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Créditos
Textos
Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)
Arq. Carlos Chaves
Eng. Bruno Szlak
Enga. Érika Mota
Eng. Paulo Flaquer
GMO Engenharia S/C Ltda
Contribuições técnicas
Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (ABESC)
Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE)
Instituto Brasileiro de Telas Soldadas (IBTS)
Associação Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundações e Geotecnia (ABEF)
Associação Brasileira das Empresas de Projeto e Consultoria em Engenharia
Geotécnica (ABEG)
Doka Formas para Concreto Ltda
SH Formas Andaimes e Escoramentos Ltda
ULMA Andaimes, Formas e Escoramentos Ltda
Ilustrações
Malu Dias Marques Drops Produções e Design
Diagramação
Arq. Maria Alice Gonzales - Drops Produções e Design
Capa e Divisórias
Azul Publicidade & Propaganda S/C Ltda.
Objetivos do manual
Nota
O Manual que você está recebendo tem algumas diferenças se comparado a outras O decisor é o profissional que
Em primeiro lugar o Manual está inserido dentro de um Projeto, o que lhe garante opções existentes no mercado,
uma vida que extrapola o meio físico. Essa vida permite tanto a atualização ter base técnica para entender
constante do conteúdo, quanto canais para solução de dúvidas e aprofundamento e avaliar as tecnologias e
Em segundo lugar, é um Manual que procurou, já na sua primeira versão, reunir organizar o processo de forma a
Custos
Todos os recentes estudos econômicos apontam uma diminuição na margem de
lucro das construtoras. Responsável por algo entre 20 a 35% do custo das edificações,
Introdução as estruturas definem também o espaço, plano e linhas geométricas nos quais se
ajustam os demais subsistemas.
Produtividade
Segundo o Instituto McKinsey
a produtividade da mão-de-obra
na construção brasileira seria
aproximadamente 1/3 da produtividade
americana e ficaria em um patamar
inferior a uma série de outros países.
A explicação de que esses países utilizam
processos produtivos de natureza
distinta do brasileiro não parece
explicar corretamente a diferença. Se
observamos algumas pesquisas de
produtividade realizadas em nosso país,
observaremos um quadro semelhante ao
apresentado abaixo.
O gráfico explicitanto diferenças diárias
significativas de produtividade parece
indicar que mesmo os processos
tradicionais de produção são
potencialmente capazes de atingirem
resultados muito melhores. De certa
forma, eles apontam na mesma direção
do referido relatório da McKinsey que
apontam que variáveis como
subempreiteiros especializados,
planejamento e projeto respondem pela
maior parte da diferença de
produtividade observada.
Durabilidade
A nova norma de Projeto de Estruturas para Concreto Estrutural - NBR-6118 - dá
um destaque especial à durabilidade.
As estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que sob as Introdução
condições ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme
preconizado em projeto conservem sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante
um período mínimo de 50 anos, sem exigir medidas extras de manutenção e reparo.
A ênfase na durabilidade não implica, necessariamente, em aumentos dos custos.
De fato, problemas de durabilidade materializam-se em problemas de patologia
exigindo custos enormes para o construtor e para o usuário da edificação.
Estruturação do manual
É claro que o Manual é apenas parte do processo. Somam a ele os cursos de capacitação,
as palestras, e tantas outras iniciativas que têm como objetivo gerar potencial para
um salto de qualidade na cadeia produtiva ligada às estruturas de concreto.
Ao receber esse Manual sua empresa, de fato, ingressa em uma comunidade técnica
cuja sede é o site (www.comunidadedaconstrucao.com.br). Através dessa sede virtual,
sua empresa acessará as atualizações de conteúdo do Manual, colocará dúvidas que
serão respondidas e passará a compartilhar dados, como por exemplo, alguns índices
de projeto e produtividade.
Métodos de cálculo
Método Tradicional
Método dos Elementos Finitos
As Fases do Projeto Estrutural
Apresentação do Projeto Estrutural
Menu de Estruturas
Tipologias de Estruturas
Características e Variáveis
Coordenação de projetos
Compatibilização de Projetos
Estrutura x estrutura
Estrutura x alvenaria
Estrutura x instalações
Estrutura x acabamentos
Conceitos
Estrutura x elevadores
Métodos de cálculo
Contratação do Profissional / Escritório
Interface Projetista Contratante O uso dos softwares e da informática
Contratação
Menu de Estruturas
Indicadores de Qualidade do Projeto
Coordenação de projetos
Avaliação do Produto Projeto
Compatibilização de Projetos
Histórico
A associação entre o concreto e o aço com fins estruturais começou a ser feita na
Europa, em meados do século XIX, para a construção de tubos, lajes e pontes.
Em 1902, foi elaborada e publicada a primeira teoria cientificamente consistente,
e então redigidas as primeiras normas para o cálculo e construção em concreto
armado. Conceitos
A partir daí, o conceito de projeto estrutural ganhou importância, enquanto os
estudos e pesquisas científicas se desenvolveram muito. Os fundamentos das idéias
daquela época continuam válidos até a atualidade.
O projeto estrutural terá, então, a função de representar graficamente a estrutura,
seus elementos e peças que a compõem, além de fornecer informações sobre as
características do concreto e do aço relativos à execução da mesma.
Notas
As seções estruturais dos
elementos de concreto são
dimensionadas em função das
solicitações mecânicas, das
capacidades resistentes e das
geométricas construtivas para
acomodações das barras e
garantia dos cobrimentos.
Glossário
Armadura passiva:
armadura que recebe a
solicitação da estrutura através
do concreto. Nesse caso, quanto
maior a aderência entre
o aço e o concreto, melhor será a
absorção dos esforços pela
armadura e, consequentemente,
a estrutura suportará um maior
esforço.
Conceitos
Notas
Essa classificação é fundamental,
Barras de elementos Delgados Barras
porque disciplinará os
comportamentos das peças e
do sistema estrutural.
As folhas, ou estruturas
de superfície, também são
comumente chamadas de placas.
Projeto de Eixos
Conceitos São projetos que ajudam na marcação dos eixos principais de referência da obra
Fase Objetivo
Nota
A) Apoio à Concepção do Produto Analisar a proposta arquitetônica para o terreno e indicar
O ideal para o desenvolvimento
as condições necessárias à viabilidade do ponto de vista
do projeto é que a contratação
da estrutura, através de uma análise qualitativa.
ocorra logo na primeira fase.
B) Apoio à Definição do Produto Fornecer elementos para verificar a viabilidade do
empreendimento, suprindo as informações necessárias
para o projeto legal e índices para a elaboração de um
orçamento preliminar de viabilidade.
Cortes característicos
Esses cortes devem elucidar dúvidas e mostrar a existência de lajes rebaixadas, vigas
invertidas, lajes inclinadas, vigas superpostas, etc.
Métodos de cálculo
Dimensões
Basicamente devem constar todas as dimensões necessárias para o entendimento
da estrutura, como:
as distâncias entre os eixos;
entre os eixos e as peças estruturais;
espessuras de lajes;
dimensões longitudinais e transversais de vigas e pilares;
medidas entre eixos de vigas;
rebaixos de lajes;
rebaixos de vigas;
vãos de shafts;
posicionamento de inserts (se houver);
furações de modo geral;
ângulos de peças (se houver);
detalhes de escadas.
Desenhos de Armação
Definem as armaduras a serem Outras informações importantes: Uso e indicação de distanciadores
utilizadas nos elementos estruturais. Atualmente, os projetos estruturais vêm plásticos;
As diretrizes básicas para a elaboração trazendo outras informações Cobrimentos da armadura;
desses desenhos são: complementares muito importantes, e Amarrações com alvenaria;
Identificação visual das barras e fios que que há pouco tempo atrás não eram Encunhamentos com alvenaria;
compõem as armaduras; consideradas como sendo fundamentais: Proteção térmica da estrutura (por Dica
Módulo de deformação do concreto; exemplo no caso de pilares próximos a A falta de informações prejudica
Definição das bitolas, formas e
Resistência à tração do concreto; lareiras ou churrasqueiras. muito o projeto. Por outro lado, o
comprimentos das barras e fios;
Fator água/cimento; excesso de informações (muitas
Definição do posicionamento das
Indicações de cura do concreto delas desnecessárias) poluem
barras e fios nas seções transversais
endurecido; e dificultam a interpretação
dos elementos estruturais;
eficiente do desenho.
Tabela resumo das barras e fios do projeto.
Vantagens Desvantagens
Dica
Todas essas informações Facilidade de manuseio. Não analisam o resultado.
complementares são também úteis
Rapidez no processamento de informações A experiência do engenheiro é imprescindível.
na especificação do material, no
pedido de compra, no recebimento Os programas calculam, detalham, desenham e Detalhamento padronizado pode não atender
e no acompanhamento de permitem análise e comparações de soluções. às necessidades específicas daquele elemento.
resultados.
Permitem procurar soluções mais confiáveis, A interpretação incorreta de dados pode forçar a
estudadas e arrojadas. estrutura a trabalhar de forma diferente da
esperada, contribuindo para o aparecimento de
patologias de risco.
Nota
A informática pode realçar as O produto é intercambiável facilmente pela Aumentam a responsabilidade da coordenação e
qualidades, mas também realça Internet. da compatibilização de projetos.
os defeitos. Preços acessíveis. Todos os desenhos têm a mesma apresentação,
dificultando ao contratante a aferição visual do
conteúdo.
Tipologias de estruturas
Podemos tipificar os projetos estruturais convencionais em três partidos básicos:
Estrutura com laje nervurada
Estrutura vigada
Estrutura com laje plana
Menu de Estruturas
Estrutura com Laje Plana
As lajes planas caracterizam-se pela eliminação das vigas como elementos estruturais
de suporte da laje. O cálculo estrutural tem uma concepção voltada à utilização de
Elementos Finitos ou de Grelha Virtual.
Os importantes fatores no cálculo de lajes planas são o limite à deformação, os esforços
horizontais sua transmissão aos pilares e a punção nos apoios.
Nessa tipologia estrutural, os poços de elevador e caixas de escada normalmente funcionam
como elementos que absorverão os esforços
horizontais, principalmente o vento.
A utilização de vigas nas bordas
externas das lajes planas também
contribuem significativamente para a
estabilidade do conjunto estrutural,
servindo como contraventamento,
absorvendo e transmitindo os esforços
horizontais advindos das solicitações
provocadas pelo vento.
Características e variáveis
Vamos relacionar as principais características e variáveis para cada um dos tipos
de projeto descritos acima, com o intuito de auxiliar na escolha do partido
estrutural. Essas características foram divididas nos seguintes grupos:
concepção de projeto: altura da edificação; flexibilidade na arquitetura, acabamento
do forro e espessura de concreto;
concepção executiva: quantidade de aço, protensão, mão de obra de armação,
fôrmas e cimbramento, mão de obra de fôrma e cimbramento, concreto e não
conformidades;
Estrutura
Coordenação de projetos
A crescente complexidade operacional e gerencial dos empreendimentos, somada à
Nota
tendência de especialização cada vez maior, tem gerado uma necessidade de
não há mais espaço, atualmente,
aglutinação e organização de informações. Além disso, o aumento dos custos
para a solução quebra-galho ou
operacionais e da concorrência têm forçado as empresas a pensarem de maneira
gambiarra que sempre fizeram
o cotidiano da construção civil.
otimizada as atividades no canteiro de obras.
Também é latente que os projetos devem chegar à obra com o maior número de detalhes
e especificações possível, evitando que o engenheiro tenha que improvisar por falta de
informações técnicas e executivas nos projetos.
Nos dias de hoje, a forma utilizada para resolver este problema é a Coordenação de
Projetos. Coordenar significa dispor segundo certa ordem e método; organizar, arranjar.
A coordenação de projetos deve abranger de maneira global e sistêmica todas as
especialidades de uma edificação. Sua principal característica é acompanhar o
desenvolvimento dos projetos e conduzi-los na direção dos interesses do
empreendimento e do empreendedor, através de uma atitude pró-ativa.
As principais funções da coordenação de projetos de um empreendimento são:
controlar os prazos de elaboração de projetos, além dos custos e qualidade dos trabalhos;
controle de fluxos e escopo;
controle de interfaces;
focar as atividades sempre visando a racionalização e construtibilidade do
empreendimento;
gerenciar e organizar as informações: arquivos, projetos, croquis, relatórios e atas de reuniões;
compatibilizar os vários projetos do empreendimento e retroalimentar os
projetistas com as alterações e especificações técnicas;
identificar a necessidade da participação de consultores e/ou contratação de
projetos complementares.
A coordenação de projetos deve ser executada por profissional que tenha
conhecimentos em todas as áreas de projeto e vivência em execução de obras. Por
ser uma atividade multidisciplinar, o coordenador deve possuir características de
liderança, integração e conseguir transmitir à equipe as orientações necessárias.
Podemos representar o organograma de uma equipe multidisciplinar de projetos
inserindo a figura do coordenador como condutor do processo.
Compatibilização de projetos
A compatibilização de projetos é uma forma corretiva de combinar os diversos projetos,
evitando as interferências e incompatibilidades. Ela permite a integração das soluções
adotadas para os diversos subsistemas.
A compatibilização dos projetos de um edifício tem por função principal a integração
das soluções adotadas nos projetos de arquitetura, estrutura, instalações prediais, vedações,
esquadrias, impermeabilização, contrapiso e etc., assim como, nas especificações técnicas
para a execução de cada subsistema.
A seguir, exemplificamos alguns itens a serem compatibilizados dentre os diversos
subsistemas de projetos:
Pilares
executar os pilares evitando dentes ou
requadros com as vigas, mantendo as
Compatibilização espessuras iguais
executar pilares com dimensões
constantes ao longo dos andares,
procurando modificar as fôrmas na
passagem do subsolo para o térreo. Se
utilizarmos concreto de alto
desempenho, esta recomendação pode
não ser válida; devemos fazer uma
análise de valor entre o excedente de
concreto gasto para manter a seção do
pilar constante e o custo da
modificação das fôrmas;
evitar formas de difícil execução na
obra, privilegiando formatos
retangulares e quadradas.
