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BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P. 2. O sistema referido no n.o 1 do presente artigo é composto
pelo conjunto ·de centrais de informação de crédito de gestão
privada, seus processos operacionais, provedores de dados,
AVISO assinantes e clientes.
A matéria a publicar no "Boletim da República .. deve ser remetida
em c6pia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde AIITIGO 2
conste, além das indicações necessárias para esse efeito, o averbamento (Âmbito de apllcaçlo)
seguinte, assinado e autenticado: Para publicação no "Boletim da
República... A presente Lei aplica-se às centrais de informação de crédito,
provedores de dados, assinantes e clientes .
•••••••••••••••••••••••••••••••• .AIITIGO 3
SUMÁRIO (Definições)
Assembleia da República:
As definições dos tennos usados na presente Lei constam
Lei n." 612015: do Glossário em anexo, que dela faz parte integrante.
Cria o Sistema de lnfonnação de Crédito de Gestão Privada. CAPiTULO II
Lei n." 712015: Licenciamento
ARTIGO 4
Altera e republica a Lei n.o·2412013.de 1 de Novembro. que aprova
a Lei Orgânica da JurísdiçãoAdministrativa. (Obrigatoriedade de licenciamento)
I. A constituição de centrais de infonnação de crédito está
L.I n." 812015: sujeita.ao licenciamento prévio do Banco de Moçambique.
Altera e republica a Lei n.o 14/2014. de 14 de Agosto. que aprova 2. A licença concedida pelo Banco de Moçambique é intrans-
missível e inegociáv.el.
a Lei da Organização. Funcionamento e Prpcesso da Secção
de Contas Públicas do Tribunal Administrativo. ARTIGO 5
ARTIGO 59 ARTIGO 62
(Âmbito subjectivo) (Forma de apreciação dos processos de Vls(o)
Estão sujeitos à fiscalização prévia da jurisdição Ós processos de Visto são susceptíveis de apreciação
administrativa: de natureza, m~todologia e complexidade crescentes
a) o Estado e outras entidades públicas, designadamente e 'incluem:
os serviços e organismos inseridos no âmbito a) Visto;
da Admi nistração Pública Central, Provi ncial b) Visto tácito;
e Local, inclijindo as dotadas de autonomia c) urgente conveniência de serviço;
administrativa ou financeira e personalidade d) anotação;
jurídica; e) julgamento.
.b) os institutos. públicos;
c) as autarquias locais; ARTIGO 63
d) outras entidades que a lei determinar. (Instrl!ção de processos de provimento)
d) prova do cumprimento das obrigações fiscais, 2. Estão, igualmente, sujeítos à anotação outros actos
designadamente ao pagamento do imposto modificativos da relação jurídica de trabalho de que
de selo; não resulte aumento de venciménto, designadamente
e) despachos de adjudicação e outros, devidamente a exoneração, demissão, expulsão e os contratos cujas
autenticados pelos serviços remetentes. minutas hajam sido previamente visadas.
2. Os contratos definitivos são, ainda, acompanhados 3. A anotação não implica qualquer juízo relativamente
de documento donde constem: à legalidade do acto, efectuando-se sempre que o Visto
a) a identificação do ministério ou outra instituição não seja exigido legalmente, tendo em vista a actualização
onde se ins~re o serviço ou organismo; do cadastro dos funcionários e agentes em exercício
b) a data da sua.celebração; de funções, a qualquer título.
c) identificação dos outorgantes;
d) o prazo de validade; ARTIGO 72
e) o objecto e valor do contrato; (Excepções)
j) a informação de cabimento de verba.
I . Não estão sujeitos à fiscalização prévia, sem prejuízo
ARTIGO 65 da sua eventual fiscalização sucessiva:
a) os diplomas de nomeação emanados do Presidente
(Dispensa de documentos) da República;
Os serviços podem ser dispensados, pontualmente, b) os diplomas relativos aos cargos electivos;
da apresentação dos documentos que devem instruir c) os contratos celebrados ao abrigo de Acordos
os processos a submeter à fiscalização prévia. de Cooperação entre Estados;
d) os actos administrativos sobre a concessão
ARTIGO 66 de vencimentos certos ou eventuais resultantes
(Informação de cabimento)
. do exercício de cargo por inerência legal expressa,
com excepção dos que concedem gratificação;
A informação de cabimento é exarada nos documentos e) nomeações definitivas dos'funcionários do Estado;
sujeitos a Vist,o e consiste na declaração de que os encargos j) contratos de trabalho celebrados por representações
decorrentes do actD ou contrato têm cobertura orçamental diplomáticas e consulares moçambicanas
em verba legalmente aplicável, cativa para o efeito. no exterior com trabalhadores estrangeiros;
8) os títulos definitivos de contratos cujas minutas
ARTIGO 67
hajam sido objecto de Visto;
(Aferição de requisitos) h) os contratos de arrendamento celebrados no estran-
Sob pena de extemporaneidade, os documentos geiro para instalação de postos diplomáticos ou
comprovativos dos requisitos de' habilitação a qualquer consulare~ ou outros serviços de representação
concurso devem ser entregues, até ao último dia do prazo internacional, quando a urgência da sua realização
para a apresentação de candidaturas. impeça a sujeição daqueles ao Visto prévio
da jurisdição administrativa;
ARTIGO 68 i) os diplomas e despachos relativos a promoções,
(Documentos em língua estrangeira) progressões, reclassificações, substituições;
j) transferências;
Os documentos emitidos em língua estrangeira, para
k) outros actos ou contratos especialmente previstos
serem válidos perante a jurisdição administrativa, devem
por lei.
