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Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, v. 11, n. 2, e49511226224, 2022


(CC POR 4.0) | ISSN2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i2.26224

Gerenciamento abrangente de medicamentos em pacientes transplantados renais


Gerenciamento da terapia medicamentosa em transplantados renais

Manejo da farmacoterapia em receptores de transplante de rim

Recebido: 27/01/2022 | Revisado: 31/01/2022 | Aceitar: 01/02/2022 | Publicado: 03/02/2022

Patrícia Mara dos Reis


ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3747-6072
Universidade Federal de Minas Gerais. Brasil
E-mail: reis.patriciamara@gmail.com.
Isabela Diniz Gusmão de Oliveira
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5452-4753
Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
E-mail: isabela.gusmao@gmail.com
Pollyane Lacerda Coelho
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0097-2216
Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
E-mail: polyanne-lacerda@hotmail.com
Sílvia Novaes Dias
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8224-2817
Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
E-mail: sil_vianovaes@hotmail.com
Luana Kellen de Oliveira Silva
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5540-8877
Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
E-mail: lu_kellen@hotmail.com
Clarice Chemello
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1234-1561
Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
E-mail: clachemello@gmail.com

Abstrato
Pacientes transplantados renais utilizam diversos medicamentos, o que aumenta o risco de desenvolver problemas relacionados aos medicamentos.
Trata-se de um estudo pré-pós-intervenção, realizado em um ambulatório de transplante em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, com
pacientes pós-transplante em uso de tacrolimus. As consultas de farmácia foram realizadas em consultórios individuais e o estado inicial e
final foi medido entre a primeira e a última consulta. A satisfação com o atendimento farmacêutico também foi avaliada. Foram identificados
39 problemas relacionados a medicamentos, 64,3% dos pacientes apresentaram pelo menos um, dos quais 79,5% foram resolvidos
(p<0,001). Os mais frequentes foram “uso de medicamentos desnecessários” (26,5%), sendo o omeprazol o medicamento mais prescrito
para esta situação. Pacientes polimedicados apresentaram mais problemas relacionados a medicamentos (p = 0,001). Foram realizadas 49
intervenções, 51,02% foram aceitas. As intervenções mais aceitas foram recomendações de orientações quanto ao tempo de administração
e redução de reações adversas aos medicamentos (100%) e suspensão do tratamento (92,3%). Ao final, a proporção de pacientes com
quadro clínico estável aumentou de 35,7% para 83,3% (p<0,001). Os pacientes referiram o serviço farmacêutico como muito bom, relatando
o desejo de sua continuidade. O gerenciamento abrangente da medicação impactou positivamente a situação clínica do paciente, mostrou-
se eficaz na resolução de problemas relacionados aos medicamentos e foi muito bem avaliado pelos pacientes.

Recomenda-se que a polimedicação seja critério prioritário deste serviço.


Palavras-chave: Transplante renal; Serviços farmacêuticos; Gerenciamento de terapia medicamentosa; Satisfação do paciente; Problemas
relacionados com drogas.

Resumo
Pacientes transplantados renais utilizam diversos medicamentos, o que aumenta o risco de desenvolver problemas relacionados a
medicamentos. Trata-se de um estudo pré-pós-intervenção, realizado em um ambulatório de transplantes em Belo Horizonte, Minas Gerais,
Brasil, como pacientes no pós-transplante e em uso de tacrolimo. As consultas farmacêuticas foram realizadas em consultórios individuais,
sendo que os estados inicial e final foram medidos entre a primeira e a última consulta. A satisfação com o serviço farmacêutico também foi
avaliada. Foram identificados 39 problemas relacionados a medicamentos, 64,3% dos pacientes apresentados pelo menos um, dos quais
79,5% foram resolvidos (p <0,001). As mais frequentes foram “uso de medicamentos necessários” (26,5%), sendo o omeprazol o
medicamento mais prescrito para essa situação. Os pacientes polimedicados apresentaram mais problemas relacionados ao medicamento
(p = 0,001). Foram realizadas 49 disciplinas, 51,02% foram aceitas. Como

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As disciplinas mais aceitas foram recomendações de orientações quanto ao tempo de administração e redução de ocorrência adversa
medicamentosa (100%) e suspensão do tratamento (92,3%). Ao final, a proporção de pacientes com quadro clínico estável a condição
aumentou de 35,7% para 83,3% (p<0,001). Os pacientes avaliaram o atendimento
farmacêutico como muito bom, relatando o desejo de sua continuidade. O gerenciamento da terapia medicamentosa
impactou positivamente a situação clínica do paciente, demonstrada ser eficaz na resolução de problemas relacionados a medicamentos e foi
muito bem avaliada pelos pacientes. Recomenda-se que a polimedicação seja prioritária para a implantação do gerenciamento da terapia
medicamentosa.
Palavras-chave: Transplante renal; Serviços farmacêuticos; Gerenciamento da terapia medicamentosa; Satisfação do paciente, Problemas
relacionados ao uso de medicamentos.