Vigas
evitar a utilização de vigas invertidas,
principalmente junto aos pilares, pois
dificultam a execução de gastalhos e
atrapalham o ciclo de concretagem;
manter uniforme as alturas das vigas
de um mesmo pavimento;
evitar a execução de encontro de vigas
em ângulos agudos, pois complicam
tanto a montagem das fôrmas como a
desforma;
Lajes
evitar panos de lajes com diversas
espessuras dentro de um mesmo
pavimento;
manter as cotas de fundo de laje no
mesmo pano;
compatibilizar espessuras com as armaduras
embutidas na mesma - malha positiva, malha
negativa, cobrimentos, reforços etc.;
verificar as deformações previstas para
os panos de laje muito extensos,
sobretudo nas regiões que não contarão
com camada de regularização de piso;
evitar a execução de panos de laje
formando ângulos agudos, pois
dificultam a desfôrma;
Pilares
compatibilizar a largura dos pilares
com as alvenarias, evitando dentes no
acabamento; Compatibilização
no caso de pilares inclinados ou
chanfrados, executar os chanfros
perpendiculares às alvenarias;
o encontro da alvenaria e a estrutura
deve ser de topo;
Vigas
projetar as vigas evitando dentes e
requadros com as alvenarias, tornando
as espessuras compatíveis;
procurar modular as alturas de vigas
de acordo com o projeto de alvenaria e
de caixilharia, tornando, sempre que
possível, a quantidade de fiadas de
blocos um número inteiro;
Estrutura x Instalações
Compatibilizar o projeto de instalações
(elétrica, hidráulica, ar condicionado,
exaustão, sprinklers, automação e etc.)
com o projeto estrutural é vantajoso,
evitando retrabalhos.
Vigas Lajes
compatibilizar os furos previstos nos prever na fôrma, assim que o projeto
diversos projetos, locando-os e de instalações definir, a locação exata
marcando-os com exatidão no projeto das passagens de prumadas e shafts;
estrutural; verificar se na espessura projetada da
verificar se estes furos não interferem laje cabem as tubulações embutidas e
nas armaduras ou estão com dimensões as armações positiva e negativa;
compatíveis com a altura da viga; verificar as dimensões dos sulcos criados
verificar as espessuras de eletrodutos para passagens de tubulação de gás com a
passantes nas vigas até o limite imposto espessura da laje, armações e vigas;
pelo calculista; verificar todos os rebaixos criados nas
locar e verificar se os pontos de luz no lajes considerando as tubulações
teto não coincidem com posições de vigas; embutidas;
locar e verificar se as prumadas
hidráulicas não coincidem com Blocos de transição
posições de vigas. verificar as interferências dos mesmos com
as saídas e esgoto e locação das prumadas;
Pilares
compatibilizar a locação de pilares com a Arquitetura;
compatibilizar a locação dos pilares com as vagas de garagem;
Compatibilização
Vigas
atentar para o tipo de revestimentos a serem utilizados nas paredes e a necessidade
de espessuras diferenciadas para as vigas e a alvenaria;
verificar as alturas dos peitoris e dimensões dos caixilhos para evitar a execução
de vergas sobre os mesmos;
verificar o tipo, material e dimensões das portas para evitar que as vigas impeçam
a instalação posterior das mesmas, evitando cortes e fragilização das folhas ou a
execução de portas sob encomenda;
verificar o detalhe de arremate dos forros nas varandas, compatibilizando as
alturas das vigas com os caixilhos e forros;
compatibilizar a posição e altura das vigas com as passagens das rampas de garagem e escadas;
atentar para a previsão de rebaixos em vigas quando houver:
- mudança de níveis na Arquitetura (terraços, térreo interno e externo,
jardineiras, escadas e etc.);
- chumbamento de contra-marco de porta se não houver contrapiso na laje;
- atentar para rebaixo na face das vigas invertidas nas regiões onde haverá
impermeabilização;
sendo necessário encobrir as vigas, compatibilizar a altura das mesmas com as
cotas de forros; atentar para a região de arremate do forro nas bordas;
Lajes
compatibilizar níveis da estrutura com espessuras previstas para os revestimentos de piso;
compatibilizar rebaixos com as cotas previstas para o piso acabado e desníveis;
compatibilizar rebaixos com a impermeabilização;
Estrutura x Elevadores
para a caixa de elevadores, compatibilizar os pilares que suportam as corrida dos
elevadores com as dimensões e folgas necessárias para a obra e instalação do mesmo;
criar condições favoráveis à desforma, principalmente nos pilares que formam a
caixa de corrida do elevador, se esta tiver formato em C; verificar sua real necessidade.
Posicionando o empreendedor, o
construtor e o usuário como clientes do
projeto, o projetista deve levar em Notas
consideração suas necessidades, para Na prática, verifica-se que os
Até os anos 60, as empresas mantinham em seus quadros uma equipe de projetos. pode influenciar sobremaneira nos
A partir daí, houve uma alteração na filosofia de contratação, em que passaram a resultados do empreendimento,
Mediana das áreas das seções dos pilares Correta aplicação das normas técnicas
Topografia da área
Características do maciço do solo
Dados da estrutura
Dados sobre as construções vizinhas
Aspectos econômicos
Fundação superficial
Bloco
Sapata
Viga de fundação
Grelha
Radier
Fundação profunda
Estaca
Tubulão
Conclusão
Conceitos
Sua função é suportar com segurança as cargas provenientes do edifício. Dessa forma, é possível estimar os efeitos
Convencionalmente, o projetista estrutural repassa ao projetista de fundação as cargas da redistribuição dos esforços na
que serão transmitidas aos elementos de fundação. Confrontando essas informações estrutura do edifício, bem como a
com as características do solo onde será edificado, o projetista de fundações calcula intensidade e a forma dos recalques
o deslocamento desses elementos e compara com os recalques admissíveis da diferenciais. Conseqüentemente, teremos
estrutura, ou seja, primeiro elabora-se o projeto estrutural e depois o projeto de um projeto otimizado, podendo-se obter
fundação. uma economia que pode chegar a até
Quando o projeto estrutural é elaborado em separado do projeto de fundação, 50% no custo de uma fundação.
considera-se, durante o dimensionamento das estruturas, que a fundação terá um Torna-se clara a importância da união
comportamento rígido, indeslocável. Na realidade, tais apoios são deslocáveis e esse entre o projeto estrutural e o projeto de
fator tem uma grande contribuição para uma redistribuição de esforços nos fundações em um único grande projeto,
elementos da estrutura. uma vez que os dois estão totalmente
Essa redistribuição ou nova configuração de esforços nos elementos estruturais, em especial interligados e mudanças em um
nos pilares, provoca uma transferência das cargas dos pilares mais carregados para os pilares provocam reações imediatas no outro.
menos carregados.
Geralmente, os pilares centrais são os mais carregados que os da periferia.
Ao considerarmos a interação solo-estrutura no dimensionamento da fundação,
os pilares que estão mais próximos do centro terão uma carga menor do que a
calculada, havendo uma redistribuição das tensões.
Dica
O cálculo deve ser feito
criteriosamente pois, do Parâmetros para a escolha da fundação
contrário, o mecanismo de São diversas as variáveis a serem consideradas para a escolha do tipo de fundação.
redistribuição de cargas pode Numa primeira etapa, é preciso analisar os critérios técnicos que condicionam
causar danos à estrutura. Por a escolha por um tipo ou outro de fundação. Os principais item a serem
exemplo, para o caso do maciço considerados são:
ser horizontalmente homogêneo,
com a estrutura da fundação
Topografia da área
apoiada na mesma cota e
dados sobre taludes e encostas no terreno, ou que possam atingir o terreno;
dimensionada para o mesmo
necessidade de efetuar cortes e aterros
coeficiente de segurança, poderá
dados sobre erosões, ocorrência de solos moles na superfície;
ocorrer o esmagamento dos
presença de obstáculos, como aterros com lixo ou matacões.
pilares periféricos. Em outros
casos, a redistribuição de
Características do maciço de solo
esforços poderá resultar na
variabilidade das camadas e a profundidade de cada uma delas;
transferência de carga dos apoios
existência de camadas resistentes ou adensáveis;
da extremidade para os apoios do
compressibilidade e resistência do solos;
centro e, novamente, causar o
a posição do nível dágua.
esmagamento destes apoios.
Dados da estrutura
a arquitetura, o tipo e o uso da estrutura, como por exemplo, se consiste em um
edifício, torre ou ponte, se há subsolo e ainda as cargas atuantes.
Fundação superficial
Também chamada de fundação rasa ou direta, transmite a carga do edifício ao Dicas
terreno através das pressões distribuídas sob a base da fundação. As fundações O levantamento de danos
superficiais estão assentadas a uma profundidade de até duas vezes a sua menor existentes pode ser realizado por
Estaca
Profunda elemento de fundação executado
com auxílio de ferramentas ou
equipamentos, execução esta que pode
ser por cravação a percussão, prensagem,
vibração ou por escavação.
Dica Os principais tipos de estaca são:
A cravação das estacas com
martelo automático é mais Estacas pré-moldadas
eficiente do que a cravação Caracterizam-se por serem cravadas no
manual, pois a força aplicada é terreno, podendo-se utilizar os seguintes
constante, permitindo avaliar as métodos:
características do solo através de
monitoramento eletrônico. percussão é o método de cravação
mais empregado, o qual utiliza-se pilões
de queda livre ou automáticos. Um dos
principais inconvenientes desse sistema
é o barulho produzido.
Concreto
As estacas de concreto são comercializadas
com diferentes formatos geométricos.
A capacidade de carga é bastante
abrangente, podendo ser simplesmente
armadas, protendidas, produzidas por
vibração ou centrifugação.
com ponta fechada, de modo que não há limitação de profundidade devido à utilizar duas estacas de 80 t,
Para a cravação da estaca, lança-se areia e brita no interior do tubo, materiais esses
que são compactados através de golpes de um pilão. Realizada a cravação, executa- Nas estacas cravadas em terrenos
A cravação de estacas tipo Franki pode provocar o levantamento das estacas já deve ser feito o engastamento da
instaladas devido ao empolamento do solo circundante que se desloca lateral e armação na base.
Quando a estaca Franki é moldada em espessas camadas submersas de turfa, argila o solo mole com a cravação
orgânica e areias fofas, pode ocorrer estrangulamento do fuste devido à invasão de prévia do tubo seguido por sua
água e/ou lama dentro do tubo e o encurtamento da armação ocasionado por retirada, preenchendo-se o furo
O equipamento utilizado é leve e de pequeno porte, facilitando a locomoção dentro da das barras ou o número de
A perfuração é feita através da queda livre da piteira com a utilização de água. O furo
geralmente é revestido. Atingida a profundidade de projeto, o furo é limpo e concretado.
Durante a concretagem, o apiloamento do concreto e a retirada cuidadosa do
revestimento devem ser observados, para que não haja interrupção do fuste.
Dicionário
Piteira: sonda mecânica,
constituída por um tubo de
aproximadamente 2,5m com
diâmetro menor que o da camisa
metálica.
Estacas pré-fabricadas
Hélice 150 a 400 m por 25 a 390 tf 20 a 24m, Não produz distúrbios, Características
contínua
dia, dependendo da existindo alguns vibrações e
profundidade da equipamentos descompressão
estaca, do diâmetro que chegam do terreno
da hélice, do tipo e a 30 m
resistência do
terreno e do torque
do equipamento
Tubulão
Sistematização
Projeto Arquitetônico
Projeto Estrutural
Planejamento
Tipo de Concreto
Forma de Lançamento do Concreto
Forma de Adensamento do Concreto
Custo
Número de Utilizações
Movimentação
Produtividade
Espaço no Canteiro
Perdas no Processo
Disponibilidade no Mercado
Confiança nos Fornecedores
Segurança
Equipamentos
Conceitos
Projetos para Produção
Projetos de Fabricação Sistematização
Projetos de Montagem
Variáveis
Equipamentos
Conceitos
Nota
Embora a palavra formas não te-
nha o acento diferencial, opta-
mos neste Manual pelo seu uso,
a fim de evitar ambiguidades
como, por exemplo: a forma da
fôrma retangular é a melhor.
Nomenclatura
Fôrma
Travamento
Gastalho
Graça ao processo contínuo de industrialização da construção civil, que vem ocorrendo desde o fim da Segunda Guerra
Mundial na Europa e Estados Unidos, e após a década de 80 no Brasil, contamos hoje com uma ampla gama de opções de
materiais e tecnologias de fabricação de fôrmas.
Madeira Serrada O primeiro material utilizado como fôrma para concreto, tem como vantagens o seu Conceitos
baixo custo, facilidade de corte e montagem e sua disponibilidade. Como desvantagems
temos a sua baixa durabilidade, sua variabilidade (que exige cálculos muitas vezes
superdimensionados) e poucos fornecedores profissionalizados, além de ser um
recurso natural que precisa ser explorado de maneira sustentável.
Amplamente utilizado como estruturação, travamento e muitas vezes como
complementos dos sistemas industrilizados. Devido à sua facilidade de corte é
muito utilizada também na confecção de painéis curvos.
Antes do surgimento das chapa de madeira revestida, a madeira era utilizada
também como tal, ficando em contato direto com o concreto, hoje, devido ao seu
baixíssimo reaproveitamento neste uso, só é utilizado quando deseja-se que o con-
creto adquira a textura dos veios da madeira.
Chapas de Madeira Surgidas década de 60, unem a facilidade de corte da madeira com um alto índice
Revestidas de reaproveitamento. Apresentam-se principalmente com revestimento resinado
reutilização de aproximadamente 8 vezes e aspecto superficial do concreto rugo-
so; e com revestimento plastificado um filme fenólico que permite aproximada-
mente 18 reutilizações e deixa uma superfície do concreto lisa.
Utilizada como elemento que está em contato com o concreto em praticamente
todos os tipo de fôrmas, desde a mais simples, passando por fôrmas curvas
(moldadas com chapas de 4 e 6mm), até nas fôrmas moduladas.
Aço Muito utilizado nas fôrmas que demandam um alto índice de reaproveitamento,
tanto na forma de perfis (mais usual) que servem de estruturação e travamento
dos painéis, como na forma de chapas revestindo os painéis e proporcionando
em aspecto bastante liso e uniforme ao concreto. Devido ao seu alto custo é nor-
malmente fornecido por empresas especializadas na forma de locação.
Alumínio Agrega as vantagens do aço com a leveza do própria do alumínio, sua desvantagem
é o seu alto custo de aquisição e manutenção.
Plástico Material bastante leve, resistente e reciclável. Cuidado especial deve ser tomado
em relação à estruturação dos painéis, devido à sua grande deformabilidade.
Papelão Utilização basicamente em pilares redondos até 1,0m aproximadamente. Sua prin-
cipal vantagem é ser uma fôrma auto estruturada, necessitando apenas de elementos
de posicionamento e prumo. A desvantagem é ser destruída no momento da
desforma, restringindo-se a apenas um uso.
Não existe uma regra, porém podemos descrever as variáveis que mais necessitam de nossa atenção no momento
da escolha do sistema de fôrmas:
Impacto na Decisão
Determina a geometria do produto final, influenciando diretamento o projeto estrutural e
consequentemente todo o processo construtivo.
Análise
O arquiteto é um profissional habituado a trabalhar com um grande número de variáves: desejo do
cliente, legislação, custo, topografia, materiais, e vários outros. A geometria estrutural que visa uma
possível modulação pode e deve fazer parte dessas variáveis.
