Mentoria Nem - 2024

Mentoria
Apoio para jovens

sonhadores
Realização
INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO
PRESIDENTE
Marcos Antônio Magalhães
CONSELHEIRO
Alberto Chinen
EQUIPE DE DIREÇÃO
Juliana Zimmerman
Liane Muniz
Thereza Barreto
CRÉDITOS DA PUBLICAÇÃO
Organização: Thereza Barreto
Coordenação: Amália Ferreira e Solange Leal
Supervisão de Conteúdo: Thereza Barreto
Redação: Thereza Barreto
Leitura crítica: Alberto Chinen, Amália Ferreira e Rayssa Winnie
Edição de texto: Instituto Qualidade no Ensino
Revisão ortográfica: Neuza Pontes e Cristiane Schmidt
Projeto Gráfico e Diagramação: Instituto Qualidade no Ensino
Agradecimento pelas imagens cedidas: Thereza Barreto
INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO

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1ª Edição | 2021
© Copyright 2021 - Instituto de Corresponsabilidade pela Educação. “Todos os direitos reservados”
2 Mentoria • Apoio para jovens sonhadores • Ensino Médio

Índice
• Caro Professor Mentor 5
• São muitos os caminhos para apoiar o jovem 6
• Uma introdução ao Caderno 7
• A Mentoria no Ensino Médio 8
• A metodologia 9
• Ideias para inspirar o seu planejamento 10
• A agenda do Professor Mentor 11
• Os temas de trabalho comuns às 1ª, 2ª e 3ª séries 12
• A Mentoria na 1ª série 27
• Temas propostos para a composição das aulas de Mentoria - 1ª série 29
• A Mentoria nas 2ª e 3ª séries 31
• Temas propostos para a composição das aulas de Mentoria - 2ª e 3ª 32

séries
34
• Para concluir
Mentoria • Apoio para jovens sonhadores • Ensino Médio 3

Caro Professor Mentoria,
A construção de um Projeto de Vida é uma tarefa complexa e necessária, mas não tem
que ser solitária.
O projeto é único, individual e autoral! Além disso, é uma tarefa que pode ter um percurso
não muito fácil, mas, certamente, fica mais rica em virtude das experiências, aprendiza-
dos, personagens e cenários que vão sendo incorporados pelo seu autor.
Sim, na Escola da Escolha muito se fala sobre a importância de apoiar os estudantes na

construção dos seus Projetos de Vida, seja por meio das aulas ou por um conjunto imenso
de ações presentes no Projeto Escolar.
Aqui concentramos nosso foco em orientar os professores numa das ações de reconhecida
importância: a Mentoria.
Com o advento da Base Nacional Comum Curricular, a Escola da Escolha introduziu uma série
de mudanças no Modelo, adequando e concebendo novas Metodologias de Êxito, bem como
criando processos e práticas para atender as necessidades demandadas a partir da
flexibilização e diversificação curricular enfatizadas no Ensino Médio.
Dessa forma, a Mentoria é uma dessas inovações, não necessariamente no conceito,

mas no método, porque passa a ter presença na arquitetura curricular e a ser oferecida
indistin-tamente de maneira estruturada a todos os estudantes.
No Caderno de Formação - Rotinas e Práticas Educativas, é possível encontrar

todos os elementos teóricos e conceituais da Mentoria. Antes da implantação do
Ensino Médio, a Mentoria foi desenvolvida na Escola da Escolha como uma prática
educativa, com método, porém não estruturada com carga horária na matriz e uma
agenda específica e enfoques distintos para cada uma das séries.
As especificidades do Ensino Médio inspiraram o ICE na concepção de novas Metodologias de

Êxito e na revisão de algumas práticas, das quais a Mentoria faz parte. Assim, a Mentoria não
sofreu alterações no seu conceito nem na sua fundamentação, mas sofreu alterações na sua
apli-cação porque adquiriu método e contornos mais estratégicos junto aos estudantes
quanto aos processos de escolha e decisão tratados com mais ênfase no Ensino Médio.
Esse Caderno foi concebido como forma de apoiar o Professor Mentor no

desenvolvimento do método da Mentoria, totalmente fundamentada nos elementos
teóricos e conceituais existentes e presentes no Caderno de Formação - Rotinas e
Práticas Educativas.

São muitos os caminhos para apoiar o jovem
Na Escola da Escolha muitos são os caminhos e as formas para apoiar os estudantes nesse
período das suas vidas em que, como nos diz poeticamente a banda de rock Titãs, parece
que as coisas acontecem “tudo ao mesmo tempo agora”.
São muitas as transformações e as descobertas sobre si mesmos, suas identidades e os

seus corpos; sobre o mundo e o seu papel na sociedade, assim como são imensos os para-
doxos que surgem com as experiências vividas e compartilhadas. O universo de amigos se
expande para uns e, para outros, o mundo parece caber dentro do seu bolso.
Muitos querem viver a vida ao máximo, mas ainda não entendem plenamente o que isso signifi-
ca, pois a falta de experiências ainda não lhes permite ter uma visão clara sobre essa resposta.
Muitos experimentam essa passagem com originalidade, entusiasmo e novas perspecti-

vas, mas esse pode não ser um processo simples, mesmo para aqueles que parecem estar
claramente comprometidos com os seus valores e com a criação de uma visão de futuro.
Criar e manter bons relacionamentos, cultivar formas e mecanismos de lazer e participa-

ção social, cuidar de si e do seu bem-estar, atender as necessidades de sua vida escolar
são apenas algumas das tarefas da juventude. No entanto, para construir uma visão de fu-
turo é preciso dedicar tempo para novos aprendizados e estes dizem respeito às escolhas
e decisões inerentes à construção do seu mais sofisticado projeto: o seu Projeto de Vida.
Esse é um tema especialmente amplo que interessa à Equipe Escolar por reconhecer a cons-
trução do Projeto de Vida dos estudantes como questão central da arquitetura curricular.
Para isso, concebemos este Caderno.

Uma introdução ao Caderno
Os estudantes chegaram ao Ensino Médio! Além da ansiedade em torno das imensas no-
vidades que o Projeto Escolar traz, certamente, há muita curiosidade e expectativa em
torno dos apoios que receberão para conhecer o universo de escolhas e decisões inerentes
à construção dos seus Projetos de Vida, uma das tarefas de sua rotina a partir de agora.
Eles conhecerão muitas possibilidades, alternativas e escolhas. Conhecerão como cons-

truir um processo de decisão, amadurecerão os seus conhecimentos e compreenderão
porque isso é tão importante.
Serão muitas as reflexões sobre os caminhos a escolher e as decisões a tomar sobre a sua
formação, levando-os ao ingresso no mundo produtivo e na sociedade de maneira mais ampla.
Há muita complexidade e igualmente beleza nesse processo. Em especial porque ele não é
solitário. Ao contrário, você acompanhará o processo de maneira muito próxima em toda
essa construção. Aqui o seu apoio é imprescindível, porque além de se importar e de se
preocupar com ele, você traz um acervo muito próprio de experiências e conhecimentos
que lhes serão importantes.
Certo é que as escolhas e decisões são individuais, mas a sua construção pode ser um
processo muito rico de trocas e compartilhamento de ideias, de reflexões e ponderações
– sempre fruto das experiências e acervos de cada um.
Você, professor, assume aqui a importante missão de acompanhar os estudantes na cons-

trução desse processo, apoiando-os na elaboração do seu próprio marco lógico para fazer
as suas escolhas e decisões, para que compreendam com clareza a importância da con-
vergência entre as suas ambições e expectativas e os esforços destinados a realizá-las.
É disso que trata este Caderno intitulado Mentoria - Apoio para jovens sonhadores. Ele
faz parte das estratégias do ICE para apoiar os estudantes do Ensino Médio da Escola da
Escolha naquilo que é o seu foco, seja o ingresso na universidade, a inserção no mundo
do trabalho ou outra área do campo produtivo, numa ação que complemente a sua
formação de orientação acadêmica.
Na Escola da Escolha, a Mentoria acontece pela interação pedagógica na qual o Pro-

fessor Mentor acompanha e se comunica de forma sistemática com os estudantes
mentorados, bem como planeja o seu desenvolvimento, sempre avaliando a eficiência
das suas orientações.

