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Estudo Bíblico do
Salmo 139
Daniel Conegero

O Salmo 139 é um dos mais belos do Saltério. Um


estudo bíblico do Salmo 139 revela a forma com que o
salmista reflete acerca de quem é Deus. Esse salmo é
uma oração pessoal em forma de poesia na qual o
salmista medita nos atributos de Deus. Ele traz uma
preciosa exposição que contrasta a grandiosidade do
Senhor e a pequenez do homem.

Alguns críticos tentam datar esse salmo no período


após o exílico babilônico, até mesmo atribuindo sua
autoria a Zacarias. Mas é amplamente aceito que Davi é
o autor do Salmo 139. O próprio título do salmo aponta
para a autoria de Davi, mas a ocasião exata de sua vida
em que ele foi escrito é desconhecida.

Esboço do Salmo 139


O Salmo 139 é organizado em quatro partes que
destacam de forma central certos atributos de Deus.

Na primeira parte o salmista fala sobre a


onisciência de Deus (Salmo 139:1-6).

Na segunda parte o salmista fala sobre a


onipresença de Deus (Salmo 139:7-12).

Na terceira parte o salmista fala sobre a


onipotência de Deus (Salmo 139:13-18).

Na quarta parte o salmista fala sobre a santidade


de Deus e destaca o resultado prático e
experiencial que esse atributo moral de Deus
ocasiona em sua vida.

Onisciência, onipresença e onipotência são atributos


incomunicáveis. Isso significa que somente Deus é
quem os possui. Já a santidade é um atributo
comunicável. Deus compartilha dessa santidade
conosco e por isto Ele exige que sejamos santos. Ele
diz: “Sede santos, porque Eu sou Santo” (Levítico
19:2).

O Salmo 139 traz uma mensagem aterrorizante para o


pecador ao revelar a soberania de Deus sobre todas as
coisas. Mas ao mesmo tempo ele também traz uma
mensagem extremamente confortante ao revelar que o
Deus soberano governa todas as coisas de acordo com
sua infinita sabedoria, santidade e justiça. Ao mesmo
tempo em que o Salmo 139 fala de um Deus soberano e
transcendente, ele também fala de um Deus
intimamente pessoal e imanente.

O Deus onisciente (Salmo


139:1-6)


Senhor, tu me sondas e me
conheces. Sabes quando me
sento e quando me levanto; de
longe percebes os meus
pensamentos. Sabes muito bem
quando trabalho e quando
descanso; todos os meus
caminhos te são bem
conhecidos. Antes mesmo que a
palavra me chegue à língua, tu já
a conheces inteiramente, Senhor.
Tu me cercas, por trás e pela
frente, e pões a tua mão sobre
mim. Tal conhecimento é
maravilhoso demais e está além
do meu alcance, é tão elevado
que não o posso atingir.

Nos seis primeiros versículos o salmista nos apresenta


o Deus onisciente. Ele começa sua oração dizendo que
o Senhor é Aquele que o sonda e o conhece. Sondar
nesse texto transmite a ideia de “cavar”, “penetrar” ou
“alcançar o mais profundo”.

Ao dizer: “Senhor, tu me sondas e me conheces”; o


salmista declara que Deus sabe mais sobre sua vida do
que ele próprio. Ele reconhece que o conhecimento de
Deus vai ao mais profundo de seu ser, onde nem
mesmo ele é capaz de ir.

A partir do verso 2, o salmista fala sobre como Deus


conhece cada momento do seu cotidiano. Mas o
salmista vai ainda mais além. Ele declara que Deus
percebe de longe os seus pensamentos.

Na antiguidade os povos tinham um entendimento


territorial de suas divindades. Cada cidade possuía o
seu deus; eles pensavam que dentro dos limites
daquele território tal divindade reinava, conhecia e
protegia seus fieis.

Mas no Salmo 139 o salmista rompe e desconsidera


esse conceito pobre e falido. Ele apresenta um Deus
que não está preso a limites territoriais. Esse Deus não
conhece apenas aquilo que está dentro das fronteiras
de um determinado reino. O salmista fala de um Deus
que de longe percebe cada pensamento do homem.

