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Introdução
Ao seccionar um sólido temos como resultante uma figura plana. Nas classes anteriores falamos
de secção (acto ou efeito de cortar ou seccionar algo) assim como da representação das
projecções dos sólidos. Nesta unidade iremos aprender como se determina a secção provocada
por diferentes tipos de planos secantes, em pirâmides, prismas, cones, cilindros e como
representar a verdadeira grandeza da secção.
Plano secante é o plano que ao interceptar o sólido geométrico determina a secção. E a secção
só ocorre quando o plano secante e o sólido geométrico tem o espaço em comum.
Nos nossos desenhos, iremos distinguir a secção através de um tracejado que é feito com linhas
finas, cujas projecções do seu contorno se efectuaram a traço grosso, assim como as linhas
visíveis que definem a forma do sólido geométrico.
O Tracejado que se refere é um conjunto de linhas paralelas que tem a mesma distancia de
separação entre se com mesma espessura.
A parte do sólido resultante da secção é designada sólido truncado que é a parte compreendida
entre o plano secante e a base ou vértice.
Após a realização da secção, considera-se apenas uma parte do sólido a que fica a traço grosso
nas suas partes visíveis e a parte desprezada fica a traço médio-fino. O contorno da secção será
igualmente representado a traço grosso e a superfície da secção será tracejada apenas nos casos
em que ela é igualmente visível.
3ºPasso: Unindo os pontos de intercepção do plano com o sólido teremos assim a secção
do sólido e valorizamos os traços do desenho.
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Maiquel M. F. Cachorro 2020
Uma secção de nível tem a projecção horizontal na sua verdadeira grandeza enquanto a
projecção frontal é um segmento de recta que fica situado sobre o traço frontal do plano de nível
que a produz e a de frente é o inverso da secção de nível, tem na projecção frontal a sua
verdadeira grandeza, dai não será necessário recorrer a métodos auxiliares para se determinar a
sua verdadeira grandeza.
Exemplo:
Represente uma pirâmide quadrangular oblíqua que tem a base assente num plano horizontal ou
de nível e o vértice é o ponto V (3;6;6).
Quando falamos de projecções de figuras planas vimos que todas as figuras planas contidas em
planos de topo ou vertical não apresentam a sua verdadeira grandeza em nenhuma das
projecções, pelo que, para obtermos a sua verdadeira grandeza é necessário recorrer-se aos
métodos geométricos auxiliares. Assim as secções planas que serão produzidas por planos de
topo ou vertical deverão ser rebatidas ou recorrer-se a um outro método auxiliar para se
determinar a sua verdadeira grandeza.
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Maiquel M. F. Cachorro 2020
Exemplo: Determina a secção produzida num prisma hexagonal regular recta por um plano de
topo, as bases do prisma estão assente em planos de nível o vértice da base B (1;0) a altura é de
7,5 cm, o lado mede 3cm, duas das faces laterais do prisma são de frente.
O plano secante faz 45º a.d não secciona nenhuma das bases.
NB: Sempre que determinarmos a secção de um sólido com um plano que não ajuda-nos a vela
na VG temos que usar os métodos geométricos auxiliares. Nos exemplos a baixo temos uma
pirâmide triangular que foi seccionada por um plano de perfil, sem a ajuda da verdadeira
grandeza não temos nem como ver a secção produzida. O mesmo acontece com, o prisma
quadrangular.
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Maiquel M. F. Cachorro 2020
Secções Cónicas
Conforme a posição do plano secante em relação ao cone, podemos obter vários tipos de curvas
cónicas. As curvas cónicas obtêm-se numa situação em que o plano secante secciona o cone e
não contem o vértice do mesmo.
Se o plano secante contem o vértice, as figuras da secção que se obtêm podem ser pontos, rectas
ou triângulos. Vejamos quando é que acontece nessas situações: temos ponto quando o plano
secante intercepta os pontos e não intercepta as geratrizes. Temos uma recta se o plano secante
intersecta ou é tangente a uma geratriz.
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Maiquel M. F. Cachorro 2020
As figuras das secções produzidas
em cones, que vimos anteriormente e
a circunferência que temos ao lado,
são fácil e rigorosamente
construídas. Com efeito, para traçar
uma circunferência basta conhecer o
seu centro e o seu raio nestes casos o
plano secante é paralelo ao plano da
base do cone.
Este método é usado nas situações em que não é possível determinar a secção do cone ou
cilindro usando rigor, com isso é determinada a mão livre, isso por não termos arestas temos que
ter maior número de pontos que irão ajudar na determinação das geratrizes. Como mostra o
exemplo a baixo. Um cone de revolução assente num plano de nível e é seccionado por um plano
de topo. E de seguida representamos a VG da secção.
