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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA POLITÉCNICA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

BARBARA NATALIA RODRIGUES

PREVISÃO DE RECALQUES EM FUNDAÇÕES


RETROANÁLISE DE PROVA DE CARGA ESTÁTICA

CURITIBA
2018
BARBARA NATALIA RODRIGUES

PREVISÃO DE RECALQUE EM FUNDAÇÕES


RETROANÁLISE DE PROVA DE CARGA ESTÁTICA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso de Graduação em
Engenharia Civil da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná, como
requisito parcial à obtenção do título de
Engenheira Civil.

Orientador: Prof. Dr. Luiz Russo Neto

CURITIBA
2018
Dedico este trabalho à minha família.
AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais Elizabeth Mary Rodrigues e Delson Carrijo Rodrigues por
estarem ao meu lado em cada etapa do processo, pela amizade sincera e amor
incondicional.

Agradeço à minha irmã Debora Isabela Rodrigues pelo companheirismo e amizade


em toda a caminhada universitária, pelos encontros antes das aulas, pela
companhia nos sábados de estudo na biblioteca e participar comigo de todos os
cursos de extensão que foi possível nos fins de semana.

Agradeço aos amigos que fiz na universidade, desde os veteranos do curso que me
ajudaram tantas vezes dividindo comigo suas experiências até os meus amigos de
turma, em especial o Jeferson Luiz Bronholo e a Marina Cauduro Camello por
sempre me ajudaram e me apoiarem.

Agradeço a Laísa Berno Benetti por disponibilizar os dados para a realização desta
pesquisa e pelas conversas que temos antes de começar o trabalho pela manhã,
obrigada por me ouvir, obrigada pelas dicas, obrigada por emprestar os livros e por
estar presente.

Agradeço ao Professor Luiz Russo Neto por ser um excelente professor, pela
disponibilidade, interesse e dedicação na orientação deste trabalho.

Agradeço á Pontifícia Universidade Católica do Paraná por todas as oportunidades,


em especial à Diretoria de Identidade Institucional, pois por meio dela tive a
oportunidade de conhecer pessoas incríveis, superar dificuldades e me desenvolver
como pessoa. Agradeço aos pastoralistas e ao Padre Moisés, o trabalho deles
fazem a passagem pela universidade se tornar uma experiência sem igual.
“Para toda a ação existe uma reação”
3ª Lei de Newton
RESUMO

Introdução: O presente trabalho apresenta a retroanálise de uma prova de carga


estática em uma estaca hélice contínua, executada sobre formação Guabirotuba.
São estimados recalques a partir do método de Aoki e Lopes (1975) comparando-os
com o valor de recalque obtido por ensaios de prova de carga. Os resultados da
prova de carga utilizados nesse trabalho, realizada pela Fugro In Situ Geotecnia
Ltda, foram fornecidos pela Msc. Laísa Berno Benetti, proveniente do banco de
dados de sua dissertação de mestrado. Objetivos: Realizar a retroanálise de prova
de carga em estaca hélice contínua executada na Formação Guabirotuba, pela
metodologia proposta por Aoki e Lopes (1975). Pretende-se que, ao final da
pesquisa, sejam feitas recomendações sobre os elementos envolvidos. Método:
Para a estimativa do recalque no topo da estaca, pelo método de Aoki e Lopes
(1975), são consideradas duas parcelas de recalque, o recalque devido à
deformação elástica da estaca e o recalque pela deformação do maciço de solo na
ponta da estaca (VESIC, 1975). Para estimar a deformação que ocorre no fuste da
estaca foi utilizado o princípio da lei de Hooke. E para estimar o recalque que ocorre
no maciço de solo, na ponta da estaca, foi utilizado o programa desenvolvido em
1989, por Nelson Aoki em linguagem basic, ambiente MS-DOS. O programa utiliza a
integração numérica da solução de Mindlin e fornece o deslocamento vertical na
ponta da estaca. Resultados e Discussão: Para o cálculo do recalque total no topo
da estaca, foram realizadas três combinações com o módulo de deformação do solo
e o módulo de elasticidade do concreto, a primeira considera os dois lineares, a
segunda considera o primeiro linear e o segundo não linear e por último os dois não
lineares. Como a estaca analisada possui duas sondagens próximas, as três
combinações de módulo de elasticidade foram consideradas para as duas
sondagens. No caso analisado, a parcela preponderante do recalque corresponde à
deformação no solo. Considerações Finais: Os resultados obtidos neste trabalho,
do recalque estimado pelo Método de Aoki e Lopes (1945) ao serem comparados
com o recalque obtido na prova de carga estática, realizada em estaca hélice
continua, sobre formação Guabirotuba, demonstraram-se satisfatórios.

Palavras-chave: Previsão recalque. Estaca hélice contínua. Formação Guabirotuba.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 2 – Solução de Mindlin ................................................................................... 19


Figura 3 – Aplicação do procedimento de Steinbrenner para o caso de meio
heterogênio ............................................................................................................... 19
Figura 4 – Parcelas do recalque da estaca ............................................................... 23
Gráfico 1 - Profundidade versus módulo de deformabilidade do solo – SPT-01 ....... 26
Gráfico 2 - Profundidade versus módulo de deformabilidade do solo – SPT-02 ....... 26
Figura 7 – Diagrama tensão-deformação .................................................................. 32
Quadro 1 – Recalques - Esolo linear Econc linear – SPT-01 ......................................... 34
Quadro 2 – Recalques - Esolo linear Econc linear – SPT-02 ......................................... 35
Para o módulo de deformação do solo linear e módulo de elasticidade do concreto
não linear, são apresentados no Quadro 3 e no ....................................................... 37
Quadro 3 – Recalques - Esolo linear Econc não linear – SPT-01 .................................. 37
Quadro 5 – Recalques - Esolo não linear Econcnão linear – SPT-01 ........................... 40
Quadro 6 – Recalques - Esolo não linear Econc não linear – SPT-02 .......................... 41
Figura 8 – Arquivo de texto - Obra ............................................................................ 49
Figura 9 – Arquivo de texto - Pontos ......................................................................... 50
Figura 10 – Arquivo de texto - Solo ........................................................................... 51
Figura 11 – Arquivo de texto - Carga ........................................................................ 54
Quadro 7 – Sondagem a percussão - SPT-01 .......................................................... 55
Quadro 8 – Sondagem a percussão - SPT-02 .......................................................... 55
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Coeficientes k e α método Aoki e Velloso ................................................ 21


Tabela 2 – Método de Aoki e Velloso - SPT-01......................................................... 22
Tabela 3 – Método de Aoki e Velloso - SPT-02......................................................... 22
Tabela 4 – Rotina de cálculo do Módulo de deformabilidade do solo – SPT-01 ....... 25
Tabela 5 – Rotina de cálculo do Módulo de deformabilidade do solo – SPT-02 ....... 25
Tabela 6 – Cálculo do Módulo de deformabilidade do solo extrapolado ................... 27
Tabela 7 - Cálculo da variação de tensão em cada camada – SPT-01..................... 29
Tabela 8 - Cálculo da variação de tensão em cada camada – SPT-02..................... 29
Tabela 9 – Cálculo do módulo de deformabilidade do solo – SPT-01 ....................... 30
Tabela 10 – Cálculo do módulo de deformabilidade do solo – SPT-02 ..................... 30
Tabela 11 – Deformação da estaca – Módulo de elasticidade linear – SPT-01 ........ 31
Tabela 12 – Deformação da estaca – Módulo de elasticidade linear – SPT-02 ........ 32
Tabela 13 – Deformação da estaca – Módulo de elasticidade não linear – SPT-01 . 33
Tabela 14 – Deformação da estaca – Módulo de elasticidade não linear – SPT-02 . 33
Tabela 15 – Arquivo Excel – Obra............................................................................. 49
Tabela 16 – Arquivo Excel - Pontos .......................................................................... 50
Tabela 17 – Arquivo Excel – Solo ............................................................................. 50
Tabela 18 – Arquivo Excel – Carga ........................................................................... 52
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 10
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO .................................................................................. 10
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................. 11
1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 11
1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 11
1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................... 11
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ........................................................................ 12
2.1 PROVA DE CARGA ..................................................................................... 13
2.1.1 Ensaio lento ................................................................................................ 13
2.2 SONDAGEM A PERCUSSÃO (SPT)............................................................ 14
2.3 FORMAÇÃO GUABIROTUBA ...................................................................... 15
2.4 ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA ................................................................... 16
3 MÉTODO DE AOKI E LOPES PARA PREVISÃO DE RECALQUE ............ 18
3.1 INDETERMINAÇÃO DO PROBLEMA .......................................................... 20
3.1.1 Método de Aoki e Velloso .......................................................................... 20
3.2 PROPOSIÇÃO DE VESIC ............................................................................ 23
3.3 RECALQUE PELA DEFORMAÇÃO NO SOLO ABAIXO DA PONTA DA
ESTACA .................................................................................................................... 24
3.3.1 Módulo de deformabilidade do solo ......................................................... 24
3.4 RECALQUE PELA DEFORMAÇÃO DA ESTACA ........................................ 30
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS.................................................................... 34
4.1 MÓDULO DE DEFORMAÇÃO DO SOLO E O MÓDULO DE ELASTICIDADE
DO CONCRETO LINEARES ..................................................................................... 34
4.2 MÓDULO DE DEFORMAÇÃO DO SOLO LINEAR E MÓDULO DE
ELASTICIDADE DO CONCRETO NÃO LINEAR ...................................................... 37
4.3 MÓDULO DE DEFORMAÇÃO DO SOLO E MÓDULO DE ELASTICIDADE
DO CONCRETO NÃO LINEARES ............................................................................ 40
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 46
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 47
APÊNDICE A – COMO INSERIR AS INFORMAÇÕES NO PROGRAMA ............... 49
ANEXO A – SONDAGEM A PERCUSSÃO .............................................................. 55
10

