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Ebenézer Bittencourt
IGREJA MAIS
Poder - Estratégia - Simplicidade
1ª Parte
A VIDA DA IGREJA
NA PRÁTICA
2 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
Autor
Ebenézer Bittencourt
Revisão
Claudio Ernani Ebert
Capa
Cristy Bittencourt
Publicadora
Noutética Publicações Ltda. ME
Campinas, SP
ÍNDICE
A Vida da Igreja na Prática
1ª Parte do Curso Igreja Mais
1. Visão Panorâmica 07
3. Objetivos 11
3.1. Crescimento qualitativo 11
3.2. Crescimento quantitativo 12
4. Atividades 13
4.1. Celebrar 15
4.2. Ensinar 19
4.3. Cuidar 23
4.4. Alcançar 27
4.5. Liderar 31
5. Organização 35
5.1. Liderança de Pessoas 35
• Organograma – para mobilizar os voluntários 36
5.2. Gestão de Recursos 37
• Orçamento – para distribuir os recursos 38
INTRODUÇÃO
A Vida da Igreja na Prática
Gente boa
Tudo começou com uma angústia interior, uma dor espiritual. Eu que-
ria liderar a igreja do jeito certo, mas não conseguia visualizar claramente
os princípios de eclesiologia que me ajudariam a tomar boas decisões no
contexto da comunidade cristã.
No entanto, em uma manhã ensolarada de 1979 em Caxias do Sul,
tive uma ideia que desabrochou e a pequena semente acabou se transfor-
mando na árvore de uma filosofia ministerial. O mapa, gerado por aquela
ideia inicial, grudou em minha mente de tal maneira que deixou tudo mais
lúcido e simples. Passei a tomar decisões baseado nesse mapa. Descobri
suas aplicações para o discipulado, treinamento de líderes e, mais tarde,
até para o trabalho de consultoria no mundo corporativo. Nesse curso quero
compartilhar com você o que colocou ordem na minha cabeça e no meu
ministério.
Mas antes, três palavras cruciais.
PODER
Algumas igrejas causam um forte impacto na sociedade, independen-
temente de serem históricas ou contemporâneas, carismáticas ou tradicio-
nais. De onde vem o seu poder? Há igrejas que oram muito e não têm o
mesmo impacto. Há igrejas que têm banners dependurados na parede com
sua missão, visão, valores e prioridades, e não causam o mesmo impacto.
O poder vem da espiritualidade? Dos líderes? Da estratégia?
ESTRATÉGIA
Crescimento Natural da Igreja, Igreja com Propósito, Missão Integral,
Igreja Simples, Igreja em Células - todos esses movimentos trazem contri-
buições maravilhosas para o Corpo de Cristo, propondo modelos ou cami-
nhos para seguirmos. Consultores também oferecem cursos específicos so-
bre estratégia e sistemas organizacionais. Com tanta informação, qual seria
o mínimo irredutível que podemos usar como estratégia para a igreja? Será
que pode ser mais simples?
6 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
SIMPLICIDADE
Igrejas pequenas também podem ser complexas, e certamente as
igrejas grandes o serão mais ainda. Não temos como fugir porque a igreja
lida com uma variedade enorme de pessoas, programas e processos. Mas
em meio a essas complexidades inevitáveis, descobrimos que líderes efica-
zes têm uma grande simplicidade mental. Qual seria essa simplicidade?
Como afeta a estratégia? Como promover o verdadeiro poder de uma co-
munidade? Como dirigir melhor a organização que lideramos?
SUSTENTADOR
por meio dele
1
Romanos 11:36; 1 Coríntios 10:31; Colossenses 3:17; Isaías 43:7.
2
1 Coríntios 8:6 - para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem
existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por
ele. A. W. Tozer: O que nos vem à mente quando pensamos em Deus é a coisa mais impor-
tante a nosso respeito.
3
Efésios 4:15,16
10 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
2.5. Evangelizamos
nossos amigos.
2.6. Apoiamos missões
transculturais.4
3. Implicações práticas:
4
Mateus 28:18-20; Marcos 16:15; Atos 1:8; Romanos 10:11-15;
5
Lucas 22:24-27; Efésios 1:22,23; 4:15.
