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MATEMÁTICA

Frente: Matemática I
EAD – ITA/IME
Professor(a): Fabrício Maia

AULAS 28 A 30
Assunto: Pontos notáveis no triângulo, polígonos e ângulo na circunferência

Bissetriz de um triângulo
Uma bissetriz interna (ou externa) de um triângulo é um segmento
Resumo Teórico com extremos num vértice e na reta suporte do lado oposto, contido na
bissetriz interna (respectivamente externa) do ângulo do vértice.

A A
Pontos notáveis do triângulo α
α α α

Altura de um triângulo
Segmento perpendicular que liga um vértice ao lado oposto
ou ao seu prolongamento. B C B J
I C
AI – Bissetriz interna AJ – Bissetriz externa
Ortocentro (O)
Incentro (I)
acutângulo retângulo obtusângulo As bissetrizes internas de um triângulo interceptam-se num
ponto chamado incentro (indicado por I, em geral), que é o centro
da circunferência inscrita (circunferência tangente internamente aos
O
lados de um triângulo).
A
O

As retas suportes das alturas de um triângulo interceptam-se I


num ponto chamado ortocentro (indicado por O na figura anterior).
O ortocentro de um triângulo é interno, vértice do ângulo reto
ou externo ao triângulo, conforme este seja acutângulo, retângulo ou B C
obtusângulo, respectivamente.
As bissetrizes externas interceptam-se, duas a duas, em três pontos
denominados ex-incentros e estes são centros das circunferências que
Mediana de um triângulo tangenciam as retas suportes dos lados do triângulo.
Na figura seguinte, temos: AI1, AI3, BI1, Bl2, CI2, CI3 que são as
Segmento que liga um vértice ao ponto médio do lado oposto.
bissetrizes dos ângulos externos, I1, I2 e I3 são os ex-incentros e as
circunferências são as ex-inscritas.
Baricentro (G)
As três medianas de um triângulo concorrem no mesmo ponto,
chamado baricentro (indicado por G na figura a seguir), do triângulo
A
e situado a 2/3 de cada mediana, a partir do vértice. I1 I3
O baricentro de um triângulo é sempre um ponto interior.
A

M3 M2 B C

G
B C
I2
M1

Teorema: GA = (2/3)AM1; GB = (2/3)BM2 e GC = (2/3)CM3

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Módulo de Estudo

Mediatriz de um triângulo • Polígono não convexo: uma reta qualquer pode cortar o polígono
em mais de dois pontos.
Uma mediatriz de um triângulo é uma reta perpendicular a um
dos lados desse triângulo no seu ponto médio.

Circuncentro (C)
As mediatrizes de um triângulo se interceptam num ponto
chamado circuncentro, que é o centro da circunferência circunscrita
(circunferência que contém os vértices do triângulo).
O circuncentro de um triângulo pode ser interior, ponto médio Quanto ao gênero
da hipotenusa ou exterior ao triângulo, conforme este seja acutângulo,
retângulo ou obtusângulo, respectivamente. De acordo com o gênero, os polígonos podem receber as
denominações:
Triângulo.......................................................................... 3 lados
Acutângulo Retângulo Obtusângulo Quadrilátero .................................................................... 4 lados
A A Pentágono........................................................................ 5 lados
A Hexágono ........................................................................ 6 lados
o o
Heptágono....................................................................... 7 lados
o
Octógono......................................................................... 8 lados
Eneágono......................................................................... 9 lados
B C B C B C Decágono ........................................................................10 lados
Undecágono ....................................................................11 lados
Dodecágono ....................................................................12 lados
Importantíssimo:
Pentadecágono ................................................................15 lados
• Em um triângulo isósceles, coincidem a mediana, a altura, a Icoságono ........................................................................ 20 lados
bissetriz interna e a mediatriz relativas à base. Para os demais, dizemos polígonos de n lados.
• Em todo triângulo isósceles, os pontos notáveis (baricentro, • Um polígono é equilátero quando seus lados forem congruentes.
ortocentro, incentro e circuncentro) são alinhados. • Um polígono é equiângulo quando seus ângulos internos forem
• Em todo triângulo equilátero, os pontos notáveis são congruentes.
coincidentes. • Um polígono é regular quando for equilátero e equiângulo.

Polígonos Soma dos ângulos internos de um


Consideremos, em um plano, n pontos (n ≥ 3), A1, A2, A3,...,An, polígono convexo
ordenados de modo que três consecutivos não sejam colineares. Para encontrar a soma dos ângulos internos de um polígono
Chama-se polígono A1A2A3...An a figura formada pela união convexo qualquer, basta fazer uma decomposição do polígono em
dos n segmentos consecutivos não colineares. triângulos a partir de um ponto interior.
A2
• Vértices do polígono: A1, A2, A3,...,A8. A1
• Lados do polígono: A3
A1A 2 , A 2A 3 ,..., A 7A 8 . e
f d
A8 g c
• Perímetro: (2p) é a soma dos
A4 a b
comprimentos de todos os lados.
• Gênero de um polígono é o número
de lados. A7
A5
• Vértices adjacentes: dois vértices A6
P e Q são adjacentes se, e somente
se, PQ é lado.
• Diagonal de um polígono: segmento de reta que une dois vértices
Exemplo: heptágono convexo.
não adjacentes.
Assim:
Si = 7 ⋅ 180o − (a+
b + c
+ + e + f +g)
d 
Classificação dos polígonos
Si = 7 ⋅ 180º – 360º
Quanto à região Generalizando: Si = n ⋅ 180º – 360º
• Polígono convexo: uma reta qualquer só corta o polígono em
dois pontos. Si = (n – 2) ⋅ 180º

