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1) Na mesa, são permitidos apenas este caderno, o cartão-resposta e a caneta esferográfica transparente de tinta
preta ou azul SEM A TAMPA. Demais pertences devem estar devidamente guardados embaixo da carteira.
2) Terminada a prova, entregue este caderno e o cartão-resposta ao fiscal de sala.
3) Os três últimos candidatos somente poderão deixar a sala, juntos, quando o último entregar a prova. Os três deverão
assinar a ata de sala, atestando a idoneidade e a regularidade da finalização da prova.
NO CARTÃO-RESPOSTA:
4) Confira os seus dados pessoais, número de inscrição e cargo/programa escolhido.
5) Assine e transcreva a frase impressa no cartão assim que o receber (cartões entregues sem a assinatura e/ou sem
a transcrição da frase NÃO serão corrigidos).
6) Marque a alternativa correta de acordo com a ilustração instrutiva. A bolinha deve estar completamente preenchida,
caso contrário sua resposta poderá não ser computada. Somente as respostas nele assinaladas serão objeto de
correção.
Atenção: Por motivo de segurança, o candidato NÃO poderá anotar seu gabarito em nenhum outro local que não seja
seu cartão-resposta.
NO CADERNO DE QUESTÕES:
7) Verifique, somente após autorização para o início da prova, a numeração das questões e das páginas (havendo
irregularidade no material, comunique ao fiscal de sala).
8) Não arranque, destaque ou rasgue nenhuma folha ou parte dela.
Atenção: Por motivo de segurança, este caderno NÃO poderá ser levado pelo candidato em nenhum momento.
Todos os casos e nomes utilizados nas provas do CEPUERJ são fictícios.
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1) De acordo com a Portaria nº 2.528/2006, que aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa
(PNSPI), a estrutura de atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa compreende que a:
2) Na Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), o princípio organizativo que
contempla estratégias para resgatar a visão integral do sujeito e sua participação no processo de
construção de respostas para suas necessidades, considerando as diferentes fases da vida, as demandas
de gênero e orientação sexual, é a:
a) transculturalidade
b) multilateralidade
c) multidiversidade
d) transversalidade
3) A saúde no Brasil, em seu conceito ampliado, tem como determinantes e condicionantes, entre outros,
a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a
atividade física, o transporte, o lazer e o acesso a bens e serviços essenciais, níveis que em conjunto
expressam:
4) A distribuição, o apoio e a divulgação da Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde nos serviços de
saúde, garantindo o respeito ao uso do nome social, constituem um(a):
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5) Dois adolescentes, um de 14 anos e outro de 16 anos, procuraram uma unidade de saúde para adquirir
preservativos masculinos e gel lubrificante, bem como receber orientação sobre práticas seguras de
relações sexuais entre casais do mesmo sexo. Não foram atendidos, sob a alegação de que não havia, na
região de sua moradia, nenhum serviço de saúde que tivesse programas específicos voltados para
adolescentes LGBTQIA+. Nesse caso, houve:
a) desrespeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no que concerne aos direitos dos
adolescentes LGBTQIA+, conforme art. 75
b) falha do Estado ao não oferecer atenção e cuidado à saúde de adolescentes LGBTQIA+, conforme
preconiza a Política Nacional de Saúde Integral LGBT (PNSILGBT)
c) responsabilidade na assistência relacionada às questões de cunho sexual a adolescentes, pois não
havia a anuência de seus responsáveis, conforme prevê o Estatuto das Famílias (PL nº 3.369/2015)
d) atenção do Estado, uma vez que esse não deve estimular relacionamentos dessa natureza entre
adolescentes, dada a sua imaturidade subjetiva e biológica, conforme preconiza o Conselho Federal de
Medicina (CFM)
6) Mexko e Benelli (2022), ao analisarem a Política Nacional de Saúde Mental, afirmam que a Reforma
Psiquiátrica brasileira proporcionou a mudança do cuidado em saúde mental, privilegiando um modelo de
atenção na superação de um outro. Os dois modelos antagônicos analisados pelos autores foram:
7) Passarinho (2022), ao analisar os retrocessos na Política Nacional de Saúde Mental, aponta o ano de
2010 para a inflexão da política pública, enumerando uma série de fatos históricos e de normativas que se
seguiram até 2019, como a nota técnica nº 11. O dispositivo assistencial comum em todos os documentos
e eleito como serviço da “nova” política é:
a) consultório na rua
b) hospital psiquiátrico
c) comunidade terapêutica
d) centro de atenção psicossocial
8) Prudencio e Senna (2022), ao estudarem a Política de Atenção Integral aos Usuários de Álcool e outras Drogas,