Resumo
Os pacientes com transplante de rim usam vários medicamentos, o que aumenta o risco de desenvolvimento de problemas relacionados aos
medicamentos. Trata-se de um estudo pré-pós-intervenção, realizado em um ambulatório de transplantes em Belo Horizonte, Minas Gerais,
Brasil, com pacientes pós-transplante que utilizam tacrolimus. As consultas farmacêuticas são realizadas em consultórios individuais e midió
o estado inicial e final entre a primeira e a última consulta. Também foi avaliada a satisfação com o serviço farmacêutico. Foram identificados
39 problemas relacionados ao medicamento, 64,3% dos pacientes presentes pelo menos um, dos quais 79,5% foram resolvidos (p <0,001).
Os mais frequentes foram o “uso de medicamentos desnecessários” (26,5%), sendo o omeprazol o medicamento mais prescrito para esta
situação. Os pacientes polimedicados tiveram mais problemas relacionados com os medicamentos (p = 0,001). Se realizaram 49 intervenções,
aceitaram 51,02%. As intervenções mais aceitas foram as recomendações de guias no que diz respeito ao tempo de administração e redução
de reações adversas a medicamentos (100%) e suspensão do tratamento (92,3%). A proporção de pacientes com estado clínico estável
passou de 35,7% para 83,3% (p <0,001). Os pacientes qualificaram o serviço farmacêutico como muito bom, informando o desejo de sua
continuidade. O manejo da terapia com medicamentos teve um impacto positivo na situação clínica do paciente, demonstrou ser eficaz para
resolver os problemas relacionados aos medicamentos e foi muito bem avaliado pelo grupo. Recomenda-se que a polimedicação seja um
critério prioritário para este serviço.

Palavras-chave: Transplante de riñón; Serviços farmacêuticos; Satisfação do paciente; Problemas relacionados com os medicamentos.

1. Introdução

O transplante renal é uma modalidade de tratamento disponível para pacientes em estágio final da doença renal crônica (DRC)

(Brasil, 2021; Prates et al., 2016) e está associado a maiores taxas de sobrevivência, melhor qualidade de vida e menores custos em comparação

à hemodiálise (Berns, 2020; Molnar-Varga et al., 2011; Schunelle et al., 1998). Entretanto, esse paciente convive com o

possibilidade de rejeição do enxerto, necessidade de mudanças no estilo de vida e uso contínuo de medicamentos para manter

imunossupressão (Naik, 2020; Prates et al., 2016; Brito et al., 2016). Além dos imunossupressores, o paciente faz uso

vários outros medicamentos para tratar doenças concomitantes, o que aumenta o risco de desenvolver problemas relacionados a medicamentos (PRM),

impactando negativamente a sobrevida do enxerto e do paciente (Chisholm-Burns et al., 2016; Lee et al., 2016).

Idealmente, a farmacoterapia para problemas clínicos deveria ser a mais indicada, eficaz, segura e conveniente para o

Individual. Esses pilares sustentam o gerenciamento integral de medicamentos (GMC) “definido como o padrão de atendimento que

garante que os medicamentos de cada paciente (sejam eles prescritos, não prescritos, alternativos, tradicionais, vitaminas ou

suplementos nutricionais) são avaliados individualmente para determinar se cada medicamento é apropriado para o paciente, eficaz para

a condição médica, seguro dadas as comorbidades e outros medicamentos em uso, e capaz de ser tomado pelo paciente conforme

pretendido". Neste processo, os farmacêuticos clínicos trabalham em colaboração com outros profissionais para otimizar os resultados dos pacientes em

quatro etapas: avaliação do paciente, avaliação da terapia medicamentosa, desenvolvimento e início do plano e acompanhamento e

monitoramento de medicação (ACCP, 2021; Lee et al., 2016; Oliveira, 2011).

Os impactos clínicos e humanísticos do CMM aplicado neste estudo referem-se à melhoria nas condições laboratoriais e

parâmetros sintomáticos relacionados ao uso de medicamentos prescritos e não prescritos e a experiência subjetiva do paciente para

intervenções farmacêuticas e serviços prestados (ACCP, 2021; Joost et al., 2014; Cipolle, Strand e Morley, 2012).

Estudos com pacientes transplantados renais têm demonstrado a importância do farmacêutico na equipe multidisciplinar,

atuando principalmente em problemas de adesão, revisão farmacoterapêutica e orientações pós-alta hospitalar (Manyama, Tshitake e

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Moloto, ,2020; Leite et al.,2018; Joost et al., 2014; Lee e outros, 2016; Lima et al., 2016). Contudo, a participação do farmacêutico

no acompanhamento ambulatorial de pacientes transplantados renais ainda é incipiente no Brasil.

