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Livro Do Professor - 6º Ano - Vol. 1 (1-6) - PORTUGUÊS
Livro Do Professor - 6º Ano - Vol. 1 (1-6) - PORTUGUÊS
A
• VOLUME 1
ID
Cap. 1-6 CAPÍTULOS 1 a 6
LIVRO DO
PROFESSOR
IB
O
PR
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
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2
R
EP
R
O
D
U
Ç
ÃO
PR
O
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A
Quem somos
3
A Editora Unitrinus é formada pela união entre A missão escolar a que Deus nos impulsiona
três comunidades: Missão Maria de Nazaré, de é uma necessidade atual e, obedientes à Igreja,
Divinópolis; Recanto do Espírito Santo, de Itaúna e desejamos ser um instrumento para auxiliar na
Resgate, de Juiz de Fora, todas de Minas Gerais, que formação do bom caráter; direcionar a educação
para a sabedoria e para a santidade de crianças,
A
em comum possuem a missão evangelizadora na
jovens, famílias e professores, no intuito de sermos
área da educação.
agentes construtores da Civilização do Amor aqui
ID
na Terra, preparando-nos para a união com Deus,
Somos consagrados a Deus e servimos a na Glória eterna, fim último de todo homem de boa
Nosso Senhor Jesus Cristo no seio da Santa Igreja vontade.
Católica Apostólica Romana para levar o Evangelho
IB
às famílias e a cada filho amado de nosso Deus
Pai. Nossa missão, guiada pelo Espírito Santo, pela
intercessão da Mãe de Deus, Maria Santíssima, antes
O
de tudo, nos impele a uma vida simples, de partilha
comunitária, de oração e de testemunho vivo do
amor de Deus.
Objetivo da Editora
O nosso objetivo é oferecer ao
mundo acadêmico um material de
PR estudante um agudo discernimento
sobre a realidade, levando em conta
ÃO
altíssima qualidade, com linguagem a valorização das virtudes, da família,
científica, no sentido dialético de do trabalho e da integridade humana,
Aristóteles, isto é, numa busca pela segundo a antropologia cristã.
verdade para entender a realidade
em que se vive, à luz do Magistério da Desejamos que nosso material
Ç
Igreja, numa perspectiva de razão e fé. auxilie as escolas a organizar seu Plano
de Ensino com lógica, interdisciplinari-
U
bom caráter, virtudes e fé. para uma educação mais humana, que
enfatize o bom, o belo e o verdadeiro,
Os conteúdos dos nossos livros auxiliando o homem a atingir a
R
A
Na etapa do Ensino Fundamental, Anos Iniciais, os personagens são apresentados com ilustrações para
crianças e linguagem adequada à idade, numa perspectiva de diálogo entre fé e razão, conforme o conteúdo.
ID
Na etapa do Ensino Fundamental, Anos Finais, os personagens serão os mesmos, porém com a
linguagem própria para pré-adolescentes e adolescentes, levando os leitores a conhecerem as virtudes que
somos chamados a conquistar.
IB
Conheça nossa Turminha e as grandes contribuições que cada um traz para o mundo da educação:
O
VIRGEM MARIA SÃO JOSÉ
PR SÃO JOÃO BATISTA
ÃO
Entrega e Valorização da família Compromisso com a
obediência e do trabalho verdade, coragem
Ç
U
D
SANTA TERESA D’ÁVILA SÃO JOÃO PAULO II SÃO LUÍS MARIA DE MONTFORT
Determinação, vida de Teologia do Corpo, fé Devoção à Virgem
O
A
ID
IB
LÍNGUA PORTUGUESA
O
PR
6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
LIVRO DO ALUNO
ÃO
VOLUME 1 • CAPÍTULOS 1 a 6
Ç
U
D
O
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EP
R
2º EDIÇÃO
2022
CONHECENDO O LIVRO DIDÁTICO
6
ESTRUTURA BÁSICA
Cada unidade e cada capítulo contarão com uma
página de abertura contendo título, ilustração e
síntese dos conteúdos a serem estudados. Esta
A
síntese pode ser em forma de objetivos, perguntas
ou texto com a finalidade de despertar a virtude da
ID
estudiosidade.
IB
EXPOSIÇÃO
O
SISTEMÁTICA DO TEMA:
Com texto de gênero dissertativo-expositivo
PR
para leitura
A cor da margem facilita a
identificação do livro por matéria:
• Língua Portuguesa: AZUL
ÃO
• Matemática: AMARELO
• Ciências: VERMELHO
• Geografia: VERDE
• História: LARANJA
Ç
U
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Turminha Unitrinus
ID
apresentando valores, virtudes e
temas interdisciplinares.
IB
Glossário de termos mais difíceis
do texto.
O
PR
Belas imagens para
contemplação da beleza e
exercícios de memória.
ÃO
interdisciplinaridade.
U
Indicação de
filmes, livros e
D
outros recursos.
O
R
EP
Direção Colaboradores
Daniel Ribeiro (dir. Pedagógico) Ana Paula Maciel
A
Eduardo Rivelly (dir. Comercial) Fernanda Nogueira Fonseca Marra
André Martins (dir. Administrativo) Joyce Maria Tavares
Cristina Martins (dir. Arte) Hanny Castilho
ID
Gerência executiva
André Parreira
IB
Coordenação Editorial e
Copidesque
Márcio Carvalho
O
Ilustrações e Arte final
Fábio Fernandes
Laís Adeu Menezes
PR
Autores
Mariana Bueno
William Bottazzini
Revisão geral
Everton Toresim
ÃO
Revisão ortográfica
Luciene Trindade
CDD – 372.6
R
Todos os direitos reservados.Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/
EP
ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou
banco de dados sem permissão escrita da Editora.
Impressão e acabamento:
Artplace – Juiz de Fora MG
2023
SUMÁRIO
9
Capítulo 1: Histórias que marcam gerações........................................................................12
1.1 Conto de fadas......................................................................................................................13
1.2 Fonem e letra........................................................................................................................16
1.3 As vogais, semivogais e consoantes................................................................................17
A
1.4 Tipo textual: narrativo.........................................................................................................23
1.5 As pausas no texto..............................................................................................................29
ID
Capítulo 2: Artigos e numerais...............................................................................................34
2.1 Fábulas....................................................................................................................................35
IB
2.2 Reflexões da língua: artigos e numerais........................................................................35
2.3 Gênero textual: fábulas......................................................................................................43
2.4 Classificação silábia.............................................................................................................46
O
Capítulo 3: Formação de palavras..........................................................................................50
PR
3.1 Contos maravilhosos...........................................................................................................51
3.2 Reflexões da língua: estrutura de palavras (raiz, radical, tema), afixos, desinências e
outros processos.......................................................................................................................54
3.3 Gênero textual: contos maravilhosos............................................................................59
3.4 A acentuação das oxítonas...............................................................................................61
ÃO
Capítulo 4: Classificação dos substantivos..........................................................................64
4.1 Contos religiosos..................................................................................................................65
4.2 Substantivo comum, próprios, simples, composto, concreto, abstrato, primitivo,
derivado e coletivo....................................................................................................................66
Ç
5.1 Notícia.....................................................................................................................................79
5.2 Flexões do substantivo em gênero e número; grau dos substantivos..................81
O
A
Capítulo 8: Estrutura e tempos verbais...............................................................................132
ID
8.1 Leitura de texto: relato.......................................................................................................133
8.2 Tempos verbais nas três conjugações no modo indicativo......................................135
8.3 Gênero textual: relato........................................................................................................145
IB
8.4 Polissemia.............................................................................................................................146
O
9.1 Texto: entrevista...................................................................................................................151
9.2 Reflexões da língua: verbos...............................................................................................154
PR
9.3 Tipo textual: expositivo.....................................................................................................163
9.4 O uso da pontuação na expressividade do texto - III.................................................165
11.2 Pronomes.............................................................................................................................186
11.3 Tipo textual: narrativo-descritivo...................................................................................193
11.4 Reapresentação do gênero textual: crônica................................................................195
D
A
CAPÍTULO 1
12
A
ID
HISTÓRIAS QUE MARCAM GERAÇÕES
IB
O
Podemos nos expressar de diferentes maneiras: através da fala, de imagens, das artes,
da escrita etc. Sendo assim, devemos ter o máximo de domínio possível daquela forma
de expressão que mais usamos. Para o caso da escrita, nada como o bom e velho estudo
PR
da língua portuguesa para deixar-nos tranquilos na hora de escrevermos ou fazermos a
interpretação de algo escrito. Sendo assim, o objetivo deste capítulo é ajudá-lo a escrever
palavras com correção ortográfica, obedecendo às convenções da língua escrita; para
tanto, você estudará os fonemas (sons) para perceber bem as diferenças, às vezes muito
sutis, de som de cada palavra; recorrerá ao dicionário para esclarecer dúvidas sobre
ÃO
a escrita de palavras, construirá verbetes de dicionário ou glossário simples e terá a
orientação de como usar adequadamente a pontuação das pausas no texto.
Hans Christian Andersen, que é uma referência no gênero conto de fadas, um estudo do
tipo textual narrativo e uma produção textual deste gênero.
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EP
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(c) Envato
1.1 CONTO DE FADAS
13
A roupa nova do rei meu reino carecem das qualidades ne
cessárias para desempenhar seus cargos.
Há muitos e muitos anos, havia um
E também poderei distinguir os tolos
rei tão apaixonado, mas tão apai xonado
dos inteligentes. “Sim, estou decidido a
por roupas novas, que gastava com elas
A
encomendar um desses trajes para mim!”
todo o dinheiro que possuía. Pouco se
importava com seus soldados, com o Entregou então a um dos tecelões
ID
teatro ou com os passeios pelos bosques, uma grande soma em dinheiro como adi
contanto que pudesse vestir novos trajes. antamento, na expectativa de que assim
E ele tinha mesmo um para cada hora do os dois começassem imediatamente o
IB
dia, tanto que, ao invés de se dizer dele o trabalho. E foi o que aconteceu: depois
que se diz de qualquer rei: “O de receberem uma grande quanti dade
O
rei está ocupado com seus de seda pura e fio de ouro, material
conselheiros”, por exemplo, que guardaram em seus alforjes, os
dele se dizia sempre a dois vigaristas prepararam os
PR
mesma coisa: “O rei está se teares e fingiram entregar-se
vestindo”. ao trabalho de tecer, embora
não houvesse um só fio nas
Na cidade em que
lançadeiras.
vivia, a vida era muito
ÃO
alegre; todos os dias “Gostaria de saber como
chegavam multidões de vai o trabalho dos tecelões” —
forasteiros para visitá-la, pensou um dia o rei. Todavia,
e, entre eles, certa temendo ser ele mesmo um tolo,
Ç
maravilhosos do mundo. E não somente saber, por esse meio, se seus vizinhos
as cores e os desenhos de seus tecidos ou amigos era tolos. “Mandarei meu fiel
R
de se tornar invisíveis para aqueles que para ver o tecido, pois é um homem muito
não tivessem as qualidades necessárias hábil e ninguém cumpre seus deveres
para desempenhar suas funções e tam melhor do que ele”. E assim o bom e velho
bém para aqueles que fossem muito tolos primeiro ministro dirigiu-se ao aposento
R
A
cortesão; “mas se não
“Deus meu! vejo o tecido, é porque
ID
— pensava. Serei não devo ser capaz de
eu tão tolo assim?” exercer minha função...
E não querendo que Melhor pois não dar a
IB
ninguém soubesse perceber esse fato.”
de sua tolice e menos
ainda que o julgasse E assim foi, até
incapaz de exercer a que o rei convencido de
O
função de ministro, que ele próprio deveria
imediatamente ver o tal tecido enquanto
PR
respondeu: “É muito ainda estivesse no
lindo! Que efeito tear, pediu que outros
encantador!” E mais cortesãos, den
fitando o tear vazio (c) Freepik
tre os quais o primeiro
através de seus óculos: “O que mais me ministro e o outro palaciano que haviam
ÃO
agrada são os desenhos e as maravilhosas fingido ver o tecido, o acompanhassem
cores que o compõem. Asseguro-lhes que em uma visita aos falsos tecelões.
direi ao rei o quanto gosto de seu trabalho!” Chegando lá, viu que os dois vigaristas
com o maior cuidado trabalhavam no
“Ficamos muito honrados em ouvir tear vazio, e com grande compenetração.
Ç
ministro ouviu-os com a maior atenção, outras pessoas viam o tecido. “Mas o que
com a intenção de repetir essas palavras é isto?” — pensou o rei. “Não estou vendo
O
quando estivesse na presença do rei. nada! Isso é terrível! Serei um tolo? Não
Percebendo que seu plano estava terei capacidade para ser rei? Certamente
não poderia acontecer-me nada pior.” E
R
Passado algum tempo, o rei envia Por sua vez, todos os outros cortesãos
outro fiel cortesão para verificar o pro olhavam e obviamente também não viam
gresso do trabalho dos falsos tecelões e nada. Porém, como nenhum queria passar
a fim de saber se eles demorariam muito por tolo ou incapaz, todos fizeram coro
às palavras de Sua Majestade. “É uma E embora ninguém visse nada,
beleza!” - exclamavam. E aconselharam o todos fingiam ver, enquanto ouviam os
rei a mandar fazer uma roupa com aquele vigaristas a descrever as roupas, porque 15
tecido maravilhoso, e que a estreasse no todos temiam ser considerados tolos ou
grande desfile que se iria realizar daí a incapazes.
alguns dias.
“Tirai agora vossas roupas,
Majestade - disse um dos falsos tecelões
A
- e as
sim poderá experimentar a roupa
nova na frente do espelho”. E o rei tirou a
ID
roupa que vestia e os impostores fingiram
entregar-lhe peça por peça suces
sivamente e a ajudá-lo a vestir cada uma
delas. “Que bem assenta este traje em
IB
Sua Majestade!!!” “Como está elegante!!!
Que desenho e que colorido! É uma roupa
magnífica!”
O
“Estou pronto” – disse finalmente o
rei, completamente nu. “Acham que esta
PR
roupa me assenta bem?” E novamente
mirou-se no espelho, a fim de fingir que se
admirava vestido com a roupa nova. E os
camaristas, que deviam carregar o manto,
inclinaram-se fingindo recolhê-lo do chão e
ÃO
Os elogios ao inexistente tecido
corriam de boca em boca e toda a cidade logo começaram a andar com as mãos no ar,
es
tava curiosa e entusiasmada. E o rei carregando nada, pois também eles não se
condecorou os dois vigaristas com a ordem atreviam a dizer que não viam coisa alguma.
dos cavaleiros e concedeu-lhes o título de À frente o rei andava orgulho so e todos
os que o assistiam das ruas e das janelas,
Ç
Cavaleiros Tecelões...
exclamavam: “Como está bem vestido o
Na noite anterior ao desfile, os rei! Que cauda magnífica! A roupa assenta
U
dois vigaristas, querendo que todos nele como uma luva!!!” Nunca na verdade
testemunhassem seu grande interesse em a roupa do rei alcançara tanto sucesso! Até
D
terminar a roupa do rei, passam a noite que subitamente uma criança, do meio da
toda trabalhando, à luz de dezesseis velas. multidão gritou: O rei está nu!!!
E fingem tirar a fazenda do tear, e cortá-
O
la com enormes tesouras e costurá-la com “Ouçam! Ouçam o que diz esta
agulhas sem linha de espécie alguma até criança inocente!” - observou o pai a
R
O rei, então, acompanhado por seus o povo. E o rei ouvindo, fez um trejeito,
mais nobres cortesãos, vai ao atelier dos pois sabia que aquelas palavras eram
vigaristas, e um deles, levantando um a expressão da verdade, mas pen sou:
braço, como se segurasse uma peça de “O desfile tem que continuar!” E, assim,
R
roupa, diz: “Aqui estão suas calças. Este continuou mais impassível que nunca e os
é o colete!!! Veja, Vossa Majestade, aqui camaristas continuaram segurando a sua
está o casaco! Finalmente, dignai-vos a cauda invisível .
examinar o manto! Estas pe ças pesam
Hans Christian Andersen (1837)
tanto quanto uma teia de aranha. Quem
as usar mal sentirá o seu peso...”
Sobre o autor:
A
ATIVIDADES
ID
1. Há palavras desconhecidas por você no texto? Pesquise o significado no
IB
dicionário e elabore um glossário.
O
3. Que personagens são apresentados ao longo dessa história?
PR
4. Quais são as características do rei?
se entre as barras oblíquas : //. Letra é a representação escrita desses sons. Observe as
palavras que se seguem:
D
(c) Freepik
Percebe-se que a quantidade de letras não é necessariamente igual à quantidade
de fonemas e vice-versa. Percebe-se ainda que a maneira de transcrever os fonemas é
um tanto diferente... Isso ocorre porque uma mesma letra pode representar diferentes 17
fonemas, dependendo da sua posição na palavra, e também da própria palavra. A seguir,
observe o som da letra destacada nas palavras de mesma escrita:
• A palavra Erro pode ser um substantivo, com o som do e fechado: ê; ou o verbo errar,
com o som do e aberto: é.
A
ID
ATIVIDADES
IB
1. O que são fonemas ?
O
3. A quantidade de letras precisa ser igual à quantidade de fonemas e vice-
versa?
PR
4. Conte a quantidade de letras e fonemas das dez palavras destacadas do
trecho abaixo:
“Há muitos e muitos anos, havia um rei tão apaixonado, mas tão apaixonado
por roupas novas, que gastava com elas todo o dinheiro que possuía. Pouco se
ÃO
importava com seus soldados, com o teatro ou com os passeios pelos bosques,
contanto que pudesse vestir novos trajes. E ele tinha mesmo um para cada hora
do dia, tanto que, ao invés de se dizer dele o que se diz de qualquer rei: “O rei
está ocupado com seus conselheiros”, por exemplo, dele se dizia sempre a mesma
coisa: “O rei está se vestindo”.”
Ç
Vogais: são sons formados pelas das sílabas. Na língua portuguesa há cinco
vibrações das cordas vocais sem obstáculo vogais (a, e, i, o, u), porém os fonemas
O
à passagem de ar. São sempre o núcleo relativos a elas são em maior número.
Observe:
R
i u
EP
ê ô
é ó
R
A
o ar passa pela boca e pelas fossas
E som ê (oral/fechado) medo, velar
nasais: compaixão, homem,
ID
E som “en” (nasal) sempre, dentro
razão.
• As vogais abertas ocorrem I som i (oral/fechado) vida, sede
IB
com a boca aberta: fé, glossário. O som ó (oral/aberto) pó, ora, nova
O
• As vogais fechadas ocorrem
O som õ (on) (nasal) conto, bomba
quando a vogal é pronunciada
PR
com a boca quase fechada: U som u (oral/fechado) único, santo
Teresa, Bosco. U
som “un” (nasal/
renúncia, atum
fechado)
• As vogais tônicas ocorrem
quando a vogal é pronunciada
com maior intensidade, não tem necessariamente acento: José, Batista.
ÃO
• As vogais átonas ocorrem quando a vogal é pronunciada com menor intensidade:
amigo, forte.
Ç
som “u”.
I som i pai, peixe, noite, cuidar
O
boca), úvula (“sininho” da garganta). O próprio nome já demonstra isso (com + soante),
sendo as consoantes acompanhadas de uma soante (vogal) para formar as sílabas e,
consequentemente, as palavras. Para demonstrar o som das consoantes geralmente
R
A
ch som x Chave r som rr ruína, erro
ID
d som d Deus r som r querido, caro
d som dz dia, sede s som s sabedoria,
f som f Francisco Deus
IB
g som gu Gálatas, guerra s som z Jesus
g som j Gênesis, hagiografia t som t Tempo
O
j som j Jesus, jovem t som tz Tiago
l som l lealdade v som v vela, verdade
PR
l som u Leal x som x xiita
lh som liê velho x som s expiar
k som k Katia, Kg (quilo) x som z exegese
m som m Maria x som cs reflexão
ÃO
n som n nuvem z som s Feliz
ATIVIDADES
Ç
U
A
f) Vogais abertas ( ) são pronunciadas passando pela boca e fossas nasais.
