla de origem inglesa: Radio Detection And Ranging ), é diapasão percebido por ele, no instante imediatamente
conhecido como efeito: antes de o diapasão tocar o chão. Para isso, ele mediu a
a) Doppler d) Magnus altura de queda em 1,80 m, e considerando a velocidade
b) Faraday e) Zeeman do som no ar como 330,0 m/s, ele chegou a um valor de:
c) Fotoelétrico a) 438,15 Hz d) 330,00 Hz
Com a movimentação (aproximação ou afastamento) de uma
b) 432,14 Hz e) 324,10 Hz
fonte sonora, altera-se a percepção da frequência ouvida.
Chamamos essa alteração de efeito Doppler. c) 332,12 Hz
Alternativa a Calculando a velocidade final de queda do diapasão, temos:
v2 = v 02 + 2 ⋅ g ⋅ h = 02 + 2 ⋅ 10 ⋅ 1,8 = 36 s v = 6 m/s
Da equação para o efeito Doppler, obtemos a frequência apa-
rente por:
v som 330
fap. = f s fap. = ⋅ 440 s fap. = 432,14 Hz
v som + v diap. 330 + 6
Alternativa b

Tarefa proposta 22 a 32
Complementares
21. (Unicamp-SP) Podemos medir a velocidade do som no O efeito repete-se pela primeira vez quando a altura da
ar de uma maneira relativamente simples. Um diapasão coluna de ar atinge 1,0 m. Nessas condições, determine:
que vibra na frequência de 440 Hz é mantido junto à a) o comprimento de onda do som produzido pelo diapasão;
extremidade aberta de um recipiente cilíndrico conten- b) a velocidade do som no ar.
do água até certo nível. O nível da coluna de água no 22. A distância entre dois acúmulos consecutivos de farinha de
recipiente pode ser controlado por um sistema de tubos. cortiça num tubo de Kundt é de 8 cm quando a fonte de on-
Em determinadas condições de temperatura e pressão, das na extremidade do tubo vibra com frequência constante
observa-se um máximo na intensidade do som quando de 1 700 Hz. Calcule a velocidade de propagação da onda
a coluna de ar acima da coluna de água mede 0,6 m. estacionária no gás contido no interior do tubo.
FÍSICA

83
23. (ITA-SP) Em queixa à polícia, um músico depõe ter sido Nos Estados Unidos, a Nexrad, uma rede de 158 rada-
quase atropelado por um carro, tendo distinguido o som res Doppler, montada na década de 1990 pela Diretoria
em Mi da buzina na aproximação do carro e em Ré, no Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), permite que o
Serviço Meteorológico Nacional (NWS) emita alertas so-
10
seu afastamento. Então, com base no fato de ser de a bre situações do tempo potencialmente perigosas com um
9
vMi grau de certeza muito maior. O pulso da onda do radar, ao
relação das frequências , a perícia técnica conclui que atingir uma gota de chuva, devolve uma pequena parte de
vRé
a velocidade do carro, em km/h, deve ter sido aproxima- sua energia em uma onda de retorno, que chega ao disco
do radar antes que ele emita a onda seguinte. Os radares
damente de:
da Nexrad transmitem entre 860 e 1 300 pulsos por segun-
a) 64 do, na frequência de 3 000 MHz.
b) 71 FISCHETTI, M. Radar meteorológico: sinta o vento.
c) 83 Scientific American Brasil. São Paulo, n. 8, jan. 2003.

d) 102 No radar Doppler, a diferença entre as frequências emi-


2 ⋅ vr
e) 130 tidas e recebidas pelo radar é dada por ∆f = , em
c
24. (Enem) Leia o texto: que vr é a velocidade relativa entre a fonte e o receptor,
Os radares comuns transmitem micro-ondas que re- c = 3,0 ⋅ 108 m/s é a velocidade da onda eletromagnética
fletem na água, gelo e outras partículas na atmosfera.
e f0 é a frequência emitida pela fonte. Qual é a velocida-
Podem, assim, indicar apenas o tamanho e a distân-
de, em km/h, de uma chuva, para a qual se registra no
cia das partículas, tais como gotas de chuva. O radar
radar Doppler uma diferença de frequência de 300 Hz?
Doppler, além disso, é capaz de registrar a velocidade
e a direção na qual as partículas se movimentam, for- a) 1,5 km/h d) 54 km/h
necendo um quadro do fluxo de ventos em diferentes b) 5,4 km/h e) 108 km/h
elevações. c) 15 km/h

Tarefa proposta
1. (Ufscar-SP) Duas caixas acústicas, conectadas na mesma 3. (PUC-PR) A figura a seguir representa as ondas produzidas
saída de um amplificador por meio de cabos de mesmo por um violino e um piano:
comprimento, foram usadas a céu aberto para animar uma
festa junina.
a) Sabendo-se que o tempo mínimo de percepção dis-
tinta de dois sons pela orelha humana é de 0,1 s e
que a velocidade do som no ar é de 340 m/s, calcule
a distância mínima entre as duas caixas para que uma
pessoa posicionada ao lado de uma delas ouça distin-
tamente o som produzido por ambas, tal qual ocorre
com o eco.
b) O comprimento de onda do som audível compreende
uma faixa que se estende de 2 ⋅ 10–2 m a 20 m.
Determine o valor da menor frequência sonora que
uma pessoa pode ouvir. Tempo (s)
2. +Enem [H1] Sabe-se que, há séculos, a Lua é objeto de
Sobre esses dois instrumentos, na situação mostrada na
estudo e observação. Suponha que houvesse ar entre
figura, é correto afirmar:
a Terra e a Lua e você conseguisse dar um grito de
tamanha intensidade que fosse capaz de escutar o eco a) Os dois instrumentos estão tocando a mesma nota
de sua voz após o grito sofrer reflexão na Lua. Quanto porque a frequência fundamental das duas ondas é
tempo, em segundos, depois de gritar, você escutaria o a mesma.
eco de sua voz? b) Os dois instrumentos não estão tocando a mesma
(Dados: distância entre a Lua e a Terra: 374 000 km; velo- nota porque as ondas têm formatos diferentes.
cidade do som no ar: 340 m/s) c) Os dois instrumentos estão tocando a mesma nota,
a) 1,7 ⋅ 106 s porém, a frequência fundamental das duas ondas é
b) 2,8 ⋅ 107 s diferente.
c) 1,2 ⋅ 108 s d) A frequência fundamental não está relacionada com a
d) 1,5 ⋅ 106 s nota, mas com o timbre dos instrumentos.
e) 2,2 ⋅ 106 s e) Todas as alternativas anteriores são falsas.

