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442 © IWA Publishing 2019 Jornal da Água e Saúde | 17.3 | 2019

Ocorrência dos genogrupos I e II de norovírus na água de


recreação de quatro praias da cidade de Belém, região
amazônica brasileira
Danielle Rodrigues de Deus, Dielle Monteiro Teixeira, Jainara Cristina dos
Santos Alves, Vanessa Cavaleiro Smith, Renato da Silva Bandeira,
Jones Anderson Monteiro Siqueira, Lena Líllian Canto de Sá Morais,
Hugo Reis Resque e Yvone Benchimol Gabbay

RESUMO

Este estudo teve como objetivo investigar a presença de norovírus (NoV) em águas recreativas Danielle Rodrigues de Deus
Programa de Pós-Graduação em Biologia
de quatro praias estuarinas localizadas na Ilha de Mosqueiro, cidade de Belém, Amazônia Parasitária na Amazônia,
Universidade Estadual do Pará,
brasileira, durante dois anos de monitoramento (2012 e 2013). As partículas de NoV foram Tv. Perebebui, 2623, Marco, Belém,
PA CEP 66087-662,
concentradas em uma membrana de filtragem pelo método de adsorção-eluição e detectadas por
Brasil
RT-PCR (reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa) seminested e sequenciamento.
Dielle Monteiro Teixeira
A positividade do NoV foi observada em 37,5% (39/104) das amostras de água de superfície, com o Jainara Cristina dos Santos Alves
Renato da Silva Bandeira
genogrupo GI (69,2%) ocorrendo em uma frequência maior do que o GII (25,7%), com uma Jones Anderson Monteiro Siqueira
Hugo Reis Resque
cocirculação de ambos os genogrupos em duas amostras (5,1%). Esse vírus foi detectado em
Yvone Benchimol Gabbay (autora correspondente)
todos os pontos de amostragem analisados, apresentando a maior taxa de detecção na Praia do Seção de Virologia, Instituto Evandro Chagas,
Saúde
Paraíso (46,2%). Estatisticamente, houve uma relação de dependência entre os níveis de maré e a Secretaria de Vigilância,
Ministério da Saúde do Brasil,
detecção positiva, com uma frequência maior nos períodos de maré alta (46,7%) do que nos de Br. 316 Km 07 S/N, Levilandia, Ananindeua,
PA CEP 67030-000,
maré baixa (25%). Os meses com as maiores taxas de detecção (abril de 2012 e abril/maio de
Brasil
2013) foram precedidos por períodos de maior precipitação (março de 2012 e fevereiro/março de E-mail: yvonegabbay@iec.gov.br

2013). A análise filogenética mostrou a circulação da variante pandêmica antiga (GII.4-US_95-96) e Vanessa Cavaleiro Smith
Programa de Pós-Graduação em Virologia, Instituto
GI.8. A detecção de NoV demonstrou a contaminação viral nas praias e evidenciou o risco à Evandro Chagas, Secretaria de Vigilância em
Saúde,
saúde dos banhistas, principalmente por meio de atividades recreativas como o banho, e
Ministério da Saúde do Brasil,
destacou a importância de incluir a pesquisa de vírus entéricos no monitoramento da qualidade Br. 316 Km 07 S/N, Levilandia, Ananindeua,
PA CEP 67030-000,
da água para fins recreativos. Brasil

Palavras-chave: região amazônica, praias, norovírus, RT-PCR, semi-nested, águas superficiais Lena Líllian Canto de Sá Morais
Seção de Meio Ambiente, Instituto Evandro
Chagas, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Ministério da Saúde do Brasil,
Br. 316 Km 07 S/N, Levilandia, Ananindeua,
PA CEP 67030-000,
Brasil

INTRODUÇÃO

Baixado de http://iwaponline.com/jwh/article-pdf/17/3/442/639187/jwh0170442.pdf por


convidado
O despejo de esgoto não tratado em corpos d'água é um dos via fecal-oral e sua presença em águas recreativas já foi bem
principais fatores que contribuem para o aumento da relatada (Vergara et al. ����).
contaminação fecal em ambientes aquáticos usados para Nos últimos anos, o desvendamento da distribuição
recreação e representa um grande risco para a saúde humana mundial do norovírus (NoV) justificou a importância de
(Gibney et al. ����; Sekwadi et al. ����). Os vírus entéricos incluí-lo na vigilância epidemiológica, uma vez que esse
são transmitidos pelo vírus é um dos mais comuns.