Ebenézer Bittencourt 11
OS OBJETIVOS
1. OBJETIVO QUALITATIVO
à Edificação dos santos.
Um cristão cresce qualitativamente em
maturidade quando (a) tem sua mente
transformada pela palavra caminhando
em obediência aos princípios bíblicos6 e
(b) zelando por bons relacionamentos.7
1.1. Começa aqui: E ele mesmo conce-
deu uns para apóstolos, outros para
profetas, outros para evangelistas e
outros para pastores e mestres,
com vistas ao aperfeiçoamento dos
santos para o desempenho do seu
serviço, para a edificação do corpo
de Cristo.8 – Ef 4:11-16
6
Romanos 12;1,2
7
Efésios 4:15, 16
8
Efésios 4:11-16
9
Romanos 8:28, 29
12 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
2. OBJETIVO QUANTITATIVO
à Evangelização dos perdidos.
Um cristão cresce quantitativamente
quando se envolve no serviço cristão, no
testemunho e na evangelização, bus-
cando ser um agente ativo do Reino de
Deus na sociedade onde atua.
2.1. Começa aqui: Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações, bati-
zando-os em nome do Pai, e do Fi-
lho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a guardar todas as
coisas que vos tenho ordenado. E
eis que estou convosco todos os
dias até a consumação do século.10
10
Mateus 28:19,20; Analise também o crescimento numérico da igreja primitiva em Atos 1:15;
2:41; 4:4; 6:1, 7; 9;31; 21:20
11
Apocalipse 7:9-10
Ebenézer Bittencourt
42 E perseveravam na dou-
trina dos apóstolos e na
comunhão, no partir do
pão e nas orações.
43 Em cada alma havia te-
mor; e muitos prodígios e
sinais eram feitos por in-
termédio dos apóstolos.
44 Todos os que creram es-
tavam juntos e tinham
tudo em comum.
AS ATIVIDADES
45 Vendiam as suas proprie-
dades e bens, distribu-
At 2:42-47
indo o produto entre to-
dos, à medida que al-
guém tinha necessidade.
46 Diariamente persevera-
vam unânimes no templo,
partiam pão de casa em
casa e tomavam as suas
refeições com alegria e
singeleza de coração,
47 louvando a Deus e con-
tando com a simpatia de
todo o povo. Enquanto
isso, acrescentava-lhes o
13
14 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
Ebenézer Bittencourt 15
01 - CELEBRAR
1. Adoração.
1.1. Igrejas maduras celebram a Pessoa
e as Obras de Deus. Elas adoram a
Deus por quem Ele É: seu caráter,
atributos e qualidades. E agrade-
cem por aquilo que Ele FAZ: suas
bênçãos, proteção, provisões, etc.
1.2. Igrejas maduras buscam o enchi-
mento do Espírito Santo: E não
vos embriagueis com vinho, no qual
há dissolução, mas enchei-vos do
Espírito,
• Falando entre vós com salmos.
• Entoando e louvando de cora-
ção ao Senhor com hinos e
cânticos espirituais.
• Dando sempre graças por tudo
a nosso Deus e Pai, em nome
de nosso Senhor Jesus Cristo.
• Sujeitando-vos uns aos outros
no temor de Cristo.12
1.3. A adoração sempre será relevante.
A igreja usará métodos que (a) glo-
rificam a Deus e ao mesmo tempo
(b) produzem um impacto positivo
na vida das pessoas de dentro e de
fora. Por isso a liturgia não deve ser
chata, irritante ou monótona. Ela
deve expressar unidade13, harmo-
nia e esperança para o futuro. Ela
deve facilitar a adoração, louvor,
oração e o enchimento do Espírito
Santo.
12
Efésios 5:18-19
13
Atos 2:46
16 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
2. Liberdade Equilibrada.
2.1. Igrejas maduras permitem expres-
sões variadas e equilibradas de
louvor e adoração.
• Não consagrando um único tipo
de liturgia.