4. O que são semivogais?
ID
5. Como são caracterizadas as consoantes?
6. Diga quantos e quais são os fonemas relativos às vogais.
IB
7. Quais são os sons (fonemas) das semivogais?
8. Como é possível demonstrar os sons das consoantes?
O
a) Casos especiais
PR
Nós vimos as vogais e as consoantes, seus respectivos sons e alguns exemplos;
agora veremos os casos especiais que merecem ser mencionados.
K, W e Y
ÃO
As letras “k”, “w” e “y” são usadas apenas em alguns casos especiais, como
abreviaturas, símbolos, unidades de medida, nomes estrangeiros e nomes próprios.
Na língua portuguesa, o “k” foi substituído pelas letras “qu” e o “c” (quilo /
Ç
Km (quilômetro),
Kant > kantiano
O
Kl (quilolitro),
Shakespeare > Katia, Kevin Kart, kit
Kg (quilograma),
shakesperiano
K (potássio)
R
Ç (c cedilhado)
Para ter o som de “cê” diante das vogais a, o e u, é necessário usar a cedilha (que
quer dizer c pequeno e se trata de um pequeno c virado para trás que é posto abaixo do
c, que se denomina c cedilhado – e não c cedilha ), como em pareça, pareço e caçula.
GeJ
A
bém diante das
vogais a, e, i e o j som j jeito, jiboia
ID
(gua/gue/gui/guo),
ouvimos o som do gue/gui som guê (u mudo) guerra, guitarra
u levemente.
gu- a/e/i/o som gu-ê (u pronunciado) água, águo
IB
H, M e N
O
No início de palavras, a letra h não representa fonema na língua portuguesa (ou
seja, é sem som). No entanto, no caso dos dígrafos CH, LH e NH, há apenas um som,
PR
diferente do som dessas
consoantes isoladas . No Letra Som dela Exemplos
fim de sílabas, o m e o n H sem som haver, húmus
também não representam
fonemas, marcando apenas a M sem som (apenas nasal) margem, vintém
ÃO
nasalidade da vogal anterior.
N sem som (apenas nasal) conto, vintém
Sons Exemplos
tar diversos sons, como o do
s, o de ss, o do z, o do ks, s (si fraco) sexto, expiação
U
(c) Freepik
CH, GU, LH, NH, QU, RR, SS, SC, SÇ, SX
22 Todas as letras acima são chamadas dígrafos porque representam apenas um som.
A
Gu guê (um som) guirlanda
ID
Lh lhê (um som) galheta
IB
Qu quê (um som) querubim
O
Rr rrê (um som) jarro
PR
Sc sê (um som) nascimento
ATIVIDADES
U
o K, o W e o Y são usados?
9. Leia o trecho abaixo e faça o que se
O
A
conflito gerador, clímax e desfecho. Ao longo
dessa estrutura narrativa são apresentados os
ID
principais elementos da narração: personagem,
espaço, narrador, tempo e enredo.
IB
Elementos da narrativa:
O
PERSONAGEM: É quem faz parte conhece tudo, inclusive os pensa-
da história. Os personagens podem mentos e sentimentos dos persona-
PR
ser: gens, e pode emitir opinião; o texto
é narrado em 3ª pessoa.
• Protagonistas: ocupam o lugar
principal da história; TEMPO: Marca quando a trama é
desenvolvida ou a duração dela. Pode
• Antagonistas: são adversários ser:
ÃO
dos protagonistas, os que vão difi-
cultar a vida do personagem prin- • Cronológico: refere-se à passa-
cipal. gem das horas, dias, meses, anos.
ocorrem as ações.
senta os personagens e mostra o
NARRADOR: É a “voz do texto”, res- tempo e o espaço em que estão inse-
O
24
Adivinhação
(Irmãos Grimm)
Era uma vez três mulheres que tinham
A
sido transformadas em flores e estavam
no meio de um campo; uma delas, porém,
podia passar a noite em casa.
ID
SITUAÇÃO INICIAL
IB
transformar-se em flor, ela disse ao marido:
O
CONFLITO GERADOR colher-me, ficarei livre e poderei ficar
sempre contigo.
PR
E assim sucedeu. Pergunta-se, como
CLÍMAX é que o marido pôde reconhecê-la se as
três flores eram exatamente iguais, sem
nenhuma diferença?
ÃO
Resposta: como esta tivesse passado
DESFECHO a noite em casa e não no campo, o orvalho
não caiu sobre ela como nas outras. Foi por
isso que o marido a reconheceu.
Ç
U
D
SITUAÇÃO INICIAL
O
PERSONAGENS
Era uma vez três mulheres que tinham sido
transformadas em flores e estavam no meio de um
ESPAÇO campo; uma delas, porém, podia passar a noite em
casa.
R
TEMPO
Um dia, ao amanhecer, no momento de voltar
para junto das companheiras e transformar-se em
flor, ela disse ao marido:
CONFLITO GERADOR
A
ID
CLÍMAX
O clímax é o momento de maior emoção que leva ao desfecho da trama. Percebe-
se que a pergunta feita pelo narrador instiga a uma resposta para que se conheça o
IB
desfecho:
O
“E assim sucedeu. Pergunta-se, como é que o marido pôde reconhecê-la
se as três flores eram exatamente iguais, sem nenhuma diferença?”
DESFECHO
PR
O desfecho é a parte da narrativa que mostra a solução do conflito. Nesse caso,
ÃO
mostra como o marido a reconheceu:
Resposta: como esta tivesse passado a noite em casa e não no campo, o orvalho não
caiu sobre ela como nas outras. Foi por isso que o marido a reconheceu.
Ç
U
NARRADOR
O trecho acima demonstra que o narrador é onisciente, pois ele sabe o que os
D
personagens pensam.
O
A
• Por causa disso, não é possível determinar o tempo na história dos contos de
ID
fadas em geral;
• Caráter educativo: os contos sempre contêm um ensinamento que leva a boas
ações;
IB
• Obstáculos que vencer;
• Geralmente tais obstáculos referem-se a injustiças (uma
O
maldição, por exemplo);
• Encantamentos;
•
PR
Geralmente o espaço da trama é um castelo, um
reino, uma floresta, um campo entre outros.
ÃO
Ç
U
ATIVIDADES
D
O
a) O rei morreu e a Princesa era cuidada pela Madrasta, que tinha inveja dela.
EP
b) Eram três mulheres que foram transformadas em flores, contudo uma delas
podia passar a noite em casa.
c) Havia um rei vaidoso, que só se ocupava de suas roupas novas.
R
A
tramando dar nele um golpe, fingi-
6. Como eles conseguiram enganar o
ram-se de tecelões, e apresentaram-
rei?
-se no palácio dizendo-se capazes de
ID
tecer os tecidos mais maravilhosos do 7. Por que o rei “caiu na conversa” dos
mundo. E não somente as cores e os vigaristas?
desenhos de seus tecidos eram mag-
IB
níficos, mas também os trajes que fa- 8. Que estratégia o rei usou para não
ziam possuíam a qualidade especial ser tomado por tolo quando desejou ver
de se tornar invisíveis para aqueles como ia o trabalho dos tecelões?
O
que não tivessem as qualidades ne- 9. Que características o primeiro-mi-
cessárias para desempenhar suas nistro tinha para que o rei lhe confias-
PR
funções e também para aqueles que se essa missão?
fossem muito tolos e presunçosos.”
10. O que o rei pensa quando final-
b) “Até que subitamente uma crian- mente vê o tecido?
ça, do meio da multidão gritou: O rei
11. Por que o rei ficou orgulhoso de
está nu!!!”
ÃO
seus trajes?
c) “Que bem assenta este traje em 12. Esse conto retrata defeitos e qua-
Sua Majestade!!!” “Como está elegan- lidades de alguns personagens. Diga
te!!! Que desenho e que colorido! É qual é o defeito ou a qualidade dos per-
uma roupa magnífica!” sonagens abaixo.
Ç
acontecimentos.
EP
R
28 14. Leia o trecho do discurso do Papa Bento XVI em audiência geral por
ocasião dia 29 de agosto de 2012, quando a Igreja celebra o martírio de
São João Batista:
''Caros irmãos e irmãs, celebrar o martírio de São João Batista recorda-
nos, também a nós cristãos deste nosso tempo, que não se pode ceder
a compromissos com o amor a Cristo, à sua Palavra e à Verdade. A
A
Verdade é Verdade, não existem compromissos. A vida cristã exige, por
assim dizer, o «martírio» da fidelidade quotidiana ao Evangelho, ou seja,
ID
a coragem de deixar que Cristo cresça em nós e que seja Cristo quem
orienta o nosso pensamento e as nossas ações. Mas isto só se verifica
na nossa vida se a nossa relação com Deus for sólida. A oração não é
tempo perdido, não é roubar espaço às atividades, inclusive às obras
IB
apostólicas, mas é precisamente o contrário: se formos capazes de
ter uma vida de oração fiel, constante e confiante, o próprio Deus
dar-nos-á a capacidade e a força para viver de modo feliz e tranquilo, para superar as
O
dificuldades e testemunhá-lo com coragem. São João Batista interceda por nós, a fim de
sabermos conservar sempre o primado de Deus na nossa vida. Obrigado!”
PR
a) Há semelhança entre esse texto sobre São João Batista e o do início do capítulo ?
b) Consegue perceber que a defesa da verdade tem um preço? Vale a pena?
c) Escreva uma continuidade do conto A Roupa Nova do Rei contando o que
aconteceu com o menino que denunciou a verdade sobre a roupa do rei. Não se
esqueça do título e do que foi visto sobre a estrutura do enredo e os elementos da
ÃO
narrativa.
d) Após a produção, use o roteiro de revisão a seguir para que você julgue se o seu
trabalho está bem feito.
Ç
A
• Reflete uma pausa total na oralidade e serve para encerrar frases que declaram
algo ou frases imperativas:
ID
“... a fim de fingir que se admirava vestido com a roupa nova.”
IB
“Concede-nos o que mandas, e manda o que quiseres.” (Santo Agostinho)
O
Dr. Doutor etc. et cetera Sr. Senhor Pe. Padre
PR
Abreviaturas usadas internacionalmente não levam ponto:
km quilômetro
ÃO
l litro
Expressa uma pausa mais longa que a vírgula, porém, também serve para:
U
A
separar palavras, dar uma explicação ou tornar algo mais claro. Veja:
ID
“Ó Cristo (Rei piedoso) “Ó Cristo, Rei piedoso,
IB
a vós e ao Pai toda a glória, a vós e ao Pai toda a glória,
com o Espírito Santo, com o Espírito Santo,
eterna honra e vitória.” eterna honra e vitória.”
O
(Hino da Liturgia das Horas) (Hino da Liturgia das Horas)
“A felicidade é um mistério
“A felicidade é um mistério, como
Ç
IMPORTANTE!
• A vírgula deve ser usada para separar palavras que desempenhem a mesma
função. Observe o exemplo e perceba que ele poderia facilmente ser listado:
R
“Quando possuirei uma paz sólida, paz estável, imperturbável, paz interna
e externa, paz assegurada de todos os lados?”
(Imitação de Cristo)
“Quando possuirei
• uma paz sólida, 31
• paz estável,
• imperturbável,
• paz interna e externa,
• paz assegurada de todos os lados?”
A
• Para separar elementos repetidos:
ID
“Vinde,vinde, Emanuel,
E liberte a lamuriosa Israel,
IB
Que chora solitária no exílio,
Até o surgimento do Filho de Deus.” (Canto tradicional do Advento)
O
• Para isolar o vocativo:
GLOSSÁRIO
“Meu Deus, eis aqui meu coração.”
PR
(Santo Agostinho)
Vocativo é um termo isolado
“Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso que indica o chamamento,
coração anda inquieto enquanto não invocação, interpelação de
descansar em ti.” uma pessoa.
ÃO
(Santo Agostinho)
senhor ministro.”
• A vírgula deve ser usada também quando alguns tipos específicos de expressões
U
EXPRESSÕES DE TEMPO
"Enquanto orava, transformou-se o seu rosto e as suas vestes tornaram-se
O
EXPRESSÕES DE LUGAR
EP
"A grande cidade foi dividida em três partes, e as cidades das nações caíram, e
Deus lembrou-se da grande Babilônia, para lhe dar de beber o cálice do vinho de sua
ira ardente.” (Ap 16, 19)
R
EXPRESSÕES DE MODO
"De modo algum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma profana e impura." At
10, 14.
• A vírgula também deve ser usada para separar expressões de oposição (mas,
porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto) e expressões de explicação (logo,
32 pois, porque, por exemplo).
EXPRESSÕES DE OPOSIÇÃO
“O Pai quer que o ame, porque Ele me perdoou não muito, mas tudo.”
A
(Santa Teresinha do Menino Jesus)
ID
“Contudo, não esqueçam, meus filhos, que falo sempre de uma liberdade responsável.”
(São Josemaría Escrivá de Balaguer)
IB
EXPRESSÕES DE EXPLICAÇÃO (mesmo caso dos parênteses)
O
“Vossa sou, pois me criastes,
Vossa, porque me remistes...” (Santa Teresa D’Ávila)
• PR
Depois de sim e não no início das sentenças:
ÃO
Sim, eu aceito. Não, eu não quero.
ATIVIDADES
U
D
a) “Na véspera do grande dia recebi a absolvição pela segunda vez” (Santa
Teresinha)
R
b) “Eu sou um cérebro Watson O resto é mero apêndice” (Arthur Conan Doyle)
EP
c) “Se tu vens por exemplo às quatro da tarde desde as três eu começarei a ser
feliz Quanto mais a hora for chegando mais eu me sentirei feliz” (Antoine de
Saint-Exupéry)
d) “Não existe triunfo sem perda não há vitórias sem sofrimento não há
R
A
CAPÍTULO 2
34
A
ID
IB
ARTIGOS E NUMERAIS
Você já parou para pensar no quanto uma ideia pode ser expressa de diferentes
O
maneiras, a depender da intenção que temos? Por exemplo, se você deseja ensinar uma
expressão matemática para alguém, é preciso usar uma estrutura e elementos bastante
PR
específicos para que o texto explicativo seja didático, isto é, de fácil compreensão. Se,
porém, você pretender escrever algo que passe uma mensagem implícita, ou seja, que
deve ser compreendido pelo leitor a partir da sua própria interpretação, é necessário
fazer o uso de outros elementos e estruturas.
ÃO
É pensando nisso que temos, então, o que chamamos de tipos e gêneros textuais.
Para que os compreendamos melhor e melhoremos nossa capacidade de escrita, é preciso
estudá-los com dedicação e, principalmente, fazer sempre boas leituras. Nas páginas
seguintes, você terá contato com um dos vários tipos e gêneros textuais, além de estudar
Ç
duas classes gramaticais: a dos artigos e a dos numerais. Ademais, estudará também
as classificações silábicas. O objetivo deste capítulo é que você avance em seus estudos
de língua portuguesa, conhecendo classes de palavras, seu emprego e flexão, novos
U
tipos e gêneros textuais, o que dará a você uma base maior e melhor para que consiga
interpretar com facilidade o que lê, bem como ter em mãos as ferramentas certas para
D
(c) Envato
2.1 FÁBULAS
Nesta seção, você lerá uma fábula de Esopo. A partir deste texto, exercitará sua 35
leitura e interpretação e tentará enquadrá-lo em um tipo textual.
Leia o texto a seguir:
AS ÁRVORES E O MACHADO
A
Um homem foi à floresta e pediu às árvores que estas
lhe doassem um cabo para o seu machado. O conselho
ID
das árvores concordou com o seu pedido e deu a ele uma
jovem árvore para este fim. Logo que o homem colocou o
novo cabo no machado, começou furiosamente a usá-lo
IB
e em pouco tempo havia derrubado, com seus potentes
golpes, as maiores e mais nobres árvores da floresta. Um
velho Carvalho lamenta quando a destruição dos seus
O
companheiros já está bem adiantada, e diz a um Cedro,
seu vizinho: O primeiro passo significou a perdição de
PR
todas nós. Tivéssemos respeitado os direitos daquela
jovem árvore, ainda teríamos os nossos próprios e o
direito de ficarmos de pé por muitos anos.
ÃO
Sobre o autor:
b) Em sua opinião, qual seria a atitude mais sábia do conselho das árvores?
EP
Você já sabe que existem algumas classes gramaticais que nos auxiliam a
compreender melhor nossa língua, por meio da função que as palavras desempenham na
oração em que são empregadas. Sabendo disso, é fundamental o estudo e a compreensão
dessas classes. Por isso, nesta seção, você estudará duas classes gramaticais: artigos e
numerais. Vamos começar!
a) Artigo: classificação e emprego lão? Maria e Joana? Antônia e Marcela?
Ou outras?
36 Como você já sabe, os artigos são aque-
Algumas vezes, os artigos podem unir-
las palavras antepostas aos substantivos
-se às preposições a, de, em e por. Assim,
para que possamos determinar ou não os
diante de substantivos masculinos temos:
seres. Além disso, os artigos determinam
ao, aos, do, dos, no, nos, pelo, pelos, num,
o gênero e o número dos substantivos. As-
A
nuns.
sim, temos os artigos definidos e os in-
definidos. Vejamos: Exemplo: Amanhã vamos ao sho-
ID
pping.
•Artigos definidos – são aqueles
que, como o nome já diz, definem o subs- As contrações femininas são: à, às, da,
IB
tantivo, ou seja, quando usamos um artigo das, na, nas, pela, pelas, numa, numas.
definido, estamos determinando o ser em
Exemplo: Os pais deverão ir à es-
questão. Os artigos definidos são: o, a, os,
O
cola para a reunião mensal.
as.
PR
inteiro. Vejamos a seguir como o artigo defini-
Quando antepomos ao substantivo um do deve ser empregado e em quais situa-
artigo definido, estamos determinando o ções ele é repelido.
ser; portanto, no exemplo acima, não es- •Nomes próprios geográficos:
ÃO
tamos falando de qualquer menina, mas nem sempre os nomes próprios de ci-
de alguma menina específica, um ser de- dades, estados e países exigem o artigo
terminado e conhecido pelo locutor e pelo definido. Porém, eis alguns casos em que
interlocutor. o artigo deve ser empregado – a Bahia,
Ç
Nesse exemplo, estamos falando de deter- Em nomes como Portugal, São Paulo,
minados estudantes, e não de quaisquer
D
A
Todas três tiraram boas notas.
• cardinal – um, dois, sete, dez
Se, porém, definimos o ser, devemos
ID
etc.;
empregar o artigo.
• ordinal – primeiro, segundo,
Exemplos:
sétimo, décimo etc.;
IB
Todos os cinco irmãos foram pas-
• multiplicativo – dobro/duplo,
sear.
sétuplo, décuplo...;
O
Todas as três estudantes tiraram
• fracionário – meio, sétimo, dé-
boas notas.
cimo etc.
PR
• Antes dos substantivos milhão, mi-
Algumas palavras também são consi-
lhar e bilhar, o artigo e o numeral devem
deradas numeral, como zero e ambos.
concordar no masculino.
Exemplos: grau zero, zero quilô-
Exemplo:
ÃO
metro; ambos os livros estavam na
Os milhares de pessoas em situ- mesa; ambas as alunas não fizeram
ações de risco pedem ajuda ao gover- a lição.
no.
Temos ainda os substantivos coletivos
Ç
antes dos títulos honoríficos dom e mon- coisas, podendo, assim, definir exatamen-
senhor. Além disso, não empregamos o te a quantidade de seres que compõem o
D
Exemplo:
mestre, que remetem a meses.
Ela estava cansada, por isso ficou
em casa. (E não: ficou na casa...) Leitura e escrita dos números
Voltou a casa para falar com sua Quando temos um cardinal composto
mãe. (E não: voltou à casa...) de:
a) apenas dois algarismos – acrescen-
ta-se a conjunção e entre os algarismos. Importante!
38 Se o primeiro algarismo da cente-
Exemplos:
na final for zero, devemos acrescen-
29 = vinte e nove. tar a conjunção e. Exemplo: 2021 –
dois mil e vinte e um. Essa conjunção
34 = trinta e quatro.
também aparecerá caso os dois últi-
A
b) três algarismos – coloca-se a con- mos ou os dois primeiros algarismos
junção e entre cada um dos algarismos. sejam zero. Exemplos: 3400 – três
ID
mil e quatrocentos; 1007 – mil e sete.
