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SOARES DE PASSOS
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DISCENTES:
Lara Thayssa
Antonia Rillary
Geovana Gabrielly
Francisco Ryan
Izabella Campos
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BIOGRAFIA
Antônio Augusto Soares de Passos nasceu em Porto,
Portugal, no dia 27 de novembro de 1826. Filho de um
comerciante português durante a adolescência trabalhou no
armazém do pai. Nessa mesma época, estudou francês e
inglês.
Em 1849, com 23 anos, Soares de Passos ingressou no curso
de Direito da Universidade de Coimbra. Em 1851, junto com o
poeta e jornalista Alexandre Braga, fundou a revista “Novo
Trovador”. Em 1852, com 26 anos, surgiram os primeiros
sintomas da tuberculose.
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OBRAS
Soares de Passos começou a reunir e organizar sua
obra e em 1856 publicou a sua única coletânea de
versos intitulada “Poesias”.
Com o agravar da doença reveste as suas obras de
aspetos pessimistas e mórbidos. Noutros poemas,
Soares de Passos revela as insatisfações sociais
através de forte expressão de dor que sente pelas
injustiças humana.
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O NOIVADO DO SEPULCRO
Ergueu-se, ergueu-se!... com sombrio espanto "Mulher formosa, que adorei na vida,
Olhou em roda... não achou ninguém... "E que na tumba não cessei d'amar,
Por entre as campas, arrastando o manto, "Por que atraiçoas, desleal, mentida,
Com lentos passos caminhou além. "O amor eterno que te ouvi jurar?
Chegando perto duma cruz alçada,
Que entre ciprestes alvejava ao fim,
Parou, sentou-se e com a voz magoada
Os ecos tristes acordou assim:
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CARACTERÍSTICAS DA OBRA
Soares de Passos em sua obra publicada no ano de 1856 com o
titulo “Poesias” nos deu a oportunidade de entrar no mais
profundo mundo do irreal, da busca pelo amor idealizado que
não pode se concretizar. A novidade neste poema é o fato de o
casal acabar junto, ou seja, no final o amor se concretiza apesar
de toda a morbidez e dor no decorrer do poema. Sendo assim ele
se diferencia dos poemas do mal do século já que sempre o amor
é visto como algo inalcançável e quase sempre a mulher ou o
homem amado morre ao fim da historia impossibilitando assim
a concretização do amor.
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O ANJO DA HUMANIDADE
«Ao ver tanta miséria, o bom padece,
..."«Por toda a parte, em lastimoso acento, «O mau blasfema de teu nome santo,
«Se ouve gemer a humanidade aflita. «A voz dos inspirados esmorece,
«A terra, a mãe comum, nega alimento «O futuro se envolve em negro manto…
«Dos filhos seus a à multidão proscrita: «Eu mesmo, eu mesmo, recolhendo a
«Enquanto folga em vícios o opulento. prece
«A indigência cruel na choça habita, «Que a humanidade te dirige em pranto,
«E a mãe, a mãe ao peito, em desalinho, «Subi confuso ao eternal assento,
«Aperta morto à fome o seu filhinho. «A depor a teus pés meu desalento.»
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“Quando a memória de Soares de Passos estava consagrada, reconhecendo-o
como um talento primacial, sucedeu um estranho caso: um contemporâneo seu
dos tempos de Coimbra, veio, anos depois da sua morte, increpá-lo de plagiário,
reclamando insistentemente na imprensa periódica a paternidade das melhores
composições de Soares de Passos. É o Dr. Lourenço de Almeida e Medeiros,
bacharel formado em Filosofia pela Universidade de Coimbra, proprietário rural,
vivendo há longos anos na sua quinta da Fermelã. Em carta que nos escreveu em
4 de Julho de 1886, queixando-se-nos de que Soares de Passos se apropriara da
ode O Firmamento, acrescenta: «E não me roubou só isto; na noite a que me
refiro, confiei-lhe todos os assuntos sobre que tencionava exercer-me, dei-lhe
indicações, glosou a parte que lhe expliquei com mais clareza, e assim fez o Anjo
da Humanidade, os Anelos, o Desalento; roubou-me ainda mais, até estâncias
desgarradas de outras poesias que já esboçara, como da Noite, do Camões –
estragou estes assuntos por não lhe alcançar a ideia principal ou não saber tratá-
la!»” Por: TEÓFILO BRAGA
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