A satisfação pode ser utilizada como indicador de eficácia de um serviço. A pesquisa de satisfação envolve a avaliação subjetiva do usuário

percepção sobre o cuidado recebido e identifica os aspectos que necessitam de maior atenção, buscando opções para adequar o cuidado às suas

precisa. A existência de medidas para identificar os aspectos que afetam a satisfação torna-se cada vez mais importante, ajudando a

orientar estratégias para melhorar a qualidade do cuidado (Acosta et al., 2016).

Considerando a complexidade do tratamento crônico da imunossupressão no transplante renal,

uso de outros medicamentos que possam alterar a terapia medicamentosa, além das vantagens do acompanhamento farmacêutico para prevenir PRM em

doenças crônicas. Analisando os poucos estudos sobre acompanhamento ambulatorial desses pacientes por farmacêuticos no Brasil, espera-se que

os resultados desses estudos poderão incentivar a atuação clínica e prática desse profissional para otimizar a

Objetivos terapêuticos de transplantados renais.

Portanto, esta proposta é avaliar as necessidades farmacoterapêuticas do indivíduo, de forma holística, e fazer com que o farmacêutico

como profissional essencial na identificação e resolução de DRP.

2. Metodologia

Este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais e do hospital

(CAAE número 56059216.8.0000.5149), em julho de 2016. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Trata-se de um estudo pré-pós-intervenção realizado de novembro de 2016 a agosto de 2018 no ambulatório de transplante

clínica de um hospital de grande porte em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. O estudo incluiu pacientes com tempo pós-transplante de

18 dias a 18 meses em uso de tacrolimus, que foram escolhidos de acordo com cronograma enviado pela equipe ambulatorial que

forneceram informações sobre o momento do transplante desses pacientes. Foram medidos problemas relacionados a medicamentos (PRM) no mesmo

paciente antes e depois da intervenção farmacêutica. Os farmacêuticos abordaram esses pacientes e verificaram se eles usavam

tacrolimus como terapia imunossupressora. Esta pesquisa faz parte do projeto “Integração da farmacogenética do tacrolimus na

manejo da terapia medicamentosa (MTM) em transplantados renais” (de Oliveira et al., 2021). Pacientes que foram submetidos

foram excluídos transplantes em outros órgãos, receptores de transplante renal de novo e aqueles com doença hepática avançada.

Os principais desfechos referem-se a alterações no quadro clínico segundo Cipolle, Strand e Morley (2012). O primeiro

as consultas foram em estado inicial, considerando todos os quadros clínicos e medicamentosos analisados. E o status final foi medido no

última consulta farmacêutica (Cipolle, Strand e Morley, 2012).

Foi utilizado o método Pharmacotherapy Work-up (PW) do CMM (Cipolle, Strand e Morley, 2012; Oliveira, 2011).

A data dos agendamentos foi registrada em formulário específico. Os atendimentos foram feitos individualmente, em sala privativa, no

os mesmos dias das consultas médicas desses pacientes no ambulatório; cada paciente teve pelo menos três consultas com

o farmacêutico. Após essas marcações, os investigadores estabeleceram as prioridades de intervenção de acordo com a identificação

de PRM, que poderia ocorrer entre a primeira e a última consulta de acompanhamento. Os PRM foram classificados de acordo com

Cipolle, Strand e Morley, 2012 (Cipolle, Strand e Morley, 2012; Oliveira, 2011). Dados referentes a exames laboratoriais e

os procedimentos clínicos foram coletados do prontuário do paciente. As intervenções visaram a resolução dos PRM, o alcance terapêutico

resultados da terapia imunossupressora e medicamentosa para outras doenças e prevenção de problemas clínicos futuros.

O estado clínico do paciente foi analisado entre a primeira e a última consulta, sendo classificado em: inicial, resolvido, estável,

melhora parcial, melhora, sem melhora e piora, de acordo com os parâmetros clínicos de sua saúde

problemas (Cipolle, Strand e Morley, 2012). A polimedicação foi classificada em não polimedicada, polimedicada menor e

major polimedicado (Bjerrum et al., 1999).

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Após a última consulta, a satisfação do paciente com o CMM foi avaliada através da aplicação do Farmacêutico

Questionário de Satisfação com Serviços (PSSQ) desenvolvido para Larson et al (2002), traduzido e validado para o Brasil

Português para Correr et al. (2009) (Correr et al., 2009; Larson et al., 1996). Outros pesquisadores que não participaram

acompanhamento farmacoterapêutico prévio aplicou o questionário. A pontuação do PSSQ foi calculada usando o Likert de cinco pontos

escala conforme instrumento original: 1 = ruim, 2 = regular, 3 = bom, 4 = muito bom e 5 = excelente. Para todo o

instrumento, ou para cada domínio, a pontuação é calculada pela soma das respostas do usuário dividida pelo número de

perguntas correspondentes.

