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COMISSÃO EUROPEIA

DIRECÇÃO-GERAL DA SAÚDE E DOS CONSUMIDORES


Consumidores
Tecnologia em Saúde e Cosméticos

MEDDEV 2.12/2 rev2

January 2012

GUIDELINES ON MEDICAL DEVICES

POST MARKET CLINICAL FOLLOW-UP STUDIES

A GUIDE FOR MANUFACTURERS AND NOTIFIED BODIES

Nota

As presentes orientações fazem parte de um conjunto de orientações relativas a


questões de aplicação das directivas comunitárias relativas aos dispositivos médicos.
Não são juridicamente vinculativos. As orientações foram cuidadosamente elaboradas
através de um processo de consulta intensiva das várias partes interessadas
(autoridades competentes, serviços da Comissão, indústrias, outras partes
interessadas), durante o qual foram divulgados projectos intermédios e retomados
comentários no documento. Portanto, este documento reflete as posições tomadas
pelos representantes das partes interessadas no setor de dispositivos médicos.
1 CONTEÚDO
2
3
4
5 1. Introdução....................................................................................................................................3
6 2. Âmbito de aplicação....................................................................................................................4
7 3. Referências..................................................................................................................................4
8 4. Definições....................................................................................................................................6
9 5. Circunstâncias em que um estudo de acompanhamento clínico pós-comercialização em..........8
10 6. Elementos de um estudo de seguimento clínico pós-comercialização......................................10
11 7. A utilização dos dados do estudo...............................................................................................12
12 8 O papel do organismo notificado no acompanhamento clínico pós-comercialização................12
13

14
15 Prefácio

16 Este documento destina-se a ser um guia para os fabricantes e organismos notificados sobre
17 como realizar estudos de acompanhamento clínico pós-comercialização (PMCF) para cumprir
18 Obrigações de fiscalização pós-comercialização (PMS) nos termos do ponto 3.1 do anexo II,
19 Secção 3 do anexo IV, secção 3 do anexo V, secção 3.1 do anexo VI ou secção 4
20 do anexo VII da Directiva relativa aos dispositivos médicos (93/42/CEE) e do ponto 3.1 do
21 Anexo 2, Secção 3 do Anexo 4, Secção 3.1 do Anexo 5 do Activo Implantável
22 Directiva relativa aos dispositivos médicos (90/385/CEE). Estas secções referem-se aos requisitos
de
23 Anexo X da Directiva 93/42/CEE e anexo 7 da Directiva 90/385/CEE, respectivamente.
24
25 Chama-se a atenção para o nº 8 do artigo 15º da Directiva 93/42/CEE, que enuncia:
26 fora as disposições do artigo 15.º que não são aplicáveis às investigações clínicas
27 conduzidos utilizando dispositivos com marcação CE na utilização a que se destinam.
28 Da mesma forma, quando os estudos de PMCF são conduzidos usando dispositivos com marcação
CE dentro de seus
29 utilização prevista, as disposições do ponto 2.3.5 do anexo X da Directiva 93/42/CEE
30 não se aplica. Todavia, as disposições da Directiva 93/42/CEE relativas à informação
31 e a notificação de incidentes ocorridos após a colocação de dispositivos no mercado são
32 totalmente aplicável.
.
33 1. Introdução
34

35 Embora a evidência clínica seja um elemento essencial da conformidade pré-comercialização:


36 processo de avaliação para demonstrar a conformidade com os Requisitos Essenciais, é
37 importante reconhecer que pode haver limitações aos dados clínicos disponíveis em
38 a fase de pré-comercialização. Tais limitações podem ser devidas à duração do pré-mercado
39 investigações clínicas, o número de sujeitos e investigadores envolvidos em um
40 investigação, a relativa heterogeneidade de sujeitos e investigadores e/ou o
41 cenário controlado de uma investigação clínica versus toda a gama de condições clínicas
42 encontrados na clínica médica geral.
43

Uma condição prévia para a colocação de um produto no mercado é a conformidade com o


Essencial Requisitos incluindo umfavorável benefício/risco relação Tem Sido
demonstrado. A extensão dos dados que podem ser coletados na fase de pré-mercado
não permite necessariamente que o fabricante detecte complicações ou problemas raros que só se
tornam aparentes após o uso generalizado ou a longo prazo do dispositivo. Como parte do
44 o sistema de qualidade do fabricante, um plano de vigilância pós-comercialização adequado é
fundamental
45 identificar e investigar riscos residuais associados ao uso de medicamentos
46 dispositivos colocados no mercado. Esses riscos residuais devem ser investigados e avaliados
47 na fase pós-comercialização através do acompanhamento clínico sistemático pós-comercialização
(PMCF)
48 estudo(s).
54

