Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Rio de Janeiro
Junho de 2013
i
SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE DIFUSÃO DE NÊUTRONS PELO MÉTODO DE
DIFERENÇAS FINITAS DE MALHA GROSSA ANALÍTICO
Examinada por:
________________________________________________
Prof. Fernando Carvalho da Silva, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Aquilino Senra Martinez, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Hermes Alves Filho, D.Sc
________________________________________________
Dr. Zelmo Rodrigues de Lima, D.Sc
ii
Roza, Maurício Penetra da
Solução da Equação de Difusão de Nêutrons pelo
Método de Diferenças Finitas de Malha Grossa Analítico/
Maurício Penetra da Roza. – Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE,
2013.
XV, 122 p.: il.; 29,7 cm.
Orientadores: Fernando Carvalho da Silva
Aquilino Senra Martinez
Dissertação (mestrado) – UFRJ/ COPPE/ Programa de
Engenharia Nuclear, 2013.
Referências Bibliográficas: p. 121-122.
1. Método de diferenças finitas de malha grossa
analítico. 2. Equação da difusão de nêutrons. 3. Lei de
Fick. I. Silva, Fernando Carvalho da et al. II. Universidade
Federal do Rio de Janeiro, COPPE, Programa de
Engenharia Nuclear. III. Título.
iii
“A mente que se abre a uma nova ideia
Albert Einstein
iv
Dedico este trabalho à minha querida mãe.
v
Agradecimentos
À minha mãe, pelo apoio incondicional. Sem ela, provavelmente não estaria escrevendo
esses agradecimentos.
Aos meus tios e tias, com os quais sempre pude contar. Principalmente, às minhas
Aquilino Senra.
vi
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
Junho/2013
vii
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
June/2013
viii
Índice
INTRODUÇÃO…………………………………………………………………... 1
Capítulo 1……………………………………...…………………………… 8
Capítulo 2....................................................................................................... 17
Capítulo 3........................................................................................................ 24
ix
3.1.3 – Coeficientes secundários..................................................................... 35
Capítulo 4........................................................................................................ 40
Capítulo 5........................................................................................................... 70
x
5.1 – Processo iterativo de cálculo................................................................... 75
Capítulo 6........................................................................................................ 79
Referências...................................................................................................... 121
xi
Lista de Figuras
xii
Figura 12 - Modelo computacional relativo ao programa DFMG......................... 78
xiii
Lista de Tabelas
xiv
Tabela 10 - Distribuição de potência normalizada para 1/4 do núcleo e matriz 1x1.... 101
Tabela 11 - Distribuição de potência normalizada para 1/4 do núcleo e matriz 2x2.... 102
Tabela 12 - Distribuição de potência normalizada para 1/4 do núcleo e matriz 4x4.... 103
xv
INTRODUÇÃO
cada ano que passa, seja devido à universalização do acesso a energia elétrica, veja
base 2011).
Figura 1 - Evolução da taxa de eletrificação dos domicílios brasileiros entre 1970 e 2000.
Fonte: Atlas de Energia Elétrica do Brasil, 2002
1
A matriz de geração elétrica do Brasil é predominantemente hidráulica, com
Biomassa3
Eólica 0,5%
6,6%
Gás Natural 4,4%
Nuclear 2,7%
1 2 3
Inclui gás de coqueria Inclui importação de eletricidade Inclui lenha, bagaço de cana, lixívia e outras
recuperações
Com o aumento da demanda por energia elétrica, esforços cada vez maiores
para um cenário mais positivo para o setor nuclear nos próximos anos, uma vez que não
2
A energia nuclear tem uma das melhores taxas de geração de calor entre as
área, não são sazonais, ou seja, não dependem de fatores climáticos, tem baixo impacto
ambiental, durante a operação não emite gases nocivos, tem um combustível potente e
de baixo custo e não possuem limitações geográficas, ou seja, podem ser instaladas
pastilhas, então são agrupadas nas varetas combustíveis e estas varetas por sua vez são
3
Para se ter uma ideia do poder energético do urânio, duas pastilhas de dióxido de
urânio, como as mostradas na Figura 3, usadas em reatores PWRs, por exemplo, como
as usadas nas usinas nucleares de Angra dos Reis, produzem energia suficiente para
abastecer uma residência com quatro habitantes por um mês inteiro. A energia obtida de
4
Com isso se tem uma noção real do poder de geração de energia de uma usina
termonuclear, já que uma usina nuclear como Angra 2, veja Figura 5, que tem uma
Nuclear Almirante Álvaro Alberto, que passará a ser composta de três usinas nucleares,
5
Nos reatores nucleares, que operam nestas usinas, há um balanço entre o número
de nêutrons por unidade de energia que é produzido por fissão e/ou espalhamento e o
número de nêutrons que é perdido por captura, espalhamento e/ou fuga através do
composição do sistema, requeridos para manter esse balanço estacionário. Desta forma,
Com efeito, para cálculos das condições necessárias para atingir a criticalidade,
autovetor. A solução desse problema nos fornece tanto o fator de multiplicação efetivo
nêutrons. Dentro desse contexto, este trabalho tem como objetivo resolver
(DFC)(ALVIM, 2007), uma outra técnica, uma das mais difundidas, é o Método de
6
aqui proposto tem como base os trabalhos desenvolvidos por Y. A. Chao(CHAO, 1999;
WAGNER, 1977), esperando que ela possa ser usada individualmente para determinar o
7
Capítulo 1
determina a taxa na qual variam as reações nucleares que ocorrem dentro do reator. A
Com efeito, supõe-se que nêutrons tendem a difundir a partir de regiões de alta
1976).