1 INTRODUÇÃO

Todas as estruturas apoiam-se direta ou indiretamente em solos, por esta


razão, para que as obras de engenharia civil tenham desempenho adequado, devem
estar fixadas em fundações, as quais transmitem cargas da obra ao maciço de solo.
Quando o solo próximo à superfície apresenta resistência
compatível com as solicitações aplicadas pelas estruturas, a solução de fundação
é denominada superficial, caso contrário, é necessário encontrar em profundidade,
solos com resistência adequada. Nessa condição, a solução é dita profunda,
sendo necessário o uso de estacas ou tubulões.
Segundo a NBR 6122 (ABNT, 2010), uma fundação deve ser concebida e
executada para atender aos estados limite último (ELU – segurança contra a
ruptura) e ao estado limite de serviço (ELS – segurança contra deformações
excessivas). As verificações de segurança à ruptura (ELU) são hoje bem conhecidas
e fazem parte da rotina de trabalho de um projetista de fundações. Já
as condições de verificação de deformações excessivas (ELS), geralmente não
são realizadas. A própria norma técnica brasileira é muito vaga com relação ao
assunto. O texto normativo apenas indica que o valor do efeito das ações deve ser
menor ou igual ao valor limite de serviço.
Recalque é definido como movimento vertical descendente de um elemento
estrutural, quando o movimento for ascendente, denomina-se levantamento.
Convenciona-se representar o recalque com sinal positivo (NBR 6122, 2010).

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO

A questão fundamental a ser resolvida, portanto, na analise do estado limite


de serviço (ELS), é a determinação dos recalques do solo quando o mesmo é
solicitado por carga advindas das obras de engenharia.
Os profissionais da área reconhecem que este problema é bastante
complexo, por causa dos motivos referentes ao comportamento do solo com as
estruturas, não existindo na verdade solução reconhecida como adequada, nem no
plano teórico nem como regra empírica (MILITISKY; CONSOLI; SCHANID, 2015).
11

Devido o recalque ser impossível de se contornar, mesmo que mínimo, a


previsão deles, ainda na fase de projeto, faz com que diversos empecilhos futuros
não ocorram.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Realizar retroanálise de prova de carga em estaca hélice contínua executadas


na Formação Guabirotuba, pela metodologia proposta por Aoki e Lopes (1975).
Pretende-se que, ao final da pesquisa, sejam feitas recomendações sobre os
elementos envolvidos, de modo que o modelo mecânico possa representar o
comportamento de uma estaca hélice contínua executada nessa formação
geológica.

1.2.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos do trabalho são:


a) Revisão bibliográfica;
b) Selecionar a prova de carga a ser analisada;
c) Determinar o diagrama de transferência de cargas;
d) Avaliar o módulo de elasticidade do concreto;
e) Avaliar o módulo de elasticidade do solo;
f) Determinar o deslocamento na ponta da estaca;
g) Determinar o encurtamento elástico da estaca;
h) Elaborar a curva de carga x recalque;
i) Análise dos resultados e recomendações.

1.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho apresenta a retroanálise de uma prova de carga, realizada em


estaca hélice contínua, na região de formação Guabirotuba. Os resultados da prova
de carga foram fornecidos pela Msc Laísa Berno Benetti, proveniente do banco de
dados de sua dissertação de mestrado “Estacas hélice contínua executadas em
solos da formação Guabirotuba: estudo do comportamento e reavaliação de
12

métodos semiempíricos de previsão da capacidade de carga” realizadas pela


empresa Fugro In Situ Geotecnia Ltda.
Para a estaca analisada são fornecidas suas características geométricas, o
resultado da prova de carga estática e duas sondagens SPT executadas próximas
ao local do ensaio. A estaca selecionada possui diâmetro de 50 cm e comprimento
de 11,0 m. A carga de trabalho da estaca é de 700 kN. A estaca foi submetida à
prova de carga estática com carregamento lento, distribuído em 7 estágios de
aproximadamente 200 kN até a carga de 1400 kN.
Para a determinação do recalque no topo da estaca com a aplicação de carga
normal, são consideradas duas parcelas de recalque, o recalque devido à
deformação elástica da estaca e o recalque pela deformação do maciço de solo na
ponta da estaca, Vesic (1975).
Para determinar a deformação que ocorre no fuste da estaca foi utilizado o
princípio da lei de Hooke, a partir do diagrama de transferência de carga na estaca.
E para determinar o recalque que ocorre no maciço de solo, na ponta da estaca, foi
utilizado o programa desenvolvido em 1989, por Nelson Aoki em linguagem basic,
ambiente MS-DOS. O programa utiliza a integração numérica da solução de Mindlin
e fornece o deslocamento vertical na ponta da estaca.

2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

No presente trabalho são analisados os recalques para a estaca, estimados a


partir do método de Aoki e Lopes (1975) comparando-os com o valor de recalque
obtido por ensaios de prova de carga. Para tal, se apresenta um ensaio de prova de
carga com carregamento do tipo lento, seguindo instruções da NBR 12131 (ABNT,
2006), executado em estaca hélice contínua sobre formação Guabirotuba. Essa
estaca foi ensaiada no município de Araucária, nessa região as sondagens a
percussão demonstram a predominância de um solo com formação Guabirotuba. A
seguir, são apresentadas breves revisões bibliográficas sobre provas de carga,
sondagem a percussão, formação Guabirotuba e estacas hélice contínua.
13

2.1 PROVA DE CARGA

A prova de carga estática ou ensaio de carregamento estático é realizada


aplicando-se cargas à fundação e medida dos recalques correspondentes. Para
aplicação da carga utiliza-se um sistema de reação, montado e utilizado de forma
que a carga aplicada atue na direção desejada, sem produzir choques ou vibrações
(ALONSO, 1998).
Como resultado do ensaio, obtém-se a curva carga versus recalque que
apresenta o comportamento real da estaca sob a carga imposta, sendo possível
verificar se mediante a carga de trabalho as deformações estão enquadradas no
estado limite de serviço.
A NBR 6122 (2010) define dois tipos de prova de carga: a prova de carga de
projeto, utilizada ainda na fase de projeto da obra, permite a redução do fator de
segurança global de 2,0 para até 1,4, possibilitando a redução dos comprimentos ou
dos diâmetros da fundação; e a prova de carga de desempenho que é utilizada
como controle de qualidade das fundações, verificando-se o desempenho in loco ao
levar o ensaio até no mínimo 1,6 vezes a carga admissível.

2.1.1 Ensaio lento

A NBR 12131 (2006) apresenta duas formas de realização da prova de carga


estática: ensaio rápido e ensaio lento. No ensaio lento o carregamento é feito em
estágios iguais e sucessivos, de no máximo 20% da carga de trabalho prevista e em
cada estágio deve ser mantida por no mínimo 30 minutos até a estabilização dos
deslocamentos.
Em cada estágio, logo após a aplicação da carga são feitas as leituras
decorridos 2, 4, 8, 15 e 30 minutos, contados a partir do início do estágio. A
estabilização dos deslocamentos é determinada através da avaliação do
desempenho da curva tempo versus deslocamento, sendo admitida uma diferença
de 5% nos deslocamentos entre os estágios.
O descarregamento deve ser feito em no mínimo quatro estágios de 15
minutos cada, com os mesmos critérios de estabilização. A carga de ensaio é a
carga de trabalho acrescida do coeficiente de segurança definido pelo projetista de
fundações atendendo os requisitos da Norma Brasileira (NBR 6122, 2010).
14