Aqui você não encontrará fórmulas ou prescrições, mas compartilhamento de conheci-
mentos e de experiências acumulados pelo Instituto, ao longo da sua existência, colocados
à disposição para a sua atuação como Professor Mentor.
O resultado é um conjunto de referências, temas e orientações fundamentais para os

es-tudantes que ingressam no Ensino Médio da Escola da Escolha, para que possam
chegar a 3ª série com as definições acerca de suas escolhas e decisões para a
construção dos Projetos de Vida.
Seu conteúdo deve ser trabalhado em diferentes perspectivas, que incluem não só as ne-
cessidades de compreensão sobre os desafios inerentes a essa etapa de ensino que agora
se inicia, mas também a importância de se manterem firmes diante das dificuldades e dos
obstáculos a serem superados, tendo em vista aquilo que pretendem planejar como seus
Projetos de Vida.
A Mentoria no Ensino Médio
Este Caderno se destina aos Professores Mentores em sua ação junto aos
estudantes das 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio, com enfoques específicos para
atendimento das suas necessidades.
As aulas são semanais e com focos destinados a dois grupos independentes: 1ª série
e 2ª/3ª séries. A Mentoria é conduzida pelo professor designado para tal, mas este
certa-mente deve ser um trabalho compartilhado, sobretudo, entre os professores de
Projeto de Vida e Estudo Orientado.
Na consideração do espírito trazido pelo Ensino Médio quanto ao protagonismo do

estudante diante das suas escolhas atuais e futuras, a Mentoria se consolida como
Metodologia de Êxito de expressiva relevância.
As características que o currículo do Ensino Médio apresenta, em especial, pela

flexibilização e diversificação curricular na oferta de áreas de integração dos Itinerários
Formativos, evidenciam claramente a necessidade de apoiar distintamente os
estudantes da 1ª série quanto às suas escolhas e decisões sobre qual Itinerário cursar a
partir do ano letivo seguinte e, junto aos estudantes das 2ª e 3ª séries, quanto ao
desenvolvimento de ações e posturas diante das escolhas realizadas a serem
materializadas no percurso do Itinerário escolhido.

A metodologia
A Mentoria foi originalmente concebida na Escola da Escolha como uma Prática Educativa
e se encontra descrita e fundamentada no Caderno de Formação – Rotinas e Práti-
cas Educativas para o qual recomendamos a sua leitura e estudo. Tal como apresentada,
a Mentoria continua orientada pelos mesmos princípios e, no entanto, passa a agregar
características de uma Metodologia de Êxito, tendo em vista que agora integra a matriz
curricular e um método estruturado de trabalho.
Diferentemente do conhecido material de aulas de Projeto de Vida, este Caderno da “Mentoria –

Apoio ao jovem sonhador” não traz aulas, mas um conjunto robusto de referências, temas
e orientações para auxiliar os Professores Mentores na organização dos seus trabalhos,
no apoio a seus estudantes neste momento de ingresso no Ensino Médio, em virtude do imenso
universo de novidades que podem ser determinantes para o Projeto de Vida dos estudantes que
agora iniciam a sua elaboração.
O mesmo atende aos estudantes das 2ª e 3ª séries, para quem muitas escolhas e
decisões já foram tomadas e cujo processo de construção dos Projetos de Vida se
encontra em curso e em direção a sua finalização.
O conteúdo que apresentamos neste Caderno poderá ser utilizado da forma que melhor
se adequar ao trabalho idealizado por você, Professor Mentor, considerando sua opção
metodológica (debates, oficinas, painéis, seminários, palestras etc.).
Dica!
Você pode usar as indicações bibliográficas para ampliar a sua leitura
sobre a Mentoria e buscar inspiração para atividades e dinâmicas.

Ideias para inspirar o seu planejamento
. Apresente e discuta com os estudantes, o tema “Mentoria – Apoio para

jovens sonhadores”. Uma boa opção é organizar sessões (o tempo das
aulas) sob a forma de seminários dedicados a cada um dos temas a serem
trabalhados.
. Converse com os estudantes sobre a importância de estudar não apenas para

os testes, exames ou provas, mas pelo prazer de aprender algo. Para tal,
use exemplos reais de pessoas bem-sucedidas nas suas áreas e para
quem foi imprescindível estudar.
. Reforce que alcançar metas, realizar projetos, obter aquilo que se

deseja implica em uma boa dose de esforços e competências.
Necessariamente deve haver um claro equilíbrio entre esforços e
expectativas. Se o es-tudante não se encontra disposto a dedicar tempo,
ter perseverança dian-te dos obstáculos e determinação para descobrir o
que não conhece ainda, é bom pensar na diminuição das suas
expectativas. No entanto, o melhor caminho é sempre estimulá-lo a
enfrentar e, ao contrário, manter as suas expectativas sempre altas,
exequíveis e seus esforços no mesmo nível.
. Crie um painel de comunicação para lembretes, dicas, curiosidades, textos

curtos e interessantes, notícias e conteúdos que possam manter os
estudantes sempre em contato com o Professor Mentor, ainda que não estejam
em ação na sala de aula.
. Mantenha-se permanentemente atualizado sobre as informações relativas

ao mundo do trabalho e processos seletivos.
. Organize e mantenha os resultados acadêmicos dos estudantes

atualizados, bem como os encaminhamentos definidos após os Conselhos
de Classe.
. Mantenha o alinhamento e integração entre a Mentoria, os demais

professores e a Coordenação de Área , pois é imprescindível para o
desenvolvimento do trabalho. Quanto mais coordenado e alinhado o
Professor Mentor estiver junto aos professores de Estudo Orientado, Pós-
Médio e Projeto de Vida, mais sentido o seu trabalho terá junto aos estudantes
e mais impacto no processo de aprendizagem dos temas ainda pouco comuns
em suas vidas, a exemplo da escolha e da decisão em torno dos Itinerários
Formativos.