nêutrons.
8
1.1 - Equação da Continuidade de Nêutrons
9
de nêutrons através da interação nêutron – núcleo, os dois termos do lado direito da
negativo indica que a difusão acontece da região de maior densidade para a de menor
densidade de nêutrons.
grupo g.
10
1.3 - Equação de Difusão de Nêutrons
11
1.4 - Equação de Balanço Nodal
em nodos, que são paralelepípedos retos cujas arestas podem ou não ser congruentes, a
z
n
; u=x
onde: = ; u=y .
; u=z
equação da continuidade.
12
Aplicando então o operador de média em volume, dado por:
nodal .
Neste nodo os parâmetros nucleares de multigrupos são uniformes, ou seja, não variam
espacialmente. O fluxo médio e as densidades de corrente médias nas faces são assim
definido:
13
Fluxo médio de nêutron no nodo:
onde:
A equação de balanço nodal, equação (1.4), possui sete incógnitas para cada
grupo de energia, seis são as densidades de corrente médias em cada face do nodo,
densidades de corrente médias nas faces do nodo e o fluxo médio no nodo, as chamadas
14
Como os parâmetros nucleares são uniformes dentro do nodo, da equação (1.7)
obtemos:
ou
por:
15
A equação (1.9) fornece uma relação direta entre a densidade de corrente média
Fick, equação (1.9), que relaciona esta densidade de corrente média com a derivada do
deste fluxo médio na face do nodo que o método de Diferenças Finitas de Malha Grossa
entre valores discretos da função, enquanto que em DFMGA o fluxo médio de nêutrons
integrada transversalmente (a obtenção desta equação será feita na seção 3.1, onde o
16
Capítulo 2
método de Diferenças Finitas Clássico (DFC) (ALVIM, 2007), este método consiste em
aproximar a parte de uma curva delimitada por dois pontos muito próximos pela secante
Grossa Analítico (DFMGA), as malhas (que no caso do método DFMGA são chamadas
de nodos) possuem suas dimensões da mesma ordem de grandeza das dimensões radiais
pois trabalha com nodos da mesma ordem de grandeza dos elementos combustível, mas
DFC.
Clássico, pois o mesmo servirá como guia para escrevermos as equações discretizadas
do DFMGA.
17
Necessitamos determinar as equações de acoplamento, que ao substituir na
equação de balanço nodal, obteremos uma equação, onde as únicas incógnitas serão os
diferenças finitas e a lei de Fick nas interfaces entre os nodos. A Figura 7 representa as
m n k
obtemos:
18
a condição de continuidade de corrente
19
a Lei de Fick:
20
Igualando as equações (2.5) e (2.6) devido à continuidade de corrente e usando a
que após uma pequena manipulação algébrica obtemos o fluxo médio na face entre as
21
que podemos reescrevê-la como:
onde
22
onde
Malha Grossa Analítico, é possível escrever as densidades de corrente média, nas faces
coeficientes de difusão .
23
Capítulo 3
TRANSVERSALMENTE
para resolver a equação de difusão de nêutrons, equação (1.3). O DFC (ALVIM, 2007),
que foi uma das primeiras técnicas empregadas para a solução da equação de difusão de
transversalmente, equação (3.1), e depois, para resolver esta faz uma expansão
transversalmente.
