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MARIA DA BÍBLIA OU OUTRA

COISA?
Comentário & Análise por L. A. Marzulli
As Recentes Aparições Marianas no Norte do Iraque e o Sinal de Jonas
Essas aparições, que aconteceram sobre a cidade de Alqosh na quarta-feira à noite em
21 de Janeiro de 2015, têm sido comparadas àquelas de Nossa Senhora de Zeitoun no
Egito, uma vez que elas aparecem classificadas sob uma rara categoria de visio
sensiblis, onde elas são completamente visíveis a todos os presentes, e podem até
mesmo ser capturadas em câmeras.
Antes de mais nada eu gostaria de dizer que amo Maria, a mãe de Yeshua/Jesus. Tenho
um alto apreço por ela, pois dela nasceu o Messias. As escrituras falam sobre
ela:“Todos os homens me chamam de abençoada. ”
No entanto, as então chamadas aparições Marianas que também aconteceram em lugares
como Fátima em Portugal no ano de 1917, ou mais recentemente em Medjugorje na
Bósnia, só fazem aparecer cada vez mais nas últimas duas décadas e sendo presenciadas
por indivíduos que dizem ter visto as tais aparições Marianas.

Agora, em 2015, algo está acontecendo no Iraque. A pergunta que temos que nos fazer é
a seguinte: será que isso que está acontecendo agora e no passado é o que estão
imaginando? Por que Maria seria capaz de se materializar por sua própria vontade e por
que quando isso acontece na maior parte dos casos essas aparições são como formas
brilhantes de luz? (veja foto abaixo).
Deem uma boa olhada
na foto acima que supostamente veio do Iraque. Mesmo ela nos lembrando uma figura
humana, afirmar que essa é a Maria da Bíblia é muito estranho.
Fomos alertados que até mesmo o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz. 2
Coríntios 11:14
Entendo que existem muitas pessoas que acreditam nas então chamadas aparições
Marianas, e não vou começar aqui a destruir suas crenças nesse blog. Tendo dito isso,
alguém aí que presenciou esse tipo de fenômeno já testou esses espíritos de verdade em
algum desses eventos? Em Fátima, Portugal no ano de 1917, milhares de pessoas se
juntaram, incluindo o clero e mesmo assim ninguém que eu tenha conhecimento sequer
desafiou a aparição que aconteceu ali.
Para ser justo aqui, existem também algumas pessoas que se dizem evangélicas que
afirmam ver anjos. Um homem que lidera o que considero como uma piada de
reavivamento, afirmou que um anjo apareceu a ele e se chamava Emma.
Voltando à Bíblia como nosso “guia do Sobrenatural”, vemos que não existem “anjas”
na narrativa Bíblica. Dessa forma alguma coisa aqui não está se encaixando quando
vemos homens que afirmam terem visto “anjas”. (NA: em Zacarias 5:9 o profeta tem
uma visão de mulheres com asas de cegonha, e visões de mulheres com asas sempre são
uma mostra demoníaca na Bíblia, uma vez que estão ligadas a luxúria, prostituta e etc.
Leiam esse capítulo de Zacarias e ainda verão uma mulher que sai de dentro do efa e é
a prostituta que será libertada no fim dos dias.)
Então o que fazemos com isso? Sabemos que nos últimos dias teríamos tempos
problemáticos como nos disse Yeshua/Jesus: muitos virão em meu nome dizendo ‘eu
sou o Messias’. Mateus 24:5.
Não acredito que essas aparições sejam a Maria da Bíblia. Digo que elas são outra coisa
e, mesmo que elas estejam nos dando uma aparência de algo benevolente, na minha
opinião elas são os mensageiros do engano.
Fechando o post de hoje: através das narrativas bíblicas, vemos anjos aparecendo aos
homens e mulheres com mensagens. Eles sempre aparecem como homens e ponto. Eles
entregam suas mensagens ou alertas e depois vão embora. Acredito em anjos e também
acredito que eles podem aparecer. No entanto, essas formas de luz são incríveis aos
nossos olhos e agradáveis à carne, mas, na minha opinião, não são a Maria da Bíblia.
Então aqui estamos em 2015 e temos algo sobrenatural acontecendo no Iraque…talvez o
Príncipe da Pérsia mais uma vez esteja se utilizando de seus velhos truques, uma vez
que sua autoridade nunca fora deposta dessa região. Então, com todo respeito àqueles
que desejosamente abraçam isso como uma aparição da Maria da Bíblia, eu vos alerto
que tenham cuidado e testem o espírito por trás desses show de luzes, em outras
palavras, repreenda primeiro e faça perguntas depois.
Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já
muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.
Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo
veio em carne é de Deus;
E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas
este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já agora está
no mundo.
1 João 4:1-3
POR QUE O PAPA ESTÁ
PROVOCANDO UMA GUERRA
CONTRA ISRAEL?

Lei
tores deste blog, leiam com atenção, pois a notícia que posto hoje nunca irá à TV
com tal análise abaixo. Oremos por Israel.
Nunca houve nos últimos 2000 anos um apoio do Vaticano a favor do Muçulmanos
controlarem a Terra Santa. Por que agora?
Primeira foi Cuba e agora os Palestinos. O Papa Francisco é um homem numa missão.
Mas qual é exatamente essa missão? A retórica, a linguagem corporal, os gestos
graciosos, os sorrisos incessantes e cumprimentos dão a impressão de um líder altruísta
determinado a negociar a paz, cooperação e tranquilidade. Em Cuba, Israel e todo esse
planeta caótico e desunido.

Mas vamos considerar as suas decisões e ações. Tanto em Cuba quanto em Israel, o
Vaticano tem criado tensão, desunião e instabilidade tamanhas que estão mais é levando
a um conflito e guerra.

Ontem o Vaticano revelou que reconheceu formalmente o “estado da Palestina” em um


novo tratado já finalizado com os Palestinos. (O Papa Francisco e o Vaticano já haviam
anteriormente apoiado o “estado da Palestina”, mas nunca de uma maneira formal como
essa). O tratado define as atividades da Igreja Católica nas áreas controladas pelos
Palestinos, e foi assinado por ambos os lados nesse Sábado dia 16 de maio quando a
Autoridade Palestina, o Presidente Mahmoud Abbas esteve em visita ao Vaticano.

Os críticos de Israel e patronos de um Estado palestino são exaltados. O movimento


para o reconhecimento de um estado Palestino ganharam momento nos últimos anos,
particularmente dentro das Nações Unidas; um endosso do Papa e do Vaticano é algo
muito grande. O tempo irá dizer, mas ganhar o apoio do líder mais respeitado e
admirado na Terra pode ser só o que se precisava para o projeto do estado da Palestina
chegar ao seu surgimento.
Para o estado Judaico e seu cada vez mais escasso número de apoiadores, a decisão do
Vaticano foi uma grande bomba. “Esse tipo de atitude não promove o processo de paz e
distancia as lideranças palestinas para um retorno direto e negociações bilaterais”, disse
o ministro das relações exteriores de Israel numa mensagem de texto à Imprensa
Associada.

