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o tJ# .

,, ,

Pe dro Pe rei ra de Ol ive ira Pa rda


l
f Ma ria Ap olo nia da Co sta Ga de lha

ACIDENT E~:
P O R A N I M A ~t
P E Ç O N H E N TO S
M A N U A L D E R O T IN A
S

-
COORDENAÇAO
ESTADUAL DE
ZOONOSES

SECRETARIA DE
SAÚDE PÚBLICA
GO VE RN O DO

PARA
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
PREFEITURA MUNICIPAL DE BELÉM
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

ACIDENTES
POR ANIM AIS
PEÇO NHEN TOS
MANUAL D E ROTINAS . ·-·
·.".,.

3ª edição

PEDRO PEREIRA DE OLIVEIRA PARDAL


Médico, Especialista, Mestre e
Doutor em Medicina Tropical

MARIAAPOLONIA DA COSTA GADELHA


Médica, Especialista e
Mestre em Medicina Tropical

Belém-Pará
2022
Governador do Estado do Pará
Helder Zhaluth Barbalho

Prefeito Municipal de Belém


Edmilson Rodrigues

Secretário Municipal de Saúde de Belém


Maurício Cesar Soares Bezerra

Reitor da Universidade Federal do Pará


Emmanuel Zagury Tourinho

H ·talar Universitário • HUBF-UFPA e HUJBB-UFPA


Superintendente do Comp1exo ospi , . .
Regina Fat1ma Feio Barroso

Secretário de Estado de Saúde Pública do Pará


Rômulo Rodovalho

Secretário Adjunto de Gestão de Políticas De Saúde


Sipriano Ferraz Santos Júnior

Secretário Adjunto de Gestão Administrativa


Ariel Dourado Sampaio Martins de Barros

Coordenador de Vigilância em Saúde


Denilson José Feitosa Júnior

Departamento de Controle de Endemias


Adriana Sousa Tapajós

Coordenadora Estadual de Zoonoses


Elke Maria Nogueira de Abreu

Coordenador do Programa Estadual de Animais Peçonhentos


Weber Marcos

Coordenadora do Centro de Informações Toxicológicas de Belém


Shirley Iara Martins Dourado

Revisores
Weber Marcos e Elke Maria Nogueira de Abreu

Editoração Eletrónica
Daniella Andrade Eguchi

Endereço para correspondência:


Hospital Universitário João de Barros Barreto/ Centro de Informações Toxicológicas
Rua dos Mundurucus, 4487 - Guamá
66.073-000 Belém-Pará-Brasil.

Catalogação Internacional na Publicação - CIP


Bibliote cária Vera Lúcia dos Santos Carvalho CRB-2/ 176

Pardal, Pedro Pereira de Oliveira.


Acidentes por animais peçonhentos: manual de rotinas/ Pedro Pereira de Oliveira Pardal,
Maria Apolonia da Costa Gadelha - Belém : SESPA - Secretaria de Estado de Saúde Pública
d o Pará, 2022.

1. Animais venenosos. 2. Acidentes por animais peçonhentos.


1. Gadelha, Maria Apolônia da Costa. li. Título.
CDD- 591 .69

É p11rmltlda a r11produção total ou parcial d11st11 manual, d11Sd11 qu11 citada a font11.
Distribuição gratuita
AGRADECIMENTO

Ao GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ através da


SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE pela
Coordenação de Vigilância em Saúde e
Departamento de Controle de Endemias, GT-
Zoonoses, no patrocínio da publicação deste manual
de rotinas, demonstrando assim sua vocação pelo
interesse social da nossa região, já que o manual é
dirigido para os profissionais de saúde da região
amazônica, objetivando a melhoria no manejo dos
acidentados por animais peçonhentos.

Em memória, o Dr. Reynaldo José da Silva Lima,


Médico Veterinário que foi um grande entusiasta na
produção da primeira e segunda versão deste
manual.

À Zuleide Nascimento de Souza e Cláudia Cristina


da Costa Ericeira, pela colaboração na digitação
deste manual.
SUMÁRIO

1. Introdução
03
2. Distribuição espacia l dos acident es por animais peçonh entos no estado do Pará
04
2.1 . Distribuição Espacial dos Aciden tes por Bothrops (Jararaca)
04
2.2. Distribuição Espacial dos Aciden tes por Lachesis (Sururucu)
. - - 04
2.3. Distribuição Espacial dos Aciden tes porCrotalus(Cascavel)
05
2.4. Distribuição Espacial dos Acidentes por Micrurus (Coral verdadeira)
05
2.5. Distribuição Espacial dos Acidentes por Escorpiões
06
2.6. Distribuição Espacial dosAcidentes_po~ Aranhas
06
3.Acid entes Ofídicos
07
3.1 Condut as para identificação das serpent es
07
3.2 Condut as quando o pacient e não trouxer a serpen te
09
3.3 Aciden te por Bothrops (Jararaca)
11
3.4 Aciden te por Lachesis (Surucucu)
13
3.5 Aciden te por Crotalus (Cascavel)
3.6 Aciden te por Micrurus (Coral}
17
4.Aspe ctos clínicos dos acident es ofídicos
19
5. Acidentes por acident es por escorpi ões
6.Acide ntes por aranhas
23
6.1 Aranhas que prÕduzem acident es de interesse médico
23
6.1.1.A cidente s por Phoneutria (Armadeira)
23
6.1.2.A cidente s por Loxosceles (Aranha-Marrom)
25
6.1.3.A cidente s por Latrodectus (Viúva-Negra)
27
6.2 Aranhas que produz em acident es destituídos de interesse médico _
28
6.2.1.A cidente s por Lycosa e por Caranguejeira
28
7. Aciden tes por centop eias ou lacraias
29
a.Acide ntes por abelhas , vespas, maribo ndos ou cabas
30
9 .Aciden tes por coleópt eros (potó)
31
1 O. Aciden tes por lagartas urticantes
32
11 .Aciden tes por Pararama
33
12.Aci dentes por Lonomia (lagart as que causam hemorragias)
34
13.Acidentes por Cnidários (Água-viva, caravela ou medusa )
35
14.Acid entes por peixes de águas fluviais
- 36
14.1. Peixes conside rados peçonh entos
36
14.2. Peixes que produz em acident es traumáticos
37
15.Asp ectos clínicos dos acident es por outros animais
38
16. Bibliografia consult ada
40
'\
l
'

1. INTRODUÇÃO

A disposição geográfica do Estado do Pará, seu clima "tropical" (quente-úmido),


está
enqua drada na formação de "floresta tropical pluvial", forma da por mata de
terra
firme e mata de várzea, favore cendo a proliferação e manut enção de espéci
es
forma ndo uma das mais complexas biodiv ersida des do planet a.