2.2 SONDAGEM A PERCUSSÃO (SPT)

O ensaio de Sondagem a Percussão (Standard Penetration Test – SPT) é de


longe o mais executado no Brasil, e tem por objetivo fornecer os dados referentes
aos tipos de solo, resistência à penetração e posição do nível d’água.
Para iniciar a execução da sondagem, deve-se seguir às recomendações da
NBR 8036 (ABNT, 1983), que abrange a quantidade, a locação e a profundidade das
perfurações. Segundo a Norma, as sondagens devem ser, no mínimo, de uma para
cada 200 m² de área da projeção em planta do edifício, até 1200 m² de área. Entre
1200 m² e 2400 m² deve-se fazer uma sondagem para cada 400 m² que excederem
de 1200 m². Acima de 2400 m² o número de sondagens deve ser fixado de acordo
com o plano particular da construção. Além disso, conforme o Item 4.1.1.2 da NBR
8036 (ABNT, 1983), em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens
deve ser de dois para área de projeção em planta do edifício até 200 m², e de três
para área entre 200 m² e 400 m².
Buscando padronizar e prescrever o método de execução de sondagens de
simples reconhecimento de solos, com SPT, a NBR 6484 (ABNT, 2001) descreve a
aparelhagem, os procedimentos para execução e o modelo de expressão dos
resultados.
A execução do ensaio inicia-se com a cravação de um trado-concha até 1 m
de profundidade, recolhendo a amostra obtida, identificada como amostra zero. Na
sequência a perfuração segue com a cravação de um trépano de 55 cm e
posteriormente de um amostrador padrão de 45 cm de comprimento, através de
golpes gerados pelo impacto de um martelo de 65 kg livremente solto a uma altura
de 75 cm. Conta-se o número de golpes do martelo a cada 15 cm dos 45 cm totais
do amostrador, sendo utilizado, para efeito de definição da resistência à penetração
do solo (NSPT), apenas o valor dos dois últimos segmentos de 15 cm. Além disso,
quando o amostrador é retirado do furo, recolhe-se e acondiciona-se a amostra de
solo armazenada em seu “bico” para caracterização.
O processo de ensaio apresentado é repetido a cada metro até se atingir o
impenetrável, ou seja, caso se atinja algum dos critérios de parada descritos na NBR
6484 (ABNT, 2001), sendo: quando em 3 m sucessivos se obtiver 30 golpes para
penetração dos 15 cm iniciais do amostrador-padrão; quando em 4 m sucessivos se
obtiver 50 golpes para penetração dos 30 cm iniciais do amostrador-padrão; e
15

quando em 5 m sucessivos se obtiver 50 golpes para penetração dos 45 cm do


amostrador-padrão. A medição da posição do nível d’água, deve ser feita após
decorridas no mínimo 12 h da realização das sondagens, já que como as
perfurações são realizadas com circulação de água, isso pode confundir o operador
na observação.

2.3 FORMAÇÃO GUABIROTUBA

A Formação Guabirotuba é a unidade sedimentar que abrange toda a Bacia


de Curitiba. Contempla parte significativa da cidade e região metropolitana (Figura
1): Centro, Água Verde, Batel, Juvevê, Centro Politécnico, Cidade Industrial,
municípios de Campo Largo, Araucária, Piraquara, Quatro Barras e São José dos
Pinhais (FELIPE, 2011).
Figura 1 – Localização da Bacia Sedimentar de Curitiba

Fonte: Salamuni et al, 1999.


16

O nome da Formação Guabirotuba foi dado em função da localidade


em que foi descrita pela primeira vez a sua seção-tipo, no bairro denominado
Guabirotuba (FELIPE, 2011).
Os sedimentos dessa unidade geológica constituindo-se principalmente em
argilas siltosas ou siltes argilosos. Materiais granulares também se fazem presentes,
fato que confere uma razoável diversidade aos solos da Formação Guabirotuba
(KORMANN, 2002).
As camadas mais próximas à superfície da Formação apresentam
consistência variando de média a rija e crescem com a profundidade. As resistências
encontradas nos primeiros metros são relevantes, já que em ensaios de sondagem à
percussão (SPT) pode-se encontrar valores de iguais ou superiores a vinte e
em ensaios de penetração estática (CPT) encontra-se com facilidade valores de
aproximadamente 4 MPa (KORMANN, 2002).
O nível d'água freático é bastante variável, apresenta-se desde níveis
próximos à superfície do terreno até 10 a 15 metros de profundidade. Existe também
a presença de lençóis empoleirados, provavelmente devido à baixa permeabilidade
das matrizes argilosas (KORMANN, 1999).

2.4 ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA

As estacas hélice contínua são moldadas in loco a partir da introdução de um


trado helicoidal acoplado a uma haste central até a profundidade prevista em projeto
e posterior injeção de concreto com a retirada do trado de dentro do fuste.
Finalizada a concretagem, a armadura é inserida na estaca pelo seu peso
próprio ou por vibração (NBR 6122, 2010).
Tanto na introdução da haste, quanto na sua retirada, deve-se tomar cuidado
com a velocidade, torque e arranque do trado para que a pressão dentro do fuste
sempre permaneça positiva, de modo a evitar estrangulamentos ou seccionamentos
da estaca.
O processo executivo não gera alívio significativo das pressões do solo no
entorno da estaca, não ocasionando assim, grandes perturbações em estruturas
circunvizinhas e possibilitando sua utilização em solos coesivos e granulares, com
ou sem a presença de nível d'água (ANTUNES; TAROZZO, 1998).
17

A evolução tecnológica no seu processo executivo, a velocidade de execução


e, uma de suas principais vantagens, o baixo nível de vibração e ruídos que
proporciona quando comparada às demais técnicas, justifica sua ampla utilização,
principalmente em obras realizadas em espaços densamente ocupados, como é o
caso das principais cidades do país.
Quanto às desvantagens, existe a limitação do uso do equipamento em solos
com presença de rochas e matacões, bem como a necessidade de áreas planas e
com mobilidade facilitada devido ao grande porte do equipamento. Outra
desvantagem é o elevado custo referente à mobilização do equipamento, que pode
ser equilibrado pela quantidade de estacas a serem executadas e pela realização do
ensaio PIT com pequenas idades, que permite a detecção de falhas durante
execução das estacas, evitando a realocação do equipamento em obra.
18

3 MÉTODO DE AOKI E LOPES PARA PREVISÃO DE RECALQUE

Segundo Dias (1977), no método de Aoki e Lopes (1975) são calculadas


tensões e recalques de pontos no interior do solo por um processo numérico, onde
as cargas que um grupo das estacas transmite ao solo são decompostas em um
sistema equivalente de cargas concentradas, cujos efeitos são superpostos no
ponto.
Os autores consideram que haja uma distribuição linear de carga ao longo do
fuste, impõem, portanto, uma condição de distribuição. A discretização consiste em
se ter equações que reduzam a carga transferida a um sistema equivalente de
cargas pontuais (DIAS, 1977).
Os efeitos são calculados pela solução de Mindlin (1936), que admite ser o
solo homogêneo, isotrópico, semi-infinito e apresenta comportamento elástico linear.
A expressão que fornece o deslocamento vertical (w) em um ponto da massa
de solo da solução de Mindlin é dada por:

Onde:
= carga concentrada vertical aplicada dentro do maciço de solo (ponta da estaca);
= módulo de elasticidade transversal do solo;
ν = coeficiente de Poisson do solo;
z = profundidade do ponto em que se deseja calcular o deslocamento;
c = profundidade do ponto de aplicação da carga concentrada (P).
19

Figura 2 – Solução de Mindlin

Fonte: Reis, 2000 apud. Neto 2005.

Para o caso de maciços serem heterogêneos e de espessura finita, os


autores sugerem adotar o procedimento de Steinbrenner (1934), no qual o recalque
pode ser obtido a partir da solução de espessura infinita pela diferença entre o
recalque no ponto em estudo e o ponto onde é considerada a superfície
indeslocável. A Figura 3 ilustra a aplicação do procedimento de Steinbrenner para o
caso de meio heterogêneo.

Figura 3 – Aplicação do procedimento de Steinbrenner para o caso de meio heterogênio

Fonte: Iwamoto, 2000.


20

Para o caso da aplicação do método Aoki e Lopes (1975) no cálculo do


recalque do topo das estacas, são necessárias duas considerações fundamentais, o
levantamento da indeterminação do problema e a proposição de Vesic, explicados a
seguir.

3.1 INDETERMINAÇÃO DO PROBLEMA

A distribuição de tensões entre o elemento estrutural de fundação e o maciço


de solo envolve um elevado grau de indeterminação ou hiperestaticidade. Segundo
Aoki (1989), essa indeterminação pode ser levantada se for conhecido o mecanismo
de transferência de carga.
Neste trabalho, as parcelas de resistência de ponta (Pp) e de atrito lateral
(PL), bem como a distribuição deste ao longo do fuste da estaca foram calculados
pelo método de Aoki e Velloso.