24
Aplicando o operador de média em área, dado por:
equação:
25
No capítulo 2 fizemos uma breve explicação do DFC, e explicamos por que o
método DFMGA, que pode ser considerado um método nodal, pois utiliza os nodos com
médio na face por diferença entre valores discretos. Neste capítulo, determinamos, a
transversalmente, equação (3.1). Para resolver esta equação, é feita uma expansão
26
e
27
e
28
e
0, 1, 2 , da equação (3.4).
29
Para o cálculo de , usamos a condição de consistência,
30
Aplicando as condições de contorno na equação (3.19), obtemos os demais
coeficientes e ,
onde
31
e
resultando em:
equação (3.2) na equação (3.16), depois utilizamos a equação (1.9), e então fazendo o
32
obtemos:
33
e a propriedade representada pela equação (3.11) do polinômio A consequente
obtendo:
34
e
equação:
35
onde a função peso são as funções de base do NEM, de grau um e grau dois,
propriedades das funções de base representadas pelas equações (3.12), (3.13), (3.14) e
coeficientes secundários.
36
3.1.4 - Correntes parciais de saída
obtemos:
37
e
onde:
38
3.1.5 - Fluxo médio nodal
corrente na equação de balanço nodal, equação (1.4), obtemos a equação da qual são
equação (3.45).
39
Capítulo 4
integrada transversalmente, equação (3.1). Para isto iremos trabalhar com dois grupos
de energia (g = 1, 2), sem upscattering (não há ganho de energia pelo nêutron após o
para o grupo 2 (significa que pela fissão só há produção de nêutrons do grupo 1).
nêutrons rápidos (grupo 1) e a equação (4.2) é a equação para nêutrons térmicos (grupo
2):
40
Onde a seção de choque macroscópica de remoção para nêutrons do grupo 1 de
. (4.3)
matricial,
onde:
41
e
42
onde ( = 1,2 ) são os autovalores de .
autovetores associados a .
(4.7):
onde a matriz coluna, , associada a fuga transversal é definida pela equação (4.8).
43
Usando a equação (4.5) na equação (4.7), obtemos a seguinte equação:
onde
44
Reescrevendo a equação (4.10), obtemos
onde, após substituir os elementos da equação (4.12) pelas suas respectivas matrizes
chegamos a
45
que podemos reescrevê-la como
onde:
46
Para o cálculo da matriz coluna
47
Para o cálculo da matriz coluna
48
Com isto obtemos a matriz de transformação de similaridade Rn
49
Calculando o determinante da equação (4.30) e o igualando a zero, chegamos a
onde:
50
As raízes da equação (4.31) são os autovalores associados ao autovetor Rn
(4.36).
51
4.2.1 - Solução da equação homogênea
onde:
52
e
sendo:
53
e
54
onde é a inversa da matriz de transformação de similaridade, ou seja, ,
sendo
, ,
, ,
equação ( 4.28)
55
Fazendo uma expansão polinomial de segunda ordem do termo que corresponde
onde:
56
e
equação (4.9):
57
4.2.3 - Solução geral
onde:
58
e
59
4.3 - Determinação dos coeficientes e
equação (3.28), e a lei de Fick, equação (1.9), escritas na forma matricial. Então,
onde:
60
61
e
x, y, z):
onde:
62
e
Clássico.
63
A Figura 8 representa as interfaces entre os nodos m, n e k na direção u (u = x, y
ou z).
m n k
64
onde representa o fluxo médio na face direita do nodo n e o fluxo médio na
65
onde, de acordo com o Apêndice B, temos:
Agora definindo:
66
e
para = m, n, podemos reescrever a equação (4.83), para cada grupo de energia, como
segue
Após alguma manipulação algébrica, a equação (4.90) pode ser assim escrita:
onde:
67
e
onde:
68
e
69
Capítulo 5
CONTINUIDADE DE NÊUTRONS
espacial, substituindo as correntes líquidas nas faces do nodo n, obtidas na seção 4.4, na
na direção x com os nodos da direita (nd) e da esquerda (ne), na direção y com os nodos
da frente (nf) e de trás (nt) e na direção z com os nodos de baixo (nb) e de cima (nc),
nc
nt
z
y ne n nd
x
nf
nb
70
Densidade de corrente nas faces transversais à direção x (u = x):
71
Densidade de corrente nas faces transversais à direção z (u = z):
72
Representando a equação (5.7) na forma matricial obtemos a equação (5.8) que
como no método clássico de diferenças finitas, após considerar todos os nodos, é uma
onde:
73
74
e
fluxo de nêutrons, onde foi utilizado o método das Potências Normalizado (ALVIM,
2007) para o cálculo do fator de multiplicação efetivo e o método SOR para o cálculo da
75
distribuição do fluxo de nêutrons, no que diz respeito às iterações externas. As Figuras
funções.