Exemplos:
Não se põe vírgula entre uma
133 = cento e trinta e três.
IB
classe de números e outra na escri-
474 = quatrocentos e setenta e ta por extenso, e não colocamos pon-
quatro. to na escrita dos anos, como: 1986,
O
2010 etc.
c) quatro algarismos – intercala-se a
conjunção e apenas do segundo número d) vários grupos formados por três al-
PR
em diante. garismos – omite-se a conjunção e entre
cada grupo.
Exemplos:
Exemplo:
2920 = dois mil novecentos e vin-
ÃO
te. 2.143.194.212.410 = dois trilhões
cento e quarenta e três bilhões cento
1904 = mil novecentos e quatro.
e noventa e quatro milhões duzentos
e doze mil quatrocentos e dez.
Ç
forma cardinal.
Exemplo:
O
avos; etc.
(c) Vatican News
EP
Ordinais ou cardinais?
Leia as seguintes frases: Dom Pedro I, Papa Bento XVI, século IX... De
que forma você leu os numerais, como ordinais ou como cardinais? Muitas vezes,
R
A
cinco quinto quíntuplo quinto
ID
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
IB
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro _______ onze avos
O
doze décimo segundo _______ doze avos
treze décimo terceiro _______ treze avos
PR
quatorze décimo quarto _______ quatro avos
quinze décimo quinto _______ cinco avos
dezesseis décimo sexto _______ seis avos
dezessete décimo sétimo _______ sete avos
ÃO
dezoito décimo oitavo _______ oito avos
dezenove décimo nono _______ nove avos
vinte vigésimo _______ vinte avos
trinta trigésimo _______ trinta avos
Ç
A
Opa, desculpe se estou invadindo um livro que trata de língua portuguesa e
não da minha área: matemática. Mas, se me permite, tenho algo a dizer. Você deve
ID
ter percebido que, na expressão exposta acima, eu uso o numeral 1, mas que, ante-
riormente, eu escrevi o numeral por extenso: um. É justamente por essa razão que
estou aqui. Você já parou para pensar que, às vezes, escrevemos o numeral um ou
IB
uma, mas em outras situações queremos escrever os artigos indefinidos de mesma
forma? Pois é, creio que isso deve trazer muita confusão, até mesmo para os nativos
da língua portuguesa. Eu não vim para dar a você nenhuma resposta pronta, mas
O
para fazê-lo(a) pensar. Para isso, apresentarei algumas frases e você deverá dizer se
as palavras um e uma estão sendo empregadas como numeral ou como artigo. Leia
PR
com atenção e busque explicações plausíveis. Feito isso, escreva sua conclusão, que
deve responder à seguinte questão: um e uma, quando é numeral e quando é artigo?
Frase 1. O professor fez apenas uma questão para os alunos, porém deixou todos
a pensar por muito tempo.
ÃO
Frase 2. Eis uma afirmação matemática: todo número elevado a zero é igual a
um.
Frase 3. Luísa gosta tanto de ler que em um mês leu seis livros, enquanto sua
irmã não leu nem sequer um.
Ç
Frase 4. Era uma linda manhã de domingo, os pássaros foram até a janela des-
U
pertar a menina e logo ela pôs-se a contar quantos daqueles cantores de pena havia
em seu quarto. Um, dois, três, quatro... Eram lindos e numerosos. Mas havia uma
D
cotovia que cantava mais lindamente que todos que ali estavam, o que fez a menina
suspirar e sorrir.
O
R
atraído pela matemática e, por isso, mudou-se para Paris, capital francesa, onde
seus estudos seriam mais bem desenvolvidos. Por volta dos 16 anos, seu pai foi
transferido para Rouen, também França, e lá Pascal realizou suas primeiras pes-
quisas no campo da física. Foi também nessa época que ele inventou uma pequena
R
A
• Os substantivos coletivos numéricos
e aqueles com terminação em –entos e –ão
são variáveis apenas em número.
(trezentas, milhões etc.), são invariáveis,
ID
ou seja, não são flexionados nem em gênero Exemplos:
nem em número.
Comprei duas dúzias de ovos.
IB
• Os ordinais, por outro lado, variam
Os dois pares de calçados foram
em gênero e número.
comprados na mesma loja.
O
PR
ATIVIDADES
1. Leia o trecho abaixo, retirado do texto A Moça Tecelã, escrito por Marina
Colasanti.
ÃO
A moça tecelã
Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas
da noite. E logo sentava-se ao tear. Linha clara, para começar o dia. Delicado
traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora
Ç
pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre
o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela. Mas se durante muitos
O
dias. Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de
escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede
vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de
lançar seu fio de escuridão, dormia tranquila.
R
A
c) frei
d) sua roupa
ID
e) Cairo
3. Leia as frases abaixo e faça as correções necessárias quanto ao uso dos artigos.
IB
a) Todas as três foram bem na prova.
b) A casa cuja a cor é amarela pertencia ao Imperador.
c) Brasil é um belíssimo país.
O
d) A Sua Majestade tem muitos criados.
e) As milhares de árvores foram cortadas para a plantação de soja.
PR
4. Escreva por extenso os seguintes números:
a) 5.786.934
b) 19.045
c) 3.320
ÃO
d) 485
e) 292.133.194.281
5. Informe quantos anos representam os substantivos coletivos numéricos
seguintes:
Ç
a) tricentenário
b) milênio
U
c) século
d) quadriênio
D
e) quinquênio ou lustro
6. Diga se os algarismos que aparecem nas frases a seguir devem ser lidos como
O
ordinais ou cardinais.
a) Dom Pedro I declarou a independência do Brasil às margens do Rio Ipiranga.
R
f) O capítulo VI do livro deve ser lido com bastante atenção, pois traz conceitos
fundamentais para a compreensão dos capítulos VII até o capítulo XIX.
7. Indique se o artigo indefinido, nas suas formas um e uma, é empregado como
artigo ou numeral nas seguintes orações. 43
a) A menina comprou apenas um livro na feira.
b) Uma boa educação sempre fará grandes homens.
c) Na primeira questão de matemática, os alunos tiveram dúvidas se deveriam
pensar em um número qualquer ou se o professor esperava que eles usassem
A
o número um.
d) Era uma vez, uma bela menina que tinha apenas um sonho: o de ser cantora.
ID
e) Havia somente um homem justo entre todos aqueles que já haviam deixado
as virtudes de lado.
IB
8. Desafio!
Imagine que você agora é o(a) professor(a). Assim, deverá escrever um texto
resumindo o conteúdo aprendido nesta seção, a saber: artigos e numerais. Com
O
o texto elaborado, crie uma lista de três exercícios que contemple tais conteúdos.
Faça uma troca de desafios com um de seus colegas: você deverá resolver os
PR
exercícios criados por ele, ao passo que os seus exercícios também serão resolvidos
por ele.
perceber no escrito, bem como a moral esmagá-lo e deixou que fosse embora.
da fábula. Nesta seção, você estudará
Algum tempo depois, o leão ficou preso
U
O Leão e o Ratinho
A
são animais, como vimos na fábula de
Os personagens das fábulas –
ID
lembrando que costumam ser animais
GLOSSÁRIO – manifestam características humanas,
seus defeitos e qualidades, para tratar
IB
de questões morais de forma lúdica e
Lúdico: do latim ludus, que
alegórica. A preferência que os autores
significa jogo, brincadeira.
dão aos animais como personagens da
O
Algo feito através de jogos, história também se dá pelo fato de que
brincadeiras, ou outras ativi- suas características não precisam ser
PR
dades criativas. descritas minuciosamente, uma vez que
já fazem parte do imaginário das pessoas;
Alegórico: expressão não real
assim, é possível manter uma narrativa
de um pensamento, em que
rica, mas curta.
um objeto pode representar
outro. Além do texto em prosa, é possível
ÃO
escrever uma fábula em versos, como no
exemplo a seguir:
Ç
A raposa e o macaco
U
convocou a bicharada
R
A
O macaco chama a bicharada
ID
e faz um anúncio bem alto:
IB
levanta-se e dá um salto.”
O
A raposa, ouvindo aquilo,
PR
bem depressa se levantou,
A coitada da raposa,
O
Agora que você já conhece o gênero textual fábulas, está na sua hora de criar uma.
Seja criativo e não se esqueça de passar uma boa lição de moral. Vamos lá!
R
Produzindo!
Você leu, no começo deste capítulo, uma fábula de Esopo e um breve texto a respeito
desse famoso fabulista. Inspire-se no autor e imagine que você é um escritor com muitas
ideias e lições a ensinar. Pense nos personagens, na lição que você deseja transmitir e
em como conseguir fazê-lo através do enredo da sua fábula. Seja criativo e mãos à obra!
Roteiro de revisão de texto
46
1. Caligrafia. (Como está sua letra? Está escrevendo com capricho ou pode
melhorar? Está legível para o leitor?)
A
ter certeza de sua grafia.)
ID
3. Pontuação. (Você está fazendo as pontuações corretamente? Está
finalizando as frases com ponto final, usando a vírgula quando necessário etc.?)
IB
4. Linguagem formal e informal. (Você está fazendo o uso correto da
língua ao escrever?)
O
necessidade? Você está dando o espaço devido ao iniciar um novo parágrafo?)
PR
6. Sequência. (Há sequência entre as partes do texto?)
Certamente você sabe o que são sílabas e, provavelmente, já as estudou quanto à sua
classificação. Porém, é sempre bom relembrarmos conteúdos antes estudados para que
U
não caiam no esquecimento. Assim, você tem adiante uma seção dedicada ao estudo das
classificações silábicas.
D
Classificação das palavras de acordo Pai, mãe, pó, chã, mau, dor etc.
O
etc.
podem ser classificadas de acordo com
o número de sílabas que as compõem. • Polissílabas – as constituídas de
Vejamos: quatro sílabas ou mais:
• Monossílabas – palavras que Jornalista, sanduíche, divergência,
possuem apenas uma sílaba: esperança, sensibilidade etc.
Para que a divisão das sílabas de são separáveis:
uma palavra seja feita de maneira
Sa-a-ra, la-go-a, ci-ú-me, ju-í-zo etc. 47
certa e, assim, classifiquemos a palavra
corretamente, é preciso compreender como 6. Também são separáveis os dígrafos
essa divisão silábica é feita. Para isso, – rr, ss, sc, sç e xc:
existem algumas regras, veja a seguir:
nas-ci-men-to, bar-ra, pás-sa-ro, ex-
A
1 - Ditongos e tritongos não se ce-ção, des-çam, entre outros.
separam:
7. Quando o dígrafo x tem o som de cs,
ID
pau-ta, gê-nio, vá-cuo, U-ru-guai, sa- ele se junta à vogal seguinte:
guão¸ entre outros.
tá-xi, o-xi-gê-nio, com-ple-xo etc.
IB
2 - Também não se separam os
Classificação das palavras quanto à
dígrafos - ch, lh, nh, gu e qu:
tonicidade da sílaba:
O
fe-cha-du-ra, á-gua, quei-jo, pa-lha-
A sílaba tônica diz respeito àquela que
ço, fro-nha etc.
é pronunciada com mais força. As palavras
PR
3 - Do mesmo modo, alguns encontros recebem uma classificação de acordo
consonantais são inseparáveis - com a posição em que a sílaba tônica se
principalmente aqueles formados por encontra. Vejamos:
consoante + l ou r. Tais como:
• Oxítonas – quando a última sílaba
ÃO
Bra-sil, cláu-su-la, plan-ta, gra-de, da palavra é a tônica:
re-pre-sen-tan-te etc.
Coração – saci – melhor – anel –
Porém, além dos encontros maracujá
consonantais formados por uma consoante
• Paroxítonas – são aquelas em a
Ç
A
b) Ilha
c) Vilarejo
ID
d) Psicólogo
e) Ódio
f) Saúde
IB
2. Copie os grupos em que todas as palavras estão separadas corretamente.
a) por-ta-ri-a, dis-cus-são, té-cni-co, zoo-ló-gico
O
b) fer-ro, sa-bi-á, a-to, trans-tor-no
c) ca-sa-men-to, jo-ia, p-neu, te-a-tro
PR
d) u-nha, ad-je-ti-vo, rit-mo, Pa-ra-guai
e) abs-tra-to, sols-tí-cio, so-sse-go, a-le-crim
f) san-tu-ário, fer-ra-men-ta, ad-mi-rar, guer-ra
3. Encaixe as palavras a seguir nos retângulos, de modo que a sílaba tônica
esteja na parte colorida da forma geométrica.
ÃO
decepção submarino Saara preenchimento viúvo juiz assombrado
Ç
U
D
b) Gratuito
c) Cateter
EP
d) Sutil
e) Adivinhar
f) Ascensão
g) Enxaguei
R
h) Opinar
i) Opção
j) Ignorar
k) Cachoeira
6. Desafio!
Algumas palavras são escritas de maneira igual, mas em umas há acentuação 49
gráfica, enquanto em outras não há, o que traz diferenças de significado. Por
exemplo: fotógrafo e fotografo. Na primeira palavra, temos uma proparoxítona
e se refere à pessoa que tem como profissão a fotografia. A segunda palavra, por
sua vez, é uma paroxítona e é a forma conjugada na primeira pessoa do presente
A
do indicativo do verbo fotografar. Agora é sua vez! Escreva outras palavras em
que apenas pela modificação da sílaba tônica temos um novo vocábulo. Feito isso,
ID
aplique-as em orações de modo que fique clara a diferença entre uma palavra e
outra.
IB
O
PR
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R
CAPÍTULO 3
2
50
A
ID
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
IB
Caro estudante, seguimos os estudos em língua portuguesa apresentando a você
O
um capítulo que tratará de um novo gênero textual, além de questões ligadas à fonética
e morfologia. Por falar nisso, você consegue expressar o que é um estudo fonético? E
PR
morfológico? Pois bem, para que tenhamos um bom domínio de um idioma é preciso
conhecê-lo em todas as suas formas. Assim, dividimos os estudos gramaticais de uma
língua em: fonética, morfologia, sintaxe, semântica e estilística.
Em fonética, estudamos os sons da fala; portanto, tratamos de como os fonemas se
produzem, classificam e agrupam, bem como da pronúncia correta das palavras, do seu
ÃO
acento tônico – que recebe o nome de prosódia – e da sua escrita correta, ou seja, da
ortografia; em morfologia, estudamos as classes de palavras, sua estrutura, formação,
propriedades e flexões; já em sintaxe analisamos questões de regência, concordância e
colocação; em semântica estudamos os significados das palavras; por último, temos a
estilística, que trata do estilo de um texto, ou seja, das diversas maneiras de fazer uso
Ç
de formas escritas que trarão sentimento estético e emoção. Como foi possível perceber,
o estudo de um idioma é riquíssimo e requer muita diligência. Por isso, você tem diante
U
dos olhos mais um capítulo para auxiliá-lo(a) em seus estudos. Vamos lá!
D
O
R
EP
R
(c) Pixabay
3.1 CONTOS MARAVILHOSOS
Leia o texto a seguir : 3
51
SINDBAD, O MARINHEIRO
Sindbad é o meu nome, mas toda a e, saciado, adormeci. Quanto tempo dormi?
gente me chama Sindbad, o Marinheiro, Oh! Sei apenas que, quando acordei,
A
porque vivi mais tempo no mar do que em não vi nenhum dos meus companheiros.
terra. Quando morreu, o meu pai deixou- Corri. Chamei. Mas às minhas chamadas,
ID
me uma grande fortuna. Mas eu era jovem apenas respondia o chilreio dos pássaros
e inexperiente e dentro de pouco tempo e o sussurrar da folhagem. Por fim, fui
tinha dado cabo de tudo. Então, disse para até à baía onde tínhamos ancorado o
IB
mim mesmo: navio. Estava deserta. Levantei então
— Viver na miséria, nunca! os olhos para o horizonte e pude ver o
Com a venda dos poucos bens que me veleiro: era um pontinho ao longe. Os
O
restavam, consegui montar um negócio meus companheiros tinham-se esquecido
e embarquei para as Índias com outros de mim na ilha! Havia por perto uma
PR
mercadores. árvore muito alta. De ramo em ramo,
Estávamos no mar alto quando fomos consegui subir quase até ao cume. Num
colhidos por uma violenta tempestade prado um pouco distante, meio cravado
e perdemos o rumo. Por sorte não num pequeno monte de terra, brilhava
naufragamos. A pouco e pouco, o mar um grande objeto branco, quase esférico.
ÃO
acalmou-se e Com o coração
aportamos a uma cheio de esperança,
ilha, que parecia desci do meu
desabitada, mas era observatório e segui
esplêndida. Tinha naquela direção.
Ç
A
pássaro pousou com grande estrépito das pus-me à espera. Quando os raios de sol
penas e, sem dar sinal de me ter visto, iluminaram o fundo do vale, vi a terra a
ID
com a sua corpulência cobriu-me a mim animar-se, por encanto, de mil reflexos.
e ao estranho objeto. Então compreendi: Pus o braço de fora e apanhei um punhado
aquela cúpula polida era um ovo! de pedras: eram pedras preciosas. Incrível!
Lembrei-me que a bordo da nau Todo o vale estava coberto de diamantes!
IB
os marinheiros costumavam falar de Estava a sair do meu refúgio quando
um pássaro enorme. Diziam que essa um bando de grandes águias desceu do
O
prodigiosa criatura se alimentava de céu. E se me servisse de uma águia para
serpentes gigantescas. Que fazer? Mesmo sair do vale?
que, por milagre, conseguisse fugir,
PR
(c) Pixabay
A
homens que, ao verem-me, emudeceram Abri o bornal, apanhei o maior
de espanto. diamante e ofereci-o aos meus salvadores.
ID
— Amigos, amigos! – gritei, fora de Naquela noite, a bordo do seu navio,
mim com a alegria que sentia. – Estou houve uma festa memorável e, na manhã
salvo. seguinte, partimos em direção à pátria.
E saltei do ninho. Foi assim que me tornei muito rico.
IB
— Quem és? De onde vens? Também Podia ter ficado para sempre na minha
és mercador? cidade, feliz e tranquilo. Mas havia
O
— Como fizeste para chegar aqui? – qualquer coisa que me obrigava a viajar.
perguntou-me o que parecia ser o chefe, Enfim, como devem ter compreendido,
um velho de ar severo. voltei a partir quase em seguida para
PR
— É verdade, sou um mercador – novas aventuras. Mas essas, se quiserdes,
respondi. Depois, contei-lhes toda a minha contar-vo-las-ei numa outra ocasião.
história.
— É realmente extraordinário que te [Os mais belos contos das mil e uma
tenhas conseguido salvar – comentou o noites. Civilização Editora, 1994. (Adaptado)]
ÃO
velho. – E é ainda mais extraordinário que
tenhas chegado aqui exatamente hoje. É
que já estamos de partida. A colheita está
completa.
— A colheita? Que colheita? –
Ç
perguntei, admirado.
— A colheita dos diamantes. O vale em
U
(c) Freepik
R
ATIVIDADES
EP
2. Com base nos conhecimentos que você possui a respeito de tipos e gêneros
textuais, quais elementos compõem o texto que acabou de ler?
A
elementos que, juntos, formam a coisa se a raiz latina é duc, por que na
em si. Por exemplo, uma árvore só é uma maioria das palavras em português
ID
árvore porque nela há os elementos para vemos duz, isto é, um z no lugar
tal: tronco, folhas, raiz etc. Da mesma do c? Isso acontece porque ao longo
forma acontece com as palavras: elas do tempo o c diante do i passou a
IB
são formadas de unidades ou elementos ser pronunciado como z em nosso
mórficos. São eles: raiz; radical; tema; idioma. Da mesma forma, em duto
afixos; vogal de ligação; consoante de havia antes um c antes do t que, por
O
ligação. Nesta seção, você estudará cada deixar de ser pronunciado, acabou
uma dessas unidades. Vamos começar! retirado da ortografia da palavra.