• A liturgia terá algumas caracte-
rísticas culturais mudando de
região para região, de época
para época.
2.2. Elas ministram às diferentes gera-
ções de pessoas de uma forma cri-
ativa.
• Os jovens podem preferir uma
adoração contemporânea en-
quanto os antigos preferem algo
mais tradicional.
• Os dois precisam amar uns aos
outros e respeitar suas prefe-
rências.
Ebenézer Bittencourt 17
3. Ceia do Senhor.
3.1. Igrejas maduras celebram regular-
mente a Ceia do Senhor.14
• A Ceia é um memorial do sacri-
fício de Jesus a nosso favor até
que Ele volte.15
• Devemos estar presentes16
para participar com devoção,
arrependimento e amor, estimu-
lando uns aos outros ao amor,
boas obras e mudança.
3.2. Igrejas maduras tratam séria e amo-
rosamente as questões de disci-
plina17 dos seus membros. Este é o
lado mais difícil do discipulado. A
disciplina precisa:
• Honrar a Deus
– 1 Tm 5:19-22; Hb 12:4-13;
• Recuperar o ofensor
– Mt 18:15-22;
• Purificar a igreja
– 1 Co 5:1-13; Rm 16:17-20;
• Vencer a Satanás
– 2 Co 2:11
14
Mateus 26, Marcos 14, Lucas 22, 1 Coríntios 11
15
1 Coríntios 11:24-26
16
Hebreus 10:25
17
O livro Ganhaste a Teu Irmão (Ebenézer Bittencourt) desenvolve esse assunto em profundi-
dade.
18 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
Ebenézer Bittencourt 19
02 - ENSINAR
1. Obediência a Princípios Bíblicos.
1.1. Igrejas maduras estudam e se fir-
mam na sã doutrina.
• Antes de aplicar a Palavra é pre-
ciso ter certeza de que a doutrina
está correta, do contrário aplica-
remos algo errado em nossas vi-
das. Precisamos seguir a ver-
dade18.
• O estudo da Bíblia é questão de
vida ou morte. Igrejas maduras
promovem o máximo de estudo
a Palavra, através de todos os
meios que estão ao seu al-
cance.19
1.2. Elas procuram aplicar na vida as
verdades da Palavra.
• O verdadeiro discipulado inclui
ensinar a guardar, ou seja, obe-
decer aos mandamentos.20
• É mais do que ensinar teoria. É
ensinar a prática para que o ca-
samento melhore, as decisões fi-
nanceiras sejam sábias, o teste-
munho seja dado, etc.
1.3. Elas estudam os novos problemas
e situações que a sociedade mo-
derna coloca em seu caminho.
Cada geração enfrentará um novo
desafio e precisamos dar uma res-
posta à essas questões à luz das
Escrituras.
18
Efésios 4:15
19
Atos 17:11; Colossenses 3:16
20
Mateus 28:18-20
20 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
2. Discipulado.
2.1. Igrejas maduras têm um programa
de crescimento espiritual para to-
dos os membros da igreja.21
• Os membros conhecem e ensi-
nam o caminho do crescimento
espiritual ponto por ponto uns
aos outros.
• Se o caminho não é claro, o novo
convertido vai ficar tentando adi-
vinhar, não é verdade?
2.2. Igrejas maduras querem o desen-
volvimento de cada um dos mem-
bros nas áreas de estudo, vida e
ministério.22 Essas três colunas fo-
ram usadas por Esdras, e por isso a
boa mão do Senhor estava sobre
ele.
2.3. Igrejas maduras usam métodos
criativos para efetivamente levar
os membros à maturidade. Repetir
os métodos antigos pode ser bom
até certo ponto, mas não vai con-
quistar a nova geração.
21
Mateus 28:18-20
22
Esdras 7:9,10 - ...segundo a boa mão do seu Deus sobre ele, porque Esdras tinha disposto
o coração para buscar a lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus
estatutos e os seus juízos.
Ebenézer Bittencourt 21
3. Treinamento de Líderes.
3.1. Igrejas maduras estabelecem um
programa de treinamento de líde-
res23. Pode ser um programa infor-
mal ou formal, mas precisa existir
um processo que ensine às pessoas
a se envolverem com a liderança.