Na verdade o Vaticano não pediu nada dos Palestinos em retorno do seu apoio ao estado
Palestino. Não houve nenhum requerimento da Autoridade Palestina (PA) para um
embate sincero e conversas de paz com Irael, nenhuma ordem para o regonhecimento do
direito de Israel existir, e nenhuma demanda para que cortem suas conexões com o
Hamas e que renunciem publicamente às ambições do Hamas. Nada.

“A única coisa que podemos ter certeza é que isso não vai aumentar as chances de paz”,
explicou Jonathon Tobin, editor online sênior da revista Commentary. “Ao garantir o
reconhecimento oficial aos Palestinos sem primeiramente requerer que eles fizessem a
paz com Israel, o Papa Francisco e a igreja só deixaram claro que eles cada vez menos
querer que isso aconteça”. Outros foram ainda mais dramáticos. Abraham Foxman,
diretor nacional da Ligua Anti-Difamação, liberou uma declaração dizendo que a ação
do Vaticano “serve para destruir a única solução real para décadas de um antigo
conflito.”
Mort Klein, presidente da Organização Zionista da América, alertou que o endosso do
Vaticano ao estado Palestino é um sinal de ressurgência da “Histórica Inimizade de
Católicos para com os Judeus”.

O alerta de Klein é realmente digno de nota. O Papa Francisco e o Vaticano estão


vendendo essa decisão como um gesto rotineiro de boa vontade para com os Palestinos,
e uma decisão que poderia até mesmo acelerar o processo de paz. Não compre essa
idéia! O endosso do Vaticano à causa palestina irá adicionar momentum ao movimento
internacional para o estado Palestino. Isso irá colocar mais pressão sobre Israel para que
estava faça mais concessões, até mesmo em detrimento à sua própria existência. E
quando e se Israel se recusar a conceder, ela certamente será dada como responsável por
uma inevitável tensão e conflito.
O processo de paz entre Israel e Palestinos está destinado a terminar em conflito, e o a
decisão do Vaticano só fez acelerar esse processo.
O tempo em que isso acontece também é interessante. O Primeiro Ministro de Israel,
Benjamin Netanyahu foi reeleito recentemente e na última semana já finalizou uma
coalizão de governo que pode ser ainda mais dura que a anterior. Dando continuidade, o
governo de Israel, justificavelmente, razoavelmente e sabiamente, continuará a ser
extremamente cuidadoso sobre quaisquer tipo de acordo de paz com os Palestinos. O
primeiro ministro de Israel está tentando desacelerar o momentum frente ao estado
Palestino, convencendo as nações de que a PA não é confiável, e convencer a
comunidade internacional a demandar mais dos Palestinos em retorno de um estado. O
anúncio do Vaticano destrói tudo isso e deixa o trabalho do Primeiro Ministro
Netanyahu muito mais difícil. Essa foi uma mensagem velada ao governo conservador
de Israel: Não fiquem muito excitados, e não fiquem muito confortáveis.
Imaginem Netanyahu sentando para discutir o processo de paz com outro líder
mundial. Se o Papa Francisco apoia o estado Palestino sem quaisquer demandas pelo
lado dos Palestinos, por que eu deveria? O Sr. Netanyahu poderia ouvir esse repertório
de qualquer líder com o qual ele fosse se encontrar. E quanto mais ele se recusar a
aceitar um acordo no qual o outro lado não deseja alterar suas ambições genocidas, o
primeiro ministro de Israel será marginalizado e entrará em ostracismo.
Vale a pena lembrarmos nas guerras dos Balcãs, cenas que dominaram as telas de
nossas TVs na década de 90. O Vaticano, junto com a Alemanha, teve um papel chave
em instigar a dissolução da Iugoslávia e conflitos longos e brutais surgiram. Como? Ao
ser um dos primeiros a reconhecer formalmente (apesar da forte oposição dos EUA, da
União Europeia e da ONU) as separatistas regiões da Croácia e Eslovênia como estados
soberanos independentes. A maior parte da comunidade internacional obedientemente
seguiu junto. Dentro de meses, a Península Balcânica estava em guerra (para mais
informações sobre essa história crítica, leia aqui em inglês sobre A Conquista Alemã dos
Balcãs).
Será que veremos tensões e conflitos similares em Israel como resultado do apoio do
Vaticano aos Palestinos? Parece ser inevitável.

Considerem só mais um último raciocínio. Não é estranho que o Papa Francisco e o


Vaticano parecem apoiar que os Muçulmanos controlem partes de Jerusalém?

Não consigo pensar num simples momento nos últimos 2000 anos quando o Vaticano
sinceramente endossou o controle Muçulmano de Jerusalém. Mas posso, no entanto,
relembrar múltiplas ocasiões quando o Vaticano instigou guerreiros Católicos e os
despachou para a Terra Santo para pegar o controle dos Muçulmanos. Por que o Papa
Francisco rejeita dois milênios de história Católica, e até mesmo rejeita a doutrina e
tradições católicas, e apoia a soberania Muçulmana na Terra Santa? Isso é realmente
muito estranho.

Na verdade, o Papa Francisco e o Vaticano não apoiam a presença de Muçulmanos em


Jerusalém assim como a presença de Judeus.

Existem duas simples razões para que o Vaticano, por agora, faça parecer que estão
apoiando o estado Palestino e uma grande influência Muçulmana sobre Jerusalém.
Primeiro que isso destrói o controle de Israel sobre a Terra Santa. Quando se diz
respeito a diminuir o domínio de Israel sobre Jerusalém e seus locais sagrados, o
Vaticano fica feliz em ver os Palestinos fazendo o trabalho sujo. Se dermos uma olhada
honesta nas lideranças palestinas e seus governos, pelo menos até agora nós vemos uma
corrupção endêmica, falta de gestão, lutas internas e desentendimentos internos.
Poderiam os palestinos ter sucesso na criação de um estado Palestino estável, próspero e
seguro? Pouquíssima chance.
Segundo, o endosso do Vaticano ao estado Palestino providencia um disfarce ideal para
sua própria ambição de pegar o controle de Jerusalém dos Judeus e Muçulmanos.

Lendo sobre o tratado assinado nesse Sábado, não podemos nos perguntar outra coisa a
não ser: será que o Vaticano se tornou uma espécie de instituição comparável aos
palestinos? Jerusalém é tão importante e significante para a Igreja Católica quanto a
própria Roma, provavelmente até mais. Existem muitos lugares que a Igreja Católica
considera como de grande valor. O que será que a PA aceitou ceder ao Vaticano em
retorno pelo endosso do estado Palestino? Isso é uma conjectura. Mas é assim que
funciona a política, relações internacionais e natureza humana. Pessoas, nações e até
mesmo a maioria das religiões, aceitam fingir uma amizade e paz na perseguição de
seus objetivos.

