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Florianópolis
2020
Juan Carlos Oyola Ballesteros
Florianópolis
2020
Juan Carlos Oyola Ballesteros
O presente trabalho em nı́vel de mestrado foi avaliado e aprovado por banca examinadora
composta pelos seguintes membros:
Certificamos que esta é a versão original e final do trabalho de conclusão que foi julgado
adequado para obtenção do tı́tulo de mestre em Matemática Pura e Aplicada.
Coordenador do Programa de
Pós-Graduação
Inclui referências.
2 Problema Modelo 15
2.1 Equação para o modelo reduzido de fratura exclusiva em alta e baixa permeabil-
idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3 DG em problemas elı́pticos 23
3.1 Malhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.2 Espaços de Sobolev Particionados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.3 Resultados da análise e propriedades de aproximação . . . . . . . . . . . . . . 27
3.4 Formulação Fraca do Problema Elı́ptico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.5 Método de Galerkin Descontı́nuo para Problemas Elı́pticos em espaços de Sobolev
Particionados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.6 Problema modelo e Método de Galerkin Descontı́nuo para Problemas Elı́pticos
em espaços de Sobolev Particionados unidimensionais . . . . . . . . . . . . . . 38
5 Implementação 57
5.1 Formulação Matricial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
5.2 Implementação no Domı́nio Bidimensional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
5.3 Implementação no Domı́nio Unidimensional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
5.4 Implementação das condições de acoplamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
6 Resultados Numéricos 82
6.1 Analise de Convergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
6.2 Exemplo 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
6.3 Exemplo 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
6.4 Exemplo 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
7 Conclusões 94
8 Apêndice 95
1 INTRODUÇÃO 12
1 Introdução
O estudo de métodos computacionais que permitem a simulação de fenômenos de
fluxo, assume uma importância cada dia maior como instrumento capaz de prover soluções
para problemas ambientais e energéticos, essencial nas atividades humanas, como a gestão
de recursos hı́dricos, rastreamento de migração de petróleo, isolamento de rejeitos radioati-
vos e contaminação de lençóis freáticos. Deste modo, a modelagem de fluxos em meios
porosos fraturados, tornou-se uma ferramenta muito importante nas últimas décadas, conforme
[ANTONIETTI et al. 2016]. Nessas aplicações, o fluxo é fortemente influenciado pela presença
de fraturas, que podem agir como caminhos preferenciais, fazendo com que o fluido dirija-se
para a fratura e, em seguida flui ao longo da fratura (quando sua permeabilidade é maior que a do
meio circundante). Ou, ainda. como barreiras geológicas, onde o fluido evade a fratura (quando
são preenchidas com material pouco permeável), como afirma [MARTIN V.; JAFFRÉ 2005].
Uma fratura é definida como uma região caracterizada por uma pequena abertura em relação
ao seu comprimento e tamanho do domı́nio, além de ter uma porosidade diferente do meio
circundante.
Uma escolha comum de modelagem para esse tipo de problema consiste na utilização
de modelos reduzidos, que tratam fraturas como interfaces (d -1) -dimensionais entre domı́nios
porosos d-dimensionais, d = 2; 3. Mais detalhes relacionados a modelos reduzidos, aplica-
dos a problemas envolvendo fraturas de largura muito pequena, podem ser obtidos nos artigos
[SERRES et al. 2002], [ALBOIN et al. 2000] e [FRIH N.; ROBERTS 2008] . Por outro lado,
o fluxo no meio poroso é governado pela lei de Darcy, e uma versão reduzida adequada desta
lei é formulada na superfı́cie que modela a fratura. Condições de acoplamento fisicamente con-
sistentes são adicionadas para contabilizar a troca de fluido entre a fratura e o meio poroso,
[MARTIN V.; JAFFRÉ 2005]. Deste modo, uma equação de fluxo é obtida ao longo da in-
terface que é acoplada com equações de fluxo nos subdomı́nios vizinhos. Este trabalho está
baseado no modelo apresentado no artigo [MARTIN V.; JAFFRÉ 2005], no qual trata o modelo
de fratura única com alta e baixa permeabilidade em um meio poroso.
Por outra parte, os métodos numéricos para resolver este tipo de modelos, podem
ser classificados de acordo com a condição (correspondência ou não) da malha computacional
entre o domı́nio e a fratura. O propósito deste trabalho é justamente estender os já abordados
modelos reduzidos de fluxo de Darcy em meios fraturados para o caso em que a malha do
domı́nio e a malha de fratura coincidem. Uma abordagem tradicional que combina elementos
1 INTRODUÇÃO 13
finitos mistos, e malhas no domı́nio em conformidade com a malha da fratura, é abordado por
exemplo em [ALBOIN et al. 2000, FRIH N.; ROBERTS 2008, ANTONIETTI et al. 2016] . Já
o uso de grades não acopladas, correspondentes ao Método de Elementos Finitos estendidos
(XFEM), foi proposto em [FUMAGALLI A.; SCOTTI 2013, D’ANGELO C.; SCOTTI 2012].
Quando confrontado com a tarefa de resolver uma equação diferencial parcial com-
putacionalmente, percebe-se rapidamente que existe um grande número de métodos diferentes
para fazer isso. Considerando a natureza descontı́nua da solução na fratura, em relação ao
domı́nio, as condições de acoplamento podem ser formuladas naturalmente usando operadores
de salto e média, assim, os métodos de Galerkin descontı́nuo são ferramentas próprias para lidar,
de forma eficiente, com nosso modelo diferencial. Os Métodos de Galerkin descontı́nuo em ele-
mentos finitos (em inglês, Discontinuous Galerkin Finite Element Method ou DGFEM) foram
introduzidos pela primeira vez no inı́cio dos anos 1970 (ver, por exemplo [REED W.; HILL 1973,
DOUGLAS J.; DUPONT 1976, BAKER 1977]) como uma técnica para resolver equações dife-
renciais parciais numericamente. Para equações elı́pticas de segunda ordem, foram apresenta-
dos termos na forma bilinear, que penalizam saltos da descontinuidade da solução numérica
nas interfaces entre elementos, e impõe de maneira fraca as condições de fronteira (nós referi-
mos [ARNOLD 1982], [WHEELER 1978] e [NITSCHE 1971] ). Assim, uma escolha correta
no parâmetro de penalização pode garantir a coercividade da forma bilinear e, portanto, a es-
tabilidade do método. Recentemente, vários autores desenvolveram DGFEM’s para resolver
problemas elı́pticos de segunda ordem, dentre os quais podemos destacar os métodos não-
simétricos com penalização interior apresentados nos artigos [RIVIÈRE B.; WHEELER 2000]
e [SÜLI E.;SCHAWB 2000], e os métodos simétricos de Galerkin descontı́nuo com penalização
interior introduzidos em [ARNOLD 1982] e por [WHEELER 1978].
O objetivo deste trabalho é empregar o Método Garlerkin descontı́nuo (DG) tanto no
domı́nio quanto na fratura, para tratar numericamente o modelo de fratura única para alta e baixa
permeabilidade, com uma correspondência na malha computacional fratura-domı́nio. Para fazer
isso, os algoritmos, métodos e implementações Matlab descritos neste trabalho, foram desen-
volvidos com base [HESTHAVEN J.; WARBURTON 2007].
A seguir apresentamos a estrutura deste trabalho.
No capı́tulo dois, abordamos o modelo de fratura exclusiva em alta e baixa permea-
bilidade para o problema de escoamento em meios porosos fraturados.
No terceiro capı́tulo, efetuamos um estudo da formulação do método de Galerkin des-
1 INTRODUÇÃO 14
contı́nuo para a equação de Poisson. Apresentamos alguns resultados técnicos utilizados para
garantir a existência e unicidade da solução do método, assim como estimativas de erro a priori.
Dentre os resultados, vale ressaltar o teorema do traço, o teorema de Lax-Milgram e alguns
teoremas de aproximação polinomial em espaços de Sobolev.
No quarto capı́tulo, dedicamo-nos à apresentação do método de Galerkin descontı́nuo
para o problema elı́ptico, aplicado à modelagem do problema de escoamento em meios porosos
fraturados. A partir dos estudos do terceiro capı́tulo, garantimos existência e unicidade da
solução para a forma variacional discreta, gerada a partir de um conjunto de equações que
modela o problema de escoamento em meios porosos fraturados e, assim, ao final desse capı́tulo,
obtemos estimativas para o erro que garantem a convergência da solução discreta para a solução
exata.
Após garantirmos a existência e unicidade da solução discreta para o problema elı́ptico
que modela o problema de escoamento em meios porosos fraturados, no quinto capı́tulo, tratare-
mos alguns detalhes relacionados com à implementação computacional. Para isso, começaremos
com um olhar matricial do problema variacional discreto, o que vai nos guiar para as implementa-
ções tanto no domı́nio quanto na fratura nas seções 5.2, 5.3 e 5.4.
Por fim, no sexto capı́tulo, apresentamos uma série de experiências numéricas para
analisar o desempenho do método Garlerkin descontı́nuo.
2 PROBLEMA MODELO 15
2 Problema Modelo
O escoamento de um fluido através de um meio poroso fraturado d-dimensional,
d=2,3, pode ser descrito pelas seguintes componentes:
Com base no trabalho de [MARTIN V.; JAFFRÉ 2005], neste capı́tulo, efetuaremos um estudo
detalhado das três componentes acima que determinam o modelo reduzido de fratura exclusivo
para alta e baixa permeabilidade.
div(u) = f , em Ω
u = −K ▽ p, em Ω (2.1.1)
p = p, sobre γ ,
com K ∈ Rd×d o tensor de condutividade hidráulica (ou permeabilidade), diagonal, cujas en-
tradas K j j , j = 1, ..., d são positivas, com Kmin e Kmax > 0, tal que:
γΓ
.............................................................................................................................................................................................................................
.... .
... ...
. ...
... ... ... ....
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... ..... ..... ...
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❦
◗
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−nΓ◗
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Ω1 Ω2
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γ1 γ2
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ΩΓ
... ...
. .... ...
... .... ...
. .....
... .... .... ...
... .... ..... ..
.............................................................................................................................................................................................................................
div(ui ) = fi , em Ωi i = 1, 2, Γ
ui = −Ki ▽ pi , em Ωi
pi = pi , sobre γi i = 1, 2, Γ (2.1.2)
pi = pΓ , sobre Γi i = 1, 2
ui · n = uΓ · n sobre Γi .
No modelo apresentado por [MARTIN V.; JAFFRÉ 2005], a fratura é tratada como
uma interface entre os domı́nios Ω1 e Ω2 , como podemos observar na Figura 2.1.2. O modelo
é obtido pela média ao longo dos segmentos de reta [s − lΓ (s)n, s + lΓ (s)n], s ∈ Γ, normal a Γ.
Neste trabalho, assumimos que lΓ (s) = lΓ > 0.
2 PROBLEMA MODELO 17
...........................................................................................................................................................................................................................
.... ...
. ...
... ... ....
... ... ....
... ....
. ...
..
❦
◗
... .
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. ...
−nΓ◗
... .... ...
...
... ....
...
Ω1 Ω2
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.
.....
γ1 γ2
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. ...
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. ...
...
... ....
Γ
... .
. ...
... .... .....
... .... ...
... ...
. ..
...........................................................................................................................................................................................................................
Começamos com o tratamento das leis de conservação, assim, vamos obter uma
equação de conservação na superfı́cie Γ, além de um termo de fonte que representa o fluxo
dos subdomı́nios para a fratura. Decompondo a velocidade uΓ como uΓ = uΓ,n + uΓ,τ , em que
uΓ,n , uΓ,τ designam as componentes normal e tangencial, respectivamente. Ainda, ∇τ e divτ
denotam os operadores tangenciais do gradiente e divergente, ∇n e divn os operadores normais.
Temos para a primeira equação em (2.1.2) com i = Γ,
divn uΓ + divτ uΓ = fΓ em ΩΓ .
Z lΓ /2
UΓ = uΓ,τ dn e
−lΓ /2
Z lΓ /2
FΓ = fΓ dn.
−lΓ /2
Usando a continuidade dos fluxos através de Γ1 e Γ2 da última equação em (2.1.2), para i=1 e
i=2, em (2.1.3), obtemos a equação de conservação na superfı́cie Γ, com o termo fonte adicional
u1 · n1 |Γ1 + u2 · n2 |Γ2 ,
divτ UΓ = FΓ + u1 · n1 |Γ1 + u2 · n2 |Γ2 sobre Γ. (2.1.4)
2 PROBLEMA MODELO 18
A lei de Darcy é uma equação vetorial, a média das componentes tangenciais sobre Γ fornece
uma lei de Darcy, que relaciona a componente tangencial do gradiente médio da pressão com a
componente tangencial da velocidade média de Darcy. Assim, considerando a segunda equação
em (2.1.2), sobre Γ, podemos escrever as parcelas normal e tangencial da velocidade da forma
Z
1 lΓ
em que PΓ = pΓ dn e KΓT é assumida constante ao longo da abertura. A equação acima
lΓ −lΓ
é a lei de Darcy ao longo da interface (d-1) dimensional.
Para construir condições de acoplamento que permitem uma diferença de pressão de
um lado de ΩΓ para o outro, a lei de Darcy na forma da componente normal, equação (2.1.6),
será reformulada. Assim, integrando (2.1.6), obtemos:
Z lΓ
uΓ,n dn = −KΓn (pΓ |Γ2 − pΓ |Γ1 ). (2.1.8)
−lΓ
Z lΓ
lΓ lΓ
uΓ,n dn ≈ (uΓ · n2 |Γ2 + uΓ · n1 |Γ1 ) = (u1 · n1 |Γ1 + u2 · n2 |Γ2 ),
−lΓ 2 2
sendo que
2K n
β˙Γ = Γ
lΓ
2 PROBLEMA MODELO 19
denota o parâmetro resistividade da fratura. A equação acima relaciona o salto da pressão com
a velocidade de Darcy e, com ela, chegamos à primeira equação de acoplamento para nosso
problema modelo.
Para fechar o sistema na interface Γ, necessitamos ainda uma última equação para o
perfil da pressão na direção normal à fratura [MARTIN V.; JAFFRÉ 2005]. Consideramos a
pressão média PΓ equivalente à média das pressões nos limites Γ1 e Γ2 ,
Deste modo, para representar p1 |Γ1 e p2 |Γ2 em função da pressão média em (2.1.9), temos:
1
(p2 |Γ2 − p1 |Γ1 ) = (u2 · n|Γ2 − u1 · n|Γ1 ). (2.1.11)
β˙Γ
obtendo, assim:
1 1
− u1 · n1 |Γ1 + β˙Γ p1 |Γ1 = − u2 · n2 |Γ2 + β˙Γ PΓ (2.1.12)
2 2
1 1
− u2 · n2 |Γ2 + β˙Γ p2 |Γ2 = − u1 · n1 |Γ1 + β˙Γ PΓ . (2.1.13)
2 2
O resultado anterior descreve a pressão descontı́nua na interface como função da pressão média
e a velocidade normal de Darcy nos limites Γ1 e Γ2 , chegando à segunda equação de acopla-
mento.