3.2. Este programa recruta, treina e
mobiliza um número crescente de
membros em vários serviços. Que-
remos mais gente na liderança e
menos gente apenas assistindo.
3.3. A igreja dá oportunidade para os
membros exercerem liderança nos
vários ministérios. Eles podem ser-
vir no culto, nos pequenos grupos,
no evangelismo, na ação social, jo-
vens, mulheres, piquenique da
igreja, e muitos mais ministérios
ainda, dependendo da programa-
ção de cada igreja local.
23
2 Timóteo 2:2; Marcos 3:13-19
22 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
Ebenézer Bittencourt 23
03 - CUIDAR
1. Cuidado Pastoral nos grupos.
1.1. Igrejas maduras têm uma rede cres-
cente de grupos pequenos que
praticam a mutualidade de casa em
casa.24
• Grupos podem ser de vários ti-
pos: grupos nos lares, na Es-
cola Dominical, de serviço cris-
tão, evangelísticos, células, de
edificação, etc.
• O grupo pequeno é muito im-
portante, pois ajuda os cristãos
a obedecerem aos 25 manda-
mentos recíprocos do Novo
Testamento.25
1.2. Igreja maduras promovem o cui-
dado pastoral efetivo, o supri-
mento das necessidades do Corpo
de Cristo.
• Um só pastor não consegue su-
prir todas as necessidades.
Deus planejou que todos cui-
dassem uns dos outros. Se de-
pendemos de um só pastor, va-
mos ter muitos problemas. Es-
tude o conselho de Jetro.26
• Precisamos incentivar a todos a
cuidar pastoralmente uns dos
outros. A igreja investe no disci-
pulado.27
24
Atos 2:46
25
Pesquise na internet: Os 25 Mandamentos Recíprocos
26
Êxodo 18:13-27
27
O curso Discipulado: Aplicações Práticas para a Vida Cristã ensina como discipular usando
o método indutivo e figuras de fixação mental que facilitam a prática.
24 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
2. Integração.
2.1. Igrejas maduras têm membros que
conhecem exatamente o caminho
de entrada da igreja.
• Eles explicam para os novos o
que eles precisam fazer, onde
devem ir, o que estudar, como
crescer, para se tornarem mais
maduros e se envolverem no
serviço.
• Infelizmente, muitas vezes só o
pastor sabe o caminho e todos
os membros apenas dizem para
os novos irem conversar com o
pastor.
2.2. Os membros da igreja sabem con-
duzir os interessados no evange-
lho e os novos convertidos para a in-
tegração.
• Eles sabem como e quando fun-
ciona a classe de novos conver-
tidos, de batismo, de novos
membros. Eles sabem conduzir
os interessados e não ficam de-
pendendo só da informação que
o pastor possa dar.
• Ainda mais, muitos membros
sabem fazer discipulado e inte-
gração dos novos convertidos.
Ebenézer Bittencourt 25
3. Amor prático.
3.1. Igrejas maduras experimentam ex-
pressões de amor prático, varia-
das e criativas, entre seus mem-
bros. Eles se ajudam mutuamente a
consertar uma fechadura ou tor-
neira vazando, visitam um enfermo,
levam um bolo de presente, convi-
dam para o almoço, ajudam com a
organização, com as finanças, com
a papelada, nos eventos, e tantos
outros detalhes da vida da igreja
ainda.
3.2. A harmonia não é promovida ape-
nas entre pessoas, mas também
existe entre os vários departamen-
tos que trabalham em harmonia,
dedicados a um mesmo propósito.
• Os membros de uma igreja ma-
dura não ficam disputando es-
paços ou importância.
• Não brigam na hora de elei-
ções, não consideram um mi-
nistério mais relevante que ou-
tro, não discutem por causa de
datas do calendário, não dispu-
tam espaço no palco, não exi-
gem uma sala maior, nem de-
mandam cantar o solo do coral.
• Os líderes e todos os membros
zelam pela harmonia, unindo to-
dos para servirem ao Deus Al-
tíssimo com santidade e muito
amor uns pelos outros.
