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Lâmpada de "ponto" 1

Prof. Luiz Ferraz Netto


leobarretos@uol.com.br
https://document.onl/documents/lampada-estroboscopica.html?page=1

Introdução
Um projeto interessante (e importante, devido aos
problemas do petróleo e dos motores de combustão interna)
é o da regulagem de motores de automóveis. A estroboscopia
estará presente; o conhecimento de que, em baixas
rotações, a tensão de saída de geradores eletromecânicos é
proporcional à velocidade angular, também estará presente.
Esta última propriedade é o "truque" utilizado, por
aqueles que estudam ciências, para a regulagem da mistura
em "marcha lenta".

Leia atenciosamente o texto introdutório da Sala de


Eletrônica (Funções eletrônicas - leitura obrigatória).
Um projeto cuja finalidade seja a de explicar claramente
ao espectador (principalmente aos mecânicos domingueiros)
o que vem a ser uma boa regulagem no motor de seu veículo,
sem dúvida, vem bem a calhar. Tal projeto deverá conter,
necessariamente, os itens:

1) pequeno histórico sobre os motores de combustão interna:


2) o aproveitamento motriz da gasolina (cerca de 400ml converte-
se em energia mecânica e o restante em energia térmica, por
litro);
3) a ignição tradicional e a ignição eletrônica;
4) a troca de velas (e o teste de velas);
5) a regulagem da folga das velas de ignição;
6) a substituição do conjunto platinado e capacitor (para a
finalidade do capacitor, veja nosso texto sobre a bobina de
Ruhmkorff - Altas Tensões - Sala 03);
7) ajuste da folga do platinado;
8) ajuste do ponto de ignição (teoria, montagem e uso da lâmpada
de ponto);
9) ajuste da mistura ar-combustível em marcha lenta.

Eis um tema, para ser desenvolvido cientificamente, como


são todas nossas sugestões, de um circuito para a lâmpada
estroboscópica de xenônio para a regulagem de motores.
Um ponto importante do circuito é o transformador (T).
Pode ser ensaiado, um modelo comercial ou um projeto para
enrolamento em núcleo de ferrite.

Material
TR1 -TR2: transistor NPN, 2N3055 ou FT 3055 ou MJE305
D1 : diodo retificador para 3A/100V
D2 a D5: diodos retificadores, 1N4007 ou equivalentes
R1 - R2: resistores 470, 1W.
C1 -C2: capacitores 1F, 400V, poliéster (separados)
LX: lâmpada xenônio (ferradura)
T: transformador para (110 + 110)V por (12 + 12)V, 3ª

Esquema geral

Circuito esquemático da lâmpada de ponto I

Lâmpada de "ponto" 2
Prof. Luiz Ferraz Netto
leobarretos@uol.com.br

Apresentação
Como já salientamos, o ajuste correto do "ponto" de
ignição do motor é fator importantíssimo para o desempenho
da máquina. Esse ajuste deve ser feto com o motor em
movimento, observando-se a "coincidência" das marcas
feitas pelo fabricante, em peças ligadas ao distribuidor.
Esse ajuste deve ser feito com uma luz estroboscópica. Eis
nosso novo esquema para tal montagem, usando lâmpada de xenônio.

Nota 1: Os capacitores devem ser de poliéster; não use


eletrolíticos. O fio a ser enrolado no cabo de vela
(pistão 1) tem um terminal ligado no 'laço' de disparo
sobre a lâmpada (indicado na figura) e o outro terminal
ligado no 'negativo' da lâmpada.

a) Alimentação em 110 VAC

b) Alimentação em 220 VAC

Circuitos esquemáticos para luz de ponto, com xenônio


Nota 2: Para alguns tipos de lâmpada de xenônio, os
capacitores devem ser aumentados para até 2,2pF(250 ou
450V). É conveniente prover a lâmpada com um espelho
esférico côncavo (tipo refletor para lâmpada de lanterna).

Aliás, uma lanterna fora de uso, será uma ótima


"embalagem" para o dispositivo todo.

Lâmpada Estroboscópica 1
Prof. Luiz Ferraz Netto
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Apresentação
Nesse projeto, mostramos um circuito eletrônico simples
(sistema inversor), capaz de produzir lampejos periódicos
numa lâmpada fluorescente de 15 a 40W.

O componente básico do circulo é um transformador "antigo"


usado em rádios à válvula. Esse transformador (facilmente
obtido em sucatas de oficinas de rádio e televisão) tem
primário para 110V (ou 110/220V) e secundários para 0 -
5V, 0 - 6V e 350 - 0 - 350 V (60mA).

Eis seu esquema :

Transformador para rádio à válvula


Nessa montagem, o enrolamento de 6V será utilizado
como primário, o de 5V como enrolamento derealimentação e
o de 350-0-350V como secundário de alta-tensão. O
enrolamento de 5V deve ser ligado em série e concordância
com o de 6V, de modo que, entre os extremos da associação
se obtenha 11 V.

O componente principal, responsável pela freqüência das


oscilações, é o capacitor C, que pode ter seu valor na
faixa de 0,1pf a 100pF x 20V (altas/baixas freqüências).