ser traduzidos para a língua oficial do País e autenticados
por autoridade nacional competente. 2. A lei que aprova o Orçamento do Estado estabelece,
anualmente, um valor abaixo do qual ficam isentos
ARTIGO 69 da fiscalização prévia contratos não relativos a pessoal,
(Autenticação de documentos e arq,ulvo) quando celebrados com concorrentes inscritos no cadastro
único de empreiteiros de obras públicas, fornecedores
1. Os documentos sujeitos a Visto da jurisdição
de bens e de prestadores de serviços elegíveis a participar nos
administrativa devem ser autenticados electronicamente ou
concursos públicos, existente no ministério que superintende
com o selo branco ou carimbo do responsável.
a área das finanças.
2. Os processos são sempre instruídos em duplicado,
3. Os serv.iç,os devem, no prazo de trinta dias, ap6s
que deve' ser mantido em arquivo no tribunal competente.
a celebração dos contratos a que se referem as alíneas r)
ARTIGO 70 a h) do n.o 1 e do n.o 2 anteriores, remeter c6pia dos mesmos
à jurisdição administrativa.
(Falsidade de documentos ou declarações) 4. O Tribunal Administrativo pode ,anualmente , mediante
No caso de falsidade de documentos ou de declarações, deliberação do Plenário, determinar que certos actos
o tribunal competente anula o visto do diploma por meio de e contratos apenas sejam objecto de fiscalização sucessiva
acórdão, importando a noti ficação deste a imediata suspensão ou apenas fiquem sujeitos a esta a partir de determinado
do pagamento de quaisquer abonos e a vacatura do cargo, montante.
sem prejuízo da responsabilidade disciplinar ou criminal
que no cáso se verifique. ARTIGO 73
ARTIGO 71 (Urgente conveniência de serviço)
(Anotação) I: Excepcionalmente, a eficácia dos actos e contratos
I. São submetidos à mera anotação os actos não sujeitos sujeitos à fiscalização prévia da jurisdição administrativa
a Visto que a lei determinar. pode reportar-se à data anterior ao Visto, desde que declarada
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por escrito pelo membro do Governo ou entidade competente. dos serviços de apoio técnico e administrativo, Felatiyamente
aurgente conveniência de serviço e digam respeito a: aos actos, contratos e demais instrumentos sujeitos a Visto,
a) nomeação de magistrados judiciais e do Ministé.rio que não. suscitem dúvidas concernentes à sua legalidade
Público, secretários permanentes dos Ministérios, urídico-fi nanceira.
directores nacionais, secretários permanentes ARTIGO 76
provinciais, administradores distritais, secretários (Procedimentos na declaração de conformidade)
permanentes distritais. chefes de posto
administrativo das autoridades civis, do pessoal I. A Contadoria do Visto deve agrupar em lotes e elaborar
técnico-profissional de saúde de nível básico, uma relação diária dos processos semelhantes e de reduzida
médio e superior, professores de qualquer nível complexidade que considere passíveis de declaração'
ou catego.ria: pessoal técnico-profissional agrário de conformidade.
de nível básico, médio.e superior, recebedores, 2. A relação referida no número anterior é assinada
tesoureiros, escrivães de direito, ajudantes pelo Contador, que a apresenta ao Juiz Relator para
de escrivães, o.ficiais de justiça, pessoal das efeitos de homologação, sendo, posteriormente, notificada
forças militarizadas, pessoal afecto aos ,serviços ao Ministério púbiico.
prisionais, ao censo populacional e ao serviço 3. De' seguida, é aposta a chancela "Está Conforme"
de eleições; nos processos constantes da relação definitiva sendo,
b) nomeações para o. exercício de funções em posteriormente, feitas as devidas comunicações.
regime especial de actividade, nomeadamente
ARTIGO 77
comissão. de serviço, destacamento, substituição
e acumulação de funções; (Fundamentos da recusa do Visto)
c) contratos não relativos a pessoal dç que tenha sido Constituem fundamentos de recusa do Visto,
prestada caução não inferior a cinquenta porcento nomeadamente:
do seu valor global;
a) a desconformidade do acto ou contrato, traduzida
d) contratos que prorrogam outros anteriores permitidos
em absoluta falta de forma, impossibilidade
por lei, desde que as condições sejam as mesmas;
do objecto ou vício determinante de inexistência
e)'os contratos de obras públicas cujo valor seja
ou nulidade absoluta;
superior a cinco milhões de meticais;
b) a falta de cabimento financeiro;'
j) contratos de qualquer natureza decorrentes de caso
fortuito ou força maior. c) a intempestividade da submissão à fiscalização
prévia, decorrente da execução prévia ilegal;
2. Os funcionários e agentes referidos no número
d).a mera anulabilidade, legitimamente invocada pelo
anteriór podem tomar posse, entrar em exercício e receber
interessado;
vencimentos, antes do Visto e pubficação do diploma.
e) a ofensa de C<1$O julgado.