84 CAPÍTULO 4
4. (Acafe-SC) Durante um concerto, o violino e o violoncelo 7. (UFJF-MG) Consideremos uma corda fixa nas suas extremida-
emitem o “lá fundamental”, cuja frequência é 440 Hz. des e sujeita a uma certa tensão. Se excitarmos um ponto desta
corda por meio de um vibrador de frequência qualquer ou pela
ação de uma excitação externa, toda a extensão da corda entra
em vibração. É o que acontece, por exemplo, com as cordas
Ferenc Szelepcsenyi/Shutterstock

de um violão. Existem certas frequências de excitação para as


quais a amplitude de vibração é máxima. Estas frequências
próprias da corda são chamadas modos normais de vibração.
Além disto, formam-se ondas estacionárias exibindo um pa-
drão semelhante àquele mostrado na figura 1a.

Reprodução / UFJF-MG, 2017.


Supondo-se que ambos os sons tenham a mesma intensida-
de, é correto afirmar que as sensações auditivas produzidas
são diferentes quanto ao (à):
a) comprimento de onda.
b) altura do som.
Adaptado do roteiro de laboratório de Física 2. Departamento de Física – UFJF.
c) forma da onda.
d) nível sonoro. Com base nestas informações, um estudante usou o
laboratório didático de sua escola e montou o seguinte
e) velocidade da onda.
experimento: uma corda tem uma de suas extremidades
5. (EEAR-SP) Analisando a figura do gráfico que representa presa a um diapasão elétrico que oscila com frequência
três ondas sonoras produzidas pela mesma fonte, assinale constante e a outra extremidade passa por uma polia na
a alternativa correta para os três casos representados. extremidade de uma mesa e é presa a uma massa m pen-
durada do lado de fora, conforme ilustrado na figura 1b.
Reprodução / EEAR-SP, 2017.

a) No primeiro experimento, foi usado um diapasão elétri-


co de frequência constante f = 150 Hz. Ele fixou a cor-
da para um comprimento L = 80 cm. Nesta configura-
ção obteve o padrão de oscilação da corda formando
3 ventres, conforme a figura 1b. Nesse primeiro expe-
a) As frequências e as intensidades são iguais. rimento, qual a velocidade de propagação da onda?
b) As frequências e as intensidades são diferentes. b) Para um segundo diapasão, de frequência desconhecida,
c) As frequências são iguais, mas as intensidades são foi realizada uma experiência variando a posição do diapa-
diferentes. são para obter comprimentos L diferentes. Para cada valor
de L é possível alterar a massa M para obter um único
d) As frequências são diferentes, mas as intensidades
ventre. Sabe-se que a velocidade de propagação da onda
são iguais. 1
6. (FCMMG) A figura mostra uma haste vertical ligada a um pode ser calculada pela expressão V =  T  2 , onde T é
 
alto-falante que oscila a 400 Hz ligado a uma corda que D
passa por uma roldana e é esticada por um peso, forman- tensão na qual a corda está submetida e D é a densidade
do uma onda estacionária. linear de massa da corda. Com essas informações, ele de-
terminou, para cada comprimento L, qual a velocidade de
propagação da onda na corda construindo um gráfico L × v
Reprodução / FCM-MG, 2018.

conforme o gráfico a seguir. Com base neste gráfico, en-


contre a frequência desconhecida do segundo diapasão.
Reprodução / UFJF-MG, 2017.

Alterando-se gradativamente o número de vibrações da


haste, a onda se desfaz e, em seguida, observa-se outra
configuração de uma nova onda estacionária, com menor
comprimento de onda. Para que tal fato aconteça, a nova
frequência do alto-falante será de:
a) 200 Hz c) 500 Hz
b) 300 Hz d) 600 Hz
FÍSICA