doi: 10.2166/wh.2019.304

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é considerado a principal causa de surtos de gastroenterite MÉTODOS


aguda viral (AGE) em todo o mundo, sendo responsável por
46% dos surtos relatados em áreas com diferentes tipos de Área de estudo
águas destinadas à recreação (Patel et al. ����; Sinclair et
al. ����). A Ilha de Mosqueiro tem aproximadamente 33.232
No Brasil, a avaliação da qualidade da água para habitantes e é um distrito administrativo da cidade de Belém,
recreação não inclui patógenos virais em sua análise. As capital do estado do Pará, no norte do Brasil, na região
condições para banho são regulamentadas pela resolução amazônica (IBGE
CONAMA nº 274/2000, que se baseia na presença de ����). A cidade está localizada na margem da Baía do
coliformes termotolerantes, Escherichia coli (E. coli) e Guajará, formada pela confluência dos rios Guamá, Acará e
enterococos (BRASIL ����). No entanto, vários estudos Moju. A Ilha do Mosqueiro tem 17 km de praias estuarinas e
demonstraram que os vírus entéricos estão amplamente está localizada a 80 km de Belém, em um ambiente
disseminados em diferentes matrizes de regiões brasileiras, altamente dinâmico em frente à Baía do Marajó, com fortes
incluindo água de superfície e esgoto não tratado de Belém correntes de maré e alta turbidez, fazendo com que a água
(Teixeira et al. ����) e água de recreação de Manaus pareça lamacenta. Essa ilha é cercada por vários pequenos
(Vieira et al. ����), Florianópolis (Rigotto et al. corpos d'água conhecidos regionalmente como furos e
����) e Rio de Janeiro (Vieira et al. ����; Victoria igarapés. Além disso, a Baía de Marajó é confluente com a
et al. ����a). Baía de Guajará e o Oceano Atlântico, formando um
O NoV pertence ao gênero Norovirus, família ambiente estuarino típico na costa amazônica do Brasil
Caliciviridae. Ele é dividido em sete genogrupos (GI-GVII) (Bastos et al. ����; Gregório & Mendes ����; Sousa et al.
e é transmitido pela via fecal-oral, principalmente por meio ����). O clima nessa região é quente e úmido, com uma
de alimentos e água contaminados (Vinjé ����). Os NoV temperatura média anual de 26◦ C, uma precipitação média
GI, GII e GIV foram associados a infecções humanas, sendo de 2.834 mm/ano e dois períodos sazonais distintos: alta
o GII, especialmente o genótipo 4 (GII.4), responsável pela (dezembro a junho) e baixa (julho a novembro) estação
maior parte dos casos e surtos de AGE (Ramani et al. chuvosa (PMB ����).
����; Vinjé ����). Em ambientes aquáticos, o GI é As praias de Farol (FR), Murubira (MU), Areião (AR) e
amplamente descrito em uma frequência maior ou igual à do Paraíso (PA) foram selecionadas para investigar a presença
GII (Kitajima et al. ����; Lee et al. ����; Zhu et al. de NoV ao longo da Ilha de Mosqueiro (Figura 1). Todas
����). essas praias são muito frequentadas e recebem galerias de
Em Belém, palafitas são comumente observadas ao drenagem de águas pluviais e esgoto não tratado de
longo dos cursos d'água que drenam e circundam a região, residências e bares localizados nas proximidades,
onde o esgoto humano é normalmente lançado in natura principalmente durante feriados e férias. A Praia do Paraíso
(Ribeiro ����). Além disso, a precariedade do setor de é a mais próxima do Oceano Atlântico e a mais distante de
saneamento, com baixíssimos índices de coleta e tratamento um centro urbano. As praias do Farol e Murubira são as mais
de esgoto, revela que mais de 90% do esgoto gerado nesse frequentadas durante as férias e feriados. A Praia do Areião
município é lançado sem qualquer tratamento prévio nos está localizada no centro urbano da Ilha, na região mais
corpos d'água que fazem parte da rede de drenagem que próxima da Baía do Guajará.
d e s á g u a na Baía do Guajará (Trata Brasil ����). No
presente estudo, a presença de NoV foi investigada em Coleta de amostras e concentração viral
amostras coletadas durante um período de dois anos de
monitoramento de águas recreativas ao longo de quatro Um total de 104 amostras de águas superficiais foram
praias estuarinas na Ilha de Mosqueiro, um importante coletadas mensalmente de janeiro de 2012 a dezembro de
balneário localizado na Região Metropolitana de Belém. 2013, principalmente após os finais de semana e feriados,
com coletas quinzenais em julho, representando um período
de grande aumento no número de banhistas devido às férias
escolares.
As partículas virais foram concentradas a partir de 2 L
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de amostras
444 deet água
D. R. de Deus peloem
al. | Norovirus método de eluição
águas superficiais por
de quatro adsorção
praias na
da região amazônica Jornal da Água e Saúde | 17.3 | 2019
brasileira
filtragem do