3. Os processos em que tenha sido dçclarada a urgente
conveniência de serviço devem ser enviados ao trjbunal ARTIGO 78
c0n:tpetente, nos trinta dias subsequentes à data do despacho
de autorização, sob pena de cessação dos respectivos efeitos, (Efeitos da falta ou recusa do Visto)
salvo motivos ponderosos que o mesmo tribunal avalia. I. Os actos, contrato~ e mais instrumentos subtraídos
4. A recusa do Visto produz os efeitos referidos à fiscalização prévia ou objecto de recusa de Visto não
no artigo 78 da presente Lei. são exequíveis, sendo insusceptíveis de quaisquer efeitos
financeiros.
ARTIGO 74
2. A recusa de Visto determina a cessação de quaisquer
(Visto tácito) abonos, a partir da data em que, da respectiva decisão, for
I. Os actos, contratos e demais instrumentos jurídicos dado conhecimento aos serviços.
enviados àjurisdição administrativa para fiscalização prévia 3. A execução de um acto ou contrato objecto de recusa
consideram-se visados se não ti ver havido decisão de recusa de Visto, ofende o caso julgado e determi!1a a nulidade
de Visto, no prazo de quarenta e cinco dias, a contar da data dos actos de execução.
do seu registo de entrada. 4. É aplicável à anulação do Visto o. regime prescrito nos
2. Para os casos referidos no número anterior, não é números anteriores.
necessária assinatura do Juiz no processo. .5. Apenas podem produzir efeitos, anteriormente
3. Os serviços.ou organismos podem iniciar a execução à fiscalização prévia, os actos ou contratos praticados com
dos actos ou contratos e demais instrumentos jurídicos, se fundamento em urgente conveniência de serviço e bem assim
decorridos oito dias sobre o termo daquele prazo; não tiverem os contratos de seguro.
recebido a comunicação prevista no núero seguinte. 6. Quando o Visto haja sido recusado por insuficiência
4. Devem ser comunicadas aos serviços o.U organismos de instrução, pode haver lugar a nova apresentação
as datas do registo mencionadas no ·n.o I e publicadas de processo devidamente instruído.
na página de Internet do tribunal copetente.
5:É aplicável à interrupção referida no número anterior ARTloo79
° regime da Lei de Processo. (Recurao por recusa de Visto)
(Periodicidade) ARTIGO 85
1. Salvo disposição legal em contrário, as contas são (Diligências probatórlas e coadjuvação)
prestadas por anos económicos ou no termo de cada gerência,
I. A prestação de contas pela forma que estiver
no caso de substituição total dos responsáveis.
determinada não prejudica a faculdade de o Tribunal
2.> O Tribunal Administrativo pode promover, a todo Administrati vo exigi r de quaisquer entidades os oocumentos
tempo, inspecção ou auditoria com o objectivo de detectar e informações tidos ainda por necessários, bem como
irregulaQdades e saná-Ias, evitando danos irreparáveis. de requisitar aos competentes serviços de controlo interno
as diligências e meios que julgar convenientes.
ARTIGO 82
2. A solicitação de documentos e e,sclarecimentos deve
(Conta Geral do Estado} ser atendidas no prazo de cinco dras, após a recepção
I.,A Conta Geral do Estado deve ser apresentada da notificação, sob pena de multa, a arbitrar aquando
pelo Governo à Assembleia da República e ao Tribunal da apreciação das contas.
Administrativo, até 31 de Maio do ano seguinte àquele 3. Sob pena de desobediênci~ qualificada, punível
a que respeite. nos termos da Lei Penal, os serviços, os funcionários em geral
2. O rel,atório e o parecer do Tribunal Administrativo sobre e quaisquer entidades públicas ou privadas são obrigados a
a Conta Geral do Estado devem ser enviados à Assembleia dar execução aos acórdãos, resoluções e despachos que,
da República até 30 de Novembro do ano seguinte àquele sobre matéria das suas atribuições e competência específica,
~ que a mesma se refira.
a .jurisdição admillistràtiva profira em processos sujeitos
3. O relatório e o parecer referidos no n,úmero anterior à sua apreciação e decisão.
devem certificar a exactidão, regularidade, legalidade
ARTIGO 86
e correcção económico-financeira das contas e da respectiva
gestão financeira anual, sendo objecto de publicação (Forma de apreciação das contas)
em Boletim da República. As contas são susceptíveis de apreciação de natureza,
4. O relatório e o parecer do Tribunal Administrativo são metodologia e complexidade crescentes, quais sejam:
acompanhados das respostas dos servi,os e organismos às a) a verificação de 1.° grau ou preliminar;
questões que esse órgão lhes formular, b) a verificação de 2.° grau;
5. A Assembleia da República aprecia e aprova a Conta
c) a inspecção;
Geral do Estadb, 'na sessão seguinte à entrega do relatório
d) a auditoria;
e parecer pelo Tribunal Administrativo.
e) a certificação;
ARTIGO 83 f> o julgamento.