Há 4 anos atrás, o jornalista italiano Giulio Meotti, escrevendo para o Arutz


Sheva,explicou como as autoridades católicas haviam “aumentado suas iniciativas
políticas para um controle católico sobre alguns lugares em Jerusalém”. Ele relembrou,
por exemplo, como o chefe do Conselho do Vaticano para Diálogos Inter-religiosos, o
Cardeal Jean-Louis Tauran, já havia dito que “as negociações de paz no Oriente Médio
deveriam tocar no problema do status dos lugares santos de Jerusalém”. De acordo do
Tauran, o tempo havia chegado para alguns locai santos de Jerusalém, incluindo a
Cidade de Davi, que deveriam ser colocados sob comando do Vaticano. Depois de tudo,
“é praticamente justo para a Santa Sé, a qual se preocupa com Jerusalém”, afirmou
Tauran.
Histórias como essas são incomuns. Não é normal lermos sobre o amor do Vaticano
para com Jerusalém e sua procura por mais controle. Mas aqui estamos e ela está
aumentando. O Vaticano não é um partido neutro e sem ameaças nesse conflito (apesar
da mídia pensar dessa forma). A história nos mostra que Jerusalém é tão importante
para o Vaticano quando para Judeus e Muçulmanos. Para os Católicos, Jerusalém é o
lugar de nascimento do Cristianismo e onde aconteceram muitos eventos bíblicos
importantes. A Cidade Santa, como afirma o dogma Católico, é o seu quartel general
universal.

Será que alguém realmente acha que o Vaticano deseja genuinamente ceder o controle
desses lugares aos Muçulmanos?

Precisamos olhar para o passado, os apertos de mão e as condolências, para realmente


entendermos o que é que está acontecendo aqui. Essa decisão é parte de uma
estratégia a la Cavalo de Tróia por onde o Vaticano procura ganhar a confiança dos
Palestinos e da comunidade internacional antes de procurar mais ativamente obter
Jerusalém e seus locais santos. Independentemente do que aconteça, a última coisa que
podemos esperar é que o Vaticano fique braços cruzados enquanto os Muçulmanos
assumem o controle do Cristianismo e seus locais santos. Isso nunca vai acontecer.
De fato, colocar Jerusalém sob controle “internacional”, tem sido uma estratégia do
Vaticano há décadas. Em 1949, o plenipotenciário ministro britânico (essencialmente,
um embaixador) no Vaticano, John Victor Perowe, escreveu que “o Vaticano preferiria,
do ponto de vista do destino dos lugares sagrados e dos interesses Católicos da Palestina
de maneira geral, que nem Judeus e nem Árabes, mas um terceiro poder, tivesse
controle sobre a Terra Santa. Tal solução é bem conhecida, no entanto, é inatingível, e
nas atuais circunstâncias ele prefere os Árabes aos Judeus”.

Então aqui temos o que deverá acontecer, pelo menos de alguma forma. Essa decisão
pelo Vaticano irá unir os Palestinos em sua conquista por Jerusalém, e ao mesmo tempo
deixar o estado judeu em ostracismo, e aumentar as tensões entre Israel e os Palestinos,
talvez até o ponto de conflito (mais ataques terroristas e etc.). Com a deterioração da
situação, Israel continuará a procurar por assistência em outros países e suporte. As
relações com seus aliados tradicionais, América e Inglaterra, estão rapidamente se
deteriorando, e esses países não apresentam a menor vontade de ajudar Israel, pelo
menos no que podemos entender até agora. A Rússia e a China estão mais do lado dos
Muçulmanos do que dos Judeus. Israel se encontrará sozinha e com apenas uma opção:
gritar pela Alemanha e Europa.

É verdade que os europeus e seus líderes não são muito apoiadores dos judeus e do
estado judaico. Então mais uma vez, a Alemanha, e pelo menos o seu Chanceler, são até
então os amigos mais próximos de se aliarem a Israel agora. Esperem e verão Israel
pedir ajuda e assistência à Alemanha. ESSA É EXATAMENTE A RESPOSTA QUE O
VATICANO ESTÁ PROCURANDO!

A União Europeia e o Vaticano possuem o mesmo objetivo oficial para Jerusalém. Eles
querem torna-la uma cidade internacional, controlada não por Judeus nem por Árabes,
mas por um terceiro partido.

Por que o Vaticano quer isso? Em seu livro Cristãos e Judeus: Fé a Fé, o Rabino James
Rudin escreveu que as Igrejas Ortodoxas Orientais que possuam a maior parte doso
lugares sagrados cristãos de Jerusalém, se opõem à internacionalização da cidade, por
isso “iria dar um grande controle dos lugares cristãos de Jerusalém e suas instituições à
Igreja Católica Romana, que possui uma influência significante na Europa e Hemisfério
Ocidental. ”
Não é preciso fazermos um grande exercício de imaginação para vermos que o Vaticano
acabará sendo dono da cadeira de chefia quando a Jerusalém “internacional” for
governada! (Afinal de contas, o Papa Francisco mediou a paz entre América e Cuba.)

Israel está sem chances contra tudo isso agora. Mas quanto mais ela ficar isolada e sua
situação ficar desesperadora, sua determinação vai começar a desmoronar.

É claro, essa é apenas a possibilidade de um cenário. Independentemente de como


aconteça, as ambições do Vaticano em Jerusalém já estão bem documentadas. Ele está
desesperadamente procurando ter um grande controle sobre Jerusalém, e cada passo que
ele dá, a diplomacia de Israel e os Palestinos Árabes vai chegando a um fim.

Giulio Meotti

Por que padrões tão diferentes têm sido aplicados à Israel? Devido ao antissemitismo e
a aversão que sentem ao ver Israel novamente entre a família das nações. Para o
Vaticano, um Estado Judeu independente portador do nome “Israel”, tendo Jerusalém
como sua capital, e uma vida renovada na terra da Bíblia, é o problema teológico
cristão mais complexo e uma total contradição aos dogmas da Igreja.
E agora, devido ao mesmo antissemitismo, o Vaticano se apressou em reconhecer o
“Estado da Palestina”, esse cavalo de Tróia contra o povo judeu, uma ferramenta para
desmantelar o Estado de Israel e uma entidade proto-Nazista da qual todos os judeus
devem ser limpados.
Vemos chocados a ânsia do Papa Francisco em reconhecer o “Estado da Palestina”
antes mesmo deste ter sequer surgido e relembramos que essa mesma ânsia de um
outro Papa em reconhecer o regime Nazista, dando origem ao estabelecimento dele só
quatro meses depois.
Ambos são declarações morais de guerra contra o povo judeu.
NA: Só para lembrar que acompanha este blog, juntem aí o que estamos presenciando
nos dias de hoje:
 Vaticano querendo o controle de Jerusalém
 Vaticano vigiando o espaço no Monte Graham através do VATT (leiam Exo-Vaticana)
 Vaticano com grandes cientistas infiltrados no LHC no CERN para “abrir as profundezas do
abismo”
Esse ano nos prepara muitas profecias em acontecimento…mas não temam, ao invés
disso, olhemos para cima, pois sabemos que a salvação está próxima!
Hora vem Senhor Jesus! Ainda já tempo….