Seja como for, a raiz latina de todos
PR
a) Estrutura de palavras (raiz, esses vocábulos é duc.
radical, tema)
existe a raiz. Ela é o elemento que dá O radical, por sua vez, é o elemento
origem a diversos vocábulos e é nela que essencial e significativo das palavras.
U
se concentra a significação das palavras. Ele é como o tronco da árvore; sem ele, os
Vejamos. A raiz duc (do latim ducere = galhos, as folhas, as flores e os frutos não
D
guiar) tem a significação geral de conduzir. podem ser formados. Para sabermos qual
Assim, devido a essa raiz, pela origem é o radical da palavra, basta tirarmos
comum, originaram-se várias palavras da palavra seus elementos secundários.
O
in-CERT-o; etc.
EP
A
grego. Nesses idiomas, os prefixos que
FINGI-mento,ENCANTA-mento, hoje compõem algumas palavras da língua
ID
FERVE-nte etc. portuguesa funcionavam como advérbios
ou preposições; logo, eram vocábulos
b) Afixos autônomos. Na nossa língua, porém, como
já dito, não possuem vida autônoma e
IB
Afixos são aqueles elementos que não dependem de um radical ou tema para que
possuem vida autônoma, ou seja, que tenham sentido. Eis alguns dos principais
O
por si mesmos não têm sentido; porém, prefixos latinos:
PR
ab-, abs-, a-: indicam afastamento,
abdicar, abster-se, aversão
separação ou privação
in-, i-, en-, em-, e-: indica conversão em, ingerir, imerso, engordar, embarcar,
para dentro, tornar emudecer
EP
8
56
A
ID
IB
O
PR
Sufixos: assim como os prefixos, eles alteram o significado da palavra; porém, além
ÃO
disso, podem mudar também a classe gramatical à qual o vocábulo pertence. A maioria
dos sufixos são provenientes do latim e do grego e podem ser :
Veja a seguir uma lista com alguns dos principais sufixos nominais e verbais:
D
Nominais Verbais
O
organizar
Forma verbos que indicam início de uma
ação, algo que acontece
Sufixos aumentativos:
R
A
Forma substantivos que indicam lugar: -
tério
ID
cemitério, batistério etc.
Exprimem ideia de ação, resultado de
IB
ação, qualidade, estado: -ada, -dade, - Formam verbos frequentativos, ou seja,
dão, -ança, -ância, -ção, -ença, -ência, verbos que indicam uma ação que ocorre
-ez(a), -ice, -ície, -mento, -(t)ude, - repetidas vezes:
O
ume, -ura -açar, -ear, -ejar
paulada, escuridão, esperança, quietude, esvoaçar, espernear, lacrimejar etc.
PR
negrume etc.
aluno – alunos
Prefixo = des aluna – alunas
Radical = anima
EP
A
ATIVIDADES
ID
1. Copie as palavras a seguir, desmembrando-as como mostra o exemplo :
IB
Certeza: radical: cert sufixo nominal: -eza
O
a) martelada c) fogaréu
PR
b) desalmada d) gostoso
b) campestre – acampar
U
c) cardiologia – taquicardia
d) velhice – velharia
D
4. Forme advérbios com o sufixo que desempenha essa função com os seguintes
O
adjetivos :
bondosa – triste – alegre – feroz – notável
R
EP
A
Em uma coluna, escreva os sufixos,
em outra, os prefixos, indicando o que
ID
eles expressam e exemplifique com
palavras. Feito isso, escreva frases com
os vocábulos usados como exemplo. Se
IB
a imaginação aflorar, invente palavras
mediante o uso dos afixos aprendidos e use-
as nas suas frases!
O
(c) Freepik
PR
3.3 GÊNERO TEXTUAL: CONTOS MARAVILHOSOS
Em capítulos anteriores você teve Dessa forma, os elementos que integram
contato com dois gêneros textuais que esses dois gêneros são praticamente os
integram o tipo narrativo: contos de fadas e mesmos: oposição do bem contra o mal,
ÃO
fábulas. Nesta seção, você estudará um novo obstáculos a vencer, encantamentos e,
gênero integrante desse mesmo tipo textual: naturalmente, a presença de criaturas
contos maravilhosos. maravilhosas. É comum, porém, vermos nos
Devido à semelhança não só quanto ao contos maravilhosos uma luta pessoal do
nome, mas também quanto aos elementos personagem principal para buscar ascensão
Ç
que os compõem, muitas pessoas não sabem social ou simplesmente derrotar inimigos e
qual a diferença entre os contos de fadas e vencer obstáculos para benefício próprio ou
U
A
aparece no verbo perdonare (per + donare), perdoar. Além disso, donare
ID
deriva de donum, palavra latina que significa dom, presente. Dessa forma,
por semelhança, se quem perdoa concede o perdão, do mesmo modo quem
dá um dom ou presente concede um condão. Portanto, a varinha de condão
IB
é a varinha de presentear – só que de forma sobrenatural.
O
Produzindo!
PR
Você leu no começo deste capítulo o conto maravilhoso Sindbad, o marinheiro. Além
disso, aprendeu o que são os contos maravilhosos e, por meio de informações aprendidas
não só neste, mas também nos capítulos anteriores, já conhece bem o tipo textual
narrativo e o gênero contos. Com base em tudo que você aprendeu, produza um conto
maravilhoso para inspirar muitas crianças e jovens, enriquecendo o imaginário deles e
ÃO
deixando-os maravilhados com sua narrativa.
Está escrevendo com capricho ou pode (Você está fazendo o uso correto da
melhorar? Está legível para o leitor?) língua ao escrever?)
D
Agora, revise o seu texto, faça as alterações necessárias e reescreva-o se for preciso.
INDICAÇÃO DE LIVRO 13
61
Neste belo livro escrito por Ruth Rocha,
a autora reuniu algumas das histórias que
compõem o escrito original, adaptando-as de um
modo que não as torna menos encantadoras que
A
as originais, mas tão maravilhosas quanto. As mil
e uma noites tem como pano de fundo uma jovem,
ID
Sherazade, que, enviada ao palácio de um sultão
para se casar com ele apenas para ser morta
no dia seguinte – pois o sultão tinha o desejo
IB
de vingar os enganos de sua primeira mulher
matando todas as jovens com quem se casava,
e se casava com uma por dia –, arquitetou um
O
plano genial: todas as noites a moça contava uma
história, cujo ápice findava logo no amanhecer
do dia, quando deveria ser morta. Assim, o rei,
PR
curioso para saber o final da história, adia a morte da jovem, que manteve seu
plano por mil e uma noites, até que, ao final da milésima primeira noite, o rei
se apaixona por ela verdadeiramente e nunca mais mata ninguém.
ÃO
3.4 A ACENTUAÇÃO DAS OXÍTONAS
Certamente você já sabe que as gambá, sofás, jacaré, pajés, vovó, cipós
palavras oxítonas são aquelas em que
Ç
a sílaba tônica, ou seja, a mais forte, é a • a regra anterior vale também para os
última. Mas você sabe quais são as regras verbos seguidos de pronome, como:
U
• -a, -e, -o, seguidos ou não da letra s armazém, parabéns, contém, convém,
marcando pluralidade. Exemplos: ninguém etc.
R
EP
IMPORTANTE
14
62 Os oxítonos terminados em –i(s) Vogal átona = isto é, uma vogal
e –u(s) não devem ser acentuados. que, em contraste com outra - a vogal
Assim, temos: bambu, ali, sacis, tônica - é pronunciada levemente.
urubus etc. Hiato = é o encontro de duas
Porém, quando precedidos por vogais, porém, em sílabas diferentes.
A
uma vogal átona com a qual formam Portanto, têm acento vocábulos
hiato, os oxítonos terminados em -i(s) como:
ID
e –u(s) recebem acento:
saí, baú, Luís, país, açaí etc.
IB
ATIVIDADES
O
PR
1. Escreva em seu caderno apenas a lista em que todas as palavras estão
acentuadas corretamente.
a) pastéis – troféu – crachá – armazem – metrô
b) bombôm – indicá-lo – purê – você – herói
c) papéis – crochê – também – abacaxi – conservá-lo
ÃO
d) fogaréu – baú – crepôm – dominó – véus
2. Explique com suas palavras como deve ser feita a acentuação gráfica das
palavras oxítonas.
Ç
4. Ao escrever um texto sobre plantas, Rafael ficou com dúvidas sobre a grafia
de uma palavra. Depois de muito meditar, e tomando como modelo a palavra
R
país, Rafael decidiu escrever o termo que lhe causava dúvidas desta forma: raíz.
“Afinal”, pensou ele, “trata-se de uma palavra oxítona com um -i tônico que
EP
a) Por que acentuamos a palavra baú, mas a palavra Pacaembu não deve ser
acentuada?
b) Na frase “eles mantem tudo em segredo” o que há de errado?
c) Embora as palavras nuvem e ninguém tenham a mesma terminação, por
que só um delas deve ser acentuada graficamente?
6. Desafio!
Escreva um pequeno parágrafo em que você deverá usar ao menos seis 15
63
palavras oxítonas. Escreva algumas com a acentuação correta e outras de forma
errada. Troque seu texto com um colega e deixe que ele
faça as correções. Faça o mesmo com o texto de alguém
e explique o motivo dos erros e dos acertos.
A
Exemplo: suponhamos que no texto do
seu colega tenham as palavras salva-lo
ID
e português, grafadas dessa maneira.
Assim, você deverá corrigir da seguinte
forma:
IB
A palavra salva-lo está escrita de forma
incorreta, porque vocábulos oxítonos
terminados com a vogal -a devem ser
O
acentuados graficamente.
A palavra português está correta, pois
oxítonas com terminação em –e, seguidos ou
PR
não da letra s, pedem o acento gráfico.
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R
CAPÍTULO 4
2
64
A
ID
IB
CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
O
Você já parou para pensar que tudo aquilo que conhecemos recebe um nome? Às
vezes parece até difícil entender como as coisas foram nomeadas, não é mesmo? Desde
PR
que os seres humanos desenvolveram a habilidade da fala, sentiram cada vez mais
a necessidade de nomear tudo aquilo de que tomavam conhecimento, pois, assim, a
comunicação se torna mais clara e de fácil compreensão. Existe uma classe gramatical
que se dedica a esses nomes: a classe dos substantivos. Neste capítulo, você estudará que
os substantivos não só dão nome, mas também são nomeados. Ou melhor, recebem uma
ÃO
classificação de acordo com suas características. Ademais, você conhecerá um novo gênero
textual que integra o tipo narrativo. Por último, aprenderá a acentuar corretamente as
palavras paroxítonas e as proparoxítonas. Então vamos lá!
Ç
U
D
O
R
EP
R
(c) Pixabay
4.1 CONTOS RELIGIOSOS
3
65
Leia o texto a seguir : o Senhor seguir o caminho das pedras e,
quando passar o rio com a ponte, o Senhor
Conta-se que havia uma senhora entrar na segunda estradinha de barro.
muito pobrezinha, que vivia com sua Passa a vendinha. A minha casa é a última
A
neta, em um simples casebre no interior. daquela ruazinha.”
A menina se encontrava doente e, por não As senhoras que tudo acompanhavam
ID
ter dinheiro para levá-la ao médico, vendo esforçavam-se para não rir. Ela continuou:
que, apesar de seus amorosos cuidados, ela “Só um detalhe: a porta tá trancada,
não melhorava, a dedicada avó resolveu ir mas a chave fica embaixo do tapetinho
IB
a pé até a cidade mais próxima, em busca vermelho na entrada. Por favor, Senhor,
de ajuda. cure a minha netinha.” E quando todas
No único hospital público da região, achavam que já tinha acabado, ela
O
disseram-lhe que não havia nenhum complementou: “Ah! Senhor, por favor,
médico para lhe dar assistência em casa: não se esqueça de colocar a chave de novo
PR
seria necessário levar a menina até o embaixo do tapetinho vermelho, senão
hospital. eu não consigo entrar em casa. Muito
Desesperou-se por saber obrigada, obrigada mesmo.”
que sua neta não conseguiria Depois que Dona Maria foi
sequer levantar-se da embora, as demais senhoras
ÃO
cama. Ao passar em soltaram o riso e ficaram
frente a uma igreja, comentando como é triste
resolveu entrar. descobrir que as pessoas não
Algumas senhoras sabem rezar.
Ç
A
ID
ATIVIDADES
IB
1. Por que a senhora foi até a cidade ?
O
3. Por que as senhoras na igreja riram da avó, que rezava a Deus pela sua
neta?
PR
4. Qual médico foi curar a menina?
na oração. Assim, são dez as classes pertencem a um mesmo grupo por terem
gramaticais: substantivo, artigo, adjetivo, características semelhantes, e não os
numeral, pronome, verbo, advérbio,
O
uma série de palavras. Nesta seção, você a menos que sejam a primeira palavra da
estudará a classe dos substantivos. frase. Exemplos:
EP
A
si. Exemplos:
ID
• O sol se pôs exatamente às 18h15.
• As pesquisas sobre o Sol continuam
impressionando os estudiosos.
IB
O
(c) Envato
radical. Exemplos:
um substantivo próprio. Entretanto, se
fazemos referência a entidades mitológicas mesa, Paula, taça, rádio etc.
U
substantivo comum. Nesse caso, é comum formado por mais de uma palavra ou
vermos também o emprego da forma radical, temos, assim, um substantivo
O
A
atenção na composição das palavras, pois ensolarado, pois não conseguiríamos
nem sempre os substantivos compostos desenhar a alegria em si mesma.
ID
estão separados por hífen, o que pode
gerar dúvidas. A palavra passatempo é
(c) Freepik
IB
Substantivos concretos e
O
abstratos
Perceba ainda que todos os
PR
Além dos substantivos vistos sentimentos são substantivos abstratos,
anteriormente, podemos classificá-los assim como sensações – fome, sede, calor
também em concretos e abstratos. Os –, qualidades, sejam elas boas ou más,
substantivos concretos são aqueles que como beleza, bondade, inteligência etc.,
possuem existência própria, ou seja, não noções – tamanho, peso, altura –, estados
ÃO
é necessário que você use outra ideia para – pobreza, infância, doença entre outros.
conseguir imaginá-los. Por exemplo, pense Mais uma vez: para que não haja dúvida
na palavra pedra. Você consegue imaginá- é só pensar: eu consigo desenhar essa
la sem o auxílio de outro recurso? Ou palavra sem recorrer a outro recurso? Se
seja, consegue pensar em uma pedra sem a resposta for não, temos um substantivo
Ç
isso acontece, quer dizer que você tem um Algumas vezes somos levados a pensar
substantivo concreto. que os substantivos concretos são aqueles
D
Há palavras, porém, cuja existência em que podemos tocar, mas não é bem
não é própria. Por isso, é impossível pensar isso. Como por exemplo, os personagens
O
nelas sem a ajuda de outra ideia. A esses folclóricos são substantivos concretos
vocábulos damos o nome de substantivos fictícios, pois não podemos tocá-los, mas
abstratos. Exemplos: conseguimos representá-los tal como
R
A
discoteca de discos
se formarem. É o caso de palavras como
de espigas, varas, canas, lenha
jardim, ferro, rosa etc. feixe
etc.
ID
Os substantivos derivados, por sua vez,
filmoteca de filmes
são aqueles que dependem da existência
fornada de tijolos
de outra palavra da nossa língua para
IB
existir. Exemplos: frota de navios, ônibus
galeria de quadros, estátuas
• Jardineiro – deriva de jardim; girândola de foguetes, fogos de artifício
O
• Ferreiro – deriva de ferro; hemeroteca de jornais, revistas
• Roseiral – deriva de rosa. mapoteca de mapas
• Tristeza – deriva de triste.
PR
maquinaria de máquinas
• Educação – deriva de educar.
mobília,
de móveis
mobiliário
Nos exemplos abaixo, vemos o emprego
molho de chaves
de substantivos primitivos e derivados em
pente de balas de armas automáticas
frases:
ÃO
pinacoteca de quadros, tela
a) O novo jornalista escreveu uma videoteca de videocassetes, vídeos
bela matéria para o jornal. de amostras de espécies de
b) Naquela papelaria não há xiloteca madeiras (para estudos e
Ç
acervo de conspiradores em
arte conciliábulo
assembleia secreta
álbum de selos, fotografias concílio de bispos em assembleia
armada de navios de guerra de cardeais, de cientistas em
conclave
arsenal de armas assembleia
atlas de mapas reunidos em livro confraria de pessoas religiosas
bagagem objetos de viagem congregação de religiosos, de professores
biblioteca de livros de velhacos, vadios,
corja
cambada de objetos enfiados, chaves malfeitores
casaria, casario de casas elenco de atores, artistas
confraria de pessoas religiosas
congregação de religiosos, de professores Substantivos coletivos de unidades
biênio de dois anos
8
70 corja
de velhacos, vadios,
malfeitores bimestre período de dois meses
elenco de atores, artistas década de dez anos
família de parentes dúzia de doze coisas
de heróis, guerreiros, lustro ou quinquênio período de cinco anos
falange
A
espíritos milênio de mil anos
farândola de mendigos século de cem anos
ID
grei paroquianos, políticos tríduo período de três dias
horda de invasores, salteadores triênio período de três anos
de membros de associações
IB
irmandade Substantivos coletivos de animais
religiosas e beneficentes
alcateia de lobos, feras
junta de médicos
bando,
O
júri de jurados de pássaros, aves, pardais
revoada
de soldados, anjos, boiada de bois
legião
PR
demônios
cáfila de camelos
leva de recrutas, prisioneiros cainçalha,
de cães
de ladrões, desordeiros, canzoada
malta
bandidos, capoeiras capela de macacos
multidão, chusma cardume de peixes, piranhas
de pessoas
ÃO
ou grupo
colmeia de cortiços de abelhas
orquestra de músicos, instrumentistas
correição,
de soldados montados, de formigas
piquete cordão
grevistas
enxame de abelhas, insetos
Ç
sábios
de animais criados no campo para
de pessoas de uma
povo serviços de lavoura ou para
D
súcia
malandros miríade de insetos
de amigos, intelectuais, em ninhada de filhotes
tertúlia
reunião nuvem de gafanhotos, mosquitos etc.
R
A
alfabeto,
organizadas repertório
abecedário interpretadas por artistas
sequencialmente)
réstia de alhos, cebolas
ID
antologia de textos seletos
ror grande quantidade de coisas
arboreto de árvores cultivadas
vocabulário de palavras
atilho de espigas
IB
arquipélago de ilhas Além dos substantivos coletivos,
braçada, buquê,
de flores apresentados nas listas acima, há
ramo, ramalhete muitos outros; porém, saiba que nem
O
cacho de uvas, bananas, cabelos todos os substantivos possuem um
código de leis coletivo correspondente. Ademais, alguns
PR
cancioneiro de canções substantivos podem conter mais de um
chorrilho de asneiras coletivo análogo, por isso nem sempre
constelação de estrelas é suficiente escrever apenas o termo em
si. Por exemplo, o substantivo coletivo
decálogo mandamentos de Deus
miríade pode se referir a insetos ou
ÃO
enxoval de roupas e adornos
estrelas. Assim, é preciso especificar
estrofe de versos do que se trata “miríade de estrelas”
flora
flores de uma determinada ou “miríade de insetos”, como também,
região “réstia de alhos”, “repertório de músicas”,
fornada de pães entre outros.
Ç
pomar ATIVIDADES
de árvores frutíferas
conjunto de raízes de uma
D
raizame
árvore
ramalhete de flores
O
1. Identifique os substantivos
de peças das frases a seguir, classificando-os da seguinte
teatrais ou músicas
repertório
forma: comum interpretadas
ou próprio,por simples
artistas ou composto, primitivo ou derivado, concreto
ou abstrato. Assinale
de alhos,também
cebolas caso seja coletivo.
R
réstia
ror a) As horas pareciam não passar,
grande quantidade de coisaso que deixava Leonardo ansioso.
EP
b) Os pedreiros
vocabulário trabalharam muito bem neste edifício.
de palavras
c) A felicidade da menina contagiava a todos.
d) A cada estrofe lida, mais admirado ficava com a leitura.
e) Não foi fácil arrancar todo o raizame.