citam as seguintes concepções que apontam para lógicas distintas operadas no campo assistencial:
a) abstinência e internação
b) proibicionismo e abstinência
c) redução de danos e internação
d) proibicionismo e redução de danos
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9) Segundo Albrecht (2022), o Movimento da Luta Antimanicomial foi marcado por acontecimentos no ano
de 2001, como a aprovação da Lei da Reforma Psiquiátrica, a III Conferência Nacional de Saúde Mental e
o V Encontro Nacional do Movimento da Luta Antimanicomial. Foi nesse contexto que ocorreu a sua cisão
em duas organizações distintas denominadas:
a) Rede Internúcleos da Luta Antimanicomial (RENILA) e Frente Nacional de Negras e Negros da Saúde
Mental (FENNASM)
b) Movimento Nacional da Luta Antimanicomial (MNLA) e Rede Internúcleos da Luta Antimanicomial (RENILA)
c) Frente Nacional de Negras e Negros da Saúde Mental (FENNASM) e Frente Estamira de CAPS
d) Frente Estamira de CAPS e Movimento Nacional da Luta Antimanicomial (MNLA)
10) Guljor e Pinho (2023) criticam a hegemonia da contrarreforma psiquiátrica, principalmente na política
de álcool e outras drogas que, através das medidas infralegais e de financiamento, fez com que os CAPS
deixassem de ser estratégias prioritárias financiadas pelo SUS. Esses autores apontam que a gênese
desse revés, semelhante à indústria da loucura antes da Reforma Psiquiátrica, deve-se ao plano
governamental intitulado plano:
12) Duarte et al. (2023) afirmam que as comunidades terapêuticas têm sido um recurso na contenção dos
indesejáveis no contexto ultraneoliberal brasileiro, uma vez que elas são um meio:
13) Passos (2020) considera ser fundamental o reconhecimento das particularidades da formação social
brasileira na reconstrução das análises e dos percursos no campo do cuidado em saúde mental. Isso
acontece, especialmente, na problematização do(a):
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14) O saber e o poder do discurso biomédico marcam as normatizações que compõem a implantação do
processo transexualizador no SUS. Santos e Almeida (2023) citam, como exemplo desse poder, a portaria
GM/MS nº 1.707/2008, que apresenta considerações pautadas no conceito de:
a) transexualismo
b) pansexualismo
c) bipolaridade de gênero
d) disforia de orientação sexual
15) Silva e Marques (2023) relacionam as construções acerca do corpo negro masculino com a produção
de subjetividade cujas determinações são pautadas pelo racismo. Sinalizam que a sexualidade não se
reduz às práticas sexuais, mas são uma expressão do ser, dizendo respeito, portanto, à:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
16) No âmbito do SUS, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é constituída de diversos dispositivos que
devem operar na lógica do cuidado em liberdade, respeitando a cidadania e os direitos humanos de quem
está em sofrimento psíquico ou tem necessidades decorrentes do uso de crack e álcool. Os dispositivos
de base territorial e comunitária que operam nessa lógica são:
17) Mulher de 25 anos, residente no município do Rio de Janeiro, procura unidade de urgência e emergência.
A mãe, que a está acompanhando, relata que há 15 dias a jovem tem falado sozinha, ouvido vozes e visto
pessoas e, desde então, está sem dormir, não se alimenta e tem ficado pouco em casa. A mãe afirma ainda
que está sobrecarregada cuidando da neta e que precisou assumir todas as contas do lar. Ao ser indagada,
a jovem relata que, há 30 dias, faz uso de cocaína e, às vezes, crack. Com propósito de dar continuidade ao
cuidado, o dispositivo de tratamento indicado pela enfermeira é:
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18) O cuidado às pessoas em uso prejudicial de álcool e outras drogas, no Brasil, tem mostrado desafios,
diante da onda conservadora e moralista que atravessa as práticas de cuidado dos profissionais da saúde,
principalmente em situação de maior gravidade e complexidade. A atenção no acompanhamento dessas
pessoas pelo enfermeiro que compõe a RAPS deve observar os seguintes aspectos:
a) tipo de substância psicoativa que o sujeito consome, rede de suporte que ele possui e lógica de tratamento
centrada na pessoa e não no contexto em que vive
b) uso e abuso de substâncias psicoativas que sejam pautadas no saber biomédico que considere o sujeito
e suas vicissitudes e a potencialização do trabalho em equipe interdisciplinar
c) frequência do padrão de uso de álcool e outras drogas, construção de Projeto Terapêutico Singular (PTS)
que dialogue com as reais necessidades dos sujeitos e qualificação da equipe
d) padrão de consumo das drogas ilícitas, elaboração de PTS que vise à abstinência e a qualificação dos
recursos comunitários, como alcoólicos anônimos (AA) e narcóticos anônimos (NA)