55 Dados clínicos obtidos a partir da vigilância pós-comercialização e durante os estudos de PMCF


pelo
56 fabricante não se destinam a substituir os dados pré-comercialização necessários para demonstrar
57 conformidade com as disposições da legislação. No entanto, eles são fundamentais para atualizar
58 a avaliação clínica ao longo do ciclo de vida do dispositivo médico e para garantir
59 a segurança e o desempenho a longo prazo dos dispositivos após a sua colocação no mercado.
60

61 Os estudos PMCF são uma das várias opções disponíveis na vigilância pós-comercialização e
62 contribuir para o processo de gestão de riscos.
63

64
65
66

67 2. Âmbito de aplicação
68

69 O objetivo deste documento é fornecer orientações sobre o uso adequado e


70 realização de estudos de PMCF para tratar de questões ligadas a riscos residuais. A intenção é
71 não impor novas exigências regulatórias.
72

73 Os estudos de PMCF são um elemento importante a ser considerado nos planos PMCF ou PMS. O
74 os princípios para os estudos PMCF estabelecidos nas presentes orientações não se destinam a
substituir o PMCF
75 ou planos PMS. São ou podem ser aplicáveis a estudos de PMCF realizados para outros
76 Fins.
77

78 Este documento fornece orientações em relação a:


79 i) As circunstâncias em que é indicado um estudo PMCF;
80 ii) os princípios gerais dos estudos de PMCF envolvendo dispositivos médicos;
81 iii) a utilização dos dados do estudo (por exemplo, para actualizar as instruções de utilização e
rotulagem);
82 e
83 iv) o papel de um organismo notificado para dispositivos médicos na avaliação dos planos
PMCF
84 e dos resultados obtidos nos planos no âmbito da avaliação da conformidade.
85

86 Este documento não se aplica a in vitro dispositivos diagnósticos.


87

88 3. Referências
89
90 Directiva 93/42/CEE do Conselho, de 14 de Junho de 1993, relativa aos dispositivos médicos
91 alterada pela Diretiva 2007/47/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de
92 5 de Setembro de 2007.
93
94 Directiva 90/385/CEE do Conselho , de 20 de Junho de 1990, relativa à aproximação das
legislações
95 Os Estados-Membros relativos aos dispositivos medicinais implantáveis activos, com a última
redacção que lhe foi dada por:
96 Directiva 2007/47/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Setembro
97 2007.
98
99
100
101 Documentos Interpretativos
102
103 MEDDEV 2.7.1 Avaliação Clínica: Um Guia para Fabricantes e Notificados
104 Corpos
105
106 MEDDEV 2.7.1, Apêndice 1
107 Avaliação de Dados Clínicos – Um Guia para Fabricantes e
108 Organismos Notificados – Anexo 1: Avaliação Clínica das Coronárias
109 Stents
110
111

112 Documentos Finais do GHTF:


113 SG1/N41:2005 Princípios Essenciais de Segurança e Desempenho de Dispositivos Médicos
114 SG1/N44:2008 O Papel das Normas na Avaliação de Dispositivos Médicos
115 SG1/N065:2010 Registro de Fabricantes e Outras Partes e Listagem de
116 Dispositivos Médicos
117 SG2/N47:2005 Revisão dos atuais requisitos em matéria de fiscalização pós-comercialização
118 SG5/N1:2007 Evidência Clínica – Principais Definições e Conceitos
119 SG5/N2:2007 Avaliação Clínica
120 SG5/N3:2010 Investigações Clínicas
121

122

123 Normas Internacionais:


124 EN ISO 14155:2011 Investigação clínica de dispositivos médicos para seres humanos
125 Boas práticas clínicas; Segunda edição 2011-02-01
126

127 EN ISO 14971:2009 Aplicação da gestão de riscos a dispositivos médicos


128

129 Outros:
130 Departamento de Saúde e Serviço Humano dos EUA, Agência de Pesquisa em Saúde
131 e Qualidade:
132 Registros para Avaliação de Resultados de Pacientes: um Guia do Usuário (Executive
133 Resumo, abril de 2007).
134