A seguir, apresentamos outras duas representações para a segunda equação de acoplamento .
Se aproximarmos o valor de pΓ e uΓ,n no centro da fratura por PΓ e pelo fluxo médio
uΓ · n|Γ1 + uΓ · n|Γ2
, respectivamente, ao integrar a equação (2.1.6), obtemos
2
Z lΓ
uΓ,n dn = −KΓn (pΓ |Γ2 − PΓ ), (2.1.14)
0
2 PROBLEMA MODELO 20
Z lΓ
lΓ uΓ · n|Γ1 + uΓ · n|Γ2 lΓ 3u2 · n|Γ2 + u1 · n|Γ1
uΓ,n dn ≈ (uΓ · n|Γ2 + )= ,
0 4 2 4 2
obtendo-se:
1
(3u2 · n|Γ2 + u1 · n|Γ1 ) = −β˙Γ (pΓ |Γ2 − PΓ ). (2.1.15)
4
Analogamente para
Z 0
uΓ,n dn = −KΓn (PΓ − pΓ |Γ1 ),
−lΓ
temos
1
(u2 · n|Γ2 + 3u1 · n|Γ1 ) = −β˙Γ (PΓ − pΓ |Γ1 ). (2.1.16)
4
3 1
− u1 · n1 |Γ1 + β˙Γ p1 |Γ1 = − u2 · n2 |Γ2 + β˙Γ PΓ e (2.1.17)
4 4
3 1
− u2 · n2 |Γ2 + β˙Γ p2 |Γ2 = − u1 · n1 |Γ1 + β˙Γ PΓ , (2.1.18)
4 4
em que, novamente, é a descrição para a pressão na interface, em termos da pressão média nos
limites Γ1 e Γ2 , outra possibilidade para a segunda equação de acoplamento.
Se somarmos as equações (2.1.17) e (2.1.18), temos:
1
−β˙Γ (p1 |Γ1 + p2 |Γ2 − 2PΓ ) = (u2 · n|Γ2 − u1 · n|Γ1 ) (2.1.19)
2
KΓn
u1 · n1 |Γ1 = − 4PΓ − 3p1 |Γ1 − p2 |Γ2 (2.1.20)
lΓ
Kn
u2 · n2 |Γ1 = − Γ 4PΓ − p1 |Γ1 − 3p2 |Γ2 . (2.1.21)
lΓ
2 PROBLEMA MODELO 21
u1 · n1 |Γ1 = −β˙Γ PΓ − pΓ |Γ1 e (2.1.22)
u2 · n2 |Γ1 = −β˙Γ PΓ − p2 |Γ2 . (2.1.23)
β˙Γ
(p1 |Γ1 + p2 |Γ2 − 2PΓ ) = (u2 · n2 |Γ2 + u1 · n1 |Γ1 ), (2.1.26)
2ξ − 1
div(ui ) = fi , em Ωi i = 1, 2
ui = −Ki ▽ pi , em Ωi i = 1, 2
pi = p i , sobre γi i = 1, 2
divτ UΓ = FΓ + u1 · n1 |Γ1 + u2 · n2 |Γ2 sobre Γ
(2.1.27)
UΓ,τ = −KΓT lΓ ▽τ PΓ sobre Γ
pi = PΓ , sobre Γi i = 1, 2
3 DG em problemas elı́pticos
Com o objetivo de discretizar o modelo reduzido (2.1.27) para encontrar uma solução
numérica, neste capı́tulo apresentamos resultados que garantem existência e unicidade de uma
solução do método de Galerkin Descontı́nuo para um problema elı́ptico.
Na primeira seção definimos uma malha sobre um domı́nio aberto em Rd , com d ≥ 2.
Na seção 3.2, efetuamos uma introdução aos espaços de Sobolev Particionados. Na seção 3.3,
relembramos alguns resultados importantes da Análise e da aproximação polinomial, bem como
o teorema de Lax-Milgram, que garante a existência e unicidade de solução do método de
Galerkim Descontı́nuo aqui apresentado. A seguir, na seção 3.4, obtemos um problema varia-
cional do problema elı́ptico modelo, para na seção 3.5 gerar um problema discreto, e garantir
a existência e unicidade da solução com base na continuidade e coercividade da forma bilinear
do problema discreto. Enfim, efetuamos uma apresentação do método de Galerkin Descontı́nuo
para problemas elı́pticos unidimensionais.
3.1 Malhas
com {a0 , a1 , ..., ad } um conjunto de vértices não degenerado. Chamamos face de T o sub-
simplex gerado por seus vértices.
Consideremos como partição de Ω (malha simplicial) um conjunto finito de simplex
fechados de dimensão d. Denotamos por {Th } (h ≥ 0) uma famı́lia de partições de Ω composta
por elementos Ti tal que:
[
Ω= T com Ti◦ ∩ T j◦ = 0.
/
T ∈Th
Uma malha simplicial chama-se conforme, se a intersecção entre dois elementos é uma face,
um vértice ou vazio.
Do exposto, apresentaremos as seguintes definições. Seja T ∈ Th com Th uma malha
simplicial de Ω.
3 DG EM PROBLEMAS ELÍPTICOS 24
• hT = max |x − y| (Diâmetro de T )
x,y∈T
• h = max hT (Diâmetro de Th )
T ∈Th
f
• ℑh (Ω) = {E ∈ ℑh |∃T ∈ Th : E = T ∩ ∂ Ω}
• T (E) = {T ∈ Th |E ∈ ∂ T }
Definição 3.1.1. Seja E ∈ ℑh , vamos definir o vetor normal ~nE da seguinte forma:
f
• Se E ∈ ℑh ; ~nE é o vetor normal unitário a ∂ Ω.
Definição 3.1.2. Uma famı́lia de malhas Th (h > 0), chama-se shape-regular, se ∃Cρ > 0 que
não depende de h, tal que:
hT
≤ Cρ ∀T ∈ Th , (3.1.1)
ρT
com ρT o raio da maior bola inscrita no elemento T.
Lema 3.1.1. Seja Th (h > 0) uma famı́lia shape-regular de malhas em Ω. Então é válida a
desigualdade de equivalência:
Cℑ hT ≤ hE ≤ hT ∀E ∈ ∂ T, ∀T ∈ Th , (3.1.2)
sendo Cℑ uma constante maior que zero que não depende de h, hE ( medida da aresta E).
Z
hu, viL2 (Ω) = u · v dx (3.2.1)
Ω
é um espaço de Hilbert.
Seja N o conjunto dos números inteiros positivos. Uma n-úpla α = (α1 , α2 , ..., αn )
em Nn é chamado um multi-ı́ndice, com kα k = α1 + α2 + ... + αn o comprimento de α . Assim,
definimos ∂ α = ∂1α1 · · · ∂nαn , em que ∂ j = ∂ /∂ x j para j = 1, . . . , n.
Deste modo e seguindo a estrutura apresentada em [HESTHAVEN J.; WARBURTON 2007],
o espaço de Sobolev de ordem k, é definido como:
1/2
Z
kukH k (Ω) = ∑ |∂ α u|2 dx ,
|α |≤k Ω
e a semi-norma 1/2
Z
|u|H k (Ω) = ∑ |∂ α u|2 dx .
|α |=k Ω
O lema a seguir, o qual relaciona a norma em L2 (Ω) e a semi-norma em H 1 (Ω), será usado no
decorrer deste trabalho. Para declarar o lema, damos a seguinte definição.
Definição 3.2.1. Seja Ω ⊂ Rd , d=2,3. Dizemos que ∂ Ω é lipschitz se existe uma cobertura {Mi }
em Rd , finita e aberta de ∂ Ω tal que, cada ∂ Ω ∩ Mi pode ser apresentado como uma função
lipschitz no item de coordenadas.
desigualdade:
k u kL2 (Ω) ≤ CΩ |u|H 1 (Ω) .
H s (Ω, Th ) = {V ∈ L2 | V |T ∈ H s (T ) ∀T ∈ Th },
1/2
e a semi-norma !1/2
|u|H k (Ω,T ) = ∑ |u|2H k (T ) .
T ∈T
Para encontrar uma solução aproximada pelo método de Galerkin Descontı́nuo, usaremos aproxima-
ções polinomiais por partes, em geral descontı́nuas nas interfaces entre elementos vizinhos.
Definimos para o vetor x = (x1 , x2 , ..., xd ) em Rd e α = (α1 , α2 , ..., αd ) ∈ Nd ,
como sendo o conjunto de todos os polinômios de ordem menor ou igual a k=0,1,2,.. sobre Rd .
Chegando à definição do espaço de funções polinomiais descontı́nuas por partes:
Pk (T ) = {P|T | P ∈ Pk (Rd )}
f
por conveniência estendemos os definições de salto e valor médio para as faces E ∈ ℑh como:
Lema 3.3.1. (Desigualdade Multiplicativa do traço). Seja {Th }h>0 uma famı́lia Shape-regular
de malhas em Ω. Então ∃c > 0, que não depende de h, tal que se v ∈ H s (Ω, Th ), s > 1/2,
obtemos:
1
k v k2L2 (∂ T ) ≤ c 2
k v kL2 (T ) + k v kL2 (T ) k ∇h v kL2 (T ) ,
hT
com T ∈ Th , hT seu diâmetro e ∇h o gradiente sobre a partição Th .
Lema 3.3.2. (Desigualdade Inversa). Seja {Th }h>0 uma famı́lia Shape-regular de malhas em
Ω. Então ∃Ĉ > 0, que não depende de h, mas depende de constante de regularidade ρ , tal que
se v ∈ Vhp , então:
p2
k ∇h v kL2 (T ) ≤ Ĉ k v kL2 (T ) ,
hT
sendo T ∈ Th e hT seu diâmetro.
Teorema 3.3.1. (Lax-Milgram) seja V um espaço de Hilbert, com produto interno (·, ·)V , e
norma | · |V , a(·, ·) uma forma bilinear em V e L(·) uma forma linear em V . Suponha que:
∃β ≥ 0; |L(v)| ≤ β kvkV2 , ∀v ∈ V,
a(u, v) = L(u), ∀u ∈ v
e é válida a estimativa
β
k|ukV ≤ .
α
Observação 3.3.1. O espaço H k (Ω) definido na seção 3.2, é um espaço de Hilbert com o
produto interno dado por:
v − πTp (v), w L2 (T ) = 0 ∀w ∈ P p (T ).
Lema 3.3.3. Seja {Th }h>0 uma famı́lia Shape-regular de malhas em Ω ⊆ Rd , d ≥ 2. Então
∀v ∈ H s (T ) existe c > 0, independente de v, p e h tal que:
µ −q
h
|v − πTp (v)|H q (T ) ≤ c Ts−q |v|H s (T ) 0≤q≤s
p
µ −1/2
h
kv − πTp (v)kL2 (∂ T ) ≤ Ts−1/2 |v|H s (T )
p
µ −3/2
hT
k∇(v − πTp (v))kL2 (∂ T ) ≤ |v|H s (T ) ,
ps−5/2
3 DG EM PROBLEMAS ELÍPTICOS 29
sendo µ = min(p + 1, s) e T ∈ Th .
Extendendo o interpolador local πTp (·) como sendo zero fora de T , para todo T ∈ Th ,
podemos definir o seguinte interpolador global Πhp : H s (Ω, Th ) → Vhp como:
Teorema 3.3.2. Seja {Th }h>0 uma famı́lia Shape-regular de malhas em Ω. Então ∀v ∈ H s (Ω, Th )
existe c > 0, independente de v, p e h tal que:
hµ −q
|v − Πhp (v)|H q (Ω,Th ) ≤ c |v| s 0≤q≤s
ps−q H (Ω,Th )
p hµ −1/2
kv − Πh (v)kL2 (ℑh ) ≤ s−1/2 |v|H s (Ω,Th )
P
p hµ −3/2
k∇(v − Πh (v))kL2 (ℑh ) ≤ s−5/2 |v|H s (Ω,Th ) ,
p
− ∆ u = f em Ω (3.4.1)
u|∂ ΩD = gD , ~n · ▽u|∂ ΩN = gN .
Dados os conjuntos
HD1 (Ω) = {u ∈ H 1 (Ω)|u|∂ ΩD = gD }
Z Z
(−∆ u)v = fv ∀v ∈ HD1 0 (Ω).
Ω Ω
Z Z Z
∇u · ∇v − (~n · ∇u)v = f v,
Ω ∂ ΩN Ω
Z Z Z
∇u · ∇v = fv+ (~n · ∇u)v
Ω Ω ∂ ΩN
Z Z Z
∇u · ∇v = fv+ gN v ∀v ∈ HD1 0 (Ω). (3.4.2)
Ω Ω ∂ ΩN
Esta última equação fornece uma outra maneira de olhar para o problema modelo, permitindo
assim chegar à seguinte definição variacional.
Definição 3.4.1. Dizemos que u ∈ HD1 (Ω) é uma solução fraca do problema misto (3.4.1) se:
com
Z
B(u, v) = ∇u · ∇v,
Ω
Z Z
F(v) = fv+ gN v.
Ω ∂ ΩN
3 DG EM PROBLEMAS ELÍPTICOS 31
e definimos:
HD1 (Ω, Th ) = {u ∈ H 1 (Ω, Th )|u|∂ ΩD = gD },
Z Z Z
∑ ( ∇u · ∇h v − (~nT · ∇u)v) = fv ∀v ∈ HD1 0 (Ω, Th ), (3.5.1)
T ∈Th T Ω
∂T
com f ∈ L2 e u ∈ H 2 (Ω) e ~nT o vetor externo à fronteira do elemento T com normal unitária.
O lema a seguir, relaciona os operadores salto e valor médio definidos na seção 3.2,
com a integral no extremo de cada elemento T ∈ Th na identidade anterior.
Z Z Z
∑ (~nT · ∇u)v = {~n · ∇h u}[[v]] + [~n · ∇h u]{v}. (3.5.2)
T ∈Th
∂T ℑh ℑIh
Proof.
Z Z Z
∑ (~nT · ∇u)v = ∑I (~nL · ∇h uL )v|L + (~nR · ∇h uR )v|R + ∑f (~n · ∇h u)v,
T ∈Th E∈ℑh E E∈ℑh E
∂T
Z Z
∑I (~nL · ∇h uL )v|L + (~nR · ∇h uR )v|R = ∑I (~n · ∇h uL )v|L − (~n ∇h · uR )v|R .
E∈ℑh E E∈ℑh E
3 DG EM PROBLEMAS ELÍPTICOS 32
1 1
ab − cd = (a + c)(b − d) + (a − c)(b + d),
2 2
concluı́mos:
Z Z
∑I (~nL · ∇h uL )v|L + (~nR · ∇h uR )v|R = {~n · ∇h u}[[v]] + [[~n · ∇h u]]{v}.