85
8. (Uece) Considere um forno micro-ondas que opera na 12. (IME-RJ) Quando uma corda de violão é tocada, o compri-
frequência de 2,45 GHz. O aparelho produz ondas eletro- mento de onda da onda sonora produzida pela corda:
magnéticas estacionárias no interior do forno. A distância a) é maior que o comprimento de onda da onda produzi-
de meio comprimento de onda, em cm, entre nodos do da na corda, já que a distância entre as moléculas do
campo elétrico é aproximadamente: ar é maior que a distância entre os átomos da corda.
(Dado: considere a velocidade da luz no ar, c = 3 ⋅ 108 m/s.) b) é menor que o comprimento de onda da onda produ-
a) 2,45 b) 12 c) 6 d) 4,9 zida na corda, já que a massa específica do ar é menor
9. (UFV-MG) A reflexão do som provoca um fenômeno mui- que a massa específica da corda.
to conhecido denominado eco. Em uma comunidade, c) é igual ao comprimento de onda da onda produzida na
localizada perto de uma encosta, um grupo de crianças corda, já que as frequências das duas ondas são iguais.
se diverte dando gritos, para, em seguida, ouvirem suas d) pode ser maior ou menor que o comprimento de onda
vozes novamente, em razão do eco. Sabendo-se que a da onda produzida na corda, dependendo das veloci-
velocidade do som, no local onde as crianças estão brin- dades de propagação da onda sonora e da onda pro-
cando, é de 1 224 km/h, assinale a alternativa que mostra duzida na corda.
a distância na qual elas devem se encontrar da parede para e) pode ser maior ou menor que o comprimento de onda
que ouçam o eco 1 s depois de emitido o som: da onda produzida na corda, dependendo das frequên-
a) 170 m c) 1 224 km cias da onda sonora e da onda produzida na corda.
b) 340 m d) 12,24 km 13. (UPE) Observa-se, na figura a seguir, uma corda fixa em
10. (UFG-GO) Um ferreiro molda uma peça metálica sobre uma suas extremidades na qual foi estabelecida uma onda es-
bigorna (A) com marteladas a uma frequência constante tacionária.
de 2 Hz. Um estudante (B) pode ouvir os sons produzidos 0,4 m
pelas marteladas, bem como os ecos provenientes da pa-
rede (C), conforme ilustra a figura. 1,0 cm
Reprodução / UFG-GO, 2013.

Qualquer ponto da corda, com exceção dos nós, efetua


10 oscilações por segundo. A ordem de grandeza da velo-
Considerando-se o exposto, qual deve ser a menor distân-
cidade das ondas que deram origem à onda estacionária,
cia d, entre a bigorna e a parede, para que o estudante não
em m/s, vale:
ouça os ecos das marteladas?
a) 102 b) 10–1 c) 101 d) 10–2 e) 100
Dado:
Velocidade do som no ar: 340 m/s 14. (UFPR) Num estudo sobre ondas estacionárias, foi feita
a) 42 m d) 170 m uma montagem na qual uma fina corda teve uma das suas
extremidades presa numa parede e a outra num alto-fa-
b) 85 m e) 340 m
lante. Verificou-se que o comprimento da corda, desde a
c) 128 m
parede até o alto-falante, era de 1,20 m. O alto-falante foi
11. (UFG-GO) Em um artigo científico, publicado em 2010 na conectado a um gerador de sinais, de maneira que havia
revista Conservation Biology, os autores relatam os resulta- a formação de uma onda estacionária quando o gerador
dos da investigação do comportamento dos elefantes em emitia uma onda com frequência de 6 Hz conforme é
regiões em que há exploração de petróleo. Nessas regiões, mostrado na figura a seguir.
Reprodução / UFPR, 2016.

deflagram-se algumas explosões que são detectadas por


esses animais. As patas dos elefantes são capazes de per-
ceber ondas sísmicas e, com isso, eles conseguem manter-
-se distantes das zonas de detonação. Considere que um
Com base nessa figura, determine, apresentando os res-
elefante capte uma onda sísmica que se propaga a uma
pectivos cálculos:
velocidade típica de 3,74 km/s. Quatro segundos depois,
a) O comprimento de onda da onda estacionária.
ele ouve o som da detonação de uma carga de dinamite.
A que distância, aproximadamente, em metros, o ele- b) A velocidade de propagação da onda na corda.
fante se encontrará do local em que a carga de dinamite 15. (UFPR) Sobre ondas sonoras, considere as seguintes infor-
foi detonada? mações:
(Dado: velocidade do som no ar = 340 m/s) I. Decibel (dB) é a unidade usada para medir a caracte-
a) 13 600 d) 1 360 rística do som que é a sua altura.
b) 8 160 e) 1 247 II. A frequência da onda ultrassônica é mais elevada do
c) 1 496 que a da onda sonora.

86 CAPÍTULO 4
III. Eco e reverberação são fenômenos relacionados à re- 19. (EFOMM-RJ) Na figura abaixo, uma corda é presa a um
flexão da onda sonora. suporte e tensionada por um corpo esférico de 500 g, que
Está correto apenas o que se afirma em: se encontra totalmente imerso em um recipiente contendo
a) I d) I e III água. Determine a velocidade com que se propaga uma
b) II e) II e III onda na corda. Considere a corda como um fio ideal.
c) III (Dados: massa específica da água = 1 g/cm3; volume da
esfera = 0,1 dm3; densidade da corda = 1,2 g/m; acelera-
16. (Vunesp) Define-se a intensidade de uma onda (I) como
ção da gravidade = 10 m/s2.)