135
136
137

138 4. Definições
139
140
141 Dados Clínicos1:
142 As informações de segurança e/ou desempenho geradas a partir do uso de um
143 dispositivo.
144 Os dados clínicos são provenientes de:
145 - investigação(ões) clínica(s) do(s) dispositivo(s) em causa; ou
146 - investigação(ões) clínica(s) ou outros estudos relatados na literatura
147 científica de um dispositivo semelhante para os quais possa ser demonstrada
148 equivalência ao dispositivo em questão; ou
149 - relatos publicados e/ou não publicados sobre outras experiências clínicas do
150 dispositivo em questão ou de um dispositivo similar para o qual possa ser
151 demonstrada equivalência ao dispositivo em questão.
152

153 Avaliação Clínica2:


154 A avaliação e análise de dados clínicos relativos a um dispositivo médico para
155 verificar a segurança clínica e o desempenho do dispositivo quando utilizado
156 como pretendido pelo fabricante.
157

158 Evidências Clínicas2:


159 Os dados clínicos e o relatório de avaliação clínica relativos a um dispositivo
160 médico.
161

162 Investigação Clínica2:


163 Qualquer investigação ou estudo sistemático em ou sobre um ou mais seres
164 humanos, realizado para avaliar a segurança ou o desempenho de um
165 dispositivo médico.
166

167 Registro do dispositivo3:


168 Um sistema organizado que utiliza métodos de estudo observacional para
recolher dados clínicos definidos em condições normais de utilização relativos a
um ou mais dispositivos para
1
Directivas 90/385/CEE e 93/42/CEE do Conselho
2
GHTF documento SG5/N1R8: 2007: Evidência Clínica – Principais Definições e Conceitos
3
Documento GHTF SG5/N4:2010: Estudos de Acompanhamento Clínico Pós-Mercado, com base na
definição da Agency for Healthcare Research and Quality, "Registros para Avaliação de Resultados
de Pacientes: Um Guia do Usuário", conforme modificado.
169 avaliar desfechos específicos para uma população definida por uma determinada doença,
170 condição, ou exposição e que sirva pré-determinado cientifico, clínico ou
171 finalidade(s) política(s).
172
173 Nota: O termo "registro do dispositivo", conforme definido nesta diretriz, não deve ser
174 confundido com o conceito de registro e listagem de dispositivos. (Veja GHTF
175 SG1N065)
176

177 Estudo de acompanhamento clínico pós-comercialização (PMCF):


178 Um estudo realizado na sequência da marcação CE de um dispositivo e destinado a:
179 responder a perguntas específicas relacionadas com a segurança clínica ou o desempenho
(ou seja, residual
180 riscos) de um dispositivo quando utilizado em conformidade com a sua rotulagem
aprovada.
181
182 Plano PMCF:
183 Os métodos e procedimentos documentados, proactivos e organizados estabelecidos pelo
184 fabricante para coletar dados clínicos com base no uso de um dispositivo com marcação CE
185 correspondente a um dossiê de projeto específico ou sobre a utilização de um grupo de
médicos
186 dispositivos pertencentes à mesma subcategoria ou grupo de dispositivos genéricos,
conforme definido
187 na Directiva 93/42/CEE. O objetivo é confirmar o desempenho clínico e
188 segurança durante toda a vida útil esperada do dispositivo médico, a aceitabilidade
189 dos riscos identificados e para detectar riscos emergentes com base em provas factuais.
190

191 Risco Residual:


192 O risco permanece após a adoção de medidas de controle de risco4 .
193
4
EN ISO 14971
194

195 5. Circunstâncias em que é indicado um estudo PMCF


196
197 Após uma avaliação clínica pré-comercialização adequada, a decisão de conduzir o PMCF
198 os estudos devem basear-se na identificação de possíveis riscos residuais e/ou falta de clareza
199 no desempenho clínico a longo prazo que pode impactar a relação benefício/risco.
200

201 Os estudos PMCF podem rever questões como o desempenho a longo prazo e/ou a segurança, o
202 ocorrência de acontecimentos clínicos (por exemplo, reações de hipersensibilidade tardia,
trombose),
203 eventos específicos para populações de pacientes definidas, ou o desempenho e/ou segurança do
204 dispositivo em uma população mais representativa de usuários e pacientes.
205

