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“A epifania de Deus corresponde a acolhida do ser humano, e

nesta relação entre graça e fé, transcendência e finitude,


eterno e tempo, floresce o diálogo místico.”.

José Eduardo de Lima Sá


IESMA - Teologia 2/8
▪ A Palavra de Deus tem a autoconsciência de ser produtora de
espiritualidade, de existência, de interioridade. Ela se
apresenta como texto espiritual, gerador e guia da experiência
espiritual.
▪ Para a Escritura a experiência espiritual não é uma
experiência sobre Deus, mas de Deus.
▪ A experiência espiritual é dinâmica e envolve o ser humano
todo.
▪ Espiritualidade da Torah;

▪ Espiritualidade profética;

▪ Espiritualidade dos Salmos;

▪ Espiritualidade sapiencial;
▪ A Torah é a forma concreta da salvação, sua materialização,
sua imersão na consistência do tecido social; é o
contramundo de Deus que se eleva ante as sociedades do
mundo estruturado a partir do pecado.
▪ Tradição javista: exalta a função decisiva da graça e a
liberdade do ser humano diante do conhecimento do bem e do
mal.
▪ Tradição eloísta: é sensível à dialética da fé, que procede
oscilando entre luzes e sombras, e dá relevo ao tema do temor
de Deus.
▪ Tradição sacerdotal: delineia um quadro rigoroso do
hebraísmo, ancorando-o na terra prometida, à qual deve
retornar e viver.
▪ O profeta exalta a fidelidade à revelação intra-histórica de
Deus. Sua missão consiste em comunicar a palavra de Deus
para coordenadas históricas bem precisas.
▪ A espiritualidade profética une intimamente céu e terra, Deus
e ser humano, fé e vida, mística e justiça social.
▪ Os Salmos são a oração de Israel;
▪ O Deus que aparece nos salmos é um Deus pessoal;
▪ O tempo é posto sob o signo de Deus, a história invade a
oração, e as súplicas traduzem a espiritualidade do
sofrimento, do silêncio, do mal.
▪ A espiritualidade se desloca para novas direções, atentas não
mais aos grandes eventos salvíficos, mas às epifanias divinas
secretas no cotidiano e na natureza.
▪A trama das relações Deus-ser humano, ser humano-
próximo, ser humano-mundo, é o âmbito no qual atual o
projeto da sabedoria.
▪ É um convite a não cair na loucura do pecado (retribuição
imanente) e um apelo a valorizar toda realidade humana e
terrestre numa perspectiva encarnacionista.
▪ Espiritualidade de Jesus (sinóticos) e da comunidade

cristã;

▪ Espiritualidade paulina;

▪ Espiritualidade joanina;

▪ Hebreus e Apocalipse;
▪ Temas capitais da pregação de Jesus e da Igreja primitiva: o
Reino de Deus (iniciativa de Deus e colaboração humana) ou
projeto salvífico; a ressureição de Cristo (evento pascal) ou
horizonte escatológico, como negação das tendências
materialista e espiritualidade; a oração.
▪ Atos 2, 42: catequese (didaché) ou formação cristológica,
koinonia ou concórdia, fração do pão ou elo entre liturgia e
vida, e oração.
▪ O ponto de partida é a revelação do amor de Deus em Jesus
Cristo: o mistério pascal é o lugar privilegiado onde Deus
revela e age.
▪ À iniciativa de Cristo corresponde uma transformação do
sujeito (nova criatura): torna-se filho, no Filho; o “em Cristo” é
o âmbito vital do cristão. A relação com Cristo produz uma
ética nova regida pela lei do Espírito.
▪ A ascética é importante para renovar o ser humano.
▪ A encarnação é o fundamento constitutivo da salvação e da
experiência espiritual. Deus manifestou seu amor ao ser
humano em Jesus, e por ele tornou possível o amor entre os
humanos;
▪ O Espírito da verdade é o princípio revelador e vital da Igreja;
▪ O “ver” é símbolo da graduação da experiência espiritual: uma
descoberta guiada e progressiva, inserida na história, que é o
lugar privilegiado da epifania de Deus.
▪ O sacrifico antigo era uma nação circunscrita ao templo, e
nada disto se verifica na morte de Jesus;
▪ O autor mostra que o culto a Deus é a própria vida;
▪ [...] a obediência à sua vontade, que se manifesta na entrega
por amor até a morte, a exemplo de Jesus (cf. Hb 10,1-10);
▪ No livro do Apocalipse há um combate em curso entre o poder
politico (a besta, a fera, a capital) e a Igreja cristã;
▪ Quer expressar a vitória de Cristo sobre as potências deste
mundo;
▪A espiritualidade bíblica integra fundamentalmente quatro
dimensões: graça, fé, moral e louvor;
▪ A Bíblia é o anúncio continuo do primado da auto-revelação sobre a
busca, da graça sobre o mérito, do Reino que acontece por si;
▪ A experiência espiritual também é busca e conhecimento de Deus
por parte do ser humano;
▪ A liturgia bíblica é celebração não de momentos cíclicos estacionais,
mas de surpresa que a irrupção de Deus gera na história;
▪ A experiência espiritual bíblica funde fé e vida, liturgia e justiça;
▪ MONDONI, Danilo. Teologia da Espiritualidade Cristã. São
Paulo: Edições Loyola, 2000.

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