O ser human o na região convive consta nteme nte com espéci es naturais em
seu
habitat, o que pode ser nocivo a sua saúde.

Os aciden tes por animais peçon hentos são consid erados um proble ma de
saúde
pública no Brasil, em virtude do elevad o número de pessoa s envolv idas anualm
E=· te,
pela gravid ade e complicações que podem aprese ntar.

Em decorr ência das dimen sões territoriais da Amazônia e ausênc ia de profiss


ionr s
de saúde em diversos municípios, os primeiros socorr os muitas vezes são realiza
d~s
por pessoa s não habilitadas que praticam um verdad eiró festival folclórico
no
atendi mento às vitimas.

Objeti vando tornar mais pratico o manejo do açiclentado por animais peçon hentos
,
por parte dos profissionais de saúde, este manual de rotinas não preten de substit
uir
as orient ações dos Manuais do Ministério da Saúde , nem esgota r os assunt
os
aborda dos.

[ 03
2. DISl" RIBU IÇÃO ESPACIAL DOS ACIDENTES
POR ANIM AIS PEÇONHENTOS NO ESTADO DO
PAR Á- PERÍ ODO : 2016 A 2021 ·
1
2.1, DISTfUBUIÇÃO ESPACIAi. DOS ACIDENTES POR BOTHR OPS
(JARAAACA)

fnqualdl
D 11614s
- 145-1285
- 285-1424
- 424-1564
- 564-1704

2.2. DISTRI BUIÇÃO ESPACIAL DOS ACIDENTES POR LACHES IS -


(SURUC UCU)

F~
D 11612
- 12-423
- 23-t35
-
-

04
NT ES
2. DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO S AC IDE
DO DO
POR AN IM AIS PE ÇO NH EN TO S NO ES TA
PA RÁ - PE RÍO DO : 20 16 A 20 21
r'
!1
ENTES POR CROTALUS
2.3. DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ACID
(CASCAVEL)

F'9QUencia
D ate1
151 144
- 4410
- 1044 3
Foto: Giuseppe Puorto . fB

ENTES POR MIC RUR US


2.4. DIS TRIB UIÇ ÃO ESPACIAL DOS ACID
(CO RAL VER DAD EIRA )

FNQUellcil
1161
- t-U

os
2. DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ACIDENTES
POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO ESTADO DO
PARÁ - PERÍODO: 2016 A 2021

2.5. DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ACIDENTES POR ESCORPIÕES.

Frequencil
D até 143
D 143-1285
m 285-1427
- 427-1569
- 569-1711 Foto: Giusep~ Puorto · 18

2.6. DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ACIDENTES POR ARANHAS .

Frequencil
D até14
D 14--421
Ili) 27--4 39
- 39-152
- 52--485
Foto: Flávio Pimenta

06
3. ACIDENTES OFÍDICOS
s ofídicos e
No Brasil, os acidentes por serpentes peçonhe ntas são denomin ados acidente
u), Crotalus
são causados por espécies dos gêneros Bothrops (jararaca), Lachesis (surucuc

(cascavel) e Micrurus (coral).

3.1. CONDUTAS PARA IDENTIFICAÇÃO DAS SERPENTES

Observar
Fosseta loreal
(Fig. 1)

r--- ---.. r
PRESENTE
.I AUSENTE

,/ J, V,,
Cauda Cauda Com
Cauda com Anéis coloridos
com Sem
com escamas escamas (Preto, branco, Anéis coloridos
chocalho lisas eriçadas vermelho,
(Fig. 2) (Fig. 3) (Fig. 4) amarelo) J

J, J, J, J, J,
Bothrops Lachesis Não peçonhe nta
Observa r (Jibóia, Sucurijú, Cobra
Crotalus (Jararaca, (Surucucu, 1
Diâmetro d'água, Cobra cipó
(Cascavel) Combóia, Surucucu
dos olhos Muçurana
1
Surucucurana) pico de jaca)

Olhos com diâmetro Olhos com diâmetro


igual ou menor que a maior que a distância
distância entre o olho entre o olho e a
e a abertura bucal abertura bucal
(Fig. 5) (Fig. 6)

J,
Coral verdadei ra Falsa Coral
Micrurus (Não peçonhenta)
(Peçonhenta)

1 - Existem relatos de acidentes levando ao aparecimento de dor e edema.

07
3. ACIDENTES OFÍDICOS

Fig.1 • Fosseta loreal


Fosseta loreal é o orifício localizado entre a narina e o olho,
encontrado nas jararacas, surucucus e cascavéis.

Fig.2: Cauda cascavel


Observar o guiso ou chocalho

Fig.3 - Cauda Jararaca


Aspecto uniforme, liso ao tato.

Fig.4 - Cauda Surucucu


Aspecto eriçado na parte ventral, áspera ao tato.

Fig.5 - Coral verdadeira


Olho com diâmetro menor ou igual à distância entre o olho e a
abertura bucal.
Foto: Darlan Tavares- MPEG.

Fig.6 - Falsa coral


Olho com diâmetro maior que a distância entre o olho e a
abertura bucal.
Foto: Darlan Tavares-MPEG.

08
.. ,,
- ouXER A SERPENTE
3.2. CONDUTAS QUANDO O PACIENTE NAO TR

3.2.1. Acidente com dor e edema

Quando o paciente não trouxer a serpente e


apresenta dor local, edema local e/ou
ascendente, com ou sem sangramento e
bolhas, suspeitar de acidente por Bothrops
(jararaca) ou Lachesis (surucucu).
Fig. 7 - Acidente por Bothrops Foto: Li/iam Rodrigues . UFPA

Vítima com dor local, edema


local e/ou ascendente, com ou
sem sangramento e bolhas.

Suspeitar de: Ja raraca ou Surucucu


Perguntar se o acidente ocorreu em:

Floresta secundária Floresta primária


(capoeira, roçado, campo, (mata virgem)
lugares abertos, quintal ou a
cobra estava no topo da árvore}
(Suspeitar de Jararaca}
Acidente provocado por
jararaca ou surucucu

Sem sintomas Com sintomas vagais:


vagais Diarréia, dor abdominal 1

hipotensão arteria l, bradica rdia

Acidente por jararaca


Acidente por Surucucu
(Vide pág. 11 )
(Vide pág. 13)

09
...

..PÃRÃ
.. ., ..
3.2. CONDUTAS QUANDO O PACIENTE NÃO TROUXER A SERPENTE

3.2.2. Acidente com fácies neurotóxica, sem dor e edema


local

Quando a vítima não trouxer a serpente, mas apresenta


fácies neurotóxica (ptose palpebral bilateral,
oftalmoplegia) e parestesia local, sem dor e edema,
suspeitar de acidente por Crotalus (cascavel) ou por
Micrurus (coral).

Rg. 8 -Aspecto de fádes neurot6xl~.

