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PRESSÃO

ATMOSFÉRICA
Determinante dos movimentos verticais
e horizontais das massas de ar

Dinâmica da atmosfera
Pressão atmosférica

Equação do equilíbrio hidrostático:

Onde:
 - densidade do ar
g – aceleração da gravidade
z – altura da camada de ar
Superfície

PESO DA COLUNA DE AR
SOBRE A SUPERFÍCIE
Medição da pressão atmosférica

Barômetro de Torricelli
(1643)

h = 760 mmHg

Temperatura = 0oC
Pressão = nível do mar

760 mmHg = 1013,25 mb = 1013,25 hPa = 10,33 mca = 1 atm


Medição da pressão atmosférica

Ajuste da
temperatura e
da altitude
Medição da pressão atmosférica
Registro da pressão atmosférica
Variação da pressão em função da temperatura
Variação diária da pressão
atmosférica

Marés barométricas
Variação da pressão em
função da temperatura
O aquecimento ou resfriamento da coluna de ar
influencia a pressão na superfície

10 km

500 mb 500 mb
500 mb
500 mb H 500 mb H

0 km
1000mb 1000mb 1000mb 1000mb 1004mb 996mb

Resfriar Aquecer

A B C
Redução da pressão ao nível do mar
Nível de referência

Nível
do
mar

Para o ajuste da pressão ao nível do mar deve-se usar a equação da hidrostática


Em média 0,1 mb a cada 1 m de variação de altura
Mapas de pressão - Isóbaras
DIFERENÇAS DE PRESSÃO

VENTOS
Vento: velocidade e direção
Ventos → diferença de pressão atmosférica entre duas regiões.
Fatores da macroescala → responsáveis pela formação dos
ventos predominantes,
Fatores da topografia e da microescala → influência na
formação dos ventos locais.
Efeitos do vento sobre as plantas

Efeitos Favoráveis Efeitos Desfavoráveis

Redistribuição do calor Acamamento de plantas


Prejudica a atividade de insetos
Evaporação
polinizadores
Dispersão de gases poluentes Desconforto animal (frio)
Suprimento de CO2 para a Aumento da transpiração
fotossíntese Fechamento dos estômatos
Transpiração Redução da área foliar
Dispersão de sementes e pólen

Forte = ruim Moderado = bom Fraco = também ruim


Caracterização do vento
DIREÇÃO
É indicada pela direção de onde o vento é proveniente, ou seja, de onde ele
vem.
A direção é expressa tanto em termos da direção como em termos do
azimute, isto é, do ângulo que o vetor da direção forma com o Norte
geográfico local.
Exemplo: vento de SE terá um ângulo variando entre 112,5 e 157,5º.
0o

315o 45o

270o 90o

225o 135o

180o
Caracterização do vento
VELOCIDADE

[270 o (W) ; 75 nós]

[45 o (NE) ; 55 nós]

1 nó = 0,514 m. s-1 = 1,853 km.h -1


Medição do vento
Estações convencionais

Cata-vento de Wild
(10m de altura)
Medição do vento
Estações convencionais

Anemômetro de
conchas tipo
totalizador
(2m de altura)
Medição do vento
Estações convencionais

Anemógrafo
Universal
(10m de altura)
Medição do vento
Estações automáticas

Anemômetros sônicos Anemômetros modernos


Velocidade do vento
Mapas de vento
DINÂMICA DA
ATMOSFERA TERRESTRE

VENTOS
PREDOMINANTES
FORÇAS QUE GOVERNAM OS
MOVIMENTOS

Lei de Newton (do movimento)


“A variação por unidade de tempo da quantidade de movimento de um
corpo é igual a soma das forças que atuam sobre ele”

 
dv
  F
dt
FORÇAS FUNDAMENTAIS QUE GOVERNAM OS
MOVIMENTOS

Força do gradiente de pressão

 dp
890

Fp 
990

Fp 1000

dz 1100

1200


Fp define a direção e velocidade do movimento
FORÇAS FUNDAMENTAIS QUE GOVERNAM OS
MOVIMENTOS

Força do gradiente de pressão

1000
1010

1020

A
FORÇAS MODIFICADORAS DOS MOVIMENTOS
•Força de Coriolis (efeito da rotação da Terra - direção)
FORÇAS MODIFICADORAS DOS MOVIMENTOS
•Força de Coriolis (efeito da rotação da Terra - direção)

Hemisfério Sul

890

990

1000
Fc
1100

1200


FC  2MVsen

onde: M - massa do ar
V - velocidade do vento
Ω - velocidade angular da terra (15o/h)
Φ - latitude
FORÇAS MODIFICADORAS DOS MOVIMENTOS

• Força centrífuga – direção

• Força da gravidade
Fg = m.g

Onde m é a massa e
g é a aceleração da gravidade
FORÇAS MODIFICADORAS DOS MOVIMENTOS
• Força de atrito com a superfície (< 500m) – velocidade
FR = -kV