A evidência de que Pedro tenha sido o primeiro bispo de Roma

Diz a Igreja Católica Romana

"O Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro, "é o perpétuo e visível
princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiéis "
(LG 23). "Com efeito, o Pontífice Romano, em virtude de seu múnus de Vigário de
Cristo e de Pastor de toda a Igreja, possui na Igreja poder pleno, supremo e
universal. E ele pode exercer sempre livremente este seu poder" (LG 22; cf. CD 2.
9)." (CIC N° 882, negrito e sublinhados acrescentados)

"O ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida foi


confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em
nome de Jesus Cristo " (DV 10), isto é, foi confiado aos bispos em comunhão com
o sucessor de Pedro, o bispo de Roma."(CIC N° 85, negrito e sublinhados
acrescentados)

"... todo bispo exerce seu ministério dentro do colégio episcopal, em comunhão
com o Bispo de Roma, sucessor de São Pedro e chefe do colégio; os presbíteros
exercem seu ministério dentro do presbitério da diocese, sob a direção de seu
Bispo." (CIC N° 877, negrito e sublinhados acrescentados).

No entanto

Não existe evidência de que Pedro tenha fundado a Igreja de Roma, nem de que tenha
sido o seu primeiro bispo. Já que a ser isto verdade deveria ter ocorrido não
mais tarde que 64 a 67, datas prováveis do martírio de Pedro, o documento fundamental
para a nossa avaliação tem que ser o Novo Testamento. Eis aqui os dados:

[ 37 - 40 dC ]

1. A conversão de Paulo ocorreu provavelmente entre 34 e 37. Em Gálatas 1:13-18 Paulo diz
que três anos depois da sua conversão viajou até Jerusalém e permaneceu com Pedro durante
15 dias; portanto, em 37 ou 40 Pedro ainda estava em Jerusalém.

2. Em Actos 9 a 11 narra-se a actividade missionária de Pedro em Lida, Jope e Cesareia (Actos


9-11); portanto não estava por então em Roma.

[ 45 dC ]

3. Depois da citada digressão, Pedro voltou a Jerusalém (Actos 11:2). Em Actos 12:1-3 Lucas
nos diz que por esse tempo Herodes (Agripa) fez matar o Apóstolo Tiago, irmão de João, e
encarcerar vários cristãos, entre eles Pedro. A milagrosa libertação de Pedro enfureceu
Herodes Agripa (Actos 12:19). Ora bem, este rei morreu pouco depois (12:23). Segundo Flávio
Josefo isso ocorreu durante o quarto ano do reinado do imperador Cláudio, ou seja em 45,
e Pedro ainda estava em Jerusalém.

4. Em Gálatas 2:1, Paulo diz que 14 anos depois da sua primeira visita à igreja de Jerusalém,
retornou e esteve com Tiago (o irmão do Senhor), Pedro e João (2:9). Pedro ainda permanece
em Jerusalém. Depois disso, Pedro retribui a visita, viajando até Antioquia (ocasião em que
Paulo o repreende por judaizar); portanto se encontra ainda no Próximo Oriente,
longe de Roma.

[ 48 - 49 dC ]

5. Pedro tem um papel destacado no chamado "Concílio de Jerusalém" registado em Actos 15,
a propósito do problema dos judaizantes, que teve lugar provavelmente por volta de 48 ou
49; portanto nessas datas também não se encontrava em Roma. Depois disso, possivelmente
viajou pelas províncias orientais do império com a sua esposa (1 Coríntios 9:5).
[ 54 - 57 dC ]

6. A carta de Paulo aos Romanos se data entre 54 e 57. Escreve-lhes para "confirmá-los" e
"anunciar-lhes o Evangelho" (1:11-15), coisa estranha se se supõe que Pedro já
estava aliensinando, sobretudo quando se recorda que Paulo não queria gloriar-se
do feito por outros(2 Coríntios 10:15-16), e "edificar sobre o fundamento de outro"
(Romanos 15:20). Além disso, no capítulo 16 Paulo saúda pelo nome 26 pessoas que conhecia
na Igreja de Roma, mas não menciona em lado nenhum Pedro. Portanto, cabe
pensar que por volta de 57 Pedro também não estava em Roma.

[ 58 - 62 dC ]

7. Paulo foi feito prisioneiro e permaneceu em Roma entre 58 e 60 (ou 60 a 62), e


permaneceu ali não menos de 2 anos (Actos 28:30). A partir dali escreveu Efésios, Colossenses,
Filemom e Filipenses. Em nenhuma destas epístolas menciona a presença de
Pedro em Roma em finais dos anos 50 ou princípios dos anos 60 .

8. Depois Paulo foi libertado e visitou as igrejas do Oriente. Foi feito prisioneiro e martirizado
por volta de 67. Pouco antes escreveu 2 Timóteo, onde diz expressamente [2 Ti 4:11], "Só
Lucas está comigo", e envia saudações de vários irmãos ("Pudente, Lino, Cláudia e todos
os irmãos"), mas novamente Pedro está ausente [4:21].

Do anterior cabe pensar que se as tradições acerca da morte de Pedro em Roma forem
correctas, a sua estadia e actividade deve ter sido relativamente breve, possivelmente
coincidindo com a libertação transitória de Paulo (ou seja, entre 60 e 66 no máximo, antes de
que se escrevesse 2 Timóteo). As epístolas de Pedro datariam de aproximadamente 64.
Portanto, se bem que pareça muito provável que Pedro tenha pregado e morrido em
Roma, não há evidência que tenha fundado a Igreja romana, nem que tenha
sido o seu primeiro bispo.

Portanto, do ponto de vista histórico a pretensão do bispo romano de ser o


"sucessor de Pedro", com o primado, a infalibilidade e toda outra
prerrogativa singular, carece por completo de fundamento sólido. Trata-se
de um gigantesco edifício construído sobre areia.