As fôrmas de madeira se adaptam a praticamente qualquer Uma geometria extremamente recortada e não direcionada
geometria. O principal cuidado deve ser em relação aos equi- ao uso de painéis modulados, pode dificultar e até
pamentos necessários para execução de fôrmas mais com- inviabilizar o uso destes. Portanto, se a opção for por este
plexas e muitas vezes não disponíveis no canteiro de obras. tipo de fôrmas, o arquiteto deve conhecer a modulação dos
Exemplo: fôrmas curvas (cambotadas) exigem o uso de serra painéis.
de fita.
Projeto estrutural
Impacto na Decisão
É o projeto que estabelece a geometria das peças a serem concretadas e, consequentemente, desqualifica materiais
e sistemas que não se adaptam a essa exigência.
Análise
A base de nosso estudo. Índices como fôrma montada / fôrma fabricada (= número de reutilizações)
são tão importantes quanto os de consumo de concreto ou de aço.
Como buscamos a solução de fôrmas com o melhor custo, Além dos cuidados ao lado, a fim de conseguirmos a melhor
é neste momento que devemos tomar cuidados como, por relação custo-benefício no uso de fôrmas metálicas
exemplo: padronização da largura de pilares e vigas evi- industrializadas, é neste momento que devemos envolver os
tando dentes nos encontros; evitar transições desnecessá- fornecedores, entendendo a modulação dos painéis e
rias entre os pavimentos de estacionamento e a torre; nive- tentando adequar a geometria dos elementos estruturais à
lar os fundos de vigas, etc. essa modulação
Como neste caso ocorre invariavelmente a compra dos As fôrmas metálicas normalmente podem ser adquiridas ou alugadas.
materiais (madeira ou formapronta), o prazo influencia Na aquisição os cuidados são os mesmos das fôrmas de madeira. No
somente a quantidade de fôrmas a fabricar ou adquirir. Em caso de locação, o prazo influi diretamente na economia que estas
obras lentas podemos, por exemplo, utilizar ½ jogo de fôr- podem proporcionar, exemplo: o valor do aluguel mensal de uma
mas no pavimento tipo (se este for simétrico). fôrma utilizada 2 vezes no mês é o mesmo de uma utilizada 4 vezes.
Tipo de concreto
Impacto na Decisão
Dependendo do tipo de concreto a ser utilizado, as fôrmas deverão atender com mais ênfase a quesitos
como estanqueidade, inexistência de reação química, etc.
Impacto na Decisão
Vale o mesmo raciocínio com relação ao tipo de adensamento. As fôrmas respondem diferentemente
às solicitações de um adensamento com vibradores de imersão em comparação a, por exemplo,
vibradores de placa.
Análise
Informações como abatimento (slump) do concreto, lançamento e adensamento do concreto devem ser analisadas
e discutidas com o fornecedor e/ou projetista de fôrmas. Uma fôrma onde o travamento cede ao bombearmos
o concreto, pode não estar errada, ela simplesmente não foi dimensionada para tal.
As fôrmas de madeira são projetadas e fabricadas adequan- Estas fôrmas são pensadas para atender aos mais variados tipos
do-se à geometria da obra. Da mesma maneira, elas devem de solicitações, além de possuírem encaixes precisos
ser dimensionadas para atender às solicitações específicas garantindo a estanqueidade. De qualquer maneira, é
de execução, basendo-se nas informações de tipo de concre- importante que o fornecedor conheça as características de
to, forma de lançamento e de adensamento. Estas informa- concreto, lançamento e adensamento, a fim de dimensionar
ções influenciam a quantidade de elementos de estruturação os travementos e ancoragens destas fôrmas.
e de travamento, e até mesmo o tipo de madeira que deverá
ser utilizado.
Impacto na Decisão
No mercado cada vez mais competitivo, este item é, via de regra, o de maior importância na decisão.
Este capítulo Sistematização procura apresentar e discutir as varáveis envolvidas, habilitando-nos a
perceber a diferença entre o MENOR preço e o MELHOR preço.
Sistematização Análise
Custo ou investimento. Nunca deve ser analisado individualmente; cada alternativa deverá ter seus
custos muito bem apurados, levando-se em conta os custos de montagem e desmontagem (mão-de-obra) e os
custos marginais, como reposições, valor residual após o uso, etc.
Devemos também envolver aqueles fornecedores com os quais desejamos trabalhar, explicitando
nossas necessidades e expectativas, e consequentemente capacitando-os a nos atender.
Se analisarmos somente uma obra, as fôrmas de madeira As fôrmas metálicas são normalmente disponibilizadas de duas
são geralmente mais baratas, graças ao material emprega- maneiras:
do, da mão-de-obra menos especializada e de equipamen- Aquisição: opção inicialmente mais cara do que a madeira,
tos mais simples. Em contrapartida o reuso destas em outras porém se levado em conta as possibilidades de
obras limita-se a execução de peças menos nobrescomo reaproveitamento em várias obras esta torna-se bastante m
fundações e cortinas. interessante.
Locação: como já foi dito no item Planejamento, quanto
mais utilizarmos as fôrmas mais barato o aluguel
destas se torna.
Número de utilizações
Impacto na Decisão
Devemos, juntamente com o acabamento superficial esperado do concreto, escolher os materiais que
permitem o número de reutilizações mais próximo da nossa necessidade. É anti-econômico buscarmos
uma solução que permite 20 usos para uma obra de 4 pavimentos.
Análise
O bom projeto de fôrmas não é aquele apenas fácil de montar, mas sim aquele fácil de DESMONTAR. É no
momento da desforma que os painéis sofrem os maiores impactos, comprometendo sua vida útil. Cuidados
como usar cunhas de madeira ao invés do pé-de-cabra, passar cordas pelas escoras criando uma cama
onde as chapas de lajes caem sem danificar suas bordas, são fundamentais para garantir a durabilidade dos
painéis de fôrmas.
Número de utilizações normalmente garantido pelos fabri- Estes painéis são concebidos buscando o maior número de
cantes de compensado (todos com colagem fenólica): reutilizações possível com uma baixa manutenção. Mesmo
Compensado resinado = 8x aqueles que recebem compensado plastificado, este fica
Compensado plastificado = 18x embutido no painel metálico consequentemente com sua
Alguns fabricantes ainda oferecem o compensado vitrificado borda (a parte mais sensível da chapa de compensado)
(onde aplica-se a cola fenólica nas superfícies externas e prensa- protegida, permitindo um uso acima de 100 vezes.
se a quente), com uma garantia de 12 a 14x.
Estas garantias valem para a colagem das lâminas e integri-
dade da superfície em contato com o concreto. Painéis sem o
topo devidamente selados, desforma com pés-de-cabra, que-
bras decorrentes de impactos, não são cobertos por essas ga-
rantias.
Impacto na Decisão
Aqui a decisão está ligada aos equipamentos que a obra terá a disposição, e muitas vezes extrapola a
execução da estrutura de concreto. Por exemplo, uma grua pode movimentar fôrmas, aço, e concreto,
e também blocos, argamassas, esquadrias, fachadas pré-fabricadas, etc.
Análise Sistematização
A escolha do tipo de material vai depender da forma como vai ser movimentado. Se a obra espera contar
com o apoio de uma grua, pode-se pensar em trabalhar com elementos pré-moldados (maiores) e, portanto, mais
pesados. Se a movimentação for manual, haverá um direcionamento para materiais e sistemas mais leves. Mesmo
assim o raciocínio inverso acontece, ou seja, no caso da grua, esta deve ser dimensionada para movimentar as
fôrmas escolhidas.
No caso das fôrmas de madeira é importante projetá-las e No caso das fôrmas metálicas, mesmo aquelas que podem ser
fabricá-las levando em conta o tipo de movimentação: transportadas manualmente, deve-se solicitar ao fornecedor
Manual: pressupõe uma facilidade no manuseio e pallets onde, a cada desforma, organizam-se os vários
posicionamento porém um maior número de elementos a componentes e, com o auxílio de carinhos hidráulicos e do
serem desmontados, transportados e montados. guincho de carga, passam para o próximo andar / trecho.
Com grua ou guindaste: pressupõe painéis com os ele-
mentos de estruturação e travamento dos painéis já fixados
porém mais difíceis de serem posicionados.
Produtividade
Impacto na Decisão
Com reflexo imediato na mão-de-obra direta, o tipo de material eleito deve respeitar a forma de
organização do trabalho planejada, além dos aspectos culturais regionais, de resistências naturais e de
treinamento aplicado.
Análise
É fundamental que o encarregado responsável por utilizar as fôrmas (bem como sua equipe) sejam consultados
no momento de escolhermos o sistema de fôrmas. Pequenos detalhes de fabricação dos painéis sugeridos pelos
trabalhadores que trabalharão com eles nos próximos meses, transformam uma fôrma padrão em uma fôrma
feita sob medida para sua obra.
Como é feita sob medida, a fôrma de madeira obtém melhores Quando o projeto leva em conta a modulação dos painéis
resultados (em comparação com fôrmas moduladas) em obras metálicos e a estrutura conta com, por exemplo, reduzido
mais complexas. (panos pequenos de lajes, grande concentração número de vigas (além da atenção aos outros aspectos citados
de pilares e vigas, peças curvas, etc) anteriormente), a produtividade conseguida com fôrmas
metálicas é imbatível.
Impacto na Decisão
Importante lembrar que a fôrma dividirá espaço com outros materiais como: aço, blocos, argamassas,
etc. Por isto, esta decisão tem como principal suporte o Projeto de Canteiro, que leva em conta a
disposição dos materiais em cada uma das etapas da obra.
Sistematização Análise
Dependendo da escolha do material, a obra deverá contar com maior ou menor espaço no canteiro para
estocagem intermediária, fabricação in loco ou cuidados especiais de armazenamento antes, durante ou
após o uso.
Se a opção for fabricar a fôrma em obra, deve-se prever o Da mesma forma como na aquisição de fôrmas, as fôrmas
espaço necessário para o posicionamento das máquinas ne- metálicas devem chegar na obra no momento de sua utilização,
cessárias (vide item Equipamentos). Importante consultar os evitando estoques intermediários.
profissionais envolvidos para conhecermos as áreas de traba- Quando a fôrma é alugada, este cuidado torna-se imperativo,
lho que cada equipamento exige. visto que o custo de locação incidirá utilizando-a ou não.
No caso de aquisição de fôrmas industrializada de madeira,
deve-se combinar com o fornecedor um cronograma de entre-
gas adequado à sequência executiva.
Perdas no processo
Impacto na Decisão
Algumas alternativas são mais duráveis ou exigem menos reformas do que outras. As perdas e reposições
durante o processo devem também serem levadas em conta.
Análise
Tem impacto direto no custo. Muitas vezes a fôrma inicialmente mais barata torna-se a mais cara por
exigir complementos e reposições durante seu uso.
A madeira, por ser mais frágil do que o metal, exige maiores Tendo a durabilidade como principal característica, devemos
cuidados principalmente no momento da desforma. Além voltar nossa atenção para sistemas de fôrmas metálicas que
disso, um projeto onde temos um grande número de refor- tenham o mínimo de peças soltas, evitando sua perda, e que
mas e adaptações implica em maiores perdas de material. não exijam ferramentas especiais para sua utilização. Pro-
Um cuidado importante é identificar (através de marcação cure entender todos os elementos que comporão o sistema. Evite
ou pintura) as peças que compõem o sistema de fôrmas, peças pequenas e frágeis. No caso de locação, analise os preços
evitando que estas sejam confundidas com madeira sol- e os critérios de indenização.
ta e utilizadas para outros fins.
Impacto na Decisão
De nada adianta escolher uma alternativa que não seja colocada à disposição da obra.
Análise
Aqui a política do boca-a-boca é a mais indicada. Converse com empresas que já trabalharam com
aquele fornecedor, peça para conhecer obras atendidas por ele, e, sempre que possível, visite suas
instalações. Características como: organização da empresa, atenção aos detalhes, funcionários treinados
e solícitos, são mais importantes do que equipamentos de última geração.
A madeira está disponível em praticamente qualquer re- Graças à crescente industrialização da construção civil, hoje
gião do Brasil. Empresas especializadas na fabricação, es- encontramos representantes de empresas fornecedoras em pra-
tão restritas aos grandes centros. Em obras mais distantes ticamente todas as capitais brasileiras.
devemos avaliar o impacto do custo do frete.
Segurança
Impacto na Decisão
Influência total na decisão. Desnecessário dizer a importância da segurança dos trabalhadores.
Análise
Garantir condições seguras de trabalho é obrigação primária dos supervisores e deve ser preocupação
constante que atinge também todos os fornecedores.
O projeto de fôrmas de madeira deve contemplar este aspec- Normalmente os sistemas de fôrmas metálicas possuem peças
to criando elementos específicos para a segurança durante que visam a segurança na montagem como, por exemplo,
a montagem e a desforma. guarda-corpos que são fixados aos painéis de vigas de borda.
1. Espaço Físico
O canteiro dispõe de uma área para montagem de um central de fôrmas e
para estoque de chapas e madeira serrada?
2. Aquisição de Máquinas
A empresa posssui ou pretende adquirir equipamentos como serras circulares,
desengrossos, serras de fita, etc., que serão utilizadas nesta e em outras obras?
3. Mão-de-obra capacitada
A empresa dispõe de profissionais habilitados para a coordenação e para fabri-
cação dos painéis de fôrmas? (Um engano comum é acharmos que o encarre-
gado e os carpinteiros habituados em montagem de fôrmas, são necessaria-
mente habilitados na fabricação desta. A fabricação dos painéis envolve dife-
rentes detalhes, equipamentos e normalmente uma precisão maior.)
4. Cronograma
O prazo de execução da estrutura contempla o tempo necessário para a fabri-
cação das fôrmas?
5. Preços
Os custos decorrentes da fabricação no canteiro são menores do que os preços
ofertados pelos fabricantes de fôrmas? (Atualmente, graças à concorrência, ao
ganho de escala, à redução de perdas e dos equipamentos utilizados, os preços
de fôrmas industrializadas tornaram-se bastante competitivos).
Dica
Quando da necessidade de reformar ou ajustar a fôrma:
Lembre-se que o disco de serra
come cerca de 5mm em cada
• serrote corte. Ou seja, ao dividirmos
• serra circular manual uma peça de 30cm em peças
menores de, por exemplo, 5cm
• disco de vídea (para serra circular) de largura, teremos:
• serra "Tico Tico" 5 peças de 5cm e uma sobra
• furadeira de aproximadamente 2,5cm (em
cada corte a serra comeu
• broca de aço rápido (para furar madeira) 5mm x 5 cortes teremos 2,5cm
transformados em serragem.
40,2
107
P1 6 4 5 4 4 4 4 5 4 6 P4
3 1 2 1 1 1 1 2 1 3
mas.
