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Os 300 do Amanhecer

Conta-nos a história que, em meados de 480 a.C., houve uma batalha épica entre os povos de
Esparta e da Pérsia. Embora os espartanos fossem conhecidos como guerreiros muito bem
treinados para a guerra já que eram preparados desde a tenra idade, os persas, comandados
pelo rei Xerxes, estavam num momento de ascensão e o número de integrantes do seu
exército era muito superior ao de Esparta. Por essa razão, diante de uma eminente invasão
persa, os Conselheiros espartanos aconselharam Leônidas, rei de Esparta, que não levasse seu
exército tão aguerrido para lutar contra os persas.

Na tentativa de amedrontá-los, o rei Xerxes enviou mensageiros a Esparta propondo que os


espartanos se rendessem: "Rende-te e entrega tuas armas!". A resposta de Leônidas: "Vem
buscá-las!”. Logo outro mensageiro de Xerxes, querendo impressionar os gregos e ressaltando
a superioridade numérica dos persas, afirmou que havia tantos arqueiros no exército persa
que quando eles disparassem suas flechas e lanças elas iriam "cobrir o sol", para qual Leônidas
respondeu: "Melhor, combateremos à sombra".

Determinado, então, Leônidas partiu para a batalha com 300 homens para defender Esparta.
Posteriormente, outros povos se juntaram a eles contra o exército Persa.

Embora os persas se mostrassem como uma grande ameaça, houve uma forte resistência do
exército de Esparta. Ao comando de Leônidas, foram traçadas estratégias de guerra que
enfraqueceram significativamente o inimigo.

No entanto, o resultado não foi diferente do que se podia esperar de uma tropa em número
tão menor: Leônidas e seus guerreiros foram mortos e os persas foram vencedores nesse
primeiro momento. Apesar disso, a vitória lhes custou caro. Nesse ínterim, os gregos
ganharam tempo: os atenienses puderam abandonar sua cidade antes que os invasores persas
chegassem, protegendo as mulheres, as crianças e os idosos.

Mais tarde, os gregos venceram os persas, graças à perseverança do rei de Esparta e seus
trezentos guerreiros.

Mestre Jaguar, ao contemplar essa passagem histórica, faço uma analogia das guerras greco-
pérsicas com o momento desta Pandemia que vivemos.

Quando o Simiromba de Deus, por nossa mãe clarividente, em uma carta nos diz: "A lei física
que te chama à razão é a mesma que te conduz a Deus", podem surgir muitas interpretações
a depender do contexto. E mais grave ainda, podem surgir interpretações que fomentam o
interesse de cada um, seja para obter algum benefício ou mesmo visando apenas sua
segurança e colocando seu compromisso com Deus em segundo lugar. Nessa esteira,
precisamos ter cuidado para não escolhermos caminhos tenebrosos.

Nesse caminho, como dizia o Mestre Arakén, sobre a sagrada escritura, muitos que leram se
evoluíram, outros não! Depende da forma que a escritura sagrada é interpretada, cada um
interpreta à sua maneira.
Segundo o mestre Tumuchy, quando Humarran nos diz através de Koatay 108 que "A lei física
que te chama à razão é a mesma que te conduz a Deus" quis nos dizer que a lei física é a lei
do mundo da matéria, da constituição do nosso corpo e rege a nossa própria existência. Cada
átomo de nossa constituição é a própria substância divina. Na simplicidade de nossos
corações, na nossa realidade imediata, onde podemos perceber, na vivência de cada dia,
procuramos entender as mensagens de Deus, que nos fala através de todos os aspectos de
nossa vida - nos disse Tumuchy. Estamos nessa existência com a maior parcela de nossa
consciência voltada para a lei física, no nosso relacionamento com o meio ambiente, com a
sociedade na qual estamos inseridos. Somente com o desenvolvimento de nossa mediunidade
vamos mudando essa prioridade consciencional e penetrando em outros planos e conhecendo
outros segmentos da Lei Divina, embora embasados por nossa lei física. O limite de nossa ação
é a nossa própria vida.

Enfim Jaguares, não estou aqui para criticar a forma como interpretam essa frase mas tão
somente para pedir que reflitam sobre as LEIS DO AMANHECER, contemplando dentre outras
mensagens a seguinte: "Passar pelo Amanhecer sem conhecer as suas leis e ensinamentos
não se cura, e nem tão pouco, cura coisa alguma." (Tia Neiva)

Não cabe a mim julgar ou responsabilizar aqueles, que por recomendação e/ou restrições
governamentais ou espirituais estão em isolamento em seus lares, protegendo sua vida e de
seus familiares. Encontram-se resguardados no seu direito de fazer suas preces juntamente
com trabalho de terceiro sétimo.

Fazer julgamentos num momento como este é entrar em afronta com a conduta doutrinária,
nos afastando do que pregamos, porque acreditamos que iremos prestar conta de nossos atos,
primeiramente à nossa consciência e depois a todos aqueles que por Deus nos foram
confiados.

Falando por mim, se um dia me perguntarem onde eu estava durante a Pandemia do COVID-
19, qual o local que me sentia mais seguro, mais protegido, não hesitarei em falar: "Nos
templos do Amanhecer, cumprindo com amor o meu juramento, digo na casa do Simiromba
de Deus nosso Pai, seguindo as orientações governamentais de saúde e realizando apenas as
atividades essenciais”.

Por mais de 2.000 anos o homem jaguar vem sendo preparado, amparado nas afirmações tão
claras de nosso Pai Seta Branca, que embora datadas de 1971 a 1984, são atemporais e nos
relatam exatamente o que estamos passando com essa Pandemia. Nessas afirmações
encontramos: " Jesus protege vossos passos, não temais..."; "... de vós nenhum fio de cabelo
de vossa cabeça...,” e tantas outras mais.

Diante disso, mesmo em meio a questionamentos e julgamentos, escolho trabalhar nos


templos do amanhecer em benefício do planeta, assim como Leônidas e seus trezentos
guerreiros, ou seja, partir para a batalha pra defender também minha pátria, minha família e
minha casa, guardando ainda o respeito por aqueles que optaram por ficar em seus lares e
defender sua família.
A escolha é de cada um. Como diz nossa mãe clarividente: "Somos livres para escolher, até
mesmo para fazer aquilo que nos convém, porém, assim somos chamados a dar explicações
nos mundos espirituais do que fazemos de nossas vidas, choramos pela oportunidade que
perdemos, temos que colher e recolher aquilo que espalhamos e fizemos aos outros."

Salve Deus.

Goiânia-GO, 06/04/2020

AGAIR PLÁCIDO

Adjunto AGÁCIO.

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