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Figura 1 | Mapa das quatro praias da Ilha de Mosqueiro, Região Metropolitana de Belém, Pará. Fonte: Laboratório de Geoprocessamento (LABGEO) Instituto Evandro Chagas, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde do Brasil.

membrana (Katayama et al. ����), obtendo um volume final de (0,5 μl), 10× de tampão de PCR (1,0 μl), 50 mM de MgCl2
2 ml após uma segunda filtração usando uma unidade de filtro (0,3 μl), 20 μM de cada primer (0,375 μl), 20 U/μl de Super
centrífugo Amicon Ultra-15 (Merck Millipore, Irlanda). Script II Reverse Transcriptase (0,1 μl) (Invitrogen, EUA) e
5 U/μl de Taq DNA polimerase (0,2 μl) (Invitrogen, EUA).
Detecção molecular de NoV Na segunda etapa, esse produto de RT-PCR foi submetido a
reações semi-aninhadas separadas, usando os pares de
O RNA viral foi extraído de 400 μl da amostra concentrada usando primers JV13I/GI e JV12Y/NoroII-R para detecção
guanidina isotiocianato (método de sílica) (Boom et al. ����). específica de GI e GII, respectivamente. Resumidamente, 2
A semi-nested RT-PCR (r e a ç ã o em cadeia da polimerase μl de produtos de RT-PCR foram adicionados a um volume
com transcrição reversa) foi realizada em duas etapas com primers final de 25 μl contendo 40 mM de desoxinucleotídeos (1,0
específicos para a detecção de NoV (Boxman et al. ����). Na μl), tampão de PCR 10× (2,5 μl), 50 mM de MgCl2 (1,0 μl),
primeira etapa, a RT-PCR foi realizada com os primers JV13I e 20 μM de cada primer (0,65 μl) e 5 U/μl de Taq DNA
JV12Y (327 bp), visando o gene da RNA polimerase dependente polimerase (0,2 μl) (Invitrogen, EUA). Os ácidos nucleicos
de RNA (RdRp) na ORF1 (região A). Todas as misturas de RT- foram testados sem diluição e com diluição de 10 vezes.
PCR tinham um volume total de 10 μl contendo 2 μl de RNA, 40 Os produtos foram analisados em eletroforese em gel de
mM de desoxinucleotídeos agarose a 1,5% e corados com SYBR Safe DNA Gel Stain
(Invitrogen, Carlsbad, CA, EUA). Os amplicons de 187

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e 236 pb visualizados sob luz UV foram considerados como Dados de maré e precipitação
indicativos de NoV GI e GII, respectivamente. Em todos os
Os dados de maré foram obtidos no site do Centro de
procedimentos, foram usados controles positivos (amostra
Hidrografia da Marinha
positiva de fezes de NoV previamente sequenciada) e
(https://www.marinha.mil.br/chm/tabuas- de-mare), de
negativos (água sem ácido nucleico). Para evitar a
acordo com as tábuas de marés disponíveis e considerando
contaminação cruzada, todos os testes foram realizados em
os dias e horários das coletas realizadas nos anos de 2012
salas separadas.
e 2013, usando como referência os quatro principais
períodos do dia disponíveis no site, com as respectivas
Genotipagem de NoV alturas máximas (maré alta) e mínimas (maré baixa) dos
níveis de maré medidas em metros (m).
Após a RT-PCR seminested, o RNA das amostras positivas
As informações sobre precipitação pluviométrica foram
foi analisado pelo SuperScript III One-Step RT-PCR System
baixadas do site do Instituto Nacional de Meteorologia
com Platinum Taq DNA Polymerase (Invitrogen, Carlsbad,
(http://www.inmet.gov.br/
CA, EUA), usando na primeira rodada os primers
portal/index.php?r=home/page&page=rede_estacoes_auto_
Mon431/Mon432/G2SKR (Anderson et al.
graf).
����; Fankhauser et al. ����) visando a região de junção
ORF1-ORF2 do genoma, com um amplicon esperado de 550
pb. Na segunda rodada, os pares de primers COG1F/
Análise estatística
G1SKR (aninhado) e COG2F/G2SKR (semaninhado), que
têm como alvo a região 50 ORF2, foram usados para
As análises descritivas e analíticas dos dados foram realizadas com
detecção específica de GI (380 pb) e GII (390 pb),
o software BioEstat 5.3 (Ayres et al. ����). A associação entre
respectivamente (Kojima et al.
positividade, níveis de maré e a precipitação média do dia de
����; Kageyama et al. ����). As reações foram realizadas
coleta em relação ao dia anterior foi avaliada pelo teste de
de acordo com as instruções do fabricante.
regressão logística simples. O teste do qui-quadrado foi realizado
As amostras positivas analisadas na região 50 ORF2
para comparar a positividade obtida no primeiro e no segundo
que produziram amplicons de boa qualidade foram
semestre. Os resultados foram considerados estatisticamente
purificadas com os kits comerciais QIAquick® PCR
significantes quando p ≤ 0,05.
Purification ou QIAquick® Gel Extraction (QIAGEN,
Valencia, CA, EUA), seguindo as instruções do
fabricante. As sequências foram
obtido usando o BigDye® Terminator v3.1 Cycle Sequen-
cing Kit (Applied Biosystems, Foster City, CA, EUA). A As sequências de nucleotídeos do NoV GI e GII
montagem das sequências de NoV foi realizada com o obtidas neste estudo foram enviadas ao banco de dados
Geneious GenBank sob os números de acesso de nucleotídeos
v.10.0.8 (Kearse et al. ����) por meio do método de MH165841-MH165844.
mapeamento de referência usando protótipos de NoV do
banco de dados do NCBI. O alinhamento foi obtido usando
o Aliview
O programa IQTree v.3.0 (Larsson ����) com a estratégia do
programa MAFFT (v.7.221) (Katoh & Standley ����) e
comparado comoutras sequências armazenadas no GenBank.
Uma árvore filogenética foi construída com o programa
IQTree v.1.3.0 (Nguyen et al. ����), usando a máxima
verossimilhança com 1.000 réplicas de bootstrap,
desconsiderando os valores estatísticos com suporte inferior
a 70%, e a árvore gráfica foi editada usando o programa
MEGA 6.0 (Tamura et al. ����).
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RESULTADOS