Presença de fácies neurotóxica


e parestesia local, sem dor
e edema local

w
Suspeitar de: Cascavel ou Coral verdadeira.
Perguntar sobre:

Presença de: Ausência de:


Mialgias, urina cor _d~ café, Mialgias, urina cor de café,
oligúria ou anuna oligúria ou anúria

Acidente por Acidente por


Cascavel Coral verdadeira
(Vide pág. 15) (Vide pãg. 17)

10
,,,

3.3. ACIDENTES POR BOTHROPS (JARARACA)

As serpentes do gênero Bothrops, além de


apresentare m fosseta loreal, possuem a cauda
lisa e estão distribuídas em todo território
brasileiro, sendo responsáveis pela maioria dos
acidentes na região Amazônic a; são
conhecida s pelos nomes de jararaca,
surucucurana, combóia e até de surucucu.
Fig. 9- Bothrops atrox

Acidente por Bothrops (Jararaca}

,I
Acidente grave
Acidente leve Acidente moderado

J,
Dor local.
J,
Dor local.
J ---------~-
Sintomas do modera(:,:.
Edema local. acrescido de:
Edema local.
Sangramento local. Edema ascendente.
Sangramento local. Edema local e
TC (Tempo de
Sangramento sistêmico. ascendente intenso.
coagulação} normal
ou alterado. TC (tempo de coagulação} Bolhas, necroses.
normal ou alterado. Sangrament o sistêmic..:
abundante.
Choque.
Oligúria, anúria.
IRA (Insuficiência rena l
aguda).
TC normal ou alterado.

,, 'I ,,
Soro antibotr6pico
Soro antibotrópico (pentavalente) 2 Soro antibotrópi co
(pentavalente)2 6 ampolas (4-8 ampolas) (pentavalen te) 2
3 amoolas (2- 4 ampolas} 12 ampolas

',
2 - Princípios da Soroterapia: A dosagem depende da g 'd d d .
50 a 100 mi de solução glicosada, em gotejamento, 30 :ot:s/:~~~den_te. O soro deverá ser dado puro ou diluído em
gestantes. A dosagem para crianças é a mesma que para os adultos. to, intravenoso. Não existe contra-indicação para

11
Exames laboratoriais

'I
Hemogra ma
TC-Tem po de
Coagulaç ão ou Tempo de
Trombop lastina Parcial
Ativada (TIPA)
(obrigató rio)
Plaqueta s
Uréia e Creatinin a
Urina EAS

J,
Tratamento inespecífico

J,
Internar o paciente e nunca dar alta hospitalar antes de 24 horas da soroterap ia.
Garantir um bom acesso venoso.
Membro acidentad o deve ficar estendido e elevado em torno de 45º.
Não garrotear, não fazer cortes, não sugar o local da picada.
Limpeza local com antisséptico.
Não romper as bolhas.
Verificar a pressão arterial.
Controlar o volume urinário.
Analgésico, para alívio da dor.
Usar sintomáti cos (antiemét icos e outros, se necessário).
Não há indicação do uso de anti inflamatório
Realizar prevençã o contra o tétano.

O uso de antibióticos deverá ser indicado quando houver evidência de infecção. Quando
indicado, realizar antibióticos contra bactérias Gram ( + ), Gram (·) e anaeróbio s.

Manter o paciente hidratado, com diurese entre 30 e 40 mi/hora (adulto) e 1 a 2 mi/kg/ho


ra
(crianças).

Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administr ação da soroterap


ia,
para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendime nto imediato,
se necessári o.

Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterap ia (tentativa de minimizar os efeitos


de
hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina (Fenergan ): Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Hidrocortisona (Solu-Cortefl: Dose 1 Omg/kg, no máximo 1000 mg, endoveno so.

Observação: A pré-medi cação não é requisito obrigatór io para excluir


a presença do
profissional de saúde durante a soroterap ia, assim como para a administr ação do antivenen
o.

12
3.4 ACIDENTES POR LACHESIS (SURUCUCU)

As serpentes do gênero Lachesis, além de


apresentarem fosseta loreal, possuem a cauda
com escamas eriçadas e são encontradas
apenas em áreas de florestas primárias. Na
Amazônia são conhecidas pela denominação
de surucucu, surucucu verdadeira ou surucucu
pico de jaca. O seu acidente é incomum.

Fig. 10 - Lachesis muta muta (Foto: Giuseppe Puorto • IBJ

Acidentes por Lachesis (Surucucu)

Acidente moderado Acidente grave

Dor local.
Edema local.
Edema ascendente.
Dor local.
Edema local.
Edema ascendente intenso.
l
1
Hemorragia local. Hemorragia local.
Hemorragia sistêmica. Bolhas, necrose local.
Sintomas vagais: Hemorragia sistêmica intens.::
• Diarréia. Choque hipovolêmico.
• Dor abdominal (cólicas). Sintomas vagais:
• Bradicardia. • Dor abdominal.
• TC normal ou alterado. • Diarréia.
• Bradicardia.
• Hipotensão, choque.
TC alterado.

Soro antibotrópico Soro antibotrópico


(pentavalente) e (pentavalente) e
antilaquético 3 antilaquético
10 ampolas 20 ampolas

3 · Princípios da soroterapia semelhantes aos vistos nos acidentes por Bothrops.

13
--
1

Exames laboratoriais

'I

Hemograma
TC-Tempo de
Coagulação ou Tempo de
Tromboplastina Ativada
(TTPA) (obrigatório)
Plaquetas
Creatinina
Uréia
Urina EAS

J,
Tratamento inespecífico

Internar o paciente e nunca dar alta hospitalar antes de 24 horas da soroterapia.


Garantir um bom acesso venoso.
Membro acidentado deve ficar estendido e elevado em torno de 45º.
Não garrotear, não fazer cortes, não sugar o local da picada.
Limpeza local com antisséptico.
Não romper as bolhas.
Verificar a pressão arterial.
Controlar o volume urinário.
Analgésico, para alívio da dor.
Usar sintomáticos (antieméticos e outros, se necessário).
Não há indicação do uso de anti inflamatório
Realizar prevenção contra o tétano.

O uso de antibióticos deverá ser indicado quando houver evidência de infecção. Quando
indicado, realizar antibióticos contra bactérias Gram (+ ), Gram (-) e anaeróbios.

Manter o paciente hidratado, com diurese entre 30 e 40 mi/hora (adulto) e 1 a 2 mi/kg/hora


(crianças).

Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da soroterapia,


para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o atendimento imediato,
se necessário.

Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos de


hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina (Fenergan): Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Hidrocortisona (Solu-Cortefl: Dose 1 Omg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.

Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do


profissional de saúde durante a soroterapia, assim como para a administração do antiveneno.