Nodalizacao
LeDadosEntrada
CalculaLinhaColunaCamada
DeterminaMapaCombustivel
DeterminaLocalizacaoRadialBBC
DeterminaLocalizacaoRadialBBC
DeterminaRefletorComBBC
DeterminaCamadaAxialBBC
DeterminaTipoNodo
DeterminaNodosNucleo
DeterminaContribuiçãoNodoNucleo
DeterminaContribuiçãoNodoEC
GravaDadosSaida
76
DiferencasFinitas
LeituraDadosEntrada
LeituraDadosNucleares
Inicializacao
DeterminaNodosVizinhos
SomaFonteFissao
IteracoesExternas
CalculaDiversosParametros
CalculaAutovalores
CalculaMatrizTransformacaoSimilaridade
InverteMatriz
CalculaMatrizesC
DeterminaNodosVizinhos
FugaTransversal
FugaTransversalMedia
ContribuicaoFugaTransversal
ControlaCalculoCoeficienteDifusao
DeterminaNodosVizinhos
CalculaCoeficienteDifusao
InverteMatriz
DeterminaMatrizIteracao
DeterminaNodosVizinhos
CalculaFonteFissao
IteracoesInternas
DeterminaNodosVizinhos
CalculaKeff
SomaFonteFissao
CalculaCorrenteFluxoFace
DeterminaNodosVizinhos
CalculaFluxoFace
CalculaDensidadePotencia
GravaDadosSaida
LeDadosComparacao
CalculaFatorPotenciaEC
ComparaResultados
77
No programa DFMG, após o processo iterativo onde é calculado o fator de
percentual estiver acima de um valor estipulado nos dados de entrada, será realizado um
Inicialização
não
sim
não
sim
78
Capítulo 6
Este problema teste possui um núcleo com cento e setenta e sete elementos
combustíveis, sendo nove com barras de controle totalmente inseridas e quatro com
79
Para este teste utilizamos a configuração de 1/4 do núcleo. Na Figura 13
mostramos a simetria de 1/4 do núcleo do reator, na camada 3 (ver Figura 14), em xy,
y (cm)
170
4 4 4 4
150
1 1 1 4 4 4
130
2 2 1 1 1 4 4
110
2 2 2 2 1 1 4 4
90
3 2 2 2 3 1 1 4
70
2 2 2 2 2 2 1 4 4
50
2 2 2 2 2 2 1 1 4
30
2 2 2 2 2 2 2 1 4
10
3 2 2 2 3 2 2 1 4
10 30 50 70 90 110 130 150 170 x (cm)
controle (BBC) assim como as condições de contorno, onde n representa, neste caso,
nodos no contorno.
80
z (cm)
380
5 4 5 4 5 4
360
280
3 2 3 2 1 4
60
Plano 3 3 2 3 2 1
40
3 2 3 2 1
20
4
81
Na Tabela 1 apresentamos os parâmetros nucleares do benchmark IAEA 3D,
Tipo g
Para este teste foram geradas três nodalizações, 1x1, 2x2 e 4x4. Na primeira,
1x1, este 1/4 de núcleo foi dividido em 1.311 nodos, com suas dimensões no plano xy
sendo a mesma dimensão dos elementos combustíveis (20 cm) e em dezenove camadas
axiais de 20 cm de altura cada. Na segunda, 2x2, o 1/4 de núcleo foi dividido em 4.579
nodos, com suas dimensões no plano xy sendo a metade da dimensão dos elementos
82
terceira, 4x4, o 1/4 de núcleo foi dividido em 18.316 nodos, com suas dimensões no
83
As Tabelas 3, 4 e 5 mostram, para uma simetria de 1/4 de núcleo, a distribuição
segunda linha representa o valor obtido pelo método de Diferenças Finitas de Malha
Grossa Analítico e a terceira linha representa o valor do desvio percentual relativo entre
3D.