1 8 11 8 1
244
244
88 122 23 122 122 122 122 23 122 88
Movimentação da Fôrma
3 1 2 1 1 1 1 2 1 3
244
19,5
19,5
7 7
P7 P5 P6 P8
128
14
14
13 13 13 13
1 2 1 1 1 1 2 1
60,5
30 30 30 30
14
8 23 14
244
244
31,5
40,2 244
40,2 244
22 24
Tipo de Lançamento
244 149
60,5
4 5 4 4 8 23 4 4 5 4
16
16
15 15 15 15
244 40,2
81,5
4 5 4 4 69 20 4 4 5 4
80
33,7
17 18
154 20
21,5
21
128
128
1 2 1 1 18 21 1 1 2 1
80
50
14
14
19,5
7 7
244
244
3 1 2 1 1
P13 P14 1 1 2 1 3 lançamento com grua ou giricas).
Cimbramento
88 122 122 122 122 122 88
244
244
23 23 122
1 8 11 8 1
3 1 2 1 1 1 1 2 1 3
define a paginação dos fundos de
244
9
122 60,5 37,5 60,5
10 12 10 9
122
vigas e painéis de lajes, bem como
107
40,2
40,2
P18
a compatibilização entre os
P15 6 4 5 4 4 4 4 5 4 6
P16 P17
Planta de
PaginaÁ„o de Laj
es para Pavim
o ento Tipo
travamentos metálicos e os painéis.
Pil
ares
peças.
Recomendações para execução de
V19
V15
Y
X
A
V2 Y
C D
B V3
X
Y um bom projeto de fôrmas:
V12c
V23c
D
X1 X2
P7 P8
P5 P6
A
V17
Y2
X2
Y2
X2
Y2
X2
Y2
C
tolados.
X2
Y2
X2
Y2
VIgas
V5 Y V6 Y V7 Y
X X
V14c
X1 X2
X1
Y1
X1
Y1
V20c
X Y V8 Y
barras de ancoragem.
V16 X
V18 X
Z X
X1
Y1
X1
V23b Y1
V12b X1
Y1
X1
Y1
Y1
P10
Detalhar furações, rebaixos,
P9 Y1 Y2
V22
V13
V9 X
Y
P11 P12
X
V20b X
Y
X
P13 X P14
das peças.
Trabalhar em conjunto com a
V12a
V23a
empresa/projeto de cimbramento.
V14a
V14a
V20a
Especificar desforma.
P15 V11a Y V11b Y V11c Y P18
X P16 X P17 X
Planta deEncaixes dePainéisde Vigas doPavimento Tipo Dar atenção especial ao encon-
tro de pilares e vigas.
As peças de madeira usadas na construção civil são comercialmente fornecidas em forma de pontaletes, sarrafos, tábuas e
vigas.
No Brasil, as espécimes mais utilizadas são as madeiras serradas de Folhosas (por exemplo: cedrinho e peroba) e as madeiras
serradas de Coníferas (por exemplo: pinho e pinus).
Aquisição
As medidas comerciais mais comuns são:
sarrafos : 1" x 2", 1" x 3", 1" x 4" e 1" x 6"
tábuas : 1" x 12" e 2" x 12" (conhecidas como pranchão)
pontaletes : 3" x 3";
vigas : 6 x 12 cm. e 6 x 16 cm.
O compensado surgiu para suprir duas falhas básicas da madeira bruta : a resistência mecânica somente em uma
direção e a irregularidade de sua geometria.
A colagem deve ser a prova dágua, pois a chapa sofrerá vários ciclos de umidecimento e secagem (quanto melhor Aquisição
a colagem mais usos poderá ter a chapa).
As propriedades físicas e mecânicas têm influência sobre o custo e sobre o acabamento.
A garantia da geometria, pois se houver um desvio grande na espessura, teremos dentes ou degraus na paginação
do concreto, se houver desvios de esquadros teremos fendas entre as formas e vazamento na concretagem, se houver
desvio na largura ou comprimento haverá descasamento de formas aumentando as perdas.
A aparência, pois, se, por exemplo, houver buraco no filme de superfície, haverá penetração de água e a vida útil
da chapa será menor.
Seleção de fornecedor
Para selecionar o fornecedor de com- Se imaginarmos um centro geomé- A escolha entre as chapas resinadas
pensado considere os seguintes as- trico em relação à espessura, o com- e as plastificadas deve ser feita em
pectos: pensado terá a mesma massa em função do número de usos requeri-
fornecedor deve conhecer e aplicar a ambos os lados. dos e/ou da aparência desejada do
norma NBR 9532 e outras referentes concreto. Para um maior
ao produto. No Brasil, as chapas devem ter um reaproveitamento e melhor aparên-
solicite amostras do produto para número mínimo de lâminas e a es- cia do concreto, recomenda-se o uso
verificar, através de inspeção e/ou en- pessura variar dentro de um padrão da chapa plastificada.
saios, se as dimensões, o número de de tolerância.
lâminas, Pedido
o aspecto superficial, a colagem das As dimensões frequentemente encon- Elabore o pedido ao fornecedor com os seguin-
tes ítens:
lâminas e a resistência mecânica, es- tradas no mercado são de 110cm x
número da Norma Técnica apli-
tão de acordo com as especificações. 220cm (resinada) e 122cm x 244cm
cável, que deverá ser seguida.
verifique se o fornecedor oferece o (resinada e plastificada). Eventual-
tipo da chapa (resinada ou
serviço de assistência técnica e atendi- mente, encontram-se chapas nas
plastificada).
mento pós-venda. dimensões de 125cm x 250cm (tipo
dimensões desejadas (comprimen-
demonstre de maneira mais clara exportação).
to, largura, espessura).
possível suas necessidades quanto às
quantidade.
especificações e condições comerciais. Em qualquer destas situações a tole-
forma de embalagem (unitário,
avalie junto a outros clientes do for- rância é de + 2mm na largura e no
pallets com 33 ou 50 unidades, etc.).
necedor o desempenho do produto. comprimento da chapa.
método de inspeção no recebi-
Nas diagonais aceita-se um desvio
Especificação mento.
de + 5mm.
A especificação das chapas de ma- aviso esclarecendo que as unida-
deira compensada deve seguir os re- des fora de especificação ou mesmo
Quanto à superfície, encontramos
quisitos da norma NBR 9532 - o lote podem ser devolvidos.
chapas cujas capas são tratadas com
Chapas de madeira compensada - resina ou com aplicação de uma
Especificação. película plástica. Assim, as chapas
são denominadas resinadas e
Este material é obtido pela colagem plastificadas, respectivamente.
de lâminas de madeira dispostas de
maneira que as direções das fibras Esta última pode ter melhor desem-
tenham um ângulo reto entre si. penho (maior reaproveitamento)
quanto maior for a gramatura do
film plástico, normalmente espe-
cificado com 120g/m², 180g/m² ou
240g/m².
Manual de Estruturas 17FOR
Recebimento Após o término das imersões ou da
Para uma quantidade pedida de até fervura, as chapas não devem apre-
500 chapas retire 13 unidade para sentar descolamento das lâminas.
inspeção (conforme norma NBR 5426
- Plano de amostragem e procedimen- Aceitação
to na inspeção por atributos). Os critérios de aceitação são :
para aceitar o lote inteiro não deve
Aquisição Para cada uma das amostras deve-se haver nenhuma chapa defeituosa
verificar o atendimento às nas 13 inspecionadas.
especificações do seguinte modo: se houver 04 (quatro) ou mais
unidades com defeitos, das 13
Dimensões: inspecionadas, o lote é reprovado.
largura e comprimento: medir com se encontradas até 03 (três) cha-
trena aproximadamente no meio da pas defeituosas, das 13
chapa. inspecionadas, retirar mais 13 peças
espessura: medir com paquímetro para inspeção.
em um ponto aproximadamente no para aceitar o lote, neste último
meio da chapa. caso, o total de chapas defeituosas,
diagonais: medir as duas diagonais nas duas amostragens, deve ser me-
com a trena. nor ou igual a 03 (três).
Este item estabelece os cuidados na compra caso, ao invés de adquirir os materiais e bater a fôrma no canteteiro,
a obra opte por adquirir fôrmapronta.
Seleção do fornecedor
Para selecionar o fornecedor de fôr- projeto estrutural (preferencialmente verificação visual do aspecto do
mas para concreto, considere os se- definitivo). compensado e da madeira. Aquisição
guintes aspectos: aparência desejada da superfície do caso ocorra alguma dúvida quan-
verifique se o fornecedor mantém concreto. to às dimensões, medir com a trena
inspeção no recebimento das maté- cronograma de execução da estru- alguns painéis e comparar
rias-primas. tura de concreto. as medidas reais com as dos dese-
verifique se são fornecidos dese- plano de ataque da obra. nhos fornecidos e as respectivas to-
nhos e projetos que orientem a mon- características do concreto (especifi- lerâncias.
tagem na obra. cação, forma de adensamento, pagi- verifique se todas as bordas dos
verifique se o fornecedor oferece o nação da laje). compensados estão seladas.
serviço de assistência técnica na tipo de cimbramento.
montagem e atendimento pós-ven- número desejado de reaproveita- Aceitação
da. mento. A carga recebida deve atender aos
verifique se é fornecido, junto à tipo do transporte vertical da fôrma seguintes ítens:
carga, um romaneio discriminando (manual ou mecânico). compensado não deve apresentar
o que está sendo entregue. furos, bolhas ou qualquer dano na
verifique a carteira de clientes e Pedido película plástica, para não
obras já executadas. Contate o fornecedor selecionado permitir penetração de água e não
recomenda-se uma visita às insta- para: fotografar defeitos na superfície do
lações do fornecedor para conhecer encaminhar os dados de entrada. concreto.
o processo de fabricação e controle verificar o prazo de entrega e a os componentes de madeira não
das fôrmas. antecedência necessária para se fa- devem apresentar rachaduras e de-
zer os pedidos. vem apresentar boa fixação.
Especificação solicite uma proposta técnica e as dimensões da fôrma devem es-
Para se chegar a um resultado ade- comercial. tar coerentes com os desenhos for-
quado na execução de uma estrutu- análise a proposta quanto a pra- necidos e compatíveis com as
ra de concreto, as fôrmas devem ter zos de entrega, quantidade, preço e dimensões das peças (pilar, viga e
as seguintes características: demais condições laje) do projeto estrutural.
definir dimensões e formatos. (transporte, carga, descarga, etc.).
permitir encaixe e posicionamento certifique-se de que todos os requi- Caso alguns destes ítens não sejam
exatos. sitos estão definidos e documenta- atendidos, informar ao fornecedor a
permitir a obtenção do acabamento dos. ocorrência e solicitar providências.
superficial desejado. mantenha sempre o fornecedor
ter estabilidade quando do lança- atualizado quanto às revisões dos Armazenamento
mento do concreto. projetos estruturais. Devem-se tomar as seguintes provi-
facilitar a colocação de componen- dências:
tes, como inserts, caixas de instala- Recebimento local protegido ou coberto.
ções, etc. Adote os seguintes procedimentos: proximidade do local de uso ou
garantir estanqueidade. verifique se a carga contém todos do transporte vertical ou horizontal.
os elementos, através do romaneio empilhar sobre pontaletes ou
Para tanto, é imprescindível que haja de embarque. pallets.
um projeto de fôrmas. Tal projeto pode certifique-se de que os componen- caso seja necessário armazenar
ser realizado pelo fabricante das fôr- tes (painéis, sanduíches, etc.) es- sobre lajes, atentar para a sobrecar-
mas, a partir das seguintes informa- tejam claramente identificados ga permitida.
ções do cliente: e de acordo com os projetos e dese-
nhos de montagem fornecidos.
Pilares
A execução da montagem das fôrmas e escoramento de pilar pode ser dividida em:
transferência dos eixos coordenados e execução dos gastalhos
Práticas montagem da fôrma
Eixos e Gastalhos
Inicialmente, os eixos coordenados devem ser transferidos para a laje em execução,
tomando os cuidados necessários para que fiquem precisos.
Notas Esse lançamento deve ser feito, preferencialmente, através de aparelhos - teodolito
A locação perfeita dos eixos será e trena, por equipe treinada, ou mesmo por topógrafo da empresa ou terceirizado.
a base para a execução de um Deve-se também transferir o nível de referência para a laje em execução.
trabalho com qualidade e precisão Após a marcação dos eixos coordenados, estica-se linhas de nylon para sua
dimensional desejadas. visualização e procedemos então a execução dos gastalhos. Nesta fase, a laje deve
estar livre e devemos evitar o trânsito de pessoas não envolvidas na tarefa.
Os gastalhos com pescoços de
concreto tornam a tarefa mais
precisa, além de agilizar a
posterior montagem da fôrma,
porém demanda mais tempo para
sua execução.
Vigas e Lajes
Após a execução dos pilares devemos proceder à montagem das vigas e lajes.
O início do trabalho ocorre com a montagem dos fundos de vigas. Para tal,
lançam-se os painéis a partir das cabeças dos pilares, apoiando-os diretamente em
alguns garfos do vão.
O fundo da viga deve ser pregado na lateral das cabeças dos pilares e nos garfos,
de forma que resulte a espessura do painel lateral da viga de um lado, e esta
espessura acrescida de um espaço para o encunhamento do outro.
Pelo menos em um dos lados do fundo, deve ser colocado um mosquito, para Pregar sarrafos-guia na lateral dos
Dica facilitar a posterior desforma. garfos a uma distância igual à altura da
A ocorrência de folgas indica que os
O encaixe dos fundos de vigas entre os pilares deve ser preciso e perfeito. longarina, medida a partir do fundo do
pilares podem estar desaprumados,
Ajustadas as imperfeições, posicionam-se todos os garfos (ou escoras, ou torres assoalho. Estas peças servirão de apoio
sendo necessário corrigi-los antes
metálicas), tomando o cuidado com o espaçamento, prumo e alinhamento entre para as longarinas da fôrma de laje.
da continuação dos trabalhos.
eles. Nivela-se o fundo da viga com cunhas de madeira aplicadas na base dos Posicionar as escoras de madeira (ou
garfos e travamos-os, ponteando um sarrafo. metálicas, ou torres) conforme
O procedimento para nivelar o fundo das vigas quando utilizamos escoramento solicitação de projeto, obedecendo
metálico é mais fácil e preciso; tais equipamentos possuem uma rosca que permite espaçamento, prumo e alinhamento
o ajuste milimétrico da altura. Neste caso, a definição do tipo de escoramento entre elas.
deve ser feita com critério, levando-se em consideração todas as variáveis. Lançar, então, os barroteamentos
A seguir, lançar os painéis laterais, encostando-os na borda do painel de fundo. principal e secundário seguindo
o detalhamento de projeto. Sobre
eles, lançar o assoalho da laje do
andar superior.