Um 447
total de
D. R.104 amostras
de Deus de água
et al. | Norovirus de superficiais
em águas superfície foi analisado
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para ampliação da região parcial do gene RdRp do genoma do
NoV por RT-PCR seminested. O NoV foi detectado em
37,5% (39/104) das amostras. O NoV GI 69,2% (27/39)
apresentou uma frequência maior do que o GII 25,7%
(10/39), e a cocirculação de ambos os genogrupos também foi
verificada em duas amostras (5,1% - 2/39) (Tabela 1),
detectadas nas praias de Paraíso e Murubira na segunda
quinzena de julho e em novembro de 2012, respectivamente.
Esse vírus foi detectado em todos os pontos de
amostragem. A maior ocorrência de NoV foi observada na
Praia do Paraíso (46,2% - 26/12), seguida pelas praias do
Farol (42,3% - 26/11), Areião (34,6% - 26/9) e Murubira
(26,9% - 26/7) (Tabela 1).

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Tabela 1 | Detecção de NoV GI e GII de acordo com os ciclos de maré em 104 amostras de água de recreação de quatro praias da Ilha de Mosqueiro, Região Metropolitana de Belém, Pará

Maré alta % (nº de positivos/total) Maré baixa % (nº de positivos/total)

Ponto de coleta GI GII GI + GII Total GI GII GI + GII Total Positividade


total

Farol 60 (9/15) 0 (0/15) 0 (0/15) 60 (9/15) 9.1 (1/11) 9.1 (1/11) 0 (0/11) 18.2 (2/11) 42.3 (11/26)
Murubira 33.3 (5/15) 0 (0/15) 6.7 (1/15) 40 (6/15) 9.1 (1/11) 0 (0/11) 0 (0/11) 9.1 (1/11) 26.9 (7/26)
Areião 26.7 (4/15) 13.3 (2/15) 0 (0/15) 40 (6/15) 9.1 (1/11) 18.2 (2/11) 0 (0/11) 27.3 (3/11) 34.6 (9/26)
Paraíso 26.7 (4/15) 13.3 (2/15) 6.7 (1/15) 46.7 (7/15) 18.2 (2/11) 27.3 (3/11) 0 (0/11) 45.5 (5/11) 46.2 (12/26)
Total 36.7 (22/60) 6.7 (4/60) 3.3 (2/60) 46.7 (28/60) 11.4 (5/44) 13.6 (6/44) 0 (0/44) 25 (11/44) 37.5 (39/104)

