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A politécnica
1.1.Introdução
Uma vez que os dispositivos oferecem alta confiabilidade e são de pequeno porte, a
electronic de potencia expandiu sua abrangência para diversas aplicações, como
controle de iluminação e de aquecimento, fontes reguladas de energia, motores
acionadores DC (direct current ou corrente continua) ou AC (alternating current ou
corrent alternada) de velocidade variável, compensador estático VAR (vol-ampere
reactive- reativo volt-ampere) e sistemas de transmissão DC em alta tensão.
O extenso campo da engenharia eléctrica pode ser dividido em três ramos principais:
Potência eletrônica e controle. A eletrônica de potencia trará da aplicação de
dispositivos semicondutores de potencia, como tirístores e transistores na conversão e
no controle de energia elétrica em níveis altos de potencia.
A transferência de potencia eléctrica de uma fonte para uma carga pode ser controlada
pela variação de tensão de alimentação (com o uso de transformador variável) ou pela
inserção de um regulador (como um reostato, um reator variável ou uma chave).
Fig 1.1. Eletrônica de potencia: uma combinação entre potencia, eletrônica e controle
A figura 1.2. Mostra um reostato controlando uma carga. Quando R1 tem zero de
resistência, a carga recebe toda a potência. Quando R1 é máxima, a potência entregue a
carga é praticamente igual a zero.
Na figura 1.3, uma chave é usada para o controle da carga. Quando a chave esta ligada,
um Maximo de potencia é transferido para a carga. A perda de potencia na chave é nula,
uma vez que não há tensão sobre ela. Quando a chave esta desligada, não existe
potencia entre a carga. Da mesma maneira, nesse caso não há perda de potencia na
chave, uma vez que não passa nenhuma carga por ela. A eficiência é 100%, porque a
chave não consome energia em qualquer um dos dois casos.
O problema existente nesse modelo é que, ao contrario do reostato, a chave não pode ser
colocada em posições intermediarias, de modo que proporcione variação de potencia.
No entanto, podemos criar o efeito abrindo e fechando a chave periodicamente.
I. Diodos;
II. Transistores bipolares de junção (BJTs);
III. Transistores de efeito de campo metal-óxido-semicondutor (MOSFETs);
IV. Transistores bipolares de porta isolada (IGBTs);
V. Triacs
VI. Tirístores de desligamento por porta(GTO);
VII. Tirístores controlados MOS (MCT)
Em Electrónica de potência, esses dispositivos são operados no modo de chaveamento.
As chaves podem ser operadas em alta frequência, a fim de converter e controlar a
energia eléctrica com alta eficiência e alta resolução. A perda de potencia na chave, em
si, é muito pequena, uma vez que ou a tensão é quase igual a zero quando a chave está
ligada ou a corrente é quase nula quando a chave está desligada.
A figura 1.5. Mostra uma chave ideal. A perda de potencia atribuída a chave é o produto
da corrente através da chave pela tensão sobre ela. Quando a chave estiver aberta, nela
não passará corrente (embora sobre ela exista uma tensão Vs) e portanto não haverá
dissipação de potencia. Quando a chave estiver ligada, passará por ela uma corrente
(Vs/RL), mas não haverá queda de tensão; portanto também nesse caso, não haverá
dissipação de potencia. Suponhamos também que, para uma chave ideal, o tempo de
subida e de descida seja zero. Isto é, a chave passaria instantaneamente do estado
desligado para o ligado (e vice-versa).
Ao contrario do que ocorre em uma chave ideal, uma chave real, assim como um
transistor bipolar de junção, tem duas grandes fontes de perda de potência: perda na
condução e perda no chaveamento.
Figura 1.5. Perdas de potência em chaves não ideais
Quando o transistor de potencia da figura 1.6ª estiver desligado, por ele passara uma
corrente de fuga (𝐼𝐿𝐸𝐴𝐾 ). a perda de potencia associada a essa corrente de fuga é
𝑃𝑂𝐹𝐹 = 𝑉𝑠 ∗ 𝐼𝐿𝐸𝐴𝐾 . Entretanto, uma vez que a corrente de fuga é muito pequena e não
varia de maneira significativa com a tensão, costuma ser desprezada. Assim, a perda de
potencia no transmissor é essencialmente igual a zero. Quando o transmissor estiver
ligado, como na figura 16.b, ocorre uma pequena queda de tensão sobre ele.
Alem da condução, uma chave não ideal também tem perdas em virtude do
chaveamento porque não pode passar de um estado para o outro, de ligado para
desligado e (vice-versa), de modo instantâneo. Uma chave não ideal leva certo tempo
finito 𝑡𝑆𝑊(𝑂𝑁) para ligar e certo tempo finito 𝑡𝑆𝑊(𝑂𝐹𝐹) para desligar. Esses períodos não
apenas introduzem dissipação de potencia, como também limitam a máxima freqüência
de chaveamento possível. Os tempos de transição 𝑡𝑆𝑊(𝑂𝑁) e 𝑡𝑆𝑊(𝑂𝐹𝐹) para chaves não
ideais não são, normalmente iguais; 𝑡𝑆𝑊(𝑂𝑁) é em gral maior. Entretanto, vamos supor
que 𝑡𝑆𝑊(𝑂𝑁) seja igual a 𝑡𝑆𝑊(𝑂𝐹𝐹) . A figura 1.7 mostra as formas de onda de
chaveamento para a) a tensão na chave e b) a corrente que passa por ela. Quando a
chave estiver desligada, a tensão nela será igual à fonte de tensão. Durante o
fechamento, que leva um tempo finito, a tensão na chave cai a zero. Durante o mesmo
período, a corrente através da chave aumenta de zero a 𝐼𝐶 . Durante o chaveamento, uma
corrente passa pelo transmissor e há tensão em seus terminais; portanto, existe perda de
potencia.