Desforma
Pilares
Após a execução da montagem das fôrmas de pilares, antes de liberarmos a frente
de serviço para as etapas seguintes, é importante procedermos a uma inspeção
final, checando alguns tópicos desta fase do trabalho e, com isso, garantir a
Dica qualidade do produto.
Para facilitar o trabalho de Esta checagem pode ser feita pelo engenheiro, mestre ou mesmo o encarregado de
conferência é recomendável a carpintaria.
utilização das Listas de Os principais pontos a serem conferidos quando a montagem do pilar está pronta são:
Verificações - Liberação para verificar se o desmoldante foi aplicado nas fôrmas
Início do Serviço e Verificação checar o posicionamento das galgas e dos espaçadores e o espaçamento entre
do Serviço. Ao mesmo tempo em tensores ou barras de ancoragem atendem ao projeto
que elas parametrizam a conferir o prumo das fôrmas dos pilares utilizando um prumo de face
checagem dos trabalhos, checar a altura do topo de cada painel
também determinam as verificar o travamento dos painéis, conferindo a imobilidade do conjunto escoras,
responsabilidades das pessoas barras de ancoragens (ou tensores, ou sargentos) e gastalhos
pelo serviço. checar todos os encaixes das fôrmas para que não haja folgas
verificar a estruturação e vedação dos painéis.
Fôrmas de vigas
verificar se o desmoldante foi
aplicado nas fôrmas.
verificar a locação das fôrmas dos
pilares no nível da laje assoalhada (boca
do pilar), corrigindo quando descoberto
erros de 2 mm.
certificar-se do perfeito encaixe das
fôrmas no encontro entre vigas e pilares.
conferir o alinhamento dos painéis
laterais de vigas, na região entre pilares,
ou em toda a sua extensão - para o caso
de vigas periféricas.
checar a seção de todas as vigas,
corrigindo os erros de 2 mm.
verificar o nivelamento dos fundos
de vigas, utilizando preferencialmente
nível a laser.
checar a estruturação dos painéis de vigas.
conferir o travamento dos painéis,
verificando a imobilidade do conjunto.
verificar a vedação dos painéis
Fôrmas de lajes
verificar se o desmoldante foi aplicado nas fôrmas.
checar o nivelamento do assoalho com um aparelho de nível a laser, pela parte
inferior da fôrma.
conferir as contraflechas, quando solicitado em projeto.
certificar-se do perfeito encaixe dos compensados, conferindo se os mesmos
estão pregados às longarinas e se não há folgas.
verificar a vedação do assoalho.
checar a locação de furos e shafts.
verificar o posicionamento de rebaixos - quando especificado em projeto.
25%
20%
15%
10%
5%
0% Mão-de-obra
Concreto
Aço
Fôrmas Material
Cimbramento
Movimentação e
Equipamentos
abaixo dos materiais concreto e aço. Em contrapartida a mão de obra envolvida diretamente na atividade de
montagem e desmontagem das fôrmas ultrapassa todas as demais atividades, tornando-se o maior custo existente
na execução de estruturas e posicionando-se como o maior candidato a receber a nossa atenção quando o assun-
to é gerenciamento de custos do empreendimento.
Nota Note-se que citamos que a mão de obra está envolvida com a montagem e com a desmotagem das fôrmas,
Esta afirmação vale para a grande omitimos propositalmente a mão de obra necessária para a fabricação destas, pois o tempo gasto para fabricar as
maioria das estruturas verticais, fôrmas é inexpressivo quando comparado com o tempo gasto na sua utilização.
porém quando tratamos de obras
com poucas repetições ou com Se desmembrarmos os 24% do item mão de obra de fôrmas teríamos algo próximo de:
peças complexas, o tempo gasto Fabricação = 2%
na fabricação dos painéis de fôr- Montagem = 12%
mas passa a ser representativo. Desforma = 6%
Transporte = 2%
Reformas e Ajustes = 2%
Sistematização
Cimbramento
Reescoramento
Práticas Recomendadas
Conclusão
Conceitos
Sistematização
Práticas Recomendadas
Conclusão
Cimbramento
É um estrutura de suporte provisória composta por um conjunto de elemen-
tos que apoiam as fôrmas horizontais (vigas e lajes), suportando as cargas
atuantes (peso próprio do concreto, movimentação de operários e equipa-
mentos, etc.) e transmitindo-as ao piso ou ao pavimento inferior. Para tanto
deve ser dimensionado, entre outras coisas, em função da magnitude de Conceitos
carga a ser transferida, do pé-direito e da resistência do material utilizado.
Estes elementos normalmente divididem-se em:
Suporte: escoras, torres, etc.,
Trama: vigotas principais (conhecidas também como longarinas) e vigotas
Nota
secundárias conhecidas também como barrotes)
Neste Manual, adotamos o termo
Acessórios: peças que unem, posicionam e ajustam as anteriores.
cimbramento ao invés de
escoramento por entender este
ser uma denominação mais
ampla, abrangendo todos os
sistemas e não só os que usam
escoras. Já no caso do
reescoramento, apesar de em
alguns casos ser necessário
reescorar com torres ou outros
elementos, é muito mais usual
utilizarmos escoras para tal, daí
o uso do termo reescoramento
ao invés de recimbramento.
Reescoramento
Após a concretagem, inicia-se o pro-
cesso de endurecimento do concre-
Dica
to, onde as peças atingem a condi-
posicionamos novas escoras e
ção de serem autoportantes (em
DEPOIS desmontamos o
média 72 horas após) até atingirem
cimbramento. Em NENHUM
a resistência para a qual foram
momento as peças recém-
projetadas (28 dias). A fim de libe-
concretadas devem ficar sem
rarmos a maioria das peças de
apoio, mesmo que seja por
cimbramento para o próximo uso, posicionamos novas escoras (ou, nos sistemas que permitem a
alguns minutos.
desmontagem das outras peças sem movimentarmos as escoras, deixamos parte delas) e depois desmontamos as
demais peças para uso na próxima laje.
Materiais Utilizados
Madeira Serrada Criado em conjunto com o sistema formapronta, apresenta peças de ma-
deira aparelhadas, peças padronizadas e com encaixes previstos. Como van-
tagens temos também o seu baixo custo (em obras lentas são imbatíveis
quando comparamos o seu valor de aquisição com o valor de locação dos
sistemas industrializados) e sua disponibilidade. Já as suas desvantagens são
o nivelamento através de cunhas e seu uso normalmente restrito a uma
única obra (principalmente devido à dificuldade em ser reformado e ade-
quado a outras dimensões)
Normalmente composto de:
·escoras simples de pontaletes 3x3 para as lajes
·escoras duplas (conhecidas como garfos) de pontaletes 3x3 para as
vigas
·longarinas de sarrafos 1x6 duplos
·barrotes de sarrafos 1x4duplos ou pontaletes 3x3
Glossário
Escoras (ou sistema pontual) Contraventamento: travamento
Elementos verticais isolados e fáceis de montar ,necessitando apenas de ele- entre escoras, através de outro
mentos que os deixem em pé durante a montagem, normalmente conheci- elemento, criando uma malha
dos como tripés. Sua área de abrangência varia normalmente de 1,5 a 4,5 estrutural e evitando a flexão das
metros de altura, sendo que, entre 3 e 4,5 metros geralmente devem ser escoras.
contraventados.
Nota
Existem escoras com altura de
5,5m, sendo utilizadas para
A capacidade de carga, a precisão do nivelamento e a durabilidade, dão às escoras reescoramento
metálicas larga vantagem em relação às de madeira. Além disto, a estabilidade
dimensional possibilitada pelas escoras metálicas as faz recomendada para
requisitos da qualidade onde não se aceitam deformações (caso da laje zero).
Conjuntos de pontaletes e sarrafos são utilizados para a confecção de garfos largamente usados no escoramento de vigas
de borda. Para as vigas internas, os mais indicados são as escoras metálicas.
Mesas Voadoras
Portanto, a complexidade dessa etapa é menor (mas não menos importante), como Conceitos
também é menor o número de elementos responsáveis pelo cumprimento dessa função.
Reescoramento Escoras: são as mais utilizadas. São encontradas no mercado para locação e
Metálico venda, sua capacidade de carga é elevada e duram muitas obras. O sistema de ajuste
conta com tubo tipo flauta furado para o ajuste grosso e rosca para o ajuste fino.
Podem-se reescorar lajes e vigas com a mesma facilidade. Se o projeto de fôrmas
previr faixas de reescoramento, essas escoras poderão ser colocadas abaixo dessas
faixas, estando posicionadas já como reescoramento após a desforma.
A escolha do tipo de cimbramento e reescoramento mais adequados a um determinado projeto depende de uma série
de variáveis que devem ser consideradas já na fase de planejamento da obra:
Projeto de Fôrmas Fornece subsídios para a escolha do melhor sistema ao mesmo tempo em que leva
em conta o tipo de cimbramento. A paginação das chapas de lajes, por exemplo,
Sistematização leva em conta a posição das escoras, longarinas e barrotes e também do reescoramento.
Projeto Estrutural Fornece elementos tais como o volume e conseqüentemente peso das peças a serem
concretadas. É fundamental que o Projetista Estrutural participe na análise das
deformações admitidas e pontos de apoio descartando alternativas não compatí-
veis de cimbramento e reescoramento. Além disso, as exigências relativas ao acaba-
mento da laje, se vai receber contrapiso ou não para seu nivelamento também
devem ser consideradas.
Planejamento Determina o ritmo de execução da estrutura, bem como a sequência dos trabalhos.
Os sistemas considerados devem ser compatíveis com estas exigências, principal-
mente no que se refere ao equipamentos de movimentação necessários. O custo do
material (compra ou locação) não pode ser avaliado isoladamente. Esse será definido
pela composição de materiais e horas trabalhadas para a montagem e desmontagem.
Custo Além dos custos diretos na obra, devemos levar em conta os custos marginais,
como: reposições, indenizações, valor residual no caso de compra, opção de com-
pra x locação, manutenção, etc.
Produtividade Cada sistema detemina etapas de montagem e desmontagem mais simples ou mais
complexas, alguns ainda permitem um pré-montagem inicial e uma apenas uma
desmontagem parcial no decorrer do ciclo de concretagens. É fundamental que os
operários envolvidos sejam treinados no uso do equipamento.
Segurança O sistema deve contemplar peças específicas para a segurança dos operários, como:
plataformas de trabalho, guarda-corpos, etc.
Flexibilidade Um bom sistema também deve ser flexível, adaptando-se as variações geométricas
das peças a serem concretadas.
Estabilidade Por questões óbvias de segurança e qualidade, a alternativa de escoramento deve ser
estável no pavimento onde se apóia e propiciar estabilidade também nas fôrmas
que suporta.
Pé-direito Muitos sistemas leves vencem pequenas alturas e os sistemas que atendam a pé
direitos altos são pesados. Um bom sistema vence a altura de projeto, sem ser Sistematização
extremamente pesado.
Facilidade
de Ajustes Baixa Alta Alta Alta
Nota
Até 3 metros Normalmente Praticamente Normalmente
Pé-direito (sem contraven- até 4,5 metros qualquer altura até 4,5 metros Peças soltas: peças que devem
tamento) ser montadas e desmontadas a
cada concretagem.
Quantidade de
peças soltas* Média Média Variável Mínima
Nem sempre o tipo de reescoramento acompanha a alternativa escolhida para o escoramento. Por exemplo, se uma
laje é escorada através de mesa voadora, o reescoramento não adotará esse sistema, uma vez que a mesa será
transferida ao pavimento superior. A laje será reescorada, por exemplo, com escoras metálicas.
A escolha dos sistemas de reescoramento deve levar em conta alguns aspectos, como:
Sistematização
Características do projeto muitas vezes é interessante que já no projeto de fôrmas (na etapa de pagina-
de fôrmas ção de chapas) sejam previstas faixas de reescoramento para que, após a
concretagem, sejam deixados elementos de reescoramento, sem que se tenha
o trabalho de movimentar excessivamente peças durante a desforma.
Características do projeto deverá haver compatibilidade entre os sistemas, a fim de que não se perca
de escoramento qualidade e produtividade.
Projeto
Projeto Estrutural
define a geometria das peças e sua posição no espaço.
Projeto de Fôrmas
define a paginação dos fundos de vigas e painéis de lajes, bem como a compatibilização entre os travamentos
metálicos e os painéis.
Movimentação do Cimbramento
define o tamanho/peso máximo de cada um dos elementos do sistema.
Tipo de Lançamento
define as cargas atuantes no momento do lançamento do concreto.
Vigas e Lajes
Escoramento de vigas
Inspeção
Sistematização
Aquisição
Escolha do Fornecedor
Pedido de Compra
Recebimento
Controle Tecnológico do Material
Aceitação
Transporte
Armazenamento
Práticas Recomendadas
Corte
Dobra
Pré-Montagem
Montagem
Conclusão
Conceitos
Sistematização
Aquisição
Práticas Recomendadas
Conclusão
Nota
Armação ou Armadura?
Armação: conjunto de
atividades relativas à prepara-
ção e posicionamento do aço
na estrutura.
Armadura: associação das
diversas peças de aço, forman-
do um conjunto para um deter-
minado componente estrutural.
O trabalho solidário do concreto com o aço é possível graças às compatibilida- Aço beneficiado
des física e química que ocorrem entre os dois materiais: barras de aço cortadas e dobradas.
Compatibilidade física o aço e o concreto possuem deformações próximas Montagem
durante as variações térmicas. processo de posiciona-mento da armadura
Compatibilidade química o aço não se corrói com o ambiente alcalino do no local definitivo, na estrutura.
concreto.
Além disso, para que o concreto e o aço trabalhem solidariamente, resistindo aos
esforços a que são submetidos, deve haver uma aderência entre os dois materiais. Peça
Essa aderência é garantida através de ligação mecânica, propiciada pela rugosidade parcela separável da armadura, com as
das barras de aço e também pela introdução de mossas e saliências na superfície características geométricas definidas no
das barras. projeto estrutural. A associação de diversas
Durante a execução, deve-se tomar o cuidado para que as armaduras sejam peças gera a armadura.
totalmente cobertas pelo concreto, para evitar a corrosão do aço.
Pré-montagem
Nomenclatura é a etapa de processamento das peças em
armadura.
Para que haja um entendimento sobre os termos aqui citados, vamos utilizar as seguintes
definições: Vergalhão
barras ou fios de aço.
Corte Dobra
Sistematização
Pre- Montagem
Montagem
Aço
Aquisição beneficiado
Execução de armadura
Telas
Soldadas
Execução de armação
Nota
O uso de aço beneficiado ou em
telas soldadas aumenta a produ-
tividade do serviço. Considere
esse fator para dimensionar sua
equipe e também para negociar
o preço da mão de obra.