26 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
Ebenézer Bittencourt 27
04 – ALCANÇAR
1. Mobilização conforme o perfil.
1.1. Igrejas maduras ajudam seus mem-
bros a servir de acordo com seu
perfil.28
• Definição: O perfil é um con-
junto de dons, talentos, preparo
acadêmico, experiências profis-
sionais, personalidade, estilo,
preferências que uma pessoa
tem.
• Cada um serve de um jeito dife-
rente e podemos respeitar isso.
• Todos servem o Reino de Deus
onde estiverem. Há posições ou
funções mais importantes que
outras, mas todas são dignas.
28
Romanos 6:13-18; 12:7-12; 1 Coríntios 12:4-11; 12:28
29
Hebreus 10:24
28 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
2. Evangelismo efetivo.
2.1. Igrejas maduras persuadem ou-
tras pessoas a receberem Jesus
Cristo como Salvador.30
• Tudo começa quando o novo
convertido aprende a dar o seu
testemunho pessoal e já co-
meça a falar de Deus para os
amigos.
• Depois, aprende argumentos
para compartilhar a sua fé.
• Assim, através da ação do Es-
pírito Santo, persuadimos ou-
tras pessoas a crerem no evan-
gelho. Fazemos um evange-
lismo que dá resultado de ver-
dade, e vemos as pessoas se
convertendo a Cristo.
2.2. Também persuadimos os novos
convertidos a servir a Cristo, nas
suas casas e famílias, no trabalho
profissional e também no contexto
da igreja.
• O cristão que só fica assistindo
culto, vai se enfraquecendo,
muda de igreja, fica em casa
vendo TV e acaba abando-
nando a família de Deus.
• Por isso, devemos incentivar to-
dos os cristãos a se envolverem
em alguma forma de serviço a
Deus, tanto dentro como fora da
igreja.
30
2 Coríntios 5:11; Atos 26:28
Ebenézer Bittencourt 29
31
2 Coríntios 8 e 9. O curso Inteligência Financeira desenvolve 5 palavras chave: Ganhar,
Guardar, Gastar, Investir e Doar.
30 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
Ebenézer Bittencourt 31
05 – LIDERAR
1. Fé e Oração visionária.
1.1. Igrejas maduras têm líderes que
demonstram fé viva.
• Todos os cristãos vivem pela
fé.32
• Mas os líderes precisam ser o
exemplo de uma vida de depen-
dência do Cabeça da igreja.
1.2. Os líderes têm sonhos grandes, to-
mam ações corajosas e fazem ora-
ções fervorosas.
• Eles deixam a mente imaginar
as coisas que Deus pode fazer
na comunidade.
• Com esse sonho, eles tomam
ações concretas para que cer-
tas coisas aconteçam de ver-
dade.
• Eles oram muito, pedindo que o
Senhor vá na frente deles e
abra ou feche as portas con-
forme a Sua Vontade.
1.3. Eles buscam visão e benção de
Deus, esperando que Ele faça gran-
des coisas através da igreja. Eles
querem que a igreja seja relevante
na sociedade, por isso pedem que
Deus mesmo faça a obra através
dos membros da igreja.
32
Romanos 1:16, 17
32 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
3. Liderança eficaz.
3.1. Igrejas maduras têm líderes que es-
tabelecem alvos de acordo com a
vontade de Deus.
• Eles devem desafiar o povo de
Deus a buscar novas conquis-
tas para sua família, profissão,
vida acadêmica, evangelismo e
crescimento da igreja local.
Ebenézer Bittencourt 33
LIDERANÇA DE PESSOAS
DICAS sobre Liderança33
1. Aprenda a liderar estudando a Bí-
blia, livros cristãos e também outros
livros e cursos.
2. Seja íntegro. Se perder sua credi-
bilidade, não há como ser um bom
líder no Reino de Deus.
3. Seja empreendedor: faça alguma coisa
que produza resultado. Quem nada faz,
nunca erra, mas também não aprende.