Nos dois anos de estudo, 57,7% (60/104) das amostras (6,7%) e GI + GII (3,3%) (Tabela 1), enquanto durante a
foram coletadas na maré alta e 42,3% (44/104) na maré maré baixa a frequência foi semelhante entre os genogrupos,
baixa. O NoV foi detectado com maior frequência durante a com 11,4% para GI e 13,6% para GII (Tabela 1).
maré alta (46,7% - 28/60) do que durante a maré baixa (25% Durante o período de estudo, o NoV foi detectado em
- 11/44) (Tabela 1). A análise estatística mostrou uma todas as praias em abril de 2012 e abril/maio de 2013,
relação de dependência entre os níveis de maré e a seguido pelos meses de março (PA, MU e FR), primeira
positividade (p = 0,0386). A distribuição dos genogrupos foi quinzena de julho de 2012 (PA, FR e AR) e dezembro
diferente entre os ciclos de maré. Na maré alta, a maioria das (MU, FR e AR) de 2013, com a detecção em três praias
amostras positivas foi classificada como GI (36,7%) e uma (Figura 2). Embora não tenha havido relação estatística (
pequena porcentagem como GII p = 0,0877)

Figura 2 | Distribuição mensal de NoV em águas de recreação de quatro praias da Ilha de Mosqueiro, Região Metropolitana de Belém, Pará. Pos, positividade; Prec, precipitação.

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Tabela 2: Detecção e genotipagem de NoV pela região ORF2 de extremidade 5' (capsídeo)

Sequenciamento parcial do
Semi-aninhado (GII) e capsídeo
RT-PCR aninhado (GI) GI GII GI + GII
Ponto de coleta N Positivo Genótipo (N) Genótipo (N) Genótipo (N)

Areião 3 GI.8 (1) NG (1) -


NG (1)
Farol 2 NG (2) NG (1) -
Murubira 2 NG (1) - GII.4/NG (1)
Paraíso 5 NG (2) GII.4 (2) -
NG (1)
Total 13 53.8% (7/13) 38.5% (5/13) 7.7% (1/13)

NG, não genotipado.

Entre a positividade do NoV e a média de precipitação, os contaminação fecal e circulação de NoV em águas
meses com maior positividade (abril/2012 e abril/maio de recreativas. Assim, a presença desse vírus ao redor da Ilha
2013) foram precedidos por períodos de maior de Mosqueiro pode estar relacionada ao despejo de esgoto,
precipitação (março/2012 e fevereiro/março de 2013) direta ou indiretamente, pela drenagem de águas pluviais
(Figura 2). Apesar da presença significante de NoV em nas praias estudadas. Embora não haja relatos de surtos
períodos com maiores níveis de precipitação em Belém, a recreativos causados pela água no Brasil, vários estudos
análise para verificar a positividade observada entre o realizados em outras regiões do mundo destacaram surtos
primeiro e o segundo semestres não mostrou relação causados por patógenos virais após contato recreativo com
estatisticamente significante ( p = 0,067). águas superficiais contaminadas por fezes (Sinclair
Na RT-PCR semi-nested/nested, um total de 33,3% et al. ����; Di Bartolo et al. ����; Sekwadi et al. ����).
(13/39) amostras foram positivas para a região de junção No Brasil, a presença do NoV e de outros vírus entéricos
ORF1-ORF2 do genoma do NoV, e essas amostras foram foi descrita em diferentes tipos de água para recreação (mar,
genogrupadas como GI (53,8% - 7/13), GII (38,5% - 5/13) e lagoa e rio), revelando o risco de exposição dos banhistas a
GI + GII (7,7% - 1/13) (Tabela 2). Entre elas, a análise doenças transmitidas pela água (Miagostovich et al. ����;
filogenética do sequenciamento parcial da região do Vieira et al.
capsídeo foi feita para quatro amostras, das quais três foram ����). A presente análise, realizada em praias estuarinas,
classificadas como GII.4, demonstrando semelhança com a obteve uma taxa de positividade para NoV de 37,5% por meio
variante US-95-96, e uma como GI.8; as demais não de semi-nested RT-PCR, um valor superior aos descritos
apresentaram sequências confiáveis e, portanto, não anteriormente no país em investigações relacionadas à
puderam ser genotipadas (Figura 3). disseminação desses vírus em ambientes aquáticos por meio de
Entre as amostras positivas para NoV, a porcentagem reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real
mais alta foi encontrada em amostras de RNA não diluído, (qPCR) e nested PCR (Vieira et al. ����; Vicoria et al. ����a;
com 53,8% (21/39), em comparação com amostras de RNA Teixeira et al. ����).
diluído (15,4%, 6/39). O NoV foi investigado em águas de recreação no Rio de
Janeiro por meio de dois estudos diferentes: um no mar e
outro em água doce. No primeiro estudo, o NoV foi
DISCUSSÃO detectado em 14% das amostras de três praias urbanas de
água salgada (Arpoador, Ipanema e Leblon) (Victoria et al.
De acordo com o ranking de saneamento, a cidade de Belém ����a). Além disso, uma positividade de 17,5% foi
ocupa a terceira posição entre os 10 piores municípios do observada em água doce de uma lagoa urbana (Rodrigo de
país, com índices muito baixos de coleta (7,1%) e tratamento Freitas), que está interconectada com outros ecossistemas
(1,9%) de esgoto (Trata Brasil ����). Esses dados destacam (Rio Macacos e Praia do Leblon) (Vieira et al. ����). O
os riscos à saúde pública associados à resultado obtido na
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Figura 3 | Árvore filogenética dos genótipos GI e GII do NoV encontrados em águas recreativas de quatro praias da Ilha de Mosqueiro, Região Metropolitana de Belém, Pará. Construída
usando análise de máxima verossimilhança e 1.000 réplicas de bootstrap. As amostras do presente estudo são destacadas em negrito e preenchidas com losangos.