E∈ℑh E
ℑIh
Finalmente conseguindo:
Z Z Z
∑ (~nT · ∇u)v = {~n · ∇h u}[[v]] + [[~n · ∇h u]]{v} + ∑f (~n · ∇h u)v.
T ∈Th E∈ℑh E
∂T ℑIh
Z Z Z Z
∇u · ∇h v − {~n · ∇h u}[v] − [~n · ∇h u]{v} = fv ∀v ∈ HD1 0 (Ω, Th ),
Th ℑh ℑIh Ω
com f ∈ L2 e u ∈ H 2 (Ω, Th ).
Se assumimos que u ∈ H 2 (Ω, Th ) temos,
Desta maneira chegamos a uma primeira discretização do problema modelo pelo método DG:
Z Z Z Z
∇u · ∇h v − {~n · ∇h u}[v] = fv+ gN v v ∈ HD1 0 (Ω, Th ) (3.5.4)
Th ℑIh ∪ℑD Ω ℑN
h h
, com ℑh = ℑIh ∪ ℑD N D N
h ∪ ℑh , onde ℑh e ℑh descrevem as faces na fronteira com condição de
Z Z Z
∇u · ∇h v − ({~n · ∇h u}[[v]] + θ {~n · ∇h v}[[u]] + σ [[u]][[v]]
Th ℑIh ∪ℑD ℑIh ∪ℑD
h h
Z Z Z Z
= fv+ gN v − θ {~n · ∇h v}[[u]] + σ [[u]][[v]]. (3.5.5)
Ω ℑN ℑD ℑD
h h h
Obtendo assim o Método de Galerkim Descontı́nuo com penalizacão Interior, onde θ = −1, 0, 1,
e σ : ℑh =⇒ R o parâmetro de penalidade, tal que σ (E) = σE > 0.
Para efeitos deste trabalho vamos tomar θ = 1, o que corresponde ao chamado Método
de Galerkin Descontı́nuo com penalização interior simétrico (SIPDG).
Para fins de cálculo, reduziremos nosso problema modelo. Seja Ω ⊆ Rd um domı́nio
poligonal.Vamos supor que ∂ Ω = ∂ ΩD , consideremos :
−∆ u = f em Ω
u|∂ ΩD = 0. (3.5.6)
Assim pelo método SIPDG em (3.5.5) e a reformulação do problema modelo (3.5.6), chegamos
ao seguinte definição variacional.
Definição 3.5.1. Seja Th uma triangulação em Ω. Chama-se u ∈ H s (Ω, Th ), s > 3/2, uma
solução fraca particionada do problema (3.5.6) se:
com
Z Z Z
B̂(u, v) = ∇h u · ∇h v − ({~n · ∇h u}[[v]] + {~n · ∇h v}[[u]]) + σ [[u]][[v]],
Th ℑh ℑh
Z
F̂(v) = f v.
Ω
Z Z Z
1
|||u|||2h = |∇h u| +2
{~n · ∇h u}2 + σ [[u]]2 . (3.5.7)
σ
Th ℑh ℑh
3 DG EM PROBLEMAS ELÍPTICOS 34
com
Z Z Z
B̂h (u, v) = ∇h u · ∇h v − ({~n · ∇h u}[[v]] + {~n · ∇h v}[[u]]) + σ [[u]][[v]],
Th ℑh ℑh
Z
F̂h (v) = f v.
Ω
O resultado que apresentamos a seguir garante a continuidade da forma bilinear B̂h (·, ·)
em relação à norma (3.5.7).
Teorema 3.5.1. Seja {Th }h>0 uma famı́lia shape-regular de malhas em Ω. A forma bilinear
B̂h (·, ·) é continua em H s (Ω, Th ), s > 3/2 com a norma ||| · |||h .
Z Z Z Z
|B̂h (u, v)| ≤ | ∇h u · ∇h v| + | {~n · ∇h u}[[v]]| + | {~n · ∇h v}[[u]]| + | σ [[u]][[v]]|. (3.5.8)
Th ℑh ℑh ℑh
1/2 1/2
Z Z Z Z
| ∑ ∇h u · ∇h v| ≤ ∑ |∇h u · ∇h v| ≤ ∑ |∇h u|2 |∇h v|2
T ∈Th T T ∈Th T T ∈Th T T
1/2 1/2
Z Z
≤ ∑ |∇h u|2 ∑ |∇h v|2 ≤ |||u|||h |||v|||h .
T ∈Th T T ∈Th T
1/2 1/2
Z Z Z
√ √
| ∑ σ [[u]] σ [[v]]| ≤ ∑ σ [[u]]2 σ [[v]]2
E∈ℑh E E∈ℑh E E
3 DG EM PROBLEMAS ELÍPTICOS 35
1/2 1/2
Z Z
≤ σ [[u]]2 σ [[v]]2 | ≤ |||u|||h |||v|||h ,
ℑh ℑh
ademais
1/2 1/2
Z Z Z Z
1 √ 1
| ∑ {~n·∇h u}[[v]]| ≤ ∑ | √ {~n·∇h u} σ [[v]]| ≤ ∑ {~n · ∇h u}2 σ [[v]]
E∈ℑh E E∈ℑh E
σ E∈ℑ
σ
h E E
≤ |||u|||h |||v|||h .
E assim também
Z
| {~n · ∇h v}[[u]]| ≤ |||u|||h |||v|||h ,
ℑh
para finalmente concluir, B̂h (u, v) ≤ 4|||u|||h |||v|||h , para u e v ∈ H s (Ω, Th ), s > 2/3.
Já que f ∈ L2 (Ω), podemos observar que a continuidade em F̂(·) é garantida, usando
a desigualdade de Cauchy-Swcharz e a desigualdade de Poincaré-Friederich 3.2.1.
O problema variacional definido em 3.5.1 é coercivo devido ao seguinte resultado:
Teorema 3.5.2. Seja {Th }h>0 uma famı́lia shape-regular de malhas triangulares em Ω. Vamos
supor que o parâmetro de penalização de SIPDG é
P2
σ (E) = σ̂ com σ̂ > 0, (3.5.9)
hE
então ∃σo > 0 tal que para cada parâmetro σ̂ ≥ σo , temos δ > 0, que não depende de h, de
maneira que:
B̂h (u, u) ≥ δ k|u|k2h
com u em Vhp .
Proof. Podemos observar que se B̂h (u, u) ≥ δ k|u|k2h : ∃δ > 0 tal que B̂h (u, u) − δ k|uk|2h > 0.
3 DG EM PROBLEMAS ELÍPTICOS 36
Assim:
Z Z
B̂h (u, u) − δ |||u|||2h = (1 − δ ) 2
|∇h u| − 2 {~n · ∇h u}[[u]] (3.5.10)
Th ℑIh ∪ℑD
h
| {z }
B
Z Z
−δ σ −1 {~n · ∇h u}2 +(1 − δ ) σ [[u]]2 .
ℑIh ∪ℑD
h ℑih ∪ℑD
h
| {z }
A
Z Z
1 1
A= ∑I {~n · ∇h u}2 + ∑ {~n · ∇h u}2 .
E∈ℑh E
σ E∈ℑD
σ
h E
Z Z 2
1 1 1
{~n · ∇h u}2 = (~n · ∇h uL +~n · ∇h uR )
σ σ 2
E E
Z
1 1
≤ σ −1 ((~n · ∇h uL )2 + (~n · ∇h uR )2 ) = σ −1 (k∇h ul k2L2 (∂ T ) + k∇h uR k2L2 (∂ T ) ),
2 2
E
• pela desigualdade multiplicativa do traço 3.3.1 e pela desigualdade inversa 3.3.2, con-
seguimos:
1
k∇h ul k2L2 (∂ T ) ≤c k ∇h uL k2L2 (T ) + k ∇h uL kL2 (T ) k ∇ · (∇h uL ) kL2 (T )
hT
!
1 P2
≤c k ∇h uL k2L2 (T ) +Ĉ k ∇h uL kL2 (T ) k ∇h uL kL2 (T )
hT hT
!
1 P2
≤c + Ĉ k ∇h uL k2L2 (T )
hTL hTL
P2 c
≤ C1 k ∇h uL k2L2 (T ) , com C1 = + c · Ĉ .
hTL P2
Z
!
1 1 P2 P2
{~n · ∇h u}2 ≤ C1 k ∇h uL k2L2 (TL ) + k ∇h uR k2L2 (TR )
σ σ hTL hTR
E
3 DG EM PROBLEMAS ELÍPTICOS 37
!
hE P2 P 2
= C1 σ̂ −1 2 k ∇h uL k2L2 (TL ) + k ∇h uR k2L2 (TR ) .
P hTL hTR
h E hE
Se tomamos C2 tal que max{ , } < C2 , conseguimos:
hTL hTR
Z
1
{~n · ∇h u}2 ≤ C3 σ̂ −1 k ∇hUL k2L2 (TL ) + k ∇hUR k2L2 (TR ) ,
σ
E
com C3 = C1 ∗C2 .
Pela desigualdade acima e lembrando que cada elemento triangular T ∈ Th tem três
arestas, temos que:
Z Z
−1 2 −1
σ {~n · ∇h u} ≤ 3C3 σ̂ |∇h u|2 . (3.5.11)
ℑIh ∪ℑD Th
h
1/2 1/2
Z Z Z
B= ∑I {~n · ∇h u}[[u]] ≤ ∑I ε {~n · ∇h u}2 σ −1 ε −1 [[u]]2 σ
E∈ℑh ∪ℑD
h E E∈ℑh ∪ℑD
h E E
Z Z Z Z
1 ε −1 −1 3C3 −1 1
2
[[u]] σ ≤
2 2
[[u]]2 σ .
2 E∈ℑ∑
≤ {~n · ∇h u} σ +ε ε σ̂ |∇h u| +
I ∪ℑD 2 2ε
h h E E Th ℑIh ∪ℑD
h
Assim:
Z Z Z
−1 1
B̂h (u, u) − δ |||u|||2h ≥ (1 − δ ) 2
|∇h u| −C3 ε σ̂ |∇h u| − 2
[[u]]2 σ
ε
Th Th ℑIh ∪ℑD
h
Z Z
−3C3 σ̂ −1 δ |∇h u|2 + (1 − δ ) σ [[u]]2 ,
Th ℑIh ∪ℑD
h
Z Z
−1 −1
B̂h (u, u) − δ |||u|||2h ≥ (1 − δ − 3C3 σ̂ (ε + δ )) 2
|∇h u| + (1 − δ − ε ) σ [[u]]2 .
Th ℑIh ∪ℑD
h
1 − δ − 3C3 σ̂ −1 (ε + δ ) ≥ 0,
1 − δ − ε −1 ≥ 0
3 DG EM PROBLEMAS ELÍPTICOS 38
ou seja ε > 1 e σ̂ > 3C3 · ε = σ0 , e assim garantimos a coercividade de B̂h (·, ·).
u = gΓ em ∂ Γ.
Dados os conjuntos
HD1 (Γ) = {v ∈ H 1 (Γ)|v|∂ Γ = gΓ }
Z Z
∇uΓ · ∇v = f v ∀v ∈ HD1 0 (Γ). (3.6.2)
Γ Γ
Definição 3.6.1. Dizemos que uΓ ∈ HD1 (Γ) é uma solução fraca do problema misto (3.6.1) se:
com
Z
B(uΓ , v) = ∇uΓ · ∇v,
Γ
Z
F(v) = f v.
Γ
f
e o conjunto ℑh (Γ) dos nós limite. Introduzimos a seguinte denotação de integral:
Z Z
v= ∑ v v ∈ H s (Γ, Γh ), s ≥ 1,
E∈Γh E
Γh
com f ∈ L2 (Γ), uΓ ∈ H 2 (Γ) e n~E o vetor externo à fronteira da aresta E, normal unitária.
Agora vamos lembrar o lema de Decomposiação de fluxos para um domı́nio unidi-
mensional, mantendo as definições dos operadores de salto e média, vistas na seção 3.2.
Z Z
∇uΓ · ∇h v − ∑ {~n · ∇h uΓ }[[v]] − ∑I [[~n · ∇h uΓ ]]{v} = fv ∀v ∈ HD1 0 (Γ, Γh )
Γh i∈ℑh (Γ) i∈ℑh (Γ) Γ
Z Z
∇uΓ · ∇h v − ∑D {~n · ∇h uΓ }[[v]] = fv v ∈ HD1 0 (Γ), (3.6.6)
Γh ℑIh (Γ)∪ℑh (Γ) Γ
é satisfeita.
De modo anánalogo ao procedimento empregado na seção 3.5 para o obter o método
SIPDG da equação (3.5.5), chegamos à seguinte definição variacional unidimensional.
3 DG EM PROBLEMAS ELÍPTICOS 40
Definição 3.6.2. Seja Γh uma malha em Γ. Chama-se uΓ ∈ H 2 (Γ, Γh ), uma solução fraca
particionada do problema (3.6.1) se:
com
Z
BΓ (uΓ , v) = ∇h uΓ · ∇h v − ∑ ({~n · ∇huΓ}[[v]] + {~n · ∇hv}[uΓ]) + ∑ σ [[uΓ ]][[v]]
Γh ℑh (Γ) ℑh (Γ)
Z
F(v) = fv+ ∑
D
gΓ v.
Γ ℑh (Γ)
Z
1
|||vΓ |||Γh = |∇h vΓ |2 + ∑ {~n∇h vΓ }2 + ∑ σi [vΓ ]2 . (3.6.7)
e∈ℑh
σ
(Γ) i e∈ℑ (Γ)
Γh h
Relembrando o espaço de funções polinomiais descontı́nuas por partes sobre Γ, definido por:
Definição 3.6.3. Seja Γh uma malha em Γ. O método SIPDG (Symmetric Interior Penalty
Discontinuos Galerkin) para o problema (3.6.1) formula-se assim:
encontre uΓ ∈ Vhp (Γ) tal que:
com
Z
BˆΓ (uΓ , vΓ ) = ∇h uΓ · ∇h vΓ − ∑ ({~n · ∇huΓ}[[vΓ]] + {~n · ∇hvΓ}[[uΓ]]) + ∑ σ [[uΓ ]][[vΓ ]],
Γh ℑh (Γ) ℑh (Γ)
Z
FˆΓ (vΓ ) = f vΓ + ∑ gΓ vΓ .
D
ℑh (Γ)
Γ
3 DG EM PROBLEMAS ELÍPTICOS 41
Teorema 3.6.1. Seja {Γh }h>0 uma famı́lia shape-regular de malhas em Γ. A forma bilinear
B̂Γ (·, ·) é continua em H 2 (Γh ) com a norma ||| · |||Γh .