Os dados foram analisados no software SPSS versão 24. A análise descritiva das variáveis foi feita por frequência e

percentual de variáveis qualitativas e média ± desvio padrão para variáveis quantitativas. A análise comparativa do estado clínico pré-pós-intervenção

e da associação entre polifarmácia e PRM foi realizada por meio do Teste X2 de Pearson . O

a comparação entre as médias do PRM pré-pós-intervenção foi analisada pelo teste t pareado de Student. As análises univariadas foram

realizada por meio do teste ou teste exato de Fisher quando o valor esperado de uma ou mais células era cinco ou menos. Somente polifarmácia

apresentou p<0,15 nas análises univariadas, portanto não foi possível realizar um modelo multivariado. O intervalo de confiança foi de 95%

e os resultados foram considerados estatisticamente significativos quando p<0,05.

3. Resultados

Dos 44 pacientes convidados no dia das consultas médicas periódicas realizadas no ambulatório, 42

aceitaram participar do estudo, dos quais 57,1% eram homens. Quanto à idade, 28,6% dos transplantados com

80,9% dos doadores falecidos tinham entre 51 e 60 anos e 38% tinham entre 181 e 360 dias.

A média de idade foi de 44,9 (± 13,3) anos. Observou-se que as mulheres eram mais jovens (39,8±13,1 anos) que os homens

(47,3±13,9). Quanto à raça autodeclarada, predominou a parda, correspondendo a 40,5%. Os dados demográficos são

descrito na Tabela 1.

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Tabela 1. Dados sociodemográficos dos pacientes (n=42).

Variável n (%)

Sexo
Fêmea uma 18 42,9
Malebe 24 57,1
Idoso
20 a 30 anos 31 09 21.4
a 40 anos 41 a 11 26,2
50 anos 51 a 60 04 9,5
anos >60 anos 12 28,6
06 14,3
Tempo de transplantec
18 a 90 dias 90 8 19

a 180 dias 181 a 13 31


360 dias 361 a 16 38
510 dias 5 12
Corrida
Branco 9 21,4
Marrom 17 40,5
Preto 8 19,1
Não declarado 8 19,1
Serviços de saúde
Misturado 5 11,9
Público 37 88,1
Escolaridade
Analfabeto 1 2,4
Ensino fundamental incompleto 3 7,1
Ensino fundamental completo 8 19,1
Ensino médio incompleto 4 9,5
Ensino médio completo 18 42,9
Ensino superior incompleto 3 7,1
Ensino superior completo 3 7,1
Não declarado 2 4,8
Estado civil
Separado 6 14.3
Solteiro 8 19.1
União estável/casado 26 61,9
Viúvo 02 4,8
Ocupação
Aposentado 14 33,3
Ativo 15 35,7
Benefício LOASd 6 14,3
Dona de casa 3 7,1
Estudante 4 9,5
Tipo de doador
Vivo 8 19,1
Morto 34 80,9

a,b,c Data faltante dLei de Assistência Social. Fonte: Autores (2022).

Foram realizadas em média 3,1 ± 1,1 consultas por paciente, sendo o tempo médio de seguimento de 8 ± (4,1) meses.

Esse número variou de acordo com o quadro clínico dos pacientes, pois alguns médicos recomendavam o retorno em períodos

mais de um mês. Consultas após avaliação inicial de seis pacientes foram canceladas em situações em que não houve

consultórios disponíveis, causando perda de seguimento.

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Todos os pacientes relataram ter histórico familiar de doença renal, e a maioria o diagnóstico foi há cerca de 10 anos

(40,5%) e 85,7% realizaram hemodiálise como terapia renal substitutiva pré-transplante.

Observou-se que 54,8% dos pacientes apresentavam até duas doenças concomitantes, além do transplante, dentre elas

hipertensão (47,6%), distúrbios gástricos (11,9%), diabetes (7,1%), hipercolesterolemia (7,1%) e epilepsia (2,4%).

A hipertensão foi a principal causa conhecida de DRC que levou 40,5% dos pacientes deste estudo ao transplante renal. Outro

as causas para o transplante foram glomerulonefrite e diabetes (11,9% ambas).

A maioria dos pacientes (97,6%) utilizou três medicamentos para transplante e o número médio de medicamentos para tratar

outros problemas de saúde foi de 3,7 ± 2,1. Dessa forma, 16,7% dos pacientes foram considerados polimedicados menores e 83,3% maiores.

polimedicados, com média de 6,6 ± 2,1 medicamentos. Segundo Bjerrum et al (1999), o uso de cinco ou mais medicamentos

aumenta simultaneamente o risco de reações adversas, erros de medicação e aumento do risco de hospitalização (Bjerrum L et al.,

1999).