A agenda do professor mentor
Os estudantes devem conhecer e compreender o papel do Professor Mentor em suas vidas

e como a Mentoria é efetivada.
A Mentoria é realizada semanalmente e de maneira coletiva. No entanto, é fundamental que

os estudantes tenham clareza que podem contar com o seu Professor Mentor em outros
momentos, além daqueles previstos na agenda semanal de aulas. É importante assegurar a
oferta de apoio em momentos de imprevistos, se possível com arranjos de horários articu-
lados entre estudantes, Professores Mentores e outros professores, se for o caso.
Os temas da agenda
Os temas presentes na agenda de trabalho do Professor Mentor junto aos estudantes
das 1ª, 2ª e 3ª séries são:
• conhecer os estudantes – um aspecto comum ao Professor Mentor junto

às três séries do Ensino Médio reside, obviamente, em conhecer os estudan-
tes, suas histórias de vida, sua composição familiar, seus hábitos de estudo e
de lazer, suas expectativas e outros elementos inerentes às suas
biografias. Os dados são atualizados a cada ano (ou sempre que se fizer
necessário) pelo Professor Mentor e fazem parte dessa sua primeira grande
tarefa;
• identificar as habilidades já desenvolvidas e que fortalecem a postura do

estudante diante do estudo e da aprendizagem, bem como as suas necessi-
dades. Isso é fundamental para que ele possa acompanhar adequadamente
o desempenho dos estudantes;
• monitorar o desempenho – ao longo das 1ª, 2ª e 3ª séries , desenvolver

um processo sistemático de acompanhamento que permita o
monitoramento do desempenho dos estudantes. Isto é essencial para
apoiá-los na reflexão constante sobre a compatibilidade entre os seus
esforços, ambições e expectativas em relação aos seus Projeto deVida;
• coordenar o processo de Eleição do Líder de Turma – como apoio à forma-

ção do protagonismo, a realização da escolha do Líder de Turma é um tema
que envolve não apenas o Professor Mentor, mas também o Gestor Escolar;

• coordenar a participação dos Líderes de Turma no Conselho de Classe
– a presença dos estudantes no Conselho de Classe demanda apoio em
duas ações muito específicas: o Pré-Conselho e o Pós-Conselho, uma vez
que a configuração do Conselho de Classe do Ensino Médio da Escola
da Escolha apresenta-se numa metodologia diferente da que
usualmente se observa nas escolas brasileiras.
Esses temas fazem parte da sua agenda e são comuns às 3 séries do Ensino Médio,
embora existam temas muito específicos sobre os quais o Professor Mentor deve
atuar em cada série. Isso ocorre em virtude das singularidades trazidas pelo Ensino
Médio da Escola da Escolha, que posiciona o Professor Mentor com novas atribuições
diante da preciosa tarefa de apoiar o jovem estudante na condução das suas escolhas
e tomadas de decisão, inerentes à construção do seu Projeto de Vida.
Na escola, são muitos os atores diante dessa construção – Gestores, Coordenadores,

Professores, Mentores e demais membros da Equipe Escolar, cada um com suas contri-
buições e todos atuando na plenitude do exercício da Pedagogia da Presença.
Os temas de trabalho comuns às

1ª, 2ª e 3ª séries
CONHECER OS ESTUDANTES E A TURMA
Aulas dedicadas à elaboração de uma “grande biografia” dos estudantes das turmas, com
o levantamento de dados pessoais usuais (nome, série/turma, idade, nascimento e
endereço) acrescidos de outros, como a composição familiar, histórico da vida escolar,
hábitos de estudo e lazer e expectativas quanto ao Projeto de Vida1.
A seguir, um modelo com ideias para a composição da biografia.
1 O ICE recomenda a cada início de ano a aplicação de um questionário socioeconômico e de expectativas jun-
to aos pais/responsáveis pelos estudantes e encaminha um modelo para a Equipe de Implantação da Secretaria
de Educação.

DADOS BIOGRÁFICOS
a) Nome
b) Série/Turma
c) Data de nascimento
d) Endereço
COMPOSIÇÃO FAMILIAR
a) Nome dos pais/responsáveis
b) Com quem o estudante reside
c) Dados do responsável e com quem o estudante reside (pais, irmãos, padrinhos, avós, outros):
1. Parentesco
2. Idade
3. Formação básica
4. Profissão
5. Condição laboral (aposentado, empregado, desempregado, ocupado...)
VIDA ESCOLAR
a) Situação na série anterior (se aprovado ou reprovado)

b) Apoio pedagógico (se necessitou de apoio na série anterior)
c) Educação Infantil (se cursou ou não)
d) Ensino Fundamental (se em escola pública ou privada, se repetiu alguma série ou não)
HÁBITOS DE ESTUDO E LAZER
a) Ambiente para estudo e realização de tarefas (se dispõe de ambiente e qual)
b) Componentes curriculares preferidos e o motivo
c) Componentes curriculares dos quais não gosta e o motivo
d) Recursos (se dispõe de computador, impressora, celular, tablet e biblioteca em casa)
e) Deslocamento entre a residência e a escola (forma e o tempo de deslocamento)
f) O que costuma fazer como lazer (qual atividade e com que frequência)
g) Prática esportiva (qual atividade e com que frequência)
HÁBITOS ALIMENTARES E CONDIÇÕES DE SAÚDE
a) É pessoa com deficiência? Qual?
b) Tipo sanguíneo
c) Doença crônica? Qual?
d) Terapia permanente? Qual e com que frequência?
e) Alergia? Qual?
f) Uso de medicamento (indicação e tipo)
g) Horas de sono diárias (a que horas costuma ir dormir)

Não importa o modelo, indica-se que a biografia a ser construída traga as informações impres-
cindíveis sobre o estudante e que devem ser de conhecimento do Professor Mentor, sempre
considerando que o seu apoio não se limita à vida acadêmica do estudante, mas o Professor
Mentor é também um mediador da sua vida socioafetiva.
MONITORAMENTO DO DESEMPENHO, NECESSIDADES E FORÇAS DOS ESTUDANTES
Em profunda articulação com o professor de Estudo Orientado, o Professor Mentor desem-

penha um papel importantíssimo na identificação das habilidades já desenvolvidas e que
fortalecem a postura do estudante diante do estudo e da aprendizagem, bem como das
suas necessidades. Isso é fundamental para que ele possa monitorar adequadamente
o desempenho dos estudantes ao longo das 3 séries e apoiá-los na reflexão constante
sobre a compatibilidade entre os seus esforços, ambições e expectativas em torno do
seu Projeto de Vida.
Nesse sentido, fazer uso de um instrumento para acompanhamento periódico associado

aos Guias de Ensino e de Aprendizagem pode ser de extremo valor para os estudantes e de
fácil observação e análise pelo Professor Mentor.
A elaboração desse instrumento pode, inclusive, fazer parte de uma das atividades coorde-
nadas pelo Professor Mentor junto aos professores e estudantes.
A seguir, um modelo com ideias para a composição do instrumento alinhado ao Guia de

Ensino e de Aprendizagem.

Monitoramento do meu desempenho escolar
COMPONENTES FREQUÊNCIA
PROFESSOR TURMA BIMESTRE
CURRICULARES ESTUDANTE
Faltas do estudante
Nome da disciplina Nome do professor Turma Bimestre
no bimestre
HABILIDADES
CONTEÚDO PROGRAMADO STATUS* DESEMPENHO OBTIDO
COGNITIVAS
Conteúdo programado pelo professor Situação Habilidades cognitivas

Desempenho obtido pelo
e que consta no Guia de Ensino e de conforme * desenvolvidas pelo
estudante no bimestre
Aprendizagem abaixo estudante
* (MC) ministrado e cursado, (MNC) ministrado e não cursado, (NM) não ministrado
SITUAÇÕES DIDÁTICAS
HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS AUTOAVALIAÇÃO
IMPORTANTES
Habilidades socioemocionais Aulas importantes para as quais deve Como o estudante

desenvolvidas pelo estudante haver mais atenção e dedicação se autoavalia
PLANO DE ATIVIDADES E ESTUDOS APOIOS PRAZO
Atividades a serem desenvolvidas pelo estudante como plano para superação das A quem o O prazo
dificuldades encontradas e/ou para fortalecimento dos avanços identificados estudante vai definido
recorrer como pelo
apoio estudante

