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Pau-Jacaré

Piptadenia gonoacantha
Pau-Jacaré
Piptadenia gonoacantha

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Plantio (Cianorte, PR)

Flores (Carlópolis, PR)


Fotos: Paulo Ernani R. Carvalho

Casca externa

Folhas

Sementes
Foto: Carlos Eduardo F. Barbeiro

Árvore (Antonina, PR)


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Pau-Jacaré
Piptadenia gonoacantha

Taxonomia e Nomenclatura Etimologia: Piptadenia vem do grego piptein


(cair) e aden (abundantemente); referência à
De acordo com o Sistema de Classificação de caducidade das folhas; o termo gonoacantha
Cronquist, a taxonomia de Piptadenia também vem do grego gonia (ângulo) e acanha
gonoacantha obedece à seguinte hierarquia: (acúleo), em referência aos acúleos sobre
as arestas da casca (Burkart, 1979).
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotiledonae)
Descrição
Ordem: Fabales
Família: Mimosaceae (Leguminosae Forma biológica: árvore semicaducifólia,
Mimosoideae). com 8 a 20 m de altura e 20 a 50 cm de DAP,
Espécie: Piptadenia gonoacantha (Martius) podendo atingir até 30 m de altura e 90 cm de
Macbride; Contrib. Gray Herb. n. s. 59 : 17. DAP, na idade adulta.
1919.
Tronco: reto, normalmente tortuoso, com cristas
Sinonímia botânica: Acacia gonoacantha aculeadas, características, por toda a extensão.
Martius; Piptadenia communis Bentham; Fuste normalmente curto, ou com multitroncos,
Piptadenia vulgaris Bentham. quando isolado; contudo, na floresta, atinge até
Nomes vulgares: angico, no Distrito Federal; 8 m de comprimento.
angico-branco, camboeteiro, camoeteiro e serreiro, Ramificação: cimosa, dicotômica. Copa irregular,
no Estado de São Paulo; caniveteiro e monjolo, estreita, umbeliforme, com acúleos nos ramos
em Minas Gerais; casco-de-jacaré, em Santa
finos.
Catarina; icarapé, na Bahia; jacaré, em Minas
Gerais, no Paraná, nos Estados do Rio de Janeiro, Casca: com espessura de até 5 mm. A casca
Santa Catarina e São Paulo, jacarezeiro, no externa, com cristas lineares longitudinais,
Paraná; e monjoleiro. interligadas por outras menores transversais,