Foram identificados 39 PRM, dos quais 69,2% (27) dos pacientes apresentaram pelo menos um e 79,5% (31) foram resolvidos

(p<0,001). Pacientes que tiveram pelo menos dois PRM, tomaram mais de cinco medicamentos (grandes polimedicados), portanto, polimedicação

poderia ser considerado um fator predisponente para PRM (p<0,001).

Foram realizadas 49 intervenções, das quais 53% (26) foram aceitas. As principais doenças envolvidas no

as intervenções foram hipertensão (36,7%), distúrbio gástrico (24,5%) e transplante (8%). O mais frequente aceito

intervenções foram recomendações para orientação sobre horário de administração e para amenizar reações adversas aos medicamentos (100%),

recomendação de suspensão do tratamento (92,3%), recomendação de adesão ao tratamento farmacológico (43,7%). mesa 2

descreve as intervenções por problema de saúde, medicação e PRM.

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Tabela 2. Relação dos problemas de saúde com medicamentos envolvidos, PRM e intervenções.
Intervenção (n=49)
Medicamento Tipo DRP
Problema de saúde
(frequência)

Tipo Total
Indicação Não / % Aceitaram
(%)

Desconforto intestinal Brometo de Orientação para suspender


1(1) o tratamento
otilônio

omeprazol 1(10) 12 (92,3%) 26,5


Distúrbios gástricos
pantoprazol 1(1)
ranitidina 1(1)
Orientação para avaliação
Desordem depressiva Sem medicação 2(1) 0 2,0
médica

Eficácia

Hipertensão Reavaliar com o


OAH 4 (2)
prescritor/alterações de dosagem
1 (33,3%) 6.1
Imunossupressão Tacrolimo 4 (1)

Desordem depressiva Fluoxetina 4(1) Orientação sobre tempo de


administração 2 (100%) 4,0
Prevenção para infarto do
ASAd 4(1)
miocárdio

Segurança

Distúrbios gástricos omeprazol 5(1)


Orientação para suavizar ADR** 2 (100%) 4,0
Imunossupressão Tacrolimo 5(1)

Reavaliar com o
Hipertensão OAH 5 (2) prescritor/alterações de dosagem 0 4,0

Reavaliar com o
Hiperglicemia Insulina 6(1)
prescritor/alterações de dosagem 10.2
1 (20%)
Hipertensão
OAH 6(3)

Orientação para avaliação


Insônia clonazepam 6(1) 0 2,0
médica
Tratamento
aderência
Orientação para aderir
Hiperglicemia Metformina 7(1) tratamento

Imunossupressão tacrolimo 7(2) 7 (43,7%) 32,6

Hipertensão
OAH 7(7)

Prevenção para infarto do


ASAd 7(1)
miocárdio

Total 39

bOAH: Anti-hipertensivo oral; RAMc: reação adversa a medicamento; d Ácido Acetil Salicílico eProblema de saúde não tratado. Fonte: Autores (2022)

Apenas um dos oito pacientes com 18 dias a 3 meses de transplante apresentou PRM e o problema foi resolvido. Houve

Resolução de 100% do PRM em pacientes com até 6 meses de transplante (p<0,0001). Os 16 pacientes transplantados

o tempo entre 6 e 12 meses juntos teve 25 PRM no início do CMM e ao final foram resolvidos 19 PRM (p =

0,001). Pode-se inferir, portanto, que quanto maior o tempo de transplante, maior o número de DRP e o CMM podem resolver
eles.

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Quinze pacientes mantiveram a situação clínica estável, dos 26 indivíduos com quadro clínico inicial “piora”

de acordo com a doença, 21 (80,8%) melhoraram o quadro (p<0,001). A proporção de pacientes com quadro clínico estável

condição aumentou de 35,7% para 83,3% (p<0,001).

Dos 42 pacientes com CMM, 30 responderam ao PSSQ. A média geral foi de 4,32±0,71 e o serviço CMM foi

considerado “muito bom”. Os pacientes com mais consultas ficaram mais satisfeitos (p<0,001). A resposta "excelente" foi mais

frequente nos itens 5, 7, 9 e 12 (Tabela 3).

Tabela 3. Satisfação dos pacientes com o CMM ambulatorial.

QUESTÕES Média ± DP
Q1. A capacidade do farmacêutico de alertá-lo sobre problemas que você possa ter com seus medicamentos? 4,2±0,7

Q2. A explicação do farmacêutico sobre a ação de seus medicamentos? 4,3±0,7

Q3. O interesse do farmacêutico pela sua saúde? 4,3±0,7

Q4. A ajuda do farmacêutico no uso dos seus medicamentos? 4,2±0,8

Q5. O compromisso do farmacêutico em resolver os problemas que você tem com seus medicamentos? 4,4±0,7

Q6. A responsabilidade que o farmacêutico assume com o seu tratamento? 4,3±0,7

Q7. As orientações do farmacêutico sobre como tomar seus medicamentos? 4,3±0,8

Q8. O compromisso do farmacêutico em manter ou melhorar a sua saúde? 4,2±0,6

Q9. Privacidade nas conversas com seu farmacêutico? 4,5±0,6

Q10. O compromisso do farmacêutico em garantir que seus medicamentos tenham o efeito esperado? 4,2±0,6

Q11. A explicação do farmacêutico sobre os possíveis efeitos adversos dos medicamentos? 4,3±0,6

Q12. O tempo que o farmacêutico oferece para passar com você? 4,4±0,8

Satisfação global 4,3±0,7

Fonte: Autores (2022).