R
A
Tantas terras, por ver segredos delas,
As maravilhas que eu passei, passaram,
ID
A tão diversos ventos dando as velas,
Que grandes escrituras que deixaram!
Que influição de signos e de estrelas,
IB
Que estranhezas, que grandes qualidades!
E tudo, sem mentir, puras verdades.”
(Luís de Camões, V, 23)
O
a) Escreva os substantivos abstratos que você encontrar no texto.
PR
b) Explique por que esses substantivos são abstratos e não concretos.
c) Escreva os substantivos concretos presentes no texto.
6. Desafio!
R
A
e contos maravilhosos, temos também os
contos religiosos.
ID
Por também ser um conto, esse
gênero, estruturalmente, não é diferente
dos outros já vistos. Porém, os contos
IB
religiosos são aqueles que objetivam (c) Freepik
O
compõem os contos religiosos dependem elementos serão diferentes.
da intenção do autor e da religião seguida Seja como for, o mais importante é
PR
por ele. Por exemplo, se o autor for católico, saber que os contos religiosos apresentam
mencionará personagens e elementos que uma mensagem de fé, abordam questões
se enquadram nessa doutrina, como Jesus como virtudes e vícios, pecado e santidade,
Cristo, Maria Santíssima, anjos, santos, e trazem mensagens de amor e de
igreja, altar etc. Se, porém, o escritor esperança ou lições que deixam o leitor
ÃO
reflexivo.
SUGESTÃO DE LEITURA
Ç
https://apologistasdafecatolica.wordpress.com/category/contos-catolicos/
U
D
Produzindo!
O
No começo deste capítulo, você leu um texto que apresentou essas mesmas
características. Releia o conto e depois escreva uma narrativa em que você transmitirá
R
5. Parágrafos. (Os parágrafos estão muito longos ou muito curtos sem ne-
A
cessidade? Você está dando o espaço devido ao iniciar um novo parágrafo?)
ID
6. Sequência. (Há sequência entre as partes do texto?)
IB
sinônimos para substitui-las).
Agora, revise o seu texto, faça as alterações necessárias e reescreva-o se for
O
preciso.
PR
4.4 A ACENTUAÇÃO DAS PAROXÍTONAS E
PROPAROXÍTONAS
Semivogal: é quando há o
encontro de duas vogais em uma
R
A
• Quando os vocábulos terminam em –i, ímã, órgão, enxáguam, enxáguem,
–is, –us, –um, –uns. Exemplos: entre outros.
ID
• As vogais –i e –u recebem acento agudo
biquínis, táxi, álbuns, fórum etc.
nas paroxítonas quando são a segunda vogal
tônica de um hiato. Exemplos:
IB
• Em vocábulos com terminação em –l, –n,
–r, –x, –ons, –ps: saúde, saída, caída, faísca etc.
O
móvel, fácil, dólar, mártir, pólen, • As vogais tônicas –i e –u de palavras
elétron, látex, Félix, elétrons, bíceps, paroxítonas não são acentuadas quando
PR
entre outros. precedidas de ditongo decrescente.
Exemplos:
• Acentuamos também palavras
finalizadas em –ei, –eis: baiuca, feiume, boiuno etc.
ÃO
IMPORTANTE
ATIVIDADES
R
A
vou apresentar-lhes Miss Dollar.
Se o leitor é rapaz e dado ao genio melancolico,
ID
imagina que Miss Dollar é uma inglesa palida e
delgada, [...]. A figura é poetica, mas é a da heroina do
romance.”
IB
Certamente, você percebeu que a algumas palavras falta o acento gráfico.
Faça a correção necessária dessas palavras e justifique o emprego gráfico do
acento.
O
3. Explique :
PR
a) Por que a palavra ingênuo deve ser acentuada graficamente?
b) Por que a palavra feiura não recebe acento gráfico?
c) Por que as palavras vírus, lápis, médium e revólver são acentuadas?
convertê-las em substantivos.
graficamente porque:
a) as paroxítonas terminadas em -l, as terminadas em -e e todas as
O
6. Desafio!
Com base no exercício quatro, pense em outras dez palavras que mudam
de classe gramatical por simplesmente receberem acento. Formule frases com
essas palavras, empregando-as nas duas formas.
R
EP
R
O
D
U
Ç
ÃO
PR
O
IB
ID
77
A
CAPÍTULO 5
2
78
A
ID
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
IB
O
Quantas vezes temos que modificar a forma normal das palavras para
que elas expressem com mais exatidão aquilo que queremos? Você já parou
PR
para pensar nisso? A resposta é: muitas vezes. Quando isso acontece com os
substantivos, fazemos o que chamamos de flexão. A flexão dos substantivos é
um conteúdo de grande importância que será abordado neste capítulo. Além
disso, você estudará o gênero textual notícia que compõe o tipo informativo. Com
isso, esperamos que consiga escrever com habilidade textos desse gênero, além
ÃO
de conseguir flexionar sem dificuldade as palavras da classe dos substantivos.
Vamos lá!
Ç
U
D
O
R
EP
R
(c) Freepik
5.1 NOTÍCIA
Leia o texto a seguir : 3
79
Achados em Israel novos fragmentos de pergaminhos do Mar Morto
A
Uma operação de defesa do patrimônio
ID
© Israel Antiquities Authority
IB
mais espetaculares dos últimos tempos.
Arqueólogos israelenses desenterraram
duas dúzias de fragmentos de pergaminhos
O
do Mar Morto em uma gruta denominada
“Caverna do Horror”, noticiaram a BBC
PR
News, o jornal “The Guardian” e vários
Fragmentos de pergaminho: texto
outros órgãos internacionais. Essa é em grego, com apenas a palavra
a primeira descoberta de tais textos "Deus" em hebraico.
religiosos judaicos em mais de meio século.
“Pela primeira vez em Antigo Testamento da Bíblia.
aproximadamente 60 anos, as escavações Um fragmento encontrado diz: “Estas
ÃO
arqueológicas revelaram fragmentos são as coisas que vocês devem fazer: falar
de um pergaminho bíblico”, disse a a verdade uns aos outros, fazer justiça
Autoridade de Antiguidades de Israel verdadeira e perfeita em seus portões”.
(IAA) em um comunicado. Segundo os arqueólogos, o pergaminho
Ç
só poderia ser alcançada por equipes que criança de 6 mil anos e uma grande cesta
descessem de rapel. intacta datada de cerca de 10.500 anos
atrás. “Pelo que sabemos, esta é a cesta
R
A
possui? Será que você conse-
aceitava o domínio romano. Assim, gue enquadrá-lo em algum
começaram a surgir entre os judeus tipo e gênero textual?
ID
promessas de um profeta que os • O que mais lhe chamou a
salvaria do domínio do Império. atenção no texto?
Após algumas decisões do imperador • Você sabe onde fica o Mar
IB
romano que desagradaram os Morto? Sabe por que ele é tão
conhecido entre cristãos e ju-
judeus, os zelotes – grupo religioso
deus?
O
e militar – começaram a arquitetar • Você conhece os livros
um plano para retomar o controle que compõem a Bíblia?
de Jerusalém. Dentre esses zelotes,
PR
um de grande destaque foi Bar
Kochba, que, liderando um grupo,
conseguiu retomar Jerusalém,
mas por pouco tempo. Logo o
exército romano se organizou e
ÃO
estrategicamente reconquistou a
cidade, e Bar Kochba foi condenado
à morte. (c) Freepik
Ç
U
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
D
A
um idioma, mas feminina em outro. Por
(c) Envato
exemplo, em português, a palavra viagem
ID
é do gênero feminino; em espanhol,
porém, essa palavra é masculina: el
IB
viaje. O mesmo acontece com as palavras
embalagem e paisagem, são femininas em
português, mas masculinas em espanhol
O
– embalage e paisage, respectivamente.
Essa alternância de gênero ocorre em
PR
diversos outros idiomas, como o francês
que tem a palavra nuvem, por exemplo,
como masculina, nuage, enquanto para
o português é um vocábulo do gênero
feminino. Mas deixemos de lado a
ÃO
a) Flexões dos substantivos: conversa sobre outros idiomas e foquemos
gênero no nosso...
Em português, o gênero de um
A flexão das palavras, além de substantivo pode ser conhecido por
meio da flexão de gênero – advogado
Ç
A
• acréscimo da terminação –a, tendo
como base o gênero masculino, ou de um
ID
sufixo feminino.
IB
(c) Freepik
O
• ou mesmo mediante o uso de uma o feminino quanto para o masculino, mas
palavra feminina de radical diferente. que são identificados por meio do artigo ou
PR
Neste caso, temos a chamada heteronímia. do adjetivo que os acompanham.
pessoas.
Exemplos: o cônjuge (feminino ou
masculino); o indiví duo (feminino ou
masculino); a criança (feminino ou
masculino) etc. (c) Freepik
GLOSSÁRIO
Você sabe o gênero das palavras a seguir?
7
83
mousse, mascote, alface, dó (pena), gênese, cal.
O personagem ou a personagem?
A
Muitos têm dúvidas quanto ao gênero da palavra personagem. Será
feminina ou masculina? Ambos. Esse substantivo pode ser empregado tanto
ID
no masculino quanto no feminino. Entretanto, escritores mais modernos
costumam fazer o uso da palavra no masculino; porém, quando se refere
IB
a mulheres, deve-se preferir o feminino. Exemplo: Carla interpretou a
personagem principal.
Gênero incerto
O
Há substantivos que ora são empregados como masculinos, ora como
PR
femininos. A eles damos o nome de substantivos de gênero incerto. Entre
eles podemos citar: acne, aluvião, cólera, trama, laringe, xerox, diabete ou
diabetes, lhama etc.
Masculino Feminino
Pesquise outros substantivos queelefante
também possuem elefanta incerto
gênero
e formule frases com eles, ora empregando-os comooficiala
femininos, ora
ÃO
oficial
masculinos. gigante giganta
hóspede hóspede ou hóspeda
grão-duque grã-duquesa
cavaleiro amazona
Ç
imperador imperatriz
1. A seguir há uma tabela que mos- poeta poetisa
D
abade abadessa
ladrão ladra
Masculino Feminino
EP
em :
grão-duque grã-duquesa
cavaleiro amazona biformes;
cavalo égua uniformes (epicenos, sobrecomuns
padrasto madrasta ou comuns de dois gêneros).
imperador imperatriz
poeta poetisa
monge monja
czar czarina
duque duquesa
a) galo g) peixe pelos revolucionários.
8
84
b) cavalo h) motorista e) São de grande valia os conselhos do
c) fã i) neném padre.
A
5. Preencha as lacunas das frases
f) monge l) ateu com o feminino dos substantivos que
ID
3. Dê a forma feminina dos substantivos aparecem entre parênteses:
biformes que apareceram no exercício a) Alice ficou admirada com a beleza
anterior. da __________. (pavão)
IB
4. Mude o gênero dos substantivos em b) Todos se perguntaram o que
destaque das orações a seguir. Se estiver teria acontecido com a ____________.
no masculino, dê a forma feminina e (imperador)
O
vice-versa. Faça as alterações que forem c) O bom pastor cuida das suas
necessárias. ________. (carneiros)
PR
a) O escrivão passou horas d) Os convidados foram muito bem
redigindo o documento. recebidos pela __________. (anfitrião)
b) Os policiais correram atrás da e) A voz da __________ impressionou
ladra. a plateia. (soprano)
ÃO
c) De longe ouviam o rugido dos leões. f) Os romanos idolatravam muitas
d) O último czar da Rússia foi morto _________. (deuses)
Ç
A
flor flores charlatão charlatães
cor cores
ID
3. Em todos os paroxítonos* e alguns
mulher mulheres
oxítonos*, o plural se forma mediante o
• Substantivos terminados em –ão po- simples acréscimo de –s à forma singular.
IB
dem ter o plural formado de três manei-
ras: Singular Plural
1. alteração da terminação –ão em –ões. cidadão cidadãos
O
irmão irmãos
órgão órgãos
Singular Plural
PR
sótão sótãos
limão limões
bênção bênçãos
balão balões
acórdão acórdãos
canção canções
falcão falcões
confissão confissões *Paroxítonas: são as palavras cuja
ÃO
coração corações sílaba tônica, ou seja, a mais forte, é
estação estações a penúltima.
*Oxítonas: aquelas palavras que
NOTA: apresentam tonicidade na última
sílaba.
Ç
Singular Plural
animal animais
O
A
ardil ardis cirurgião- cirurgiões-
dentista dentistas
ID
2. quando paroxítonos, mudam –il em
–eis: decreto-lei decretos-leis
Singular Plural
b) É composto por substantivo + adje-
IB
fóssil fósseis
tivo:
réptil répteis
ágil ágeis Singular Plural
O
obra-prima obras-primas
• Os substantivos com terminação em guarda- guardas-
–s também possuem duas regras: marinha marinhas
PR
1. Os monossílabos e os oxítonos formam cachorro- cachorros-
o plural com o acréscimo de –es: quente quentes
curta- curtas-
não variam:
metragem metragens
Singular Plural
U
o atlas os atlas
o pires os pires
D
o ônibus os ônibus
o lápis os lápis
O
NOTA:
Os substantivos com terminação em
R
Singular Plural
guarda-roupa guarda-roupas
guarda-louça guarda-louças
A
beija-flor beija-flores
ID
b) Elemento invariável (advérbio, prefixo
etc.) + palavra variável:
IB
Singular Plural
vice- vice-
presidente presidentes
O
sempre-viva sempre-vivas
recém-nascido recém-nascidos
PR
c) Palavras repetidas:
Singular Plural
quero-quero quero-queros (c) Freepik
quebra-quebra quebra-quebras
ÃO
• Apenas o primeiro elemento varia se: A mudança de timbre em
a) Os termos que compõem o substantivo alguns plurais
são ligados por preposição:
Certos substantivos mudam
Singular Plural o timbre de sua vogal quando são
Ç
Singular Plural
banana-prata bananas-prata
Com mudança de timbre
pau-brasil paus-brasil
R
navio-escola navios-escola
corpo (côrpo) corpos (córpos)
ovo (ôvo) ovos (óvos)
EP
12
88 Existem também substantivos que
são empregados apenas no singular. É o - bem (virtude) - bens (riqueza)
caso de nomes de metais, nomes de pontos - honra (dignidade) - honras
cardeais e os nomes abstratos, como: ferro, (homenagens, títulos)
cobre, ouro, sul, norte, fé, esperança etc. - pai (progenitor) - pais (pode tam-
A
Contudo, há também alguns bém significar mãe e pai)
substantivos que só são empregados
ID
no plural, dentre eles mencionamos:
arredores, condolências, núpcias, férias,
pêsames, óculos, entre outros.
IB
Exemplos em frases:
O
• Envie meus pêsames ao viúvo.
PR
Além disso, encontramos substantivos
que mudam de significado quando são
empregados no plural. Exemplos: (c) Freepik
ÃO
ATIVIDADES
a) verão e) cidade-satélite
c) O beija-flor é um belíssimo pássaro.
b) girassol f) vírus
U
A
A mãe não conseguiu conter as lágrimas ao ver a homenagem da filha.
Os pais não conseguiram conter as lágrimas ao verem as homenagens
ID
dos filhos.
Já era tarde quando os funcionários foram liberados.
Já era tarde quando a funcionária foi liberada.
IB
Somente nas últimas horas do dia a funcionária foi liberada.
Observe que, nessa oração, não seria possível flexionar o substantivo tarde,
O
por essa razão, o vocábulo foi substituído por outros termos que comportam a
forma plural.
PR
No primeiro dia da primavera, bem coruja brigavam, observava-os, de
cedinho, o rouxinol já preparava seu longe, uma águia. Muito sábia, ouvia
canto para anunciar a chegada toda a discussão atentamente. Quando
da nova estação quando foi percebeu que os argumentos dos dois
interrompido por uma coruja. pássaros já se esgotavam, ela se
ÃO
Disse ela ao pássaro: aproximou e lhes disse:
– Não cantes já tão cedo! – Com licença, meus amigos,
Estou cansada e preciso dormir! mas por que brigais assim?
– Tu não descansaste à noite? A coruja e o rouxinol não
– perguntou o rouxinol. conseguiram entrar num
Ç
– Ora, acaso não sabes que nós, acordo nem para decidir qual
corujas, não dormimos à noite? Pássaro dos dois responderia à águia.
U
A
pela pouca idade, agora não poderá fazê- próprias obrigações nem os deveres
lo, pois o dia já amanheceu do outro. Quando aprenderdes a olhar
ID
e a natureza foi para o próximo com amor, sabereis da
presenteada com importância de cada um.
o canto de outro Dito isso, a águia foi embora. E
IB
rouxinol. Tu, rouxinol, os dois pássaros, que perceberam
terás portanto que esperar o erro cometido, refletiram nas
uma nova primavera. Eu, palavras da sábia ave.
O
por outro lado, enquanto Moral da história:
vos observava, poderia ter O tempo é precioso e
dado início à minha caça para irrecuperável. É inútil
PR
alimentar-me. Posso, porém, ocupar-nos com
fazer isso daqui a pouco, pois futilidades. Devemos
estava adquirindo sabedoria. cumprir bem nossas obrigações e
– Como assim, estavas adquirindo respeitar o trabalho do próximo.
ÃO
A
(c) Freepik
SMALL MEDIUM LARGE EXTRA
LARGE
ID
ATIVIDADES
IB
1. Dê o aumentativo sintético dos substantivos a seguir :
muro – mulher – fogo – rapaz – mão – voz
O
2. Relacione as frases de acordo com a coluna que expressa o grau do substantivo
destacado.
PR
a) “O principezinho, que me fazia ( ) aumentativo analítico
milhares de perguntas, não parecia
sequer escutar as minhas.” (Antoine
de Saint-Exupéry)
( ) diminutivo analítico
b) “Parece que a agulha não disse
ÃO
nada; mas um alfinete, de cabeça
grande e não menor experiência,
murmurou à pobre agulha.” (Machado
de Assis)
( ) diminutivo sintético
Ç
Vicente)
d) “Quando abre a boca lança
( ) aumentativo sintético
D
modo que o texto não perca o sentido. Assim, se necessário for, procure sinônimos
para as palavras ou expressões. (Circule os substantivos que já se encontram
flexionados )
R
A
de Janeiro: Agir, 2009, pg.28-29)
ID
Sobre o autor:
Antoine de Saint-Exupéry, nascido no dia
29 de junho de 1900, em Lyon, França, foi um
IB
escritor, ilustrador e aviador francês. Ingressou
no serviço militar em 1921, tornando-se piloto
civil e subtenente da reserva. Durante a
O
Segunda Guerra Mundial, devido à invasão
nazista à França, o aviador fugiu para os
PR
Estados Unidos, onde começou a escrever
seus primeiros livros, cujos temas estavam
relacionados à aviação. Entretanto, sua obra
mais famosa, O pequeno príncipe, escrita em
1943, fugiu completamente do tema ao qual
ÃO
ele se dedicara até então. A obra é dedicada
ao público infanto-juvenil, mas conquistou
pessoas de todas as idades no mundo inteiro,
sendo hoje o quarto livro mais vendido de todos os tempos. O pequeno príncipe
narra a história de um principezinho que, morador de um pequeno asteroide,
Ç
A
nas nossas tomadas de decisões. Por isso, devemos
sempre procurar fazer a coisa certa, para que não nos
ID
afastemos do caminho do Senhor. Nosso Mestre nos
deixou uma belíssima lição de amor ao morrer na
Cruz por nós. Aprendemos com Ele, entre milhares de
IB
outras coisas, o caminho do amor verdadeiro; porém,
para que consigamos cultivar esse sentimento tão belo,
O
precisamos nos entregar ao outro. Como assim? É que o amor
é um sentimento de doação: só amamos verdadeiramente quando somos capazes
de amar alguém sem esperar nada em troca. Assim como o fez Jesus: pelo seu
PR
amor incondicional a todos os seres humanos, sofreu e morreu por nós. Além de
nos ter dado essa belíssima lição, Nosso Mestre também nos exorta a sermos
resistentes, a não cedermos aos males do mundo, pois, no final, teremos nossa
recompensa. Mas por que estou dizendo tudo isso? No livro O pequeno príncipe,
ÃO
existe a seguinte frase: “É preciso que eu suporte duas ou três larvas se eu
quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas!”