Bênçãos em Cristo,
Fernando D. Saraví

Poderá também gostar de:

O APÓSTOLO PEDRO: MÁRTIR EM ROMA, MAS NÃO FUNDADOR DA IGREJA ALI

A Igreja primitiva sobre o Papado segundo os apologistas romanos

Citações isoladas tiradas do contexto com que os romanistas pretendem demonstrar o


indemonstrável
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Publicada por Conhecereis a Verdade à(s) 16:41

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Temas: papado, sucessão apostólica

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18 COMENTÁRIOS:

Cosme Melo23 de março de 2014 às 05:59

Querido Lucas ! vc já me respondeu , mas pergunto aqui pra q todos vejam a resposta,
teólogos católicos estão usando eusébio de cesareia pra dizer q Pedro teve um primado como
bispo de Roma por 25 anos horas citam História Eclesiastica, horas citam Cronicas de
Eusébio,usam principalmente esta citação :
“Pedro, de nacionalidade Galileia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo inicialmente
fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e
cinco anos Bispo da mesma cidade.” (Crônicas de Eusébio Página 261 parágrafo 2) [1]

Gostaria q o senhor desse a resposta de forma q todos vejam! Abraço!


Responder

Conhecereis a Verdade23 de março de 2014 às 16:35

Olá,

Eu não sou o Lucas :). O Lucas é o dono do blog heresiascatolicas.blogspot.com

Bom, admiro-me que haja quem ainda dê crédito a estes desvarios. Não há atualmente
nenhum teólogo católico sério que defenda que Pedro foi Bispo de Roma durante 25 anos.

Esse texto para começar está mal referenciado. Ele foi retirado da "Crónica de São Jerónimo",
que é em grande parte uma tradução para o latim da "Crónica de Eusébio", mas não é uma
mesma obra.

Diga-se que esta fonte de informações bibliográficas, a «Crónica de São Jerónimo», hoje é
unanimemente considerada pouco confiável.

Pode ser vista aqui.


http://www.ccel.org/ccel/pearse/morefathers/files/jerome_chronicle_03_part2.htm

Ora bem, ao que parece há um texto arménio da «Crónica de Eusébio de Cesareia» que diz que
Pedro visitou Roma e permaneceu lá por vinte anos.

«Devemos, pois, descartar por completo o que Eusébio de Cesareia declara no texto arménio
da sua «Crónica», seguida substancialmente por Jerónimo (Catal. 1) e por multidões de
católicos, quanto a Pedro ter visitado Roma numa data tão precoce como no ano 42 D.C., e
que permaneceu ali durante vinte anos! (Jerónimo et al. dizem vinte e cinco anos): uma
afirmação tão impossível de sustentar-se com o que a Escritura declara de Pedro, como com o
que aprendemos ali de Paulo.»

(W. Kelly, An Exposition of The Acts of the Apostles, cap. 28:11-15, pág. 393)

Portanto, isto do bispado de Pedro em Roma por 25 anos, é uma lenda pós-apostólica , da qual
Eusébio como historiador fez eco, e que pode traçar-se à literatura pseudo-clementina, da
primeira metade do século III. Que o Apóstolo Pedro viajasse para Roma numa data tão
precoce (ano 42 D.C.) e permanecesse ali por 20 ou 25 anos é impossível se se levarem em
conta os dados do Novo Testamento, como o «post» acima o demonstra.

Abraços

Responder
Conhecereis a Verdade23 de março de 2014 às 17:17

Só mais uma coisa:

Repare que mesmo que admitíssemos o primado de Pedro e que fosse verdade a notícia de
Jerónimo sobre o bispado de Pedro em Roma por 25 anos, ficaria por demonstrar que o que
Jesus disse a Pedro como Apóstolo se aplicava aos seus sucessores, e que estes eram somente
os bispos romanos e não os de outras sedes, como Antioquia.

Em resumo, estas declarações ajudam bem pouco a causa do papado.

Responder

Cosme Melo23 de março de 2014 às 20:06

Desculpa meu querido ! N sei seu nome! Mas continuando , sou leigo em patrística, mas com a
medida das minhas forças tenho combatido heresias católicas apenas com conhecimento da
palavra, Lucas bazoli me explicou q este texto pode ter sido interpolado nos escritos de
Eusébio da Cesareia por algum escriba, já q ele aparece em uma obra mas não aparece em
outra, ele no original aparece grifado e com nota de remissão,vou expor aqui a explicação de
Lucas Bazoli e gostaria q o senhor comentasse para enriquecer a todos de conhecimento:

Sobre as Crônicas de Eusébio, você pode ver aqui:

http://www.tertullian.org/fathers/jerome_chronicle_03_part2.htm

É fundamental notar o que diz a nota de rodapé daquele mesmo texto, onde está escrito:

"In the PL, not in the Ms. there follows: Peter the Apostle founded the Church at Antioch, and
there securing his (episcopal) throne, he sat (reigning as bishop) for 25 years"

Ou seja, este texto está em um manuscrito mas não está em outro manuscrito, o que significa,
com toda probabilidade, que é uma interpolação posterior feita por algum escriba (senão
estaria nos dois manuscritos e não somente em um deles).

Grande abraço!

Responder

Conhecereis a Verdade24 de março de 2014 às 19:12


Vamos lá de novo:

A «Crónica de Eusébio» original em grego se perdeu, e o que sabemos dela é através de duas
traduções antigas: «A tradução Latina de Jerónimo» e a «tradução arménia da Crónica».

Ocorre que há muitas diferenças entre estas duas traduções. Não é somente no tempo do
bispado de Pedro em Roma (como já vimos, uma menciona vinte cinco anos outra apenas
vinte anos).

Também há dificuldades em encontrar o texto autêntico da Crónica de Jerónimo em latim,


porque há muitos manuscritos antigos, adições e interpolações, o que provoca a existência de
muitas variantes. A edição que se encontra na internet aqui

http://www.tertullian.org/fathers/jerome_chronicle_03_part2.htm ou
http://www.ccel.org/ccel/pearse/morefathers/files/jerome_chronicle_03_part2.htm

é uma edição crítica moderna baseada no texto da Patrologia Latina mas sem as muitas
interpolações e adições que esta edição tem. A afirmação que aparece em nota de rodapé, de
que Pedro foi bispo de Antioquia por 25 anos a partir do ano 36, está precisamente no texto da
Patrologia Latina, mas foi retirada pelos autores nesta edição crítica moderna.

Portanto, como se pode ver, temos várias afirmações contraditórias entre si, e há claros
indícios que houve aqui falsificações pelo meio.

De fato, há quem defenda que a afirmação dos vinte cinco anos de Pedro em Roma foi uma
adição de Jerónimo ao texto de Eusébio.