LIDERANÇA DE TURMA É ASSUNTO DO PROFESSOR MENTOR2
Um tema imprescindível a ser discutido com os estudantes é como a Mentoria os apoia,

com quem ela conta e os seus mecanismos de trabalho. Dar visibilidade à presença
dos Coordenadores de Itinerários Formativos (ainda que os estudantes da 1ª série não
cursem os Itinerários Formativos) é importante para familiarizá-los com esse “novo
universo”.
No vasto conjunto de ações realizadas pelo Professor Mentor também está a

coordenação da Eleição do Líder de Turma – oportunidade que os estudantes têm para
aprender muitas coisas indispensáveis na sua formação como protagonistas e no
desenvolvimento dos seus Projetos de Vida.
Essa eleição demanda um processo anterior de preparação junto aos estudantes

acerca da compreensão sobre a função e a importância do Líder de Turma, assim como
em relação à experiência de ser liderado e de liderar por um período determinado, o que
sempre deve ser acordado entre os estudantes.
Esse processo é composto de seis (6) fases, conforme descritas a seguir 3:
2 A eleição do Líder de Turma é apresentada como sendo uma atividade a ser realizada com os estudantes
da 1ª série, mas também é realizada junto aos estudantes das 2ª e 3ª séries, caso o mandato seja anual. A
duração do mandato do Líder de Turma pode variar, sendo sempre fruto dos acordos realizados entre os
estudantes e a Gestão Escolar, e previsto no Regimento Escolar.
3 Para apoiar o processo de preparação da eleição, o Caderno do Protagonista – Líder de Turma é imprescindível.

FASE 1
APRESENTAÇÃO DA
LIDERANÇA DE TURMA
Responsável: Gestão Escolar com o apoio dos Professores Mentores.
Quando: no segundo mês de aula.
Duração: 50 minutos.
Participantes: todos os estudantes da escola.
O que é: a Apresentação da Liderança de Turma é a atividade realizada pela Gestão

Escolar para apresentar a todos os estudantes
• como se realiza a Liderança de Turma;

• as tarefas do Líder e dos colegas da sua turma;
• a seriedade e a importância da existência dos Líderes de Turma;
• como os Líderes de Turma atuam pelo sucesso do Projeto Escolar;
• os critérios que definem o perfil desejado e indicado para a atuação como Líder.
Como: o Gestor da escola, com o apoio do Professor Mentor, organiza reuniões com
cada série (1ª, 2ª e 3ª séries) para fazer essa apresentação com aproximadamente 50
minutos de duração.

FASE 2
O QUE SIGNIFICA LIDERAR

E A IMPORTÂNCIA DE
ESCOLHER BEM O SEU LÍDER
Responsável: Professor Mentor.
O que é: um conjunto de atividades realizadas pelo Professor Mentor com o apoio

da Coordenação Pedagógica (esta nomenclatura pode variar,a depender da estrutura
das escolas) para apresentar a todos os estudantes
• o que significa liderar;
• o que faz um Líder ser uma boa liderança;
• esclarecimentos sobre a seriedade e a importância da escolha dos Líderes
de Turma;
• a explicação sobre o processo de eleição dos Líderes de Turma quanto ao
período de inscrição dos candidatos, documentos para a inscrição, período
para a realização da eleição, mecanismo de apuração dos votos e divulga-
ção do resultado.
Como: os Professores Mentores organizam as turmas de cada série (1ª, 2ª e 3ª série)

para fazer essa reflexão com aproximadamente 50 minutos de duração.

FASE 3
EU QUERO SER LÍDER DE

TURMA E TENHO PROPOSTAS
Responsável: estudantes.
Duração: depende da forma de organização de cada estudante interessado em se candidatar.
O que é: a apresentação das propostas dos interessados em se candidatar a Líderes de

Turma. Esse é o momento em que os candidatos se apresentam para os seus colegas e
demonstram seriedade e compromisso com a realização das suas propostas, bem como
com a Liderança de Turma na perspectiva de contribuir para o sucesso da turma e do Pro-
jeto Escolar.
Como: isso depende de cada estudante interessado e dos combinados com a Gestão Es-
colar e Professores Mentores sobre como suas ideias poderão ser viabilizadas para serem
apresentadas. Há muitas formas de realizar essa apresentação para os seus colegas.
Algumas ideias:
• cada estudante interessado pode elaborar um documento com as suas pro-

postas e convidar os colegas para discuti-las nos horários dos intervalos,
aproveitando também algum espaço após o almoço;
• as propostas também podem ser divulgadas nas redes sociais ou por cartazes
distribuídos na escola;
• os estudantes interessados em se candidatar podem organizar uma sessão

de debates sobre as suas propostas para que os colegas assistam e partici-
pem fazendo perguntas. Aqui o apoio do Professor Mentor é necessário.

FASE 4
CHEGOU O DIA!
Responsável: Gestão e Professores Mentores.
Duração: a depender do formato da eleição.
O que é: o momento para a escolha dos Líderes de Turma pelos seus colegas.
Como: no dia marcado para a realização da eleição, conforme o cronograma previamente

definido, os estudantes de cada turma escolhem o seu Líder pelo processo do voto direto.
Isso significa que os estudantes depositarão numa caixa o seu voto registrado numa cédu-
la elaborada para isso.
Algumas ideias para realizar a eleição:
• a eleição pode ser realizada em cada sala de aula, com o apoio dos Professores
Mentores. Para isso, o Professor Mentor deve ser o responsável por levar a caixa
para a sala, exibir para todos que ela se encontra vazia e distribuir as cédulas
para que todos possam votar. Esse processo dura 50 minutos. Após a votação, o
Professor Mentor entrega a caixa com os votos para a Coordenação Pedagógica
que fará a apuração na presença dos candidatos com o apoio dos professores e,
ao final, comunicará o resultado;
• a eleição pode ser realizada na própria sala de aula sob a responsabilidade

do Professor Mentor. As cédulas para a votação com os nomes dos candi-
datos são distribuídas à medida que os estudantes se apresentam na sala
para votar e depois são depositadas na caixa. A depender da quantidade de
estudantes na escola, o Professor Mentor pode disponibilizar mais de uma
caixa para receber os votos;
• encerrada a votação, os Professores Mentores com o apoio da Coordenação

Pedagógica farão a apuração dos votos na presença dos candidatos e, ao final,
comunicarão o resultado.

FASE 5
A POSSE
Responsável: Gestão e Professores Mentores.
O que é: o momento para a formalização dos Líderes de Turma.
Como: no dia marcado para a realização da posse, conforme o cronograma previamente

definido, a Gestão e os Professores Mentores organizam uma sessão solene para a posse
dos Líderes de Turma. Neste momento, os Líderes assumem o compromisso perante toda
a comunidade de estudantes e professores de que honrarão os votos recebidos e farão o
melhor de si na condução da liderança de sua turma.
Algumas ideias para realizar a posse:
• pode ser um evento com a presença dos pais e responsáveis. No entanto,

a Equipe Escolar deve organizar o evento de acordo com as condições que
dispuser em termos de espaço (ambiente físico como um auditório ou pátio
com cadeiras);
• também pode ser um momento que considere apenas a presença dos estu-
dantes e professores.