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lembrando, às vezes, o couro do jacaré, motivo O processo reprodutivo do pau-jacaré inicia
pelo qual leva o nome popular; estão presentes, a partir de 3 anos de idade, em plantios, em solos
também, acúleos em maior ou menor quantidade, de fertilidade química elevada.
de até 2 cm de comprimento. Dispersão de frutos e sementes: autocórica,
A casca externa é áspera nas árvores jovens, principalmente barocórica, por gravidade e
tornando-se rugosa ou fissurada com anemocórica, pelo vento.
o envelhecimento. A casca interna é amarelada.
Folhas: recompostas, paripinadas, de 5 a 9 pares Ocorrência Natural
de pinas, com 26 a 46 pares de folíolos por pina
(Klein, 1982); pecíolo caniculado com glândula Latitude: 2º S no Pará a 28º50’ S em Santa
verruciforme e deprimida no centro. Catarina.
Flores: amarelas-bege, pequenas, reunidas em Variação altitudinal: de 10 m no litoral das
inflorescências axilares, em espigas de 5 a 9 cm de Regiões Sul e Sudeste a 1.300 m de altitude
comprimento, podendo ser solitárias ou em grupos em Minas Gerais.
de 2 a 3 nas axilas superiores. Distribuição geográfica: Piptadenia
gonoacantha ocorre de forma natural no Brasil,
Fruto: legume não moniliforme deiscente, nos seguintes Estados (Mapa 85):
coriáceo, seco, plano, com margem reta, pardo,
com 8 a 15 cm de comprimento e 1,7 a 2,5 cm • Bahia (Harley & Mayo, 1980; Pinto et al.,
de largura, com 4 a 10 sementes (Lima, 1985; 1990).
Souza et al., 1990). • Espírito Santo (Ruschi, 1950; Jesus, 1988;
Thomaz et al., 2000).
Semente: pardo-amarelada, plana, lisa, ovalada,
sem endosperma, não alada, medindo, em média, • Goiás (Rosa et al., 1997).
9 mm de comprimento por 8 mm de largura • Mato Grosso (Felfili et al., 1998).
(Santos, 1976). • Minas Gerais (Thibau et al., 1975; Strang
et al., 1982; Caprara & Ventorim, 1988;
Brandão et al., 1989; Campos & Landgraf,
Biologia Reprodutiva 1990; Gavilanes et al., 1990; Brandão
e Fenologia & Magalhães, 1991; Gavilanes & Brandão,
1991; Brandão & Araújo, 1992; Brandão &
Sistema sexual: planta hermafrodita Silva Filho, 1993; Brandão et al., 1993;
Gavilanes & Brandão, 1994; Brandão et al.,
Vetor de polinização: principalmente pelas
1995; Gavilanes et al., 1995; Mendonça Filho,
abelhas, destacando-se Apis mellifera 1996; Pedralli & Teixeira, 1997; Rodrigues &
(abelha-européia ou abelha-africanizada), Araújo, 1997; Ferreira et al., 1999; Carvalho
Melipona marginata (manduri), Melipona et al., 2000).
quadrifasciata (mandaçaia), Plebeia droryana
e Plebeia remota (mirins), Plebeia saiqui e • Estado do Rio de Janeiro (Veloso, 1945; Mello,
Scaptotrigona bipunctata (tubuna), Scaptotrigona 1950; Guimarães, 1951; Barroso, 1962/1965;
Laroche, 1978; Bloomfield et al., 1998).
depilis (tubiba), Scaptotrigona postica
(mandaguari), Tetragonisca angustula (jataí) • Paraná (Inoue et al., 1984; Roderjan &
(Cavalheiro & Ameixeiro, 1992; Pirani & Kuniyoshi, 1988; Soares-Silva et al., 1992;
Cortopassi-Laurino, 1993); borboletas e mariposas Nakajima et al., 1996).
(Morelato, 1991) e os sirfídeos (Diptera: • Santa Catarina (Reitz et al., 1978; Burkart,
Syrphidae) (Arruda & Sazima, 1936). 1979; Reis et al., 1992; Maas et al., 1998).
Floração: de agosto a janeiro, no Distrito Federal; • Estado de São Paulo (Kuhlmann & Kuhn,
de agosto a fevereiro no Rio Grande do Sul; 1947; Nogueira, 1976; Baitello & Aguiar,
de setembro a janeiro, no Paraná; de outubro a 1982; Cavassan et al., 1984; Custódio Filho &
janeiro, no Estado de São Paulo; de novembro Mantovani, 1986; Kageyama, 1986; Demattê
a janeiro, em Minas Gerais e de dezembro et al., 1987; Pagano et al., 1987; Matthes
a março, no Estado do Rio de Janeiro. et al., 1988; Morellato et al., 1989; Vieira
et al., 1989; Grombone et al., 1990; Nicolini,
Frutificação: os frutos amadurecem de maio 1990; Kageyama et al., 1991; Ortega & Engel,
a setembro, no Paraná; de maio a outubro, 1992; Toledo Filho et al., 1993; Rossi, 1994;
em Minas Gerais; de junho a novembro, Durigan & Leitão Filho, 1995; Nave et al.,
no Estado do Rio de Janeiro; de junho 1997; Toledo Filho et al., 1997;
a dezembro, no Estado de São Paulo e de julho Almeida-Scabbia, 1998; Cavalcanti, 1998;
a agosto, no Distrito Federal. Durigan et al., 1999; Toledo Filho et al., 2000).