O pai não conhece o pensamento do filho; o filho não


conhece o pensamento do pai. O marido não conhece o
pensamento da esposa, e nem a esposa o pensamento
do marido, por mais que se amem. Mas Deus conhece
os nossos pensamentos.

Acredita-se que cerca de dez mil pensamentos são


formulados diariamente em nossa mente. Muitos
desses pensamentos ocorrem num grau que nem
mesmo nós percebemos conscientemente. Isso
significa que Deus conhece os pensamentos que nem
mesmo nós conhecemos. Por isto o salmista diz que
Deus também conhece cada uma de nossas palavras,
antes de elas chegarem à nossa língua.

O Deus onipresente (Salmo


139:7-12)


Para onde poderia eu escapar do
teu Espírito? Para onde poderia
fugir da tua presença? Se eu
subir aos céus, lá estás; se eu
fizer a minha cama na sepultura,
também lá estás. Se eu subir
com as asas da alvorada e morar
na extremidade do mar, mesmo
ali a tua mão direita me guiará e
me susterá. Mesmo que eu
dissesse que as trevas me
encobrirão, e que a luz se
tornará noite ao meu redor, verei
que nem as trevas são escuras
para ti. A noite brilhará como o
dia, pois para ti as trevas são luz.

A primeira reação do pecador diante da grandeza e da


santidade do Deus onisciente é tentar escapar. Esse
sentimento de fuga pode ser percebido desde a Queda
do homem no Éden (Gênesis 3).

Mas no Salmo 139 o escritor entende o quanto isto é


inútil. Jamais poderemos fugir do Deus onipresente. O
salmista diz que os olhos de Deus o encontram onde
quer que ele vá, seja no mais alto céu, ou no mais
profundo abismo. Nem mesmo a morte pode esconder
o homem dos olhos de Deus!

O salmista também diz que se ele subisse com as asas


da alvorada e habitasse nos confins dos mares, a mão
de Deus o guiaria e o sustentaria. A ideia nessa
expressão é a de que mesmo que o homem pudesse
alcançar as bordas do planeta com a velocidade da luz,
ainda assim ele não estaria além do poder de Deus.

Caso o homem tente recorrer às trevas para se


esconder de Deus, o salmista também diz que isto é
impossível. Jamais alguém poderia se esconder nas
trevas daquele que no princípio disse: “Que haja luz!”
(Gênesis 1:2). Através do profeta Isaías Deus diz: “Eu
formo a luz e crio as trevas” (Isaías 45:7).

O Deus onipotente (Salmo


139:13-18)


Tu criaste o íntimo do meu ser e
me teceste no ventre de minha
mãe. Eu te louvo porque me
fizeste de modo especial e
admirável. Tuas obras são
maravilhosas! Disso tenho plena
certeza. Meus ossos não
estavam escondidos de ti
quando em secreto fui formado e
entretecido como nas
profundezas da terra. Os teus
olhos viram o meu embrião;
todos os dias determinados para
mim foram escritos no teu livro
antes de qualquer deles
existir. Como são preciosos para
mim os teus pensamentos, ó
Deus! Como é grande a soma
deles! Se eu os contasse seriam
mais do que os grãos de areia.
Se terminasse de contá-los, eu
ainda estaria contigo.

Na sequência do Salmo 139 o salmista fala sobre como


o Deus onisciente e onipresente mostra sua
onipotência na criação do homem. Ele mostra Deus
como um artesão perfeito que constrói sua obra de arte
no lugar mais improvável. Deus forma o homem
secretamente na escuridão do ventre materno, e ali o
enxerga com clareza e perfeição.

O salmista diz que Deus o teceu no ventre de sua mãe.


Como um tecelão perfeccionista que cuida
detalhadamente de cada fio que é entrelaçado, assim
Deus forma o homem. Depois de três mil anos que o
salmo 139 foi escrito, a ciência descobriu que o corpo
humano é tecido com bilhões e bilhões de células.