14
3.5. ACIDENTES POR CROTALUS (CASCAVEL)

As serpentes do gênero Crotalus, além de


apresentarem fosseta loreal, possuem na cauda
um chocalho ou guizo. Na Amazônia são
encontradas em algumas regiões dos Estados
do Pará (Ilha de Marajó, Santarém e sul do Pará),
Amapá e Roraima.

F/g.11 -Trõiãlus sp. (Foto:Giuseppe Puorto -18)

Acidente por Crota/us (Cascavel)

J,
Acidente moderado
--"'..aa-----
Acidente grave
Acidente leve
'-----~-- ---,---
--------------~
Sem dor e edema local.
Sem dor e edema local. Sem dor e edema local.
Parestesia local. Parestesia local. Parestesia local.
Fácies neurotóxica Fácies neurotóxica (ptose Prostração, sonolência.
ausente ou tardia. palpebral bilateral) Vômitos.
Visão turva ausente ou discreta ou evidente. Secura da boca.
tardia. Visão turva discreta ou Mialgia intensa.
Mialgia ausente. evidente. Fácies neurotóxica
Sem alterações urinárias. Mialgia discreta. evidente:
TC normal ou alterado Urina pode apresentar cor • Ptose palpebral
vermelha ou escura. bilateral.
Ausência de oligúria ou • Oftalmoplegia.
anúria. • Visão escura.
TC normal ou alterado. Diplopia.
Urina cor de café ou
vermelha.
Oligúria, anúria,
insuficiência renal aguda.

', ' I ' I

Soro anticrotálico 4 Soro anticrotálico 4 Soro anticrotálico 4


5 ampolas 10 ampolas 20 ampolas

4 - Princípios da soroterapia semelhantes aos vistos nos acidentes por Bothrops

15
PÃRÃ
....... .....

Exames laboratoriais

''
Hemograma, Urina EAS
AST - {Aspartase aminotransferase)
CPK (Creatinofosfoquinase)
DHL {Desidrogenase lática)
TC {Tempo de Coagulação) ou TIPA
Uréia, Creatinina e Potássio.
Gasometria

'I

Tratamento inespecífico

Internar o paciente e nunca dar alta hospitalar antes de 24 horas da soroterapia.


Garantir um bom acesso venoso.
Limpeza local com antisséptico.
Verificar a pressão arterial.
Controlar o volume urinário.
Usar sintomáticos {antieméticos e outros, se necessário).
Realizar prevenção contra o tétano.

Hidratação adequada para prevenir a IRA, manter o fluxo urinário: 1 a 2 mi/kg/hora, na


criança. No adulto: 30 a 40 mi/hora.
pH urinário deve ser mantido acima de 6,5: administrar bicarbonato de sódio e monitorar
por gasometria.
Diuréticos: manitol a 20% (5 mi/kg na criança e 100 mi no adulto), caso persista a oligúria,
administrarfurosemida (1 mg/kg/dose, na criança, e 40 mg/dose, no adulto).
Diálise peritoneal: quando com as medidas acima não houver resposta.

Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da


soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o
atendimento imediato, se necessário.

Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos


de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina (Fenergan): Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Hidrocortisona (Solu-Cortef}: Dose 1Omg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.

Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do


profissional de saúde durante a soroterapia, assim como para a administração do
antiveneno.

16
3.6. ACIDENTES POR MICRURUS E LEPTOMICRURUS {CORAL)

As serpentes da família Elapidae são


peçonhentas. No Brasil encontramos somente o
gênero Micrurus. São as denominadas coral ou
coral verdadeira. Na Amazônia seu acidente é
raro.
De maneira geral, deve sempre ser considerado
como um acidente potencialmente grave, pelo
risco do desenvolvimento de paralisia Fig. 12 - Micrurus surinamensis · Foto: Darlan Tavares. MPEG
respiratória.

Acidente por Micrurus (Coral)

Acidente leve Acidente moderado Acidente grave

------------ -
Manifestações locais do
Presença de parestesia Manifestações locais do
local; leve, acrescidos de: leve e moderado,
Com ou sem dor local de Miastenia aguda como acrescidos de:
intensidade variável e ptose mandibular e fácies Sinais de fraqueza
com ou sem irradiação; neurotóxica (ptose muscular intensa e
Com ou sem edema local palpebral e paralisia evidentes corn
discreto; oftalmoplegia); dificuldade para caminl-
Eritema local. Visão escura e diplc:>pia; e fácies neurotóxica
Sem manifestações de Fraqueza e dimiru,.1ição dê (ptose palpebral bilater<
miastenia força muscular, por~ffl oftalmoplegia, Visão
sem sinais de l?ªffllisia. escura, diplopia);
Disfagia, salivação;
Insuficiência respiratória
de instalação precoce.
Apnéia.

',
Sintomático e suporte
1 ,
',
clínico. 5
SorQ a11tlelapídico (bivalente}
Obrigatório: Observação No moderado 5 e no grave 1 O ampolas
clínica por pelo menos Sintomáticos e suporte clínico;
24 horas. Assistência ventilatória nos casos de insuficiência respiratória;
Considerar a soroterapia Considerar teste terapêutico com neostigmina IV,
caso o paciente evolua precedido de atropina IV.
com sinais de miastenia

5 - Princípios da soroterapia semelhantes aos vistos nos acidentes por Bothrops

17
Exames laboratoriais
(Não são necessários)

' I

Tratamento inespecífico

Internar Q paçiente de preferência em UTI e nunca dar alta hospitalar antes de 24 horas da
soroterapia.
Garantir um bom acessp venoso.
Limpeza local com anti~séptico.
Verificar a pressão arterial.
Usar sintomáticos (arJtieméticos f] outros, se necessário).
Realizar prevenção çontra o tétano.

Manter paciente adequadamente ventilado: máscara e embu, intubação traqueal e embu


ou ventilação mecânh::a.
Teste da neostigmine; aplicar O,OSmg/kg, em criança, ou 1 ampola no adulto, endovenoso.
Se houver melhora imediata do quadro neurológico, continuar aplicando neostigmine.
Terapêutica de manutenção do neostigmine: 0,05 a O, 1 mg/kg, a cada 4 horas ou intervalos
menores, endovenos~, sempre precedido da administração de atropina: 0,05 mg/kg, na
criança, e no adulto 0,5 mg, endovenoso.

Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da


soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o
atendimento imediato, se necessário.

Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos


de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina (Fenerganl: Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Hidrocortisona (Solu-Cortefl: Dose 1 Omg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.

Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do


profissional de saúde durante a soroterapia, assim como para a administração do
antiveneno.

18
,
.
~ '-
..