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• Distrito Federal (Pereira et al., 1990; Sampaio Araucária), onde é menos freqüente, e no
et al., 2000). Cerradão, onde é rara (Nave et al., 1997;
Durigan et al., 1999).
Lewis (1987) não menciona a ocorrência dessa
espécie na Bahia. Backes & Nardino (1998) Na região de Caratinguetá, SP, essa espécie
mencionam a ocorrência natural do pau-jacaré no ocorre na transição entre a Floresta Estacional
Rio Grande do Sul; Castro et al. (1982), no Piauí, Semidecidual e a Floresta Ombrófila Densa
Silva et al. (1989), no Acre e no Pará, e (Floresta Atlântica) (Cavalcanti et al., 1998).
Luetzelburg (1922/1923), no Ceará e no Rio
Densidade: em levantamentos fitossociológicos
Grande do Norte.
realizados na Floresta Estacional Semidecidual em
Minas Gerais e no Estado de São Paulo, foram
Aspectos Ecológicos encontradas entre 3 a 18 árvores dessa espécie por
hectare (Vieira et al., 1989; Toledo Filho et al.,
Grupo sucessional: espécie pioneira (Davide 2000; e Werneck et al., 2000).
& Faria, 1997; Nave et al., 1997; Rondon Neto
et al., 1999), ou climax exigente de luz (Werneck Clima
et al., 2000) Entretanto, Leite & Takaki (1994),
sugerem que essa espécie não se comporta como
Precipitação pluvial média anual: desde
planta pioneira, mas que se trata de uma
1.000 mm na Bahia) a 2.000 mm nos Estados
secundária inicial.
do Rio de Janeiro e do Paraná.
Características sociológicas: o pau-jacaré
Regime de precipitações: chuvas distribuídas
é comum na vegetação secundária: capoeira,
uniformemente, na Região Sul (excluindo o norte
capoeirão e floresta secundária. Invade terrenos
do Paraná), e periódicas, com chuvas
abandonados. É espécie tipicamente gregária.
concentradas no verão nas demais regiões.
Regiões fitoecológicas: Piptadenia gonoacantha
Deficiência hídrica: moderada (no inverno),
é encontrada naturalmente, sobretudo, na Floresta
no sudeste de Minas Gerais e no norte do Paraná,
Ombrófila Densa (Floresta Atlântica), nas
com estação seca até 4 meses.
formações Terras Baixas e Submontana (Klein,
1979/1980; Roderjan & Kuniyoshi, 1998), e na Temperatura média anual: 16,4ºC (Maringá,
Floresta Estacional Semidecidual, onde ocupa PR) a 26ºC (Itiúba, BA); comumente de 18ºC
o estrato intermediário da floresta. a 22ºC.
Na zona de contato da Floresta Ombrófila Densa Temperatura média do mês mais frio: 12,3ºC
com a Floresta Ombrófila Mista (Floresta com (Maringá, PR) a 21,1ºC (Porto Seguro, BA).

Mapa 85. Locais identificados


de ocorrência natural de
pau-jacaré (Piptadenia
gonoacantha), no Brasil.

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Temperatura média do mês mais quente: tamanho médio. Recomenda-se a repicagem
19,4ºC (Maringá, PR) a 26,4ºC (Angra dos Reis, 2 a 3 semanas após a germinação.
RJ).
Germinação: epígea, com início entre 4 a 34 dias
Temperatura mínima absoluta: -5,5ºC (Rio do após a semeadura. O poder germinativo é alto, até
Sul, SC). 98%; em média 80%. As mudas atingem porte
adequado para plantio, cerca de 4 meses após
Número de geadas por ano: médio de 0 a 12;
a semeadura.
máximo absoluto de 28 geadas, na Região Sul,
mas predominantemente sem geadas ou pouco Associação simbiótica: as raízes do pau-jacaré
freqüentes. associam-se com Rhizobium, formando nódulos
coralóides e com atividade da nitrogenase
Tipos climáticos (Koeppen): tropical (Af
(Faria et al., 1984).
e Aw); subtropical de altitude (Cwa e Cwb);
subtropical úmido (Cfa) e temperado úmido (Cfb), Em decorrência da baixa porcentagem de
em menor escala. sobrevivência verificada em diversos plantios,
recomenda-se a inoculação em viveiro,
com estirpes específicas de Rhizobium,
Solos já disponíveis (Carvalho & Carpanezzi, 1982).