A presença de NoV no rio (33,3%) que deságua na lagoa foi Lee et al. ����; Farkas et al. ����). No entanto, em
consistente com a obtida na praia do Areião (34,6%), amostras clínicas de Belém, o GII predominou em estudos de
enquanto na praia do Leblon a presença de NoV foi menor crianças hospitalizadas e ambulatoriais tratadas por sintomas de
(16,7%) do que a observada em todas as praias d o presente gastroenterite (Aragão et al. ����; Siqueira et al. ����).
estudo. A detecção de genogrupos relacionados a infecções
Na região norte, o NoV GI e GII (33,9%) foi encontrado em humanos sugere que a possível contaminação dos
em águas superficiais e esgoto de Belém (Teixeira et al. visitantes das praias da Ilha do Mosqueiro com a
����) e o NoV GII em águas superficiais (5,8%) e disseminação do NoV GI nesse ambiente pode estar mais
amostras de água do rio Negro (7,4%) em Manaus relacionada à ocorrência de infecção assintomática ou
(Miagostovich et al. ����; Vieira et al. ����). esporádica, que pode não exigir atenção médica (Kitajima et al.
A maior circulação de GI (74,3%) em comparação com ����; Wade et al.
GII (30,7%) está de acordo com a frequência detectada em ����). Essa hipótese é reforçada pela prevalência de
amostras ambientais (rios e esgoto) (Kitajima et al. ����;

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GI comparado ao GII em casos assintomáticos descritos em De acordo com Abdelzaher et al. (����), o movimento da
crianças da cidade de Belém por Siqueira et al. (����a). água causado pela maré alta permite que os indicadores
As pequenas diferenças na positividade de NoV microbianos alcancem a coluna de água após a submersão da
observadas entre cada praia podem estar relacionadas às zona entremarés. Da mesma forma, a alta frequência de NoV
características específicas de cada área, às condições na maré alta sugere que a zona de lavagem exposta ao
climáticas, à influência de fatores ambientais (maré e chuva) e movimento da água entre a maré baixa e a maré alta poderia
aos impactos antropogênicos na qualidade da água ter facilitado o transporte de partículas virais para a
resultantes da urbanização. superfície aquática (Vandieken et al. ����).
A maior positividade observada na Praia do Paraíso A relação entre a precipitação e a frequência de NoV
pode estar ligada a vários fatores que favorecem a redução não mostrou sazonalidade durante o período analisado ( p
da poluição, devido à distância da praia em relação ao = 0,0877). Isso pode estar associado ao fato de que, na
centro da Ilha e aos poucos bares e hotéis adjacentes à região amazônica, não há estações do ano definidas, com
praia. Além disso, há uma área de enseada, o que favorece predominância de períodos mais ou menos chuvosos. No
a sedimentação de matéria orgânica e, como esses vírus entanto, a presença marcante desse agente foi observada
são encontrados em baixa concentração em amostras em todas as praias estudadas nos meses de abril de 2012 e
ambientais, o provável acúmulo de partículas virais nesse abril/maio de 2013, e em 75% das praias estudadas nos
local aumentou sua disponibilidade para detecção meses de março e dezembro de 2012, correspondendo ao
molecular (Bosch et al. ����; Farkas et al. ����). período de maior índice pluviométrico em Belém
Farol e Murubira são consideradas as praias mais (dezembro a junho). Durante esse período, a disseminação
populares da Ilha de Mosqueiro e são usadas para atividades desses agentes nas águas superficiais pode estar associada
recreativas, como o kitesurf. Além disso, durante os feriados ao aumento do escoamento urbano (galerias pluviais e
e as férias, elas recebem um grande despejo de esgoto das esgoto não tratado) (Haramoto et al. ����). Esses dados
casas vizinhas, que entra diretamente nas praias e nos corpos corroboram um estudo realizado no Rio de Janeiro, onde a
d'água que circundam a região. Localizada no centro urbano concentração de NoV foi maior após eventos de chuva
da Ilha de Mosqueiro (bairro Vila), a Praia do Areião recebe (Victoria et al. ����a).
intensa influência urbana por meio de residências, bares, Em julho, há uma diminuição das chuvas, mas a ilha costuma
restaurantes e hotéis com excessivo lançamento de efluentes receber muitos visitantes/turistas devido às férias escolares,
que chegam a essa praia sem nenhum tipo de tratamento. A principalmente nos finais de semana. A grande aglomeração de
lavagem de pequenas embarcações de pesca que atracam na pessoas associada ao aumento da água residual produzida pelos
Praia do Areião possivelmente contribui para a banhistas pode ter influenciado diretamente a propagação desses
contaminação da água devido ao lançamento de resíduos vírus na água e favorecido sua detecção em amostras coletadas
sólidos e líquidos (Viana ����). logo após os dias mais visitados (WHO ����).
Métodos moleculares, como RT-PCR, são amplamente Neste estudo, a RT-PCR de uma etapa para a
utilizados pela maioria dos estudos para a detecção e genotipagem do NoV usando primers direcionados à região
posterior genotipagem de NoV em ambientes aquáticos em 5' ORF2 possibilitou a detecção de dois genótipos diferentes
todo o mundo (Victoria et al. (GI.8 e GII.4) nas praias de Mosqueiro. O genótipo GI.8
����; Lee et al. ����; Zhu et al. ����). O Semi-nested RT-PCR também foi identificado em amostras de esgoto coletadas no
também foi aplicado no Uruguai, empregando os mesmos Uruguai (Victoria et al. ����) e em casos de AGE entre
primers usados nesta pesquisa e obtendo uma ocorrência pacientes hospitalizados e ambulatoriais na Guatemala (Estévez et
maior (51%) nas amostras de águas residuais diretamente al. ����). Em Belém, o GI.8 foi detectado anteriormente em
descarregadas do Rio Uruguai, que delineia a tríplice rio, córrego impactado e esgoto não tratado no ano de 2010,
fronteira entre Brasil, Argentina e Uruguai (Victoria et al. com alta similaridade nucleotídica com o encontrado na
����B). Um estudo recente realizado em três praias da Praia do Areião (Teixeira et al. ����).
Argentina apresentou um resultado semelhante (31,8%) ao Diversas variantes da pandemia GII.4 foram associadas
encontrado na presente análise (37,5%), empregando a a epidemias globais de AGE, produzindo grandes
abordagem RT-PCR seminested (Masachessi et al. ����).