4. Seja um servo: você existe para fazer os
outros serem bem-sucedidos no trabalho
que eles fazem. Se você fizer tudo sozi-
nho, o resultado estará limitado a você e
o pessoal não será feliz em se envolver.
Deixe que eles trabalhem.
5. Delegar: faça uma diferença entre pes-
soas relacionais e producionais. As rela-
cionais têm facilidade para cuidar de pes-
soas. As producionais tem facilidade
para organizar as coisas. Mobilize as
pessoas de acordo com o seu perfil.
6. Leia tudo o que puder sobre como mo-
bilizar voluntários. A igreja é formada
por pessoas que não recebem salário e
eles precisam de um líder motivador, que
saiba apontar a direção e levar o pessoal
para metas desafiadoras.
7. Organize os voluntários usando um or-
ganograma. Fica muito mais fácil para
eles entenderem, e para você também.
Veja um modelo na próxima página.
33
O livro 70 Lições de Liderança (Ebenézer Bittencourt) mostra princípios que podem ser
aplicados aqui.
36 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
ORGANOGRAMA
- para mobilizar voluntários -
Ebenézer Bittencourt 37
GESTÃO DE RECURSOS
DICAS de Gestão
1. Aprenda a administrar estu-
dando a Bíblia, livros cristãos e
também outros livros e cursos.
2. Use o Círculo do Planeja-
mento. Essa ferramenta vai
ajudá-lo a pensar antes de fazer
um projeto, a diminuir a ansiedade e ga-
rantir melhores resultados.
3. Seja eficaz: organize para fazer as coi-
sas (a) mais depressa, (b) com mais qua-
lidade, (c) sem ficar muito mais caro.
Quem não organiza geralmente faz as
coisas piores e mais caras. Pense fora
da caixa — pense fora do comum — para
baixar custo.
4. Cuidado com os paradigmas que ficam
aferrados em nossas mentes. Desafie
seus próprios processos. Avalie, estude
e aprenda as melhores práticas.
5. Sempre guarde dinheiro (sugiro 5% de
todas as ofertas ou resultado de eventos)
para os tempos de vacas magras.
6. Deixe as pessoas definirem metas para
seus ministérios, ao invés de você deter-
miná-las. Ficará surpreso como elas co-
locam alvos elevados e querem fazer coi-
sas grandes para Deus.
7. Faça um orçamento anual para organi-
zar as suas despesas. Não pense só em
termos de despesas mensais. Veja mo-
delo na próxima página.
38 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
ORÇAMENTO
- para distribuir os recursos -
Orçamento
(*) Exercício feito com uma igreja de 60 membros.
Ebenézer Bittencourt 39
MENSAGEM
As Quatro Janelas de Ouro
Introdução
• Leitura do texto: Atos 2:42-47
• Ilustração: Um homem morava em uma
casa muito simples. Ele admirava e queria
conhecer a casa das janelas de ouro que
ficava na montanha do outro lado do vale.
Um dia ele fez a viagem. Desceu o vale e
começou a subir a montanha. Quando es-
tava chegando, ficou encantado, viu as ja-
nelas de ouro resplandecentes ao sol. É
sobre isso que quero falar hoje.
• As quatro janelas de ouro da igreja.
Conclusão
• Final da história: Ele chegou na casa do
outro lado da montanha, mas ficou de-
cepcionado. Descobriu que as janelas
eram de vidro. Foi dormir triste. Na ma-
nhã seguinte, o dono da casa o chamou
para mostrar uma casa do outro lado da
montanha que também tinha janelas de
ouro. Ele riu: era a cabana dele.
• Qual é a lição? A igreja primitiva não ti-
nha janelas de ouro e a nossa igreja tam-
bém não tem – elas são sempre de vidro.
O importante é Jesus, o sol que brilha na
janela. Todas as igrejas têm problemas,
mas Jesus brilha nelas para mostrar ao
mundo a salvação. Jesus brilha em
nossa igreja também (aleluia!), apesar
de nossas dificuldades e defeitos. Jesus
é o máximo.
44 A VIDA DA IGREJA NA PRÁTICA
Sinceramente
EB
Ebenézer Bittencourt
ebenezer@haggai.com.br