Reprodução / EFOMM-RJ, 2017.


potência transmitida por unidade de área disposta per-
pendicularmente à direção de propagação da onda.
Porém, essa definição não é adequada para medir nossa
percepção de sons, pois nosso sistema auditivo não res-
ponde de forma linear à intensidade das ondas incidentes,
mas de forma logarítmica. Define-se, então, nível sonoro
I a) 47,3 m/s d) 54,5 m/s
(β) como β = 10 log , sendo β dado em decibel (dB)
I0 b) 49 m/s e) 57,7 m/s
e I0 = 10–12 W/m2. c) 52,1 m/s
Supondo que uma pessoa, posicionada de forma que a
20. (EFOMM-RJ) Para ferver três litros de água para fazer uma
área de 6,0 ⋅ 10–5 m2 de um de seus tímpanos esteja per-
sopa, Dona Marize mantém uma panela de 500 g suspen-
pendicular à direção de propagação da onda, ouça um
sa sobre a fogueira, presa em um galho de árvores por um
som contínuo de nível sonoro igual a 60 dB durante 5,0 s
fio de aço com 2 m de comprimento. Durante o processo
a quantidade de energia que atingiu seu tímpano nesse
de aquecimento, são gerados pulsos de 100 Hz em uma
intervalo de tempo foi:
das extremidades do fio. Esse processo é interrompido com
a) 1,8 ⋅ 10–8 J d) 1,8 ⋅ 10–14 J
a observação de um regime estacionário de terceiro har-
b) 3,0 ⋅ 10–12 J e) 6,0 ⋅ 10–9 J mônico. Determine, aproximadamente, a massa de água
c) 3,0 ⋅ 10 J
–10
restante na panela.
17. (UEPA) A velocidade de uma onda em uma corda tensio- (Dados: densidade linear do aço = 10–3 kg/m; aceleração
F da gravidade = 10 m/s2 e densidade da água = 1 kg/L.)
nada pode ser expressa pela seguinte equação: v = ,
µ a) 1,28 kg d) 2,58 kg
em que F é a intensidade da força que atua na corda e µ b) 1,58 kg e) 2,98 kg
é a sua densidade linear de massa, isto é, a razão entre a c) 2,28 kg
massa da corda e seu comprimento. Admita uma corda
21. (PUC-SP) Duas fontes harmônicas simples produzem pulsos
de massa igual a 200 g, de 1 m de comprimento, que
transversais em cada uma das extremidades de um fio de
vibra com frequência de 25 Hz, conforme indica a figura a
comprimento 125 cm homogêneo e de secção constante,
seguir. Para essa situação, a intensidade da força que atua
de massa igual a 200 g e que está tracionado com uma for-
na corda é, em N, igual a:
ça de 64 N. Uma das fontes produz seu pulso ∆t segundos
1m após o pulso produzido pela outra fonte. Considerando
que o primeiro encontro desses pulsos se dá a 25 cm de
uma das extremidades dessa corda, determine, em milis-
segundos, o valor de ∆t.
Reprodução / PUC-SP, 2017.

a) 10 b) 20 c) 30 d) 40 e) 50
18. (UFPE) A figura mostra uma corda AB de comprimento L
de um instrumento musical com ambas as extremidades
fixas. Mantendo-se a corda presa no ponto P, a uma dis- a) 37,5 b) 75,0 c) 375,0 d) 750,0
L 22. (UFG-GO) Durante a construção de uma estrada, o mo-
tância da extremidade A, a frequência fundamental da
4 tor de uma máquina compactadora de solo, similar a um
onda transversal produzida no trecho AP é igual a 294 Hz. bate-estaca, emite um som de 68 Hz na entrada de um
Para obter um som mais grave, o instrumentista golpeia túnel reto, que mede 30 m de comprimento. Um pedes-
a corda no trecho maior, PB. Qual é a frequência funda- tre transitando pelo túnel percebe que uma onda sonora
mental da onda nesse caso, em Hz? estacionária é formada no interior do túnel, notando a
A B ocorrência de posições de alta intensidade sonora e pontos
P
de silêncio (intensidade sonora nula). Dado que a velocida-
de do som é de 340 m/s, quantos pontos de intensidade
L
Ñ nula o pedestre vai contar ao atravessar o túnel?
4
L a) 6 b) 12 c) 13 d) 24 e) 25
FÍSICA

87
23. (ITA-SP) Considere o modelo de flauta simplificado mostra- 26. (Vunesp) Um aluno, com o intuito de produzir um equipamen-
do na figura, aberta na sua extremidade D, dispondo de to para a feira de ciências de sua escola, selecionou três tubos
uma abertura em A (próxima à boca), um orifício em B e de PVC de cores e comprimentos diferentes, para a confecção
outro em C. Sendo AD = 34,00 cm, AB = BD, BC = CD e a de tubos sonoros. Ao bater com a mão espalmada em uma
velocidade do som de 340,0 m/s, as frequências esperadas das extremidades de cada um dos tubos, são produzidas ondas
nos casos: (i) somente o orifício C está fechado, e (ii) os sonoras de diferentes frequências. A tabela a seguir associa a
orifícios B e C estão fechados, devem ser, respectivamente: cor do tubo com a frequência sonora emitida por ele.
Vista superior Corte longitudinal Cor Vermelho Azul Roxo
A B C D A B C D
Frequência (Hz) 290 440 494