Piptadenia gonoacantha ocorre naturalmente em


solos muito variados, desde os de baixa fertilidade Características Silviculturais
química, pedregosos e os considerados
imprestáveis até nos de boa fertilidade. O pau-jacaré é uma espécie heliófila e não tolera
baixas temperaturas.
No sudeste do Estado de São Paulo, ocorre em
solo de origem calcária (Gallão et al., 1998). Hábito: variável e irregular, apresentando
multitroncos e acamamento do caule.
Em plantios, tem crescido melhor em solos de Osse (1958), ao analisar o comportamento de um
fertilidade química média a alta, com propriedades povoamento dessa espécie, encontrou 41,3% das
físicas adequadas, como bem drenados e com árvores com fuste único, 37,3% com bifurcação,
textura que varia de areno-argilosa a argilosa. 15,8% com quatro troncos, 0,9% com cinco
troncos e 0,2% com seis troncos, na altura
Sementes do DAP.
A desrama artificial não é exeqüível
Colheita e beneficiamento: os frutos devem ser economicamente, para a obtenção de madeira
colhidos quando mudam de coloração, devendo para uso mais nobre (Veiga, 1964).
ser abertos em ambiente ventilado, onde Métodos de regeneração: o plantio puro,
as sementes são extraídas. a pleno sol, é recomendado. O pau-jacaré pode
Número de sementes por quilo: 12 mil ser plantado em plantio misto, a pleno sol,
(Wasjutin, 1958) a 20 mil (Souza Cruz, 1992). associado com espécie de mesmo padrão
de crescimento, para melhorar a forma do fuste,
Tratamento para superação da dormência:
conforme plantio bem-sucedido com grevílea
não apresenta dormência, mas recomenda-se (Grevillea robusta) no norte do Paraná, e para
imersão em água por 30 a 36 horas, para proteção e tutoramento de espécies nativas
embebição (Gallão et al., 1998). secundárias-climaces, como por exemplo,
Longevidade e armazenamento: as sementes o guarantã (Esenbeckia leiocarpa) (Pinheiro et al.,
dessa espécie apresentam comportamento 1982).
recalcitrante em relação ao armazenamento, Brota com vigor da touça, após corte, podendo
mantendo viabilidade curta (por até 6 meses) ser manejado pelo sistema de talhadia em vários
em ambiente não controlado. cortes.
Germinação em laboratório: a temperatura Sistemas agroflorestais: essa espécie pode ser
ótima de germinação para essa espécie está na utilizada em sistemas silviagrícolas, para
faixa de 20ºC a 25ºC no escuro (Leite & Takaki, sombreamento de cafezais (Correa, 1969), em
1994). arborização de culturas, barreiras e cercas vivas
(Baggio & Carvalho, 1990).
Produção de Mudas
Crescimento e Produção
Semeadura: deve ser feita, de preferência, em
sementeiras e depois repicar as mudas em sacos O pau-jacaré tem crescimento rápido (Tabela 76),
de polietileno ou em tubetes de polipropileno de atingindo até 25 m3.ha-1.ano-1 aos 8 anos de idade

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ou 30,80 m3.ha-1.ano-1 aos 11 anos. Prevê-se uma Durabilidade natural: resistência média ao
rotação de 6 a 8 anos para lenha e carvão, ataque de organismos xilófagos.
e 15 anos para madeira.
Preservação: madeira permeável às soluções
preservantes, em tratamentos sob pressão.
Características da Madeira Outras características: a descrição anatômica
da madeira dessa espécie é encontrada em Mello
Massa específica aparente: a madeira do (1950) e em Prates (1990).
pau-jacaré é moderadamente densa (0,75 a
0,78 g.cm-3), a 15% de umidade (Mello, 1950;
Mainieri & Chimelo, 1989). Produtos e Utilizações
Massa específica básica: 0,54 a 0,58 g.cm-3 Madeira serrada e roliça: a madeira de
(Silva et al., 1983). pau-jacaré pode ser usada localmente
Cor: o alburno e o cerne não são diferenciados, em acabamentos internos, armações de móveis,
apresentando coloração bege, levemente rosada. brinquedos, entalhes, embalagens, miolo de
portas, painéis, construção civil em vigamentos,
Características gerais: superfície lisa ao tato e caibros, forros, tabuados de segunda categoria,
ligeiramente lustrosa; textura grossa; grã irregular. em obras não expostas, e em mourões para cercas,
Cheiro e gosto imperceptíveis. mas com baixa durabilidade (Lelles, 1978).