206 As circunstâncias que podem justificar os estudos de PMCF incluem, por exemplo:
207  inovação, por exemplo, quando a concepção do dispositivo, os materiais, as
substâncias,
208 os princípios de funcionamento, a tecnologia ou as indicações médicas são
209 romance;
210  alterações significativas dos produtos ou da sua utilização prevista
211 a avaliação clínica do mercado e a recertificação foram concluídas;
212  alto risco relacionado ao produto, por exemplo, com base no projeto, materiais,
componentes,
213 invasividade, procedimentos clínicos;
214  localização anatômica de alto risco;
215  populações-alvo de alto risco, por exemplo, pediátricos, idosos;
216  gravidade da doença/desafios do tratamento;
217  questões de capacidade de generalizar resultados de investigações clínicas;
218  perguntas não respondidas de segurança e desempenho a longo prazo;
219  resultados de qualquer investigação clínica prévia, incluindo eventos adversos
220 ou de atividades de fiscalização pós-comercialização;
221  identificação de subpopulações não estudadas anteriormente que podem mostrar
222 diferente relação benefício/risco por exemplo, quadril Implantes
em diferente étnico
223 Populações;
224  validação continuada nos casos de discrepância entre razoáveis
225 escalas de tempo de acompanhamento pré-comercialização e expectativa de vida útil
do produto;
226  riscos identificados a partir da literatura ou de outras fontes de dados para similares
227 dispositivos comercializados;
228  interação com outros produtos médicos ou tratamentos;
229  verificação da segurança e desempenho do dispositivo quando exposto a
um maior
230 e população mais variada de usuários clínicos;
231  surgimento de novas informações sobre segurança ou desempenho;
232  em que a marcação CE foi baseada na equivalência.
233

234 Estudos de PMCF podem não ser necessários quando a segurança a médio/longo prazo e
235 desempenho já são conhecidos a partir do uso anterior do dispositivo ou onde outros
236 As atividades adequadas de fiscalização pós-comercialização forneceriam dados suficientes para:
237 abordar os riscos.
238

239

240
241
242

243 6. Elementos de um estudo PMCF


244

245 Os estudos de acompanhamento clínico pós-comercialização são realizados em um dispositivo


dentro de sua intenção
246 uso/finalidade(s) de acordo com as instruções de uso. É importante ressaltar que o PMCF
247 Os estudos devem ser conduzidos de acordo com as leis e regulamentos aplicáveis e devem
248 envolver uma metodologia apropriada e seguir orientações e padrões apropriados.
249

250 Os estudos de PMCF devem ser delineados como um plano ou estudo de investigação clínica bem
desenhado
251 e, conforme apropriado, incluir:
252  pergunta(s) de investigação, objetivo(s) e parâmetros conexos;
253  conceção cientificamente sólida, com uma fundamentação e uma análise estatística
adequadas
254 plano;
255  um plano de conduta de acordo com a(s) norma(s) adequada(s);
256  um plano para uma análise dos dados e para a obtenção de conclusões(ões) adequadas.
257

258 Objetivos dos estudos do PMCF


259 O(s) objetivo(s) do estudo deve ser declarado claramente e deve abordar o
260 risco(s) identificado(s) e formulado(s) para abordar uma ou mais questões específicas
relacionadas com
261 à segurança clínica ou desempenho clínico do dispositivo. Uma hipótese formal
262 deve ser claramente expresso.
263

264 Desenho de estudos de PMCF


265 Os estudos de PMCF devem ser desenhados para abordar o(s) objetivo(s) do estudo. O design
266 pode variar de acordo com o(s) objetivo(s), hipótese de estudo, questão de pesquisa e desfechos;
267 e deve ser cientificamente sólido para permitir tirar conclusões válidas.
268

269 Os estudos de PMCF podem seguir várias metodologias, por exemplo:


270  o seguimento prolongado dos pacientes inscritos em investigações pré-
comercialização;
271  uma nova investigação clínica;
272  uma revisão dos dados derivados de um registro de dispositivo; ou
273  uma revisão de dados retrospectivos relevantes de pacientes previamente
expostos a
274 o dispositivo.
275
276 Os estudos do PMCF devem ter um plano descrevendo o desenho e as metodologias
277 adequado para atender aos objetivos declarados. O plano/estudo de investigação clínica
278 O plano deve identificar e, quando necessário, justificar, no mínimo:
279  a população do estudo (correspondente ao escopo da marca CE);
280  critérios de inclusão/exclusão;
281  racional e justificativa do desenho de estudo escolhido, incluindo o uso de
282 controles/grupos de controle (quando relevante; randomizados ou
não);
283  a seleção de locais e investigadores;
284  objetivos do estudo e desfechos do estudo relacionados e considerações
estatísticas;
285  o número de sujeitos envolvidos;
286  a duração do seguimento dos pacientes;
287  os dados a serem coletados;
288  o plano de análise, incluindo quaisquer relatórios intercalares, se for caso disso,
289 garantir a gestão contínua de riscos com base em dados
clínicos; e
290  procedimentos/critérios para o término precoce do estudo;
291  considerações éticas;
292  métodos de controlo de qualidade dos dados, se for caso disso.
293