Aquisição
Escolha do fornecedor
Nota
Mesmo optando por adquirir o Considere os seguintes itens para selecionar o fornecedor de aço:
aço já cortado e dobrado, é O fornecedor oferece serviço de apoio à especificação?
importante manter na obra um O fornecedor oferece serviço assistência técnica pós-venda?
estoque mínimo de aço, com as O produtor assegura o fornecimento conforme especificado na norma da ABNT?
bitolas usuais no projeto, para
suprir alguma eventualidade. Pedido de Compra
Para a elaboração do pedido de compras, o ideal é que se tenha uma planilha específica,
Verifique com o projetista de
contendo as seguintes informações:
estruturas os critérios consi-
derados para a previsão de
Fornecimento Informações necessárias
perdas.
número da norma que o produto deve atender NBR 7480 fornecedor barras e
Como comprar aço beneficiado? de aço destinados às armaduras para concreto armado especificação;
Aço diâmetro, categoria e classe da barra ou do fio;
Numa etapa anterior à realiza-
ção do pedido, a obra passa em fios quantidade, em toneladas, de acordo com a previsão de projeto.
ao fornecedor os projetos es-
truturais, para que as peças
número da norma que o produto deve atender NBR 7481 Telas de aço
sejam cadastradas.
soldadas para armadura de concreto especificação;
Dessa forma, para a Aço
modo de fornecimento das telas rolo ou painel;
especificação do aço benefici- em telas dimensões do painel ou rolo, quantidade e designação das telas,
ado, é preciso somente indicar
soldadas para os pavimentos ou trechos que serão executados.
os pavimentos e os elementos
estruturais que serão armados.
número da norma que o produto deve atender NBR 7480 fornecedor barras e fios
Aço de aço destinados às armaduras para concreto armado especificação;
beneficiado pavimentos e elementos estruturais pretendidos;
quantidade, em toneladas;
forma de inspeção;
números dos desenhos do projeto estrutural.
Pode ser solicitado ao produtor uma cópia do laudo do ensaio referente ao lote entregue.
Os fabricantes de aço realizam ensaios de controle tecnológico durante a fabricação das barras. Peça: parcela separável da ar-
Uma das práticas que as construtoras vêm empregando para se assegurar da garantia da qualidade do material é solicitar uma madura de um componente da
cópia do laudo de ensaio referente ao lote adquirido. estrutura, constante do projeto
Aço em barras, aço pré-cortado e aço pré-dobrado esturutral, com dimensões e for-
Ao receber o laudo, verifique se os resultados apresentados atendem aos critérios abaixo: mato característicos que, quan-
do associada a outras, gera a
armadura.
Propriedades mecânicas a serem atendidas por barras e fios de aço (NBR 7480)
Categoria Valor mínimo Valor mínimo Alongamento Dobramento a 180 0
fyk (Mpa) fst (Mpa) mínimo em 10
diâmetros Na etiqueta, você encontrará as
seguintes informações
CA50 500 1,10 fy 8% NBR 6153
nome do fabricante
o tipo de aço
CA60 600 1,05 fy 5% NBR 6153 a designação da tela
a largura e comprimento da tela
Telas Soldadas
Os ensaios quanto as características dos fios das telas devem atender o quadro acima,
sendo ainda necessário o ensaio de resistência ao cisalhamento dos nós soldados, NBR 5916.
Aço em barras
Na conferência do comprimento das barras, aceite o lote se não forem constatadas irregularidades na inspeção visual e se o
comprimento das barras for de 11 m e a tolerância de comprimento é de 9%. Pode-se aceitar um máximo de 2% de barras curtas,
as quais não devem nunca ser inferiores a 6m.
Se houver diferenças de quantidade em relação ao pedido, informe o fornecedor para que haja reposição nos materiais faltantes.
Aquisição Ao analisar o laudo, se houver reprovação de lotes, o laboratório deve providenciar a realização de contraprova do lote
ensaiado ou proceder à inspeção de um novo lote.
Telas
As tolerâncias para aceitação dos produtos nas verificações visuais podem ser vistas na tabela
Transporte
Através do esquema, podemos perceber que o tipo de fornecimento influencia diretamente no número de vezes (etapas) do
transporte do aço e, consequentemente, no tempo e na mão-de-obra necessários para a realização do serviço.
Vejamos na tabela as características do transporte do aço conforme o tipo de fornecimento:
O fluxo de armazenamento dos materiais e a área a disponibilizar no canteiro pode, em alguns casos,
determinar o tipo de fornecimento do aço (em telas soldadas, em barras, aço beneficiado).
Para entendermos melhor essa situação, vejamos o esquema abaixo:
Aquisição
Nota
O caminhão que transporta as
barras de aço possui um compri-
mento superior a 12 m. Por isso,
é preciso considerar também
o acesso do caminhão ao can-
teiro!
Barras de aço
Quando se utiliza barras de aço, percebemos que precisamos de um espaço no
canteiro para estocar as barras de aço em três estágios distintos: aço em barras, aço
cortado, aço cortado e dobrado.
Há de se considerar ainda que, na estocagem do aço em barras, é preciso disponibilizar
uma área cujo comprimento seja superior a 12m.
Barras pré-cortadas
Ao adquirir o aço dessa forma, o espaço para a armazenagem no canteiro não
requer comprimentos tão extensos quanto o aço em barras.
Na estocagem, pode-se organizar as barras por elemento estrutural (barras
de pilar, de vigas) ou por pavimento.
Dessa forma, em função da quantidade estocada e da forma de organização,
teremos variações no tamanho das áreas, sendo importante a realização de
um estudo prévio para encontrar um ponto ótimo entre quantidade de
estocagem, área de armazenamento e fluxo de transporte do aço.
Nota
Com o aço pré dobrado, temos
Barras pré-dobradas
uma redução na área de
A vantagem na aquisição do ao pré-dobrado, em relação ao pré-cortado, é
estocagem mas, em contra-
que, além de eliminar uma etapa no processamento do aço, necessita so-
partida, temos um aumento no
mente de uma área para estocagem, ao contrário da barra em aço, por
volume.
exemplo.
Quanto à area de estocagem, considerar os mesmos itens apresentados no
item Barras pré-cortadas.
Telas Soldadas
As telas podem ser fornecidas em rolo ou em painéis.
Em painéis, é comum a aquisição de telas de diferentes tipos, nessa situação podemos
estocá-los em pé minimizando a necessidade de áreas maiores para sua estocagem.
Se o transporte das telas for realizado com grua, seu estoque pode ser descentralizado.
Práticas
Corte Dobra Pré-Montagem Montagem
Corte
Nota
O uso de ferramentas manuais Antes de efetuar os cortes, faça um estudo para minimizar as sobras.
de corte é recomendado para Dessa forma, você poderá obter uma economia significativa no serviço.
corte de telas soldadas. Para cor-
tes de barras, seu emprego é Equipamentos e ferramentas
indicado somente quando há pou- A escolha dos equipamentos e ferramentas de corte precisa levar em consideração os materiais
ca quantidade de aço, pois a pro- definidos no projeto (aço em barras ou em telas soldadas) e o volume do serviço.
dutividade do serviço é baixa. As ferramentas e equipamentos empregados são:
Manuais: arco de serra e tesoura de cortar ferro (tesourão). Utilizado quando o
serviço é realizado em obras de pequeno porte.
Elétricas: policorte. Em obras de pequeno, médio e grande porte que realizam o
corte do aço no canteiro.
Hidráulico: utilizada em centrais de corte e dobra de aço e em canteiros de
grandes obras, devido ao seu alto custo.
Execução
A execução do corte está intimamente ligada aos equipamentos de corte que
serão empregados. Vejamos as diferenças entre as ferramentas manuais e os equipamentos elétricos:
Ferramentas Execução
Quando a dobra é realizada no cantei- Para realizar a dobra do aço, preste atenção na montagem da bancada,
ro, utiliza-se a chave de dobra. para que o diâmetro do pino de dobramento seja compatível com o aço
Possui um baixo custo e a dobra da a ser dobrado.
barra de aço é feita uma de cada vez. A falta de cuidado nesse item pode fazer com que as barras de aço,
quando dobradas, sofram um esforço demasiado, ocorrendo a sua ruptura. Práticas
Notas
Além dos cuidados necessários com
a segurança do operário, fique
atento, pois ao dobrar o aço, há um
aumento no comprimento da peça.
Essa informação é importante para
que o corte seja realizado conside-
rando-se esse aumento.
Espaçador fabricado em
obra x industrializado?
Numa estrutura de concreto,
Pré-Montagem
o espaçador possui um custo
baixo.
Execução O importante, nesse caso, é pon-
Após o corte e a dobra do aço, ocorre a Durante o planejamento, procure definir as peças que serão montadas na central de derar a produtividade na execu-
etapa de montagem, que é a fase em que armação e aquelas que serão montadas na própria fôrma. Para isso, considere: ção da estrutura e a precisão
são produzidas as armaduras. dimensões das peças, sistema de transporte e facilidade de execução. dimensional desejada para
Nessa etapa, é preciso colocar espaçadores em quantidade suficiente, para garantir o o cobrimento das armaduras.
posicionamento da armadura no elemento final a ser concretado.
A escolha e o uso de um bom espaçador é importante, para que a estrutura tenha o
cobrimento adequado às condições de exposição da estrutura, protegendo a armadura
contra a corrosão.
Dica
Quando utilizar telas de aço, você
pode seccionar a franja a cada
60 cm e dobrar a 90o, para que
esse pedaço desempenhe a fun-
ção do espaçador.
Conclusão
Ao analisar o gráfico, perceba que, num processo tradicional, tanto o custo do material
como da mão-de-obra não podem ser desprezados. Dessa forma, fica evidente que as
negociações com os fornecedores é estratégica para a otimização dos custos.
Otimizar os custos não significa que devemos adquirir os insumos do fornecedor
que oferecer o menor preço. O segredo para a racionalização nesse item consiste em
realizar um planejamento para o corte dos aços, pois, assim, conseguimos minimizar
a quantidade de sobras.
Além disso, é preciso planejar como será o fluxo dos materiais e do serviço, para
que não haja desperdício de tempo.
É preciso lembrar que a qualidade da mão-de-obra está intimamente relacionada
com a qualidade da armação.
Sistematização
Concreto preparado na obra
Seleção e aquisição de materiais
Recebimento e estocagem dos materiais
Dosagem do concreto
Mistura do concreto
Concreto dosado em central
Escolha do fornecedor
Pedido
Recebimento
Práticas recomendadas
Transporte
Lançamento
Adensamento Conceitos
Nivelamento
Sistematização
Acabamento superficial
Cura Práticas recomendadas
Adensamento
Nivelamento
Acabamento superficial
Dicionário
Concretagem: ato de receber,
transportar, lançar, espalhar,
adensar, nivelar e fazer o
acabamento do concreto.
Se algum desses itens não for realizado adequadamente, há uma grande probabilidade
de ocorrência de problemas na estrutura. Salienta-se que não há a possibilidade de
compensar a deficiência em uma das operações com cuidados especiais em outra.
Conceitos fundamentais
Você já deve ter questionado ao menos uma vez por que o concreto, com o passar
do tempo, passa do estado pastoso a um material endurecido.
Vejamos então como ocorre o endurecimento do concreto.
O cimento, ao entrar em contato com a água, reage quimicamente, passando por
um processo de hidratação.
Durante a hidratação, cada grão do cimento desdobra-se em inúmeras partículas,
formando um sólido poroso denominado gel de silicato de cálcio hidratado.
Como resultado dessa reação, o volume dos sólidos cresce dentro dos limites da
pasta, produzindo embricamentos. Para a formação desses embricamentos, parte
da água utilizada na mistura é utilizada.
Essa malha formada reduz a porosidade do concreto e aumenta a sua
resistência mecânica.
Seguindo esse raciocínio, teremos uma maior resistência à compressão quanto maior
a quantidade de embricamentos, pois obteremos um concreto menos poroso com
estrutura mais compacta.
Esse processo é complexo e envolve diversas variáveis e, para avaliar a qualidade
do concreto, é importante conhecer as suas propriedades, seja no estado fresco,
desde o momento da colocação da água até o adensamento na fôrma; seja no estado
endurecido, resistindo às ações solicitadas ao longo da vida útil.
Trabalhabilidade
É a propriedade do concreto associada a três características:
Conceitos
1. facilidade de redução de vazios e de adensamento do concreto
2. facilidade de moldagem, relacionada com o preenchimento da fôrma e
dos espaços entre as barras de aço
3. resistência à segregação e manutenção da homogeneidade da mistura,
Dicionário durante manuseio e vibração.
Consistência: medida da
mobilidade da mistura A trabalhabilidade é uma propriedade transitória que depende de diversos fatores,
(plasticidade), ou seja, maior ou dentre os quais se destacam: as características e dosagens dos materiais constituintes
menor facilidade de deformar-se e o modo de produção do concreto.
sob a ação de cargas. É expressa O ensaio de consistência deve iniciar até 5 minutos da coleta da amostra e a
pelo ensaio de abatimento do trabalhabilidade deve ser controlada ao longo do intervalo de tempo entre a
tronco de cone (slump test) produção e a aplicação.
Nenhum ensaio é capaz de fornecer uma avaliação completa da trabalhabilidade do
Coesão: forças que agem de concreto. O ensaio mais conhecido, que mede a consistência do concreto, é o denominado
forma a manter os grãos ligados ensaio de abatimento do tronco de cone, mais conhecido como Slump Test.
entre si. O abatimento do concreto é uma das medidas de referência das características do
concreto, motivo pelo qual seu valor costuma ser especificado no pedido do
Segregação: processo de concreto.
separação dos constituintes do
concreto, em que os materiais Propriedades no estado endurecido
mais densos (brita) ficam no Basicamente, o concreto endurecido deve apresentar resistência mecânica e
fundo e a pasta, na superfície. A durabilidade compatíveis com as condições do projeto e ao ambiente ao qual a
segregação é ocasionada por estrutura fica exposta.
excesso de vibração durante o
adensamento ou lançamento Como obter a resistência desejada?
em alturas elevadas. Para obter a resistência especificada no projeto estrutural, vários fatores devem ser
considerados.
- Para a dosagem do concreto, é importante ter a especificação da relação água/
cimento, as características dos agregados, a especificação do cimento.
- Durante a execução, devem ser tomados cuidados no recebimento, transporte,
Nota lançamento, adensamento e cura.
O conhecimento das características
geométricas da estrutura é Resistência característica do concreto - fck
importante para definir a É o valor da resistência abaixo do qual é esperada a probabilidade de 5% de todas
trabalhabilidade desejada para a as medições possíveis da resistência especificada.
produção da estrutura. Para o concreto, admite-se a distribuição normal de Gauss para as resistências
mecânicas.
O concreto de uma estrutura deve ser especificado através de sua resistência
característica à compressão (fck), estimada pela moldagem e ensaios de corpos de
prova cilíndricos aos 28 dias de idade.