4. ASPECTOS CLÍNIC OS DOS ACIDE NTES OFIDI COS ...

4.1. ACIDENTES POR BOTHROPS (JARARACA)

Fig. 14 -Gengivorragia
Fig. 13 • Edema local eascendente

Fig. 15 •Sangramento local Fig. 16- Equimose


Foto: Reynaldo Lima -SESPA

Fig. 17 - Acidente vascular cerebral. Foto Pedro Pardal

19
-:-----------~E~~-r~.rn;~.,:;..,.,::;..,=,""":,~,.;;;..;:;..;;::~::==;;;;::;::;;;M~,~~m,-~-----_- -~
·---~--

4. ASPECTOS CLÍNICOS DOS ACIDENTES OFÍDICOS


4.2. ACIDENTES POR LACHESIS (SURUCUCU)

Fig. 19 - Edema, necrose


Foto: lgor Corrêa - CIT-Belém Fig. 20 - Sangramento local e distância da abertura bucal

4.3. ACIDENTES POR CROTALUS (CASCAVEL)

Fig. 21 - Fácies neurot6xica Fig. 22 •Colúria

4.4. ACIDENTES POR MICRURUS (CORAL VERDADEI~ )

Fig. 23 - Fácies neurot6xlca

20
5. ACIDENTES POR ESCORPIÕES
Os escorpiões são chamados vulgarmente de
lacraus e seus acidentes são freqüentes e de
gravidade variável. Na Amazônia, os acidentes
são causados principalmente pelas espécies:
Tityus obscurus, Tityus silvestris e Tityus
metuendus.

6
Acidente por Escorpião

,/
Acidente leve
J,
Acidente moderado
"'
Acidente grave

J, J, 'V
Dor local e/ou parestesia
Dor local. Dor local.
Náuseas
Parestesia local Edema local discreto
Vômitos incoercíveis
Edema local discreto. Parestesia local
Sudorese, sialorréia

-
Sudorese local discreta. Náuseas
Vômitos ocasionais
Sudorese sistêmica
- Agitação ou prostração
Sonolência
Agitação Hipotermia ou hipertermia
Sialorréia Hipotensão ou hipertensão
Taquipnéia Taquicardia, dispnéia
Arritmias, ICC (insuficiência
cardíaca congestiva)
Edema agudo do pulmão,
', ' li choque
Confusão mental
Sintomáticos Soro
Convulsão, coma
Observar por 6 - 12h antiescorpiônico ou
Soro antiaracnídico
3 ampolas
(2 - 4 ampolas)
',
Soro
Algumas regiões do Parã pode haver ainda: antiescorpiônico ou
Mioclonias (contraturas musculares) que a vítima ..... Soro antiaracnídico
refere como "sensação de choque elétrico pelo 6 ampolas
corpo". Disartria, Dismetria e Ataxia de marcha. ..... (4- 8 ampolas)

· graves.
6 - Os acidentes em menores de 14 anos e idosos são potenc,·almente mais

21
r
Exames laboratoriais
No acidente por escorpiões
Moderado e grave.

Eletrocardiograma
RX do tórax
Glicemia
Amilasemia
Hemograma
Dosagem K(potássio) e Na (sódio)
CPK - creatinofosfoquinase
AST - (Aspartase aminotransferase).
Urina EAS
Uréia e Creatinina.

',
11 Tratamento inespecífico
li

Observar pressão arterial e temperatura.

Ausculta cardíaca.

Manter as funções vitais.

Corrigir o distúrbio hidroeletrolítico, quando necessário.

Alívio da dor: Dipirona: 1 Omg/kg, cada 6 horas e/ou Anestésico local a 2%, sem adrenalina.

Crianças: 1-2 mi.Adulto: 3-4 mi. Repetiraté3vezes,co m intervalosde90 minutos.

Antiemético, quando necessário.

Atropina 0,01 a 0,02 mg/kg: na bradicardia sinusal associada a baixo débito cardíaco e
bloqueioAV(átrio-ve ntricular)total.

Nifedipina sub-lingual 0,5 mg/kg: na hipertensão arterial, associada ou não a edema agudo
do pulmão.

Tratamento convencional: no edema agudo do pulmão, choque ou insuficiência cardíaca


congestiva.

Nas mioclonias: benzodiazepínicos.

22
6. ACIDENTES POR ARAN HAS
o Brasil possui 3 gêneros de aranhas de
interesse médico e que podem causar
acidentes graves: Phoneutria, Loxoscele s e
Latrodectus.

6.1. ARANHAS QUE PRODUZ EM


ACIDENTES DE INTERESSE MÉDICO
Fig. 25 - Phoneutria reidyi - Foto: Flávio Pimenta

6.1.1 . ACIDENTES POR PHONEUTR/A (ARMADEIRA)

A Phoneutria mede 3-4 cm de corpo, sem as pernas. É pouco peluda e conhecid a como
s
armadeira . É agressiva, ataca pulando sobre a vítima. Encontrad a em gramados, bananeira
etc.
7
Acidente por Phoneutria

,/ J,
Clínica local e sistêmica
Clínica só local (Presença de 1 ou mais sintomas /sinais)

', ,,
',
Acidente moderad o Acident e grave
Acidente leve

'V '1,
Sintomas do moderado ,
Dor local Dor local.
acrescidos de:
Edema local discreto Edema local discreto.
Vômitos intensos
Eritema local Eritema
Convulsões
Sudorese
Bradicardia
Vômitos ocasionais
Hipotensão, choque
Agitação, taquicardia
Coma
Visão turva
Dispnéia
Sialorréia
Arritmias, insuficiência
Hipertensão
cardíaca
Priapismo
Edema agudo de pulmão

'I
J, J,
Sintomáticos Soro antlaracnídico Soro antiaracnídico
Observar crianças e idosos (Loxosceles, Phoneutria e Tityus) Loxosceles, Phoneutria e Tityus)
por 6 a 12 horas 3 ampolas (2- 4 ampolas) 6 ampolas (5- 1 Oampolas)

7 - Nos menores de 14 anos e idosos, os acidentes são potencialmente mais graves.

23
Exames laboratoriais
(Moderado e grave)

'I

Hemograma
Glicemia
Gasometria
Eletrocardiograma

1 ,

Tratamento inespecífico

Internar o paciente e nunca dar alta hospitalar antes de 24 horas da soroterapia.


Garantir um bom acesso venoso.
Verificar a pressão arterial.
Controlar o volume urinário.
Usar sintomáticos (antieméticos e outros, se necessário).

Dor: Dipirona 1 Omg/kg, cada 6 horas e/ou ...


Anestésico local a 2%, sem adrenalina: criança: 1 - 2 mi; adulto: 3 - 4 mi. Repetir até 3 vezes,
com intervalos de 90 minutos, e/ou ...
Meperidina (Dolantina): Criança: 1 mg/kg/dose, IM.Adulto: 50-100 mg, IM.
Antiemético, quando necessário.
Tratamento convencional: arritmias, ICC, edema agudo do pulmão etc.