Teorema 3.6.2. Seja {Th }h>0 uma famı́lia shape-regular de malhas em Γ. Vamos supor que o
parâmetro de penalização de SIPDG é:
p2
σ (e) = σˆΓ com σˆΓ > 0, (3.6.9)
he
com he = max{hER , hEL } com e = ER ∩EL . Então ∃σo > 0 tal que para cada parâmetro σˆΓ ≥ σo ,
temos δ > 0, que não depende de hΓ , de maneira que:
Lema 3.6.2. Seja Γh uma famı́lia de malhas sobre Γ. Então, para todo v ∈ H s (E), s ≥ 1,
E ∈ Γh , e e + −
E , eE vértices superior e inferior, respectivamente, da aresta E. Existe um projetor
π ph v(e± ± ±
E ) = v(eE ), eE ∈ ∂ E
µ −q
hE
h
v − π p v q . s−q |v|H s (E) , q = 0, 1, (3.6.10)
H (E) p
sendo µ = min{p + 1, s} .
4 DG PARA PROBLEMAS ELÍPTICOS EM MEIOS POROSOS FRATURADOS 42
γ1N
...........................................................................................................................................................................................................................
γ2N
.... ...
. ...
... ... ....
... ... ....
... ....
. ...
..
◗
❦
... .
..
. ...
...
◗ .. ...
.. ...
−nΓ
... ....
...
Ω1 Ω2
... .
..
.
.....
γ1 γ2
... ....
... .... ...
... ..
.
. ...
... .
..
. ....
... .... ...
γ1D γ2D
... ..
.
. ...
... .
..
. ...
...
... ....
Γ
... .
. ...
... .... .....
... .... ...
... ...
. ..
...........................................................................................................................................................................................................................
γ1N γ2N
pi = giD , em γiD i = 1, 2
fratura (notação PΓ no capı́tulo 2). Baseado nas equações quatro e cinco em (2.1.27), chegamos
à seguinte equação que modela o fluxo sobre Γ:
pΓ = gΓ , em ∂ Γ,
−[[K∇p · nΓ ]] = αΓ ({p} − pΓ ), em Γ
para,
2 4
β˙Γ = , αΓ =
nΓ nΓ (2ξ − 1)
lΓ
com nΓ = n , e KΓn a componente normal do tensor de permeabilidade na fratura.
KΓ
Assim, o problema elı́ptico que modela o problema de escoamento em meios porosos
fraturados que vamos trabalhar, é dado pelas seguintes equações:
pi = giD , em γiD i = 1, 2
pΓ = gΓ , em ∂ Γ
−[[K∇p · nΓ ]] = αΓ ({p} − pΓ ), em Γ.
4 DG PARA PROBLEMAS ELÍPTICOS EM MEIOS POROSOS FRATURADOS 45
ℑh = ℑIh ∪ ℑD N
h ∪ ℑh ∪ Γh ,
Z Z
− ∇ · (K∇p)v = f v,
Th Th
Z Z Z
∑ K∇p · ∇h v − (K∇p · n~T )v = f v.
T ∈Th T ∂T Th
4 DG PARA PROBLEMAS ELÍPTICOS EM MEIOS POROSOS FRATURADOS 46
Assim, o método de Galerkin descontı́nuo simétrico com penalização interior no meio poroso
fornece a seguinte equação:
Z Z Z
(K∇p) · ∇h v − {~n · K∇p}[[v]] + {~n · K∇h v}[[p]]
Th ℑh −Γh ℑh −Γh
Z Z Z
+ σE [[p]][[v]] − {~n · K∇p}[[v]] + [[~n · K∇p]]{v}
ℑh −Γh Γh Γh
Z Z Z Z
= ∑ fh vh + KgN v − (~n · K∇h v)gD + σE v · g D ,
T ∈Th T
ℑN
h ℑD
h ℑD
h
Z
lΓ KΓT ∇τ pΓ · ∇τ vΓ − ∑ {lΓ KΓT ∇τ pΓ ·~n}[[vΓ ]] + {lΓ KΓT ∇τ vΓ ·~n}[[pΓ ]]
Γh e∈ℑh (Γ)
+ ∑ σe [[pΓ ]][[vΓ ]]
e∈ℑh (Γ)
Z Z
= fΓ vΓ + [[−K∇p · nΓ ]]vΓ − ∑D (lΓ KΓT ∇τ v ·~n)gΓ + ∑ σe vΓ gΓ ,
Γh Γh e∈ℑh (Γ) e∈ℑD
h (Γ)
acoplamiento (4.1.3),
Z Z Z
− {~n · K∇p}[[v]] + [[~n · K∇p]]{v} − [[−K∇p · nΓ ]]vΓ
Γ Γ Γ
Z Z Z
β˙Γ
= [[p]] · [[v]] + αΓ ({p} − pΓ ){v} − αΓ ({p} − pΓ )vΓ
2
Γ Γ Γ
Z Z
= αΓ ({p} − pΓ )({v} − vΓ ) + βΓ [[p]] · [[v]],
Γ Γ
β˙Γ
com βΓ = . Desta forma o problema modelo discreto é dado pela seguinte equação:
2
Z Z Z Z
(K∇p) · ∇h v − {~n · K∇p}[[v]] + {~n · K∇h v}[[p]] + σE [[p]][[v]]
Th ℑh −Γh ℑh −Γh ℑh −Γ
Z
+ lΓ KΓT ∇τ pΓ · ∇τ vΓ − ∑ {lΓ KΓT ∇τ pΓ ·~n}[[vΓ ]] + {{lΓ KΓT ~n · ∇τ vΓ }[[pΓ ]]
Γh e∈ℑh (Γ)
Z Z
+ ∑ σe [[pΓ ]][[vΓ ]] + αΓ ({p} − pΓ )({v} − vΓ ) + βΓ [[p]] · [[v]] (4.2.1)
e∈ℑh (Γ) Γ Γ
Z Z Z Z Z
= ∑ fh vh + KgN v − (~n · K∇h v)gD + σE v gD + fΓ vΓ
T ∈Th T Γh
ℑN
h ℑD
h ℑD
h
Assim, o próximo passo é gerar uma forma variacional para o nosso problema, para isso, apre-
sentaremos as seguintes formas bilineares:
Z
BΓ (pΓ , vΓ ) = lΓ KΓT ∇τ pΓ · ∇τ vΓ − ∑ {lΓ KΓT ∇τ pΓ ·~n}[[vΓ ]]
Γh e∈ℑh (Γ)
Z Z
BAC ((p, pΓ ), (v, vΓ )) = αΓ ({p} − pΓ )({v} − vΓ ) + βΓ [[p]] · [[v]].
Γh Γh
Z Z Z Z Z
Fh (v, vΓ ) = ∑ fh vh + KgN v − (~n · K∇h v)gD + σE v g D + fΓ vΓ
T ∈Th T Γh
ℑN
h ℑD
h ℑD
h
Finalmente, vamos dar uma forma variacional para nosso problema modelo (4.1.4).
Definição 4.2.1. Seja Th uma famı́lia de malhas triangulares, shape- regular em Ω, alinhadas
com a fratura Γ. Então, chama-se método de Galerkin descontı́nuo para o problema (4.1.4) à
formulação variacional :
encontrar (p, pΓ ) ∈ Vhb ×VhΓ tal que:
sendo
Z Z Z
1
|||v|||2DG = K|∇h v| + 2
{~n · K ∇h v}2 + σE [[v]]2 ,
σE
Th ℑh ℑh
Z
1
|||vΓ |||2Γ = lΓ kΓT |∇τ vΓ |2 + ∑ {lΓ kΓT ~n · ∇vΓ }2 + ∑ σe [[vΓ ]]2 ,
e∈ℑh
σ
(Γ) e e∈ℑ (Γ)
Γh h
Z Z
|||(v, vΓ )|||2AC = 2
αΓ ({v} − vΓ ) + βΓ [[v]]2 .
Γh Γh
Podemos notar que ||| · ||DG e ||| · |||Γ são normas se σE e σi satisfazem (3.5.9). ||| · |||AC é uma
norma se αΓ ≥ 0 (isso é ξ > 1/2).
As normas ||| · ||DG e ||| · |||Γ , estão relacionadas à abordagem adotada no capı́tulo 2,
para mostrar continuidade e coercividade no problema elı́ptico, ver 3.5.7.
Teorema 4.3.1. Seja {Th }h>0 uma famı́lia shape-regular de malhas triangulares em Ω, ali-
nhadas com a fratura Γ. Então, a forma bilinear Bh (·, ·) desctrita na definição em 4.2.1, é
continua em Vhb ×VhΓ com a norma ||| · |||Th .
Proof. Seja (p, pΓ ), (v, vΓ ) ∈ Vhb × VhΓ . Pelo procedimento feito no teorema 3.5.1, capı́tulo
anterior, nos temos:
1/2
|BDG (p, v)| . |||p|||DG |||v|||2DG . |||(p, pΓ )|||Th |||(v, vΓ )|||Th ,
|BΓ (pΓ , vΓ )| . |||pΓ |||Γ |||vΓ |||Γ . |||(p, pΓ )|||Th |||(v, vΓ )|||Th ,
aqui o sı́mbolo . ( e &) significa que as desigualdades são determinadas por uma constante po-
sitiva, p ≤ a·v com a > 0 é análogo p . v . Continuando a demonstração, usando a desigualdade
4 DG PARA PROBLEMAS ELÍPTICOS EM MEIOS POROSOS FRATURADOS 50
de Cauchy-Schwarz, temos:
1/2 1/2
Z Z
|BAC ((p, pΓ ), (v, vΓ ))| ≤ αΓ ∑ ({p} − pΓ )2 ({v} − vΓ )2
E∈Γh E E
1/2 1/2
Z Z
+βΓ ∑ [[p]]2 [[v]]2
E∈Γh E E
1/2 1/2
Z Z
≤ ∑ αΓ ({p} − pΓ )2 ∑ αΓ ({v} − vΓ )2
E∈Γh E E∈Γh E
1/2 1/2
Z Z
+ ∑ βΓ [[p]]2 ∑ βΓ [[v]]2
E∈Γh E E∈Γh E
Teorema 4.3.2. Seja {Th }h>0 uma famı́lia shape-regular de malhas triangulares em Ω, ali-
nhadas com a fratura Γ. Então, a forma bilinear Bh (·, ·) desctrita na definição 4.2.1, é coerciva
em Vhb ×VhΓ com a norma ||| · |||Th .
Proof. Seja (p, pΓ ) ∈ Vhb ×VhΓ . A coercividade de BDG em ||| · |||DG é garantida por um proce-
dimento análogo ao realizado no teorema 3.5.2, considerando que o tensor K é limitado. Para
BΓ sobre ||| · |||Γ , vamos usar o mesmo método empregado no teorema 3.5.2, sobre Γ, e conside-
4 DG PARA PROBLEMAS ELÍPTICOS EM MEIOS POROSOS FRATURADOS 51
ramos que KΓT é limitado. Assim temos que extstem δ1 , δ2 > 0 tal que:
Podemos ver facilmente que BAC (p, pΓ ) = |||(p, pΓ )|||2AC , e concluir que existe δ > 0,
tal que:
Bh (p, pΓ ) ≥ δ |||(p, pΓ )|||2Th
Para encontrar as estimativas de erro, assumimos que a solução exata (p, pΓ ) pertence
ao espaço V ∗ ×V Γ ,
com, para i = 1, 2 e s ≥ 2, Vi = H s (Ωi ). Mostraremos que a solução discreta (ph , pΓh ) do prob-
lema definido em (4.2.1), converge à solução (p, pΓ ), originando uma estimativa a priori para o
erro na norma (4.3.1).
Antes de tudo, relembramos a definição do interpolador vista na seção 3.3, temos
Πbh : V ∗ → Vhb , tal que:
D E
v − Πbh (v), w = 0 ∀w ∈ Vhb . (4.4.2)
L2 (Th )
D E
b
vΓ − ΠΓh (vΓ ), wΓ = 0 ∀wΓ ∈ VhΓ . (4.4.3)
L2 (Γ h)
definição 4.2.1, podemos obter o seguinte resultado que garante a ortogonalidade do espaço
4 DG PARA PROBLEMAS ELÍPTICOS EM MEIOS POROSOS FRATURADOS 52
Vhb ×VhΓ :
Bh ((p, pΓ ) − (ph , pΓh ), (vh , vΓh )) = 0 ∀(vh , vΓh ) ∈ Vhb ×VhΓ . (4.4.4)
Teorema 4.4.1. Seja {Th }h>0 uma famı́lia shape-regular de malhas triangulares em Ω, ali-
nhadas com a fratura Γ. Considere (p, pΓ ) ∈ V ∗ × V Γ com s ≥ 2, uma solução do problema
modelo, equação (4.1.4), (ph , pΓh ) uma solução do método de Galerkin descontı́nuo, definido em
b2
4.2.1. Vamos supor que os parâmetros de penalização são escolhidos como σ (E) = σ̂ · K ,
hE
b 2
para E ∈ ℑh − Γ e σ (e) = σˆΓ · lΓ KΓT , e ∈ ℑh (Γ), de acordo com a estrutura dos teoremas
he
3.5.2 e 3.6.2 respectivamente. Então existe uma constante C, que não depende de h, tal que:
|||(p, pΓ ) − (ph , pΓh )|||2Th ≤ Ch2µ −2 (|p|2H s (Ω,Th ) + |pΓ |2H s (Γ,Γh ) )
Γ
e = (p, p ) − (ph , pΓh ) = (p, pΓ ) − b b Γ Γ b b Γ
Πh (p), ΠΓh (p ) − (ph , ph ) − Πh (p), ΠΓh (p )
| {z } | {z }
υ
ξ
= υ −ξ.
Bh (e, ξ ) = 0 ⇒ Bh (υ , ξ ) − Bh (ξ , ξ ) = 0.
Cˆ1
⇒ |||ξ |||Th ≤ |||υ |||Th ,
δ
assim podemos concluir:
Cˆ1
|||(p, pΓ ) − (ph , pΓh )|||Th = |||e|||Th ≤ |||υ |||Th + |||ξ |||Th ≤ ( + 1) |||υ |||Th .
| δ {z }
Cˆ2
4 DG PARA PROBLEMAS ELÍPTICOS EM MEIOS POROSOS FRATURADOS 53
Vamos obter estimativas para o erro em cada um dos termos que definem ||| · |||Th , sendo que:
|||υ |||2Th = |||p − Πbh (p)|||2DG + |||pΓ − ΠbΓh (pΓ )|||2Γ + |||υ |||2AC .
Z
Γ 1
|||υ |||2Γ = lΓ kΓT |∇τ υ Γ |2 + ∑ {lΓ kΓT ~n · ∇τ υ Γ }2 + ∑ σe [[υ Γ ]]2
e∈ℑh
σ
(Γ) e e∈ℑ (Γ)
Γh h
= T1 + T2 + T3 .
