Você está na página 1de 6

EQUINOS

Taxonomia
Reino: animalia
Filo: cordata
Classe: mammalia
Ordem: perissodactyla
Gênero: equus
Espécie: equus caballus

Definição
Cavalo é o nome dado a indivíduos da espécie: equus caballus, geralmente machos são
chamados assim, enquanto fêmeas são éguas e filhotes, os potros.

Origem
Originados da Europa, Ásia e África. Possuem uma variedade de raças, mas as mais
conhecidas no Brasil são: Manga-larga, Quarto de milha, Árabe, Brasileiro de hipismo,
Bretão, Crioulo e Pantaneiro.

Muito usados pelo homem para ajudar em serviços que necessitam de força, principalmente
em sítios e fazendas, puxando carroças e arados bem como, utilizados como principal veiculo
do vaqueiro em fazendas que criam bovinos a pasto. Além de serem usados para pratica de
esportes, são eles os esportes equestres como: rodeios, saltos, prova de laços, hipismo e
outros.

Abordagens e métodos de contenção


Objetivo da contenção:

Proteger o examinador, auxiliar e o animal.

Facilitar o exame físico.

Evitar fugas e acidentes como fraturas.

Permitir procedimentos diversos como: medicações injetáveis, curativos, exames


radiográficos, colheita de sangue, cateterizarão e outros.

Abordagem:
Durante a contenção de equinos, é recomendável evitar movimentos bruscos e precipitados,
deve-se observar o comportamento do animal na tentativa de se ter uma ideia sobre a sua
possível reação a um provável manuseio (coices, mordidas), atentando-se, por exemplo, para
o posicionamento das orelhas. É de suma importância estar tranquilo, firme e confiante, tentar
agradar e conseguir a confiança do paciente (brincar, conversar, oferecer guloseimas...) iniciar
sempre com a contenção mais simples, e quando necessário, evoluir para métodos mais
energéticos e radicais.
Métodos de contenção mais utilizados:

Abraço (contenção em potros).

Cabresto (método mais comumente utilizado na contenção


desses animais).

Laço.

Torção de orelha.

Manual, paletó ou prega de pele (aprisione uma dobra de pele em região de escápula e uma
das orelhas do animal).

Pé de amigo (contenção do membro anterior de equinos).

Cachimbo, buçal ou pito (em equinos agressivos e mordedores. É utilizado também para o
pós-cirúrgico, na tentativa de evitar lambeduras de soluções de continuidade ou retirada de
suturas).

Peias de reprodução.

Tronco de contenção.

Derrubamentos
O derrubamento de equinos pode ser realizado utilizando-se caneleiras e cordas, ou somente
cordas. É importante que o animal caia sempre em decúbito lateral esquerdo evitando assim o
comprometimento do ceco.

Método dos travões ou berlinense:

Podem ser usadas caneleiras ou travões, argolas ou anéis, que são um jogo de quatro correias
de tamanho pequeno, geralmente feitas de couro cru, grossas e resistentes. Uma das
extremidades contém uma forte fivela fixa que prende a caneleira no membro. A corda a ser
puxada pelos auxiliares serve, também, para unir as caneleiras e desequilibrar o animal,
devendo ser, portanto, resistente e comprida. O animal deve ser conduzido para o local de
derrubamento, obrigatoriamente macio (grama, areia, maravalhas, serragem etc.), livre de
objetos contundentes ou perfurantes e os ajudantes devem ser posicionados na cabeça do
animal, segurando-se a focinheira ou o cabresto (para evitar trauma e direcionar a queda do
animal).

Método antigo:

É um dos processos de derrubamento mais fáceis de execução. No meio de uma corda bem
comprida, arma-se um anel que fica colocado na base do pescoço; as duas extremidades,
cruzando sobre o pescoço, passam de volta por dentro do anel, dirigem-se para trás,
contornam as quartelas posteriores e são trazidas e puxadas diretamente para trás, ou passam
novamente pelo anel do pescoço, e são direcionadas para trás.

Método nacional:

Este método também é eficiente e, assim como o antigo, apresenta a vantagem de utilizar
apenas uma corda para a sua realização. É feito passando-se o meio de uma corda comprida
sobre o pescoço, bem em sua base, de maneira que permaneça à frente da musculatura
peitoral, deixando as duas extremidades com o mesmo comprimento. Passam-se ambas as
extremidades das cordas por baixo do pescoço e por entre os membros anteriores e, então,
pela região do boleto de ambos os membros posteriores, transpassando cada ponta da corda
por entre a corda que envolve o pescoço, do respectivo lado. As duas extremidades são
direcionadas para a região posterior do animal e, assim, são tracionadas ou puxadas por dois
auxiliares. A presença de um ajudante na parte da cabeça do animal é importante e não deve
ser desprezada.