Para a faixa de baixas freqüências, C é do tipo


eletrolítico, caso em que a lâmpada piscará
"estroboscopicamente". O potenciômetro de 4K7 ohms (4700
ohms) deverá ser de fio, devido às altas correntes de
trabalho. Ele pode ser substituído por um resistor de fio,
de 5K x 10W, ajustável. O capacitor em paralelo com a
lâmpada fluorescente, devido aos picos de altas-tensões no
secundário, deve ter tensão de trabalho acima de 1000V.

Circuito esquemático da lâmpada estroboscópica I

Mais uma vez salientamos o espírito científico nas Feiras


de Ciências. Esse circuito (ou outros do gênero)
apresentado isoladamente (a menos que seja um projeto
inédito em Eletrônica), sem o devido lastro teórico que
justifique o seu "porque", dentro do pensamento
científico, não obterá mais que 30 pontos de uma comissão
julgadora.

Lâmpada Estroboscópica 2
Prof. Luiz Ferraz Netto
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Apresentação
Novamente utilizaremos de uma lâmpada de xenônio,
para esse produtor de pulsos luminosos de alta
potência, com ajuste de freqüência. Esse é o
dispositivo recomendado para salas de aula, nos
experimentos em estroboscopia.
Eis seu esquema:

Circuito esquemático da lâmpada "strobo" de alta potência

T1- Transformador com primário (110 + 110)V e


secundário qualquer, para 1A. Esse transformador é
utilizado com auto-transformador elevador de
tensão; os enrolamentos secundários não são usados.
O capacitor de 8 a 32 F determina a intensidade
dos pulsos; sua tensão de trabalho deve ser de pelo
menos 350 V.

T2- Transformador de pulso, de fabricação caseira.


Para a lâmpada xenon e seu trafo,
sugestão: http://www.xetrans.ind.br/xetcatlxe.html
.
Num bastão de ferrite de diâmetro 1cm e comprimento
6 a 10cm, faça dois enrolamentos de mesmo sentido,
um com 10 espiras, outro com 200 espiras, ambos com
fio 28 ou 32.

Um excelente trabalho de estroboscopia, utilizando-se


desse circuito, foi apresentado por Rafael Antonio da
Silva Rosa, Rodrigo Roversi Rapozo e Thiago Matias de
Carvalho, todos do Clube de Ciências Quark, São José
dos Campos - SP < www.clubequark.cjb.net >, na seguinte
página:

http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol5/Num1/v5n1a06.pdf
Vale a pena uma consulta!

Estroboscópio de uso geral


Prof. Luiz Ferraz Netto
leobarretos@uol.com.br

Apresentação
Esse modelo é de um estroboscópio de uso geral, não
calibrado, indicado nas aplicações onde a informação
rápida não é requerida. É o equipamento de uso do autor em
seu laboratório particular. Aplicações típicas incluem a
visualização de repetitivos padrões impressos, descargas
oscilantes e a operação de arranjos mecânicos de alta
velocidade (ventiladores, gotejamentos etc.).
A faixa de 'rapidez' é de aproximadamente 200 a 5 000
flashes por minuto.
Componentes
C1/C2/C6/C7 - 40F X 250V
C3 - 25F X 16V
C4 - 0.33F X 60V
C5 - 0.22F X 250V
C8 - 1F X 400V
R1 - 20R X 5W
R2 - 18K X 1/2W
R3 - 33K X 1/2W
R4 - 560R X 1/2W
R5/R6/R7 - potenciômetros ou trimpots > 1/8W
R8 - 620R X 1/4W
R9 - 13R X 1/4W
R10 - 1M X 1/4W
R11 - 4K X 2W
D1/D2/D3/D4 - 1N4007
D5 - 1N4742, zener 12V
T1 - Pode ser de montagem caseira, retirado de outro estrobo ou
ainda de flashes antigos.

Esquema geral
Recomenda-se que a montagem seja feita por técnico em
eletrônica, para o qual, a simbologia acima não constitui
segredo algum.
Advertência
A luz intermitente do estroboscópio pode induzir ataque
num pessoa com epilepsia ou sujeita a foto-convulsão. Tome
cuidados apropriados para prevenir a exposição de pessoas
reconhecidamente ou possivelmente epilépticas a qualquer
tipo de luz estroboscópica. Qualquer uso público ou
demonstração deve conter um aviso adequado e destacado.

Sobre a montagem, cheque a o tubo de flash para


certificar-se de que está totalmente inserido em seu
soquete (adaptado dentro de um refletor parabólico de
farol automotivo). Ligue o cordão de força numa tomada de
117 VAC, 60 Hz. Ligue o interruptor e ajuste os controles
principal e o do vernier para a ótima visualização do
fenômeno. A melhor imagem geralmente é obtida quando a
taxa de flashes é a mesma que a taxa de repetição do
fenômeno. Inicie o processo com a taxa máxima de flashes e
então decresça-a até a primeira imagem estacionária
simples seja obtida.

O tubo de flash tipo ferradura usado pelo autor tem


referência WFT-2. Não utilize fusível acima de 500 mA.

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