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O casal é cristão, mas não segue os preceitos bíblicos. Como ajustar o namoro à luz
da Palavra?
Pr. Lucinho: Primeiro é um choque de gestão. Tem que parar com o que está fazendo de
errado. Penso que a maioria dos jovens precisa, dentro e fora da igreja, de um período de
abstinência de tudo, inclusive de namoro. Muitos sentem medo de não ter alguém, e em
um, dois, três anos acabam se envolvendo com tanta gente ou com uma só pessoa, e tão
profundamente que não dá para sair e entrar em outro relacionamento.
Assim como um drogado precisa de abstinência, muitos necessitam não apenas encontrar
alguém para casar, mas se encontrar primeiro, porque a pessoa não está bem com ela
mesma. Então, o casal, primeiramente, deve parar o ato sexual. Se possuir hábitos de ir
para o motel, precisa deixar de frequentar. Caso o relacionamento esteja sem limites, deve
parar com todas as liberdades. Geralmente (os jovens não gostam que eu fale isso),
quando o relacionamento já tem sexo, muita coisa está acontecendo, então, sugiro um
“dar tempo” ou até mesmo terminar.
O que defendo é o seguinte: se a pessoa que está com você for de Deus para sua vida,
independentemente das circunstâncias, ela irá voltar para você. Quando o casal continua
junto fica mais difícil para eles se absterem e fazerem a busca pelo Senhor. Podem
conversar, mas devem evitar saírem juntos, ficar sozinhos. Isso para quando forem para o
casamento dizerem assim: “Puxa, não venci na área sexual só porque me casei, consegui
vencer antes”. Acredito na segunda virgindade, que é quando Cristo entra na vida de
alguém. A pessoa pode ter tido a vida mais promíscua, mas Jesus a purificou, e do
momento para frente é um recomeço.
O homem olhar para outra mulher ou vice-versa também traz o pecado para o
namoro?
Pr. Lucinho: Não, a gente precisa entender que Deus colocou em nós a condição de
apreciar sem pecar. Posso olhar um carro, posso olhar uma mulher e dizer: “Olha que
bonita!”, e não desejá-la, arrancar-lhe a roupa em minha cabeça e não levá-la para a
cama. Quantas vezes eu e minha mulher, casados, assistindo a um filme ou em lugar,
cometamos sobre alguém. Exemplo: Eu e a Patrícia estávamos na praia, quando disse:
“Paty, veja esse cara. Poxa, ele está cuidando do corpo, parece mais velho, mas está
muito bem, em forma”. Hoje a sociedade está tão pecaminosa, tudo é sexo, arrancar a
roupa. É possível apreciar, achar legal sem imediatamente cometer pecado.
Como saber se a opinião de outras pessoas (como amigos, pessoas não cristãs)
está influenciando?
Pr. Lucinho: Contar tudo só mesmo para quem pode ajudar. Não vou contar para os
meus amigos que estou com uma dor, vou a um especialista, ao médico. Pode ser que
você irá se abrir com um amigo(a) que está no mesmo grau que você. As igrejas estão
cheias de pastores, casais mais velhos que podem ser mentores, sem contar os pais.
Temos o hábito de ir atrás de quem não pode acrescentar nada à nossa vida, e não de
quem tem todas as ferramentas, porque já passou por experiências semelhantes, e pode
aconselhar, mas às vezes não escutamos. O jovem, principalmente, chega a duvidar dos
conselhos da mãe: “Ah, o que a minha mãe pode dizer?” É preciso saber que Deus
guardou dentro dos pais um amor pelos filhos que ninguém sente. Logo, eles podem dizer
o que servirá como solução.