«Lemos na Crónica de Eusébio, no ano 43, que Pedro, depois de fundar a Igreja de Antioquia,
foi para Roma, onde pregou o Evangelho por vinte e cinco anos e foi bispo daquela cidade.
Mas esta parte da Crónica não existe no grego, nem no Arménio, e supõe-se ter sido uma das
adições feitas por Jerónimo. Eusébio não diz o mesmo em qualquer outra parte dos seus
escritos, embora ele mencione São Pedro, indo para Roma no reinado de Cláudio: mas
Jerónimo diz-nos que ele veio no segundo ano deste imperador, e manteve a Sé vinte e cinco
anos. Por outro lado, Orígenes, que é citado pelo próprio Eusébio, diz que Pedro foi para Roma
no final da sua vida: e Lactâncio coloca isto no reinado de Nero, e acrescenta que ele sofreu o
martírio não muito tempo depois. Portanto o testemunho dos Padres se não desmente
expressamente a sua longa permanência em Roma, está pelo menos dividido. Eusébio, de fato,
diz na sua história, como já observamos, que Pedro foi para Roma no reinado de Cláudio: mas
essa passagem, se lida com atenção, parece implicar que ele não ficou lá por muito tempo. Os
Atos dos Apóstolos também tornam impossível que ele tenha residido lá durante os dezoito
primeiros anos após a Ressurreição, enquanto o segundo ano de Cláudio (que é o tempo
mencionado por Jerónimo da sua ida para Roma ) calha com o nono ano depois da
Ressurreição, ou AD 42. A história contida nos Atos pode talvez lhe permitir ter ido a Roma
algum tempo no reinado de Cláudio, mas a sua visita deve ter sido curta: se seguirmos
Eusébio, ela deve ter sido antes dos eventos registrados no capítulo 18 dos Atos»
(Edward Burton, A description of the antiquities and other curiosities of Rome", Volume 2, pag.
245-246).

http://books.google.pt/books?
id=x4hWAAAAYAAJ&pg=PA245&lpg=PA245&dq=We+read+in+the+Chronicle+of+Eusebius,
+at+the+year+43,+that+Peter,
+after+founding+the+Church+of+Antioch,&source=bl&ots=AbvA7U27Yh&sig=ff1sqcR0uOERGif
Q-CEYIZFiVGE&hl=pt-PT&sa=X&ei=7EwwU5ipHsm57Aa-
gIHgBg&ved=0CFsQ6AEwBg#v=onepage&q=We%20read%20in%20the%20Chronicle%20of
%20Eusebius%2C%20at%20the%20year%2043%2C%20that%20Peter%2C%20after
%20founding%20the%20Church%20of%20Antioch%2C&f=false

Em suma, esta fonte «da Crónica de São Jerónimo» é uma grande trapalhada e realmente
pouco confiável.

Mas não precisamos de nos preocupar com isto. Basta-nos saber que com interpolações ou
sem interpolações, a afirmação de que Pedro foi bispo de Roma durante vinte ou vinte cinco
anos, quando cruzada com os dados do Novo Testamento, não pode ser verdadeira.

Responder

Conhecereis a Verdade24 de março de 2014 às 20:48

O Catálogo Liberiano, escrito em Roma em 350, portanto mais ou menos na mesma época que
foi escrita a Crónica de Eusébio, dá como período do bispado de Lino os anos 56 a 67.
Portanto, se a Crónica afirma que Pedro foi bispo de Roma durante 25 anos a partir do ano 42,
uma das duas fontes está errada. Possivelmente estão as duas, porque não havia bispos
monárquicos em Roma no século I.

Mas se tomássemos como boa a informação do Calendário Liberiano, isso significaria que Lino
era o bispo quando Pedro esteve em Roma.

Também não existe sequer unanimidade na ordem da sucessão dos diferentes bispos de Roma
que dão as diferentes fontes.

E são nestas credenciais, no melhor caso duvidosas e, no pior, falsas, que se apoiam as grandes
pretensões romanas.

Responder
Cosme Melo27 de março de 2014 às 18:06

Já to até com vergonha de tanto lhe perguntar as coisas, mas se possível me oriente em cima
destas citações sobre " o tal do suposto primado de Pedro em Roma" Perdão pelo incomodo!
mas sei q minha dúvida é a de muitos, ai vai :
“[...]quanto a Lino, cuja presença junto dele [do Apóstolo Paulo] em Roma foi registrada na 2ª
carta a Timóteo [cf. 2Tm 4,21], depois de Pedro foi o primeiro a obter ali o episcopado,
conforme mencionamos mais acima.” (Eusébio Bispo de Cesaréia – HE,IV,8 – 317 d.C).

“[...]Alexandre recebeu o episcopado em Roma, sendo o quinto na sucessão de Pedro e Paulo”


(Eusébio Bispo de Cesaréia – HE,IV,1 – 317 d.C).

Note que Eusébio diz que Depois de Pedro Alexandre foi o 5º bispo de Roma ou seja o 6º bispo
de Roma:
Pedro -> Lino -> Anacleto -> Clemente -> Evaristo -> Alexandre

Tertuliano (155-222 d.C.) falou da morte e atividade de Pedro em Roma:

“A Igreja também dos romanos pública – isto é, demonstra por instrumentos públicos e provas
– que Clemente foi ordenado por Pedro.“

“Feliz Igreja, na qual os Apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina integral!” - e falando
da Igreja Romana, “onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor.“

“Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de
Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz.” (Scorp. c. 15)

Cipriano (martirizado em 258), Bispo de Cartago (norte da África):

“A cátedra de Roma é a cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade


sacerdotal.” (Epístola 55,14.)

Santo Agostinho (354 – 430):

“A Pedro sucedeu Lino.” (Ep. 53, ad. Gen.)


Cipriano (martirizado em 258), Bispo de Cartago (norte da África):
“A cátedra de Roma é a cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade
sacerdotal.” (Epístola 55,14.)
Existem fraudes nestas argumentações? por favor me oriente..
Perdão por tanto te incomodar querido , mas certas informações são difíceis na net ...

Responder

Respostas
Conhecereis a Verdade29 de março de 2014 às 16:22

Não é desta forma, com simples citações isoladas, que se conclui qual era a eclesiologia de um
padre da Igreja. É preciso ir muito mais longe e ver em que contexto essa frase foi dita, o que
eles escreveram noutros lados, em que eventos estiveram envolvidos, ou seja, ter um
conhecimento muito mais amplo dos seus escritos, do seu pensamento, e da sua vida.

Também é preciso ter em conta certos anacronismos, porque alguns argumentos e conceitos
usados pelos padres antigos, na sua época e contexto histórico, hoje não fazem mais sentido.

Quanto à primeira citação da HE de Eusébio de Cesareia, pode ver o comentário abaixo. Ele
nunca menciona Pedro como tendo sido bispo de Roma.

Repare que o autor está a querer ir mais longe do que aquilo que está escrito. Note que
Eusébio diz que depois de Pedro e Paulo, Alexandre foi o 5º bispo de Roma, ou seja, o 5º bispo
de Roma :)

Quando Eusébio diz "sendo o quinto na sucessão de Pedro e Paulo”, refere-se a uma sucessão
temporal, não a uma sucessão episcopal. Ou será que Paulo também foi bispo de Roma?

A seguir Tertuliano fala da morte e atividade de Pedro em Roma. Isto é historicamente muito
provável que tenha acontecido.