Alguns cientistas falam em algo superior a trinta


trilhões de células. O valor é estimado porque nunca
ninguém conseguiu contar! O núcleo de cada célula
possui cerca de dois metros de código genético
organizado como uma fita que assombrosamente
consegue caber num espaço que é tão pequeno que
precisa ser medido em milionésimos de metros. Mas
ainda assim, nenhum milímetro dessa fita genética se
embaraça!

A ciência não sabe responder exatamente como isso


pode ser possível, mas a Bíblia responde. O Salmo 139
declara que isso é possível porque o próprio Deus é
quem entretece o homem!

No verso 16 os intérpretes tem se dividido quanto à sua


interpretação. Basicamente há duas possibilidades. A
primeira diz que o salmista afirma que os seus
membros foram escritos no livro de Deus antes que
qualquer um deles existisse. A ideia seria algo como um
arquiteto que planeja, registra e executa cada detalhe
do seu projeto. Nesse sentido, cada detalhe de cada
membro de nossos corpos foi planejado e conhecido
de acordo com o propósito soberano de Deus antes de
seu desenvolvimento.

A outra possibilidade defende que são os nossos dias


que foram registrados no livro de Deus antes que
qualquer um deles existisse. A ideia é a de que o Deus
que nos formou minuciosamente também planejou
nossos dias até o fim, desde o começo. O contexto
favorece as duas interpretações, e biblicamente as
duas hipóteses são verdadeiras. Refletindo sobre a vida
humana, certa vez Jó declarou: “Visto que os seus dias
estão determinados, contigo está o número dos seus
meses; e tu lhe puseste limites, e não passará além
deles” (Jó 14:5).

Diante de algo tão maravilhoso, o salmista não fica


ofendido, mas se rende à grandeza de Deus. Se por um
lado Deus conhece exaustivamente todos os seus
pensamentos, por outro lado o salmista declara não ser
capaz de enumerar os preciosos pensamentos de
Deus. Tentar contá-los seria um delírio!

Mais tarde o apóstolo Paulo ficou tão extasiado quanto


Davi diante dos decretos eternos de Deus. Por isto ele
concluiu: “Porque dele, e por Ele, e para Ele são todas
as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém!”
(Romanos 11:33-36).

O santíssimo Deus e a
submissão do homem a Ele
(Salmo 139:19-24)


Quem dera matasses os ímpios,
ó Deus! Afastem-se de mim os
assassinos! Porque falam de ti
com maldade; em vão rebelam-
se contra ti. Acaso não odeio os
que te odeiam, Senhor? E não
detesto os que se revoltam
contra ti? Tenho por eles ódio
implacável! Considero-os
inimigos meus! Sonda-me, ó
Deus, e conhece o meu coração;
prova-me, e conhece as minhas
inquietações. Vê se em minha
conduta algo que te ofende, e
dirige-me pelo caminho eterno.

Algumas pessoas não conseguem entender a última


parte do Salmo 139. Alguns pensam que essa última
parte não se harmoniza com o restante do salmo. Mas
é fácil perceber que essa última parte é a única
conclusão possível depois de o salmista refletir sobre a
grandeza de Deus.

Em primeiro lugar, ele demonstra sua indignação contra


aqueles que ousam fazer pouco caso de um Deus tão
grande e maravilhoso. Por isto ele declara odiar os
ímpios. Aqui é importante entender que não há
contradição alguma com o ensinamento de Jesus no
Novo Testamento de que temos que amar nossos
inimigos. O salmista não está declarando sua ira contra
seus próprios inimigos, mas contra os inimigos de
Deus.

O ódio que o salmista sente e registra no final do Salmo


139 não está sob a base do egoísmo. Essa santa ira é a
reação esperada daqueles que conhecem o verdadeiro
Deus e não aceitam que alguém blasfeme dele. No
Salmo 139 o escritor bíblico não está preocupado com
sua própria honra, mas com a honra de Deus. Aqui a
cabe o conselho do apóstolo Paulo: “Ireis e não
pequeis” (XX).