(Prestação, certificação e Julgamento de contas) ARTIGO 87
I, As contas das entidades sujeitas ao controlo da juris- (Verificação do 1.° grau)
dição administrativa devem dar entrada nesta, no prazo
I. A verificação do 1.° grau consiste em certificar:
de três meses, contados a partir da data do termo da gerência,
2. A requerimento dos interessados que invoquem a) se as contas se fazem acompanhar dos documentos
motivo justificado, o Tribunal Administrativo pode fixar exigidos pelas respectivas insttuções;
prazo diferente. b) se as contas estão escrituradas correctamente;
3. O Tribunal Administrativo pode, excepcionalmente, c) se, em exame sumário, as operações e registos
relevar a falta de cumprimento dos prazos referidos n<!s que integram essas contas respeitam a legalidade
números anteriores, por despacho devidamente motivado e a regularidade financeira e contabilística.
do respectivo relator. 2. As contas que não enfermem de suspeitas de alcances
4. O Tribunal Administrativo deve apreciar as contas ou desvios de dinheiros públicos, pagamentos indevidos'
recebidas, para fins de certificação prevista no artigo 95, e outras irregularidades graves podem, após verificação
até 31 de Dezembro do ano em que forem entregues. preliminar da Contadoria de Contas c Auditoria, ser
5. Í'lo caso dascontas que forem sl,lbmetidas àjulgamento, devolvidas aos serviços responsáveis c consideradas
o prazo é de um ano, a contar da data da entrada do processo certificadas e regulares sob condição resolutória de ulterior
na Secretaria do Tribunal Administrativo, dos tribunais apreciação.
administrativos provinciais e do Tribunal Administrativo 3. Passados cinco anos e não sendo objecto de nova
da Cidade de Maputo, salvaguardado o adiante estipulado auditoria, as contas são consideradas definitivamente como
no n.o 3 do artigó 87. certificadas e regulares:
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4. Caso, dentro do quinquénio, seja detectada fraude ou 5. Na condução das auditorias, os A uditores de Controlo
qualquer outra irregularidade, os responsáveis estão sujeitos ExternÇ>'observam métodos e técnicas de pacllão reconhecido.
às sanções devidas. 6. Deve ser elaborada matriz de risco 'em cada auditoria
5. O eventual julgamento pode ter lugar por iniciativa contemplando, entre outros:
do Tribunal AdministrativÇl na pessoa do Contador Geral
a) o valor monetário dos recursos geridos por cada
da Contadoria de Contas e Auditorias, por promoção
do Ministério Público ou a, pediqo de particulares unidade sujeita ao controlo externo;
interessados que demonstrarem legitimidade para tanto. b) a relevância;
c) o risco inerente, considerando corno talo risco
ARTIGO 88 decorrente da própria operação, independente
(Verificação de 2.· grau)
da avaliação dos controles existentes;
d) o risco de côn\rolo que deve considerar a inexistência
I. A verificação de 2.° grau incide na:
ou insuficiência de controlos internos que
a) análise dos documentos de despesa; previnam ou identifiquem tempestivamente erros
b) forma de instrução da c9nta, do ponto de vista formal oú irregularidades;
e material, incl uindo a verificação da consistência e) a interdependência com outros órgãos ou entidades;
dos documentos;
j) o desempenho, conforme resultados alcançados
c) correcção contabilística;
em relação ao previsto e estipulado em planos,
d) legalidade e regularidade das operações e registos.,
programas ou orçamento.
2. As contas que não enfermem de suspeitàs de alcan(>es
ou desvios de dinheiros públicos, pagamentos indevidos ARTIGO 91
e outras irregularidades graves podem ser devolvidas aos
serviços responsáveis, após verificação pela Contadoria (Tipos de auditoria)
de Contas e Auditoria e consideradas certificadas e reg41ares I. As auditorias podem ser de regularidade e de desem-
sob condição resolutória de ulterior apreciação. penho. .
3. Passados cinco anos e não sendo esta conta objecto 2.A auditoria ~e regularidade tem corno foco a verificaçãQ
de nova auditoria, é considerada definitivamente corno da conformidade com determinadas regras, normas
certificada e regular.
e objectivos.
4. Caso, dentro do quinquénio, seja detectada fraude ou
3. Na auditoria de regularidade, o Tribunal Administrati vo
qualquer outra i rregula"ridade , os responsáveis estão sujeitos
às sanções devidas. analisa as contas, a situação financeira e orçamental,
5. O eventual julgamento pode ter lugar por iniciativa a legalidade e 'a regularidade das operações de determinado
do Tribunal Administrativo na pessoa do Contador órgão, programa ou entidade pública,.
Geral da Contadoria de Contas e Auditorias, promoção 4.A auditoria de desempenho tem corno foco à avaliação
do' Ministério Público ou a pedido de p~rticulares da economia, eficiênci~ e eficácia.
interessados que demonstrarem legitimidade para tanto. 5. Na auditoria de desempenho, o Tribunal Administrati vo
avalia programas, projectos, actividades e respectiva
ARTIGO 89 efectivldade, sistemas governamentais, órgãos ou entidades
(Inspecção) públicas.