FASE 6
O CONSELHO DE
LÍDERES DE TURMA
Responsável: Gestão e Coordenação Pedagógica com o apoio dos Professores Mentores.
Participantes: todos os Líderes de Turma.
O que é: o momento para a constituição do Conselho de Líderes.
Como: no dia marcado, conforme o cronograma previamente definido, a Gestão, Coorde-

nação Pedagógica e Professores Mentores convidam os Líderes de Turma para a primeira
reunião. Neste momento, formalizam o Conselho de Líderes de Turma como uma instância
que atuará de maneira cooperativa e colaborativa com a Gestão em benefício do Proje-
to Escolar. Também discutem os papéis, as rotinas de reunião e as primeiras ideias sobre
como atuarão conjuntamente.
Algumas ideias para realizar a reunião com o Conselho de Líderes:
• pode ser apenas para formalizar o Conselho ou pode ser a primeira reunião
de trabalho dos Líderes de Turma com a Gestão. Para qualquer uma das
duas, deve haver uma ata para registrar a presença de todos e a indicação
de um participante para elaborar a “memória da reunião” (o registro do que
foi discutido e do que foi combinado) e, posteriormente, divulgá-la e arqui-
vá-la junto aos demais documentos armazenados na Secretaria da Escola,
ficando disponível para todas as pessoas;
• nessa reunião pode ser discutida a elaboração do Contrato de Convivên-

cia entre o Conselho de Líderes e a Gestão Escolar, bem como formalizar
a sua utilização;
• recomendamos que o processo de eleição dos Líderes de Turma aconteça no

segundo mês após o início do ano letivo, quando os estudantes já devem ter
razoavelmente estabelecido os primeiros laços entre eles.

O CONSELHO DE CLASSE4 E O APOIO DO PROFESSOR MENTOR
O Conselho de Classe é uma instância de fundamental importância na Escola da Escolha.

Ele é um órgão colegiado, institucionalizado, representativo e estruturado, com papel bem
definido diante dos processos de ensino e de aprendizagem, uma vez que é responsável
pelo estudo e planejamento, debate e deliberação, acompanhamento, controle e avalia-
ção periódica do desempenho dos estudantes. Diferente dos demais órgãos da escola, sua
participação é direta, efetiva e coletiva; de organização plural, tem como foco de trabalho
a centralidade da avaliação da aprendizagem.
Coerente e alinhado ao Princípio Educativo Protagonismo, o Conselho de Classe deve,

necessariamente, ser realizado com a presença do Líder de Turma, com responsabilida-
des e papel definido antes do Conselho, durante e depois.
Professor Mentor e Líder de Turma possuem papéis e

responsabilidades específicas no Conselho de Classe.
Na Escola da Escolha, a participação dos Líderes de Turma no Conselho de Classe tam-

bém é uma estratégia para a sua formação como protagonista, na medida em que pos-
sibilita o exercício do seu comprometimento com o sucesso dos demais estudantes de
sua turma, com a realização da autoavaliação pela sua turma (mediada pelo Professor Mentor),
a comunicação dos resultados dessa autoavaliação para os participantes do Conselho de Classe
e a corresponsabilização pelos encaminhamentos pactuados, que deverão ser comunicados à
turma e observados por todos os envolvidos a quem as ações se destinarem.
Esse é um legítimo exercício de Protagonismo, no qual os estudantes se colocam a serviço da

melhoria dos resultados de aprendizagem de sua turma, confirmando sua atitude solidária
em não ser indiferente e fazer parte da solução dos problemas identificados. Também atuam
ativamente no processo porque aprendem a fazer análises do tipo causa-consequência no
contexto da sala de aula, fazem escolhas sobre seguir ou não o que foi pactuado no Conselho,
por exemplo, e aprendem a responder pelo que decidem.
4 Para saber mais sobre o Conselho de Classe, leia o Caderno de Formação - Gestão do Ensino e da Apren-
dizagem.

A presença generosa, atenta e técnica do Professor Mentor é fundamental no processo
de amadurecimento dos Líderes de Turma. Esse movimento requer, permanentemente,
o seu apoio nas reflexões e conduções junto aos demais colegas, sobretudo nos temas
e encaminhamentos mais “polêmicos” ou que gerem maior resistência por parte dos estu-
dantes, em virtude do possível desequilíbrio dos níveis de responsabilidade e maturidade
entre o Líder e os seus colegas 5.
Primeiro momento: Pré-conselho

Para essa presença protagonista, responsável e colaborativa no Conselho de Classe, o Professor
Mentor apoia o Líder de Turma na condução do Pré-Conselho junto aos demais estudantes.
Nas semanas que antecedem a realização do Conselho de Classe, o Professor Mentor

apoia o Líder de Turma na elaboração da pauta a ser levada para discussão e da qual faz
parte a autoavaliação da turma.
Para a elaboração dessa pauta, o Líder de Turma apresenta aos colegas os pontos que
devem ser discutidos, refletidos e posicionados pelos estudantes de cada turma como
fruto de uma avaliação responsável, consciente, propositiva e baseada em evidências.
São esses os pontos:
• a relação professor x estudante – os estudantes discutem e se posicio-

nam sobre como se efetivou a convivência com os professores ao longo do
bimestre, refletem sobre o que colaborou e o que prejudicou a convivência
e a execução do trabalho docente (ensino) nos seus melhores termos, bem
como o que favoreceu e o que limitou a aprendizagem dos estudantes;
• as metodologias – os estudantes refletem e levantam questões para se po-
sicionarem sobre como as maneiras de realizar o trabalho docente colabo-
raram no processo de aprendizagem, em quais componentes curriculares
encontraram mais dificuldade e levantam possíveis porquês;
• os procedimentos de avaliação – os estudantes refletem se foram clara-
mente comunicados sobre os mecanismos de avaliação da aprendizagem
realizados ao longo do bimestre, se encontraram dificuldades e quais fo-
ram, bem como em que aspectos avançaram;
5 Não é incomum identificar esse desequilíbrio em virtude das experiências oportunizadas ao Líder de Turma,
que aceleram o seu amadurecimento e o seu perfil mais consciente diante das responsabilidades com os elementos
dos quais depende o seu Projeto de Vida, a exemplo da dedicação aos estudos.

• a autoavaliação da turma – é o procedimento que inicia os estudantes no
exercício da autoanálise, que os estimula e os encoraja a assumir a respon-
sabilidade e o compromisso pela sua própria aprendizagem. Os estudantes
discutem sobre os seus avanços e os elementos que colaboraram ou não
para isso, além de corresponsabilizá-los pelo ambiente e condições adequa-
das para que o trabalho pedagógico ocorra e permita que todos os estudan-
tes usufruam do processo de ensino como direito;
• proposições em perspectiva – ao mesmo tempo em que cada ponto é dis-
cutido, os estudantes refletem sobre o que pode ser proposto na expectativa
de melhoria do que não está adequado e no fortalecimento do que funciona
bem. As proposições concretas, objetivas e exequíveis são fruto da leitura
dos estudantes e devem considerar o que eles podem fazer, seja individual
ou coletivamente, bem como o que eles consideram indicado a ser realizado
pelos professores. Sempre como fruto de uma leitura responsável, funda-
mentada e baseada em critérios.
O Professor Mentor apoia o Líder de Turma na condução do Pré-Conselho e sistematiza

os resultados das discussões na forma de um documento a ser levado para a reunião do
Conselho e apresentado pelo Líder de Turma.
Segundo momento: Conselho6

Durante o Conselho, os Líderes de Turma apresentam o documento elaborado com os
resultados da autoavaliação realizada junto às suas respectivas turmas, considerando os
critérios definidos e os compromissos que eles propõem, de parte a parte, para a supera-
ção das dificuldades que eventualmente tenham sido identificadas.
No Conselho, são discutidos e pactuados entre os Conselheiros e os Líderes de Turma

os encaminhamentos para a superação das dificuldades e/ou fortalecimento daquilo que
fora identificado como bem-sucedido.
6 Os Líderes de Turma não participam da discussão sobre a avaliação individual de cada estudante em relação ao
seu desempenho, descrição de comportamentos, posturas diante dos estudos etc.