84
Valor de referência
Valor obtido pelo DFMGA
Desvio percentual (%)
85
Valor de referência
Valor obtido pelo DFMGA
Desvio percentual (%)
86
Valor de referência
Valor obtido pelo DFMGA
Desvio percentual (%)
87
A Tabela 6 apresenta o valor do fator de multiplicação obtido pelo método de
DFMGA
IAEA 3D
1x1 2x2 4x4
que o método tem boa consistência, já que ao reduzirmos a malha de 1x1 para 2x2 e
depois para 4x4, o maior desvio percentual de fluxo de nêutrons passou de 2,75% para
0,008%, que já era extremamente baixo, para 0,007% e depois para 0,004%, quando
utilizado para obtermos a solução numérica dos problemas testes, e o tempo que o
88
Tabela 7 - Configuração do computador
Computador Sistema
dimensões radiais. O núcleo é rodeado por cento e setenta e dois nodos de refletores
89
Para este teste utilizamos a configuração de 1/4 do núcleo. Na Figura 15
mostramos a simetria de 1/4 do núcleo do reator em xy, assim como as dimensões dos
y (cm)
165
135 5
120 3
4
105
2 2
75
1 3
15
2 2
90
z (cm)
360
5
330
2 1 2 3 5
30
5
y (cm)
15 75 105 135 165
91
Na Tabela 9 apresentamos os parâmetros nucleares do benchmark LRA 3D, com
inferior e lateral.
Tipo g
Para este problema teste foram geradas duas nodalizações, 2x2 e 4x4, já que
quando rodamos o programa DFMG, em linguagem Fortran, para a nodalização 1x1 ele
não convergiu. Na primeira, 2x2, o 1/4 de núcleo foi dividido em 11.616 nodos, com
(7,5 cm) e em vinte camadas axiais de 15 cm de altura cada. Já na segunda, 4x4, o 1/4
92
de núcleo foi dividido em 46.464 nodos, com suas dimensões no plano xy sendo a
quarta parte da dimensão dos elementos combustíveis (3,75 cm) e em vinte camadas
apresentadas na Tabela 2.
segunda linha representa o valor obtido pelo método de Diferenças Finitas de Malha
Grossa Analítico e a terceira linha representa o valor do desvio percentual relativo entre
3D.
93
Valor de referência
Valor obtido pelo DFMGA
Desvio percentual (%)
94
Tabela 11 - Distribuição de potência normalizada para 1/4 do núcleo e matriz 4x4
95
A Tabela 12 apresenta o valor do fator de multiplicação obtido pelo método de
DFMGA
LRA 3D
2x2 4x4
utilizado para obtermos a solução numérica dos problemas testes, e o tempo que o
96
6.3 – Benchmark LMW 3D
combustíveis, sendo quatro com barras de controle totalmente retiradas e cinco com
mostramos a simetria de 1/4 do núcleo do reator em xy, assim como as dimensões dos
y (cm)
110
4 4 4 4 4
90
3 3 3 3 4 4
70
2 1 1 3 3 4
50
1 1 2 1 3 4
30 BBC 1
1 1 1 1 3 4
10 BBC 2
2 1 2 3 4
10 30 50 70 90 110 x (cm)
97
Na Figura 18 mostramos em um plano xz, a localização dos bancos de barra de
BBC 2
z (cm)
200
4 4 4 4 4
180
2 2
100 1 3 4
BBC 1
20
4
10 30 50 70 90 110 y (cm)
98
representa o combustível 1 com BBC, Tipo 3 representa o combustível 2 sem BBC e
Tipo g
Para este teste foram geradas três nodalizações, 1x1, 2x2 e 4x4. Na primeira,
1x1, este 1/4 de núcleo foi dividido em 360 nodos, com suas dimensões no plano xy
sendo a mesma dimensão dos elementos combustíveis (20 cm) e em oito camadas axiais
de 20 cm de altura cada. Na segunda, 2x2, o 1/4 de núcleo foi dividido em 1.210 nodos,
4x4, o 1/4 de núcleo foi dividido em 4.840 nodos, com suas dimensões no plano xy
sendo a quarta parte da dimensão dos elementos combustíveis (5 cm) e em oito camadas
99
Para a solução numérica dos problemas teste, introduzimos no programa, criado
referência, a segunda linha representa o valor obtido pelo método de Diferenças Finitas
3D.