Note que segundo Tertuliano foi Clemente que sucedeu a Pedro. O que contradiz o dito por
Ireneu e Eusébio para os quais foi Lino, e a própria lista oficial de papas da Igreja Católica, que
considera Clemente o quarto papa. Não se compreende como se pode defender ao mesmo
tempo, sem desonestidade intelectual, a credibilidade do relato de Tertuliano e da lista oficial
de papas.

Quanto a Cipriano já foi amplamente falado aqui. Na verdade Cipriano não disse textualmente
o que está citado como tendo dito. O que Cipriano disse foi:

"Depois de tais coisas como estas, ainda se atrevem – tendo sido nomeado para eles um falso
bispo pelos hereges - a embarcar e levar cartas de pessoas cismáticas e profanas ao trono de
Pedro, e à Igreja principal onde a unidade sacerdotal tem a sua fonte; e a não considerar que
estes foram os romanos cuja fé foi louvada na pregação pelo Apóstolo, aos quais a falta de fé
não podia aceder".

O erudito ortodoxo John Meyendorff explica:

"A visão de Cipriano da "cátedra" de Pedro (cathedri Petri) foi que ela pertencia não só ao
bispo de Roma, mas a cada bispo dentro de cada comunidade. Portanto, Cipriano usou não o
argumento da primazia romana, mas o da sua própria autoridade como "sucessor de Pedro"
em Cartago ... Para Cipriano, a “cátedra de Pedro”, era um conceito sacramental ,
necessariamente presente em cada igreja local: Pedro era o exemplo e modelo de cada bispo
local, que, dentro da sua comunidade, preside à Eucaristia e possui "o poder das chaves" para
perdoar pecados. E uma vez que o modelo é único, único é também o episcopado (episcopatus
unus est) comum, em igual plenitude ( in solidum ) por todos os bispos" (John Meyendorff,
Imperial Unity and Christian Divisions (Crestwood: St. Vladimir’s, 1989), pp. 61, 152).

Os católicos parecem assumir automaticamente que “Cátedra de Pedro” significa o Bispo de


Roma, mas não é isso o que significa no pensamento de Cipriano.

Sobre Cipriano veja mais aqui e nas páginas referidas nos comentários:

http://conhecereis-a-verdade.blogspot.pt/2012/12/defendamos-cipriano-de-cartago-dos.html

O que possa ter escrito Agostinho ou outro em finais do século IV, ou seja, mais de trezentos
anos depois dos supostos fatos, carece de valor histórico.

E Roma deve concordar comigo porque, ao contrário da sua lista oficial, na continuação
Agostinho menciona Clemente como o terceiro bispo de Roma.

Abraços

Responder

Conhecereis a Verdade27 de março de 2014 às 22:42

IRENEU, EUSÉBIO E AS CONSTITUIÇÕES APOSTÓLICAS AFIRMAM QUE O PRIMEIRO BISPO DE


ROMA FOI LINO.

Na sua «História Eclesiástica» Eusébio afirma o seguinte:

I
[Quem foi o primeiro que presidiu a Igreja de Roma]
1. Depois do martírio de Paulo e de Pedro, o primeiro a ser eleito para o episcopado da Igreja
de Roma foi Lino. Ele é mencionado por Paulo quando escreve de Roma a Timóteo, na
despedida ao final da carta (2 Tm 4:21)."

Note-se que Eusébio de Cesareia nunca menciona Pedro como tendo sido alguma vez Bispo de
Roma.

Isto porque Eusébio seguia uma lista dos doze primeiros bispos de Roma, dada por Ireneu de
Lyon no século II, em que o primeiro bispo de Roma mencionado era Lino.

Eusébio cita então a lista de Ireneu, onde o bispo de Lyon classifica Lino como o primeiro bispo
de Roma:
VI
[Lista dos bispos de Roma]
1. "Os bem-aventurados apóstolos, depois de haverem fundado e edificado a Igreja, puseram o
ministério do episcopado em mãos de Lino. Este Lino é mencionado por Paulo em sua carta a
Timóteo ..."

As Constituições Apostólicas também indicam que Lino, tendo sido ordenado por Paulo, foi o
primeiro bispo de Roma, sendo o seu sucessor Clemente, que foi ordenado por Pedro (cfr.
Constituições Apostólicas 7.4).

Anacleto é considerado o sucessor de Lino por Ireneu,

Responder

Conhecereis a Verdade28 de março de 2014 às 18:49

A BÍBLIA E A HISTÓRIA FORNECEM EVIDÊNCIA DEFINITIVA DA NATUREZA VÁCUA E ESPÚRIA


DAS PRETENSÕES ROMANISTAS.

«As listas mais antigas de papas começam, não com Pedro, mas com um homem chamado
Lino. A razão pela qual o nome de Pedro não foi listado foi porque ele era um apóstolo, que
era uma super-categoria, muito superior ao papa ou bispo... A comunidade cristã em Roma,
bem dentro do segundo século operava como uma coleção de comunidades separadas sem
qualquer estrutura central... Roma era uma constelação de igrejas domésticas, independentes
umas das outras, cada uma das quais era livremente governada por um ancião. As
comunidades, portanto, basicamente seguiam o padrão das sinagogas Judaicas das quais se
desenvolveram.» (John O'Malley. A History of the Popes. Sheed & Ward, 2009, p. 11)

«É certo que a posição católica, que os bispos são os sucessores dos apóstolos por instituição
divina, está longe de ser fácil de estabelecer... O primeiro problema tem a ver com a noção de
que Cristo ordenou apóstolos como bispos... Os apóstolos eram missionários e fundadores de
igrejas; não há nenhuma evidência, nem é de todo provável, de que qualquer um deles alguma
vez tenha fixado residência permanente numa igreja em particular como seu bispo... A carta
dos Romanos aos Coríntios, conhecida como I Clemente, que data de cerca do ano 96, fornece
boas evidências de que cerca de 30 anos após a morte de São Paulo a igreja de Corinto estava
sendo liderada por um grupo de presbíteros, sem indicação de um bispo com autoridade sobre
toda a igreja local... A maioria dos académicos são da opinião de que a igreja de Roma, muito
provavelmente também era liderada nesse tempo por um grupo de presbíteros... Existe um
amplo consenso entre os académicos, incluindo muitos católicos, que tais igrejas como
Alexandria, Filipos, Corinto e Roma, muito provavelmente, continuaram a ser lideradas por
algum tempo por um colégio de presbíteros, e que só no segundo século a estrutura tríplice
tornou-se a regra geral, com um bispo, assistido por presbíteros, presidindo a cada igreja
local» (Sullivan F.A. From Apostles to Bishops: the development of the episcopacy in the early
church. Newman Press, Mahwah (NJ), 2001, pp. 13,14,15).
«De acordo com Ireneu, Pedro e Paulo, não somente Pedro, nomearam Lino como o primeiro
na sucessão de bispos de Roma. Isto sugere que Ireneu não pensava em Pedro e Paulo como
bispos, ou em Lino e aqueles que se seguiram como sucessores de Pedro mais do que de
Paulo» (Sullivan F.A. From Apostles to Bishops: the development of the episcopacy in the early
church. Newman Press, Mahwah (NJ), 2001, p. 148).