Onde k é o parâmetro de rugosidade da superfície da terra e


V é a velocidade do vento

Altitude (metros)
Camada de atrito

Nível do mar
Estação meteorológica
Conversão da
Altura
altura de
medição da
velocidade do z
vento
Velocidade do vento (u)

Culturas
Altura

z
Equação de Pasquill
D
u1/u2 = (z1/z2) 0,1428
Velocidade do vento (u)
FORÇA RESULTANTE

     
dv
  FP  FC  FCE  FR  Fg
dt
Onde:
P – gradiente de pressão
C – Coriolis
CE – centrífuga
R – atrito
g - gravidade
FORÇA RESULTANTE
Circulação geral da atmosfera

Tropopausa

Globo HOMOGÊNEO E PARADO


FORÇA RESULTANTE
Circulação geral da atmosfera

Modelo teórico da circulação geral da atmosfera


Célula de FERREL
(Globo HOMOGÊNEO E GIRANDO)
Célula POLAR Célula de HADLEY
FORÇA RESULTANTE
Circulação geral da atmosfera

Condição média observada da circulação geral da atmosfera


(Globo HETEROGÊNEO E GIRANDO)
Circulação A B
secundária da
atmosfera Circulação Circulação
anticiclônica ciclônica

Centros de ação

Na superfície Dispersora de ventos Receptora de ventos


Mapas de pressão - Isóbaras
DINÂMICA DA
ATMOSFERA TERRESTRE

VENTOS LOCAIS
Ventos locais (periódicos)
Brisa de Montanha e Vale
Brisa de Vale (ou anabática)
Dia Ocorre durante o dia, devido à
diferença de temperatura entre o
vale (maior) e as montanhas
(menor).
Auxilia na formação de nuvens.

Brisa de Montanha (ou catabática) - Noite


Ocorre durante a noite, pois o ar
frio, mais denso, escoa pela encosta
indo se depositar na baixada.
Ventos locais (periódicos)
Ventos Fohen ou Chinook – efeito orográfico

Vento Forte

Resfriamento,
condensação
(formação de
nuvens e chuvas
orográficas) Seco e
quente

Ventos fortes e secos que se formam a sotavento de barreiras orográficas.


Muito comuns nas Montanhas Rochosas (Chinook) e nos Andes (Zonda).
Ventos locais (periódicos)
Brisas de Mar e Terra

Brisa Marítima – ocorre durante o Brisa Terrestre – ocorre durante a


dia, quando o oceano encontra-se noite, quando o continente
relativamente mais frio que o encontra-se relativamente mais frio
continente que o oceano
Ventos locais (periódicos)
Monções

Mais conhecida: Índia


Quebra-ventos
CONCEITO
É um sistema aerodinâmico, natural ou
artificial, que serve como anteparo para
atenuar o padrão de velocidade média e da
turbulência do vento, proporcionando
melhorias às condições ambientais através
do controle do microclima da área
protegida.
Quebra-ventos
VEGETAL PERMANENTE
Quebra-ventos
VEGETAL TEMPORÁRIOS (culturas anuais ou semi-permanentes
Quebra-ventos
Pinus
Espécies VEGETAIS

Acácia

Pinus radiata
Eucalipto
Quebra-ventos
Artificiais

Tela branca de nylon com malha de 70%

Tela preta de nylon com malha de 50%

Proteção individual
Características que devem ser consideradas
na elaboração de quebra-ventos
• Orientação (quanto + perpendicular > a proteção)

• Altura das árvores (proteção ≈ altura)

• Comprimento

• Espessura (no filas de plantas)

• Densidade/porosidade

• Composição de espécies
Freqüência relativa média da
direção do vento

Frequência relativa média mensal da direção do vento em


Viçosa-MG, período 1970-80 (Fonte: Vianello e Alves, 1991)
Quebra-ventos
Orientação
Forma de L
e forma
Vento
predominante
100 m

Forma de U Forma de H

100 m
Tipos

25 H
100 4,4 m
Esquema
Velocidade (%)

75
2,2 m
representativo
da atuação de 50

quebra-ventos 25 0,55 m

porosos 0
0 25 H
Distância (H)
Tipos

10 - 15 H
100 4,4 m
Esquema
representativo 75

da atuação de 50 2,2 m

quebra-ventos
25 0,55 m
densos
0
0 15 H
Distância (H)
Direção do vento

1,4

1,2

Distância do
4 8 12 16 20 24
QV (*H)
0,8

0,6

0,4 Efeito do uso de QV no


microclima, na umidade do solo
QV
e na produtividade vegetal
Fonte: Sentelhas/Angelocci
Vegetal misto
(culturas anuais, arbustos
e árvores)

Design de um
quebra vento
misto

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