Manter um profissional de saúde ao lado do paciente, durante a administração da


soroterapia, para detectar reações de hipersensibilidade (reação alérgica) e prestar o
atendimento imediato, se necessário.

Pré-medicação realizada 20 minutos antes da soroterapia (tentativa de minimizar os efeitos


de hipersensibilidade). Prescrever:
Prometazina (Fenergan): Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Hidrocortisona (Solu-Cortefl: Dose 1Omg/kg, no máximo 1000 mg, endovenoso.

Observação: A pré-medicação não é requisito obrigatório para excluir a presença do


profissional de saúde durante a soroterapia, assim como para a administração do
antiveneno.

24
6.1 .2. ACIDENTES POR LOXOSCELES (ARANHA-MARROM)

As Loxosceles medem 1 cm de corpo sem as


pernas. São conhecidas como "aranha-
marrom". Podem ser encontradas nas roupas,
sapatos e atrás de móveis.

Fig. 26 - Loxosceles sp - Foto: Sílvia Marlene Lucas - 18

Acidente por Loxosce/es

J, J,
Clínica local Clínica local e sistêmica
(Lesão Cutânea) (Cutânea hemolítica)

J, J, J,
Acidente leve Acidente moderado Acidente grave

Presença de eritema, prurido, Lesão local do leve, acrescida de Lesão local pode estar presente,
bolha de conteúdo seroso equimose e exantema, palidez, placa com o comprometimento do
com ou sem enduração e dor marmórea e necrose (após dias). estado geral.
de pequena intensidade. Com ou sem comprometimento do Esta gravidade é definida pela
Sem comprometimento do estado geral. presença de Hemólise levando à
estado geral Pode ocorrer febre, prurido, náuseas e anemia, palidez e icterícia,
vômitos discretos. devendo ser confirmada por
Sem sinal de hemólise. exames laboratoriais.
Acidente Moderado: Pode ocorrer vômitos intensos,
a placa marmórea é< 3 cm. mialgias, visão turva, sonolência,
Acidente grave: obnubilação, oligúria, anúria e
a placa marmórea é > 3 cm, coma

', J, l
Sintomáticos Sintomáticos
Analgésico, anti-histamínico, Analgésico, anti-histamínico, Sintomáticos e suporte dínico
corticóíde tópico Hidratação adequada para boa
corticóide tópico
Moderado: perfusão renal
Observar por 72 horas Prednisona: máximo 40
Prednísona: máximo 40 mg/dia por 5
dias. mg/dia por 7 dias.
Adulto: 40 mg/dia Adulto: 40 mg/dia
Criança: 0,5-1 mg/kg/dia Criança: 0,5-1 mg/kg/dia
Grave:
Sintomáticos e Prednisona 7 dias (ver Soro antlaracnídico:
acima) 1Oampolas intravenoso
Soro antiaracnfdlco: 05 ampolas
intravenoso

Fonte: Ofício Circular n 02-2014 - CGDT/DEVIT/SVS/MS

25
Exames laboratoriais
(Mode rado e grave)

Hemogr ama
Plaquetas
Reticu lócitos
Coagulo grama
Transaminases
Bilirrubinas
K,Na
Uréia, creatinina
Urina EAS

' I

Tratamento inespecífico

Dor: Dipiron a 1Omg/kg/ dose.


Compressa de gelo.
Antissé ptico local.
Prednisona: Adulto: 40 mg/dia . Criança: 1 mg/kg/ dia, por 5 dias, via oral.
Na úlcera: Compressa de perman ganato de potássio 1/40000 (1 comp.
/ 4 litros de
água), por 1O minutos.
Proced imento cirúrgic o: remoção da escara.
Medida s convencionais na IRA(insuficiência renal aguda).

Manter um profissional de saúde ao lado do pacient e, durante a adminis


tração da
soroter apia para detecta r reações de hiperse nsibilid ade (reação alérgica
) e prestar
o atendim ento imediat o, se necessário.

Pré-me dicação realizada 20 minutos antes da soroter apia (tentati va de


minimiz ar os
efeitos de hiperse nsibilid ade). Prescrever:
Prometazina (Fenergan}: Dose 0,5 mg/kg, no máximo 25 mg, intramuscular.
Hidroco rtisona (Solu-Cortef}: Dose 1Omg/kg, no máximo 1000 mg, endove
noso.

Observação: A pré-me dicação não é requisit o obrigat ório para excluir


a presenç a
do profissi onal de saúde durante a soroterapia, assim como para a adminis
tração
do antiven eno.

26
6.1.3. ACIDENTES POR LATRODECTUS (VIÚVA-N EGRA)

A Latrode ctus mede 1 cm de corpo, com


abdome globoso e um desenho colorido no
ventre. É conhecid a como "viúva-n egra".

Fig. 27 - Latrodectus sp. • Foto: Si/via Marlene Lucas· 18

Acidente por Latrodectus


,/
Acidente leve Acidente moderado
'1,
"'
Acidente grave

J, J, J,
Sintomas do leve, acrescidos de: Sintomas do moderado ,
Dor local
Dor abdomina l acrescido s de:
Edema discreto
Sudorese generaliza da Taquicardia ou bradicard ia
Sudorese local
Ansiedade ou agitação Dispnéia
Dor nos membros
Mialgias Náuseas e vômitos
Parestesias
Tremores Dificuldades de deambula r Priapismo
Cefaléia e tonturas Retenção urinária
Contratur as
Hipertermia Fácies latrodectí smica

'V 'V 'V


Soro antilatrodéctico Soro antilatrodéctico
Sintomáticos (Não encontrado no país) (Não encontra do no país)
Observação 1 ampola, IM 2 ampolas , IM

.J,
Exames laboratoriais

',
Benzodiazepínicos: Hemogra ma
Adultos: 5 - 1O mg. Glicemia
Crianças: 1 - 2 mg/dose, IV, de 4/4 horas, se Urina EAS
necessário. Eletroca rdiogram a
Gluconato de cálcio a 10%:
Adultos: 1O-20ml.
Crianças: 1 mg/kg., IV, de 4/4 horas, se necessário .
Clorpromazina:
Adultos: 25 - 50 mg, IM ''
Tratamento inespecí fico
Crianças: 0,55 mg/kg/dos e, IM, de 8/8 horas

27
6.2. ARANHAS QUE PRODUZEM ACIDENTES DESTITUI DOS DE
INTERESSE MÉDICO

Fig. 28 - Lycosa sp. · Foto: Si/via Marlene Lu~ Fig. 29 - Caranguejeira

6.2.1. ACIDENTES POR LYCOSA E POR CARANGUEJEIRA

A Lycosa mede 3 cm de corpo, sem as pernas e exibe um desenho de seta no dorso do


abdome. As aranhas caranguejeiras possuem vários tamanhos, mas são sempre pilosas.