Flexão à fadiga.
Avalia a resistência do concreto quando submetido à ação de cargas repetidas. Notas
A capacidade do concreto em resistir aos esforços de tração por flexão se reduz à Definir o abatimento do concreto
medida que aumenta o número de vezes que a carga atua. não significa que a obra terá o
Dessa forma, a consideração dessa característica no projeto é extremamente concreto ideal para a execução
importante, principalmente quando a estrutura receberá ações repetidas de cargas. da estrutura. É necessário um
estudo em laboratório para a
As variações de volume do concreto podem ser oriundas de diversos fatores: concreto, antes de chegar a uma
higrométricas, ocorrem devido à variação do teor de água e independe de causas externas; trabalhabilidade considerada
químicas, sendo as retrações resultantes das reações químicas provocadas durante satisfatória, podendo haver,
temperatura;
mecânicas, ocasionadas pela ação de cargas. O controle da resistência à
compressão do concreto permite
Fluência avaliar se o que está sendo
É a deformação lenta que cresce com o correr do tempo, quando uma carga é mantida. produzido corresponde ao que foi
São diversos os fatores que afetam a fluência, dentre os quais se destacam: especificado no dimensionamento
as condições ambientais, que com o aumento da temperatura e baixas umidades da estrutura.
relativas, concorrem para seu aumento;
a resistência da pasta, que, ao aumentar, reduz a fluência; Durante a retirada da
a relação entre a tensão sobre o corpo-de-prova e a resistência da pasta que, amostragem para o ensaio de
aumentando, concorre para o aumento da fluência; resistência, utilize o concreto
a quantidade de pasta no concreto que, ao aumentar, concorre para o aumento situado no terço médio do
da fluência. caminhão, ou seja, não permita
Na prática, a deformação instantânea e a retração hidráulica ocorrem que a amostra seja retirada nem
simultaneamente na maioria das vezes, de modo que o tratamento de ambos no princípio nem no final da
conjuntamente é muito mais conveniente. descarga da betoneira.
Sistematização
Notas
Concreto dosado na obra x
dosado em central
Para decidir sobre a viabilidade
ou não de adquirir concreto
dosado em central, analise:
espaço disponível do canteiro,
devido à área necessária para
estocagem dos materiais Concreto preparado na obra
constituintes cimento, areia e brita
aquisição de equipamento Seleção e aquisição dos materiais
para mistura do concreto Atualmente, muitas empresas solicitam concreto dosado em central. Essa é uma
implantação de método de prática recomendada, pois reduz o estoque dos materiais na obra, agiliza o processo
controle para garantir a de produção e proporciona um maior grau de controle do concreto.
uniformidade na dosagem O preparo do concreto no canteiro somente é recomendável para situações de
tempo e mão-de-obra extrema urgência ou quando há a necessidade de pequena quantidade de concreto.
demandada para produção do Mesmo que seja pequena a quantidade de concreto a ser produzida na obra, é
concreto. importante conhecer as características dos materiais constituintes, para que a escolha
dos materiais seja realizada tecnicamente. No caso do concreto dosado em central,
Geralmente, os agregados o conhecimento das características dos materiais permite que o pedido do concreto
representam cerca de 60 a 75% seja feito balizando-se em parâmetros técnicos, não considerando somente o preço
do volume total do concreto. do fornecedor.
Concluindo, podemos dizer que, seja produzido na obra, seja dosado em central,
Quando a areia estiver muito o conhecimento dos cuidados necessários para a seleção dos materiais torna-se
úmida, não esqueça que o seu imprescindível, pois a qualidade do concreto está diretamente relacionada às
volume pode chegar a aumentar características dos constituintes.
até 30%, devido ao fenômeno do
inchamento. Cimento Portland
é o material mais importante que constitui o concreto. Basicamente, as principais
características físicas dos cimentos que influenciam no desempenho do concreto
dizem respeito à resistência da argamassa, à finura dos grãos que compõem o
cimento e ao tempo de início de pega.
A resistência e durabilidade da estrutura dependem diretamente da quantidade,
qualidade e tipo de cimento empregado. Atualmente os seguintes tipos de cimento
são fabricados no Brasil:
Cimento Portland
para a estocagem, o cimento deve ser armazenado em pilhas, que não devem conter
mais de 10 sacos. Além disso, deve estar em local coberto e bem protegido e os
sacos não devem estar em contato direto com o piso.
Agregado graúdo
o cuidado a ser tomado na estocagem é evitar que haja a segregação. Geralmente, Notas
os grãos maiores tendem a ficar na base das pilhas. Dessa forma, no preparo do Esteja atento com o período de
concreto, deve-se pegar o material desde a base até o topo das pilhas. estocagem do cimento. O
período médio de estocagem é
Consiste em determinar a quantidade necessária de material para que o concreto Esse prazo deve ser reduzido em
O traço pode ser determinado em massa ou em volume. Dessa forma, é importante ser aumentado para dois meses
que, ao se estabelecer a dosagem, esteja claro o que o traço está representando. em locais de clima seco.
precisão, em função das variações que podem ocorrer devido às diferenças no deixe previsto um local para a
A dosagem em massa é realizada com o uso de balanças. É o método mais seguro, qualidade diferente do que está
pois permite determinações precisas das quantidades dos componentes do concreto. sendo utilizado.
Independente do método de dosagem adotado, o traço do concreto sempre deve feito das caixas utilizadas para
ser calculado para número inteiro de sacos de cimento. Não deve ser permitido o dosagem volumétrica pode gerar
fracionamento de sacos, pois o cimento deve ser sempre medido em massa. uma diferença de 6 a 9% do peso
do material, chegando a
Numa mistura, as duas qualidades desejadas para uma boa mistura são: até 6% do volume do concreto.
a homogeneidade
a integridade Os materiais cuja alteração de
quantidade exerce maior
Na primeira situação, recomenda-se o emprego de caixas ou estrados impermeáveis, para concreto são a água e o cimento.
Escolha do fornecedor
Atualmente são diversos os fornecedores de concreto dosado em central.
Como escolher aquele que melhor atende às minhas necessidades?
É evidente que não há a necessidade de realizar a escolha pelo método da tentativa
e erro. Para isso, verifique com antecedência à data de concretagem as seguintes
informações das concreteiras:
Pedido
Ao realizar o pedido do concreto, informe:
Sistematização a quantidade requerida, em m3;
o volume de concreto que deve vir no caminhão betoneira e o intervalo de entrega;
o horário de início de concretagem, que deve estar atrelado ao plano de concretagem;
a forma de lançamento convencional, bomba estacionário, auto-bomba com
lança, grua, entre outros;
Notas o fck do concreto;
É responsabilidade da obra a o slump;
perda de consistência (slump) a dimensão máxima da brita.
devido à espera prolongada para
o recebimento e/ou descarga do Um vez que o fornecedor influencia diretamente no ritmo da concretagem - através
caminhão betoneira. Dessa da entrega dos caminhões no intervalo desejado e também no fornecimento de
forma, programe-se para evitar bomba - é importante que o plano de concretagem já tenha sido definido
problemas posteriores. previamente à realização do pedido.
Para assegurar que o concreto solicitado atenda aos requisitos desejados, pode-se,
O ensaio de abatimento do tronco no momento do pedido, informar, por exemplo, o tipo e a marca do cimento, o
de cone é o único instrumento de tipo e a marca do aditivo, a relação água/cimento, o teor de ar incorporado e a
qualificação do material para o massa específica.
recebimento. Dessa forma, efetue
o ensaio sempre, ainda que o Recebimento
motorista do caminhão betoneira Designe um profissional responsável para o recebimento do concreto, que deverá
ou o próprio responsável pelo conferir:
recebimento tenha uma larga A nota fiscal, verificando se o volume e a resistência característica conferem com
experiência. o pedido de compra;
A integridade do lacre do caminhão, que é uma forma de garantir que o concreto
Não adicione água após o início não foi descarregado desde a sua saída da central;
da concretagem, pois isso altera A consistência do concreto, através do ensaio de abatimento do tronco de cone.
as propriedades do concreto, além
de perder a garantia do produto. No recebimento do concreto, a realização do slump test é importante para verificar
se a quantidade de água existente no produto está compatível com as especificações.
A falta de água dificulta a aplicação do concreto, propiciando a ocorrência de
bicheiras na estrutura. Já o excesso de água, apesar de facilitar a aplicação, reduz
a resistência da estrutura.
É comum que, durante o trajeto do caminhão betoneira, ocorra a perda de
consistência do concreto, seja devido à temperatura, seja devido à umidade. Nesse
caso, a quantidade de água a ser reposta deve ser efetuada de modo a corrigir o
abatimento de todo o volume transportado.
Transporte
O transporte do concreto é um item importante numa concretagem, pois é um Práticas
condicionante que interfere diretamente nas definições das características do
concreto (trabalhabilidade desejada, por exemplo), na produtividade do serviço e,
se houver, na elaboração de um projeto para produção.
O sistema de transporte deve ser tal que permita o lançamento direto nas fôrmas,
evitando-se depósitos intermediários ou transferência de equipamentos. Nota
O tempo de duração do transporte deve ser o menor possível, para minimizar os Para a escolha do tipo de
efeitos relativos à redução da trabalhabilidade com o passar do tempo. transporte do concreto, deve-se
De acordo com o grau de racionalização proporcionado pelo sistema de transporte, optar por aquele que não
Carrinho de mão Menos de 80 litros Concebido para movimentação de terra, seu uso é
improdutivo, pois há a dificuldade de equilíbrio em
apenas uma roda
Nota Lançamento
Para a opção do tipo de bomba Essa atividade geralmente é realizada pelo próprio equipamento de transporte.
deve-se considerar a altura do local Devido à maior probabilidade de segregação do concreto durante as operações de
onde será concretado, dimensões lançamento, a consistência deve ser escolhida em função do sistema a ser adotado.
e condições do canteiro. Os cuidados necessários durante o lançamento são:
o concreto preparado na obra deve ser lançado logo após o amassamento, não
O concreto bombeado exerce sendo permitido o intervalo superior a
uma pressão maior sobre o uma hora após o preparo;
escoramento lateral, se no concreto bombeado, o tamanho
compararmos com o lançamento máximo dos agregados não deve ser superior
convencional. Assim sendo, é a 1/3 do diâmetro do tubo no caso de brita
importante que o travamento ou 2/5 no caso de seixo rolado;
das fôrmas, bem como o Em nenhuma hipótese o lançamento
escoramento, sejam reforçados. pode ocorrer após o início da pega;
Nos pilares, a altura de queda livre
Nos pilares, há empresas que do concreto não pode ser superior a
realizam o lançamento só da 2m, pois pode ocorrer a segregação dos
argamassa no fundo da peça componentes.
estrutural, para evitar o Nas lajes e vigas, o concreto deve ser
aparecimento de bicheiras. Esse lançado encostado à porção colocada
procedimento não é necessário e, anteriormente, não devendo formar
quando utilizado, devem ser montes separados de concreto para
tomados cuidados especiais para distribui-lo posteriormente. Esse
que a argamassa não permaneça procedimento deve ser respeitado, pois
no fundo, sem misturar com o possibilita a separação da argamassa que
restante do concreto. flui à frente do agregado graúdo.
Nas lajes, se o transporte do concreto
for realizado com jericas, é necessário o
emprego de passarelas ou caminhos
apoiados sobre o assoalho da fôrma, para
Dica proteger a armadura e facilitar o transporte.
Nos pilares, realize o lançamento Quando o lançamento é interrompido,
do concreto em camadas formam-se juntas de concretagem. Essas
inferiores a 50 cm, para que a juntas devem ser tratadas, para garantir a ligação do concreto endurecido com o novo.
vibração seja realizada de forma Para isso, os locais da parada de concretagem devem ser estudados previamente, de
eficiente. modo que estejam localizadas em seções pouco solicitadas, para não influir no
comportamento da estrutura.
Em locais de maior solicitação, pode-se aplicar um adesivo estrutural na junta.
Geralmente, o adensamento é realizado mecanicamente e, nesse caso, o equipamento dispostos de modo a otimizar as
Quando utilizar esse equipamento, a espessura das camadas não deve ser superior a mesmos, minimizando as
3/4 do comprimento da agulha e a distância entre os pontos de aplicação do vibrador interferências e proporcionando
deve ser de 6 a 10 vezes o diâmetro da agulha. Nesse caso, para agulhas com diâmetro um fluxo adequado durante o
No caso de lajes, pode-se empregar também a régua vibratória, que tem a vantagem
de nivelar e adensar simultaneamente. Por outro lado, o manuseio desse
equipamento exige uma certa habilidade por parte de quem opera, além de possuir
limitações quanto às dimensões e espessura da laje.
Notas
Durante o adensamento, deve-se
evitar a vibração da armadura, para
que não formem vazios ao seu
redor, prejudicando a aderência da
armadura ao concreto.
Deve-se também manter uma
distância de aproximadamente 10
cm da fôrma, para não forçar
excessivamente as paredes laterais.
Acabamento superficial
Nota Etapa em que procura-se proporcionar à laje a textura desejada. De acordo com o
para a definição da espessura padrão desejado, podemos ter os seguintes tipos de laje:
das lajes, pode-se empregar convencionais: aquelas em que não são realizados controles do nivelamento e
taliscas, de aço, madeira ou da rugosidade superficial
argamassa. nivelada: possuem controle do nivelamento, para que o contrapiso seja aplicado
com a espessura definida no projeto
acabada: também conhecida como laje zero, oferecem um substrato com
rugosidade superficial adequada, bem como controle de planeza e nivelamento, sem
a camada de contrapiso.
Existem diversos equipamentos que proporcionam rugosidade diferente na superfície
do concreto. Dessa forma, é preciso utilizar o equipamento adequado para cada tipo
de acabamento.
Para essa operação, pode-se utilizar desempenadeiras metálica ou de madeira.
As primeiras são empregadas quando se deseja um acabamento liso na superfície
de concreto.
Pelo fato da desempenadeira de madeira
propiciar um acabamento rugoso, são
utilizadas quando a especificação do
projeto indicar o uso de contrapiso.
Dicionário
Ganho na produtividade pode ser
a laje zero é aquela executada
obtido com o uso de desempenadeiras
com controle de nivelamento,
motorizadas, devendo ser aplicada a
planeza e textura superficial
partir do instante em que for possível
coerente com o revestimento que
caminhar sobre o concreto, sem esse
o piso irá receber. Para isso, o
estar completamente endurecido. O
controle dos níveis é mais rígido
momento adequado para essa operação
que o convencional, empregando-
ocorre quando o concreto suporta a
se, muitas vezes, equipamentos
pressão do operário, deixando apenas
acabadores de superfície.
uma pequena marca da bota, com cerca
de 2 mm de produndidade.