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Maiquel M. F. Cachorro 2020
Método dos planos paralelos á base
Além do método das geratrizes, para a determinação de secções produzidas em cones por planos
que não contem o seu vértice ou que não são paralelos á base, podemos usar o método dos planos
paralelos ao plano da base. Este método consiste em usar planos auxiliares que interceptem o
cone e também o plano secante, e os pontos de intersecção da secção produzida pelo plano
auxiliar com a recta resultante da intersecção entre o plano auxiliar com o plano secante são os
pontos da curva cónica. Assim sendo, cada plano auxiliar, paralelo ao plano da base, origina dois
pontos da figura da secção.
EX:
Secções cilíndricas
As secções produzidas em cilindros são chamadas secções cilíndricas. De acordo com a relação
entre o plano secante e a superfície cilíndrica, podemos ter como resultante dessa secção uma
recta, um paralelogramo, uma circunferência, uma elipse ou segmento de uma elipse.
Temos uma recta se o plano secante é paralelo ou eixo e é tangente a uma das geratrizes
do cilindro.
Temos um paralelogramo quando o plano secante é paralelo ou eixo das bases e secciona
as duas bases.
Temos uma circunferência se o plano secante é paralelo aos planos das bases do cilindro
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Maiquel M. F. Cachorro 2020
Temos uma elipse se o plano secante é oblíquo aos planos das bases e intercepta todas as
geratrizes, quando não intercepta todas as geratrizes e intercepta uma das bases temos um
segmento de uma elipse como mostra o exemplo baixo.
Exercícios de aplicação
1. Represente uma pirâmide pentagonal regular recta que tem uma das arestas na posição de
perfil. A base da pirâmide é de nível com o lado mas próximo de φᵨ fronte horizontal. O
plano secante é de nível e dista 2cm a base da pirâmide; o centro da circunferência circo
escrita a base é o ponto O (4;1); r=3cm, a altura da pirâmide é de 4cm.
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Maiquel M. F. Cachorro 2020
2. Represente a secção produzida numa pirâmide triangular regular recta assente num plano de
frente de 2cm de afastamento, o vértice é um ponto V (7;4), a circunferência circunscrita a
base é de 3cm de raio. O plano secante é de frente e dista 2 cm do plano da base.
3. Uma pirâmide pentagonal regular recta situa-se no 1º diedro e com a base contida num plano
de nível. A altura da pirâmide é de 6,5 cm, cujo vértice é invisível em projecção horizontal.
O centro da circunferência circunscrita á base da pirâmide é o ponto O (3,5;6) e o raio mede
3 cm. a aresta lateral da pirâmide que contem o vértice de maior afastamento da base é de
perfil.
Determina a figura da secção produzida no prisma por um plano de nível de cota igual a 3,5
cm
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Maiquel M. F. Cachorro 2020
a) As bases do prisma estão assentes em planos de nível, o vértice da base B (1;0) altura
7,5cm o lado mede 3cm e duas das faces laterais do prima são projectantes horizontais.
b) O plano secante tem 45º de abertura para direita e não intercepta nenhuma das bases.
8. Construa as projecções da figura da secção produzida numa pirâmide quadrangular obliqua
de base de nível, situada no 1º diedro, sabendo que:
A base da pirâmide tem uma diagonal que faz 20º com φᵨ, de abertura para esquerda, o
centro da circunferência a ela circunscrita é o ponto O (0;6;5) e o raio mede 3,5cm.
O vértice da pirâmide é um ponto do eixo x e tem abcissa nula;
O plano secante é de topo, faz com o plano horizontal de projecção um ângulo de 60º de
abertura para esquerda e intersecta o eixo x num ponto de abcissa igual a 2,5cm.
9. Desenhe as projecções da figura da secção que um plano β produz numa pirâmide pentagonal
obliqua situada no 1º diedro, sabendo que:
A base da pirâmide é um pentágono regular [ABCDE] contido num plano de frente cujo
centro da circunferência a ela circunscrita é o ponto O ( 0;7;4,5) e um dos vértices do
polígono é o ponto A (-3;7;5).
A aresta lateral [AV] é de nível, faz com φᵨ um ângulo de 60º de abertura para a esquerda,
mede 7cm e o vértice da pirâmide é invisível em projecção frontal.
O plano secante β é vertical, faz com φᵨ um diedro de 60º de abertura para a direita e
intersecta o eixo x num ponto de abcissa igual a -3cm.
10. Construa as projecções de uma pirâmide triangular regular recta, situada no primeiro diedro
de projecção, sabendo que:
A base é um triângulo equilátero [ABC] contido num plano de perfil sendo A (5;0) e B
(0;3,5)
A altura da pirâmide é de 5cm e o seu vértice situa-se a esquerda da base.
a) Determine as projecções da figura da secção produzida no sólido por um outro plano de
perfil que se situa 2cm á esquerda do plano da base.
b) Determine a verdadeira grandeza da figura da secção
11. Desenhe as projecções de um prisma quadrangular oblíquo assente por uma das bases num
plano de topo que faz com υᵨ um ângulo de 40º de abertura para a direita. As bases são
quadrados de 5cm de lado e a altura do prisma é de 2,5 cm. Uma das arestas da base de
referência pertence ao plano horizontal de projecção e outra ao plano frontal de projecção. As
projecções frontais e horizontais das arestas da base fazem com o eixo x, respectivamente,
ângulos de 50º e 40º, de abertura para esquerda.
a) Determine a figura da secção produzida no prisma por um plano vertical que faz com o
plano frontal de projecção um diedro de 45º de abertura para a direita e intersecta o eixo
x 3,5cm á esquerda da aresta de cota nula.
b) Determina a verdadeira grandeza da figura da secção.