«Devemos concluir que o Novo Testamento não fornece nenhuma base para a noção de que
antes dos apóstolos morrerem, eles ordenaram um homem para cada uma das igrejas que eles
fundaram... "Havia um Bispo de Roma no primeiro século?"... A evidência disponível indica que
a igreja em Roma era liderada por um colégio dos presbíteros, e não por um único bispo, por
pelo menos várias décadas do século II» (Sullivan F.A. From Apostles to Bishops: the
development of the episcopacy in the early church. Newman Press, Mahwah (NJ), 2001, p.
80,221-222).

(Continua)

Responder

Conhecereis a Verdade28 de março de 2014 às 18:50

«Fontes primitivas, incluindo Eusébio, reivindicam que Lino ocupou o cargo por cerca de 12
anos, mas elas não são claras sobre as datas exatas ou o seu exato papel pastoral e autoridade.
Deve ser lembrado que ao contrário da piedosa crença católica, a estrutura episcopal
monárquica de governo da igreja (também conhecida como o episcopado monárquico, em que
cada diocese era liderada por um único bispo) ainda não existia em Roma neste tempo»
(McBrien, Richard P. Lives of the Popes: The Pontiffs from St. Peter to Benedict XVI. Harper,
San Francisco, 2005 updated ed., p. 34).

«Para começar, na verdade, não havia 'papa', nem bispo como tal, pois a igreja em Roma foi
lenta a desenvolver o cargo de presbítero ou bispo chefe... Clemente não fez nenhuma
reivindicação de escrever como bispo... Não há nenhuma maneira de definir uma data em que
o cargo de bispo dirigente surgiu em Roma... mas o processo estava certamente completo pelo
tempo de Aniceto, em meados dos anos 150» (Duffy, Eamon. Saints & Sinners: A History of the
Popes, 2nd ed. Yale University Press, London, 2001, pp. 9, 10,13).

Responder

apologeticaprotestante1 de abril de 2014 às 03:06

“A cátedra de Roma é a cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade


sacerdotal.” (Epístola 55,14.).
Este texto supracitado (pelo Cosme) é o que mais está sendo utilizado atualmente pelos que
defendem o papado por causa dos termos "principal" e unidade" e daí decorrem toda a
argumentação romana,mas tal argumentação é um non sequitur,pois não se segue que deste
trecho isolado Pedro tenha sido papa e que seus sucessores teriam legitimidade bíblica para
liderarem a Igreja até aos dias hodiernos!

É igual aquela citação elogiosa de Inácio que aduz que: "Roma preside na caridade" e então a
partir daí vale tudo para se retirar desta simples frase isolada...Pedro foi Papa;a Igreja de Roma
era superior hierarquicamente as outras...

Responder

Respostas

Conhecereis a Verdade2 de abril de 2014 às 15:23

A ironia é que Cipriano de Cartago foi um firme opositor das pretensões de Roma.

Mas nunca ouviram falar do Concílio de Cartago de 256, em que Cipriano reunido juntamente
com outros 71 bispos africanos, decretaram o rebatismo dos hereges, contra a doutrina
defendida pelo então bispo de Roma, Estêvão, que os tinha ameaçado com excomunhões se
persistissem nesse procedimento?

E que por isso cessou a comunhão com o bispo de Roma?

Isto demonstra claramente, que os bispos africanos não criam que o bispo romano tivesse
algum primado de jurisdição e ensino sobre a Igreja universal, e muito menos que fosse
infalível, ou que estavam a desobedecer ao Vigário de Cristo.

Além disso, é bom notar que esse trecho, apesar de ser citado como sendo algo que Cipriano
disse, na realidade é uma paráfrase do que os católicos pensam que Cipriano disse.

A frase "A cátedra de Roma é a cátedra de Pedro" NÃO EXISTE nas epístolas de Cipriano.

O que evidencia que os romanistas só podem justificar a sua doutrina enganando e invocando
citações inexistentes.

Cipriano também escreveu: "Ninguém entre nós se proclama a si mesmo bispo dos bispos,
nem obriga os seus colegas por tirania ou terror a uma obediência forçada, considerando que
todo o bispo por sua liberdade e poder tem o direito de pensar como quiser e não pode ser
julgado por outro, assim como ele não pode julgar outros. Devemos esperar todos o juízo de
Nosso Senhor Jesus Cristo, o qual só ele tem o poder de nos nomear para o governo da sua
Igreja e de julgar as nossas ações.' (Sobre o batismo dos hereges)
"Certamente os outros Apóstolos também eram o que era Pedro, dotados de um igual
companheirismo de honra e poder".

Sobre a unidade da Igreja 3-4 (ANF 5:672)

Conhecereis a Verdade2 de abril de 2014 às 15:25

Você já viu a quantidade de adições e interpolações que tem o tratado "Da unidade da igreja"
de Cipriano, que os católicos citam como autênticas?

Sempre que um católico cita "A unidade da Igreja" de Cipriano, é preciso vir aqui ver se não é
uma interpolação:

http://www.e-cristianismo.com.br/pt/apologistas/75-cipriano-de-cartago-da-unidade-da-
igreja

Já viu também os vários artigos que o Gustavo fez sobre Cipriano? Não é preciso acrescentar
mais nada. É bem esclarecedor o seu debate com os católicos :)

Responder

Conhecereis a Verdade2 de abril de 2014 às 16:27

5 razões para duvidar seriamente da história que o papado conta sobre as suas origens:

http://bnonn.thinkingmatters.org.nz/5-reasons-to-seriously-doubt-the-papacy/

Responder

sel27 de fevereiro de 2015 às 05:10

Ola! Gostaria de saber qual fonte você tirou sobre a conversão de Paulo ser no ano de 37 - 40
dC?

Responder

sel27 de fevereiro de 2015 às 21:03


Como eu posso saber o ano exato do ano que paulo se converteu?

Responder

Conhecereis a Verdade1 de março de 2015 às 18:43

Olá

Não se pode saber com exatidão o ano da conversão de Paulo. Normalmente, cruzando dados
bíblicos e históricos, os investigadores apontam para uma data aproximada entre os anos 34-
37 d.C.

Por exemplo, a International Standard Bible Encyclopedia aponta como data provável da
conversão de Paulo o ano 35.

"These early dates are more conjectural, but even so the facts seem to indicate 35 AD as the
probable year of Saul's conversion."

http://www.internationalstandardbible.com/P/paul-the-apostle-3.html

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