Podemos afirmar corretamente que os comprimentos dos


a) 2 000 Hz e 1 000 Hz d) 50 Hz e 100 Hz tubos vermelho (Lvermelho), azul (Lazul) e roxo (Lroxo) guardam
b) 500 Hz e 1 000 Hz e) 10 Hz e 5 Hz a seguinte relação entre si:
c) 1 000 Hz e 500 Hz a) Lvermelho < Lazul > Lroxo d) Lvermelho > Lazul > Lroxo
24. (Fuvest-SP) Um tubo aberto de comprimento L somente b) Lvermelho = Lazul = Lroxo e) Lvermelho < Lazul < Lroxo
v c) Lvermelho > Lazul = Lroxo
pode emitir som de frequência fn = n ⋅ (com n inteiro).
2L 27. +Enem [H1] Considere dois tubos sonoros, um aberto e
Sendo v = 340 m/s e L = 1 m:
outro fechado, ambos do mesmo comprimento e situados
a) Qual é a frequência do som fundamental emitido
no mesmo ambiente. Se o som de frequência fundamental
pelo tubo?
emitido pelo tubo aberto tem comprimento de onda de
b) Qual é o comprimento de onda correspondente a 34 cm, qual o comprimento de onda, em centímetros, do
esse som? som de frequência fundamental emitido pelo tubo fechado?
25. (EFOMM-RJ) Uma corda ideal está atada a um diapasão a) 68 cm d) 60 cm
que vibra com frequência f1 e presa a um corpo de massa b) 65 cm e) 58 cm
m = 2,5 kg, conforme a figura 1. A onda estacionária que se c) 63 cm
forma possui 6 ventres que formam 3,0 m de comprimento. 28. (EBMSP-BA)
Reprodução / EBMSP-BA, 2016.
Reprodução / EFOMM, 2017.

O canal auditivo da figura representa o órgão de audição


humano que mede, em média, cerca de 2,5 cm, de com-
Um diapasão de frequência f2 é posto a vibrar na borda primento e que pode ser comparado a um tubo sonoro
de um tubo com água, conforme a figura 2. fechado, no qual a coluna de ar oscila com ventre de des-
locamento na extremidade aberta e nó de deslocamento
na extremidade fechada.
Reprodução / EFOMM, 2017.

Considerando-se que a velocidade de propagação do


som no ar é igual a 340 m/s e que a coluna de ar oscila
segundo um padrão estacionário fundamental no canal
auditivo, pode-se afirmar – pela análise da figura associa-
da aos conhecimentos da Física – que:
a) o comprimento da onda sonora que se propaga no
canal auditivo é igual a 2,5 cm.
b) a frequência das ondas sonoras que atingem a membra-
O nível da água vai diminuindo e, na altura de 42,5 cm ocorre na timpânica é, aproximadamente, igual a 13 600,0 Hz
o primeiro aumento da intensidade sonora. Desprezando os c) a frequência fundamental de oscilação da coluna de ar
atritos e considerando a roldana ideal, a razão entre as fre- no canal auditivo é igual a 340,0 Hz.
quências f2 e f1 é de aproximadamente:
d) a frequência de vibração da membrana timpânica pro-
Dado: densidade linear da corda = 250 g/m. duzida pela oscilação da coluna de ar é igual a 3 400 Hz.
a) 2,0 d) 40,0 e) a frequência do som transmitido ao cérebro por impul-
b) 4,0 e) 60,0 sos elétricos é o dobro da frequência da vibração da
c) 20,0 membrana timpânica.

88 CAPÍTULO 4
29. (Fuvest-SP) Um alto-falante emitindo som com uma única constantes em relação ao solo, sendo que a velocidade do
frequência é colocado próximo à extremidade aberta de bloco B é de 80 m/s.
um tubo cilíndrico vertical preenchido com um líquido. Considere que não existam forças dissipativas, que a velo-
Na base do tubo, há uma torneira que permite escoar cidade do som no local é constante e igual a 340 m/s que
lentamente o líquido, de modo que a altura da coluna o ar se encontra em repouso em relação ao solo.
de líquido varie uniformemente no tempo. Partindo-se do Nessas condições, a razão entre as frequências sonoras
tubo completamente cheio com o líquido e considerando percebidas pelo observador, devido ao movimento das
apenas a coluna de ar criada no tubo, observa-se que o fontes 2 e 1, respectivamente, é:
primeiro máximo de intensidade do som ocorre quando a a) 1 b) 2 c) 3 d) 4
altura da coluna de líquido diminui 5 cm e que o segundo 31. (IME-RJ) Uma onda plana de frequência f propaga-se com
máximo ocorre um minuto após a torneira ter sido aberta. velocidade v horizontalmente para a direita. Um observa-
Determine: dor em A desloca-se com velocidade constante u (u , v)
a) o módulo da velocidade v de diminuição da altura da no sentido indicado na figura. Sabendo que α é o ângulo
coluna de líquido; entre a direção de propagação da onda e de deslocamento
b) a frequência f do som emitido pelo alto-falante. do observador, a frequência medida por ele é:
Sabendo que uma parcela da onda sonora pode se pro-
pagar no líquido, determine: u
c) o comprimento de onda λ deste som no líquido; α
d) o menor comprimento L da coluna de líquido para que A
v
haja uma ressonância deste som no líquido.
Note e adote:  u  f
a) 1 + ⋅ cos α  ⋅ f d)
Velocidade do som no ar: var = 340 m/s.  v  u
1 + ⋅ cos α
Velocidade do som no líquido: vlíq. = 1 700 m/s. f
Considere a interface ar-líquido sempre plana.  u  cos α
b) 1 – ⋅ cos α  ⋅ f e) ⋅f
A ressonância em líquidos envolve a presença de nós na  v  u
1–
sua superfície. f v
c)
30. (AFA-SP) Duas fontes sonoras 1 e 2, de massas desprezíveis, u
1 – ⋅ cos α
que emitem sons, respectivamente, de frequências f1 = 570 Hz f
e f2 = 390 Hz são colocadas em um sistema, em repouso,
32. (ITA-SP) Uma pessoa de 80,0 kg deixa-se cair verticalmente
constituído por dois blocos, A e B, unidos por um fio ideal
de uma ponte, amarrada a uma corda elástica de bungee
e inextensível, de tal forma que uma mola ideal se encontra
jumping com 16,0 m de comprimento. Considere que a
comprimida entre eles, como mostra a figura abaixo.
corda se esticará até 20,0 m de comprimento sob a ação
Reprodução / AFA-SP, 2017.