Terceiro momento: Pós-conselho
Imediatamente após a realização do Conselho de Classe, o Professor Mentor apoia o Líder de
Turma na organização dos pontos discutidos e apresentados pelos Conselheiros, bem como
o posicionamento acerca dos pontos apresentados a partir da avaliação da turma. Na sis-
tematização desse documento também são considerados os encaminhamentos propostos,
bem como os seus responsáveis e os prazos para a realização, quando for o caso.
Professores Mentores apresentam a devolutiva dos resultados e

acompanham os estudantes em seus processos de superação de
defasagens e melhoria da aprendizagem. Eles também apoiam os estu-
dantes na preparação para o Conselho de Classe (o Pré-Conselho) e na
devolutiva dos encaminhamentos discutidos e definidos no Conselho a
ser realizada junto aos demais estudantes (Pós-Conselho).
Líderes de Turma apresentam a autoavaliação das respectivas

turmas, discutem encaminhamentos e assumem pactos junto aos
demais conselheiros com vistas à superação das dificuldades que
eventualmente tenham sido identificadas, tanto no processo de en-
sino quanto de aprendizagem, bem como para o fortalecimento das
práticas bem-sucedidas junto aos colegas.

A Mentoria na 1ª série
Junto aos estudantes da 1ª série, a Mentoria atua fortemente no apoio à organização

pessoal que favorece a atitude dos estudantes no enfrentamento dos desafios,
dificuldades e oportunidades trazidas nesta série. Do sucesso acadêmico, pessoal e
social do estudante depende a sua realização pessoal, o atingimento dos seus objetivos
e a plena elaboração do seu Projeto de Vida.
Apoiar esse processo demanda exercício permanente da Pedagogia da Presença, dispo-

sição e disponibilidade para escutar atentamente, inclusive aquilo que nem sempre é dito.
No Caderno de Formação - Concepção do Modelo Pedagógico, especificamente no

capítulo onde tratamos da Arquitetura Curricular, trazemos algumas considerações sobre
os estudantes que se encontram nessa etapa de ensino e das características predominan-
temente encontradas quanto aos cenários desse momento.
São estudantes que acabaram de encerrar uma etapa dos seus estudos no Ensino Fun-
damental, da qual trazem importantes lacunas de aprendizagem e, por essa razão, ainda
não consolidaram uma forte base de conhecimentos fundamentais. Esse é um cenário
amplamente conhecido na educação brasileira e os resultados das avaliações nacionais
e estaduais são as suas mais fortes evidências.
Não por outra razão, na Escola da Escolha inicia-se o ano letivo com a forte
recomenda-ção da realização de uma avaliação diagnóstica das aprendizagens
adquiridas nas séries anteriores à entrada no Ensino Médio, para que sejam procedidas
as medidas para asse-gurar o nivelamento dessas aprendizagens correspondentes às
séries em curso.
No contexto do Ensino Médio, esse nivelamento deve ser efetivado tanto mais pró-ximo
possível da sua plenitude, ou seja, metas atingidas quanto aos estudantes com nível
adequado para a série. Agora temos uma significativa redução da carga horária
dedicada aos componentes da BNCC, logo, isso significa a necessidade de critérios
claros e obje-tivos a serem aplicados quanto à seleção de conteúdos, metodologias e
recursos para o trabalho pedagógico junto aos estudantes, em especial, na 1ª série,
quando ainda reside a necessidade do nivelamento.
No 1º semestre, o trabalho do Professor Mentor se concentra fortemente no apoio e

acompa-nhamento junto aos estudantes para que se organizem, desenvolvam a
responsabilidade pessoal em torno dos seus estudos, sobretudo para aqueles que se
encontram na fase de nivelamento e compreendem clara e objetivamente a importância de
superar as suas neces-sidades de aprendizagem ainda na 1ª série, fazendo uso de todas as
oportunidades existentes e estando abertos a tantas outras.

O Professor Mentor não trabalha sozinho e, nesta proposta, a colaboração dos
professores de Estudo Orientado e de Projeto de Vida é imprescindível. O objeto
do trabalho do Estudo Orientado é justamente desenvolver nos estudantes as
habilidades requeridas para o autodidatismo7 e para aprender a cultivar o desejo
de continuar a aprender continuamente, a despeito da fase da vida em que se
encontram8.
Esse é um ano importantíssimo para “forrar” e consolidar uma base de

conhe-cimentos de natureza mais geral, tendo em vista que a partir da 2ª
série eles se encontrarão diante de um maior nível de flexibilização do
currículo e de aprofundamento dos elementos mais atinentes aos Itinerários
Formativos escolhi-dos no final da 1ª série que, embora se trate de BNCC,
são trazidos de maneira aprofundada e aplicada ao Itinerário.
Ao longo do 2º semestre, o enfoque do trabalho do Professor Mentor se con-

centra em apoiar os estudantes no processo de escolha e decisão em
torno do Itinerário Formativo que pretendem cursar a partir da 2ª série9.
Novamente, esse apoio não se efetiva de maneira solitária por parte do
Professor Mentor, mas em pleno alinhamento e colaboração dos professores
de Estudo Orientado e de Projeto de Vida.
Temas como: Escolhas e Decisões baseadas em critérios; Paradoxos e Valores;

Oportunidades e Desafios; Afinidades e Interesses, entre outros, fazem parte do
cardápio do Professor Mentor e estão em profundo alinhamento com as reflexões
realizadas nas aulas de Projeto de Vida.
Decidir não é simples, porque escolher implica ganhos e perdas, mesmo sim-
bólicas. As escolhas habitam o “www.indefinições.com” e exigem coragem para
navegar nesse universo e encarar o desafio. Por isso, conhecer as próprias ca-
raterísticas e habilidades é altamente recomendável, assim como reunir o maior
número possível de informações sobre os Itinerários Formativos e os cursos,
profissões, atuação e projeção no mercado de trabalho relativos a cada um deles.
Assim são as boas escolhas: criadas para resolver um problema ou conflito,

baseiam-se na informação, consideram o passado e olham para o futuro!
7 Existe uma clara incompreensão em torno do autodidatismo, sendo confundido com a capacidade
de aprender sozinho e de nunca necessitar da presença dos professores. Isso é um equívoco.
8 Conforme preconizado pelo Relatório Jacques Delors “Educação, um tesouro a descobrir”, refe-
renciado no Caderno de Formação - Princípios Educativos.
9 Sempre considerar que o estudante poderá optar por mais de um Itinerário Formativo.