3.1.1 Método de Aoki e Velloso

Este método, com base nos resultados semi-empíricos, estima o diagrama de


ruptura do sistema estaca solo. Inicialmente foi concebido com base nos ensaios de
penetração estática CPT, mas por correlações foi adaptado para o índice à
penetração dinâmica SPT.
O método se baseia na soma das parcelas de capacidade de carga lateral
(PL) e capacidade de carga de ponta (PP) da estaca, para assim se obter a
capacidade de carga resultante (PR). O cálculo das parcelas, leva em consideração
os golpes obtidos nos últimos 30 cm de sondagem de cada camada (NSPT). O
método se inicia pelo cálculo da resistência de ponta (rP) e resistência lateral( )
expressas abaixo.
×
= ≅
1 1

× ×
= ≅
2 2

O é a resistência à penetração de ponta e a resistência por atrito


lateral é determinada no ensaio CPT. Os valores dos coeficientes de correção F1 e
21

F2 variam em função do tipo de estaca utilizada, para estacas hélice contínua F1=2
e F2=4.
O é o atrito lateral específico de um trecho do comprimento da estaca e
depende do solo e tipo da estaca empregada. Já o coeficiente k e a razão de atrito
α, corrigem as fórmulas em relação ao tipo de solo local, conforme apresentado na
Tabela 1.

Tabela 1 - Coeficientes k e α método Aoki e Velloso


k α k α k α
Solo Solo
Solo (kPa) (%) (kPa) (%) (kPa) (%)
Areia 1000 1,4 Silte 400 3,0 Argila 200 6,0
Areia siltosa 800 2,0 Silte arenoso 550 2,2 Argila arenosa 350 2,4
Areia silto-argilosa 700 2,4 Silte areno-argiloso 450 2,8 Argila areno-siltosa 300 2,8
Areia argilosa 600 3,0 Silte argiloso 230 3,4 Argila siltosa 220 4,0
Areia argilo-siltosa 500 2,8 Silte argilo-arenoso 250 3,0 Argila silto-arenosa 330 3,0
Fonte: Aoki e Velloso, 1975.

Efetuando a multiplicação da resistência de ponta ( ) pela área da seção


transversal da estaca (Ap), obtém-se o valor de capacidade de carga de ponta PP,
expresso abaixo.
= ×

Para encontrar o valor da capacidade de carga lateral PL, deve-se realizar o


somatório das parcelas do atrito local, o qual é determinado pelo produto entre a
resistência lateral ( ), perímetro da seção transversal da estaca (U) e espessura da
camada de solo (L), conforme fórmula abaixo.

= ∑ = × ×

Assim, com o somatório dos valores de capacidade de carga lateral (PL) e de


ponta (PP), tem-se como resultado a capacidade de carga resultante (PR).

! = +

Nas tabelas a seguir é apresentado o cálculo de capacidade de carga pelo


método de Aoki e Velloso para as duas sondagens a percussão próxima à estaca.
22

As sondagens a percussão usadas para o cálculo da capacidade de carga estão no


Anexo A.

Tabela 2 – Método de Aoki e Velloso - SPT-01

Atrito
k qc rP PP rL PL PR
Prof. Nspt Solo α (%) local
(kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kN) (kN)
(m) (kN)
1 16 Argila siltosa 220 4,00% 3520 1760 346 35,2 55,3 55,3 401
2 13 Argila siltosa 220 4,00% 2860 1430 281 28,6 44,9 100,2 381
3 14 Argila siltosa 220 4,00% 3080 1540 302 30,8 48,4 148,6 451
4 16 Argila siltosa 220 4,00% 3520 1760 346 35,2 55,3 203,9 549
5 19 Argila siltosa 220 4,00% 4180 2090 410 41,8 65,7 269,5 680
6 20 Argila arenosa 350 2,40% 7000 3500 687 42,0 66,0 335,5 1023
7 20 Argila arenosa 350 2,40% 7000 3500 687 42,0 66,0 401,5 1089
8 20 Argila siltosa 220 4,00% 4400 2200 432 44,0 69,1 470,6 903
9 19 Argila siltosa 220 4,00% 4180 2090 410 41,8 65,7 536,3 947
10 30 Argila arenosa 350 2,40% 10500 5250 1031 63,0 99,0 635,2 1666
11 54 Argila arenosa 350 2,40% 18900 9450 1856 113,4 178,1 813,4 2669
12 126 Argila arenosa 350 2,40% 44100 22050 4330 264,6 415,6 1229,0 5558

Tabela 3 – Método de Aoki e Velloso - SPT-02


Atrito
k qc rP PP rL PL PR
Prof. Nspt Solo α (%) local
(kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kN) (kN)
(m) (kN)
1 12 Argila siltosa 220 4,00% 2640 1320 259 26,4 41,5 41,5 301
2 13 Argila siltosa 220 4,00% 2860 1430 281 28,6 44,9 86,4 367
3 12 Argila siltosa 220 4,00% 2640 1320 259 26,4 41,5 127,9 387
4 15 Argila siltosa 220 4,00% 3300 1650 324 33,0 51,8 179,7 504
5 18 Argila siltosa 220 4,00% 3960 1980 389 39,6 62,2 241,9 631
6 21 Argila siltosa 220 4,00% 4620 2310 454 46,2 72,6 314,5 768
7 20 Argila siltosa 220 4,00% 4400 2200 432 44,0 69,1 383,6 816
8 22 Argila siltosa 220 4,00% 4840 2420 475 48,4 76,0 459,6 935
9 27 Argila siltosa 220 4,00% 5940 2970 583 59,4 93,3 552,9 1136
10 28 Argila arenosa 350 2,40% 9800 4900 962 58,8 92,4 645,3 1607
11 30 Argila arenosa 350 2,40% 10500 5250 1031 63,0 99,0 744,2 1775
12 60 Argila arenosa 350 2,40% 21000 10500 2062 126,0 197,9 942,2 3004
23

3.2 PROPOSIÇÃO DE VESIC

Segundo Vesic (1975), o recalque no topo da estaca é dado por duas


parcelas,o deslocamento da ponta da estaca (ρs) determinado, pela integração
numérica de Mindlin, apresentada por Aoki e Lopes, acrescido do encurtamento
elástico da estaca (ρc), calculado pela lei de Hooke a partir do diagrama de esforço
normal na estaca. A seguir são representadas as parcelas do recalque de acordo
com a proposição de Vesic (1975).

Figura 4 – Parcelas do recalque da estaca

Fonte: Cinta e Aoki, 2010.

Para o cálculo do recalque total no topo da estaca, foram realizadas três


combinações com o módulo de deformação do solo e o módulo de elasticidade do
concreto:
a) Módulo de deformação do solo e módulo de elasticidade do concreto
lineares;
b) Módulo de deformação do solo linear e módulo de elasticidade do concreto
não linear;
c) Módulo de deformação do solo e módulo de elasticidade do concreto não
lineares.
Como a estaca analisada possui duas sondagens próximas, as três
combinações de módulo de elasticidade foram consideradas para as duas
sondagens, portanto, ao final do trabalho são apresentados seis gráficos de carga
versus recalque. Os resultados das estimativas do recalque são comparados à prova
de carga realizada.
24

3.3 RECALQUE PELA DEFORMAÇÃO NO SOLO ABAIXO DA PONTA DA


ESTACA

Para determinar o recalque que ocorre no solo, foi utilizado o Programa


desenvolvido em 1989, por Nelson Aoki em linguagem basic, ambiente MS-DOS. O
programa utiliza a integração numérica da solução de Mindlin e fornece o
deslocamento vertical na ponta da estaca.
Para a aplicação da solução de Mindlin é necessário alimentar o programa
com as seguintes informações:
• Valor da carga na camada;
• Profundidade da camada;
• Coordenadas do ponto em estudo, em relação a um sistema de
coordenadas OXYZ (OZ colocado na vertical da carga aplicada);
• Módulo de deformação do solo;
• Coeficiente de Poisson;
No Apêndice A é apresentado como foram inseridas as informações no
programa.
A definição dos módulos de deformabilidade do solo são questões
fundamentais para a determinação do recalque na estaca, a seguir é explicado como
são calculados o módulo de deformabilidade do solo.

3.3.1 Módulo de deformabilidade do solo

O módulo de deformabilidade linear do solo (#$ ) foi determinado conforme a


correlação semi-empírica a partir do NSPT com a fórmula mostrada a seguir:

#$ = & × ' ≅&×(×

Para estacas hélice contínua, Aoki (1984) considera o valor do coeficiente η


igual a 4, entretanto, por experiência do Orientador deste trabalho, foi utilizado o
coeficiente η igual a 2 para a sondagem SPT-1. A decisão de qual coeficiente se
aproxima mais dos resultados de prova de carga, pode ser comprovado com um
universo amostral maior, em pesquisas futuras.
25

Na tabela a seguir são apresentados os cálculos do módulo de


deformabilidade do solo conforme a expressão citada acima, em todas as camadas,
até a profundidade da sondagem.