1. A inspecção é o procedimento de fiscalização ,que 6. Dentro da tipologia, definida. nos números anteriores,
visa suprir as omissões e lacunas de informações, esclarecer as auditorias incidem sobre áreas de interesse a serem
dúvidas, ou apurar denúncias quanto à legalidade e legi- definidas pelo tribunal.
timidade de factos da Administração Pública e de actos 7. Na definição referida no número anterior, o tribunal
administrativos praticados por qualquer responsável sujeito considera, nomeadamente as auditorias financeiras,
à jurisdição do Tribunal Administrativo. as obras públicas, ambientais e a sistemas informáticos com
2. A inspecção é realizada independentemente de inclusão as respectivas especificidades.
em plano de auditoria, podendo ser determinada com base em
proposta fundamentada que demonstre os recursos humanos ARTIGO 92
existentes na contadoria e daqueles a serem mobilizados na
(Processo de auditoria de regularidade)
sua execução.
1. O Relatório Final de Auditoria pode dar lugar
ARTIGO 90 a certificação ou julgamento.
(Auditoria) 2. Os processos de auditoria são instruídos com toda
1. A Auditoria é um procedimento de fiscalização documentação necessária para apreciação dos juízes,
utilizado pelo Tribunal Administrativo para fundamentar devendo ser devidamente referenciados e numerados,
a instrução, a certificação e o julgamento das contas públicas de forma a possibilitar consulta rápida e ágil aos documentos
ou a apreciação da economia; eficácia e eficiência do uso por parte dos juízes.
de'dinheiros públicos. 3. No Relatório Final de Auditoria deve constar
2. Por forma a determinar as entidades a incluir de forma clara, se for o caso, o montante dos valores a serem
no Plano Anual de Auditórias, o Tribunal Administrativo devolvidos e os res,pectlvos responsáveis.
deve, proceder a 'uma avaliação de riscos, obedecendo
'a critérios especificados em regulamento interno. ARTIGO 93
3. Durante a fase instrutória, as auditorias do Tribunal
(Processo de auditoria de dnelnpe'
Administrativo são conduzidas por Auditores de Controlo
Externo. 1. O Relatório Final de Auditoria de Desempenho dá lugar
4. O recrutamento e a selecção dos Auditores de Controlo a um processo de auditoria de desempenho, distribuído a um
Externo tem em conta a idoneidade, imparcialidade Juiz - Relator da Secção de Contas Públicas, que o analisa
e conhecimentos técnicos específicos. e prepara para ser apreciado em sessão com os demais juízes.
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580 - (32) I SÉRIE - NÚMERO 7.9
I: Do despacho que não admite o recurso, pode I. Admitido o recurso, o processo vai com vista, por
o recorrente reclamar para a Secção de Contas Públicas quinze dias, ao Ministério Público para emitir parecer, se
do Tribunal Administrativo, ou para o Tribunal não for o recorrente.
Administrativo, conforme os casos, no prazo de dez dias, 2. Se o recorrente for o Ministério Público, admitido
o recurso, deve ser notificada a entidade directamente
os quais reúnem com todos os ju(zcs, devendo s.er expostas
afectada pela decisão recorrida para responder, no prazo
as razõcs que justificam a admissão do recurso. de quinze dias.
2. Os tribunais referidos no número anterior apreciam 3 .. Se, no parecer, o Ministério Público suscitar novas
o recurso na.primeira sessão seguinte à distribuição, devendo questões, é notificado o recorrente. _para se pronunciar
decidir pela admissão do recurso ou pela manutenção no prazo de quinze dias.
do despacho recorrido. 4. É permitido ao recorrente e ao recorhdQ juntar
3. O relator podé reparar o despacho de indeferimento com os articulados produzidos a documentação tiilll-por
c fazer prosseguir o recurso. pertinente.
580 ~ (36) Edição electrónica © Pandora Box, Lda. Todos os direitos reservados I SÉRIE - NÚMERO 79
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jutí§di~IOO3i§; ínwglMI pm ttl§ jU(U§f plll ~í§~ wblft le§ulw 1~1(j 00 de§pe§1 plll IIguma dti§ Mildtidft§
e~ple§§lmenu IUUVMI§ pm lei ~(}m(} §end(}
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deflnldti§ pm lei e julgaI I§ fe§~lvM oonw~
~«iod~idIHN dti §H9H§ d, JUlpmmtto, t1J fl§f;IH7AI IlpH~~i(} dm '"U'W§ floonuíló9 ~tglOO§.
t, A§ (~§ jufl§dI~IOOjfs It:úoom=" vel(} mgOOS' dw§ OOmgMlmenW ItlIVé§ de empré9t!fti(}§; §ub§(d,(}§;
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I) Ipmt'll lell~llm da veflfi~~i(} e~Wlnl df: ~Qntl§
2, É~tt~dIMrilimenfg; letíoom=se sempre '100 ~tooldli§
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() DE OUTf/BRO DE 10/1
3. OTribunal Administrativo pode,excepcionalmente, relevar a 2. As contas que não enfermem de suspeitas de alcances
falta de cumprimento dos prazos referidos nos números anteriores, ou desvios de dinheiros públicos, pagamentos indevidos
por despacho devidamente motivado do respectivo relator. e outras irregularidades grdves podem, após verificação preliminar
4. OTribunal Administrativo deve apreciar as contas recebidas, da Contadoria de Contas e Auditoria, ser devolvidas aos serviços
para fins de certificação prevista no artigo 95,até 31 de Dezembro responsáveis e consideradas certi ficadas e regulares sob condição
do ano em que forem entregues. resolutória de ulterior apreciação.