do peso. Suponha que, em todo o trajeto, a pessoa toque


continuamente uma vuvuzela, cuja frequência natural é de
235 Hz. Qual(is) é (são) a(s) distância(s) abaixo da ponte
em que a pessoa se encontra para que um som de 225 Hz
seja percebido por alguém parado sobre a ponte?
a) 11,4 m
A fonte sonora 1 está acoplada ao bloco A, de massa 2 m,
e a fonte sonora 2 ao bloco B, de massa m. b) 11,4 m e 14,4 m
Um observador O, estacionário em relação ao solo, dis- c) 11,4 m e 18,4 m
para um mecanismo que rompe o fio. Os blocos passam, d) 14,4 m e 18,4 m
então, a se mover, separados da mola, com velocidades e) 11,4 m, 14,4 m e 18,4 m

Vá em frente
Leia
OKUNO, E.; CALDAS, I.; CHOW, C. Física para ciências biológicas e biomédicas. São Paulo: Harbra, 1986.
No capítulo 15 do livro, você encontrará uma abordagem interessante e abrangente sobre o som.

Autoavalia•‹o:
V‡ atŽ a p‡gina 95 e avalie seu desempenho neste cap’tulo.
FÍSICA

89
Gabaritoo
Capítulo 1 28. c 12. a) 6 ⋅ 10–7 m e 5 ⋅ 1014 Hz
29. d b) λ1 = 4,5 ⋅ 10–7 m; λ2 = 3,6 ⋅ 10–7 m;
Complementares
30. a) 4 ⋅ 1010 N/m f = 5 ⋅ 1014 Hz; v1 = 2,25 ⋅ 108 m/s;
9. a) t (s) x (m) b) 4 ⋅ 107 N v2 = 1,8 ⋅ 108 m/s; n1 H 1,3;
0 0 31. a) 4 n2 = 1,7.
1 b) 9,86 m/s2 13. c 14. c 15. a
−2 2
32. d 16. Soma = 28 (04 + 08 + 16)
2 –4
17. d 20. d 23. d
3 −2 2 Capítulo 2 18. a 21. a 24. b
Complementares 19. a 22. d 25. e
4 0
26. e
5 +2 2 9. Soma = 7 (01 + 02 + 04)
27. Soma = 6 (02 + 04)
10. d
6 +4 28. c 29. d 30. e
11. d
31. a) 1,5 m
7 +2 2 12. e
b) 0,75 m; 1,5 m; 2,25 m; 3,0 m;
21. F – F – V – V – F
8 0 3,75 m; 4,5 m e 5,25 m.
22. d 23. b 24. c
b) π m/s 32. a) 2,67 cm/s
10. b Tarefa Proposta b) 0,33 Hz
11. Soma = 14 (02 + 04 + 08) 1. a 3. e 5. d c) Em A, destrutiva e, em B, con-
12. a) 5,0 m 2. d 4. a 6. b trutiva.
b) 2,5 m/s 7. V – F – F
8. b 13. c 18. 23. Capítulo 4
π 1  c b
c) x = 5 ⋅ cos  + ⋅ t 
3 2  9. e 14. d 19. c 24. a Complementares
21. Soma = 22 (02 + 04 + 16) 10. b 15. d 20. a 25. c
9. d 10. b 11. b 12. e
22. Soma = 14 (02 + 04 + 08) 11. e 16. e 21. e 26. 5s
21. a) 0,8 m
23. d 24. e 12. a 17. e 22. e 27. e
b) 352 m/s
28. 1,02 MHz
Tarefa proposta 29. c 30. c 31. b 32. e
22. 272 m/s
1. c 2. d 3. c 23. a 24. d
4. a) 4 s; 0,25 Hz Capítulo 3 Tarefa proposta
b) 1 s, 3 s e 5 s Complementares 1. a) 34 m
c) 1 s, 3 s e 5 s
9. a) 3 ⋅ 10–7 m b) 17 Hz
5. c
b) O ar tem menor índice de refra- 2. e 3. a 4. c 5. c 6. c
6. F - V - V - V - V
ção que o vidro, portanto a velo- 7. a) 80 m/s
7. d 10. c
cidade aumentará. A frequência b) 75 Hz
8. b 11. a
não é alterada por nenhum fe- 8. c 10. b 12. d
9. b 12. d
nômeno, portanto, permanece- 9. a 11. c 13. c
13. a
ra inalterada. O comprimento 14. a) 0,40 m
14. Soma = 23 (01 + 02 + 04 + 16)
de onda e diretamente propor- b) 2,4 m/s
15. b
cional à velocidade, portanto 15. e 16. c 17. b
16. a) 5 ∙ 10–2 N/m
aumentará também. 18. 98 Hz
b) 5 ∙ 103 m/s 10. c 12. c 22. d 24. b 19. e 21. a 23. c
17. c 11. a 21. b 23. e
18. Soma = 24 (08 + 16) 20. a 22. b
19. a Tarefa proposta 24. a) 170 Hz
20. Soma = 3 (01 + 02) 1. e 3. e 5. c b) 2 m
21. d 24. d 2. c 4. b 25. c 26. d 27. a
22. d 25. a 6. Soma = 17 (01 + 16) 28. d
23. c 26. d 7. a 9. e 29. a) 0,25 cm/s
27. a) 21 cm 8. e b) 1 700 Hz
b) O relógio deverá ter uma altura 10. Soma = 31 (01 + 02 + 04 + 08 + 16) c) 1 m
total de 6,30 m, o que o tornaria 11. a) 340 2 m/s d) 0,5 m
inviável na prática. b) 17 2 m 30. a 31. b 32. d