Tabela 4 – Rotina de cálculo do Módulo de deformabilidade do solo – SPT-01


Prof. K qc Es
NSPT Solo &
(m) (kPa) (kPa) (kPa)
1 16 Argila siltosa 220 2,0 3520 7040
2 13 Argila siltosa 220 2,0 2860 5720
3 14 Argila siltosa 220 2,0 3080 6160
4 16 Argila siltosa 220 2,0 3520 7040
5 19 Argila siltosa 220 2,0 4180 8360
6 20 Argila arenosa 350 2,0 7000 14000
7 20 Argila arenosa 350 2,0 7000 14000
8 20 Argila siltosa 220 2,0 4400 8800
9 19 Argila siltosa 220 2,0 4180 8360
10 30 Argila arenosa 350 2,0 10500 21000
11 54 Argila arenosa 350 2,0 18900 37800
12 126 Argila arenosa 350 2,0 44100 88200

Tabela 5 – Rotina de cálculo do Módulo de deformabilidade do solo – SPT-02


Prof. K qc Es
NSPT Solo &
(m) (kPa) (kPa) (kPa)
1 12 Argila siltosa 220 4,0 2640 10560
2 13 Argila siltosa 220 4,0 2860 11440
3 12 Argila siltosa 220 4,0 2640 10560
4 15 Argila siltosa 220 4,0 3300 13200
5 18 Argila siltosa 220 4,0 3960 15840
6 21 Argila siltosa 220 4,0 4620 18480
7 20 Argila siltosa 220 4,0 4400 17600
8 22 Argila siltosa 220 4,0 4840 19360
9 27 Argila siltosa 220 4,0 5940 23760
10 28 Argila arenosa 350 4,0 9800 39200
11 30 Argila arenosa 350 4,0 10500 42000
12 60 Argila arenosa 350 4,0 21000 84000

Para a estimativa do recalque, é relevante definir a deformabilidade do solo


abaixo da ponta da estaca até o indeslocável. Como a estaca ensaiada estava com
sua ponta no limite da sondagem, foi necessário extrapolar o valor do módulo de
deformabilidade e arbitrar uma espessura de solo até o indeslocável.
Dessa maneira, foi realizada uma correlação linear para os últimos três
metros do trecho que possui sondagem. Com o gráfico da profundidade versus
26

módulo de deformabilidade, foi admitido o módulo de deformabilidade do solo


continuar linear até cinco metros abaixo da estaca. A partir de regressão linear
obtida nos gráficos a seguir, foi possível calcular o módulo de deformabilidade linear
para as próximas camadas do solo.

Gráfico 1 - Profundidade versus módulo de deformabilidade do solo – SPT-01

Profundidade (m)
9,5 10 10,5 11 11,5 12 12,5
0
Módulo de deformação do solo (kPa)

10000
20000
30000
40000

50000

60000
70000

80000 y = 33600x - 320600


R² = 0,9231
90000

100000

Gráfico 2 - Profundidade versus módulo de deformabilidade do solo – SPT-02

Profundidade (m)
9,5 10 10,5 11 11,5 12 12,5
0
Módulo de deformação do solo (kPa)

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000
y = 11200x - 95667
40000 R² = 0,7967

45000
27

Os valores do módulo de deformabilidade calculados para as camadas abaixo


da estaca, variaram aproximadamente entre 50 e 200 MPa como pode ser visto na
Tabela 6.

Tabela 6 – Cálculo do Módulo de deformabilidade do solo extrapolado

#$ (kPa)
Prof (m) SPT-2
SPT-1
11 49000 55067
12 82600 77467
13 116200 99867
14 149800 122267
15 183400 144667

Para o cálculo do módulo de deformabilidade não linear do solo, foi utilizada a


metodologia de Aoki (1984), que determina o acréscimo de tensões em uma
determinada camada pelas fórmulas a seguir.

Propagação de tensão devido à reação de ponta:

Figura 5 – Propagação de tensão devido à


reação de ponta

4
0 2
∆* =
, -. + / + 2 1

Fonte: Cinta e Aoki, 2010.


28

Propagação de tensão devido ás cargas laterais:


Figura 6 – Propagação de tensão devido
ás cargas laterais

4 4
∆*3
3
0 2
, -. " / " 1
2

Fonte: Cinta e Aoki, 2010.


Assim, levando em conta todas as parcelas, o acréscimo total de tensões é
dado por:

∆* ∆* " 5 ∆*3

Onde o módulo de deformabilidade do solo pode ser obtido pela equação a


seguir, adaptada de Jambu (1963) apud Cintra e Aoki (2010).

86 " ∆* :
#$ #6 7 9
86

Onde:
#6 4 para estacas hélice contínua (Aoki,1984);
86 = Tensão geostática no centro da camada;
;= expoente que depende da natureza do solo;

Para cada incremento de carga, da prova de carga, foi criada uma tabela com
os acréscimos de tensões, começando somente com a mobilização do atrito lateral
até chegar à mobilização da ponta. Na Tabela 7 e Tabela 8 são apresentados os
cálculos para a determinação dos acréscimos de tensões para o último incremento
de carga.
29

Tabela 7 - Cálculo da variação de tensão em cada camada – SPT-01.

Prof Local RL1 RL2 RL3 RL4 RL4 RL6 RL7 RL8 RL9 RL10 RL11 Rlponta
(m) (kN) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa)
1 55,29 55,29
2 44,92 44,92
3 48,38 48,38
4 55,29 55,29
5 65,66 65,66
6 65,97 65,97
7 65,97 65,97
8 69,12 69,12
9 65,66 65,66
10 98,96 98,96
11 178,13 178,13

∆*3 (kPa) ∆
Ponta 587,64 587,64
* (kPa)
12 0,53 0,52 0,68 0,97 1,49 1,99 2,78 4,35 6,82 20,16 100,80 332,54
13 0,45 0,43 0,56 0,78 1,16 1,49 1,99 2,91 4,13 10,29 36,29 119,71
14 0,39 0,37 0,47 0,64 0,93 1,16 1,49 2,08 2,76 6,22 18,51 61,08
15 0,33 0,31 0,39 0,53 0,76 0,93 1,16 1,56 1,98 4,17 11,20 36,95
16 0,29 0,27 0,34 0,45 0,63 0,76 0,93 1,22 1,49 2,98 7,50 24,73

Tabela 8 - Cálculo da variação de tensão em cada camada – SPT-02

Prof Local RL1 RL2 RL3 RL4 RL4 RL6 RL7 RL8 RL9 RL10 RL11 Rlponta
(m) (kN) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa) (kPa)
1 41,5 41,5
2 44,9 44,9
3 41,5 41,5
4 51,8 51,8
5 62,2 62,2
6 72,6 72,6
7 69,1 69,1
8 76,0 76,0
9 93,3 93,3
10 92,4 92,4
11 99,0 99,0

∆*3 (kPa) ∆* (kPa)


Ponta 656,8 656,8

12 0,40 0,52 0,59 0,91 1,41 2,19 2,91 4,78 9,70 18,82 56,00 371,65
13 0,34 0,43 0,48 0,73 1,10 1,64 2,08 3,20 5,87 9,60 20,16 133,79
14 0,29 0,37 0,40 0,60 0,88 1,28 1,56 2,29 3,93 5,81 10,29 68,26
15 0,25 0,31 0,34 0,50 0,72 1,02 1,22 1,72 2,81 3,89 6,22 41,29
16 0,22 0,27 0,29 0,42 0,60 0,84 0,98 1,34 2,11 2,78 4,17 27,64
30

Continuando as tabelas anteriores, que contém os acréscimos de tensões


devido à propagação de tensões, são calculados os módulos de deformabilidade
para os 5 metros abaixo da ponta da estaca, conforme Tabela 9 e Tabela 10.

Tabela 9 – Cálculo do módulo de deformabilidade do solo – SPT-01


Prof (m) σ'0(kPa) Σ∆* (kPa) #$ (kPa)
12 116 473,63 36637
13 124 180,19 74190
14 132 96,10 113956
15 140 60,28 153335
16 148 41,60 191723

Tabela 10 – Cálculo do módulo de deformabilidade do solo – SPT-02


Prof (m) σ'0(kPa) Σ∆* (kPa) #$ (kPa)
12 116 469,86 17235
13 124 179,42 31921
14 132 95,95 46521
15 140 60,30 60473
16 148 41,66 73791

Além da utilização do Programa desenvolvido por Aoki, o recalque que ocorre


no solo ρs pode ser determinado, pela teoria da elasticidade linear ou método do
ângulo de espraiamento.
∆*
A$ 5 7 09
#$

3.4 RECALQUE PELA DEFORMAÇÃO DA ESTACA

Para medir a deformação que ocorre no fuste da estaca foi utilizado o


princípio da lei de Hooke. O diagrama tensão x deformação do concreto apresenta
uma região inicial de comportamento elástico linear, onde pode ser obtida a relação
linear entre a tensão e a deformação:
σ # ε
Onde:
# = Módulo de elasticidade ou Módulo de Young;
σ = Tensão;
ε = Deformação específica.
31

Quando a estaca é carregada por uma força normal, a tensão axial é σ


D
E
e

ρ
G
H
a deformação específica . Combinando-se estes resultados com a Lei de

Hooke, tem-se a seguinte expressão para o encurtamento da estaca.