12. Represente pelas suas projecções um prisma hexagonal obliquo tendo em conta que:
As bases do prisma são hexágonos regulares assentes em planos projectantes horizontais
que fazem com o plano frontal de projecção ângulos de 60º de abertura para a esquerda.
A aresta [AB] de base mais próxima do plano frontal de projecção mede 2,5cm, existe em
υᵨ e o vértice A, o mais próximo de φᵨ, tem 2,5cm de afastamento
A altura do prisma mede 6cm e as arestas laterais são de nível e fazem com φᵨ ângulos de
45º de abertura para a direita;
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Maiquel M. F. Cachorro 2020
a) Determine as projecções da figura da secção produzida no prisma por um plano de perfil
que contem o ponto médio da linha que une os centros das bases do prisma.
b) Determine a verdadeira grandeza da figura da secção
13. Assinale com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas.
a) Num cone, uma secção é um ponto, se o plano secante intersecta todas as geratrizes duma
superfície cónica. ______
b) A figura duma secção pode ser uma circunferência apenas em casos em que o plano
secante é paralelo ao plano da base. _____
c) Num cone, se o plano secante intersecta o vértice e é tangente a uma geratriz a secção
produzida é uma recta. ______
d) Na secção de um cilindro, Temos um paralelogramo quando o plano secante é paralelo ou
eixo das bases e secciona as duas bases._____
e) A elipse resulta da secção produzida num cilindro por um plano que contem duas das
suas geratrizes. _____
f) Numa superfície cilíndrica não é possível obter um segmento da elipse. _____
14. Construa as projecções de um cone de revolução situado no 1º diedro sabendo que:
A base do cone situa-se num plano de frente de afastamento igual a 1cm.
O centro da base tem 4cm de cota e o raio mede 3cm.
A altura do cone é de 7cm.
15. Desenhe as projecções de um cone obliquo situado no 1º diedro de projecção, sabendo que:
A base do cone é um círculo contido no plano horizontal de projecção, cujo centro é ponto
O (0;4;0);
Um dos pontos da base é tangente ao plano frontal de projecção;
O vértice do cone é o ponto V (4;6;8)
Determine a secção produzida no cone por um plano de topo que faz com υᵨ um diedro de 60º
de abertura para a esquerda e que contem o ponto médio do eixo do cone.
16. Desenha as projecções dum cone obliquo situado no 1º diedro sabendo que:
A base pertence a υᵨ, o seu raio mede 3,5cm e o seu centro é o ponto O de afastamento
igual a 4 cm e abcissa 0 cm.
O vértice do cone é o ponto V (6;7;7)
Usando o método das geratrizes, construa as projecções da figura da secção produzida no
cone por um plano projectante horizontal que contem um ponto do eixo do cone de 4,5cm de
afastamento e faz um diedro de 45º com φᵨ, de abertura para a esquerda.
17. Determine a figura da secção produzida num cilindro obliquo situado no 1º diedro, por um
plano vertical, considerando que:
As bases do cilindro são de frente e distam entre si 6cm.
A base mais próxima do plano frontal de projecção tem 1 cm de afastamento e a cota do
seu centro é de 5cm e o raio mede 4 cm.
As geratrizes do cilindro são de nível e fazem com o eixo x ângulos de 40º de abertura
para esquerda.
O plano secante contem o ponto do eixo do cilindro de 4 cm de afastamento e faz um
diedro de 60º com φᵨ, de abertura para a direita.
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Maiquel M. F. Cachorro 2020
18. Determine a figura da secção produzida num cilindro de revolução situado no 1º diedro
sabendo que:
O cilindro esta assente pela base no plano horizontal de projecção;
O centro tem afastamento igual a 5 cm, o raio mede 3 cm a altura do cilindro é de 6cm
19. Desenhe as projecções da figura da secção produzida num cilindro obliquo de base de nível
por um plano de topo, sabendo que:
A base mais próxima de υᵨ tem 1cm de cota e a de maior cota dista 7cm do plano
horizontal de projecção.
O centro da base de menor cota tem 9 cm de afastamento e o da base de maior cota tem
4,5 cm de afastamento.
O raio das bases mede 4cm e as projecções frontais das geratrizes fazem com o eixo x
ângulos de 45º de abertura para a esquerda.
O plano secante faz com υᵨ um ângulo de 40º de abertura para a direita e intersecta o eixo
z, 5 cm a esquerda do centro da base de maior cota.
Determine a verdadeira grandeza da figura da secção.
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