294 Os pontos acima podem não se aplicar a uma revisão retrospectiva de dados.
295
296

297 Implementação do estudo PMCF, análise dos dados e conclusão(ões)


298 O estudo deve:

299  ser executada com medidas de controle adequadas para assegurar o cumprimento do
300 investigação clínica ou plano de estudos;

301  incluir a análise dos dados com conclusões tiradas de acordo com o plano de análise
por
302 alguém com experiência adequada; e

303  dispor de um relatório final com conclusões relativas ao(s) objectivo(s) original(is) e
304 hipóteses/hipóteses.
305

306

307
308 7. A utilização dos dados do estudo
309
310 Os dados e conclusões derivados do estudo PMCF são usados para fornecer
311 evidências para o processo de avaliação clínica. Isso pode resultar na necessidade de reavaliação
312 se o dispositivo continua a cumprir os Requisitos Essenciais. Tal
313 a avaliação pode resultar em ações corretivas ou preventivas, por exemplo, alterações no
314 rotulagem/instruções de utilização, alterações aos processos de fabrico, alterações ao
315 design do dispositivo ou notificações de saúde pública.

316

317 8 O papel do organismo notificado no PMCF


318 Ao auditar o sistema de qualidade do fabricante no âmbito de um dos
319 anexos de avaliação da conformidade da Directiva 90/385/CEE ou da Directiva 93/42/CEE,
320 o organismo notificado (NB) deve rever a adequação dos
321 procedimentos e planos gerais de fiscalização pós-comercialização, incluindo planos para PMCF,
como
322 relevante.
323

324 O organismo notificado deve verificar se o PMCF no âmbito da avaliação clínica global é
325 conduzidos pelo fabricante ou em seu nome por avaliadores devidamente competentes
326 (conforme seção 10.3 do MEDDEV 2.7/1).
327

328 O RN deve verificar se as investigações clínicas conduzidas como parte dos planos de PMCF são
329 conduzidos em conformidade com as disposições pertinentes do anexo X (nos termos do n.o 8 do
artigo 15.o
330 de 93/42/CEE), orientações conexas e normas pertinentes.
331
332 O RN deve, no âmbito da sua avaliação de um dispositivo médico específico5:
333  verificar se o fabricante considerou adequadamente a necessidade de
334 PMCF como parte da fiscalização pós-comercialização com base nos riscos residuais
335 incluindo os identificados a partir dos resultados da avaliação clínica e
336 das características do dispositivo médico em conformidade com a secção 5
337 da orientação;
338  verificar se o PMCF é realizado quando a avaliação clínica foi baseada
339 exclusivamente sobre dados clínicos de dispositivos equivalentes para conformidade
inicial

5
em conformidade com o anexo II.4, o anexo II.7, o anexo III, o anexo V.6 e o anexo VI.6 da
Directiva 93/42/CEE e o anexo II.4, o anexo II.7, o anexo III e o anexo V.6 da Directiva
90/385/CEE
340 avaliação e que o PMCF aborda os riscos residuais identificados para o
341 dispositivos equivalentes;
342  avaliar a adequação de qualquer justificação apresentada por um fabricante
343 por não realizar um plano específico de PMCF como parte da fiscalização pós-
comercialização
344 e buscar o recurso adequado quando a justificativa não for válida;
345  avaliar a adequação do plano PMCF proposto para demonstrar o
346 objetivos declarados pelo fabricante e abordagem dos riscos e problemas residuais
347 de desempenho clínico a longo prazo e segurança identificados para o
348 dispositivo;
349  verificar se os dados recolhidos pelo fabricante junto da PMCF, se
350 favorável ou desfavorável, está sendo usado para atualizar ativamente o quadro
clínico
351 avaliação (bem como o sistema de gestão de riscos);
352  considerar se, com base na avaliação específica do dispositivo, os dados obtidos
353 do PMCF deve ser transmitido ao RN entre avaliação programada
354 atividades (por exemplo, auditoria de vigilância, avaliação de recertificação);
355  considerar um período adequado para a certificação do produto, a fim de definir
356 um momento específico em que os dados do PMCF serão avaliados pelo RN ou
357 condições específicas relativas à certificação para posterior acompanhamento. (Este
358 A decisão pode ser baseada nos riscos residuais, as características apresentadas em
359 Secção 5 e a avaliação clínica apresentada no momento da inicial
360 avaliação. As condições que o RN pode considerar podem incluir a necessidade de
361 fabricante a apresentar relatórios intercalares entre as revisões de certificação, do
362 dados clínicos gerados a partir do PMCF e da vigilância pós-comercialização
363 sistema).
364

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