ρ
#

O procedimento para determinação da deformação da estaca consiste em se


obter a força axial em cada metro da estaca e, em seguida, calcular separadamente
o encurtamento de cada parte. A soma algébrica dessas variações de comprimento
dará a deformação total da estaca. Assim, a deformação total (ρc), pode ser obtida
pela equação:
:

ρc 5
#
3JK

Na tabela a seguir é apresentado o valor do encurtamento elástico da estaca


para cada metro com a aplicação de uma força axial em cada camada ( ), calculado
pelo método de Aoki e Velloso (1975), considerando a área da seção transversal
( ) da estaca circular de 0,5 m de diâmetro sendo 0,20 m² e o módulo de
elasticidade do concreto (E c) 20 GPa.

Tabela 11 – Deformação da estaca – Módulo de elasticidade linear – SPT-01

Prof (m) P(kN) E c (MPa) ρc (mm)


1 1401 20000 0,350
2 1346 20000 0,337
3 1301 20000 0,325
4 1252 20000 0,312
5 1197 20000 0,296
6 1131 20000 0,280
7 1065 20000 0,263
8 1000 20000 0,246
9 930 20000 0,229
10 865 20000 0,208
11 766 20000 0,172
∑ (mm) 3,02
32

Tabela 12 – Deformação da estaca – Módulo de elasticidade linear – SPT-02

Prof (m) P(kN) E c (MPa) ρc (mm)


1 1401 20000 0,35
2 1360 20000 0,34
3 1315 20000 0,33
4 1273 20000 0,32
5 1221 20000 0,30
6 1159 20000 0,29
7 1087 20000 0,27
8 1017 20000 0,25
9 941 20000 0,23
10 848 20000 0,20
11 756 20000 0,18
∑ (mm) 3,06

Para a determinação do módulo de elasticidade não linear do concreto, é


utilizado o diagrama parábola – retângulo (Figura 7), conforme NBR 6118 (2014).

Figura 7 – Diagrama tensão-deformação

Fonte: NBR 6118, 2014.

A partir da fórmula da tensão no concreto (σL ), é possível determinar a


deformação especifica (εL ).
ε' 2
σL LM N1 − 71 − 9 Q
2‰

σL
ε' 0,002 ∗ U1 − V1 − W
LM
33

Com a deformação especifica (εL ) e a tensão normal (σ) de cada camada,


pode ser calculado o módulo de elasticidade não linear do concreto com o princípio
da lei de Hooke a seguir.
σ
#
ε

Da mesma forma que é calculada a deformação na estaca para o Módulo de


elasticidade do concreto linear é calculado o não linear, os valores podem ser vistos
na Tabela 13 e Tabela 14.

Tabela 13 – Deformação da estaca – Módulo de elasticidade não linear – SPT-01

Prof (m) P(kN) σ(kPa) E conc (MPa) ρc (mm)


1 1401 6,99 18064 0,387
2 1346 6,74 18143 0,371
3 1301 6,50 18215 0,357
4 1252 6,24 18295 0,341
5 1197 5,93 18388 0,322
6 1131 5,59 18487 0,303
7 1065 5,26 18585 0,283
8 1000 4,91 18685 0,263
9 930 4,57 18783 0,243
10 865 4,15 18902 0,220
11 766 3,45 19098 0,180
ρconc (mm) 3,27

Tabela 14 – Deformação da estaca – Módulo de elasticidade não linear – SPT-02

Prof (m) P(kN) σ(kPa) E conc (MPa) ρc (mm)


1 1401 7,03 18053 0,389
2 1360 6,81 18121 0,376
3 1315 6,59 18189 0,362
4 1273 6,35 18261 0,348
5 1221 6,06 18348 0,330
6 1159 5,72 18450 0,310
7 1087 5,36 18556 0,289
8 1017 4,99 18664 0,267
9 941 4,56 18787 0,243
10 848 4,08 18921 0,216
11 756 3,60 19056 0,189
ρconc (mm) 3,32
34

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A seguir são apresentados os quadros e gráficos dos recalques para a


estaca, estimados a partir do método de Aoki e Lopes comparando-os com o valor
de recalque obtido nos ensaios de prova de carga. O recalque obtido no topo da
estaca, segundo a proposição de Vesic (1975), é a soma da deformação do solo
com a deformação no concreto. Como citado anteriormente, foram realizadas três
combinações com o módulo de deformação do solo e o módulo de elasticidade do
concreto.

4.1 MÓDULO DE DEFORMAÇÃO DO SOLO E O MÓDULO DE ELASTICIDADE


DO CONCRETO LINEARES

Para o módulo de deformação do solo e o módulo de elasticidade do concreto


lineares, são apresentados, no Quadro 1 e no Quadro 2, os estágios de aplicação de
carga, a carga e os recalques obtidos durante o ensaio de prova de carga, bem
como as deformações no concreto, no solo e o recalque obtido pela soma dessas
duas parcelas de deformação.

Quadro 1 – Recalques - Esolo linear Econc linear – SPT-01

Recalque (mm)
Estágio Carga (kN)
PCE Concreto Solo AOKI-LOPES
0 0 0,00 0,00 0,00 0,00
1 209 0,23 0,11 0,03 0,14
2 410 0,51 0,40 0,07 0,46
3 612 1,00 0,84 0,20 1,04
4 804 2,26 1,35 0,82 2,16
5 1004 9,06 1,90 2,91 4,82
6 1201 13,90 2,46 5,05 7,50
7 1401 21,87 3,02 7,21 10,23
35

Quadro 2 – Recalques - Esolo linear Econc linear – SPT-02

Recalque (mm)
Estágio Carga (kN)
PCE Concreto Solo AOKI-LOPES
0 0 0,00 0,00 0,00 0,00
1 209 0,23 0,13 0,03 0,16
2 410 0,51 0,43 0,08 0,52
3 612 1,00 0,87 0,23 1,10
4 804 2,26 1,38 1,35 2,73
5 1004 9,06 1,95 3,69 5,63
6 1201 13,90 2,50 5,99 8,49
7 1401 21,87 3,06 8,33 11,39

Nos gráficos a seguir, da curva de carga versus recalque, é apresentado em


verde o resultado da prova de carga e em vermelho o recalque obtido pelo método
de Aoki e Lopes. As estimativas do recalque, obtido pelo método de Aoki Lopes,
para esta combinação ficaram próximas ao recalque obtido na prova de carga
apenas para a carga de trabalho da estaca.

Gráfico 3 - Recalque PCE x Aoki-Lopes - Esololinear Econclinear - SPT-01


36

Gráfico 4 - Recalque PCE x Aoki-Lopes - Esolo linear Econc linear - SPT-02

No Gráfico 5 e Gráfico 6 são apresentados de maneira individual, em amarelo


e azul, os recalques calculados para o solo e para o concreto da estaca,
respectivamente. Também é apresentada, em vermelho, a curva resultante da soma
dessas duas parcelas de recalque. Nestes gráficos, pode ser observado que a maior
parcela do recalque é obtida pela deformação do solo.

Gráfico 5 - Recalque - Aoki-Lopes - Esolo linear Econc linear - SPT-01

Gráfico 6 - Recalque - Aoki-Lopes - Esololinear Econclinear - SPT-02


37

4.2 MÓDULO DE DEFORMAÇÃO DO SOLO LINEAR E MÓDULO DE


ELASTICIDADE DO CONCRETO NÃO LINEAR

Para o módulo de deformação do solo linear e módulo de elasticidade do


concreto não linear, são apresentados no Quadro 3 e no
Quadro 4, os estágios de aplicação de carga, a carga e os recalques obtidos
durante o ensaio de prova de carga, bem como as deformações no concreto, no solo
e o recalque obtido pela soma dessas duas parcelas de deformação.