4. Discussão

A proporção de pacientes transplantados renais que tiveram pelo menos um PRM (69,2%) foi menor que Welch et al (2009).

Mendonça et al (2016) e Detoni et al (2017) encontraram dados semelhantes em estudos (Detoni et al., 2017; Mendonça et al., 2016).

pacientes major polimedicados devem ser incluídos preferencialmente no serviço de CMM, para evitar o aparecimento de PRM.

Esses achados reforçam a necessidade de monitoramento constante desses pacientes pela potencial incidência de PRM. O

número de doenças concomitantes, idade, diagnóstico de hipertensão, diabetes, dislipidemia não apresentaram

relação significativa com o número de PRM totais encontrados. No entanto, o tempo do transplante sim. Pode estar relacionado com o paciente

monitoramento, pois até os primeiros 3 meses após o procedimento as consultas médicas devem ser semanais para dosagem

ajuste de imunossupressores através da concentração sanguínea, conforme preconizado pelo protocolo brasileiro para

imunossupressão no transplante renal (Brasil, 2021).

Os PRM mais frequentes foram “uso desnecessário de medicamentos” (26,5%). Omeprazol foi o medicamento mais frequentemente associado

com uso desnecessário (76,9%). No pós-transplante, devido ao uso de imunossupressores, a profilaxia de

distúrbios com inibidores da bomba de prótons, principalmente omeprazol, são comuns. Porém, o medicamento acaba sendo usado

cronicamente, sem reavaliação quanto à necessidade de continuidade ou não da terapia. De acordo com a literatura, existem

relatos de riscos associados ao uso crônico de inibidores da bomba de prótons (Farrel et al., 2019; 2017; Ho et al., 2017; Elaine et al., 2019; 2017; Ho et al., 2017; Elaine et al.,

al., 2011). Farrel et al (2019; 2017) tem trabalhado nas diretrizes de prescrição de medicamentos como antipsicóticos,

benzodiazepínicos e inibidores da bomba de prótons, visando apoiar os profissionais de saúde envolvidos no cuidado, identificando e com segurança

gerenciamento de reações adversas de abstinência de medicamentos (Farrel et al., 2019; 2017).

O segundo PRM mais frequente foi a não adesão (22,4%). Em outros estudos, encontramos uma grande variação de 36 a 55%

(Gokoel et al., 2020; Chisholm-Burns et al, 2016; Joost et al, 2014). Foi percebido pelos farmacêuticos durante a consulta que
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os pacientes valorizaram mais o uso de imunossupressores e acreditaram que teriam maior benefício na adesão a este

terapia do que ao adjuvante. Segundo Loghman-Adham (2003), a percepção do paciente sobre o benefício do tratamento está entre os

fatores associados à baixa adesão. Assim, os pacientes acreditam que os medicamentos imunossupressores são os mais benéficos para a sua saúde.

saúde, investindo mais no uso desses medicamentos para tratar as doenças concomitantes (Loghman-Adham, 2003). Além disso, o

a etiologia da não adesão é multifatorial, com os fatores de risco mais fortes incluindo a não adesão no passado e ser adolescente

ou adulto jovem (Gokoel et al, 2020). Os PRM relacionados à não adesão estavam ligados ao uso de medicamentos concomitantes e não ao

imunossupressores.

Outro fator indiretamente relacionado à maior adesão aos imunossupressores deve-se à facilidade de agendamento da

retorno às consultas médicas, situação não vivenciada para outras doenças crônicas. Isso ocorre porque o acompanhamento da doença renal

pacientes transplantados faz parte da prestação de serviços clínicos de alta complexidade, que possui a organização mais delineada

orientações e é pouco afetada pela falta de profissionais. Portanto, em serviços ambulatoriais de baixa complexidade, como no

caso de doenças crônicas prevalentes (hipertensão, diabetes etc.), relatam usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)

interrupção no atendimento, falta de profissionais clínicos e outros problemas, o que dificulta o acesso e acompanhamento de

tratamento. Esses achados corroboram com os achados de Santana (2013) sobre a percepção do SUS pelos diferentes atores do

contexto legislativo e assistencial. Assim, o acompanhamento irregular de doenças concomitantes pode diminuir a adesão medicamentosa (Santana,

2013).