!2
1 1 lΓ kΓT
{lΓ kΓT ∇τ υ Γ }2 = (∇τ υLΓ + ∇τ υRΓ )
σe σe 2
2 2
(lΓ kΓT )2
≤ σe−1 ∇τ υLΓ + ∇τ υRΓ
2
(lΓ kΓT )2
= σe−1 (k∇τ υLΓ k2L2 (∂ EL ) + k∇τ υRΓ k2L2 (∂ ER ) ).
2
Pela desigualdade multiplicativa do traço, Lema 3.3.1 e pela desigualdade inversa, Lema
3.3.2 sobre Γh , obtemos:
b2
k∇τ υLΓ k2L2 (∂ EL ) ≤ C1 |∇τ υLΓ |2L2 (EL ) ,
hEL
!
(lΓ kΓT )2 −1 hi b2 b2
= · σ̂Γ 2 T C1 |∇τ υLΓ |2L2 (EL ) +C1 |∇τ υRΓ |2L2 (ER )
2 b lΓ kΓ hEL h ER
1 T Γ 2 lΓ kΓT −1 Γ 2 Γ 2
{lΓ kΓ ∇τ υ } ≤ C1 σˆΓ |∇τ υL |L2 (EL ) + |∇τ υR |L2 (ER )
σe 2
4 DG PARA PROBLEMAS ELÍPTICOS EM MEIOS POROSOS FRATURADOS 54
2(µ −1) 2(µ −1)
lΓ kΓT hEL hER
≤ C1 σˆΓ −1 |pΓL |2H s (EL ) + |pΓR |2H s (ER ) .
2 b2(s−1) b2(s−1)
Pela desigualdade acima e lembrando que cada aresta E ∈ Γh tem dois vértices, temos
que:
2(µ −1)
h
T2 ≤ Γ2(s−1) C1 σ̂Γ−1 · lΓ kΓT ∑ |pΓ |2H s (E)
b E∈Γh
com hΓ = max hE .
E∈Γh
2(µ −1)
Γ h
T1 = lΓ kΓT ∑ |υ |H 1(E) ≤ bΓ2(s−1) · lΓkΓT ∑ |pΓ |2H s (E) , (4.4.5)
E∈Γh E∈Γh
2(µ −1)
hΓ
T1 + T2 ≤ 2(s−1)
(lΓ kΓ +C1 σ̂Γ−1 · lΓ kΓT ) |pΓ |2H s (Γ,Γh ) .
b | {z }
C2
concluindo:
T3 = 0.
2(µ −1)
hΓ
|||υ Γ |||2Γ = T1 + T2 + T3 ≤ C2 2(s−1)
|pΓ |2H s (Γ,Γh ) (4.4.6)
b
• Por um procedimento semelhante ao acima (veja por exemplo [ARNOLD et al. 2002]),
temos a seguinte estimativa para |||υh |||DG .
h2(µ −1) 2
|||υh |||2DG ≤ C3 |p| s (4.4.7)
b2(s−1) H (Ω,Th )
4 DG PARA PROBLEMAS ELÍPTICOS EM MEIOS POROSOS FRATURADOS 55
sendo h = max hT .
T ∈Th
Z Z
Γ 2
|||υ |||2AC = αΓ ({υh } − υ ) + βΓ [[υh ]]2 .
Γh Γh
Z
h2µ −1
βΓ [[υh ]]2 ≤ βΓ 2s−1 ∑ (|pL |2H s (TL ) + |pR |2H s (TR ) )
b E∈Γh , E=TL ∩TR
Γh
h2µ −1 2 h2µ −2 2
= ∑
b2s−1 ∂ T ∩Γ
|p| s
H (T ) ≤ |p| s
b2s−2 H (Ω,Th )
,
6=0/ h
Z Z
αΓ ({υh } − υ Γ )2 ≤ αΓ {υh }2 + 2|{υh } · υ Γ | + (υ Γ )2
Γh Γh
para:
Z
h2µ −1 h2µ −2 2
αΓ {υh }2 ≤ αΓ ∑ |p|2
s ≤ C6 |p| s
2b2s−1 ∂ T ∩Γ 6=0/ H (T ) b2s−2 H (Ω,Th )
Γh h
Z 2µ 2µ −2
Γ 2 h h
αΓ (υ ) ≤ αΓ Γ2s ∑ |pΓ |2H s (E) ≤ C7 Γ2s−2 |pΓ |2H s (Γ,Γh ) (4.4.8)
b E∈Γh b
Γh
Similarmente,
Z
2 αΓ |{υh } · υ Γ | ≤ 2αΓ ∑ k{υh }kL2 (E) · ∑ kυ Γ kL2 (E)
E∈Γh E∈Γh
Γh
µ −1
!
µ −1
1/2 h 1/2 hΓ
≤2 C6 s−1
|p|H s (Ω,Th ) ·C7 s−1
|pΓ |H s (Γ,Γh )
b b
2µ −2
h2µ −2 2 h
≤ C6 2s−2
|p|H s (Ω,Th ) +C7 Γ2s−2 |pΓ |2H s (Γ,Γh ) ,
b b
4 DG PARA PROBLEMAS ELÍPTICOS EM MEIOS POROSOS FRATURADOS 56
Z 2(µ −1)
h2(µ −1) 2 h
αΓ ({υh } − υ ) ≤ 2C6 2(s−1) |p|H s (Ω,Th ) + 2C7 Γ2(s−1) |pΓ |2H s (Γ,Γh )
Γ 2
b b
Γh
2(µ −1)
h2(µ −1) h
|||υ |||2AC ≤ (1 + 2C6 ) 2(s−1) |p|2H s (Ω,Th ) + 2C7 Γ2(s−1) |pΓ |2H s (Γ,Γh ) . (4.4.9)
| {z } b b
C8
Por fim, somando todas as contribuições e levando em conta que hΓ ≤ h, concluı́mos a prova,
2(µ −1)
h2(µ −1) h
|||υ |||2Th ≤ (C8 +C3 ) 2(s−1) |p|2H s (Ω,Th ) + (C2 + 2C7 ) Γ2(s−1) |pΓ |2H s (Γ,Γh )
b b
5 IMPLEMENTAÇÃO 57
5 Implementação
O objetivo deste capı́tulo é apresentar alguns detalhes relacionados à implementação
computacional do método de Galerkin Descontı́nuo para o problema elı́ptico que modela o
problema de escoamento em meios porosos fraturados, conforme o descrito na equação (4.1.4).
Iniciamos apresentado na seção 5.1, com um olhar matricial do problema variacional, equação
(4.2.2), a mesma irá nos auxiliar nas implementações nos domı́nios Ω1 ∪ Ω2 e Γ, nas seções 5.2
e 5.3 respectivamente. Finalizamos o capı́tulo com a descrição da implemtação das condições
de acoplamento, na seção 5.4.
A aplicação afim desse elemento mestre T̂ em qualquer outro triângulo Ti ∈ Th , é feita pela
aplicação ψTi : T̂ → Ti , tal que:
∂ ψT v2 − v1
(r, s) = (xr , yr ) =
∂r 2
∂ ψT v − v1
3
(r, s) = (xs , ys ) =
∂s 2
5 IMPLEMENTAÇÃO 58
x2 + x3
1 ys −xs
x
ψT−1 (x, y) = − 2 .
i JTi y2 + y3
(5.1.2)
−yr xr y
2
√ (0,0) (2l+1,0)
ϕ̂k (r, s) = 2Pl (a)Pj (s)(1 − s)l
k = 1, 2, . . . , N p ,
com,
l
k = j + (b + 1)l + 1 − (l − 1), (l, j) ≥ 0, l + j ≤ b,
2
1+r
a=2 − 1,
1−s
(b + 1)(b + 2)
Np =
2
(α ,β )
e Pn é o polinômio de Jacobi de ordem n. Lembre-se que para α = β = 0 temos os
polinômios de Legendre, ver [HESTHAVEN J.; WARBURTON 2007], seção 6.1.
Desta maneira chegamos à seguinte base do espaço polinomial Pb (Ti ), para Ti ∈ Th :
k = 1, 2, . . . , N p i = 1, ..., Nh .
Podemos introduzir uma base global Θ em Vhb , estendendo por zero as funções da base local
5 IMPLEMENTAÇÃO 59
Θ = {ϕ(1,1) , ..., ϕ(1,Np ) , ϕ(2,1) , ..., ϕ(2,Np ) , ..., ϕ(Nh ,1) , ..., ϕ(Nh ,Np ) }.
Assim, vamos considerar a seguinte representação para solução discreta do método DG ph ∈ Vhb :
N Nh N p
p(x, y) ≃ ph (x, y) = ∑ p̂iN ϕiN (x, y) = ∑ ∑ p̂i,k ϕi,k (x, y).
iN =1 i=1 k=1
1−ξ 1+ξ
x(ξ ) = x1 − x2 ,
2 2
1−ξ 1+ξ
y(ξ ) = y1 − y2 .
2 2
Devido ao uso de arestas verticais no desenvolvimento deste trabalho, vamos falar do inverso
parcial de ψ̃E . Se (x, y) ∈ E temos:
2y y2 + y1
ψ̃E−1 (x, y) = ξ (y) = − .
y2 − y1 y2 − y1
com N p1 = Dim(Pb (I)) = b + 1 e Pbk−1 é o polinômio de Legendre de ordem k (ver seção 3.1
em [HESTHAVEN J.; WARBURTON 2007]).
Assim, uma base para o espaço Pb (Ei ) é dado por:
k = 1, 2, . . . , N p1 , i = 1, ..., NΓ .
ΘΓ = {φ(1,1) , ..., φ(1,Np1 ) , φ(2,1) , ..., φ(2,Np1 ) , ..., φ(NΓ ,1) , ..., φ(NΓ ,Np1 ) }.
M NΓ N p1
Γ
p (x, y) ≃ pΓh (x, y) = ∑ p̂iNΓ φiNΓ (x, y) = ∑ ∑ p̂Γi,k φi,k (x, y).
iNΓ =N i=1 k=1
Se definirmos o vetor ~p = ( p̂1 , ..., p̂N , p̂ΓN+1 , ..., p̂ΓM )T , vamos reduzir a equação (4.2.2) ao sis-
tema linear A~p = ~f , onde para A = (ai, j )M×M e ~f = ( f1 , ..., fM )T sendo que:
• Se i, j ≤ N temos:
Z Z Z
ai, j = (K∇ϕ j ) · ∇h ϕi − {~n · K∇ϕ j }[[ϕi ]] + {~n · K∇h ϕi }[[ϕ j ]] +
Th ℑh −Γh ℑh −Γh
Z
+ σE [[ϕ j ]][[ϕi ]] +CA.Ai j , (5.1.4)
ℑh −ΓΓ
5 IMPLEMENTAÇÃO 61
Figure 5.1.1: Padrão de distribução de elementos não nulos na matriz de rigidez A, para Nh = 8,
N p = 3, NΓ = 2 e N p1 = 2.
Z Z Z Z
fi = ∑ f h ϕi + g N ϕi − (~n · K∇h ϕi )gD + σ ϕi gD .
T ∈Th T
ℑN
h ℑD
h ℑD
h
• Se N < i, j ≤ M,
Z
ai, j = lΓ KΓT ∇τ φ j · ∇τ φi − ∑ {lΓKΓT ∇τ φ j ·~n}[[φi]]
Γh ℑh (Γ)
Z
fi = fΓ φi − ∑ (lΓ KΓT ∇τ φi ·~n)gΓ + ∑ σ φi gΓ .
D
ℑh (Γ) ℑD
Γh h (Γ)
Aqui, as componentes CA.A e CA.C, tem haver com a contribuição das condições de acopla-
mento, tópico abordado na seção 5.4.
Se ϕi ∈ Pb (T ) e ϕ j ∈ Pb (T ∗ ), tal que T ∩ T ∗ = ∅, temos que ai j = 0, ver Figura 5.1.1.
O mesmo acontece para os φ ∈ ΘΓ .
Para encontrar o vetor ~p do problema matricial, computacionalmente, vamos dividir
a implementação nos domı́nios Ω \ Γ, Γ e nas condições de acoplamento, a seguir.
5 IMPLEMENTAÇÃO 62
com ε = (r, s) ∈ T̂ . Assim, pela regra da cadeia obtemos as derivadas parciais de w̃(r, s):
∂ w̃ ∂ ψT1 ∂ ψT2 ∂w
Dψ t
∂w
∂r = ∂r ∂r ∂ x
=
T
∂x
∂ w̃ ∂ ψ 1 ∂ ψT2 ∂ w Dε ∂w
T
∂s ∂s ∂s ∂y ∂y
DψT
com a matriz é a matriz jacobiana da aplicação ψT . Desta forma:
Dε
t
DψT
∇w̃(ε ) = ∇w(x, y),
Dε
−t
DψT
∇w(x, y) = ∇w̃(ε ).
Dε
5 IMPLEMENTAÇÃO 63
Se assumimos que:
∂ ψT1 ∂ ψT1
DψT xr xs
= ∂r ∂s = ,
Dε ∂ ψ2 ∂ ψT2
T
yr ys
∂r ∂s
então temos:
−t ys −yr
DψT 1
= (5.2.4)
Dε JT
−xs xr
DψT
para JT = det = xr ys − yr xs .
Dε
Agora podemos reescrever a integral (5.2.1), da seguinte forma:
Z
K(x, y)∇ϕ j (x, y) · ∇ϕi (x, y)dxdy
Tl
Z
" −t # " #
DψTl DψTl −t
= JTl K(ψTl (ε )) ∇ϕ̂k1 (ε ) · ∇ϕ̂k2 (ε ) d ε
Dε Dε
T̂
Z ∂ ϕ̂k1 ∂ ϕ̂k2
1 ys −yr (ε ) 1 ys −yr (ε )
∂r ∂r
= JTl K(ψTl (ε )) ·
dε .
JTl ∂ ϕ̂k
1
JTl ∂ ϕ̂k
2
T̂ −xs xr (ε ) −xs xr (ε )
∂s ∂s
Calculamos as integrais acima pela regra de quadratura Gaussiana sobre as funções
base (para o tópico da quadratura Gaussiana ver discussão em Apêndice A). Para isso, considere
ε g = (rg , sg ) como sendo os NQG pontos de Gauss e ωg os respectivos pesos Gaussianos, logo
temos:
Z
K(x, y)∇ϕ j (x, y) · ∇ϕi (x, y)dxdy =
Tl
∂ ϕ̂k1 g ∂ ϕ̂k2 g
NQG
1 ys −yr (ε ) ys −yr (ε )
g ∂r
· ∂r
∑ JT K(ψTl (ε ))ωi ∂ ϕ̂k ∂ ϕ̂k
.
g=1 l
−xs xr 1
(ε g ) −xs xr 2
(ε g )
∂s ∂s
5 IMPLEMENTAÇÃO 64
∂ ϕ̂k1 g g ∂ ϕ̂k1 g g
Seja DVr (g, j) = (r , s ), DVs (g, j) = (r , s ) e (X(:, l),Y (:, l)) = ψTl (ε ), aqui ε rep-
∂r ∂s
resenta os vetores (r, s) com todos os pontos de Gauss. Assim finalmente, temos para a equação
(5.2.1) a seguinte aproximação:
Z
K(x, y)∇ϕ j (x, y) · ∇ϕi (x, y)dxdy
Tl
" #′
1
= ω . ∗ K(X(:, l),Y (:, l)) . ∗ ys DVr (:, j) − yr DVs (:, j) ∗ (ys DVr − yr DVs )
JTl
" #′
1
+ ω . ∗ K(X(:, l),Y (:, l)) . ∗ −xs DVr (:, i) + xr DVs (:, i) ∗ (−xs DVr + xr DVs ).