S~ No caso das contas que forem submetidas a julgamento, 3. Passados cinco anos c não sendo objecto de" nova auditoria,
o prazo é de um ano, a contar da data da entrada do processo as contas são consideradas definitivamente, como certificadas
na Secretaria do Tribunal Administrativo, dos tribunais adminis- e regulares.
trativo's provinciais e do Trib~nal Administrativo da Cidade 4. Caso, dcntro do quinquénio, seja detectada fraudc
de Maputo, salvaguardado o adiante estipulado no n.o 3 , ou qualqucr outrà irregularidade, os responsáveis estão sujeitos
do artigo 87. às sanções devidas.
6. O prazo referido no número anterior suspende-se pelo tempo 5. O eventual julgamento pode tc'r lugar por 'iniciativa
que for necessário para obter infôrmaçõcs ou documentos ou para do Tribunal Administrativo na pessoa do Contador Gcral
efectuar investígações complementares. da Contadoria de Contas e Auditorias, por promoção do
Ministério Público ou a pedido de particulares interessados que
ARTlo084 demonstrarem legitimidade para tanto.
(ln.truç6e. de execuçlo obrlgat6rla) ARTIOO 88
I. O Tribunal Administrativo emite instruçõcs de execução (Verlflcaçlo de 2.· grau)
obrigatória sobre a forma como devem ser prestadas as contas
e os documentos que devem instru(-Ias. I. A verificação de 2.° grau incide na:
. 2. Os serviços e outros organismos podem ser dispensados a) análise dos documentos de despesa;
pelo Tribunal Administrativo da apresentação dos documentos b) forma de instrução da conta, do ponto de vista formal
de despesa, no todo ou em parte.' e material, incluindo a verificação da consistência
4GS documentos;
ARTlo085 c) corrccção contabiJ(stica;
(DlIIg'ncla. probat6rla. e coadJuvaçlo) á) legalidade c regularidade das operaçõcs e registos.
1. A prestação de contas pela forma que estiver determinada 2. As contas que não enfermem de suspeitas de alcances
não prejudica a faculdade de o Tribunal Administrativo exigir ou dcsvios de dinheiros públicos, pagamcntos indcvidos
de quaisquer entidades os documentos e informaçõcs tidos ainda e outras i.rregularidades graveS' podem ser devolvidas aos serviços
por necessários, bem como de requisitar aos competentes serviços responsáveis, após vcrificação pcla Contadoria de Contas
e Auditoria e consideradaS'certificadas e regulares sob condição
de controlo interno as diligêneias e meios que julgar convenientes. resolutória de ulterior apreciação.
2. A solicitação de documentos e esclarecimentos deve ser 3. Passados cinco anos e não sendo esta conta objecto
atendidas no prazo de cinco dias, após a recepção da notificação, de nova auditoria, é considerada defini ti varnentc como certi ficada
sob pena de multa, a arbitrar aquando da apreciação das contas. e regular.
3. Sob pena de desobediência qualificada, pun(vel nos termos 4. Caso, dentro do qU,inquénio, seja detectada fraude
da Lei Penal, os serviços, os funcionários em geral e quaisquer ou qualquer outra irregularidade, os responsáveis estão sujeitos
entidades públicas ou privadas são obrigados a dar execução aos às sanções devidas.
acórdãos, resoluções e despachos que, sobre matéria das suas 5. O eventual julgamento pode ter lugar por iniciativa
atribuições e competência especlfica, a jurisdição administrativa do Tribunal Administrativo na pessoa do Contador Gcral
profira em processos sujeitos à sua apreciação e decisão. da Contadoria de Contas e Auditorias, promoção do Ministério
Público ou a pedido de particularcs interessados que demonstrarem
ARTIGO 86 legitimidade para tanto.
(Forma de Ipreclaçlo da. conta.)
A JUlGO 89
As contas são susceptíveis de apreciação de natureza,
metodologia e complexidad~ crescentes, quais sejam: (ln.pecçlo)
a) a apresentação de documentos ou declarações falsas; Tem Iugar o desvio de dinheiros ou valores públicos quando se
b) execução do acto ou contrato, sem prévia sujeição a Visto veri fique o seu desaparecimento por acção \'01 untária de qualquer
ou após conhecimento da recusa de Visto; agente público que a eles tenha acesso por causa do exercício das'
c) a desconformidade substancial entre a minuta e o contrato funções públicas que lhes estão acometidas.
celebrado mediante escritura notarial.
ARTIGO 10\
2. Constituem infracçõcs financeiras típicas-o-alcance, o desvio
de dinheiros ou valores públicos e os pagamentos indevidos. (Pagamentos indevidos)
3. Constituem, também, infracções financeiras, nomeadamente: Consideram-se pagamentos indevidos os pagamentos ilegais
a) a não liquidação, cobrança ou en,trega nos cofres que causarem dano para o Estado ou entidade pública, incluindo
do Estado das receitas devidas; aqueles a que corresponda contraprestação efectiva que não
b) a. violação das normas sobre a elaboração e execução seja adequada ou proporcional·à prossecução das atribuiçõcs da
dos orçamentos, bem como da assunção, autorização entidade em causa ou aos usos normais de determinada actividade.
ou pagamento de despesas públicas ou compromissos;
c) a não· efectivação ou retenção indevida.dos descontos SECÇÃO II
legalmente obrigatórios a efectuar ao pessoal;
Responsabilidade financeira
ti) a falta injustificada de remessa de contas ao tribunal
competente, a falta injustificada da sua remessa ARTIGO \02
tempestiva ou a sua apresentação c.om deficiências (Evidências de responsabilidade financeira)
tais que impossibilitem ou gravemente dificultem a
.sua verificação; I. Sempre que os re'-fltórios das acções de controlo
e) o ·extravio de processos ou documentos, e a sonegação do Tribunal Administrativo evidenciem factos constitutivos
ou deficiente prestação de informaçõcs ou documentos de responsabilidade financeira, os processos respectivo~ são
pedidos pelo tribunal competente ou exigidos por lei; enviados ao Ministério Público para os fins regais.