90
1-2 REVISÃO
Nome: Data:
Escola: Turma:

Física – Ondulatória
Capítulo 1 – Movimento harmônico simples – MHS
Capítulo 2 – Ondas

H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em dife-
rentes contextos.
1. (Uema) Em um determinado carro de 1,20 ⋅ 103 kg, os amortecedores estão estragados. Quando o motorista de 80 kg entra
no carro, esse abaixa 2,50 cm.
Considerando o carro e o motorista uma única massa, apoiada sobre uma mola ideal,
a) justifique o tipo de movimento, se harmônico simples ou amortecido.
De acordo com as informações do texto, a mola é ideal e não há nenhuma ação dos amortecedores (estragados), portanto tere-
mos um movimento harmônico simples.

b) para um movimento harmônico simples, e, considerando o campo gravitacional com g = 10 m/s2, calcule o período e a
frequência de oscilação.
Para o cálculo, precisaremos obter o valor de k, que será de:
F=k·x
800 = k · 2,5 · 10–2
k = 32 000 N/m
Considerando a massa do conjunto (motorista + carro), podemos calcular o período do movimento, usando:
M 1 280
T = 2π · s T = 2π · s T = 1,26 s
k 32 000
Sabendo o período, podemos calcular a frequência por meio de:
1 1
f= sf= s f = 0,79 Hz
T 1, 26 s

91
H17 Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas
ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
2. (Albert Einstein-SP) A placa de Petri é um recipiente cilíndrico, achatado, de vidro ou plástico, utilizado para cultura de
micro-organismos e constituída por duas partes: uma base e uma tampa. Em laboratórios de microbiologia e rotinas
de bacteriologia, as placas de Petri são usadas para a identificação de micro-organismos. Num ensaio técnico, um
laboratorista incide um feixe de luz monocromática de comprimento de onda igual a 600 nm que, propagando-se
inicialmente no ar, incide sobre a base de uma placa de Petri, conforme esquematizado na figura abaixo.
θ sen θ

30° 0,50
Reprodução / Albert Einstein-SP, 2016.

41° 0,66
49° 0,75
60° 0,87

Fonte: <www.blog.mcientifica.com.br>.

Determine o índice de refração (n) do material da placa de Petri em relação ao ar, o comprimento (λ) e a frequência (f) da
onda incidente enquanto atravessa a base da placa.
a) 0,76; 790 nm; 5,0 ⋅ 1014 Hz
b) 1,50; 400 nm; 5,0 ⋅ 1014 Hz
c) 1,50; 600 nm; 3,3 ⋅ 1014 Hz
d) 1,32; 400 nm; 7,5 ⋅ 1014 Hz
Utilizando-se da lei de Snell, temos:
n1 ⋅ sen i = n2 ⋅ sen r s nar ⋅ sen 49° = n2 ⋅ sen 30° s 1 ⋅ 0,75 = n2 ⋅ 0,5 s n2 = 1,5
Ao atravessar a base da placa, o comprimento de será dado por:
n1 λpl
placa n ⋅ λa 1 ⋅ 600 ⋅ 10 –9
= s λplaca = 1 ar = s λplaca = 400 ⋅ 10–9 s λplaca = 400 nm
n2 λar n2 1, 5
Para o comprimento de onda no ar, temos que a frequência da onda será de:
c 108
3 ⋅1
v=λ⋅fsc=λ⋅fsf= sf= s f = 5 ⋅ 1014 Hz
v 600 ⋅ 10 –9
Alternativa b

92
3-4 REVISÃO
Nome: Data:
Escola: Turma:

Física – Ondulatória
Capítulo 3 – Fenômenos ondulatórios
Capítulo 4 – Acústica

H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em dife-
rentes contextos.
1. Existem diversos fenômenos que podem ser observados nos movimentos ondulatórios. Entre eles, podemos destacar a
reflexão e a interferência de ondas. Para ilustrá-los, considere dois pulsos curtos, A e B, com mesma amplitude, propagam-se
em uma corda esticada com velocidade v = 1 m/s. No instante em que um cronômetro é acionado (t = 0), verifica-se que o
perfil da corda apresenta-se como na figura a seguir.
v v
Parede
B A
Extremidade fixa

2m 1m

Considerando que não há perdas de energia durante a propagação dos pulsos, faça uma figura representando o perfil da
corda nos instantes t = 2 s e t = 4s.
Como v = 1 m/s, entre t = 0 e t = 2 s, ambos os pulsos irão percorrer 2 m. O pulso A percorre 1 m até atingir a extremidade fixa na
parede, sofre reflexão, com inversão de fase, e retorna mais 1 m. Portanto, no instante t = 2 s, o pulso A estará na mesma posição
que estava em t = 0, mas com a fase invertida. Já o pulso B, ao percorrer 2 m em direção à parede, atingirá a mesma posição na qual
está o pulso A. Portanto, temos uma superposição destrutiva e a corda ficará horizontal, como mostra a figura.
v
Parede
B
t=2s Extremidade fixa

A
v
1m

Entre t = 2 s e t = 4 s, os pulsos percorrem mais 2 m. Com isso, no instante t = 4 s, o pulso A estará a 3 m de distância da parede,
indo para a esquerda e com fase invertida. O pulso B percorrerá 1 m até atingir a parede, sofrerá reflexão, com inversão de fase, e
retornará mais 1 m. Portanto, teremos o seguinte perfil da corda:
Parede
t=4s Extremidade fixa

A B
v v
2m 1m

93
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em dife-
rentes contextos.
2. De forma simplificada, a descrição de instrumentos musicais de sopro pode ser feita por um tubo cilíndrico oco dentro do
qual, se gera uma onda sonora estacionária. Considere um tubo de comprimento L com as duas extremidades abertas,
como mostra a figura (A). O som fundamental emitido por esse tubo tem frequência de 440 Hz, correspondendo à
nota “lá”.