Resenha
A resenha dos equinos é um documento prescrito apenas pelo médico veterinário, onde são
descritas somente características físicas individuais encontradas no animal, tornando assim
possível sua identificação. Deve ser feita em locais com bastante iluminação, de preferência a
luz natural para melhor atenção aos detalhes.
Alguns códigos utilizados na resenha:
LMDO – linha média dos olhos
MPE – membro posterior esquerdo
MPD – membro posterior direito
MAE – membro anterior esquerdo
MAD- membro anterior direito
X ou R – representação de redemoinhos
X com ____ - representação de espigas

Particularidades
As particularidades são manchas brancas designadas nas regiões de cabeça, corpo e membros
inferiores. São essas particularidades que devem ser descritas na resenha.
Pelagem:
Crinalvo – crinas brancas na pelagem Alazã.
Redemoinhos, remoinhos ou rodopios – encontro de pelos circulares.
Rodopio em leque ou gargantilhado – quando ocupar grande área da garganta.
Espigas – encontro de pelos lineares (contra a direção da pelagem).
Região de fronte:
Celhado – presença de cílios brancos
Vestígios de pelos brancos – apenas alguns pelos brancos.
Estrela, flor, coração, lua – ocupa menos de 2/3 da linha media dos olhos (pequena região).
Luzeiro – ocupa mais ou 2/3 da linha media dos olhos sem ultrapassar (grande região).
Região de chanfro:
Filete – linha que pode ser estendida por toda área do chanfro. Fina e estreita, completa ou
incompleta.
Cordão – linha mais larga, ocupa mais de 2/3 da linha do chanfro.
Frente aberta – parte do chanfro é branca, mas não se estende além da mandíbula do animal.
Mala cara – se estende além da mandíbula, ultrapassando a região dos olhos.
Região de narinas:
Beta – mancha sozinha na região das narinas.
Ladre – sempre acompanhada de cordão ou filete.
Boca de leite – focinho todo branco.
Região de lábios:
Bebe em branco – apenas uma parte dos lábios, superior ou inferior, completo ou incompleto.
Manchas escuras no corpo:
Listra de burro – listra que se estende da cernelha até a base da cauda.
Faixa crucial – faixa escura que se estende da cernelha até o inicio da espádua.
Calçamentos:
Baixo – encontra-se entre a coroa e o boleto (quartela).
Medio – se entende da coroa do casco até abaixo das articulações do joelho e/ou jarrete.
Alto – inicia na coroa e atingue ou ultrapassa a articulação do joelho ou jarrete.
Incompleto – quando o calçamento não envolve todo o membro do animal.
Arminhado – pintas circunscritas pigmentadas.
Zebruras – listras transversais nos joelhos e jarretes.
Manalvo – mesmo calçado nos membros anteriores.
Pedalvo – mesmo calçado nos membros posteriores.
Trialvo – tres membros com o mesmo calçamento.
Cascos:
Rajados ou mesclados – cascos com listras brancas.
Pretos – esses não são descritos na resenha.

Classificação das pelagens


Simples e uniformes – branca (pseudo albino), preta ou alazã.
Simples e uniformes (com crina, cauda e extremidades escuras) – castanha, baia, pelo de
rato.
Compostas (pelagem com interpolações de pelos) – tordilha, rosilha, lobuna, ruão.
Conjugadas (pelagem com porção branca e outra cor) – pampa, leoparda, mantada, nevada.

Pelagem
Existem inúmeras variações de pelagens de acordo com cada raça. Essas pelagens podem ser
consultadas nas associações de criadores ou em manuais específicos da raça em questão.
Branca (pseudo albino) – pelos brancos com ausência total de pigmentação, olhos coloridos
(amarelados, azulados ou castanhos).
Preta – pelo, cauda e crina de coloração preta.
Preta maltinta – preta com reflexos avermelhados na região dos flancos e axilas, mas com a
cabeça de tonalidade preta.
Preta azeviche – pelagem preta de tonalidade forte com reflexos azulados.
Alazã – tons avermelhados ao castanho. Pode sofrer variedades tendo a cauda e crina com
coloração mais clara relacionada ao tom da pelagem (alazã aloirado ou amarilho).
Alazã cereja – tonalidade vermelha forte, lembrando a cor cereja.
Alazã tostada – tonalidade vermelha escura, lembrando a cor de café torrado.
Castanha – pelagem castanha avermelhada com extremidades escuras.
Baia – tonalidade amarela varia do claro ao bronzeado com crina, cauda e extremidades
pretas.
Pelo de rato – pelos de tonalidade cinza lembrando a cor de rato com crina e cauda pretas.
Somente em asininos e moares.
Ruão – interpolação de pelos vermelhos, pretos e brancos. Somente em asininos e moares.
Tordilha – interpolação de pelos brancos e pretos pelo corpo do animal, inclusive crina e
cauda.
Rosilha – interpolação de pelos brancos e vermelhos. Cauda, membros e cabeça mais escuras
em relação ao tom vermelho (tons de vermelho ao castanho).
Lobuna – interpolação de pelos amarelos e pretos com predomínios dos pelos pretos na
cabeça.
Persa – pintas. Persa alazã (pintas avermelhadas), persa preta (pintas pretas).
Apaloosa – malha despigmentada na garupa, podendo atingir lombo, dorso, cernelha,
espáduas e costados. Apresentará ou não pintas na pelagem de fundo.
Pampa – pelagem com malhas brancas.
*pelagem prevalecendo: nome da pelagem + “de pampa”. Ex – baia de pampa, preto de
pampa.
*pampa prevalecendo: “pampa de” + cor da pelagem. Ex – pampa de preto, pampa alazã.

Referências bibliográficas

GUIA Prático para Preenchimento de Resenha. São Paulo: Equalli Laboratório Patologia
Clínica Veterinária, 6 set. 2018. Disponível em: http://equalli.com.br/site/artigos/guia-pratico-
para-preenchimento-de-resenhas/. Acesso em: 31 jan. 2022.

FEITOSA, Francisco Leydson F. Contenção física dos animais domésticos. In: FEITOSA,
Francisco Leydson F. Semiologia Veterinária: A arte do diagnóstico. 3ª.. ed. São Paulo:
Rocca, 2014. cap. 2, ISBN 978-85-4120454-5.

Você também pode gostar