Quadro 3 – Recalques - Esolo linear Econc não linear – SPT-01

Recalque (mm)
Estágio Carga (kN)
PCE Concreto Solo AOKI-LOPES
0 0 0,00 0,00 0,00 0,00
1 209 0,23 0,11 0,03 0,14
2 410 0,51 0,40 0,07 0,47
3 612 1,00 0,86 0,20 1,07
4 804 2,26 1,40 0,82 2,21
5 1004 9,06 2,01 2,91 4,92
6 1201 13,90 2,62 5,05 7,67
7 1401 21,87 3,27 7,21 10,49
38

Quadro 4 – Recalques - Esolo linear Econc não lienar – SPT-02

Recalque (mm)
Estágio Carga (kN)
PCE Concreto Solo AOKI-LOPES
0 0 0,00 0,00 0,00 0,00
1 209 0,23 0,13 0,03 0,16
2 410 0,51 0,44 0,08 0,52
3 612 1,00 0,90 0,23 1,13
4 804 2,26 1,44 1,35 2,79
5 1004 9,06 2,05 3,69 5,74
6 1201 13,90 2,67 5,99 8,66
7 1401 21,87 3,32 8,33 11,65

Nos gráficos a seguir, da curva de carga versus recalque, é apresentado, em


verde, o resultado da prova de carga e, em vermelho, o recalque obtido pelo método
de Aoki e Lopes. Comparando os resultados obtidos nesta combinação com a
anterior, não é possível verificar grande diferença entre elas.

Gráfico 7 - Recalque PCE x Aoki-Lopes - Esolo linear Econc não linenar - SPT-01
39

Gráfico 8 - Recalque PCE x Aoki-Lopes - Esolo linear Econc não linenar - SPT-02

Nos gráficos a seguir, são apresentados de maneira individual, em amarelo e


azul, os recalques calculados para o solo e para o concreto da estaca,
respectivamente. Também é apresentada, em vermelho, a curva resultante da soma
dessas duas parcelas de recalque. Comparando os resultados obtidos nesta
combinação com a anterior, houve um pequeno aumento da deformação calculada
para o concreto de 0,25 mm para o SPT-01 e 0,26 mm para o SPT-02.

Gráfico 9 - Recalque Aoki-Lopes – Esolo linear Econc não linenar - SPT-01

Gráfico 10 - Recalque - Aoki-Lopes - Esolo linear Econc não linenar - SPT-02


40

4.3 MÓDULO DE DEFORMAÇÃO DO SOLO E MÓDULO DE ELASTICIDADE DO


CONCRETO NÃO LINEARES

Para o módulo de deformação do solo e módulo de elasticidade do concreto


não lineares, são apresentados no Quadro 5 e no Quadro 6, os estágios de
aplicação de carga, a carga e os recalques obtidos durante o ensaio de prova de
carga, bem como as deformações no concreto, no solo (com a utilização do
programa e pelo método do espraiamento) e o recalque obtido pela soma dessas
duas parcelas de deformação.

Quadro 5 – Recalques - Esolo não linear Econcnão linear – SPT-01


Recalque (mm)
Estágio Carga (kN) Solo AOKI-LOPES
PCE Concreto Solo AOKI-LOPES
ESPRAIAMENTO ESPRAIAMENTO
0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1 209 0,23 0,11 0,03 0,08 0,14 0,19
2 410 0,51 0,40 0,07 0,27 0,47 0,67
3 612 1,00 0,86 0,23 0,91 1,09 1,77
4 804 2,26 1,40 1,13 3,50 2,53 4,90
5 1004 9,06 2,01 4,93 7,27 6,94 9,27
6 1201 13,90 2,62 9,76 11,69 12,38 14,32
7 1401 21,87 3,27 15,50 16,81 18,77 20,08
41

Quadro 6 – Recalques - Esolo não linear Econc não linear – SPT-02


Recalque (mm)
Estágio Carga (kN) Solo AOKI-LOPES
PCE Concreto Solo AOKI-LOPES
ESPRAIAMENTO ESPRAIAMENTO
0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
1 209 0,23 0,13 0,03 0,10 0,16 0,23
2 410 0,51 0,44 0,09 0,34 0,53 0,78
3 612 1,00 0,90 0,25 1,03 1,15 1,93
4 804 2,26 1,44 1,88 3,78 3,32 5,22
5 1004 9,06 2,05 6,21 7,87 8,26 9,92
6 1201 13,90 2,67 11,51 12,69 14,18 15,36
7 1401 21,87 3,32 17,79 18,25 21,11 21,57

Nos gráficos a seguir, da curva de carga versus recalque, é apresentado, em


verde, o resultado da prova de carga e, em vermelho, o recalque obtido pelo método
de Aoki e Lopes. O recalque estimado pelo método de Aoki e Lopes considerando o
módulo de deformação do solo não linear é muito próximo ao obtido na prova de
carga.

Gráfico 11 - Recalque PCE x Aoki-Lopes - Esolo não linear Econc não linear - SPT-01
42

Gráfico 12 - Recalque PCE x Aoki-Lopes - Esolo não linear Econc não linear - SPT-02

Nos gráficos a seguir, são apresentados de maneira individual, em amarelo e


azul, os recalques calculados para o solo e para o concreto da estaca,
respectivamente. Também é apresentada, em vermelho, a curva resultante da soma
dessas duas parcelas de recalque. Com as curvas de cada parcela do recalque
separadas fica claro que a parcela de recalque do solo, para a estaca analisada, é a
mais representativa na previsão do recalque pelo método de Aoki e Lopes.
43

Gráfico 13 - Recalque - Aoki-Lopes - Esolo não linear Econc não linear - SPT-01

Gráfico 14 - Recalque - Aoki-Lopes - Esolonão linear Econcnão linear - SPT-02

Nos gráficos a seguir, da curva de carga versus recalque, é apresentado, em


verde, o resultado da prova de carga e, em laranja, o recalque obtido pelo método
de Aoki e Lopes, com a parcela do recalque do solo calculado pelo método do
ângulo de espraiamento. O recalque estimado pelo método de Aoki e Lopes
considerando o módulo de deformação do solo não linear é muito próximo ao obtido
na prova de carga.
44

Gráfico 15 - Recalque PCE x Aoki-Lopes Espraiamento - Esolo não linear Econc não linear - SPT-01

Gráfico 16 - Recalque PCE x Aoki-Lopes Espraiamento - Esolo não linear Econc não linear - SPT-02

Nos gráficos a seguir, são apresentados de maneira individual, em amarelo os


recalques calculados para o solo, pelo método do ângulo de espraiamento e, em
azul, o recalque calculado pela deformação do concreto da estaca. Também é
apresentada, em vermelho, a curva resultante da soma dessas duas parcelas de
recalque. Fica claro, portando, que a parcela de recalque do solo, para a estaca
analisada, é a mais representativa na previsão do recalque pelo método de Aoki e
Lopes.
45

Gráfico 17 - Recalque - Aoki-Lopes Espraiamento - Esolo não linear Econc não linear - SPT-01

Gráfico 18 - Recalque - Aoki-Lopes Espraiamento - Esolo não linear Econc não linear - SPT-02
46

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados obtidos neste trabalho, do recalque estimado pelo Método de


Aoki e Lopes (1945) ao serem comparados com o recalque obtido na prova de carga
estática, realizada em estaca hélice continua, sobre formação Guabirotuba,
demonstraram-se satisfatórios.
Para a combinação que utilizou o módulo de deformabilidade do solo não
linear, os recalques estimados e os obtidos, na prova de carga, ficaram muito
próximos para todas as cargas do ensaio.
Já para as combinações que usaram o módulo de deformabilidade do solo
linear, os recalques obtidos ficaram próximos aos obtidos na prova de carga, apenas
para a carga de trabalho.
Desta forma, pode ser percebido que a parcela de recalque do solo, para a
estaca analisada, é a mais representativa na previsão do recalque, pelo método de
Aoki e Lopes (1945). A deformação do solo apresentou recalque na ordem de 15,5
mm e 17,79 mm, para a sondagem SPT-01 e SPT-02, respectivamente, enquanto
que o recalque pela a deformação do concreto apresentou recalques na ordem de
3,27 mm e 3,32 mm para a sondagem SPT-01 e SPT-02, respectivamente.
A variação dos resultados analisados neste trabalho pode ser atribuída ao
fato de que os parâmetros empregados para a previsão dos recalques, foram
obtidos por correlações em função dos resultados do ensaio SPT. Portanto, fica
clara a importância de uma boa sondagem SPT, para que por correlações
semiempíricas sejam obtidos parâmetros coerentes e representativos do solo em
estudo.
47

REFERÊNCIAS

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execução de fundações. Rio de Janeiro, 2010, 91p.
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Sondagens de simples reconhecimento com SPT – Método de ensaio. Rio de
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BENETTI, L. B. Estacas Hélice Contínua Executadas em Solos da Formação
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Semiempíricos de Previsão da Capacidade de Carga. 2016. 257p. Dissertação
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Pós-Graduação em Engenharia da Construção Civil. Curitiba, 2016.
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48

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Bacia de Curitiba. In: Características Geotécnicas da Formação Guabirotuba.
Curitiba: ABMS, 1999.
49

APÊNDICE A – COMO INSERIR AS INFORMAÇÕES NO PROGRAMA

Para alimentar o programa é preciso gerar quatro arquivos de texto no bloco


de notas com extensão .dat, no final da análise o programa gera um arquivo no
mesmo formato, o results.dat com o recalque calculado para o solo, na ponta da
estaca. Os arquivos alimentam o programa são citados a seguir.
a) Obra.dat
b) Pontos.dat
c) Solo.dat
d) Carga.dat
O primeiro e mais simples de todos é o arquivo “obra”, que contém quatro
linhas com as principais informações da estaca analisada. Na
Tabela 15 é apresentado o arquivo Excel e na Figura 8 as informações
colocadas no arquivo de texto.