Acidente por Lycosa Acidente por Caranguejera

J, J,
Acidente leve Acidente leve

'I 'I

Discreta dor local Prurido local


Urticária local

\, j
Lavar o local com
6gua • sabio
Slntom6tlcos

28
pn,
PÃRÃ
... ·········
7.ACIDENT ES POR CENTOPÉIAS OU LACRAIAS
Centopéias ou lacraias são Miriápodes e seus acidentes são destituídos de maior
importância médica.

Fig. 30 -Centopéia

Centopéia ou Lacraia

'I
Dor local
Eritema
Edema discreto

' 1,/
1(

Tratamento
11

'I

Não existe antídoto


Compressas quentes no local
Analgésicos e/ou ...
Anestésico sem adrenalina no local

29
8. ACIDENTES POR ABELHAS, VESPAS,
MARIMBONDOS OU CABAS
Abelhas (Apidae), vespas, marimbondos ou
cabas (Vespidae) são himenópteros de
importância médica que causam acidentes de
gravidade variada, podendo ocorrer óbito,
principalmente por abelhas "africanizadas".

Fig. 31 • Marimbondos

Acidentes por abelhas, vespas, marimbondos ou cabas


J,
Acidente leve Acidente moderado ou grave
J,
Dor local
Eritema Prurido generalizado ou no palato, faringe.
Prurido Urticária, rinite.
Edema Angioedema nos lábios, língua etc.
Náuseas, vômitos, dor abdominal, diarréia.
Rouquidão, dispnéia, bronco-espasmo.
Palpitações, arritmias.
Hemólise intravascular.
Rabdomiólise.
Oligúria, anúria, IRA.
Torpor, coma.
Hipotensão, choque, anafilaxia.

""" Tratamento ,Í

r
'

Não existe antídoto. O Antiveneno para abelha (soro eletrolítico e assistência respiratória, se
antiapílico) ainda está em fase de testes. necessário.
Obs: A gravidade do acidente depende do número Reação anafllátlca:
de ferroadas e da hipersensibilidade individual. Nos Adrenalina 1/1000: adulto 0,5 mi, SC; pode ser
casos em que acontecem centenas de ferroadas, há repetida 2 vezes, com intervalos de 1O minutos.
intoxicação. O soro antiapílico será justamente para Criança: 0,01 mi/kg/dose, SC, podendo ser
estes casos; repetido 2 vezes, com intervalo de 30 minutos.
Remoção dos ferrões: fazer raspagem com lâmina de Hidrocortizona: Adulto: 500-1000 mg, repetir
bisturi ou faca. Não retirar com pinças. cada 12 horas.
Analgésico no combate à dor. Corticoterapia tópica. Criança: 4 mg/kg, cada 6 horas.
Bronco-espasmo: aminofilina (3 a 5 mg/kg/dose). Prometazina: Adulto: 1 ampola de 25 mg, IM.
Correção do equilíbrio ácido-básico, hidra- Criança: 0,5 mg/kg, no máximo, 25 mg, IM.

30
9. ACIDENTES POR COLEÓPTEROS (POTÓ)

Potó (Paederus) é um pequeno besouro que


quando comprimido contra a pele humana,
libera uma substância, a pederina, de
propriedades cáusticas e vesicantes,
responsável por manifestações clínicas de
intensidade variável.

Fig. 32 - Paederus sp.

Acidente por Coleóptero (Potó)

' I

Acidente leve Acidente moderado Acidente grave

',
Ardor local Ardor local Os sintomas do
discreto Prurido moderado,
Eritema Eritema acrescidos de:
Lesão apresenta trajeto linear Vesículas e bolhas Febre
Mancha pigmentada Dor local
Lesão apresenta trajeto linear Artralgia
Vômitos
Lesão apresenta trajeto linear

Tratamento

Lavar o local com água corrente e sabão


Pincelar tintura de iodo
Compressa de permanganato de potássio
1/40000, nas lesões vesicopústulo-crostosas.
Corticoterapia local
Analgésico, se necessário.
Antibióticos, se necessário.

31
1O. ACIDENTES POR LAGARTAS URTICANTES
Lagartas ou taturanas são formas larvárias de mariposas e borboleta s (Lepidóptera) cujos
pelos ou cerdas possuem peçonhas capazes de produzir acidentes hemorrág icos (Lonomia)
ou não hemorrág icos (Megalopyge, Premo/is).

=-
Fig. 33 · Automeris sp. Foto: CIT de SantaCatarina •
Fig. 34. Poda/ia sp. Foto: CIT de Santa Catarina '

Aciden te por lagarta urticante

'1,
Dor local
Eritema
Edema
Prurido
Vesículas, bolhas
lnfartamen to ganglionar regional doloroso
Necrose na área de contato
-

'1,
Tratamento

' 1/

Lavar O local com água corrente e compressa s de água fria.


Analgésico s: aspirina, dipirona, paracetamo l.
Infiltração local com anestésico 2% sem adrenalina .
Corticotera pia local.

8 - http:/ /www.cit.sc.gov.br/inde x.php?p=identif-lagartas

32
11. ACIDENTES POR PARARAMA
Pararama é o nome vulgar da larva (lagarta ou taturana ) da maripos a Premo/is semirufa
,
encontra das nos seringais de cultivo da Amazônia Oriental. Suas cerdas são responsá
veis
pelo acidente , comum entre os trabalha dores da extração do látex.

Fig. 35 • Premo/is semirufa. Foto: Habib Fraiha Net;.üipA

Aciden te por Pararama


(Lagartas dos seringais)

',
Dor local
Prurido
Eritema
Edema discreto
Podendo levar a anquilose articular

'I
Tratamento

,,
Lavar o local com água corrente e compressa fria
Anti-histamínico oral
Creme de corticóid e local
Analgésico, se necessário.