Se o polígono for regular, teremos:

(n − 2) ⋅ 180o
ai =
n

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Módulo de Estudo

Soma dos ângulos externos Polígono regular de gênero par


de um polígono convexo
Sabemos que:

Num polígono convexo qualquer, a soma do ângulo interno


com o externo adjacente é sempre 180º.

Então:

e1

i1
e2 i1 + e1 = 180º
i2 i2 + e2 = 180º Exemplo: Determinar o número de diagonais que não passam
n igualdades
 pelo centro do octógono regular.
in + en = 180º
Perceba:
e3 De um vértice é possível traçar 8 – 4 diagonais que não passam
i3
pelo centro.
Como são 8 vértices, então o total de diagonais que não passam
8 ⋅ (8 − 4 )
Somando: pelo centro é igual a .
2
Si + Se = n ⋅ 180º
n ⋅ 180º – 360º + Se = n ⋅ 180º Generalizando, para n par, encontramos:
• Nº de diagonais de um vértice que não passam pelo centro:
Logo: S = 360º dv = n – 4.
e
n ⋅ (n − 4 )
360o • Nº de diagonais que não passam pelo centro: dnc =
Se o polígono for regular, teremos: ae = 2
n n
• Nº de diagonais que passam pelo centro: dc =
2
Número de diagonais de Ângulos na circunferência
um polígono convexo Considerando uma reta do plano de uma circunferência, sua
posição em relação a essa circunferência pode ser:
V2 V3 • externa: não intersecta a circunferência.
• tangente: intersecta a circunferência em um único ponto.
• secante: intersecta a circunferência em dois pontos distintos.
Para a resolução com desenvoltura de situações-problema
V1 V4
relativos a áreas e ângulos na circunferência é de fundamental
importância o reconhecimento dos ângulos formados por retas
secantes e/ou tangentes, bem como o conhecimento das relações
existentes entre as medidas das áreas determinadas na circunferência
por essas retas.
V5 Dependendo das retas que as formam e da posição do vértice
V7 no círculo, os ângulos recebem nomes espécies. Veja a seguir:
V6
Ângulo central
Exemplo: heptágono convexo. A
Perceba:

1. Diagonais que partem de um vértice: Dv = 7 – 3 O: centro

7 ⋅ (7 − 3) α
( )

α = m AB
2. Número total de diagonais: DT = O
2 a é chamado de central.
Generalizando, para um polígono convexo de n lados, temos:
• Número de diagonais que partem de um vértice é igual a n – 3.
n ⋅ (n − 3) B
• Número de diagonais de um polígono convexo é igual a .
2

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Módulo de Estudo

Ângulo inscrito Ângulo excêntrico interior

B C

O: centro
( ) ( )
A
α

)
m AB +m CD
Propriedade: β = α α=
2 2
P O α
B
b é chamado de inscrito.

D
A

Observação:
Também chamado de excêntrico interno.

Ângulo excêntrico exterior


Arco capaz
P A B
a = ângulo excêntrico exterior.

α P´ C ( ) ( )
 − m CD
m AB 

( ) P α α
α 
m AB P=
D 2
α= A
2 B C
B
α P´´
A B q = ângulo excêntrico exterior.

A α
C
θ=
( ) ( )
 − m AB
m CB 
P P
D 2
B A
Observação: C
Todo triângulo inscrito num semicírculo é retângulo.
A
β = ângulo circunscrito.
P β N M
β=
( − m ANB
m AMB 
) ( )
2
B
B A
O

Exercícios
O: centro

01. O triângulo ABC é retângulo, A e D
 são um ponto do segmento
Ângulo de segmento ou semi-inscrito BC, tal que a medida do ângulo ADC seja o dobro da medida do

ângulo A CB.
A A
semirreta tangente
α


B α
C D B

Se a medida de CD é 13 m, e a medida de BD é 3 m, então a


( )
)

AB medida de AD, em metros, é


α= m α é chamado de ângulo de segmento. A) 6 B) 7
2
C) 8 D) 9
E) 10

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Módulo de Estudo

02. Se I é o incentro do ∆ABC e IT = R (circunraio), determine a 07. Em um triângulo de vértices A, B e C, a altura, a bissetriz e a
medida ABC .  em
mediana, relativamente ao vértice C, dividem o ângulo BCA
quatro ângulos iguais. Se l é a medida do lado oposto ao vértice C,
B calcule:
A) A medida da mediana em função de l.
B) Os ângulos CÂB, ABC  e BCA .