Tabela 15 – Arquivo Excel – Obra

CLIENTE: Barbara
OBRA: E1
TITULO: TCC
DATA: "11","09","2018"

Figura 8 – Arquivo de texto - Obra

O segundo arquivo gerado é o de “pontos”, onde é apresentado às coordenas


x, y e z da locação da estaca da posição em que se deseja calcular o recalque.
Como no trabalho é feita a retroanálise de apenas uma estaca isolada, o zero do
eixo das coordenadas é colocado no topo da própria estaca. As coordenadas x e y
tratam da localização da estaca no terreno e a coordenada z é onde esta localizada
a ponta da estaca. Apesar de, neste trabalho, ser analisado apenas uma estaca, o
50

programa permite avaliar efeito de grupo de estacas. Na Tabela 16, primeira coluna
são descritas as informações que devem conter no arquivo de texto, que alimenta o
programa (Figura 9).

Tabela 16 – Arquivo Excel - Pontos

NUMERO TOTAL DE PONTOS DE CÁLCULO: 1


COORDENADA X DO PONTO 1: 0
COORDENADA Y DO PONTO 1: 0
COORDENADA Z DO PONTO 1: 11
PERFIL DE SOLO NO PONTO 1: 1

Figura 9 – Arquivo de texto - Pontos

O terceiro arquivo gerado é do “solo”, nele são colocadas, para cada camada,
a profundidade da mesma, o coeficiente de Poisson e o mais importante o módulo
de deformabilidade do solo conforme Tabela 17 e Figura 10.

Tabela 17 – Arquivo Excel – Solo

NUMERO DE PERFIS DE SONDAGEM TOTAL: 1


NUMERO MÁXIMO DE CAMADAS: 15
NUMERO DE CAMADAS DO PERFIL 1 6
MÓDULO ELASTICIDADE CAMADA 1: 49000
COEFICIENTE POISSON CAMADA 1: 0,3
PROFUNDIDADE DA BASE DA CAMADA 2: 12
MÓDULO ELASTICIDADE CAMADA 2: 82600
COEFICIENTE POISSON CAMADA 2: 0,3
PROFUNDIDADE DA BASE DA CAMADA 3: 13
MÓDULO ELASTICIDADE CAMADA 3: 116200
COEFICIENTE POISSON CAMADA 3: 0,3
PROFUNDIDADE DA BASE DA CAMADA 4: 14
MÓDULO ELASTICIDADE CAMADA 4: 149800
51

COEFICIENTE POISSON CAMADA 4: 0,3


PROFUNDIDADE DA BASE DA CAMADA 5: 15
MÓDULO ELASTICIDADE CAMADA 5: 183400
COEFICIENTE POISSON CAMADA 5: 0,3
PROFUNDIDADE DA BASE DA CAMADA 6: 16
MÓDULO ELASTICIDADE CAMADA 6: 217000
COEFICIENTE POISSON CAMADA 6: 0,3

Figura 10 – Arquivo de texto - Solo

As camadas analisadas para a determinação da deformação no solo são as


camadas abaixo da ponta da estaca, por isso a camada 1 está a 11,0 metros de
profundidade, onde se encontra a ponta da estaca. Para cada metro abaixo da ponta
da estaca são apresentados a profundidade da camada, o módulo de elasticidade
calculado a partir da sondagem SPT e o coeficiente de Poisson atribuído 0,3 para
todas as análises.
O quarto arquivo gerado é o de “carga”, neste, são apresentados os valores
da resistência de ponta e do atrito lateral para cada camada da estaca. Para a
determinação da resistência de ponta e do atrito lateral foi utilizado o método
proposto por Aoki e Velloso (1975).
52

Na Tabela 18 são descritas as informações que são colocadas no arquivo de


texto (Figura 11), que alimenta o programa. Nas primeiras linhas são colocadas as
informações da estaca como coordenadas, comprimento, raio, tipo do elemento, no
caso “c” de cilíndrico e nas demais linhas é descrita qual a profundidade da camada
e o atrito lateral calculado a partir do método de Aoki Velloso.

Tabela 18 – Arquivo Excel – Carga

NUMERO DE ELEMENTOS DE FUNDAÇÕES DO GRUPO 1


NUMERO MAXIMO DE DIAGRAMAS DE ATRITO 20
TIPO DO ELEMENTO -> CILINDRICO "C"
COORDENADA X DO CENTRO DO CIRCULO 0
COORDENADA Y DO CENTRO DO CIRCULO 0
RAIO DO FUSTE DO CILINDRO 0,25
RAIO DA BASE DO CILINDRO 0,25
PROFUNDIDADE DA BASE ALARGADA 11
CARGA NA BASE 587,6417
NUMERO DE DISCRETIZAÇÕES CIRCULO DA BASE 10
NUMERO DE DISCRETIZAÇÕES RAIO DA BASE 10
NUMERO DE DISCRETIZAÇÕES CILINDRO ATRITO 10
NUMERO DE DISCRETIZAÇÕES DIAGRAMA ATRITO 10
NUMERO DIAGRAMAS DE ATRITO LATERAL 11
PROFUNDIDADE INICIO DO DIAGRAMA 1 0
PROFUNDIDADE FIM DO DIAGRAMA 1 1
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 1 55,29203
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 1 55,29203
PROFUNDIDADE INICIO DO DIAGRAMA 2 1
PROFUNDIDADE FIM DO DIAGRAMA 2 2
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 2 44,92477
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 2 44,92477
PROFUNDIDADE INICIO DO DIAGRAMA 3 2
PROFUNDIDADE FIM DO DIAGRAMA 3 3
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 3 48,38053
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 3 48,38053
PROFUNDIDADE INICIO DO DIAGRAMA 4 3
PROFUNDIDADE FIM DO DIAGRAMA 4 4
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 4 55,29203
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 4 55,29203
PROFUNDIDADE INICIO DO DIAGRAMA 5 4
PROFUNDIDADE FIM DO DIAGRAMA 5 5
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 5 65,65929
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 5 65,65929
PROFUNDIDADE INICIO DO DIAGRAMA 6 5
PROFUNDIDADE FIM DO DIAGRAMA 6 6
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 6 65,97345
53

ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 6 65,97345


PROFUNDIDADE INICIO DO DIAGRAMA 7 6
PROFUNDIDADE FIM DO DIAGRAMA 7 7
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 7 65,97345
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 7 65,97345
PROFUNDIDADE INICIO DO DIAGRAMA 8 7
PROFUNDIDADE FIM DO DIAGRAMA 8 8
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 8 69,11504
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 8 69,11504
PROFUNDIDADE INICIO DO DIAGRAMA 9 8
PROFUNDIDADE FIM DO DIAGRAMA 9 9
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 9 65,65929
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 9 65,65929
PROFUNDIDADE INICIO DO DIAGRAMA 10 9
PROFUNDIDADE FIM DO DIAGRAMA 10 10
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 10 98,96017
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 10 98,96017
PROFUNDIDADE INICIO DO DIAGRAMA 11 10
PROFUNDIDADE FIM DO DIAGRAMA 11 11
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 11 178,1283
ATRITO POR UNIDADE DE COMPRIMENTO 11 178,1283
54

Figura 11 – Arquivo de texto - Carga


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ANEXO A – SONDAGEM A PERCUSSÃO

Quadro 7 – Sondagem a percussão - SPT-01


Estaca E.1 - SPT-01
N.A. Profun. (m) Classificação das amostras de solo Nº Nspt
0,30 camada vegetal 1 16
2,2 2 13
3 14
argila siltosa, rija a dura, cinza
4 16
5,45 5 19
6 20
argila arenosa, dura, cinza
7,90 7 20
8 20
argila siltosa, rija a dura, cinza
9,60 9 19
10 30
argila arenosa, dura, cinza 11 18/10
12,10 12 30/10
limite da sondagem
Fonte: Benetti, 2016.

Quadro 8 – Sondagem a percussão - SPT-02


Estaca E.1 - SPT-02
N.A. Profun. (m) Classificação das amostras de solo Nº Nspt
0,30 camada vegetal 1 12
2,3 2 13
3 12
4 15
5 18
argila siltosa, rija a dura, cinza
6 21
7 20
8 22
9,90 9 27
10 28
argila arenosa, dura, cinza 11 30
12,25 12 20/10
limite da sondagem
Fonte: Benetti, 2016.

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