Diante de tudo isso, reflita. O que essa frase quer dizer? Você consegue
estabelecer uma relação entre essa citação e o que eu disse anteriormente a
respeito de sermos resistentes? Reflita e compartilhe com o seu caderno a sua
Ç
reflexão.
U
D
No início deste capítulo, você leu um históricos, explicações sobre algo entre
texto que noticia a descoberta de novos outros. Eles são estruturados em prosa e
R
A
escrito. Dentre os modelos textuais que (c) Pixabay
ID
citar: jornais, revistas, notícias, artigos,
reportagens, avisos, entrevistas entre O gênero textual notícia faz parte do
outros. tipo informativo. Textos desse gênero são
veiculados nos meios de comunicação:
IB
Releia a notícia apresentada no revistas, jornais, sites etc. Eles noticiam
início deste capítulo e converse com a fatos do dia a dia ou relatam sobre algum
O
turma sobre as características que o tema que esteja em voga, mas sempre
texto possui e que o distinguem como seguindo o objetivo de informar seus
um escrito do tipo informativo. leitores. Observe a estrutura dos textos
PR
desse gênero na demonstração a seguir:
Título
Astrônomos observam pela primeira vez
campo magnético ao redor de buraco negro
ÃO
- O título ou manchete é
escrito em fonte maior que o (c) Freepik
texto. Por ser o elemento
principal para chamar a
THE
NEWS
NO:1234 /11:12:2014
1234 /11:12:2
1 2:2014
DOLOR
LOR SIT
S AMET
LOREM IPSUM
DOLOR SIT AMET
Título auxiliar
O
LOREM IPSUM
- Consiste em um pequeno
DOLOR SIT AMET
- É um termo jornalístico que fotografado pela primeira vez revolucionou a ciência. [...]
diz respeito ao parágrafo A foto histórica foi revelada pela primeira vez pelo
introdutório. Na lide escrevem- Event Horizon Telescope (EHT), uma potência de oito
se resumidamente as radiotelescópios espalhados ao redor do planeta que,
informações contidas no texto. juntos, formam um telescópio virtual com
A
Corpo da notícia Os novos estudos foram publicados na última quarta-
- é a parte principal do texto, feira (24) no The Astrophysical Journal. No total, foram
ID
em que todas as informações mais de 300 cientistas de todo o mundo colaborando
serão desenvolvidas e contadas para a pesquisa. Eles utilizaram o mesmo material que já
com mais detalhes. É nessa havia sido estudado para chegar à imagem anterior, mas
IB
parte do texto que o autor focaram em alguns outros dados para melhorá-la.
pode usar os recursos que [...]
achar necessários para a Os buracos negros, assim como a Terra, executam o
O
compreensão do leitor, como movimento de rotação, ou seja, giram em torno de seu
relatos, dados de pesquisas, próprio eixo. E a força da gravidade do buraco negro faz
gráficos etc. com que o gás ao redor dele se mova extremamente
PR
Ao final do corpo da notícia, rápido. A consequência de toda essa agitação é o
é necessário haver um superaquecimento a bilhões de graus desse gás, o que
parágrafo de conclusão. leva à separação de seus átomos e à formação de plasma
Atenção: é comum a ideia de de elétrons e prótons [...] criando, assim, as forças
que um parágrafo conclusivo eletromagnéticas.
ÃO
consiste em exprimir uma [...]
opinião, porém não se trata “Será mais um elemento para entender a formação do
disso. No caso da notícia, o disco, a dinâmica da matéria que cai nesses objetos
parágrafo de conclusão é celestes e também para decifrar, finalmente, o estranho
Ç
primeira-vez-campo-magnetico-ao-redor-de-buraco-negro/. Acesso
em: 27 abr. 2021)
O
R
Produzindo!
EP
Quem as ouve, passa essas histórias para dos quais ninguém duvida. Se você nunca
frente e jura ser verdade cada detalhe, ouviu uma história como essa, pergunte
apresentando, inclusive, dados para aos seus pais, avós, tios ou qualquer
comprovar isso, como o relato de um pessoa mais velha da sua família se ele(a)
vizinho que contou para o tio, que contou conhece alguma história que foi passada
de pai para filho. Agora, sua missão será suponhamos que a história que você
eternizar esse relato de forma escrita. escreverá seja sobre uma avó que jura
20
96 Ouça o relato com atenção e peça que ter visto o lobisomem. A notícia deverá
a pessoa que o estiver ser contada como se fosse
contando pense em todos algo recente, mais ou
os detalhes que puder. menos assim: “mulher
Se possível, pergunte a de setenta anos relata
A
mais de uma pessoa que ter visto um lobisomem
conhece a mesma história na noite da última sexta-
ID
sobre os fatos que a feira”.
constroem. Quando tiver Atenção: por mais ab-
reunido todos os dados surdo que pareça o relato,
IB
necessários, organize-os sua missão é fazer com
para elaborar um texto informativo. Mas, que ele soe o mais verídico possível. Seja
você deverá escrevê-lo como se se tratasse criativo e deixe seu lado de escritor vir à
O
de uma notícia atual. Por exemplo: tona. Bom trabalho !
PR
Roteiro de revisão de texto
Caligrafia. (Como está sua letra? Está escrevendo com capricho ou pode
melhorar? Está legível para o leitor?)
ÃO
Ortografia. (Você está escrevendo corretamente todas as palavras? Se
estiver em dúvida com relação a alguma palavra, pesquise-a no dicionário
para ter certeza sobre sua grafia.)
Ç
Parágrafos. (Os parágrafos estão muito longos ou muito curtos sem ne-
cessidade? Você está dando o espaço devido ao iniciar um novo parágrafo?)
O
(c) Vecteezy
5.4 O USO DA PONTUAÇÃO NA EXPRESSIVIDADE DO
TEXTO - I 21
97
Você já parou para pensar que, por (c) Freepik
A
não possui todos os recursos rítmicos e
melódicos presentes na linguagem oral?
ID
Como assim? Imagine que você descobriu
algo surpreendente sobre algum assunto
do seu interesse. É natural que você queira
IB
compartilhar essa descoberta com alguém.
Assim, o que faz? Corre para contá-la a
algum amigo ou familiar. Enquanto você
O
fala, certamente se expressará por meio de
mudanças no seu tom de voz, nos gestos, 1º No primeiro grupo estão os sinais
PR
sua fala seguirá determinado ritmo que que marcam as pausas, ou seja, o ponto (.),
poderá mudar a qualquer momento e por a vírgula (,) e o ponto e vírgula (;).
aí vai. A expressão oral é riquíssima e 2º Encontramos no segundo grupo,
podemos exprimir nossos pensamentos de os sinais que possuem a função de marcar
diferentes formas. Na hora de escrevê-los, a melodia, a entonação. Nele vemos:
ÃO
porém, podemos sentir alguma dificuldade,
• o ponto de interrogação (?)
porque nem sempre encontramos o jeito
• o ponto de exclamação (!)
certo para expressar-nos da maneira como
• os dois pontos (:)
gostaríamos. Na tentativa de suprir essas
Ç
• as reticências (...)
necessidades expressivas, isto é, de tentar
• as aspas (“ ”)
se aproximar o máximo possível da língua
• os parênteses [ ( ) ]
U
dois grupos:
O
TESTANDO O CONHECIMENTO
A
ID
CLASSIFICAÇÃO DOS ADJETIVOS
IB
O
Você sabia que os adjetivos também são classificados de acordo com a sua função
ou com a formação? Neste capítulo, você estudará as classificações dos adjetivos e
PR
qual a sua função. Ademais, conhecerá o tipo textual descritivo e os gêneros biografia
e autobiografia. E por último, estudará o que são palavras homônimas e parônimas.
Vamos lá!
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R
(c) Pixabay
6.1 BIOGRAFIA
GALILEU
1564-1642
A
[...]
Galileu Galilei ajudou a transformar vendendo bússolas matemáticas caseiras,
ID
a maneira como as pessoas olhavam para enquanto continuava a dar aulas para
o mundo – e o universo além. Físico, alunos particulares.
matemático e astrônomo, Galileu fez
IB
descobertas fundamentais acerca da
natureza do movimento e do movimento
dos planetas. Galileu percebeu a
O
importância da experimentação e
defendeu a ideia que a matemática era a
PR
melhor forma de compreender o mundo
físico. [...]
O pai de Galileu era músico alaudis- (c) Pixabay
em 1589. Foi durante esse período que descobriu as quatro luas de Júpiter e
supostamente demonstrou sua teoria da notou que suas fases indicavam que elas
EP
A
novas ciências] foi publicado na Holanda
em 1638. Morreu quatro anos depois, aos
ID
77 anos.
MONTEFIORE, Simon Sebag. Titãs da
história: os gigantes que mudaram o nosso
IB
mundo. Tradução de Renato Marques. São Paulo:
Planeta do Brasil, 2018. (adaptado)
O
PR
GLOSSÁRIO
(c) Pixabay
5. Desafio!
ATIVIDADES
nascimento de Galileu e os Países
Baixos.
O
A
dos seres. Dito de outra forma, são os
vocábulos que acompanham o substantivo
ID
para caracterizá-lo ou estabelecer com
ele uma relação de espaço, de tempo, de
finalidade, de propriedade, de procedência
IB
etc. Ademais, os adjetivos podem ser (c) Pixabay
O
restritivos ou explicativos, primitivos ou um adjetivo que se refere a uma
derivados, simples ou compostos, além característica inata do ser, esse adjetivo
de pátrios. Vejamos a seguir cada uma é classificado como explicativo. O mesmo
PR
dessas classificações. ocorre quando dizemos: o fogo quente, a
neve fria, o leite branco, o homem mortal
a) Classificação: restritivo e ex- etc. Essas são características inerentes
plicativo desses seres, isto é, que não podem ser
ÃO
modificadas, que fazem parte da própria
Quanto à função de determinar os natureza desses seres.
seres, os adjetivos podem ser classificados Quando, porém, aplicamos ao ser
como restritivo ou explicativo. Observe: uma característica que não é de todos
os seres daquela espécie, o adjetivo em
Ç
mesma ideia nas três formas apresentadas • O pássaro negro voa em direção ao
acima? Perceba que a primeira oração é mar.
EP
A
Exemplos: escuro, largo, grande,
Quanto à formação dos adjetivos, eles
brasileiro etc.
podem ser:
ID
• Primitivos – são aqueles que dão
• Compostos – são aqueles formados
origem a novas palavras e que não deri-
por mais de um elemento.
vam de outro vocábulo, ou seja, sua for-
IB
mação independe de outra palavra.
Exemplos: luso-brasileiro, cor-de-
-rosa etc.
Exemplos: alegre (dá origem a ale-
O
gria, alegremente, alegrar), fiel (fi-
Alguns adjetivos compostos possuem
delidade, infiel); feio (feiura), pobre
mais de um elemento, mas são escritos de
PR
(pobreza) etc.
forma unida, ou seja, sem hífen, em uma só
palavra, como ultravioleta, socioeconômico
• Derivados – são aqueles formados
etc.
a partir de outras palavras, que podem
ser substantivos ou verbos, ou até mesmo
c) Adjetivos eruditos
outro adjetivo. Assim, para formar um
ÃO
adjetivo derivado, mantemos o radical
Existem também os adjetivos eruditos,
da palavra e acrescentamos um sufixo ou
que significam relativo a, semelhante a,
prefixo a ela.
próprio de, da cor de. Veja na tabela a
seguir alguns desses adjetivos:
Ç
A
d) Adjetivos pátrios
- Paraíba – paraibano
104
8 Há também os adjetivos pátrios que
- Rio Grande do Norte – potiguar,
norte-rio-grandense ou rio-granden-
são derivados de substantivos e se refe-
se-do-norte
rem a continentes, países, estados, cida-
- Ceará – cearense
des, províncias, regiões e povoados, raças
- Piauí – piauiense
e povos. Exemplos:
A
- Maranhão – maranhense
- Portugal – português
ID
- Tocantins – tocantinense
- Brasil – brasileiro
- Pará – paraense ou parauara
- Estados Unidos – norte-americano,
- Amapá – amapaense
ianque
IB
- Roraima – roraimense
- Japão – japonês, nipônico
- Amazonas – amazonense
- Angola – angolano
- Acre – acriano ou acreano
O
- Chile – chileno
- Rondônia – rondoniense ou rondo-
- Alemanha - alemão
niano
PR
Adjetivos pátrios brasileiros
- Mato Grosso – mato-grossense
- Goiás – goiano
- Minas Gerais – mineiro
- Mato Grosso do Sul – mato-grossen-
- Rio de Janeiro (estado) – fluminense
se-do-sul ou sul-mato-grossense
- Rio de Janeiro (cidade) – carioca
ÃO
- Distrito Federal –brasiliense
- São Paulo (estado) – paulista
- São Paulo (cidade) – paulistano
- Paraná – paranaense ou tingui
- Espírito Santo – espírito-santense
- Santa Catarina – catarinense, san-
ou capixaba
Ç
ta-catarinense ou barriga-verde
- Rio Grande do Sul – gaúcho, rio-
- Bahia – baiano
U
-grandense-do-sul ou sul-rio-gran-
- Sergipe – sergipano ou sergipense
dense.
- Alagoas – alagoano ou alagoense
D
- Pernambuco – pernambucano
O
ATIVIDADES
R
EP
A
Faça as alterações que julgar necessá- c) Aquele menino é muito
rias. __________. (adjetivo composto)
ID
a) Aos filhos cabe honrar o pai e a d) A noite ___________me causava
mãe. medo. (adjetivo explicativo)
b) O balanço ainda diverte a mole- e) Ele ficou ______________ devido
IB
cada. ao ocorrido. (adjetivo derivado)
c) O tenista acertou a bola na arqui-
bancada. 5. Dê os adjetivos pátrios referentes
O
d) A cerimônia ocorrerá amanhã. aos seguintes lugares.
e) Os convidados aguardavam a che- a) Rússia
PR
gada do presidente. b) Japão
f) Saíram correndo quando ouviram c) Alemanha
o som do alarme. d) Portugal
e) Espanha
4. Complete as frases a seguir com o f) Estados Unidos
ÃO
Ç
6. Desafio!
a) Veja o mapa do Brasil a 20
U
19
seguir e dê o nome dos adje-
tivos pátrios referentes aos
D
21
estados. Escreva o nome do 18 16 14
13
estado e o adjetivo corres- 12
O
15
pondente. Siga o exemplo. 11
22 23 17 10
Modelo: Rio Grande do 8
9
R
24
Sul = gaúcho, rio-granden-
27
se-do-sul ou sul-rio-gran- 26
dense.
EP
7 6
25
b) Faça pesquisas sobre os estados brasilei- 4 5
ros e depois formule frases ou redija um tex-
3
to em que você expresse as características de
R
2
cada estado ou das pessoas desses lugares.
Para isso, procure usar adjetivos eruditos e 1 (c) Pixabay
A
• Belo: adjetivo simples, primitivo, restritivo.
• Gaúcha: adjetivo simples, primitivo, restritivo.
ID
• Catarinense: adjetivo simples, primitivo, restritivo.
IB
6.3 TIPO TEXTUAL: DESCRITIVO
O
Antes de iniciarmos esta seção, 2) Descrição de uma cidade
escreva em seu caderno as principais
características dos tipos textuais que
PR
você estudou até agora. Nesta seção, você CULTURA
estudará um novo tipo textual: descritivo.
Relembradas as características dos No setor cultural [de Poços de
tipos textuais estudados anteriormente, Caldas] destacam-se o Complexo
iniciemos a explicação do tipo textual Cultural da Urca, instalado no
ÃO
descritivo. Os textos desse tipo são antigo Cassino da Urca, que possui
aqueles escritos para descrever pessoas, um teatro aparelhado para receber
lugares, acontecimentos, animais, objetos apresentações do circuito nacional,
etc. Assim, são produzidos com o objetivo além de salões de exposição e uma
biblioteca. (...)
Ç
biografia, entre outros. Veja abaixo alguns Há eventos culturais anuais como
textos descritivos: o Festival Música nas Montanhas,
O
A
destacaram no campo militar.
Parque da Serra de São Domingos.
Suspenso por cabos de aço e (Andrade, A. Santa Edviges. São Paulo:
ID
sustentado por torres a uma altura de Artpress, 2000)
aproximadamente 20m, o teleférico
possui 30 cabines com capacidade
IB
para quatro pessoas cada. Durante o
a) Gênero textual: biografia
trajeto, pode-se ter uma bela vista da
cidade e da vegetação da serra.
O
Biografias
Endereço: Parque José Affonso Jun- são textos escri-
tos com o obje-
PR
queira, s/n, centro
tivo de trazer
Telefone: (35) 3697-2304 para o leitor
fatos e informa-
©LeloJr.
ções a respeito
ÃO
de alguma per-
sonalidade fa-
mosa. Trata-se
da história real
de uma pessoa.
Ç
Assim, as bio-
grafias descrevem sua vida, carreira, fa-
U
4) Biografia
o escrito de autobiografia. Uma das auto-
Santa Edviges nasceu em 1174, na biografias mais famosa é a contada no li-
R
Baviera (região sul da Alemanha), vro O diário de Anne Frank, uma menina
numa família de poderosos e ricos judia que relatava seu dia a dia durante
EP
1204), foi pessoa de grande influência cesso é a famosa História de uma Alma,
na Corte do Imperador Frederico escrita por Santa Teresinha do Menino
Barbaroxa, e participou da Terceira Jesus. Citemos também o livro A história
Cruzada. de minha vida, autobiografia de Helena
Uma das irmãs de Santa Edviges, Keller.
pelo sangue (pois descendiam de troncos
Hellen Keller foi uma mulher reais) e também pela piedade e virtudes
108
12 que ganhou grande destaque exemplares.
por sua superação de vida. Aos Foi batizado na Catedral de Lisboa,
dezoito meses ficou cega e surda onde ainda hoje se conserva a pia batis-
subitamente devido a uma doença mal. Recebeu o nome de Fernando, que
que foi diagnosticada naquela época significa, em grego, flor ou lírio.
A
como febre cerebral. Entretanto, O futuro Santo deu mostras, desde pe-
quenino, de santidade eminente. Sempre
apesar de todas as dificuldades,
ID
se destacou de seus companheiros pela
tornou-se escritora, filósofa e
aplicação nos estudos e pela piedade sin-
conferencista. Sua aprendizagem é
gular. [...] Depois de ter maduramente re-
fruto do trabalho da sua professora fletido, decidiu ingressar na vida religio-
IB
Anne Sullivan, de quem Helen ficou sa. [...]
muito amiga. Hellen Keller faleceu
em 1º de junho de 1968.
Anthony van Dyck (1630)
O
PR
ÃO
Ç
U
D
(CC - PD)
Hellen Keller com Anne Sullivan
O
R
Santo Antônio de Lisboa (também co- camente sua grande cultura. Procurava
nhecido como Santo Antônio de Pádua) parecer um homem simplório e queria
nasceu a 15 de agosto de 1195, em Lisboa, ser esquecido de todos. Quis até mesmo
capital do Reino de Portugal. esconder o próprio nome e, por devoção a
Era o segundo filho de Martim de Bu- Santo Antônio do Deserto, adotou o nome
lhões e de Teresa Maria Taveira, nobres de Antônio.
Era infatigável o zelo de Frei Antônio você pode ver, Kitty, ainda estou viva, e,
pelo bem das almas. Não somente se em- como diz papai, isso é o mais importante.
penhava de dia no púlpito e no confessio- (Frank, Anne. O diário de Anne Frank.
109
13
nário, mas ainda de noite, velando muitas Tradução de Ivanir Alves Calado. 49ª ed. Rio de
horas, se dedicava à oração. Janeiro: BestBolso, 2017)
(Brito, Fernando Tomás de. Santo Antônio. São
Paulo: Artpress, 2000)
A
ID
Texto 2: Autobiografia de Anne Frank
IB
Vou começar a partir do momento em
que ganhei você, quando o vi na mesa, o
meio dos meus outros presentes de ani-
O
versário. (Eu estava junto quando você foi
comprado, e com isso eu não contava.)
Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às
PR
seis horas, o que não é de espantar; afinal,
era meu aniversário. Mas não me deixam
levantar a essa hora; por isso, tive de con-
trolar minha curiosidade até quinze para
as sete.
ÃO
[...]
Quarta-feira, 8 de julho de 1942
Querida Kitty,
Parece que já se passaram anos des-
Ç
Produzindo!
O
1. Com base nos seus estudos a respeito do tipo textual descritivo, escreva uma autobio-
grafia. Abaixo há alguns dos elementos fundamentais para que sua autobiografia seja
R
bem escrita:
EP
A
Crie um título que chame a aten- Nos parágrafos de desenvolvimento,
ção do leitor, que desperte nele o in- você discorrerá sobre a vida do perso-
ID
teresse pela sua obra. nagem: infância, adolescência, vida
adulta e realizações. Lembre-se: os
2. Introdução fatos narrados devem ser reais, por
IB
• Justificativa – razão pela qual isso é fundamental que você faça
decidiu escrever a respeito desse per- pesquisas em fontes confiáveis. De-
sonagem; senvolva aqui a carreira, as conquis-
O
• Nome da personalidade; tas e as ações no mundo da pessoa.
• Local e data de nascimento;
PR
• Familiares; 4. Desfecho
• Profissão. • Conclusão do texto.
Nesse parágrafo introdutório, No parágrafo de conclusão, você
apresente o argumento que mostre deverá repassar brevemente as prin-
por que tratar da vida desse perso- cipais realizações do personagem e
ÃO
nagem é importante. Seja cativante! todos os fatos de maior importância
Conte um fato interessante a respei- que você apontou no texto. Além dis-
to da vida da pessoa sobre quem você so, você pode concluir o parágrafo de
escreve, familiarize o leitor com o desfecho com alguma frase sua em
Ç
personagem apresentando seu nome, que você exponha sua opinião a res-
local e data de nascimento, nome de peito do personagem ou até mesmo
U
A
muitos outros idiomas nos deparamos acento (sinal gráfico) e assento
com palavras que são escritas da mesma (local onde se senta).
ID
maneira, porém possuem significados di-
ferentes. Ou mesmo palavras que se as- • Homófonos homográficos – são os
semelham na grafia ou no som, mas que homônimos perfeitos, isto é, palavras cuja
IB
também não significam a mesma coisa. A escrita e pronúncia são iguais e apenas o
esses incidentes damos o nome de homô- significado é diferente. Exemplos:
O
nimos e parônimos. Veja a seguir.
serra (conjunto de montanhas),
Homônimos: diz respeito às palavras serra (instrumento de corte com lâ-
PR
que, embora tenham a mesma pronúncia mina dentada) e serra (do verbo ser-
ou até a mesma grafia, possuem significa- rar);
dos diferentes. Exemplos: cedo (substan- rio (do verbo rir) e rio (substan-
tivo), cedo (verbo); verão (substantivo), tivo);
ÃO
verão (verbo). leve (substantivo) e leve (do ver-
As palavras homônimas são classifica- bo levar);
das em:
Viagem – substantivo.
• Homófonos heterográficos – são as
Viajem – forma do verbo viajar.
palavras cuja pronúncia é igual, mas se
diferem no modo de escrever. Caçar – capturar, prender.
Exemplos: Cassar – invalidar, anular.
Cem – número. Eminente – que está em posição eleva-
Sem – preposição. da; que supera os demais.
112
16 Iminente – algo que está prestes a
Passo – forma do verbo passar. acontecer.
Paço – palácio.
Cesta – recipiente.
Aço – tipo de metal. Sesta – descanso após o almoço.
A
Asso – forma do verbo assar.
Comprimento – extensão.
Cumprimento – do verbo cumprir ou
ID
Caçado – aquilo que foi capturado,
morto por caçadores. cumprimentar.
Cassado – anular, proibir (mandatos,
direitos políticos, licença etc.) Bebedor – aquele que bebe.
IB
Bebedouro – local em que se bebe.
Seção – ação ou efeito de cortar, de di-
Emergir – subir, fazer vir ou vir à tona;
O
vidir algo em partes; parte de um todo;
repartição de uma empresa ou de órgãos aparecer das águas.
do governo etc. Imergir – mergulhar, afundar.
PR
Sessão – tempo em que se realiza de-
terminada atividade; reunião. Importar – trazer de outra cidade, país
Cessão – do verbo ceder, ou seja, desis- ou estado.
tir de algo em favor de alguém. Exportar – levar, transportar para ou-
tra cidade, país ou estado.
ÃO
Manga – fruto da mangueira.
Manga – parte da camisa. Imigrante – pessoa que se estabeleceu
em outro país.
Emigrante – pessoa que sai de um país
para viver em outro.
Ç
guém ou algo.
Discrição – qualidade de ser discreto,
O
A
que sabe montar.
Cavalheiro – homem educado e cortês. Despensa – local em que se guardam
ID
mantimentos.
Dispensa – ato de dispensar, ou seja,
não precisar de, demitir, recusar.
IB
Flagrante – algo visto no exato momen-
to em que acontece; notório, evidente.
O
Fragrante – cheiroso, perfumado.
PR
anda a pé.
(c) Freepik Pião – brinquedo.
ATIVIDADES
D
O
são (saudável) e são (forma livre (adjetivo) e livre espiar (observar) e expiar
do verbo ser) (forma do verbo livrar) (pagar pena)
senso (juízo) e censo
cedo (advérbio) e cedo gosto (forma do verbo
(conjunto de dados
(forma do verbo ceder) gostar) e gosto (substantivo)
estatísticos)
faculdade (instituição de
colher (substantivo = talher) tacha (pequeno prego) e
ensino) e faculdade
e colher (verbo = recolher) taxa (imposto)
(capacidade intelectual)
cerrado (bioma brasileiro) e
concerto (sessão musical) e rio (forma do verbo rir) e rio
serrado (algo que foi cortado
conserto (reparo) (substantivo)
com uma serra)
são (saudável) e são (forma livre (adjetivo) e livre espiar (observar) e expiar
do verbo ser) (forma do verbo livrar) (pagar pena)
senso (juízo) e censo
cedo (advérbio) e cedo gosto (forma do verbo
(conjunto de dados
(forma do verbo ceder) gostar) e gosto (substantivo)
estatísticos)
faculdade (instituição de
114
18 ensino) e faculdade
colher (substantivo = talher) tacha (pequeno prego) e
e colher (verbo = recolher) taxa (imposto)
(capacidade intelectual)
cerrado (bioma brasileiro) e
concerto (sessão musical) e rio (forma do verbo rir) e rio
serrado (algo que foi cortado
conserto (reparo) (substantivo)
com uma serra)
A
chá (bebida) e xá (antigo
força (forma do verbo forçar) como (conjunção), como
soberano da Pérsia, atual
e força (substantivo) (forma do verbo comer)
Irã)
ID
verão (substantivo) e verão experto (especialista) e olho (substantivo) e olho
(forma do verbo ver) esperto (perspicaz) (forma do verbo olhar)
sessão (tempo de duração de
IB
choro (substantivo) e choro zelo (substantivo = cuidado)
determinada atividade) e
(forma do verbo chorar) e zelo (forma do verbo zelar)
seção (parte de uma divisão)
acerto (forma do verbo boto (substantivo = animal
amo (substantivo = patrão) e
O
acertar) e acerto marinho) e boto (forma do
amo (forma do verbo amar)
(substantivo) verbo botar)
consolo (substantivo =
PR
coser (costurar) e cozer tênis (calçado) e tênis
alívio) e consolo (forma do
(cozinhar) (esporte)
verbo consolar)
(verbo). rado)
c) A vizinha ___________ o comer-
O
crear)
4. Escreva a frase a seguir empregan- e) O político teve seu _________
EP
A
pensa. Arrear e arriar.
d) O tráfico na avenida ficou compro-
ID
metido por causa do acidente.
e) Os cavaleiros se preparavam para
a cavalgada.
IB
7. Desafio!
O
Forme frases usando os parônimos
a seguir. Pesquise o significado das
PR
palavras em um dicionário. (c) Vecteezy
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R
2
R
EP
R
O
D
U
Ç
ÃO
PR
O
IB
ID
A
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR
A
Caro professor, o objetivo deste capítulo é ajudá-lo a ensinar seus alunos a escrever palavras
com correção ortográfica, obedecendo às convenções da língua escrita (EF67LP32); para tanto,
você ensinará a seu aluno os fonemas para que percebam as diferenças de sons de cada
D
palavra (EF03LP01)(EF04LP01)(EF35LP13), orientá-los-á a consultar o dicionário para
esclarecer dúvidas sobre a escrita de palavras (EF35LP12)(EF04LP03); também os conduzirá
I
na construção de verbetes de dicionário ou glossário simples (EF05LP25); por fim, instrui-los-á
IB
a usar adequadamente a pontuação das pausas no texto (EF67LP33) (EF06LP11). Para isso,
proporemos a leitura atenta do conto “A roupa nova do imperador”, de Hans Christian
Andersen, referência no gênero conto de fadas (EF67LP28) (EF69LP53). Durante o trabalho de
O
compreensão e interpretação desse texto, fomentar-se-á o amor à verdade e à virtude da
coragem, relacionando-as ao baluarte São João Batista. O estudo do tipo textual narrativo e a
produção textual deste gênero animarão ainda mais seus alunos na defesa da verdade e
PR
coragem (EF67LP30).
1. CONTO DE FADAS
Oriente os alunos a lerem o texto duas vezes silenciosamente; após isso, os alunos lerão em voz
ÃO
alta coletivamente; depois, um aluno por vez pode ler uma parte do texto em voz alta.
Auxilie seus alunos a observar as palavras desconhecidas para ele e a sublinhá-las para futura
consulta ao dicionário.
Extraído de https://static.poder360.com.br/2018/11/roupa_nova_rei-texto.pdf
Ç
Considerar trabalhar o amor à verdade e o ódio à mentira; como diziam os antigos: “verdade
conhecida, verdade obedecida”. Interessante relacionar com São João Batista, que foi decepado
por defender a verdade.
U
ATIVIDADES
D
O
essenciais. Essas questões são preliminares sobre o texto de Andersen; há outra seção
para aprofundar-se no texto.
2. FONEMA E LETRA
Não é objetivo que o aluno aprenda a transcrever foneticamente as palavras, mas apenas a
perceber os fonemas e a contá-los.
Capítulo 1 1
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023
ATIVIDADES
A
cinco letras e cinco fonemas; possuía: sete letras e seis fonemas; bosques: sete letras e
seis fonemas; trajes: seis letras e seis fonemas; hora: quatro letras e três fonemas;
D
qualquer: oito letras e sete fonemas; ocupado: sete letras e sete fonemas.
I
3. AS VOGAIS, SEMIVOGAIS E CONSOANTES
IB
* A letra k será mencionada nos casos especiais.
O
ATIVIDADES
PR
1. Vogais são sons formados pelas vibrações das cordas vocais sem obstáculo à passagem
do ar.
2. a) Deus/ João/ fé/ casa/ amor; b) fim/ João/ c) fé/ casa; d) fim/ João/ amor; e) fim/ Deus/
fé/ casa/ amor; f) Deus/ João/ casa/ amor.
3. e/c/d/f/a/b
4. As semivogais não possuem o som tão intenso quanto o das vogais; sempre terão som “i”
ÃO
e “u”.
5. As consoantes são caracterizadas pelo obstáculo à passagem do ar.
6. Os fonemas relativos às vogais são doze: a/ ã/ é/ ê/ en/ i/ in/ ó/ ô/ õ/ u/ un.
7. Sons de i e u.
Ç
8. Geralmente unindo o som da consoante com uma vogal, mas é possível demonstrar os
sons isolados também, como “rrrr”, “ffff”, “ssss”.
U
a) CASOS ESPECIAIS
Ç (c cedilhado) - Adaptado de ALMEIDA, Napoleão Mendes de. In: Gramática
D
os respectivos sons com mais intensidade, a fim de que percebam que há apenas um
som.
R
ATIVIDADES
EP
3. Quando se quer fazer o som de “sê” diante das vogais “a, o e u”.
4. Cedilha é um c pequeno virado pra trás, posto abaixo do c.
5. A letra G pode ter som de J diante de E ou I, som “guê” (u mudo) como GA, GUE, GUI,
GO e GU; e ainda ter o som do U como semivogal como na palavra água, por exemplo.
6. Nenhum.
7. Quando estão no final das sílabas.
8. A letra X pode representar os sons “s” (fraco), “ ss” (forte), “z” (som zê), “x” (som chê), o
som “ks” ou mesmo nenhum som diante de c ou s.
2 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR
A
Adaptado de: https://silo.tips/download/contos-de-fadas-uma-leitura-comparada-entre-o-
tradicional-e-o-moderno
D
ATIVIDADES
I
IB
1. C
2. Os falsos tecelões chegam à cidade e se oferecem para fazer uma roupa para o rei.
3. B
O
4. Depois de denunciada a nudez do rei, ele seguiu com o desfile, fingindo estar vestido.
5. Enganar o rei.
6. Eles disseram que podiam fazer trajes magníficos com a qualidade especial de se tornar
PR
invisíveis para aqueles que não tivessem as qualidades necessárias para desempenhar
suas funções e também para aqueles que fossem muito tolos e presunçosos.
7. O rei caiu na mentira dos vigaristas porque era muito vaidoso.
8. O rei mandou seu primeiro-ministro visitar os tecelões.
9. Era um homem muito hábil e ninguém fazia suas tarefas melhor que ele.
ÃO
10. Questionou-se se era um tolo ou que não fazia bem sua função, já que não via tecido
algum.
11. Embora não visse a roupa, o rei não queria que ninguém suspeitasse que ele não fosse
capaz de vê-la.
12. a) vaidoso; b) falsos; c) vigaristas; d) corajoso.
Ç
http://www.vatican.va/content/benedictxvi/pt/audiences/2012/documents/hf_ben-
xvi_aud_20120829.html) Professor, o aluno deve ser contextualizado na vida de São
D
João Batista para entendimento do texto do discurso do Papa Emérito Bento XVI. 1.
Espera-se que o aluno responda associando o texto com a defesa da verdade. 2. Espera-
se que o aluno demonstre que a verdade deve ser defendida pelo que ela é,
O
5. AS PAUSAS NO TEXTO
EP
Professor, lembre-se de mencionar que a última enumeração não leva ponto e vírgula, e sim,
ponto final.
Adaptado de: ALMEIDA, Napoleão Mendes de. In: Gramática Metódica da Língua Portuguesa.
21. ed. São Paulo: Edição Saraiva, 1967.
R
ATIVIDADES
1. a. “Na véspera do grande dia ( , ) recebi a absolvição pela segunda vez ( . )”;
b. “Eu sou um cérebro( , ) Watson ( . ) O resto é mero apêndice( . )”;
Capítulo 1 3
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023
c. “Se tu vens ( , ) por exemplo ( , ) às quatro da tarde ( , ) desde as três eu começarei a
ser feliz ( . ) Quanto mais a hora for chegando( , ) mais eu me sentirei feliz ( . )”;
d. “Não existe triunfo sem perda ( ; ou , ) não há vitórias sem sofrimento ( ; ou , ) não
há liberdade sem sacrifício ( . )”
e. “Ele ( , ) pelo menos ( , ) estava alegre e eu angustiado ( ; ) ele seguro e eu inquieto.”
* Espera-se que o aluno perceba a melodia das pausas.
A
I D
IB
O
PR
ÃO
Ç
U
D
O
R
EP
R
4 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR
A
gênero fábulas. O objetivo é que os alunos consigam identificar o gênero textual fábula como
integrante do tipo textual narrativo. Ademais, serão trabalhadas as classes dos artigos e dos
numerais. Assim, espera-se que, ao final deste capítulo, os alunos consigam compreender com
D
perfeição o que são os artigos e como devem ser empregados nas orações, bem como o que são
os numerais, sua leitura, escrita e emprego.
I
Objetivo da seção: O objetivo desta seção é que o(a) aluno(a) tenha contato com o gênero
IB
textual que será trabalhado no capítulo, a fim de se familiarizar com ele. A intenção é que o(a)
aluno(a) faça a leitura e a interpretação textual tentando, através de uma análise pessoal,
perceber quais são os elementos que compõem o gênero fábulas.
O
1. FÁBULAS
PR
Professor(a), sugerimos que o texto seja lido silenciosamente pelos alunos e
posteriormente com a turma, de modo que cada um leia um trecho. Oriente os alunos a
fazerem a leitura atenciosamente, sublinhando eventuais palavras desconhecidas.
Moral da História: Quem menospreza ou discrimina seu semelhante não deve se
surpreender se um dia lhe fizerem a mesma coisa.
ÃO
dos adjetivos (duplo, primeiro, etc.), como fazemos com último, penúltimo, anterior,
posterior, derradeiro, simples, múltiplo, etc., que denotam ordenação ou posição dos seres
numa série, sem imediata ou mediata relação com a quantidade.
(BECHARA, 2010, p. 182-183.)
Entretanto, para o livro do aluno, pensamos ser mais conveniente não tratar de tais
R
discussões gramaticais; deste modo, usamos como referência para a produção do material
do aluno a Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, do gramático Domingos Paschoal
Cegalla.
Frase 1. numeral; frase 2. artigo/numeral; frase 3. Numeral/numeral; frase 4. artigo/
numeral/ artigo.
Espera-se que o(a) aluno(a) consiga perceber quando temos um artigo ou quando temos
um numeral, apenas através da interpretação das frases. Sugerimos que, para o caso de a
Capítulo 2 5
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023
turma sentir muita dificuldade, o(a) professor(a) leia as frases com os alunos e ajude-os a
pensar se ali há o emprego de um artigo ou de um numeral. Assim, todos poderão chegar a
uma conclusão coletiva: sabemos que é um numeral quando a intenção do locutor é
enumerar a quantidade de elementos, ao passo que temos um artigo quando o objetivo é
apenas indicar a espécie. Ademais, sempre que a palavra um ou uma estiver
acompanhada de palavras como somente, apenas e afins, certamente temos um numeral.
A
ATIVIDADES
D
1. a) Chame a atenção dos alunos para que não confundam a preposição a com o artigo, e
nem o numeral um com o artigo indefinido.
I
A moça tecelã
IB
Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E
logo sentava-se ao tear. Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela
ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o
O
horizonte. Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete
que nunca acabava. Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça
PR
colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na
penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava
sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela. Mas se durante muitos dias o
vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com
seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza. Assim, jogando a
lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para
ÃO
trás, a moça passava os seus dias. Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe,
com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se
sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar
seu fio de escuridão, dormia tranquila.
b) Sim, na oração “a moça passava os seus dias”, pois, diante de um pronome possessivo, o
Ç
uso do artigo definido pode ser dispensado. Entretanto, antepô-lo ao pronome não é
errado.
U
2. a) o Rio de Janeiro; d) o uso do artigo é optativo, ambas as formas – com ou sem artigo -
estão corretas; e) o Cairo.
3. a) Todas três foram bem na prova.
D
c) 100 anos;
d) quatro anos;
e) cinco anos. (Lustro é uma palavra de origem latina que significa cinco anos.)
6. a) primeiro;
b) século quinto/ século quinze;
c) dezesseis;
d) nono/ décimo/ onze;
6 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR
e) segundo;
f) sexto/ sétimo/ dezenove.
7. a) numeral;
b) artigo;
c) artigo/ numeral;
d) artigo/ artigo/ numeral;
e) numeral.
8. O objetivo desse desafio é que os alunos absorvam melhor o conteúdo e percebam
A
eventuais dúvidas. Além disso, com a elaboração das atividades, serão estimuladas a
criatividade e a capacidade de se expressarem de forma inteligível, bem como a
D
socialização entre eles. Sugerimos duas formas para a aplicação do desafio: os próprios
alunos se organizam entre si para decidir quem ficará com os exercícios produzidos; ou
I
o(a) professor(a) organiza a turma, caso sinta necessidade de fazê-lo. É fundamental
IB
que todos os alunos recebam uma lista de exercícios; caso a turma seja composta por
um número ímpar de alunos, sugerimos que o(a) professor(a) também realize o desafio
e troque os exercícios com aquele(a) aluno(a) que ficou sem par.