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impacto na saúde pública (Kroneman et al. ����; van O método de PCR usado pode ser influenciado por variáveis
Beek et al. ����). Entre os genótipos que circulam no intrínsecas de cada ambiente aquático e a presença viral
Brasil, o GII.4 continua sendo o mais prevalente (Fioretti et geralmente ocorre em níveis baixos no ambiente (Bosch et
al. ����), sendo responsável por 72% dos surtos causados al. ����). Embora não sejam indicativas da infectividade
por NoV no Rio Grande do Sul (Andrade et al. ����). O da partícula viral, as variações da PCR, como a RT-PCR
estudo anterior (2008-2010) mostrou a circulação de outras aninhada e semaninhada, são usadas satisfatoriamente para a
variantes GII.4 semelhantes a Den Haag 2006b, New detecção de NoV em amostras ambientais devido à sua alta
Orleans 2009 e Sydney 2012 em águas superficiais e esgoto especificidade e sensibilidade (Kitajima et al. ����; Victoria
não tratado da cidade de Belém (Teixeira et al. ����). No et al. ����).
entanto, no presente estudo, a variante US_95/96 foi De acordo com o valor de E. coli utilizado pela
encontrada pela primeira vez em amostras de água para fins legislação brasileira (BRASIL ����), 92,3% (96/104) das
recreativos dessa cidade. amostras coletadas neste estudo foram consideradas
Recentemente, um estudo descreveu o envolvimento adequadas para banho; no entanto, a presença de NoV foi
dessa variante em eventos de recombinação identificada em 37,5% (36/96) dessas amostras (os dados de
intragenotípica (US_95-96/ Kaiso_2003) em amostras E. coli foram gentilmente fornecidos pelo Laboratório de
fecais de crianças hospitalizadas em Belém no ano de 2003 Meio Ambiente do Instituto Evandro Chagas - dados não
(Siqueira et al. ����). Essa variante predominou entre as publicados). A relação entre a presença de NoV e os valores
crianças hospitalizadas e ambulatoriais da cidade de de E. coli observados neste estudo está de acordo com os
Belém entre 1998 e 2000, com casos na população até 2002 observados nas praias do Rio de Janeiro consideradas
(Siqueira et al. ����b). A detecção da variante pandêmica adequadas para banho de acordo com as concentrações
mais antiga mostra a necessidade de monitorar as cepas máximas de E. coli (Victoria et al. ����a). Isso reforça a
após episódios epidêmicos devido à evolução do NoV, urgência mundial de estabelecer parâmetros virais
possivelmente por meio de mutações e recombinação, o associados aos bacteriológicos para garantir uma avaliação
que poderia dar início a novos casos epidêmicos de EAG mais completa da qualidade da água usada para recreação,
causados por essas novas cepas. A primeira detecção da uma vez que não há correlação entre as concentrações
variante US_95/96 nas amostras ambientais da Ilha de bacterianas e a presença de vírus (Wyn-Jones & Sellwood
Mosqueiro sugere a circulação dessa cepa em casos ����; Updyke et al. ����).
assintomáticos ou mais brandos na população de Belém,
pois, embora seja uma variante pandêmica, ainda não foi
associada a essa variante.
com surtos ou casos clínicos descritos nesta cidade.
A presença de substâncias inibidoras, como partículas de CONCLUSÃO
sedimento de fine, não foi avaliada e pode ser considerada
uma limitação desta pesquisa devido à possibilidade de Este estudo verificou a circulação do NoV em praias
interferência na caracterização dos NoV detectados nas normalmente frequentadas por moradores de Belém e
praias de Mosqueiro. No entanto, enfatizamos que neste turistas de outros estados brasileiros. Isso enfatiza que o
estudo foi aplicado o uso de membranas d e filtro, sílica e risco à saúde dos banhistas não deve ser negligenciado
diluição de ácidos nucleicos, que são comumente usados devido à distribuição mundial de surtos e casos esporádicos
como meio de remover possíveis inibidores da enzima RT de gastroenterite causada por vários vírus entéricos em águas
e/ou DNA polimerase (Boom et al. ����; Queiroz et al. ����; recreativas, como praias, lagoas e rios. Além disso, a
Farkas et al. ����). É extremamente importante usar circulação ambiental do genótipo GII.4 corrobora os dados
marcadores (controles internos) para avaliar o nível de clínicos da mesma região que o relacionam principalmente
inibição, principalmente em estudos de virologia ambiental, com casos de gastroenterite viral. A detecção do GI.8
e proporciona uma interpretação mais segura do mostrou que as cepas relacionadas ao genogrupo GI estão
procedimento de detecção (Haramoto et al. ����). circulando na população, mas sua carga real pode ser
Não foi possível avaliar a recuperação viral e isso pode subestimada por fatores como infecções assintomáticas ou
ser uma limitação deste estudo, já que a eficiência do leves. A identificação do tipo genético é extremamente
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importante, pois fornece