Foram resolvidos trinta e um DRP, demonstrando que o CMM é uma estratégia eficaz para a resolução de DRP. Em um

estudo de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), no qual foi utilizado o método PW, o acompanhamento dos pacientes foi

feito de forma semelhante a este estudo (sem a colaboração dos farmacêuticos locais), 53,1% dos PRM foram resolvidos. Em contraste,

Lee et al (2016) ao realizar CMM em Serviço de Farmácia Clínica em Ambulatório de Transplantes alcançou 100%

resolução do DRP. Ressalta-se que neste estudo o fato de ter um farmacêutico na equipe multidisciplinar pode

contribuíram para a alta taxa de resolução do DRP. No presente estudo, assim como em Detoni et al (2017), os farmacêuticos que

desde que o serviço do CMM fosse externo à instituição do estudo, isso poderia ser uma limitação. No entanto, o número de

intervenções aceitas (51,02%), próximo ao encontrado por Detoni et al (2017) (55,2%), foi considerável e mostra que embora

o atendimento do CMM foi realizado por farmacêuticos externos à equipe multidisciplinar do ambulatório de transplantes,

a aceitação das intervenções foi positiva (Detoni et al., 2017).

As intervenções farmacêuticas mais aceitas foram aquelas que dependiam apenas de orientação sobre o uso correto de

medicação. A modificação do esquema de administração do ácido acetilsalicílico é importante para garantir sua eficácia, pois o uso

do tacrolimus foram bem aceitos. Quanto à orientação para suspensão do tratamento com omeprazol, fica claro que o

maioria dos pacientes suspendeu após a consulta farmacêutica, pois relataram que não faziam mais uso frequente. O

restante dos pacientes que não aceitaram esta intervenção, encaminharam esta informação ao prescritor, que optou por continuar a

tratamento com inibidor da bomba de prótons.

A estratificação dos desfechos e a intervenção precoce foram relatadas em poucos estudos que acompanharam e identificaram o PRM em

pacientes transplantados renais demonstrando um campo a ser explorado pelos profissionais de saúde, especialmente farmacêuticos. Além de um

valor expressivo do PRM resolvido, o serviço do CMM conseguiu melhorar o quadro clínico dos pacientes, o que mostra que o PRM

resolução reflete diretamente na melhora do estado de saúde do paciente transplantado renal. Estudos em outras especialidades têm

conseguiu demonstrar que o CMM pode melhorar a situação clínica do paciente. Entretanto, em pacientes transplantados renais não

ter esses dados para comparação, reforçando a importância deste estudo (El Raichani et al.,2019; Lee et al.,2016).

O elevado número de respostas “excelentes” aos itens 5 e 7 demonstra envolvimento e confiança nas orientações dadas pelos

o farmacêutico. Segundo Bonadiman et al (2018), os estudos sobre a satisfação dos usuários dos serviços farmacêuticos apontam

que a relação farmacêutico-paciente existente e o ambiente são elementos importantes que podem desempenhar um papel fundamental na

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satisfação. Quanto ao ambiente, no ambulatório de transplantes, o local para as consultas era

apropriado; os atendimentos foram realizados nos consultórios, com total privacidade, o que gerou o maior número de

respostas “excelentes” ao item 9. Merece atenção o fato dos pacientes atendidos permanecerem por muito tempo no ambulatório

clínica aguardando consulta médica, com isso, os farmacêuticos aproveitaram esse momento de espera para realizar as consultas,

utilizando o tempo necessário para ouvir o relato do paciente com tranquilidade, o que pode ter refletido na maior frequência de

respostas "excelentes" ao item 12.

Este trabalho corrobora outros estudos que demonstraram que a satisfação com os serviços de saúde oferecidos está ligada à

diferentes dimensões que abrangem não só a qualidade técnica, mas a atenção recebida e a qualidade interpessoal dos

cuidados (Bonadiman et al.,2018; Arruda et al.,2017; Batbaatar et al., 2017, Foppa et al., 2014). A maioria dos pacientes que

frequentou o CMM começou a compreender o papel do farmacêutico na gestão da farmacoterapia e a importância da

esse serviço na assistência à saúde, bem como a construção da relação entre paciente e profissional. A ligação entre o paciente

e profissional é um dos pilares para o estabelecimento de uma relação de confiança, onde, através de uma escuta ativa,

identifica necessidades de saúde e, desta forma, contribui para a eficácia das intervenções farmacêuticas (Foppa et al., 2014)

É importante destacar um ponto trazido pelos pacientes e que refletiu na satisfação, refere-se à contribuição na

o manejo da farmacoterapia. Alguns pacientes relataram que as consultas com o farmacêutico eram importantes para

elucidação de dúvidas e entendimento sobre os medicamentos utilizados no tratamento. Segundo Modes e Gaíva (2013), há

maior satisfação por parte dos usuários dos serviços de saúde quando lhes é oferecido espaço para sanar dúvidas (Modes e Gaíva,

2013).