JTl
Do mesmo jeito, se consideramos V (g, i) = ϕ̂k2 (rg , sg ), temos para a integral (5.2.2), a seguinte
aproximação :
Z Z
fh (x, y)ϕi (x, y)dxdy = JTl fh (ψT (ε ))ϕ̂k2 (ε )d ε
Tl T̂
NQG
∑ JTl ωg fh(ψκ (εg))ϕ̂k2 (εg) = JTl (ω . ∗ fh(X(:, l),Y (:, l)))′ ∗V (:, i).
g=1
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% % Element assembling
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
indexSparseEnd=0;
for l=1:N_h
if Regiao(l)<= 1
AuxV=(1/Jk(l)).*(acofK1(X(:,l),Y(:,l)).*w);
else
AuxV=(1/Jk(l)).*(acofK2(X(:,l),Y(:,l)).*w);
end
AuxV1=(ys(l)*DVr - yr(l)*DVs);
AuxV2=(-xs(l)*DVr + xr(l)*DVs);
j1=indexGlobal(Np,l,1);
for k=1:Np % linha
5 IMPLEMENTAÇÃO 65
indexSparse=indexSparseEnd+1;
indexSparseEnd=indexSparse+Np-1;
iSparse(indexSparse:indexSparseEnd)=indexGlobal(Np,l,k);
jSparse(indexSparse:indexSparseEnd)=j1:j1+Np-1;
sSparse(indexSparse:indexSparseEnd) = (AuxV.*AuxV1(:,k))'*AuxV1
+ (AuxV.*AuxV2(:,k))'*AuxV2;
end
end
• Seja 1 ≤ i, j ≤ N, ı́ndices descritos acima, E ∈ ℑih , tal que ϕi ∈ Pb (TR ),ϕ j ∈ Pb (TL ) e
E = TR ∩ TL . Para calcular
Z Z
− (K∇ϕ j · n [[ϕi ]] + [[ϕ j ]] (K∇ϕi ) · n + σE [[ϕ j ]][[ϕi ]] (5.2.5)
E E
temos que:
− n · (K∇u) [[v]] − [[u]] n · (K∇v) + σ [[u]][[v]] =
1
− (n · (K∇uL ))vL + uL (n · (K∇vL )) + σ uL vL
2
1
− −(n · (K∇uL ))vR + uL (n · (K∇vR )) − σ uL vR (5.2.6)
2
1
− (n · (K∇uR ))vL − uR (n · (K∇vL )) − σ uR vL
2
1
− −(n · (K∇uR ))vR − uR (n · K∇vR ) + σ uR vR .
2
Assim, a integral acima (5.2.5), pode ser decomposta nos blocos LL, RL, LR, RR. Neste tra-
balho vamos calcular o bloco LR.
Z
1 L R L R
L R
− −(n · (K∇ϕ j ))ϕi + ϕ j (n · (K∇ϕi )) − σE ϕ j (x, y)ϕ j (x, y) ds. (5.2.7)
2
E
Para calcular a integral sobre a aresta E, formada pelos vértices v1 e v2 , vamos lembrar da
aplicão ψ̃E (ξ ) : I → E, exposta na equação (5.1.3). Considere v1 = (x1 , y1 ) e v2 = (x2 , y2 ),
assim temos que ψ̃E (ξ ) = (x(ξ ), y(ξ )), com:
1−ξ 1+ξ
x(ξ ) = x1 − x2
2 2
1−ξ 1+ξ
y(ξ ) = y1 − y2 ,
2 2
5 IMPLEMENTAÇÃO 66
concluı́ndo que:
d ψ̃E1 x2 − x1 d ψ̃E2 y2 − y1
= ; = ,
dξ 2 dξ 2
e deste modo o comprimento de arco diferencial ds no plano xy pode ser escrito em termos da
coordenada normalizada ξ
!2 !2 12
d ψ̃E1 d ψ̃E2
ds(ξ ) = JE d ξ = + dξ .
dξ dξ
Z Z1
σE ϕ Lj (x, y)ϕiR (x, y)ds = σE JE ϕ Lj (ψ̃E (ξ )) ϕiR (ψ̃E (ξ )) d ξ (5.2.8)
E −1
NQGb
= ∑ σE JE ϕ Lj (ψ̃E (rbi )) ϕiR (ψ̃E (rbi )) wbi
i=1
NQGb
= ∑ σE JE ϕ̂k1 (ψT−1
L
(ψ̃E (rbi ))) ϕ̂k2 (ψT−1
R
(ψ̃E (rbi ))) wbi ,
i=1
ϕ̂k1 (RbI(l, Dimw + 1 : 2 ∗ Dimw)′ , SbI(l, Dimw + 1 : 2 ∗ Dimw)′ ), as funções base avaliadas nos
nós referente ao elemento da direita TR .
∂ ϕ̂k1
Da mesma forma definimos: DV rbI(1 : Dimw, j, l) = (RbI(l, 1 : Dimw)′ , SbI(l, 1 :
∂r
∂ ϕ̂k1
Dimw)′ ) e DV sbI(1 : Dimw, j, l) = (RbI(l, 1 : Dimw)′ , SbI(l, 1 : Dimw)′ ) , ou seja, as
∂s
derivadas das funções base avaliadas nos nós referente ao elemento da esquerda TL . DV rbI(Dimw+
∂ ϕ̂k1
1 : 2∗Dimw, j, l) = (RbI(l, Dimw+1 : 2∗Dimw)′ , SbI(l, Dimw+1 : 2∗Dimw)′ ) e DV sbI(Dimw+
∂r
∂ ϕ̂k1
1 : 2∗Dimw, j, l) = (RbI(l, Dimw+1 : 2∗Dimw)′ , SbI(l, Dimw+1 : 2∗Dimw)′ ), as derivadas
∂s
das funções base avaliadas nos nós referente ao elemento da direita TR .
Agora podemos reescrever a integral de superfı́cie (5.2.8):
Z
σE ϕ Lj (x, y)ϕiR (x, y)ds
E
Z
(n · (K∇ϕ Lj (x, y)))ϕiR (x, y)ds. (5.2.9)
E
∇r + ∇s (ys − yr , −xs + xr )
Aresta 1: n1 = − =p ,
k∇r + ∇sk (ys − yr )2 + (xr − xs )2
∇r (−ys , xs )
Aresta 2: n2 = − =p ,
k∇sk y2s + xs2
∇s (yr , −xr )
Aresta 3: n3 = − =p .
k∇sk y2r + xr2
Essas normais são armazenadas no código nas matrizes nx e ny, com dimensão Nh × 3, onde
nx(k, i) e ny(k, i) fornecem as coordenadas x e y da normal na aresta i exterior ao elemento Tk .
5 IMPLEMENTAÇÃO 68
!
Z1 ∂ ϕ Lj ∂ ϕ Lj
= JE K (nx, ny) · (ψ̃E (ξ )), (ψ̃E (ξ )) ϕiR (ψ̃E (ξ ))d ξ . (5.2.10)
∂x ∂y
−1
Lembrando que sobre TL temos, ϕ̂k1 (r, s) = ϕ Lj (ψTL (r, s)) = ϕ Lj (x(r, s), y(r, s)), e o processo feito
da equação ( 5.2.3) à equação (5.2.4), podemos inferir novamente:
∂ ϕ Lj ∂ ϕ̂k1
yLs −yLr
∂ x (x, y) 1
∂r
(r, s)
.
∂ ϕL =
j JTL ∂ ϕ̂k
(x, y) −xsL xrL 1
(r, s)
∂y ∂s
∂ ϕ Lj ∂ ϕ̂k1 −1
yLs −yLr
∂ x (ψ̃E (ξ )) 1
∂r
(ψTL (ψ̃E (ξ )))
,
∂ ϕL =
j JTL ∂ ϕ̂k
(ψ̃E (ξ )) −xsL xrL 1
(ψT−1 (ψ̃ E ( ξ )))
∂y ∂s L
Z1 ∂ ϕ̂k1 −1
JE (ψT L (ψ̃E (ξ )))
L
ys −yLr
(nx, ny) · ∂r ϕ̂k2 (ψT−1
R (ψ̃E (ξ )))d ξ
JT L ∂ ϕ̂k
−1
−1 −xsL L
xr 1
(ψT L (ψ̃E (ξ )))
∂s
Z1 L ∂ ϕ̂k1 L ∂ ϕ̂k1
JE ys (ψT−1
L (ψ̃E (ξ ))) − yr (ψT−1
L (ψ̃E (ξ )))
=
(nx, ny) · ∂ r ∂ s ϕ̂k2 (ψT−1
R (ψ̃E (ξ )))d ξ
JT L ∂ ϕ̂ k ∂ ϕ̂k
L 1 −1 L 1 −1
−1 −xs (ψT L (ψ̃E (ξ ))) + xr (ψT L (ψ̃E (ξ )))
∂r ∂s
Np
JE ∂ ϕ̂k1 −1 ∂ ϕ̂k1 −1
=∑ nx · yLs (ψT L (ψ̃E (rbi ))) − nx · yLr (ψT L (ψ̃E (rbi )))
i=1 JT L ∂r ∂s
L ∂ ϕ̂k1 −1 L ∂ ϕ̂k1
−ny · xs i
(ψT L (ψ̃E (rb ))) + ny · xr (ψT L (ψ̃E (rb ))) ϕ̂k2 (ψT−1
−1 i i i
R (ψ̃E (rb )))wb .
∂r ∂s
5 IMPLEMENTAÇÃO 69
Z
(n · (K∇ϕ Lj (x, y)))ϕiR (x, y)ds
E
JE
= wb. ∗ (nxyLs − nyxsL )DV rbI(1 : Dimw, j, l)
JT L
L L
+(−nxyr + nyxr )DV sbI(1 : Dimw, j, l) V bI(Dimw + 1 : 2 ∗ Dimw, i, l)
Z
1 L R L R
L R
− −(n · (K∇ϕ j ))ϕi + ϕ j (n · (K∇ϕi )) − σE ϕ j (x, y)ϕ j (x, y) ds
2
E
1 JE 1 JE
= bLR − bRL′ − σE JE cLR.
2 JT L 2 JT R
% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% % %Element assembling Interior edges
% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
NN2=Np*Np-1;
for i=1:Np
AuxV1((i-1)*Np+1:i*Np)=0:Np-1;
AuxV2((i-1)*Np+1:i*Np)=i-1;
end
for ArestI=1:NI
[cLL,cRL,cLR,cRR]=Cmatrix2D(ArestI,Np,Dimwb,wb,VbI);
[bLL,bRL,bLR,bRR]=Bmatrix2D(acofK1,acofK2,Regiao,ArestI,
Np,Dimwb,wb,VbI,DVrbI,DVsbI,Xb,Yb);
KelemL = FToE(Interior(ArestI,3),1);
KelemR = FToE(Interior(ArestI,3),2);
i1=indexGlobal(Np,KelemL,1); % indice left
i2=indexGlobal(Np,KelemR,1); % indice right
JkL=Jk(KelemL);
5 IMPLEMENTAÇÃO 70
JkR=Jk(KelemR);
hx1=2*Je(ArestI);
mu0 = sigma*N*N/hx1;
%%%%%%%%%%%%%%%% LR %%%%%%%%%%%%%%%%%
indexSparse=indexSparseEnd+1;
indexSparseEnd=indexSparse+NN2;
iSparse(indexSparse:indexSparseEnd)=i2+AuxV1;
jSparse(indexSparse:indexSparseEnd)=i1+AuxV2;
AuxM=(0.5*Je(ArestI)/JkL)*bLR -(0.5*lambda*Je(ArestI)/JkR)* bRL'
-(mu0*Je(ArestI))*cLR;
sSparse(indexSparse:indexSparseEnd) = AuxM(:);
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
Z
− (n · ∇ϕ j (x, y))ϕi (x, y) + ϕ j (x, y)(n · ∇ϕi (x, y)) − σE ϕ j (x, y)ϕi (x, y) =
E
Z1 ∂ ϕ̂ k1
JE
ys −yr (ψT−1 (ψ̃E (ξ )))
−
(nx, ny) · ∂ r ϕ̂k2 (ψT−1 (ψ̃E (ξ )))d ξ
JT ∂ ϕ̂k
−1 −xs xr 1
(ψT−1 (ψ̃E (ξ )))
∂s
Z1 ∂ ϕ̂ k2
JE
ys −yr (ψT−1 (ψ̃E (ξ )))
− ϕ̂k (ψ (ψ̃E (ξ ))) (nx, ny) ·
−1 ∂r dξ
JT 1 T ∂ ϕ̂k
2 −1
−1 −xs xr (ψT (ψ̃E (ξ )))
∂s
Z1
+ σE JE ϕ̂k1 (ψT−1 (ψ̃E (ξ )))ϕ̂k2 (ψT−1 (ψ̃E (ξ )))d ξ =
−1
JE h i′
− wb. ∗ (nxys − nyxs )DV rbD(:, j, l) + (−nxyr + nyxr )DV sbD(:, j, l) V bD(:, i, l)
JT
JE h i′
− wb. ∗ (nxys − nyxs )DV rbD(:, i, l) + (−nxyr + nyxr )DV sbD(:, i, l) V bD(:, j, l)
JT
′
+σE JE wb. ∗V bD(:, j, l) V bD(:, i, l),
com (RbD(l, 1 : Dimw), SbI(l, 1 : Dimw)) = ψT−1 (ψ̃E (rb)), são as coordenadas (r, s)
no elemento mestre T̂ , correspondente ao vetor rb no elemento T , e l é o número da aresta de
Dirichlet E que está sendo considerada.
5 IMPLEMENTAÇÃO 71
Z Z Z
gN ϕi − (~n · K∇ϕi )gD + σ ϕi gD .