Mas o salmista também demonstra não ser um


hipócrita. Ele não aponta sua indignação apenas contra
os ímpios, mas também contra ele mesmo. Ele sabe
que no fundo, por sua própria natureza, ele não é
melhor do que eles. Por isso ele sente temor diante da
santidade de Deus. Então naturalmente ele encerra sua
oração com um sincero pedido para que Deus o sonde,
o prove, o esquadrinhe, e veja se há nele algo de
errado.

O salmista reconhece que nem mesmo ele próprio é


capaz de discernir completamente seu coração. O
profeta Jeremias escreve que o coração do homem é
enganoso (Jeremias 17:9). O salmista temia que algum
mal oculto pudesse estar dentro dele. A palavra
hebraica traduzida como “mal” é bastante ampla. Ela
transmite, inclusive, um sentido de idolatria. Nesse
sentido é como se o salmista estivesse dizendo: “Deus,
sonda-me e veja se há algo escondido em mim que
pecaminosamente possa querer tentar rivalizar com
sua grandeza e ofender sua presença”. No final, ele
pede: “Dirija-me pelo caminho eterno”.

Aplicações do estudo do
Salmo 139
Obviamente são muitas as lições que aprendemos com
o estudo do Salmo 139. Aqui citaremos quatro
aplicações centrais desse salmo.

Em primeiro lugar, o Salmo 139 nos ensina que é


impossível enganar ou passar despercebido pelo Deus
onisciente. Ele conheçe cada detalhe e momento de
nossa vida; conheçe exaustivamente os nossos
pensamentos. Ele sabe mais sobre nós que nós
mesmos.

Aqui podemos lembrar o episódio em que o profeta


Samuel foi à casa de Jessé para ungir o novo rei de
Israel. Ele ficou impressionado com a aparência de
Eliabe, o irmão mais velho de Davi, mas Deus lhe disse:
“Não atentes para a sua aparência, nem para a altura
da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o
Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o
que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o
coração” (1 Samuel 16:7).

Em segundo lugar, o Salmo 139 nos ensina que é


impossível escapar do Deus onipresente. O profeta
Jonas foi alguém que pensou poder fugir de Deus.
Talvez ele tenha pensado que seguindo no sentido
contrário ao que lhe foi ordenado, ele conseguiria
escapar do Senhor. Ele não poderia estar mais
enganado.

Em terceiro lugar, o Salmo 139 nos ensina que é


impossível se esconder do Deus onipotente. Ainda no
exemplo de Jonas, o profeta não apenas tentou fugir de
Deus, mas também tentou se esconder dele. Ele se
deitou no porão de um navio no meio do mar, mas o
Deus onipresente o encontrou ali. Como alguém
poderia se esconder em pleno mar justamente daquele
que criou o mar e a terra seca? Quão inútil e sem
sentido era o plano de Jonas (Jonas 1:9).

Em quarto lugar, o Salmo 139 nos ensina que é


impossível permanecer o mesmo após conhecer o
grandioso e verdadeiro Deus; o Santíssimo criador e
sustentador de todas as coisas. Se dizemos que
conhecemos a Deus, mas não nos indignamos com a
rebelião do pecador contra Ele; se aceitamos como
algo normal a transgressão de sua Lei; e se vivemos
nossas vidas flertando com o pecado, então há algo de
muito errado conosco.

Que a oração do salmista no Salmo 139 seja também a


nossa mais sincera oração em todos os dias de nossas
vidas: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração;
prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em
minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo
caminho eterno” (Salmo 139:23,24).

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2 Comentários

Elaine Souza
2 de agosto de 2018 às 10:11

Estudo bíblico muito bom. Deus te abençoe.

sueli Franisca Conceição


10 de agosto de 2018 às 20:24

É maravilhoo, jamais podemos escapar de


Deus quando nos chama para servi-lo e adora-
lo, oração muito sabia do salmista , pedir p
Deus analizar seu carater seu coração e seus
camihos é tremendo.Meu DEUS É Forte
Demais!!!!!!!!!!!!!

Quem tem chamado de Deus jamais consegue


se esonder de Deus.

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