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A cidade de São Gonçalo, situada na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro,

é um dos maiores exemplos das contradições impostas pelo sistema capitalista


brasileiro.

Com uma população estimada de um pouco mais de 1 milhão de habitantes segundo


dados atualizados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município
ocupa o posto de segundo maior do estado. Mas, apesar de seu tamanho, a cidade possui
um dos piores índices econômicos, educacionais e de saúde do Rio de Janeiro.

Dona do 6° maior Produto Interno Bruto (PIB) do estado, a riqueza produzida não é
acessada pela maioria de seus habitantes. A cidade ocupa a 89° posição em PIB per
capta (R$ 17.406,10) entre os municípios fluminenses analisados, ficando à frente
apenas de Belford Roxo (90°), Mesquita (91°) e Japeri (92°). De sua população na casa
dos milhões, comparável quantitativamente às metrópoles estrangeiras, somente 10,4%
estão ocupadas (87°), representando um desperdício enorme de força de trabalho (em
sua maioria jovens vítimas do desemprego) potencialmente útil ao desenvolvimento
econômico e social da região. Em contraste, sua vizinha Niterói apresenta o 3° maior
PIB do estado, um PIB per capta de R$ 79.464,67 (8°) e uma população ocupada de
37,7% (4°), números muito superiores aos gonçalenses.

Na educação, a situação não apresenta melhora. A taxa de escolarização de 6 a 14 anos é


de 96,7% (72°), o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB) está em 5,2 (63°) para os anos iniciais e 4,4 (72°) nos anos finais do ensino
fundamental da rede pública de educação. As ofertas de lazer e cultura tampouco
ajudam. A cidade representa

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