19) O enfermeiro, como componente da equipe multiprofissional de um CAPS AD III, torna-se essencial e
estratégico para a sustentação do trabalho da atenção psicossocial. No acolhimento noturno, ele tem como
atribuição a:
a) elaboração de diagnóstico psiquiátrico que proporcione a inclusão do médico como parte integrante da
equipe multidisciplinar; viabilização de intervenções em equipe, de forma acolhedora e humanizada,
para o conforto e o bem-estar do usuário e de seus familiares
b) sistematização do diagnóstico de enfermagem, com vistas à qualificação do trabalho da equipe de
enfermagem, incluindo técnicos de enfermagem; acompanhamento do quadro para garantia do tempo
no acolhimento, que não pode ultrapassar 14 dias
c) criação de estratégias psicossociais que não tenham como eixo orientador o diagnóstico; construção de
ferramentas tecnológicas do cuidado que sustentem o acolhimento noturno, a partir do tempo
determinado pela equipe multidisciplinar
d) construção de PTS que possibilite uma escuta ativa, sensível e qualificada; atenção contínua ao usuário
e à família, na perspectiva da redução de danos
20) A atenção básica trabalha, no âmbito individual e coletivo, a infância e a adolescência enquanto
ordenadores do cuidado no território, visando à garantia da saúde integral e proporcionando atenção
especial aos aspectos subjetivos que atravessam a vida nessas faixas etárias. Assim, a atenção básica,
no cuidado em saúde mental desses indivíduos, deve:
a) considerar o contexto em que vivem, incluir a dimensão de gênero, raça e classe social e as
possibilidades de acesso a bens e serviços, visando a uma avaliação que não reduza os aspectos de
sofrimento a diagnósticos psiquiátricos e à medicalização
b) criar estratégias de promoção e prevenção à saúde mental, a partir do território de ação da unidade de
saúde, potencializando ações de acesso às escolas, CAPSi, ambulatórios e hospitais psiquiátricos, com
intuito de ampliar e compartilhar as ações
c) definir estratégias de cuidado que sejam condizentes com o contexto em que convivem, incluindo
aspectos biológicos e psíquicos, principalmente com vistas à identificação de sintomas precoces para
se obter um bom diagnóstico
d) determinar que os pais e as escolas acionem as unidades especializadas no tratamento, garantindo a
eficiência e a eficácia no diagnóstico e no tratamento
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21) O Serviço Residencial Terapêutico, que se constitui de moradias às pessoas com transtornos mentais
graves, tem como objetivo:
22) A interdisciplinaridade amplia a potência das propostas de cuidado na saúde mental, pois possibilita o
alcance da integralidade nos planos de vida dos sujeitos e seus coletivos. Além disso, favorece a
integralidade na produção do cuidado em saúde mental quando:
23) A saúde mental é produzida a partir de processos sociais influenciados por determinações identitárias
que podem ser compreendidas, pela ótica da interseccionalidade, como forma de:
a) analisar as relações entre diferentes diagnósticos psiquiátricos e como eles se interconectam
produzindo estereótipos
b) caracterizar os sentimentos e comportamentos a partir da divisão sexual entre homens e mulheres
c) olhar para o sujeito em sua diversidade, tanto nas possibilidades quanto nas opressões
d) definir a loucura organicamente, tanto pelo grau de isolamento quanto de desvio social
24) A pandemia da Covid-19 e seus desdobramentos provocaram mudanças nos processos de trabalho dos
serviços de saúde mental, para que fosse possível cuidar de pessoas em tempos de redução da circulação e das
atividades nos CAPS. Destaca-se, nesse processo, a potência das tecnologias leves, compreendida como o(a):
a) utilização de serviços virtuais de compartilhamento de arquivos na nuvem, de modo a facilitar a
comunicação entre os profissionais desses serviços
b) uso de aparelhos que dispõem de aplicativos de mensagens e acesso à internet, possibilitando a
constante busca de informações sobre os usuários
c) organização de visitas domiciliares nas residências dos pacientes, a fim de proporcionar a interdição da
cadeia de transmissão da Covid-19
d) resgate do protagonismo dos usuários em seu cuidado, agenciado pelos encontros estabelecidos entre
usuários, familiares e trabalhadores
25) Considerando o tema das drogas na atualidade e a centralidade que as comunidades terapêuticas
vêm tomando na RAPS do Estado do Rio de Janeiro, afirma-se que o aumento do incentivo financeiro às
Comunidades Terapêuticas está relacionado à:
a) atuação da segurança pública na redução da criminalidade e tráfico de drogas
b) política conservadora e reacionária de tratamento da questão das drogas
c) diminuição da violência relacionada ao uso de substâncias
d) política de redução de danos no Rio de Janeiro
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