ℑN
h ℑD
h ℑD
h
Se El ∈ ℑD
h , com numeração l da aresta onde a condição de Dirichlet é satisfeita, temos:
Z Z
− gD (x, y)(n · K∇ϕi (x, y))ds + σ gD (x, y)ϕi (x, y)ds
E E
JE ′
= −K wb. ∗ gD (X(:, NI + l),Y (:, NI + l))
JT
∗ (nxys − nyxs )DV rbD(:, i, l) + (−nxyr + nyxr )DV sbD(:, i, l)
Para El ∈ ℑN
h , consideramos V bN(rb, i, l) = ϕ̂k2 (ψ̃E (rb)), com numeração l da aresta onde a
Z
K gN (x, y)ϕ̂i (x, y)ds =
E
Z Z
lΓ KΓT ∇τ φ j · ∇τ φi = lΓ KΓT ∇τ φ j · ∇τ φi , (5.3.1)
Γh El
Z Z
fΓ φi = fΓ φi (5.3.2)
Γh El
∂ f ∂x ∂ f ∂y
F ′ (ξ ) = · + · = ∇ f · (x′ (ξ ), y′ (ξ )).
∂x ∂ξ ∂y ∂ξ
1−ξ 1+ξ
x(ξ ) = x1 + x2
2 2
1−ξ 1+ξ
y(ξ ) = y1 + y2
2 2
−x1 x2
x′ (ξ ) = +
2 2
′ −y1 y2
y (ξ ) = + ,
2 2
deste modo
v2 − v1
(x′ (ξ ), y′ (ξ )) = .
2
v2 − v1
Se τ = com |E| = [(x2 − x1 )2 + (y2 − y1 )2 ]1/2 , temos:
|E|
|E| |E|
F ′ (ξ ) = ∇ f · τ = ∇τ f . (5.3.3)
2 2
5 IMPLEMENTAÇÃO 73
Z Z
lΓ KΓT ∇τ φ j ∇τ φi ds = lΓ KΓT ∇φ j · τ (∇φi · τ )ds
El El
Z1
∂ φ̂k1 (ξ ) 2 ∂ φ̂k2 (ξ ) 2 |El |
= lΓ KΓT · · dξ
∂ ξ |El | ∂ ξ |El | 2
−1
Z1
2
= lΓ KΓT φ̂k′1 (ξ )φ̂k′2 (ξ )d ξ .
|El |
−1
Z1 NQGb
2 2
lΓ KΓT φ̂k′1 (ξ )φ̂k′2 (ξ )d ξ = ∑ lΓ KΓT φ̂k′1 (rbg )φ̂k′2 (rbg )wbg ,
|El | g=1 |E l |
−1
e seja DV sbInT (g, j) = φ̂k′1 (rbg ) e (X(:, NI + NbD + NbN + l),Y (:, NI + NbD + NbN + l)) =
ψ̃E (ξ ), onde aqui ξ representa os vetor com todos os pontos de Gauss rb e l é o número da
aresta E que está sendo integrada. Assim finalmente, temos a seguinte notação computacional:
NQGb
2
∑ lΓ KΓT φ̂k′1 (rbg )φ̂k′2 (rbg )wbg
g=1 |El |
= [wb. ∗ KΓT (X(:, NI + NbD + NbN + l),Y (:, NI + NbD + NbN + l)). ∗ DV sbInT (:, j)]′
2
∗DV sbInt(:, i) lΓ .
|El |
Da mesma forma se consideramos V bInt(g, i, l) = φ̂k2 (rbg ), temos para a integral (5.3.2), a
seguinte aproximação :
Z Z1
|El |
f (x, y)φi (x, y)dxdy = f (ψ̃El (ξ ))φ̂k2 (ξ )d ξ
2
El −1
NQGb
|El | g
= ∑ wb f (ψ̃El (rbg ))φ̂k2 (rbg )
g=1 2
|El |
= (wb. ∗ f (X(:, NI + NbD + NbN + l),Y (:, NI + NbD + NbN + l)))′ ∗V bInt(:, i, l).
2
5 IMPLEMENTAÇÃO 74
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% Element assembling interface
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
L=0.001;
for l=1:NbIntf
AuxV=(1/Je(NI+NbD+NbN+l))
*(L*Kintf(Xb(:,NI+NbD+NbN+l),Yb(:,NI+NbD+NbN+l)).*wb);
j1=indexGlobalIntF(Np1,jEl,1,N_h,Np);
for k=1:Np1 % linha
indexSparse=indexSparseEnd+1;
indexSparseEnd=indexSparse+Np1-1;
iSparse(indexSparse:indexSparseEnd)=indexGlobalIntF(Np1,l,k,K,Np);
jSparse(indexSparse:indexSparseEnd)=j1:j1+Np1-1;
sSparse(indexSparse:indexSparseEnd) =
(AuxV.*DVsbInT(1:Dimwb,k,l))'*DVsbInT(1:Dimwb,:,l);
end
end
• Seja N ≤ i, j < M os ı́ndices descritos acima e e ∈ ℑih (Γ), tal que e = EL ∩ ER com φ j ∈
Pb (EL ) e φib ∈ P(ER ). Para calcular
− {lΓ KΓT ∇τ φ j (e)~n}[[φi (e)]] + {lΓ KΓT ~n∇τ φi (e)}[[φ j (e)]] + σe [[φ j (e)]][[φi (e)]] (5.3.4)
temos que:
T T
− {lΓ KΓ ∇τ u~n}[[v]] + {lΓ KΓ ~n∇τ v}[[u]] + σ [[u]][[v]]
1 T T
= − (n · (lΓ KΓ ∇u ))v + u (n · (lΓ KΓ ∇v )) + σ uL vL
L L L L
2
1 T T
− −(n · (lΓ KΓ ∇u ))v + u (n · (lΓ KΓ ∇v )) − σ uL vR
L R L R
(5.3.5)
2
1
− (n · (lΓ KΓT ∇uR ))vL − uR (n · (lΓ KΓT ∇vL )) − σ uR vL
2
1
− −(n · (lΓ KΓT ∇uR ))vR − uR (n · lΓ KΓT ∇vR ) + σ uR vR .
2
Relembrando que ψE (ξ ) : I = [−1, 1] −→ E, temos que ψ̃EL (1) = e e ψ̃ER (−1) = e. Se defini-
5 IMPLEMENTAÇÃO 75
mos o vetor normal exterior n em I como sendo, 1=n=nL e n=-nR e recordamos a equação
(5.3.3), podemos deduzir que:
1
− −(nL · (lΓ KΓT ∇φ Lj (e)))φiR (e) + φ Lj (e)(nR · (lΓ KΓT ∇φiR (e))) − σe φ Lj (e)φiR (e)
2
1 T 2 ′ T 2 ′
=− −(lΓ KΓ φ̂ (1))φ̂k2 (−1) − φ̂k1 (1)(lΓ KΓ φ̂ (−1)) − σe φ̂k1 (1)φ̂k2 (−1),
2 |EL | k1 |ER | k2
dando origem ao bloco LR na implementação unidimensional.
Seja V bInT PoFc(1, j, l) = φ̂k1 (ψ̃E−1
R
(e)), a função j avaliada no ponto e, fronteira es-
querda do elemento ER , com l o número que determina o nó e. V bInT PoFc(2, j, l) = φ̂k1 (ψ̃E−1
L
(e)),
a função j avaliada no ponto e, fronteira direita do elemento EL . De forma semelhante, defini-
mos: DV rbPoFc(1, j, l) = φ̂k′1 (−1) , ou seja, a derivada da função de base j avaliada no ponto
e, referente ao elemento da direita ER . DV rbPoFc(2, j, l) = φ̂k′1 (1), a derivada da função j
avaliada no ponto e referente ao elemento da esquerda EL .
Então podemos reescrever a equação (5.3.4) para o bloco LR como:
1
− bLR + σe cLR,
2
para:
cLR = V bInT PoFc(1, :, l) ∗V bInT PoFc(2, :, l)
2 2 V bInT PoFc(1, :, l) ∗ DV rbPoFc(2, :, l)
bLR = lΓ KΓT (ψ̃E−1 (e)) − , · .
|EL | |ER |
DV rbPoFc(1, :, l) ∗V bInT PoFc(2, :, l)
% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% % Element assembling Interior interface
% %%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
LT=0.001; %thickness of the fracture%
NN2=(Np1*Np1)-1;
for i=1:Np1
5 IMPLEMENTAÇÃO 76
AuxV1((i-1)*Np1+1:i*Np1)=0:Np1-1;
AuxV2((i-1)*Np1+1:i*Np1)=i-1;
end
for ArestI=1:NbIntf-1
[cLL,cRL,cLR,cRR] = Cmatrix1DIntF(ArestI,VbInTPoFc);
[bLL,bRL,bLR,bRR] =
Bmatrix1DIntF(Kintf,ArestI,VbInTPoFc,DVrbIPoFc,M2,Je);
Je1=2*Je(NI+NbD+NbN+ArestI);
Je2=2*Je(NI+NbD+NbN+ArestI+1);
hx1=max(Je1,Je2);
mu0 = sigma*LT*Kintf(M2(ArestI,1))*N*N/hx1;
i1=indexGlobalIntF(Np1,ArestI,1,K,Np); % indice left
i2=indexGlobalIntF(Np1,ArestI+1,1,K,Np); % indice right
%%%%%%%%%%%%%%%% LR %%%%%%%%%%%%%%%%%
indexSparse=indexSparseEnd+1;
indexSparseEnd=indexSparse+NN2;
iSparse(indexSparse:indexSparseEnd)=i2+AuxV1;
jSparse(indexSparse:indexSparseEnd)=i1+AuxV2;
AuxM= -(0.5)*bLR -(mu0)*cLR ;
sSparse(indexSparse:indexSparseEnd) = AuxM(:);
lembrando que o nó e é uma das duas fronteiras da fratura Γ, assim e1 e e2 são as fronteiras
esquerda e direita da fratura, respectivamente. A seguir:
∑D − lΓ KΓT ~n(∇τ φ j (e))φi (e) + lΓ KΓT ~n∇τ φ j (e)φi (e) + ∑D σe φ j (e)φi (e)
e∈ℑh (Γ) e∈ℑh (Γ)
2
= ∑ (−lΓKΓT ~n∇τ φ j (ek ) φi (ek ) − lΓ KΓT ~n∇τ φi (ek ) φ j (ek ) + σek φ j (ek )φi (ek )).
k=1
2
2 2
∑ [ |E k | (−1)k+1lΓKΓT φ̂k′1 (−1k ) φ̂k2 (−1k ) +
|E k |
(−1)k+1 lΓ KΓT φ̂k′2 (−1k )φ̂k1 (−1k )
k=1
2
+ (−1)k+1 lΓ KΓT (ψ̃E−1 (ek )) ∗ DV rbPoFc(K, j, k) ∗V bInT PoFc(K, i, k)
|E k |
+σkV bInT PoFc(k, j, k) ∗V bInT PoFc(k, i, k)].
2
2
= ∑ (−1) lΓ KΓ (ψ̃E (e ))φ̂k2 (−1 ) + σk φ̂k2 (−1 ) gΓ (ψ̃E−1 (ek ))
k+1 T −1 k ′ k k
k=1 |E k |
2
2
= ∑ (−1) lΓ KΓ (ψ̃E (e )) ∗ DV rbPoFc(k, i, k) + σk ∗V bInT PoFc(k, i, k) gΓ (ψ̃E−1 (ek )).
k+1 T −1 k
k=1 |E k |
N M
p(x, y) = ∑ p̂ j ϕ j (x, y) e pΓ (x, y) = ∑ p̂ j φ j (x, y).
j=1 j=N
Para uma melhor compreensão dos cálculos, esclarecemos a distribuição das condições de
acoplamento na matriz de rigidez, ver Figura 5.1.1.
Z Z
Γ
αΓ ({p} − p )({ϕi1 } − φi2 ) + βΓ [[p]] · [[ϕi1 ]]
Γh Γh
Z N M Z N
= αΓ { ∑ p̂ j ϕ j } − ∑ p̂ j φ j ({ϕi1 } − φi2 ) + βΓ [[ ∑ p̂ j ϕ j ]] · [[ϕi1 ]]
j=1 j=N j=1
Γh Γh
Z N M Z N
= αΓ ∑ p̂ j {ϕ j } − ∑ p̂ j φ j ({ϕi1 } − φi2 ) + βΓ ∑ p̂ j [[ϕ j ]] · [[ϕi1 ]]
j=1 j=N j=1
Γh Γh
5 IMPLEMENTAÇÃO 78
Z N M N M
= αΓ ∑ p̂ j {ϕ j }{ϕi1 } − ∑ p̂ j φ j {ϕi1 } − ∑ p̂ j {ϕ j }φi2 + φi2 ∑ p̂ j φ j
j=1 j=N j=1 j=N
Γh
Z N
+ βΓ ∑ p̂ j [[ϕ j ]] · [[ϕi1 ]]
j=1
Γh
N Z M Z
= ∑ p̂ j αΓ {ϕ j }{ϕi1 } + βΓ [[ϕ j ]] · [[ϕi1 ]] − ∑ p̂ j αΓ φ j {ϕi1 }
j=1 j=N
Γh Γh
| {z } | {z }
Ai 1 j B1i
1j
N Z M Z
− ∑ p̂ j αΓ {ϕ j }φi2 + ∑ p̂ j αΓ φ j φi2 .
j=1 j=N
Γh Γh
| {z } | {z }
B2i Ci2 j
2j
Z
αΓ L L
Ai j = (ϕ j ϕi ) + ϕ Lj ϕiR + ϕ Rj ϕiL + ϕ Rj ϕiR
4
El
Z
L L L R R L R R
+ βΓ (ϕ j ϕi ) − ϕ j ϕi − ϕ j ϕi + (ϕ j ϕi )
El
Z Z
αΓ L L R R αΓ
= + βΓ ((ϕ j ϕi ) + (ϕ j ϕi )) + − βΓ (ϕ Lj ϕiR + ϕ Rj ϕiL ),
4 4
El El
Z
αΓ
− βΓ ϕ Lj (x, y)ϕiR (x, y)ds
4
El
NQGb
αΓ |El |
= ∑ − βΓ ϕ̂k1 (ψT−1 (ψ̃El (rbg ))) ϕ̂k2 (ψT−1 (ψ̃El (rbg ))) wbg .
g=1 4 2 L R
5 IMPLEMENTAÇÃO 79
Z
αΓ
− βΓ ϕ Lj (x, y)ϕiR (x, y)ds
4
El
αΓ
= − βΓ JEl (wb. ∗V bIACO(1 : Dimw, j, l))′ V bIACO(Dimw + 1 : 2 ∗ Dimw, i, l).