L L

(A) (B)

Caso a extremidade de baixo do tubo seja fechada, como mostra a figura (B), qual será a frequência do som fundamental
emitido por ele?
A razão entre as frequências fundamentais dos tubos fechado e aberto é:
v
ffechado v 2L 1
= 4L = ⋅ =
faberto v 4L v 2
2L
Sendo faberto = 440 Hz, temos:
ffechado 1
= s ffechado = 220 Hz
440 2

94
Autoavaliação
Avalie seu desempenho no estudo dos capítulos deste caderno por meio da escala sugerida a seguir.

Escala de desempenho
Atribua uma pontuação ao seu desempenho em cada um dos objetivos apresentados, segundo a escala:
4 para excelente, 3 para bom, 2 para razoável e 1 para ruim.

Movimento harmônico simples – MHS


4 3 2 1 Compreende o significado dos pontos de máxima e mínima elongação?
4 3 2 1 Consegue identificar os pontos de velocidade máxima e velocidade nula no MHS?
4 3 2 1 Compreende o comportamento das energias cinética e potencial elástica, no MHS?
Ondas
4 3 2 1 Compreende que uma onda é um perturbação que se propaga?
4 3 2 1 Consegue classificar uma onda quanto à natureza e a forma de propagação?
4 3 2 1 Consegue utilizar a equação fundamental da ondulatória, relacionando o comprimento
de onda, frequência e velocidade?
Fenômenos ondulatórios
4 3 2 1 Consegue identificar os fenômenos de reflexão e refração de uma onda?
4 3 2 1 Consegue relacionar fenômenos ondulatórios em situações cotidianas?
4 3 2 1 Compreende os fenômenos da difração e da interferência em ondas?
Acústica
4 3 2 1 Compreende o que são ondas estacionárias?
4 3 2 1 Compreende que a diferenciação do som emitido por instrumentos musicais é feita pelo
timbre e que a altura do som está relacionada à sua frequência?
4 3 2 1 Consegue identificar harmônicos em cordas e tubos sonoros?

Agora, somando todos os pontos atribuídos, verifique seu desempenho geral no caderno e a
recomendação feita a você.
Entre 48 e 36 pontos, seu desempenho é satisfatório. Se julgar necessário, reveja alguns
conteúdos para reforçar o aprendizado.
Entre 35 e 25 pontos, seu desempenho é aceitável, porém você precisa rever conteúdos
cujos objetivos tenham sido pontuados com 2 ou 1.
Entre 24 e 12 pontos, seu desempenho é insatisfatório. É recomendável solicitar a ajuda do
professor ou dos colegas para rever conteúdos essenciais.
Procure refletir sobre o próprio desempenho. Somente assim você conseguirá identificar seus erros e corrigi-los.
FÍSICA

95
Conclus‹o
Revise seu trabalho com este caderno. Com base na
Direção geral: Guilherme Luz
autoavaliação, anote abaixo suas conclusões: aquilo Direção editorial: Luiz Tonolli e Renata Mascarenhas
que aprendeu e pontos em que precisa melhorar. Gestão de projetos editoriais: João Carlos Puglisi (ger.), Renato Tresolavy,
Thaís Ginícolo Cabral, João Pinhata
Edição e diagramação: Texto e Forma
Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga
Planejamento e controle de produção: Paula Godo, Adjane Oliveira
e Mayara Crivari
Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.),
Rosângela Muricy (coord.), Ana Paula C. Malfa, Brenda T. de Medeiros Morais,
Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Celina I. Fugyama,
Gabriela M. de Andrade e Texto e Forma
Arte: Daniela Amaral (ger.), Catherine Saori Ishihara (coord.),
Daniel de Paula Elias (edição de arte)
Iconografia: Sílvio Kligin (ger.), Denise Durand Kremer (coord.),
Monica de Souza/Tempo Composto (pesquisa iconográfica)
Licenciamento de conteúdos de terceiros: Thiago Fontana (coord.),
Tempo Composto – Monica de Souza, Catherine Bonesso, Maria Favoretto e
Tamara Queiróz (licenciamento de textos), Erika Ramires, Luciana Pedrosa Bierbauer
e Claudia Rodrigues (analistas adm.)
Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin
Ilustrações: Mouses Sagiorato
Cartografia: Eric Fuzii (coord.), Mouses Sagiorato (edit. arte),
Ericson Guilherme Luciano
Design: Gláucia Correa Koller (ger.), Aurélio Camilo (proj. gráfico)

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(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Ético Sistema de Ensino : ensino médio : livre :


física : cadernos 5 a 8 : professor /
obra coletiva : responsável Renato Luiz
Tresolavy. -- 1. ed. -- São Paulo : Saraiva,
2019.

Bibliografia.

1. Física (Ensino médio) I. Tresolavy, Renato


Luiz.

18-13650 CDD-530.7

Índices para catálogo sistemático:


1. Física : Ensino médio 530.7

2019
ISBN 978 85 5716 318 8 (PR)
Código da obra 2150667
1a edição
1a impressão

Impressão e acabamento

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629049

96

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