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Sólidos com

bases
contidas em
planos não
projetantes
St. Peter’s International School
Maria Leonor Bento, Miguel Chen e Rodrigo
Luís – 11ºE
Geometria Descritiva A

Dezembro 2023
Ex:841 Determine as projeções de uma pirâmide reta de base hexagonal regular contida num plano oblíquo 𝛿,
sabendo que:

- O traço horizontal do plano 𝛿 define um ângulo de 35°, de abertura para a direita, com o eixo x, intersetando-
o num ponto com 5,5 cm de abcissa;

- O ponto O (- 4; 3; 4) é o centro da base da pirâmide, [ABCDEF];

- O vértice A com afastamento nulo, e o ponto O pertencem a uma reta de maior inclinação do plano 𝛿

- O vértice V da pirâmide tem 10 cm de cota.

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(Müller, 2022)

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Processo de Resolução

Para determinar o traço frontal do plano 𝛿, inserimos uma reta auxiliar horizontal (reta h) a conter o
ponto O, uma vez que já temos a direção do traço horizontal do plano e determinamos o traço frontal
da reta. De seguida, unimos o ponto de nascença do plano ao 𝐹2ℎ e obtemos o traço frontal do plano
𝛿 (𝑓𝛿).

Para encontrarmos as projeções do ponto A fazemos uma perpendicular ao traço frontal do plano partir
do ponto O, visto que os pontos A e O pertencem a uma reta de maior inclinação do plano. A essa
perpendicular designamos 𝑖2 (projeção frontal da reta 𝑖 de maior inclinação do plano). Como o
afastamento do ponto A é nulo sabemos que este ponto é o traço frontal da reta 𝑖, sendo que a projeção
frontal do ponto A surge da interseção de 𝑖2 com 𝑓𝛿.

Para determinar as projeções da base [ABCDEF] da pirâmide, recorremos ao rebatimento do plano 𝛿,


sobre o traço frontal do plano. Primeiro rebatemos o traço horizontal do plano 𝛿 (ℎ𝛿 ). Para isso,
escolhemos uma abcissa qualquer de um ponto 𝐻 pertencente ao traço horizontal do plano e fazemos
uma perpendicular á charneira a partir de 𝐻2 . A seguir, colocamos a ponta seca do compasso no ponto
de nascença do plano e o lápis em 𝐻1 e fazemos um arco até encontrar a perpendicular à charneira que
sai de 𝐻2 . Quando esse arco toca na perpendicular encontramos 𝐻𝑟 e, por fim, unimos 𝐻𝑟 ao ponto de
nascença e encontrámos ℎ𝛿𝑟 . Tendo o plano rebatido fomos rebater os pontos 𝐴 e 𝑂. Como o ponto A
está contido na charneira temos que 𝐴2 ≡ 𝐴𝑟 . Para rebatermos o ponto O recorremos ao método das
retas. Uma vez que este pertence a uma reta horizontal do plano, a partir de 𝐹2ℎ , traçámos uma paralela
ao traço horizontal do plano rebatido, encontrando, assim, ℎ𝑟 . Por fim, traçámos uma perpendicular à
charneira, a partir de 𝑂2 até ℎ𝑟 , e encontrámos 𝑂𝑟 .

A partir dos pontos 𝐴 e 𝑂 rebatidos desenhamos a base hexagonal regular em verdadeira grandeza.
Para isso começámos por traçar a circunferência de centro em 𝑂 e a passar em 𝐴. De seguida, traçámos
o segmento ̅̅̅̅̅̅̅
𝐴𝑟 𝐷𝑟 a passar em 𝑂𝑟 . Por fim, fizemos dois arcos de circunferência: um de raio 𝐴𝑟 𝑂𝑟 e
centro em 𝐴𝑟 e outro de raio 𝐷𝑟 𝑂𝑟 e centro em 𝐷𝑟 . Assim, com o hexágono construído em verdadeira
grandeza encontramos 𝐵𝑟 , 𝐶𝑟 , 𝐷𝑟 , 𝐸𝑟 e 𝐹𝑟 .

Para determinarmos as projeções dos pontos B, C, D, E e F recorremos ao contra-rebatimento dos


mesmos através de retas auxiliares frontais. Para isso, traçámos paralelas ao traço frontal do plano, a
conter os pontos. Quando essas paralelas intersetavam o traço horizontal do plano rebatido
encontrámos os traços horizontais das retas rebatidos. De seguida, contra-rebatemos esses pontos e
traçámos paralelas ao eixo do x, a passa em 𝐻′1 , 𝐻′′1 e 𝐻′′′1 para encontrarmos, respetivamente, 𝑓1 , 𝑓′1

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e 𝑓′′1 . De seguida, traçámos paralelas, desta vez ao traço frontal do plano, a passar em 𝐻′2 , 𝐻′′2 e
𝐻′′′2 , para encontramos, respetivamente, 𝑓2 , 𝑓′2 e 𝑓′′2 . Tendo as projeções das retas auxiliares frontais,
traçámos perpendiculares à charneira a partir dos pontos rebatidos até 𝑓2 , 𝑓′2 e 𝑓′′2 . Quando essa
perpendicular toca nas projeções frontais das retas auxiliares encontramos a projeção frontal dos
pontos da base. Para encontrar as projeções horizontais dos pontos fizemos uma linha de chamada a
partir da projeção frontal dos pontos até às projeções horizontais das retas auxiliares, encontrando,
assim, as projeções dos pontos da base da pirâmide.

Após determinarmos as projeções do polígono da base, representámos, a partir do ponto O, o eixo da


pirâmide (reta p) perpendicular ao plano 𝛿 que contem o segmento ̅̅̅̅
𝑂𝑉 . Para encontramos as projeções
do vértice da pirâmide definimos um ponto pertencente à reta p com 10cm de cota.

Encontradas as projeções do vértice da pirâmide e do polígono da base unimos os pontos da base ao


vértice. Em projeção frontal, são visíveis todas as arestas laterais à exceção do segmento AV, uma vez
que esta aresta está coincidente com a aresta DV, em projeção frontal, a aresta DV sobrepõe-se à aresta
AV e, por isso, não é possível ver a sua invisibilidade. Ainda em projeção frontal, as arestas BA e AF,
da base, são invisíveis, uma vez que são os pontos com menor afastamento. Em projeção horizontal, a
aresta CV é invisível, visto que é a aresta lateral com menor cota e as arestas BC e CD da base também
são invisíveis, uma vez que são os pontos da base com menor cota.

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