/) a falta injustificada de comparência para a prestação de 2. Se o Ministério Público declarar não requerer procedimento
declarações ou de colaboração devida ao tribunal; jurisdicional, devolve o respectivo processo à entidade. remetente.
g) a introdução nos processos de elementos qu~ possam 3. O disposto no n.o I é aplicável às auditorias realizadas
induzir o tribunal em erro nas suas decisões ou no âmbito da preparação do relatório e parecer sobre a Conta
relatórios, ou que dificultem substancialmente ou de
GC'ral do Estadõ.
todo obstem o julgamento das contas;
4. Nos casos previstos no presente artigo, o Tribunal
h) a publicação, no Bol~tim da República, de actos ou
contratos sujeitos ao Visto, sem a prévia concessão Administrativo envia à Assembleia da República, cm capítulo
do mesmo; próprio no Relatório, sobre Conta Geral do Estado do ano seguinte,
i) a execução de actos ou contratos a que tenha sido recusado uma informação sobre as medidas e procedimentos a,daptados para
o Visto ou de actos ou contratos que não tenham sido o apuramento da responsabilidade financeira e respectivo ponto
submetidos à fiscalização prévia quando a isso estavam de situação, relativa à Conta Geral do Estado do ano anterior.
legalmente sujeitos;
J) a violação de normas legais ou regulamentares respeitantes ARTIGO 103
à gestão e controlo orçamental, de tesouraria e de patri- (Aplicação)·
mónio;
I. Sem prejuízo de eventual responsabilidade disciplinar,
k) o adiantamento por conta de pagamentos nos casos
criminal ou civil," o desrespeito das normas previstas
não expressamente previstos na lei;
na presente Lei, acarreta responsabilidade financeira das enti-
I) a utilização de empréstimos públicos em finalidades
diversas das legalmente previstas, bem como pela dades ou funcionários, cuja actuação seja lesiva ao património
ultrapassagem dos fundos legais da capacidade e aos interesses financeiros do Estado.
de endividamento; 2. A instrução deficiente e repetida dos actos sujeitos
m) a utilização indeviqa de fundos movimentados por à fiscalização preventivá, por parte dos serviços, pode ser objecto
operações de t(~sourar~a para financiar despesas de multa, a arbitrar pelo tribunal competente.
públicas;
ARTIGO 104
11) a utilização de dinheiros ou outros valor.es públicos
cm finalidades diferentes das legalmente previstas. (Efectivação de responsabilidade)
4. A desobediência,.a falsificação e quaisquer outros factos A responsabilidade financeira é efectivada pelo Tribunal
que configurem ilícito criminal são, ainda, punidos nos termos Administrativo. pelos tribunais administrativos provinciais t.' pelo
da Lei Penal. Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo.
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5. A mesma responsabilidade' pode recair, ainda, (Reposição por não arrecadação de receitas)
nos funcionários ou agentes que. nas suas informaçõcs para Nos casos de prática, autorização ou sancionamento, com
os membros do Governo ou para os gerentes, dirigentes ou outros dolo ou culpa grave, que impliquem a não liquidação, cobrança
administradores, não esclareçam os assuntos da sua competência, ou entrega de receitas com violação das normas legais aplicáwls,
de acordo com a lei. pode o Tribunal AdministratÍ\'o condenar o responsável
6. O acórdão define, expressamente, quando for caso disso. na reposição das imgortâncias não arrecadadas em prejuízo
o grau de responsabilidadc imputávcl, podendo, ainda, conter juízo do Estado ou de entidades públicas.
de censura ou recomendação à instituição e outras providências
a adaptar relativamente aos responsávéis. incluinao a sua ARTIGO III
demissão. Estas medidas podem, ainda, ser tomadas visando
a melhoria da gestão e garantia da legalidade 110 futuro. (Intránsmls8lbllldade do dever de reposição)
7. A responsabilidade inclui os juros de mora legais sobre A respon~abiJjdàdc financeira' rcintegrat6ria, nomeadamente.
os ~espe~tivos montantes. contados desde adata da infracção ou, o derer de repQsição. não é transmissível aos herdeiros
não sendo possível determiná-Ia, desde o último dia da respectiva do infractor.
gerência.
ARTIGO 112
ARTIGO 107
(Enriquecimento sem causa)
(Redução ou relevação da responsabilidade financeira)
O e\'.cntual enriquecimento sem causa da herança do infractor.
I. A responsabilidade financeira é susceptível de releração determinado por alcance ou desvio de dinheiros púbBeoll. apenas
ou redução, apenas no que respeita às multas. consoante o grau é susceptí\'cl de ressarcimcílto pelo EstJldo através dos trihunais
de culpa e o prejuízo efectivá para o Estado. comuns.