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BioEstat 5.0: Aplicações Estatísticas nas Áreas de Ciências
Biológicas e Médicas, 5ª ed., São Paulo, Brasil. Instituto de
AGRADECIMENTOS Desenvolvimento Sustentável Mamirauá-IDSM/MCT/
CNPq, Belém, pp. 364.
Bastos, T. X., Pacheco, N. P., Nechet, D. & Sá, T. D. d. A. ����
Agradecemos ao Laboratório de Microbiologia Ambiental Aspectos climáticos de Belém nos últimos cem anos. Série
pela assistência técnica, ao Instituto Evandro Chagas pela Documentos (Embrapa Amazônia Oriental) 128, 1-31.
coleta e concentração das amostras (Denise Santos, Boom, R., Sol, C., Salimans, M. M. M., Jansen, C. L., Wertheim- van
Dillen, P. & van der Noordaa, J. ���� Método rápido e
Raimundo Pio Girard e Nayara Rufino) e ao Laboratório de
simples para purificação de ácidos nucleicos. Journal of Clinical
Geoprocessamento (Clístenes Catete) pelo mapeamento da Microbiology 28 (3), 495-503.
Ilha de Mosqueiro, Belém-Pa. Agradecemos à Coordenação Bosch, A., Guix, S., Sano, D. & Pinto, R. M. ���� Novas ferramentas
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para o estudo e a vigilância direta de patógenos virais na água.
Current Opinion in Biotechnology 19 (3), 295-301.
pela concessão da bolsa de mestrado, à Universidade do Boxman, I. L. A., Tilburg, J. J. H. C., te Loeke, N. A. J. M.,
Estado do Pará e ao Instituto Evandro Chagas pelo apoio Vennema, H., Jonker, K., de Boer, E. & Koopmans, M. ����
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Recebido pela primeira vez em 22 de novembro de 2018; aceito na forma revisada em 19 de fevereiro de 2019. Disponível on-line em
14 de março de 2019

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