Cura: conjunto de medidas que tem
como finalidade evitar a evaporação
prematura da água necessária à
hidratação do cimento, consistindo
em realizar o controle do tempo,
temperatura e condições de
umidade após o lançamento do
concreto nas fôrmas.
aceleram. Dessa forma, no inverno, deve-se tomar cuidado com resistências menores aparecimento de fissuras na
em idades baixas (7 ou 14 dias), enquanto no verão haverá maior crescimento, estrutura, recomenda-se a
desde que a cura seja realizada adequadamente. realização da cura até os 14 dias
após o lançamento do concreto.
Tipos de cura
A cura da obra pode ser realizada por: Evite que os procedimentos de
Recobrimento com material para manter a estrutura sempre úmida, podendo Em dias excessivamente
ser areia, sacos de aniagem, papel impermeável ou mantas; quentes e secos, a cura com
Conceitos
Definição
Princípios do CAD
Quando utilizar o CAD
Sistematização
Definição do traço do concreto
Aquisição do concreto
Definição dos materiais
Seleção do fornecedor
Pedido do concreto
Recebimento do concreto
Práticas Recomendadas
Transporte
Lançamento
Adensamento
Desfôrma
Cura
Controle Tecnológico
Nota
Há uma diferença entre concreto
de alta resistência (CAR) e
concreto de alto desempenho
(CAD). O CAR envolve apenas a
resistência do concreto,
enquanto o CAD considera
também a durabilidade.
Com menor quantidade de água, o concreto fica mais compacto, pois possui menos
poros e, consequentemente, adquire uma maior resistência à compressão.
Além do aumento da resistência à compressão, a menor porosidade do concreto
dificulta a entrada de agentes agressivos, melhorando a durabilidade da estrutura.
O CAD possui também as seguintes características:
Resistência à compressão elevada em baixas idades;
Retração menor que o concreto convencional;
Ausência de exsudação;
Maior coesão, reduzindo o problema de segregação do concreto;
Menor deformação ao longo do tempo (fluência);
Baixa permeabilidade.
Pisos industriais
o aumento da resistência à abrasão, somada à resistência a agentes agressivos são
fatores considerados para o emprego do CAD em pisos industriais.
Obras de arte
o fato de ter um aumento na durabilidade torna vantajoso utilizar também em
obras de arte, pois o intervalo necessário para a manutenção torna-se maior.
A decisão do tipo de concreto a ser empregado deve ser feita na etapa de projeto.
Devido às particularidades de cada obra, o projetista precisa analisar cada caso,
para verificar a viabilidade ou não de se empregar o CAD.
Concreto convencional
CAD
Uma vez definido no projeto, a execução de uma estrutura com CAD segue as
seguintes etapas:
Sistematização
Nota
O tecnologista é um profissional
conhecedor das características do
concreto e métodos de dosagem.
Geralmente, as centrais
dosadoras de concreto possuem Podemos perceber que as etapas para a execução de uma estrutura com CAD não
esse profissional. difere de uma estrutura convencional.
É preciso, porém, que alguns cuidados sejam tomados em cada etapa, para que a
estrutura tenha o resultado desejado.
Sistematização
Cimento
Em princípio, qualquer cimento
brasileiro é adequado para a produção Dica
do CAD, sendo desejável priorizar a Cuidado: o excesso de aditivo
superplastificantes. ocasionar:
Aditivos superplastificantes
Os aditivos superplastificantes tem como
função melhorar a trabalhabilidade do
concreto, sem a necessidade de adicionar
água para tal.
Com isso, pode-se obter um grande
abatimento no concreto com uma baixa
relação água/cimento.
5. Há medidor de umidade do agregado realizado no silo, com correção máquina operatriz é super
6. Possui medidor de água por vazão? (é preferível em relação ao medidor desse tipo de equipamento
Práticas recomendadas
A execução de uma estrutura com o emprego do CAD possui o mesmo processo
de uma estrutura em concreto convencional. Atente apenas aos seguintes detalhes:
Transporte
O transporte do CAD pode ser feito do
mesmo modo que o convencional: por
meio de grua, caçamba, jerica ou
bomba.
No caso da utilização do concreto
bombeado, a granulometria do agregado
miúdo é um parâmetro importante,
para se obter a coesão desejada.
Lançamento
No CAD, pelo fato do concreto ter
baixa segregação, é possível o
lançamento do concreto a uma altura
maior que o convencional.
Nos pilares executados com CAD e que
receberão na laje um concreto com
resistência menor, é preciso alargar o
capitel com o CAD, para que não haja
o problema da punção.
Além disso, deve-se tomar cuidado na
sobreposição dos dois concretos, para que
não seja criada uma junta fria. Para evitar
esse problema, recomenda-se o emprego de
um retardador de pega, para que o CAD
esteja plástico o suficiente para ligar com
o concreto convencional da laje.
Cura
O rigor da cura no CAD é maior do que em relação ao concreto convencional.
No CAD, a cura deve ser realizada tão cedo quando possível, para garantir a
Práticas hidratação do cimento presente na mistura e, também, reduzir a retração da peça
estrutural.
Pode ser realizada com uma membrana de cura, aspersão de água (no caso de lajes)
ou pela utilização de uma película de água.
O período para a realização da cura com água não deve ser inferior a 3 dias, sendo
Notas 7 dias um período adequado, para reduzir o problema da retração do concreto.
Como o CAD possui uma alta
resistência inicial, é difícil
introduzir pregos na estrutura.
Dessa forma, é preciso prever e
emprego de furadeiras eletro-
mecânicas ou pneumáticas,
para a fixação de gastalhos e
escoras, por exemplo.
Controle
Notas
Uma outra diferença está no tratamento Dependendo do tipo de cimento
dos topos do corpo de prova. No empregado, pode haver um
concreto convencional, geralmente ganho significativo (até 20%) de
realiza-se o capeamento com enxofre. resistência do concreto após 28
No CAD, a resistência do composto do dias, motivo pelo qual realiza-se,
capeamento pode ser inferior à em algumas situações, ensaios
resistência do concreto. aos 63 e 91 dias.
Dessa forma, recomenda-se realizar a
retífica dos corpos de prova, que As idades mais avançadas para
consiste em regularizar as bases com a ruptura dos corpos de prova
uma máquina politriz. (63 e 91 dias) servem para
Quanto aos números de corpos de eliminar dúvidas a respeito dos
prova de cada betonada, recomenda-se resultados da moldagem aos 28
moldar dois corpos de prova para o dias, evitando-se a extração de
rompimento aos 28 dias, para a corpos de prova na estrutura.
determinação do fck do lote. Além
disso, caso se deseje acompanhar a
evolução da resistência do concreto, ou
decidir pela desfôrma ou reescoramento
da estrutura, pode-se retirar um corpo de
prova para cada idade desejada (3, 7, 63
e ou 91 dias).
Materiais empregados
Ancoragem
Ancoragem ativa
Ancoragem passiva
Cabos de protensão
Cordoalhas engraxadas e plastificadas
Quando utilizar
Projeto
Sistematização
Produção dos cabos
Recebimento dos materiais e equipamentos
Armazenamento e manuseio
Execução
Montagem das fôrmas e cimbramento
Posicionamento das ancoragens e armaduras passivas
Posicionamento dos cabos
Concretagem
Protensão dos cabos Conceitos
Desfôrma
Materiais empregados
Preenchimento dos nichos de protensão
Quando utilizar
Projeto
Sistematização
Conceitos
Para entendermos melhor esse conceito, Nessa lógica, podemos definir uma
vejamos o que ocorre, por exemplo, estrutura de concreto protendida como
quando resolvemos carregar um sendo aquela que recebe um conjunto
conjunto de livros enfileirados na de esforços permanentemente aplicados,
horizontal. cuja ação neutraliza - parcial ou
Como os livros são peças soltas, para totalmente - os efeitos das cargas
que se mantenham em equilíbrio, é externas que incidem sobre a estrutura.
Notas
necessário que se aplique uma força O concreto protendido surgiu da
O dimensionamento do concreto
horizontal comprimindo os livros uns necessidade de suplantar algumas
armado conduz a elevadas
contra os outros. limitações do concreto armado, aos
tensões de cisalhamento. Como
Veja que, para que seja possível levantar quais se destacam:
a capacidade do concreto resistir
a pilha de livros, a força horizontal deve Aumentar as resistências à tração
à compressão é maior do que à
ser aplicada antes da força vertical. Essa e ao cisalhamento do concreto;
tração, as seções da estrutura
força horizontal cria tensões prévias
tornam-se espessas. O concreto
(protendidas) e contrárias àquelas que
protendido visa suplantar essas
possam vir a prejudicar o uso ou a
limitações.
operação desejada.
A resistência à tração do concreto
Ao aplicarmos a força de protensão na estrutura, temos as seguintes características melhoradas: e a aderência açoxconcreto
influenciam diretamente na
Concreto armado Concreto protendido
ocorrência de fissuras do
concreto, na zona tracionada.
Colocação das
Complexo Fácil
cordoalhas nas fôrmas
Protensão Leve
Denomina-se protensão leve o sistema não aderente com o emprego de cordoalhas
engraxadas e plastificadas.
Inicialmente, esse sistema tinha seu emprego restrito às indústrias de pré-fabricados.
Devido à praticidade na execução e a possibilidade de aumento dos vãos, atualmente
a protensão leve é difundida também na construção de edificações, sobretudo no
emprego em lajes.
Neste capítulo, o foco será dado para a estrutura de concreto protendido com o
sistema de protensão leve, por ser um sistema recente cujo emprego nos edifícios
vem se tornando crescente no Brasil.
De um modo geral, a estrutura protendida é empregada quando existem: ligeiramente mais grosso.
Para que a execução do concreto protendido
Viabilidade técnica tenha o resultado esperado, é preciso alguns
Viabilidade econômica cuidados na etapa do projeto.
Conveniências arquitetônicas É fundamental que haja um
entrosamento entre os diversos projetos do
Técnica ou economicamente, a utilização da protensão leve torna-se vantajosa nas empreendimento: Dica
seguintes situações: Analise a viabilidade de empregar a
Quando o projeto da estrutura de concreto armado for concebido Arquitetura laje protendida nos edifícios cuja laje
com espaçamento de 3 a 6 metros entre pilares, ou quando houver uma grande é preciso pensar numa disposição de seja repetida mais que três vezes,
quantidade de vigas; modo a facilitar a disposição das nos edifícios residenciais com vãos
Para otimizar as vagas das garagens, através de um maior espaçamento ancoragens. superiores a 4 metros, nos edifícios
entre os pilares; comerciais e em hotéis.
Para facilitar a passagens das instalações prediais no forro. Estrutura
o projeto de arquitetura deve ser
compatibilizado com o de estrutura, o
qual deve dimensionar os pilares
considerando-se a localização e as
características geométricas, para não
interferir no projeto arquitetônico e, ao
mesmo tempo, garantir a estabilidade
global da estrutura.
Sistematização
Dicas
Produção dos cabos
No projeto arquitetônico, pode-
Essa atividade pode ser realizada fora do canteiro de obras (terceirizada)
se, por exemplo, utilizar os
e compreende:
pontos de ancoragens como
cortar as cordoalhas nos comprimentos especificados no projeto;
elemento de acabamento.
cravar as ancoragens passivas, caso seja previsto; e
identificar os cabos.
Na etapa de produção dos cabos
Para facilitar a identificação dos cabos, além da etiqueta identificando o edifício,
é importante realizar o pedido
a peça ou o setor a ser concretado, utiliza-se também cores diferentes nos cabos,
com pelo menos 14 dias de
de acordo com o comprimento.
antecedência ao fornecedor de
cabos cortados, para não
Recebimento dos materiais e equipamentos
comprometer o cronograma da
No recebimento dos materiais, verifique inicialmente se as informações que constam
obra.
no romaneio conferem com o pedido de compra.
Num segundo momento, veja se as informações contidas no romaneio conferem
O romaneio indica:
com o material entregue.
a quantidade de cabos com os
É preciso conferir também se as bainhas plásticas apresentam algum dano, como
seus respectivos comprimentos;
rasgos ou falhas.
número total de ancoragens
No caso dos equipamentos de protensão macacos hidráulicos e manômetro confira
ativas, passivas e intermediáriais;
os registros de calibração. Se a data de validade da calibração estiver vencida, entre em
quantidade de cunhas, luvas
contato com a empresa de protensão, para que sejam tomadas as devidas providências.
plásticas, tubos e fôrmas para nicho.
A correta calibração do macaco e do manômetro garantem que a força de protensão
especificada no projeto seja efetivamente aplicada na estrutura.
Em hipótese alguma, nas cargas
e descargas, utilize cabos de aço
Armazenamento e manuseio
ou correntes, pois esses podem
Os cabos são entregues em rolos. Para a sua descarga, utilize correias de nylon, a No caso da armazenagem dos
provocar danos na capa plástica.
qual deve passar no centro dos rolos. equipamentos de protensão, assegure
Enganche a alça da correia no equipamento de içamento, tomando o cuidado para que o macaco e o manômetro da
Nesse caso, pode-se utilizar
não estrangular a correia nem os cabos de aço durante o manuseio. bomba estejam sempre juntos, pois
peças de outras concretagens,
O armazenamento deve ser realizado em um ambiente seco, coberto e protegido ambos são calibrados conjuntamente.
desde que atendam às mesmas
das intempéries. Esses equipamentos devem estar num
características. Porém, deve-se
No caso dos cabos, espaçadores e demais acessórios, a estocagem deve ser realizada de modo local com acesso controlado, sendo
comunicar essa alteração à
que as peças sejam identificadas individualmente por seqüência de concretagem ou pavimentação. permitido somente a entrada de pessoas
empresa de protensão, pois
A peça programada para a concretagem não está disponível na obra. treinadas e qualificadas.
todas as peças são rastreadas e
Posso utilizar outra peça?
as informações precisam ser
atualizadas.
armaduras passivas
As ancoragens são marcadas na tabeira
(fôrma de borda). Durante a montagem
dos cabos e das ancoragens, deve-se atentar
para que fiquem perpendiculares à tabeira
(fôrma de borda).
As ancoragens e os cabos não devem conter
nenhuma curva ou desvio numa distância
mínima de 50 cm, a partir da tabeira (fôrma
de borda).
As ancoragens devem ser organizadas
juntamente com as armaduras passivas,
para facilitar a aplicação do concreto.
Além disso, os vazios entre o aço e o
concreto podem ser eliminados durante
o processo de adensamento.
aprovados. Uma vez aprovado, poderá ser realizado o corte e o preenchimento dos nichos
de ancoragem.
Desfôrma
A desfôrma de uma laje pode ser feita logo após a sua protensão, geralmente após
o quarto dia da concretagem.
O escoramento também pode ser removido, devendo-se permanecer o reescoramento,
na localização e nos prazos determinados pelo projetista estrutural.