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2. Os tribunais referidos no número anterior apreciam o recurso 3. Se, no parecer:o Ministério Público suscitar novas questões,
na primeira sessão seguinte à distribuição, devendo decidir pela é notificado o recorrente para se pronunciar no prazo de quinze
admissão do recurso ou pela manutenção do despacho recorrido. dias.
3. O relator pode reparar o despacho de indeferimento e fazer 4. É permitido ao ~ecorrente e ao recorrido juntar com
prosseguir o recurso.
os articulados produzidos a documentação tida por pertinente.
4: Se o relator sustentar o despacho liminar de rejeição
5. Emitido o parecer ou decorrido o prazo mencionado
do recurso, ordena a apresentação da reclamação à instância
cdmpetente. no n.o 3, os autos são conclusos por três dias aos restantes ju(zes,
5. Se o despacho de indeferimento for proferido pela Secção se não tiver sido dispensada tal conclusão.
de Contas Públicas do Tribunal Administrativo; o recurso 6. Em qualquer altura do processo, o relator pode ordenar
é interposto' para o Plenário. as diligências indispensáveis à decisão do recurso.
6. Se o despacho de indeferimento for praticado por tribunal
'administrativo provincial ou da -Cidade de Maputo, o recurso ARTIGO 125
é interposto para a Secção de Contas Públicas do Tribunal (Preparação para Julgamento)
Administrativo.
Elaborado o projecto de acórdão, o relator ordena que sejam
ARTIGO 121 remetida~ cópias aos demais juízes e ao Ministério Público, até
três dias antes da sessão em que tenha de ser apreciado, com
(Outros recursos)
expressa menção de que os autos se encontram preparados para
, Os recursos de decisões não finais são interpostos no prazo
julgamento.
de cinco dias, contados da notificação da .decisão recorrida,
observando-se o regime das dilações constantes do Código ARTIGO 126
de Processo Civil, só podendo ser apreciados na decisão final.
(Julgamento)
ARTIGO 122 I . O relator apresenta o processo à sessão com o projecto
(Legitimidade) de acórdão, procedendo-se à discussão e julgamento.
I. Têm legitimidade para recorrer: 2. Nos processos de fiscalização prévia o tribunal competente
pode conhecer de questões relevantes para a concessão
a) o Ministério Público;
ou recusa do Vist(), ainda que não apreciadas na decisão recorrida
b) o membro do Governo ou a entidade de que depende
ou na alegação do recorrente, desde que sejam suscitadas pelo
, o funcionário ou o serviço;
c) a instituição interessada, através do' seu titular; Ministériç> Público no seu p~rcçêr, observando-se o preceituado
d) os responsáveis dirigentes condenados ou objecto no n.o 3 do artigo 124 da presente Lei.
de juízo de censura;
ARTIGO 127
e) os que forem condenados em processo de multa;
j) as e~tidades competentes para praticar o acto ou outorgar (Notificação de decisão finai)
no contrato objecto de visto. A decisão final é notificada ao recorrente e a todos os que
,2. O funcionário, agente interessado ou pretenso beneficiário tenham sido notificados para os termos do processo.
do acto a que tenha sido recusado (,) Visto pode requerer
a interposição de recurso à entidade com competênCia para SECÇÃO II
a prática do acto, no prazo de quinze dias, a contar da data
Recursos extraordinàrios
da sua notificação.
3. O funcionário, agente interessado ou pretenso beneficiário ARTIGO 128
do acto a que tenha sido recusado o Visto não fica impedido (Recurso de,revlsão)
de interposição directa do recurso, se a entidade referida
no número anterior não o fizer, no prazo de q~inze dias, a contar É admissível o recurso extraordinário de revisão, nos termos
da data da entrega do seu pedido. do Código ,de Processo Civil, para o re~urso de revisão, com
as devidas adaptações.
ARTIGO 123
ARTIGO 129
(Preparos e custas)
I. Nos recursos há lugar a preparos e custas a fixar nos termos (Fundamentos da revisão)
regulados para o Contencioso Administrativo. As decisões transitadas em julgado podem ser objecto
2. Nos recursos em que o tribunal competente considere 'ter de revisão pelos fundamentos admitidos no Código do Processo
havido má:fé, as custas podem ser agravadas até ao dobro. Ch'iI e ainda quando, supervenientemente, se revelem factos
ARTIGO 124 susceptíveis de originar responsabilidade financeira que 'não
tenham sido apreciados para o efeito.
(Termos SUbsequentes)
I. Admitido o recurso. o processo vai com vista, por quin7.c ARTIGO 130
dias, ao Ministério Público para emitir.parecer, se não for
(Prazos de Interposição do recurso de revfsão)
o recorrente.
2. Se o recorrente for o Ministério Público, admitido o recurso, A interposição do recurso de revisão da decisão que concedeu
deve ser-notificada a entidade directamente afectada pela decisão o Visto apenas é poss(vel durante o prazo cm que o acto
recorrida para responder, no prazo de quinze dias. ou contrato pode ser impugnado no contencioso administrativo.
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580 - (52) I SÉRIE - NÚMERO 79
Preço - 91,00 MT