I
08. Gerard Stenley Hawkins, matemático e físico, nos anos 1980,
envolveu-se com o estudo dos misteriosos círculos que apareceram
A C em plantações na Inglaterra. Ele verificou que certos círculos
seguiam o padrão indicado na figura a seguir, isto é, três círculos
T congruentes, com centros nos vértices de um triângulo equilátero,
tinham uma reta tangente comum.
03. Seja n o número de lados de um polígono convexo. Se a soma de
n – 1 ângulos internos do polígono é 2004º, determine o número
n de lados do polígono.
A) 8
B) 10
C) 12
D) 14
E) 20

04. No eneágono regular estrelado a seguir, identifique o ângulo que


não pode ser medido entre seus lados ou seus prolongamentos.

Nestas condições, e considerando-se uma circunferência maior


que passe pelos centros dos três círculos congruentes, calcule a
razão entre o raio da circunferência maior e o raio dos círculos
menores.

09. No triângulo ABC, são dados os vértices B e C e também medida


do ângulo A, agudo. O lugar geométrico do vértice A é
A) uma circunferência.
B) um arco de circunferência.
A) 20º C) a união de dois arcos de circunferência.
B) 30º D) uma reta.
C) 40º
E) a união de duas retas paralelas.
D) 60º
E) 80º
10. Na figura a seguir, os arcos QMP e MTQ medem, respectivamente,
05. Demonstre que se em polígono convexo de n lados, 4 desses 170º e 130º. Então, o arco MSN mede:
ângulos forem retos, então esse polígono é um retângulo.
P
06. Analise as afirmativas a seguir.
I. Sejam a, b e c os lados de um triângulo, com c > b ≥ a. Pode-
se afirmar que c2 = a2 + b2 se, e somente se, o triângulo for M
retângulo.
S
II. Se um triângulo é retângulo, então as bissetrizes intermas dos
ângulos agudos formam entre si um ângulo de 45° ou 135º. N T
III. O centro de um círculo circunscrito a um triângulo retângulo
está sobre um dos catetos.
IV. O baricentro de um triângulo retângulo é equidistante dos Q
lados do triângulo.

Assinale a opção correta. A) 60º


A) Somente I e II são verdadeiras. B) 70º
B) Somente II e III são verdadeiras. C) 80º
C) Somente I e IV são verdadeiras. D) 100º
D) Somente I, III e IV são verdadeiras. E) 110º
E) As afirmativas I, II, III e IV são verdadeiras.

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11. No triângulo ABC (figura seguinte), os lados AB, AC e BC medem, 14. A figura a seguir mostra duas circunferências tangentes em A.
respectivamente, 5 cm, 7 cm e 9 cm. Se P é o ponto de encontro Uma reta corta a circunferência maior em B e C e é tangente
das bissetrizes dos ângulos B e C e PQ//MB, PR//NC e MN//BC, a à circunferência menor em T. A reta TA encontra novamente a
razão entre os perímetros dos triângulos AMN e PQR é: circunferência maior em D.
A
B
C T
M P N
A
B C
Q R

10
A)
9 D
9
B)
8 No sentido anti-horário, sobre a circunferência maior, o arco BD
7 mede 150º, e o arco DA mede 110º. Então, o arco AC mede:
C) A) 20º
6 B) 30º
4 C) 40º
D)
3 D) 50º
7 E) 60º
E)
5
15. Considere as afirmações sobre polígonos convexos:
I. Existe apenas um polígono cujo número de diagonais coincide
12. Na figura a seguir, o triângulo ∆ABC é equilátero com lados de
com o número de lados.
comprimento 2 cm. Os três círculos C1, C2 e C3 têm raios de
II. Não existe polígono cujo número de diagonais seja o quádruplo
mesmo comprimento igual a 1 cm e seus centros são so vértices
do número de lados.
do triângulo ∆ABC. Seja r > 0 o raio do círculo C4 interior ao
III. Se a razão entre o número de diagonais e o de lados de um
triângulo ∆ABC e simultaneamente tangente aos círculos C1, C2
polígono é um número natural, então o número de lados do
e C3. Calcule 9(1 + r)2.
polígono é impar.

A) Todas as afirmações são verdadeiras.


C1 A B) Apenas I e III são verdadeiras.
C) Apenas I é verdadeira.
C4 D) Apenas III é verdadeira.
E) Apenas II e III são verdadeiras.

C2 C3
B C Gabarito
01 02 03 04 05
C * D B –
13. Prolongando-se os lados de um octógono convexo ABCDEFGH,
obtém-se um polígono estrelado, conforme a figura. A soma a1 06 07 08 09 10
+ ... + a8 vale A * * C A
11 12 13 14 15
α4
D 12 B C B
α5 α3
02: 60º
E D C
α6 – Demonstração
F B
G l  67
α7 H A α2 07: A) B) A
= =º 30’; B 22º 30‘; C
 = 90º
α8 2
4
08:
α1 3

A) 180º.
B) 360º.
C) 540º.
D) 720º.
SUPERVISOR/DIRETOR: MARCELO PENA – AUTOR: FABRÍCIO MAIA
E) 900º. ANDRÉ – REV.: CAMILLA

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