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Energia: madeira boa para lenha e carvão vegetal Principais Pragas e Doenças
em siderurgia. Queima bem ainda verde.
É considerada uma das melhores essências Pragas: destacam-se como principais pragas do
brasileiras para lenha e carvão.
pau-jacaré:
O pau-jacaré possui algumas qualidades que o
tornam preferido a outras madeiras nativas como • Besouros da família Scolytidae (Macedo,
facilidade para queimar, durabilidade da 1985).
combustão, facilidade para rachar e durabilidade • Acanthoscelides clitellariu (Coleoptera:
nos depósitos (Heringer, 1947). Poder calorífico Bruchidae) causando danos em sementes
da madeira de 4.622 a 4.962 kcal/kg (Silva et al., (Anjos, 1981).
1983).
• Bruchus sp. (Coleoptera: Bruchidae),
Celulose e papel: espécie adequada para este causando danos nas sementes.
uso. Comprimento das fibras de 0,83 mm e lignina
com cinzas de 29,08% (Wasjutin, 1958). • Chrysoprasis aurigena (Coleoptera:
Cerambycidae) larvas em galhos secos
Substâncias tanantes: o pau-jacaré apresenta
(Moraes & Berti Filho, 1974).
rendimento em tanino na madeira de 7,1% e na
casca de 11,4% (Gonçalves & Lelis, 2000), que é • Temnopsis megacephala (Coleoptera:
empregado em curtume. Cerambycidae) larvas em galhos seco
Alimentação animal: a forragem do pau-jacaré (Moraes & Berti Filho, 1974).
apresenta 15,1% a 25% de proteína bruta Doenças: a exsudação de goma, favorecendo
(Gomes, 1977b; Leme et al., 1994) e 7% a 11% o desenvolvimento do fungo orelha-de-pau.
de tanino (Leme et al., 1994). Este fungo deforma a árvore, conforme o ataque
Apícola: o pau-jacaré produz flores melíferas se manifeste apenas nos galhos ou desça até o
(Kuhlmann & Kuhn, 1947; Bastos & Brandão, tronco (Teixeira, 1951).
1994), apresentando alto potencial apícola, com
produção de néctar e pólen (Barros, 1960;
Reis et al., 1992; Pirani & Cortopassi-Laurino, Espécies Afins
1993).
O gênero Piptadenia Bentham, atualmente com
Paisagístico: espécie com atributos ornamentais
12 espécies distribuídas nas partes tropicais e
(Cesp, 1988; Lorenzi, 1992).
subtropicais da América do Sul, estende-se até a
Reflorestamento para recuperação América Central (Lewis, 1987).
ambiental: o pau-jacaré tem sido utilizado
tradicionalmente para recuperação de terrenos Burkart (1979) subdivide Piptadenia gonoacantha
erodidos e de baixa fertilidade. em duas variedades: Piptadenia gonoacantha
(Martius) Macbride var. gonoacantha e Piptadenia
Essa espécie é também recomendada para
gonoacantha (Martius) Macbride var. inermis
restauração de mata ciliar, em solos não sujeitos
Burkart.
a inundação (Salvador & Oliveira, 1989;
Ribeiro & Ferreira, 2000). A variedade inermis difere da variedade típica,
O sistema radicial dessa espécie é profundo, pela ausência dos acúleos. P. gonoacantha é
permitindo obter água e nutrientes nos diversos espécie próxima de Parapiptadenia rigida
horizontes do solo, explicando sua capacidade (ver Angico-Gurucaia), da qual se separa por
para viver em terras fracas (Heringer, 1947). apresentar ramos alados e râmulos estriados,
com acúleos (Rizzini, 1971).
Em Latossolo Vermelho eutroférrico (Latossolo
Roxo eutrófico) em Santa Helena, PR, observou-se Laetia procera, da família Flacourtiaceae, é
sistema radicial superficial, com muitas árvores conhecida na Amazônia Brasileira com o nome
tombadas. pau-jacaré.

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Referências Bibliográficas
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