ENFOQUE DA MENTORIA
1ª série – 2 aulas/semana
Enfoque:
1º semestre
• apoio para que os estudantes se organizem e desenvolvam a responsabi-

lidade pessoal em torno dos seus estudos, sobretudo aqueles que se en-
contram no processo de nivelamento;
2º semestre
• apoio ao processo de escolha e decisão baseadas em critérios; oportunida-

des e desafios; afinidades e interesses acerca do Itinerário Formativo.
Temas propostos para a

composição das aulas de Mentoria -
1ª série
Apresentamos a seguir alguns temas que podem inspirar o planejamento do
Professor Mentor, considerando a natureza do seu trabalho junto aos estudantes das
1ª séries e as particularidades dessa etapa:
. “Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração”10 – a biografia dos

estudantes e um pouquinho da história de cada um.
. Organização da dinâmica de trabalho da Mentoria – o trabalho do Professor

Mentor contado para os estudantes.
. Apresentação do planejamento semestral – o planejamento do Professor

Mentor apresentado para os estudantes.
. Mecanismos de apoio aos estudantes e à Coordenação Pedagógica – a

preparação da turma para o Pré-Conselho, Conselho de Classe e Pós-Conselho.
. “A novidade veio dar à praia...”11 – as novidades do Ensino Médio da

Escola da Escolha e o que significa um currículo flexível; aprofundamento e
diversificação dos conhecimentos nos Itinerários Formativos.
10 Extraído da canção “Epitáfio”, dos Titãs.

11 Extraído da canção “A Novidade”, de Gilberto Gil.

. “Tu vens, tu vens... eu já escuto os teus sinais...”12 – os impactos do cur-
rículo flexível, do aprofundamento e da diversificação dos conhecimentos no
dia a dia dos estudantes e no seu futuro.
. O superpoderoso Nivelamento não resolve todos os problemas – a im-

portância de se dedicar ao Nivelamento e assegurar a sua conclusão ainda
na 1ª série.
. “Assaltaram a gramática...assassinaram a lógica...”13 – as muitas habili-

dades necessárias para estudar. Aqui há uma relação direta com o trabalho
desenvolvido nas aulas de Estudo Orientado.
. “Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci. Decorei, copiei, memo-

rizei, mas não entendi”14 – o que ganha quem estuda e a relação entre es-
tudos e sucesso, além do precioso apoio do Professor de Estudo Orientado.
. Quem não avalia não sabe de nada – a importância das avaliações sema-
nais e do monitoramento dos estudos e desempenho.
. Escolher é uma arte, decidir é uma engenharia – o que os estudantes

precisam saber para escolher e decidir sobre o Itinerário Formativo. Como
se constrói um processo de decisão?
. “Toda escolha diz quem eu sou”15 – o que há para escolher? Quais são as
opções em termos de Itinerários Formativos? O que os diferencia e os carac-
teriza? Por que um e não o outro? Como as Áreas de Conhecimento e os com-
ponentes curriculares da BNCC se relacionam aos Itinerários Formativos?
Se eu não tenho afinidade com um determinado componente curricular, pos-
so ter certeza de que nunca vou precisar dele se eu escolher um certo Itine-
rário Formativo? O que é possível realizar após a conclusão do Ensino Médio
tendo seguido um determinado Itinerário Formativo?
. “Marvin, a vida é pra valer...”16 – depois de escolher e decidir, o que acon-

tece? Mesmo que eu conclua a 3ª série em um determinado Itinerário
Formativo, é possível mudar as minhas opções? O que é necessário? Quais
são as carreiras profissionais relacionadas a cada um dos Itinerários
Formativos?O que as diferencia e as caracteriza? Quais são os desafios e as
oportunidades considerando a sociedade e o mundo do trabalho
contemporâneo?
12 Extraído da canção “Anunciação”, de Alceu Valença.
13 Extraído da canção “Assaltaram a gramática” de Lulu Santos.
14 Extraído da canção “Estudo Errado” de Gabriel, o pensador.
15 Extraído da canção “As escolhas”, de Lulu Santos.
16 Extraído da canção “Marvin”, dos Titãs.

A Mentoria nas 2ª e 3ª séries
Junto aos estudantes das 2ª e 3ª séries, a Mentoria atua fortemente no apoio ao

desenvolvimento do percurso que decidiram quanto ao Itinerário Formativo, sempre
alinhado às expectativas dos seus Projetos de Vida. O desenvolvimento desse
percurso implica na progressiva capacidade de dedicação e esforço para atendimento
às demandas e às necessidades inerentes ao progresso do estudante.
A orientação e o apoio aos estudantes permanecem no sentido de identificar se eles

se sentem felizes e seguros com a escolha e decisão tomadas, e se elas atendem às
expecta-tivas e ambições presentes nos seus Projetos de Vida.
Os parâmetros para esse apoio são:
• se os estudantes estão satisfeitos com as suas escolhas e decisões

acerca do Itinerário Formativo, devem seguir em frente, sempre anali-
sando e refletindo se os esforços empreendidos são proporcionais às am-
bições dos seus Projetos de Vida. Se os esforços não são proporcionais,
é preciso refletir sobre as razões e ajustar o que for necessário para assegurar
que essas mudanças levarão ao ponto no qual desejam chegar;
• se os estudantes não estão satisfeitos, devem refletir sobre a razão do

não atendimento dessa expectativa para colher elementos suficientes e ana-
lisá-los, avaliando as alternativas existentes.
É o processo de revisão permanece como parte imprescindível do ciclo de melhoria contínua

a partir das escolhas realizadas e da continuidade da construção dos seus Projetos de Vida.
ENFOQUE DA MENTORIA
2ª e 3ª séries – 1 aula/semana
Enfoque: 1º semestre
• apoio no desenvolvimento do Itinerário Formativo e orientação com ênfase
no planejamento e revisão do Projeto de Vida.
Enfoque: 2º semestre
• apoio ao estudante na reflexão e análise do seu desenvolvimento no Itinerá-
rio Formativo e na consecução do seu Projeto de Vida.

Temas propostos para a composição
das aulas de Mentoria - 2ª e 3ª séries
Apresentamos a seguir alguns temas que podem inspirar o planejamento do

Professor Mentor, considerando a natureza do seu trabalho junto aos estudantes das 2ª
e 3ª séries e as particularidades dessas etapas.
Para orientar os estudantes quanto aos processos seletivos e as oportunidades para in-
gresso no ensino superior, há um vasto material no Caderno Pós-Médio - Um mundo de
possibilidades. Lá você pode encontrar ideias e trabalhar em colaboração com o profes-
sor desse componente curricular.
. “Seja você, seja sempre você”18 – a biografia dos estudantes e um pou-

quinho mais da história de cada um para além do que já se sabe desde o
ano passado.
. Organização da dinâmica de trabalho da Mentoria – o trabalho do Professor

Mentor contado para os estudantes na perspectiva do desenvolvimento dos
Itinerários Formativos. O que mudou em relação à série anterior?
. Apresentação do planejamento semestral – o planejamento do Professor

Mentor apresentado para os estudantes e tudo o que vai acontecer no ano
em curso.
. Mecanismos de apoio aos estudantes e à Coordenação Pedagógica – a

preparação da turma para o Pré-Conselho, Conselho de Classe e Pós-Conselho.
. “A novidade veio dar à praia...”19 – as novidades do Ensino Médio da

Escola da Escolha e as implicações de um currículo flexível; aprofundamen-
to e diversificação dos conhecimentos nos Itinerários Formativos. A vida é
diferente quando se está estudando um determinado Itinerário Formativo?
O que mudou em relação a 1ª série? Quais são as novas tarefas do estudante
da 2ª e da 3ª série?
. “Tu vens, tu vens... eu já escuto os teus sinais...”20 – os impactos do cur-

rículo flexível, do aprofundamento e da diversificação dos conhecimentos no
dia a dia dos estudantes e no seu futuro. É preciso estudar mais? É preciso
estudar tudo? O que estudar? É preciso estudar o que não se apresenta no
meu Itinerário Formativo?
18 Extraído da canção “Seja Você”, do Paralamas do Sucesso.