100
Valor de referência
Valor obtido pelo DFMGA
Desvio percentual (%)
101
Valor de referência
Valor obtido pelo DFMGA
Desvio percentual (%)
102
Valor de referência
Valor obtido pelo DFMGA
Desvio percentual (%)
103
Tabela 18 - Fator de multiplicação efetivo e desvio percentual
DFMGA
LMW 3D
1x1 2x2 4x4
utilizado para obtermos a solução numérica dos problemas testes, e o tempo que o
104
Capítulo 7
de Diferenças Finitas de Malha Grossa Analítico, entre outros. O método proposto neste
Técnica de Transformação Linear, de tal forma que após expandirmos o termo relativo à
Este método, Diferenças Finitas de Malha Grossa Analítico, também pode ser
nuclear possuem suas dimensões da mesma ordem de grandeza das dimensões radiais
que tem as dimensões das malhas limitadas, para uma boa acurácia, pelo comprimento
105
Na implementação do método aqui proposto foram criados dois programas em
poderá optar pelo tipo de simetria (1/4 ou 1/8 ). O segundo, chamado de DFMG,
difusão de nêutrons.
benchmark LMW 3D. E para testar a consistência do método, usamos três tipos de
nodalização, a nodalização 1x1 que assume o nodo com a mesma dimensão radial do
elemento combustível, a 2x2 que assume o nodo com a metade da dimensão radial do
elemento combustível e a 4x4 que assume o nodo com a quarta parte da dimensão radial
do elemento combustível.
numérico com o menor tempo computacional foi para o caso teste do benchmark LMW
3D com nodalização de 1x1, com um tempo de 3,77 segundos. Com relação ao fator de
com seus valores de referência, com o maior desvio percentual obtido, de 0,011%, para
106
A distribuição de potência normalizada foi similar às obtidas dos benchmarks,
próximo ao refletor. É exatamente nesta região que foram obtidos os maiores desvios
percentuais.
Por fim, como sugestão para trabalho futuro, proponho a utilização do DFMGA
para acelerar o método nodal NEM, proponho também que se investigue outros perfis
de fuga.
107
Apêndice A
obtendo a equação (4.13). Isso implica que a solução particular também será um
108
Para que a igualdade da equação (A.3) seja verdadeira, os termos associados ao
polinômio do lado esquerdo da equação devem ser iguais aos do lado direito da mesma
equação.
(A.4), através dos termos associados ao polinômio de grau dois, obtemos a equação
(A.5) e através dos termos associados ao polinômio de grau zero, obtemos, após alguma
109
Substituindo as equações (A.4), (A.5) e (A.6) na equação (4.14), obtemos a
110
Apêndice B
111
e
112
e
Agora aplicando as equações (B.1), (B.2), (B.3) e (B.4) na face direita do nodo
113
e
Como:
114
obtemos, comparando a equação (B.5) com a equação (B.9) e a equação (B.8) com a
e como:
115
obtemos comparando a equação (B.6) com a equação (B.10) e a equação (B.7) com a
Sabendo que
116
as equações (4.35) e (4.34) se transformam em
(B.21)
117
e
118
e
(B.28)
119
de onde podemos concluir, observando as equações (B.13), (B.14), (B.15) e (B.16), que:
120
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVIM, A. C. (2007). Métodos Numéricos em Engenharia Nuclear. Curitiba - PR: Ed. Certa.
CHAO, Y. A. (1999). A theorical analysis of the coarse mesh finite difference representation in
CHAO, Y. A. (2000). Coarse mesh finite difference method and applications. ANS International
Topical Meeting on Advances in Reactor Physics and Mathematics and Computation into the
DUDERSTADT, J., & HAMILTON, L. J. (1976). Nuclear Reactor Analysis. New York: John Wile &
Sons.
E. BREGA, D. P., & E. SALINA. (1981). Conputation accuracy and eficiency of a coarse-mesh
analitic nodal method for LWR transient problems, in comparasion with a apace-time synthesis
http://www.eletronuclear.gov.br/AEmpresa/CentralNuclear/Angra3.aspx
http://www.eletronuclear.gov.br/downloads/19/771.pdf
EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. (2012: Ano base 2011). Balanço Energético Naciona
121
FINNEMAN, H., BENNEWITZ, F., & WAGNER, M. R. (1977). Interface current techniques for
Engenharia Nuclear.
Métodos Nodais de Malha Grossa. Dissertação de Mestrado . RIo de Janeiro, RJ, Brasil.
122