33
12. ACIDENTES POR LONOMIA
(LAGARTAS QUE CAUSAM HEMORRAGIAS)

LONOMIA é um gênero de lagartas espinhosas


encontradas em certas árvores. O contato com as
cerdas dessas larvas produz um acidente
hemorrágico sistêmico, muitas vezes fatal. Na
Amazônia o acidente está relacionado,
principalmente, ao contato com seringueiras de
várzea.
fig. 36 - Lonomia ache/ous. Foto: Habib Fraiha Neto- UFPA

Acidente por LONOMIA - Lagartas que causam hemorragias 9

"'
V
Acidente leve Acidente moderado
-
"'
Acidente grave
J, J, -. J,
Manifestações locais: Dor em Manifestações locais do leve, Manifestações locais do
queimação, hiperemia, prurido e acrescidos de: 11
moderado, acrescidos de: _
raramente bolhas. Cefaléia, mal-estar geral, . • I•
Dores abdominais, mialgia,
Ausência de manifestações náuseas e vômitos, oliguria, anúria, IRA e
clín icas sistémicas Com alteração da coagulação manifestações hemorrágicas:
com ou sem manifestações equimose, hematúria, sangramento
hemorrágicas na pele em feridas recentes, hemorragias
e/ou em mucosas de mucosas (gengivorragia,
(gengivorragia, equimose, epistaxe, hematêmes e,
hematoma), hematúria e sem enterorragia), hemorragias intra-
alteração hemodinâmica articulares, abdominais,
- pulmonares, glandulares e
intraparenquimatosa cerebral ou
- - subaracnoídea. -.
- .
', ', J, -
Exames laboratoriais
Tempo de coagulação, tempo de protrombina, tem
po de tromboplastina parcial ativada

\V \V
Exames normais Exames alterados

\V \V
Ficar em observação. Realizar Sintomático e suporte da vida
exames 6 e 12 horas após acidente Soro Antilonomico: no moderado: 5 e grave 1O ampolas

..!, \V i Concentrado de hemácias para correção da anemia


(contra-indicado sangue total ou plasma fresco)

- Normal Alterado
"'
- \li
~berar o paciente com orientação
Reavaliar exames da coagulação e da função
renal, 24 horas após tratamento

\li
rcicinar no caso de hemorragia
Alta hospitalar
TAP>50% com função renal normal

34
13. ACIDENTES POR CNIDÁRIOS
(ÁGUA-VIVA, CARAVELA OU MEDUSA)

Água-viva, caravela (Physalia) ou medusa


(Cyanea)são cnidários encontrados nas águas do
mar e são considerados perigosos para o
homem, quando entram em contato com a pele.
I · l
Fig. 37 - Physalla sp. Foto: Se/um/te de Freitas Carmo ~CfT.Belím

Acidentes por cnidários (Água-viva, caravela ou medusa)

\, I

Clinica local Clínica sistêmica

Ardência ou dor local Cefaléia


Placas urticariformes Mal-estar
Placas eritematosas lineares Náuseas, vômitos
Bolhas, vesículas, necrose 1
Febre
Espasmos musculares
Arritmia cardíaca
Insuficiência respiratória
Anafilaxia, choque

TratarnentQ

J,
Repouso do segmento atingido.
Retirar suavemente os tentáculos aderidos, com pinças ou bordas de faca ou bisturi (não esfregar o local).
Lavar abundantemen te o local com solução fisiológica (não use água de torneira ou solução glicosada).
Usar ácido acético a 5% (vinagre), aplicado em compressas por 30 minutos.
Aplicar corticóides tópicos 2 vezes ao dia.
Analgésico, no caso de dor.
Anafilaxia, ICC, Arritmias: Tratamento convencional.

35
14. ACIDENTES POR PEIXES DE ÁGUAS FLUVIAIS
Os acidentes por peixes podem ser ativos ou passivos. Os acidentes ativos ocorrem por
peixes peçonhentos (arraia, niquim e mandií) ou peixes que produzem acidentes
traumáticos (piranha, candiru), pelos ferrões, dentes e acúleos, em geral quando se entra no
seu meio ambiente ou quando se manuseia O animal.
Os acidentes passivos ocorrem quando se ingere um peixe venenoso (baiacu).

14.1. PEIXES CONSIDERADOS PEÇONHENTOS

o o
,, .
.
()

" o
o
•• o
r,
Q

o •
..
"o o o Q

Fig. 38 - Potamotrygon sp. Fig. 39 - Foto: Maurício Almeida · MPEG

PEIXES CONSIDERADOS PEÇONHENTOS

J, .J,
Arraia "Catfish" (bagre, mandií)

'1, J,
Ferimento perfuro-cortante. Ferimento puntiforme.
Dor desproporcional ao ferimento Dor local.
Sangramento local. Sangramento local.
Bordas do ferimento cianóticas.

1 .....
r Tratamento
,; 1
'

111
Lavar o local com água corrente. ,
Imersão ou compressas de água morna (temperatura suportavel)
do membro ferido por 30 a 90 minutos.
Anestesia local, sem adrenalina.
Debridamento do ferimento.
Deixar dreno.
Profilaxia do tétano. , .
Antibiótico ou antiinflamatório, se necessano.

36
s_yz-~;irr.,:;_~...:..__..;....ttm_~_hl!1l
_m::.;JJJ!-'--~-~ · ~~ ---

14.2. PEIXES QUE PRODUZEM ACIDENTES


TRAUMÁTICOS

Fig.40 - Serrasalmidae

Peixes que produzem acidentes traumáticos

'I ', ',


Candiru Piranha, Traíra Poraquê

'I ', ',


Corpo estranho em
Mordedura Choque elétrico
orifícios naturais

' li

,.....
l_i
Tratamento 1,

J,
Lavar o local com água corrente e sabão neutro ou antisséptico local.
Deter a hemorragia ocasional.
Candiru: extração cirúrgica.
Poraquê: verificar sinais vitais; reanimação cárdio-respiratória, se necessário.
Profilaxia do tétano.
Antibiótico ou antiinflamatório, se necessário.

37
~ -----------· · · . -~::~:m=:"~m'::w ~~~m~----~---~~-~-·~ ~

15. - ASPECTOS CLÍNICOS DOS ACIDENTES


POR OUTROS ANIMAIS
15.1. ACIDENTES POR Loxoceles (ARANHA MARROM)

Fig. 41 •Necrose

15.2. ACIDENTES POR ABELHA

Fig. 42 . Edema •Foi;: U//am Rodrigues . UFPA

15.3. ACIDENTES POR Paederus (POTÓ)

38
i:.----·-_...·~' '
1

15.4. ACIDENTES POR Lonomia (LAGARTA QUE CAUSA HEMORRAGIA)

Fig. 44 • Equimose

15.5. ACIDENTES POR ARRAIA OU RAIA

Fig. 45 - Sangramento local do ferimento

Fig. 46 - Úlcera com necrose

39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ALVA-DÁVALOS, V; LAGUNA-TORRES, V.A; HUAMÁN, A; OLIVOS, R; CHÁVEZ, M; GARCIA, C; MENDOZA, N.Dermatite epidêmica
por Paederus irritans em Piura, Perú, 1999, relacionada ao fenômeno EI Nino/ Epidemie dermatits by Paederus irritans in Piura,
Perú at 1999, related to EI Nino phenomenon Rev• Soe. Bras. Me d . Trop., Ubera ba, v. 35, n. 1, p. 23-28, ·an•/fev. 2002. Também
1
disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pidaS0037-86822002000100005&1ng=pt&nrm=iso&tlngapt

AZEVEDO-MARQUES, M.M.; HERING, S.E.; CUPO, P. Acidente crotálico. ln: CARDOSO, J.C; FRANÇA, F.O.S; WEN, F.H;
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