Esse resultado pode ser explicado pela assistência farmacêutica, referencial teórico utilizado pelo farmacêutico no CMM

consultas, que são centradas no paciente, focam na relação do paciente com a medicação, abordando o indivíduo de forma

de forma integral, na busca pela compreensão de questões sociais e familiares que possam estar contribuindo ou dificultando a

terapêutica (ACCP, 2021, Oliveira, 2011).

Ressalta-se que o CMM foi muito bem recebido pelos pacientes, o que reforça a importância do

continuidade desse serviço que, portanto, necessita de farmacêutico na equipe ambulatorial deste hospital. Soeiro et al. (2017)

descreve associação entre continuidade do cuidado e satisfação do paciente (Brasil,2021; Soeiro et al.,2017).

Não houve evidência de avaliação prévia de um paciente sobre o que eles acreditavam ser o medicamento clínico farmacêutico

serviço oferecido e quais competências foram importantes para a aplicação do mesmo. Correr et al (2009) afirma que esta ausência de

avaliação prévia pode levar o paciente a ter baixas expectativas em relação ao serviço e pode contribuir para o aumento da

a satisfação observada (Correr et al.,2009)

Devido às poucas publicações que avaliam as intervenções farmacêuticas em pacientes transplantados renais no Brasil, é

sugeriram que este trabalho se configurou como uma etapa importante dessa atuação profissional em indivíduos com doença crônica

doenças (Gnatta et a.,2019). Experiências bem-sucedidas de atuação do farmacêutico clínico foram relatadas no acompanhamento

de pacientes diabéticos (Moura et al.,2013) e hipertensos com hipercolesterolemia (Planas et al., 2009) Além disso,

as principais entidades clínicas farmacêuticas recomendam a atuação deste profissional no serviço ambulatorial devido à

benefícios clínicos já consolidados, também em relação à redução de custos (Mourao et al.,2013; Planas et al.,2009)

A pesquisa de satisfação retrata resultados que refletem as condições dos serviços oferecidos, ao longo de um período, e

demonstrar a qualidade e também a necessidade de melhoria contínua destes. As sugestões dos usuários são frequentemente aplicadas na prática

e ajudar na melhoria contínua do serviço. Pela relevância e necessidade de melhoria dos serviços de farmácia clínica,

são necessários mais estudos sobre a satisfação dos usuários em um serviço CMM, tanto para avaliar a qualidade do serviço prestado quanto para

orientar melhorias no manejo da farmacoterapia dos pacientes, e neste ambulatório específico reforça a

necessidade de implantação do CMM e inclusão de farmacêutico na equipe.

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As principais limitações do trabalho referem-se à disponibilidade de consultórios para atendimento aos pacientes, devido à rotina agitada do

clínica. Outro ponto limitante é que a pesquisa foi realizada por farmacêuticos que não faziam parte da equipe multidisciplinar

equipe da clínica de transplante, o que impacta na captação do paciente e diversas questões logísticas.

5. Conclusão
O presente estudo demonstrou que o CMM pode detectar PRM e atingir objetivos terapêuticos, dentro de uma abordagem holística

e melhorar a situação clínica do paciente através de intervenções individualizadas, bem como determinar quais indivíduos irão

beneficiam mais deste serviço farmacêutico.

A satisfação do utilizador com o serviço prestado é um indicador de qualidade válido que contribuirá para a sua

melhoria. Recomenda-se que a polimedicação seja critério prioritário para MMC. Finalmente, a complexidade

farmacoterapia e o número de problemas relacionados a medicamentos encontrados demonstram a necessidade da medicação abrangente

Manejo de Pacientes Transplantados Renais.

Este trabalho reforça a atuação do farmacêutico clínico diante das adversidades no tratamento ambulatorial de

pacientes transplantados renais, melhorando consideravelmente seu estado de saúde. Vários estudos demonstraram impacto clínico positivo

de CMM entre pacientes pertencentes a diversas condições clínicas (Rodis et al., 2017; Nascimento, 2009; Planas, 2009) e também

entre pacientes transplantados renais (Gnata et al., 2019; Pinheiro et al., 2019; Falcão et al, 2016). No entanto, no Brasil, encontramos

poucos estudos utilizando o CMM como método clínico de acompanhamento farmacêutico nesta população, o que reforça a necessidade de

aprofundar pesquisas sobre essa prática para fortalecer a Assistência Farmacêutica nesse segmento.

Acredita-se que seria interessante a CMM por pelo menos 12 meses para identificar e prevenir PRM além de

incluir definitivamente na equipe outros profissionais de saúde que contribuam para a melhoria da qualidade de vida desses

pacientes.

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