O
3. GÊNERO TEXTUAL: FÁBULAS
PR
As fábulas são um recurso didático riquíssimo que pode ser um grande aliado do(a)
professor(a) quando o assunto é lição de moral, criatividade, uso de alegoria e ludicidade, além
do uso de alguns recursos estilísticos, como metáfora e comparação. Por isso, sugerimos que
o(a) professor(a) enriqueça a aula em que tratará desse gênero textual com outras fábulas,
dando-as para os alunos lerem e fazerem sua própria interpretação. Assim, uma sugestão é
ÃO
que as fábulas apresentadas a eles não tragam a moral, para que os próprios alunos
construam a lição que puderam aprender com a leitura feita.
4. CLASSIFICAÇÃO SILÁBICA
Ç
Achamos conveniente deixar para o livro do professor a seguinte informação: os encontros gn,
ps, pt e tm, quando internos, podem permanecer numa mesma sílaba, por exemplo, ma-gnó-lia,
U
di-gno etc. Acreditamos ser melhor que o(a) professor(a) julgue se apresentar tal informação
aos alunos causará confusão ou não, uma vez que ele(a) conhece sua turma e saberá como lidar
D
ATIVIDADES
R
3. SA A RA
SUB MA RI NO
VI Ú VO
DE CEP ÇÃO
R
Capítulo 2 7
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023
A
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IB
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PR
ÃO
Ç
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EP
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8 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR
A
Objetivos: trabalhar a leitura e a interpretação de textos, bem como o tipo textual narrativo e
gênero contos maravilhosos. O objetivo é que os alunos consigam identificar o gênero textual
D
contos maravilhosos como integrante do tipo textual narrativo. Ademais, será trabalhada a
estrutura das palavras; desse modo, os alunos aprenderão o que é raiz, radical e tema, bem
como afixos e desinências. Assim, espera-se que ao final deste capítulo os alunos consigam
I
IB
compreender como as palavras são formadas, algo que muitas vezes facilita a própria
compreensão do significado dos vocábulos.
O
3.1 CONTOS MARAVILHOSOS
PR
Objetivo da seção: O objetivo desta seção é que o(a) aluno(a) tenha contato com o gênero
textual que será trabalhado no capítulo para que se familiarize com ele. A intenção é que o(a)
aluno(a) faça a leitura e a interpretação textual do conto apresentado e reflita sobre os
aspectos que distinguem os contos maravilhosos dos contos de fadas.
ÃO
Professor(a), sugerimos que o texto seja lido silenciosamente pelos alunos e, posteriormente,
com a turma, de modo que cada um leia um trecho. Oriente os alunos a fazerem a leitura
atenciosamente, sublinhando eventuais palavras desconhecidas.
Ç
Prefixos latinos:
O
Para que não ficasse demasiada extensa a lista de prefixos, omitimos muitos que são de
frequente uso na nossa língua. Desse modo, proporemos como atividade para que os alunos
mesmos busquem outros prefixos. Ao professor(a), sugerimos que os consulte na Novíssima
R
ATIVIDADES
R
Capítulo 3 9
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023
2. Sugestões: Ferreiro; ricaço; infraestrutura; adocicar.
5. (2) infraestrutura; (6) escuridão; (1) abjurar; (3) ruela; (4) condomínio; (5) povaréu.
A
D
3.4. A ACENTUAÇÃO DAS OXÍTONAS
I
É possível que surja nos alunos a seguinte dúvida: por que palavras como tem e vem não
IB
devem ser acentuadas graficamente – em se tratando da terceira pessoa do singular –, mesmo
com a terminação –em? Resposta: por que são monossílabos. As regras para a acentuação de
monossílabos são, nas palavras do próprio Cegalla:
O
a) Acentuam-se os monossílabos tônicos:
PR
terminados em –a, -e, -o, seguidos ou não de s:
o há, pá, pás, má, más, pé, pés, [...]
que encerram os ditongos abertos éi, éu, ói:
o véu, véus, réis, dói, sóis, etc.
ÃO
b) Não se acentuam os monossílabos tônicos com outras terminações:
ATIVIDADES
D
1. Resposta:
O
2. Espera-se que o(a) aluno(a) consiga resumir habilmente o que se pede, uma vez que o
conteúdo é simples e, no ano escolar em que se encontram, é esperado que tenham uma
habilidade de escrita expositiva, ao menos, intermediária.
10 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR
4. Rafael errou, pois após o -i de raiz não se tem s, mas z; portanto, embora tônico, esse -i não
deve ser acentuado, assim como não deve sê-lo em juiz. Porém, no plural, o i recebe acento:
raízes e juízes; mas aí já não mais estamos diante de uma palavra oxítona.
5. a) Porque a palavra baú é uma oxítona em que a letra –u é precedida por uma vogal átona,
formando, assim, um hiato. Ao passo que a palavra Pacaembu não possui tais características;
desse modo, a ela não se aplica a regra de acentuação gráfica da letra –u em palavras oxítonas.
A
b) A palavra mantem está grafada de forma errada, uma vez que o sujeito da frase se encontra
D
na 3ª pessoa do plural; assim, o correto é que a palavra esteja escrita com o acento circunflexo:
mantêm.
I
c) Porque a palavra nuvem não é uma oxítona.
IB
O
PR
ÃO
Ç
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Capítulo 3 11
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023
A
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EP
R
12 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR
A
Objetivos: trabalhar a leitura e a interpretação de textos, bem como o gênero contos religiosos.
O objetivo é que os alunos consigam identificar o gênero textual contos religiosos como
D
integrante do tipo textual narrativo. Além disso, os alunos aprenderão a classificar os
substantivos e a acentuar corretamente as palavras paroxítonas e proparoxítonas.
I
IB
4.1 Contos religiosos
Professor(a), sugerimos que o texto seja lido silenciosamente pelos alunos e posteriormente
O
com a turma, de modo que cada um leia um trecho.
Professor(a), chame a atenção para o fato de o texto reproduzir o jeito simples de falar dos
personagens, por isso, os desvios em relação à norma culta. Nesse sentido, incoerências como o
PR
uso simultâneo das formas do imperativo passa (tu) e cure (você), que a avó usa para dirigir-se
a Deus, e marcas de simplicidade de estilo, como parecia até que brilhava em vez de parecia
até brilhar são características da linguagem oral e popular.
ATIVIDADES
ÃO
a) A senhora foi até à cidade em busca de ajuda, pois sua neta estava doente e ela não tinha
dinheiro para chamar um médico.
b) Disseram que não havia nenhum médico com disponibilidade para atender a menina em sua
Ç
DERIVADO E COLETIVO
EP
ATIVIDADES
1.
R
Capítulo 4 13
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023
c) felicidade = substantivo comum, simples, derivado, abstrato; menina = substantivo
comum, simples, concreto, primitivo.
d) estrofe = substantivo comum, simples, primitivo, concreto, coletivo; leitura = substantivo
comum, simples, derivado, abstrato.
e) raizame = substantivo comum, simples, derivado, concreto, coletivo.
f) guarda-chuva = substantivo comum, composto, concreto – a esse substantivo não se aplica
a classificação em derivado ou primitivo; meninos = substantivo comum, simples, concreto,
primitivo; chuva = substantivo comum, simples, concreto, primitivo.
2.
A
a) viuvez;
D
b) beleza;
c) viagem;
d) maciez;
I
e) dificuldade;
IB
f) saída.
3.
O
a) segredos, maravilhas, influição, estranhezas, qualidades, verdades.
b) Os substantivos mencionados são abstratos, pois não possuem existência própria.
PR
c) Filósofos, terras, ventos, velas, escrituras, signos (aqui significa constelações), estrelas.
4.
alguma confusão quanto a sua acentuação gráfica. Segundo alguns dicionários, a vogal –i deve
levar o acento agudo; segundo outros, a palavra entra na mesma regra de feiura, baiuca etc. A
R
quatro sílabas “ma – o – ís – mo”, o acento deve ser grafado, por se tratar da vogal –i como a
segunda tônica de um hiato.
ATIVIDADES
R
1.
2.
14 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR
3.
A
A palavra ingênuo deve ser acentuada graficamente por se tratar de uma paroxítona que
D
termina com um ditongo crescente;
. O vocábulo feiura não é acentuado, porque a vogal –u é precedida de um ditongo decrescente.
. A palavra vírus é acentuada, porque tem terminação em –us; a palavra lápis, por terminar
I
em –is; o vocábulo médium, por finalizar em –um; e a palavra revólver, porque sua terminação
IB
é em –r.
O
4. Desânimo; fábrica; datilógrafa; hábito; alívio; reverência.
5. c) os vocábulos paroxítonos terminados em –l, aqueles em que a última sílaba termina com –
PR
ue e todas as proparoxítonas são acentuadas, respectivamente.
Essa questão pode gerar certa dificuldade nos alunos, pois não está escrito no material que os
vocábulos em que a última sílaba termina em –ue devem ser acentuados graficamente. A ideia
é que o aluno faça o bom uso da lógica. Nas outras alternativas, os erros estão nítidos e,
ÃO
embora a informação não esteja escrita com essas palavras, deve-se ter em mente a regra de
que todas as paroxítonas finalizadas em ditongo crescente recebem acento; logo, todas as
paroxítonas com terminação em –ue respeitam essa regra.
Ç
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Capítulo 4 15
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2023
A
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16 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR
5.1 NOTÍCIA
A
Professor(a), sugerimos que o texto seja lido silenciosamente pelos alunos e posteriormente
D
com a turma, de modo que cada um leia um trecho.
I
5.2 FLEXÕES DO SUBSTANTIVO EM GÊNERO E
IB
NÚMERO; GRAU DOS SUBSTANTIVOS
O
a) Flexões dos substantivos: gênero
PR
Substantivos biformes e uniformes
Epicenos: Note-se que alguns gramáticos – como Cegalla e Napoleão Mendes de Almeida –
apontam para a possibilidade de os adjetivos fêmeo e macho concordarem em gênero com os
substantivos a que se referem. Assim teríamos, por exemplo, cobra macha e jacaré fêmeo.
ÃO
Você sabe...? R.: a mousse, a mascote, a alface, o dó, a gênese, a cal.
ATIVIDADES
Ç
1. Sugestões:
Tigre – tigresa; judeu – judia; patriarca – matriarca; sacerdote – sacerdotisa; mestre – mestra;
U
doutor – doutora; ancião – anciã; anão – anã; cidadão – cidadã; infante – infanta.
comum de dois gêneros; h) sobrecomum; i) comum de dois gêneros; j) comum de dois gêneros;
k) biforme.
O
ATIVIDADES
Capítulo 5 17
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2022
A
Sem mudança no timbre: bolos, repolhos, polvos, globos, moços, dorsos.
D
6. Além de treinarem as flexões dos substantivos, os alunos exercitarão a habilidade da
escrita, da riqueza de vocabulário, experimentando as diversas maneiras que temos para
expressarmos uma mesma ideia.
I
IB
Professor:
O
http://bit.ly/desafioPORT6ANO5-2-6
PR
c) Grau dos substantivos
ATIVIDADES
ÃO
1. muralha – mulherona – fogaréu – rapagão – manzorra – vozeirão
3. Sugestões:
Ç
Produzindo: Neste momento, sugerimos que o(a) professor(a) trate com os alunos sobre as
famosas fake news. Explique à turma a importância de procurarmos fontes confiáveis, pois,
mesmo sabendo que os textos informativos devem apresentar somente fatos verídicos, nem
R
sempre o autor é escrupuloso ou profissional o bastante para fazê-lo. Assim, por vezes, lemos
notícias falsas, que podem até mesmo apresentar dados e relatos falsos ou manipulados para
EP
que se adequem ao objetivo do autor. Desse modo, a imparcialidade ao relatar uma notícia é
fundamental, ou seja, não permitir que a opinião pessoal esteja acima dos fatos.
TEXTO - I
Primeira parte.
Esta seção deverá tratar dos sinais de pontuação de forma superficial para que o(a)
professor(a) consiga identificar quais são as maiores dificuldades da turma em relação a esse
tema. Sendo assim, prepararemos para o capítulo seguinte uma seção que abordará o tema
18 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR
novamente, porém com maior abrangência. A ideia é trazermos o conteúdo em dois capítulos:
em um, abordaremos os sinais do primeiro grupo, ao passo que no outro serão trabalhados os
sinais pertencentes ao segundo grupo.
Nesta seção, o(a) professor(a) deverá analisar o conhecimento dos alunos para que, nos
capítulos seguintes, em que o tema será abordado de forma mais abrangente, consiga
A
empenhar-se em explicações que exigem mais dedicação de acordo com as principais
dificuldades da turma. O conhecimento do emprego dos sinais de pontuação é fundamental
para o bom desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita. Assim, faz-se necessário
D
que seja trabalhado com diligência. Desse modo, o livro didático oferecerá o suporte necessário
para que o estudo aconteça da melhor maneira. Porém, caberá ao professor perceber em qual
I
dos sinais deverá se delongar com maiores explicações e aplicação de atividades extras. A
IB
intenção é que os alunos finalizem o ano escolar com o menor número possível de dúvidas
quanto ao uso dos sinais de pontuação, uma vez que esse é um dos conteúdos fundamentais
para que seja evitada uma série de problemas futuros, como dificuldade de leitura fluente,
O
dificuldade de interpretação textual, de entonação e de escrita, sendo este último o mais
notável entre eles.
PR
ÃO
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Capítulo 5 19
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2022
A
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20 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR
A
6.1 BIOGRAFIA
D
Professor(a), sugerimos que o texto seja lido silenciosamente pelos alunos e posteriormente
com a turma, de modo que cada um leia um trecho.
I
IB
Data e local de nascimento de Galileu: 15 de fevereiro de 1564, Pisa, Itália.
ATIVIDADES
O
PR
3. Porque não teve apoio de seu pai.
ÃO
Ç
5.
U
c) Adjetivos eruditos
O
Grande parte dos adjetivos eruditos provêm de palavras latinas ou gregas. A saber:
Latinas: aquila = águia = aquilino
anulus = anel = anular
R
Capítulo 6 21
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2022
A
frater = irmão = fraternal
lacrima = lágrima = lacrimal
lac = leite = lácteo
D
sidus = estrela = estelar
splen = baço = esplênico
I
leo = leão = leonino
IB
magister = professor/mestre = magistral
monachus = monge = monástico
nasus = nariz = nasal
O
ovis = ovelha = ovino
oculus = olho = ocular
fluvius = rio = fluvial
PR
venator = caçador = venatório
vesica = bexiga = vesical
rus = campo = rural
pluvia = chuva = pluvial
rupes = pedra = rupestre
ÃO
sulphur = enxofre = sulfúrico
septemtriones = norte = setentrional
pisces (pronúncia “piches”) = peixe = písceo, piscoso
senex = velho = senil
aestas = verão = estival
Ç
d) Adjetivos pátrios
22 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR
A
Parauara vem do tupi e significa “o que veio das águas, do mar”. Esse adjetivo gentílico
vem, provavelmente, das tribos aborígenes denominadas Parauás e Parauanas, que,
D
durante o período colonial do Brasil, habitaram a região do Pará.
Com o Novo Acordo Ortográfico, a palavra acreano deixou de ser aceita, permanecendo
I
apenas a forma aqui apresentada, acriano. Entretanto, em 2016, a Assembleia
IB
Legislativa do Acre criou uma lei que restaurava o uso do acreano devido à revolta da
população.
O
Tingui era o povo que habitava a região de Curitiba, no Paraná.
Entre algumas hipóteses, o nome barriga-verde parece derivar de uma peça de
PR
vestuário, uma faixa ou um colete, que compunha o uniforme dos soldados que
prestavam serviços na região de Santa Catarina no período colonial.
Gaúcho é uma palavra originária do castelhano e pode significar nobre, valente e
generoso ou camponês experimentado em pecuária tradicional.
ÃO
ATIVIDADES
1.
Ç
3. Fica a critério do aluno escolher à qual substantivo o adjetivo fará referência ou se ainda
colocará um adjetivo para cada substantivo.
Sugestões
a) Aos filhos cristãos cabe honrar o pai e a mãe.
b) O velho balanço ainda diverte a molecada.
c) O tenista novato acertou a bola na arquibancada.
d) A cerimônia cívico-religiosa ocorrerá amanhã.
Capítulo 6 23
Coleção Unitrinus – Ensino Fundamental - 2022
4. Sugestões:
a) Ester é uma aluna dedicada.
b) Beto entrou naquele carro preto, por isso o perdi de vista.
c) Aquele menino é muito mal-educado.
d) A noite escura me causava medo.
A
Ele ficou tristonho devido ao ocorrido.
D
5. russo; b) japonês; c) alemão; d) português; e) espanhol; f) ianque ou norte-americano.
I
3. Paraná = paranaense ou tingui
IB
4. São Paulo = paulista
5. Rio de Janeiro = fluminense
6. Espírito Santo = espírito-santense ou capixaba
O
7. Minas Gerais = mineiro
8. Bahia = baiano
9. Sergipe = sergipano ou sergipense
PR
10. Alagoas = alagoano ou alagoense
11. Pernambuco = pernambucano
12. Paraíba = paraibano
13. Rio Grande do Norte = potiguar, norte-rio-grandense ou rio-grandense-do-norte
14. Ceará = cearense
ÃO
15. Piauí = piauiense
16. Maranhão = maranhense
17. Tocantins = tocantinense
18. Pará = paraense ou parauara
19. Amapá = amapaense
Ç
17 maio 2021.)
(Disponível em: https://pocosdecaldas.mg.gov.br/turismo/pontos-turisticos/. Acesso em: 17 maio
2021.)
R
1. Respostas:
24 Língua Portuguesa
Língua Portuguesa – 6º ano – CADERNO DO PROFESSOR
Homógrafos heterofônicos: gosto e gosto; colher e colher; força e força; olho e olho; choro e
choro; zelo e zelo; acerto e acerto; boto e boto; consolo e consolo.
Homófonos heterográficos: espiar e expiar; senso e censo; tacha e taxa; conserto e concerto;
cerrado e serrado; chá e xá; experto e esperto; sessão e seção; coser e cozer.
Homófonos homográficos: livre e livre; cedo e cedo; faculdade e faculdade; rio e rio; como e
como; verão e verão; amo e amo; tênis e tênis.
2. Respostas:
A
a) homônimo; b) parônimo; c) parônimo; d) homônimo; e) parônimo; f) parônimo; g)
homônimo.
D
3. Uma pessoa pode, sim, ser emigrante e imigrante ao mesmo tempo, dependendo do ponto de
I
vista. Se essa pessoa é considerada da perspectiva do país do qual ela saiu, ela é uma
IB
emigrante. Se, porém, é considerada do ponto de vista do país no qual ela se encontra, ela é
uma imigrante.
O
4. Resposta: letra b. O réu foi absolvido pelo juiz porque não foi pego em flagrante e assim, a
infração não foi comprovada.
PR
5. Respostas:
a) acento;
b) Cerrado; (professor(a), chame a atenção dos alunos quanto ao emprego da palavra
cerrado que neste contexto deve ser com letra maiúscula.)
c) delatou;
d) recrear;
ÃO
e) mandato, cassado;
f) imersos;
g) comprimento;
h) coro.
Ç
6. Respostas:
a) O atleta estava suando muito.
c) Na casa onde moro não tem despensa.
U
Capítulo 6 25
Nossos Princípios
220
1) Compromisso com a Verdade – Nosso conteúdo busca diferenciar
claramente teorias de leis científicas, fatos de opiniões.
A
“acreditar” no professor por meio do argumento de autoridade, mas
ensinar a ciência por meio do raciocínio.
ID
3) Transcendência cristã – É um dos grandes valores do nosso
material. Em todos os conteúdos é preciso conjugar fé e razão,
IB
perpassando os conteúdos pela visão cristã de mundo.
O
valemos da metodologia de Hugo de São Vítor para organizar nosso
conteúdo: I. leitura, conhecimento das palavras e conceitos; II.
PR
meditação e interpretação; III. contemplação da verdade.
e duvidosos.
U
devaneios.
unitrinus.com.br