4
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% conditions to couple A
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
NN2=Np*Np-1;
for i=1:Np
AuxV1((i-1)*Np+1:i*Np)=0:Np-1;
AuxV2((i-1)*Np+1:i*Np)=i-1;
end
for l=1:NbIntf
[cLL,cRL,cLR,cRR]=
Cmatrix2DACO(l,Np,Dimwb,wb,VbIACO,Je);
KelemL = FToE(INTERFACE(l,3),1);
KelemR = FToE(INTERFACE(l,3),2);
i1=indexGlobal(Np,KelemL,1); % indice left
i2=indexGlobal(Np,KelemR,1); % indice right
%%%%%%%%%%%%%%%% LR %%%%%%%%%%%%%%%%%
indexSparse=indexSparseEnd+1;
5 IMPLEMENTAÇÃO 80
indexSparseEnd=indexSparse+NN2;
iSparse(indexSparse:indexSparseEnd)=i2+AuxV1;
jSparse(indexSparse:indexSparseEnd)=i1+AuxV2;
AuxM= ((1/((LT/Kn)*((2*e)-1)))-(1/(LT/Kn)))*cLR ;
sSparse(indexSparse:indexSparseEnd) = AuxM(:);
end
Já que na implementação unidimensional, seção 5.3, definimos V bInT (g, j, l) = φ̂k̃1 (rbg ), com
1 ≤ k̃1 ≤ N p1 . Para Ci j temos que:
Z NQGb
|El |
αΓ φ j φi = ∑ αΓ φ̂k̃1 (rbg )φ̂k̃2 (rbg )wbg
g=1 2
El
|El |
= αΓ wb ∗V bInT (1 : Dimw, i, l) ∗V bInT (1 : Dimw, j, l),
2
Z Z
ϕ L + ϕiR αΓ
B1i j = αΓ φ j i = (φ j ϕiL + ϕiR φ j )
2 2
El El
NQGb
αΓ |El |
= ∑ · [φ̂ (rbg )ϕ̂k2 (ψT−1 (ψ̃El (rbg ))) + φ̂k̃1 (rbg )ϕ̂k2 (ψT−1 (ψ̃El (rbg )))]
g=1 2 2 k̃1 L R
αΓ |El |
= · ∗V bInT (1 : Dimw, j, l) ∗V bIACO(1 : Dimw, i, l)
2 2
αΓ |El |
+ · ∗V bInT (1 : Dimw, j, l) ∗V bIACO(1 + Dimw : 2 ∗ Dimw, i, l).
2 2
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
% conditions to couple B
%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%
NN2=(Np*Np1)-1;
for i=1:Np1
AuxV1((i-1)*Np+1:i*Np)=0:Np-1;
AuxV2((i-1)*Np+1:i*Np)=i-1;
end
for l=1:NbIntf
[R,L]=Cmatrix2DACOB(ArestI,Np,Dimwb,wb,VbIACO,VbInT,Je);
KelemL = FToE(INTERFACE(l,3),1);
5 IMPLEMENTAÇÃO 81
KelemR = FToE(INTERFACE(l,3),2);
i1=indexGlobal(Np,KelemL,1); % indice left
i2=indexGlobal(Np,KelemR,1); % indice right
i3=indexGlobalIntF(Np1,l,1,K,Np);
%%%%%%%%%%%%%%%% R %%%%%%%%%%%%%%%%%
indexSparse=indexSparseEnd+1;
indexSparseEnd=indexSparse+NN2;
iSparse(indexSparse:indexSparseEnd)=i2+AuxV1;
jSparse(indexSparse:indexSparseEnd)=i3+AuxV2;
AuxM= -(2/((LT/Kn)*((2*e)-1)))*(R) ;
sSparse(indexSparse:indexSparseEnd) = AuxM(:);
%%%%%%%%%%%%%%%% L %%%%%%%%%%%%%%%%%
indexSparse=indexSparseEnd+1;
indexSparseEnd=indexSparse+NN2;
iSparse(indexSparse:indexSparseEnd)=i1+AuxV1;
jSparse(indexSparse:indexSparseEnd)=i3+AuxV2;
AuxM= -(2/((LT/Kn)*((2*e)-1)))*L;
sSparse(indexSparse:indexSparseEnd) = AuxM(:);
6 RESULTADOS NUMÉRICOS 82
6 Resultados Numéricos
Neste capı́tulo, apresentamos alguns experimentos numéricos, e deste modo, anali-
samos o desempenho do método de Galerkin descontı́nuo para o modelo reduzido de fratura
exclusiva, Definição 4.2.1, baseado nas estimativas de erro a priori que derivamos no capı́tulo
4, ver Teorema 4.4.1 . Os resultados numéricos foram obtidos em MATLABr empregando a
implementação computacional apresentada no capı́tulo 5.
sendo
π 2
f1 = −K1[−2 fˆ1 (y) + (x − x2 + 1)(− )cos(π (1 − y))]
2
π2
f2 = −K2[−2 fˆ2 (y) + (5x − x2 − 3)Ck (− )cos(π (1 − y))]
2
e fΓ :
π2
fΓ = KΓT lΓ cos(π (1 − y))(1 +Ck )
4
π2
−KΓT lΓ cos(π (1 − y))(K1 + 3K2Ck ) + fˆ1 (y)(−3K2Ck − K1 ).
2αΓ
6 RESULTADOS NUMÉRICOS 84
µ −1
ei−1 ∼
= C1/2 hi−1 (|p|2H s (Ω,Th ) + |pΓ |2H s (Γ,Γh ) )1/2 ,
µ −1
ei ∼
= C1/2 hi (|p|2H s (Ω,Th ) + |pΓ |2H s (Γ,Γh ) )1/2
µ −1 µ −1
ei hi hi
= =
ei−1 hµ −1 hi−1
i−1
ei hi
=⇒ ln = µ − 1 ln .
ei−1 hi−1
Concluindo que:
ONCΩ = µ − 1.
Assim, para soluções suaves nos domı́nios Ω1 e Ω2 , vamos ter que a ONCΩ atinge o grado
de aproxima polinomial b. Para a ONC nas normas L2 (Ω, Th ) e L2 (Γ, Γh ), referenciamos o
Teorema 1.49 em [DOLEJŠÍ V.; FEISTAUER 2015], atingindo o valor de b+1 em ambos casos.
6 RESULTADOS NUMÉRICOS 86
valores para o parâmetro ξ . Em ambos os casos os resultados numéricos atingem a ONC b+1,
sendo b o grau de aproxomação polinomial empregado na discretização pelo método de DG.
Teste 1
b NΓ NΩ\Γ ONCΩ ONCΓ
4 40 3.8363e-01 1.4568e+00
8 160 2.2196e+00 1.9501e+00
1 16 640 2.0208e+00 1.9416e+00
32 2560 2.0071e+00 1.9617e+00
4 40 3.0872e+00 2.9062e+00
8 160 2.8691e+00 3.0263e+00
2 16 640 2.9624e+00 3.0122e+00
32 2560 2.9894e+00 3.0038e+00
4 40 2.5275e+00 3.8717e+00
8 160 4.0539e+00 3.9622e+00
3 16 640 3.9975e+00 3.9680e+00
32 2560 3.9977e+00 3.9396e+00
Table 6.2.2: Ordem Numérica de Convergência (ONC) na norma L2 , para diferentes ordens de
aproximação polinomial N, com ξ = 0.50001 .
Nas Tabelas 6.2.3 e 6.2.4, temos as ONC para o erro calculados na norma k · kTh , bem
6 RESULTADOS NUMÉRICOS 87
como cada um dos termos que compõe essa norma, obtidas com os valores ξ = 1 e ξ = 0.50001.
Os resultados numéricos obtidos estão em conformidade com as estimativas de erro a priori obti-
das no capı́tulo 4, ou seja, a ONC se aproxima do grau de aproximação polinomial b.
Teste 2
b NΓ NΩ\Γ NOCΩ NOCΓ
4 40 3.9604e-01 1.8865e+00
8 160 2.2299e+00 1.6320e+00
1 16 640 2.0219e+00 1.9641e+00
32 2560 2.0073e+00 2.0095e+00
4 40 3.1148e+00 4.0385e+00
8 160 2.8700e+00 3.1058e+00
2 16 640 2.9625e+00 3.0212e+00
32 2560 2.9894e+00 2.9961e+00
4 40 2.5419e+00 4.7836e+00
8 160 4.0540e+00 4.0326e+00
3 16 640 3.9974e+00 3.9903e+00
32 2560 3.9977e+00 4.0005e+00
Table 6.3.3: Teste 2: Taxas de convergência do método DG para o modelo reduzido. ξ = 3/4 e
lΓ =0.000001.
6 RESULTADOS NUMÉRICOS 90
Novamente nas Tabelas 6.3.3 e 6.3.4, temos as ONC para o erros calculados na norma
k(p − pi , p − pΓi )kTh , bem como para cada um dos termos que compõe essa norma , para ξ =
3/4 com os valores lΓ = 0.000001 e lΓ = 0.01 . No primeiro caso, os resultados numéricos
apresentam a ONC igual ao valor do grau de aproximação polinomial b empregado no método
DG. No segundo caso, observamos uma pequena patologia na norma ||| · |||AC , onde a ONC
observado foi de b+1, o que não alterou as estimativas previstas para ||| · |||Th .
Table 6.3.4: Teste 2: Taxas de convergência do método DG para o modelo reduzido. ξ = 3/4 e
lΓ =0.01.
6 RESULTADOS NUMÉRICOS 92
kp − pΓi kL2 (Γ,Γh ) em função do tamanho da malha, empregando diferentes valores para ξ . Outra
vez, em ambos os casos podemos observar ONC igual a b+1. Nas tabelas 6.4.3 e 6.4.4, temos
Teste 3
N NΓ NΩ\Γ NOCΩ NOCΓ
4 40 4.7185e-01 1.4143e+00
8 160 2.1424e+00 2.0522e+00
1 16 640 2.0006e+00 2.0243e+00
32 2560 1.9994e+00 2.0244e+00
4 40 3.1808e+00 4.0576e+00
8 160 2.8512e+00 3.0984e+00
2 16 640 2.9629e+00 3.0181e+00
32 2560 2.9898e+00 3.0440e+00
4 40 2.4703e+00 3.1777e+00
8 160 4.0861e+00 3.9901e+00
3 16 640 4.0036e+00 4.0697e+00
32 2560 4.0009e+00 4.2306e+00
Table 6.4.3: Teste 3: Taxas de convergência do método DG para o modelo reduzido, com
ξ = 3/4
as ONC para os erros calculados na norma k · kTh , bem como para cada um dos termos que
6 RESULTADOS NUMÉRICOS 93
compõe essa norma , com os valores ξ = 3/4 e ξ = 0.50001. No primeiro caso, observamos
novamente uma pequena patologia em ||| · |||AC , onde a ONC observado foi igual a b+1, o que
não afetou as ONC obtidas para ||| · |||Th . No segundo caso, podemos observar que a ONC
obtida é igual ao valor do grau de aproximaão polinomial b.
Table 6.4.4: Teste 3: Taxas de convergência do método DG para o modelo reduzido, com
ξ = 0.50001
7 CONCLUSÕES 94
7 Conclusões
Neste trabalho estudamos o Método Garlerkin Descontı́nuo tanto no domı́nio quanto
na fratura, no modelo de fratura única para alta e baixa permeabilidade para o problema de es-
coamento em meios porosos fraturados, com uma correspondência no malhado computacional
fratura-domı́nio.
Começamos com uma abordagem do modelo de fratura exclusiva em alta e baixa
permeabilidade. A seguir, efetuamos um estudo da formulação do Método de Galerkin Des-
contı́nuo para a equação de Poisson, gerando ferramentas para o estudo do Método de Galerkin
Descontı́nuo aplicado à modelagem do problema de escoamento em meios porosos fraturados,
depois, analisamos propriedades como continuidade e coercividade para a formulação discreta
do método, provamos sua boa colocação e convergência para a solução exata do problema e,
assim, obtivemos estimativas de erro a priori ótimas para o problema no domı́nio e na fratura.
Em seguida, apresentamos detalhes da implementação computacional, primeiro gerando uma
formulação matricial do problema variacional, continuando com as implementações unidimen-
sional, bidimensional e as condições de acoplamento.
Finalmente, realizamos experimentos numéricos bidimensionais para domı́nios com
fracturas altamente permeável, isotrópica impermeável e anisotrópica semi-impermeável, para
assim avaliar a validade das estimativas teóricas na norma L2 e na norma ||| · |||Th , bem como
para os termos que compõe essa norma. Seguidamente, com as boas taxas de convergência
apreciadas na ONC, nos três testes numéricos, concluı́mos a validade das estimativas.
Observamos em dois dos três exemplos abordados, isotrópica impermeável e anisotró-
pica semi-impermeável, devido à natureza descontı́nua da solução na fratura, uma pequena pa-
tologia na norma kkAC , corrigı́vel dependendo do caso, que não afetou as ONC obtidas na norma
k| · |kTh ; as melhoras foram feitas quando lΓ ∼
= 0 (lΓ = 0.000001) e ξ ∼
= 1/2, respetivamente.
Um desenvolvimento natural do presente trabalho, será a extensão teórico-computacional
para problemas com múltiplas fraturas; e deverá ser objeto de futuras investigações, uma construção
do exposto aqui, para experimentos em domı́nios tridimensionais.
8 APÊNDICE 95
8 Apêndice
A seguir, efetuamos uma revisão da quadratura de Gauss para os Polinômios de Ja-
cobi, em uma dimensão.
(α ,β )
Considere N a ordem da quadratura de gauss e Pn os polinômios de Jacobi dados
pela fórmula de recorrência:
(α ,β ) (α ,β ) (α ,β ) (α , β )
xPn (x) = an Pn−1 (x) + bn Pn (x) + an+1 Pn+1 (x) (8.0.1)
Z 1 N
−1
f (x)dx ≈ ∑ f (xi)wi
n=1
onde (xi , wi ) são os nós e os pesos da quadratura. Essa quadratura é exata, para f um polinômio
de ordem 2N + 1, escolhendo xi como as raı́zes de Pnα ,β .
Note que se α = β = 0 temos os polinômios de Legendre como base do espaço poli-
nomial Pb (I).
Encontrar os nós e pesos pode ser feito de várias maneiras, uma delas é baseada
na fórmula de recorrência (8.0.1); para mais detalhes, ver [GOLUB G.; WELSCH 1969]. Em
JacobiGQ.m, uma implementação deste algoritmo é oferecida por:
if(NQG>7)
r = [-1/3; -0.479308067841920; -0.479308067841920; -0.041383864316160;
-0.869739794195568; -0.869739794195568; 0.739479588391136;
-0.374269007990252; 0.276888377139620; -0.902619369149368;
-0.374269007990252; 0.276888377139620; -0.902619369149368];
s = [-1/3; -0.479308067841920; -0.041383864316160; -0.479308067841920;
-0.869739794195568; 0.739479588391136; -0.869739794195568;
0.276888377139620; -0.902619369149368; -0.374269007990252;
-0.902619369149368; -0.374269007990252; 0.276888377139620];
w = [-0.299140088935364; 0.351230514866416; 0.351230514866416;
0.351230514866416; 0.106694471217676; 0.106694471217676;
0.106694471217676; 0.154227521780514; 0.154227521780514;
0.154227521780514; 0.154227521780514; 0.154227521780514;
0.154227521780514];
end
end
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