19 Extraído da canção “A Novidade”, de Gilberto Gil.
20 Extraído da canção “Anunciação”, de Alceu Valença.

7. Os Itinerários Formativos e os seus desafios e oportunidades.
8. “Assaltaram a gramática...assassinaram a lógica...”21 – as muitas habi-

lidades necessárias para estudar. Estudar a partir do Itinerário Formativo é
diferente? Por quê?
9. “Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci. Decorei, copiei, memo-

rizei, mas não entendi”22 – o que ganha quem estuda e a relação entre es-
tudos e sucesso, além do precioso apoio do Professor de Estudo Orientado.
10. Quem não avalia não sabe de nada – a importância das avaliações sema-
nais e do monitoramento dos estudos e desempenho.
11. Escolher é uma arte, decidir é uma engenharia – o que os estudantes

precisam saber para escolher e decidir a partir das opções projetadas no
Itinerário Formativo escolhido? O que caracteriza o Itinerário Formativo
escolhido? Quais são as projeções, oportunidades, implicações e desafios
das carreiras relacionadas ao Itinerário Formativo escolhido? O que diz o
mundo do trabalho na sociedade contemporânea? A tecnologia e a comu-
nicação mudaram tudo?
12. Um mundo de oportunidades – as várias alternativas e caminhos do mundo

produtivo, processos seletivos e como se preparar para enfrentá-los.
13. Edital não é lei, mas é bom seguir – como ler um edital.
14. Bacharel, licenciado e tecnólogo – as diferenças, oportunidades e as pos-

sibilidades.
15. As muitas estradas para o ensino superior e o ensino técnico, empreen-

dedorismo e outras possibilidades.
21 Extraído da canção “Assaltaram a gramática” de Lulu Santos.

22 Extraído da canção “Estudo Errado” de Gabriel, o pensador.

Para concluir
A Mentoria é um conceito que se torna ação no Ensino Médio da Escola da Escolha para
apoiar uma das fases mais importantes da elaboração do Projeto de Vida dos estu-
dantes. É estruturante e ao mesmo tempo formativa porque se apoia no desenvolvimento
de habilidades relacionadas à competência pessoal. É uma prática com método e estrutu-
ra para se fazer sistematicamente presente na vida dos estudantes. É também estratégia,
porque os orienta no exercício de habilidades imprescindíveis nesse período de suas vidas,
a exemplo da capacidade de escolher e de tomar decisões baseadas em critérios.
Posicionar o Professor Mentor ao lado do estudante é um dos elementos mais agregadores

que o Projeto Escolar pode oferecer em virtude da sua presença pedagógica, generosa
e afirmativa.
Desejamos que você realize um excelente trabalho!
Equipe do Instituto de Corresponsabilidade pela Educação

Mentoria Nem - 2024

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Mentoria

Apoio para jovens

Agradecimento pelas imagens cedidas: Thereza Barreto

INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO

2 Mentoria • Apoio para jovens sonhadores • Ensino Médio

• Caro Professor Mentor 5

• São muitos os caminhos para apoiar o jovem 6

• Uma introdução ao Caderno 7

• A Mentoria no Ensino Médio 8

• Ideias para inspirar o seu planejamento 10

• A agenda do Professor Mentor 11

• Os temas de trabalho comuns às 1ª, 2ª e 3ª séries 12

• Temas propostos para a composição das aulas de Mentoria - 1ª série 29

• A Mentoria nas 2ª e 3ª séries 31

• Temas propostos para a composição das aulas de Mentoria - 2ª e 3ª 32

Mentoria • Apoio para jovens sonhadores • Ensino Médio 3

Sim, na Escola da Escolha muito se fala sobre a importância de apoiar os estudantes na

Dessa forma, a Mentoria é uma dessas inovações, não necessariamente no conceito,

No Caderno de Formação - Rotinas e Práticas Educativas, é possível encontrar

As especificidades do Ensino Médio inspiraram o ICE na concepção de novas Metodologias de

Esse Caderno foi concebido como forma de apoiar o Professor Mentor no

Mentoria • Apoio para jovens sonhadores • Ensino Médio 5

São muitas as transformações e as descobertas sobre si mesmos, suas identidades e os

Muitos experimentam essa passagem com originalidade, entusiasmo e novas perspecti-

Criar e manter bons relacionamentos, cultivar formas e mecanismos de lazer e participa-

Para isso, concebemos este Caderno.

6 Mentoria • Apoio para jovens sonhadores • Ensino Médio

Eles conhecerão muitas possibilidades, alternativas e escolhas. Conhecerão como cons-

Você, professor, assume aqui a importante missão de acompanhar os estudantes na cons-

Na Escola da Escolha, a Mentoria acontece pela interação pedagógica na qual o Pro-

Mentoria • Apoio para jovens sonhadores • Ensino Médio 7

O resultado é um conjunto de referências, temas e orientações fundamentais para os

A Mentoria no Ensino Médio

Na consideração do espírito trazido pelo Ensino Médio quanto ao protagonismo do

As características que o currículo do Ensino Médio apresenta, em especial, pela

8 Mentoria • Apoio para jovens sonhadores • Ensino Médio

Diferentemente do conhecido material de aulas de Projeto de Vida, este Caderno da “Mentoria –

Mentoria • Apoio para jovens sonhadores • Ensino Médio 9

. Apresente e discuta com os estudantes, o tema “Mentoria – Apoio para

. Converse com os estudantes sobre a importância de estudar não apenas para

. Reforce que alcançar metas, realizar projetos, obter aquilo que se

. Crie um painel de comunicação para lembretes, dicas, curiosidades, textos

. Mantenha-se permanentemente atualizado sobre as informações relativas

. Organize e mantenha os resultados acadêmicos dos estudantes

. Mantenha o alinhamento e integração entre a Mentoria, os demais

10 Mentoria • Apoio para jovens sonhadores • Ensino Médio

Os estudantes devem conhecer e compreender o papel do Professor Mentor em suas vidas

A Mentoria é realizada semanalmente e de maneira coletiva. No entanto, é fundamental que

• conhecer os estudantes – um aspecto comum ao Professor Mentor junto

• identificar as habilidades já desenvolvidas e que fortalecem a postura do

• monitorar o desempenho – ao longo das 1ª, 2ª e 3ª séries , desenvolver

• coordenar o processo de Eleição do Líder de Turma – como apoio à forma-

Mentoria • Apoio para jovens sonhadores • Ensino Médio 11

Na escola, são muitos os atores diante dessa construção – Gestores, Coordenadores,

Os temas de trabalho comuns às

CONHECER OS ESTUDANTES E A TURMA

A seguir, um modelo com ideias para a composição da biografia.

12 Mentoria • Apoio para jovens sonhadores • Ensino Médio

a) Situação na série anterior (se aprovado ou reprovado)

Mentoria • Apoio para jovens sonhadores • Ensino Médio 13

MONITORAMENTO DO DESEMPENHO, NECESSIDADES E FORÇAS DOS ESTUDANTES

Em profunda articulação com o professor de Estudo Orientado, o Professor Mentor desem-

Nesse sentido, fazer uso de um instrumento para acompanhamento periódico associado