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CONSOLIDAÇÃO1
CONSOLIDAÇÃO1
– Manual de Treinamento –
Jesus preparou sua igreja para um crescimento equilibrado. Ele esperava que a igreja seguisse o
seu exemplo de equilíbrio entre SEMEAR, CULTIVAR, COLHER E DESENVOLVER. Jesus
semeou nas suas pregações e ensinos públicos (Mt 5-7). Cultivou pessoalmente pessoas como
Nicodemos (Jo 3), a mulher samaritana (Jo 4) e os três homens de Lc 9.57-62. Colheu nos casos
de Zaqueu (Lc 19) e o endemoninhado gadareno (Lc 8.26). Também desenvolveu resultados
especialmente nos casos dos doze e dos setenta. Você pode pensar em outros exemplos no Novo
Testamento?
O propósito deste estudo é de preparar uma equipe para trabalhar na área de contínua
consolidação. É importante, porém, entender que nossa analogia tem a finalidade de nos dar uma
idéia geral de evangelização equilibrada e não uma compreensão profunda. Ninguém colhe frutos
e depois os deixa no campo para apodrecer. É nesse sentido que devemos consolidar o fruto do
trabalho evangelístico. Mas o exemplo de Jesus nos ensina que esse entendimento simples é
somente o início.
O que fez Jesus com a sua colheita? Ele guardou seu fruto num lugar seguro, separado do
mundo? Não. Jesus não os chamou para se afastarem do mundo.
Notamos também que Jesus não procedeu da mesma maneira com todos os novos discípulos.
Alguns ficavam nas suas cidades enquanto Jesus passava para outros lugares (Lc 8.39). Outros
aparentemente seguiam a Jesus por algum tempo recebendo sua instrução, enquanto Ele estava
em suas regiões (Lc 10.38,39). Um grupo de setenta passava mais tempo convivendo com Jesus
e saíndo para cumprir certas tarefas (Lc 10.1). Sua convivência com Jesus não era tão profunda
como a dos doze. Mesmo entre os doze, três deles eram, ainda mais chegados a Jesus.
A lição mais importante que os discípulos aprenderam de Jesus foi que a igreja ou o discipulado
de Jesus tem uma responsabilidade para com os novos discípulos. O exemplo da igreja de
Jerusalém é uma ilustração de como os discípulos de Jesus compreenderam essa lição. A igreja
aceitou a responsabilidade e seguiu o método mais usado por Jesus no seu trabalho direto com os
novos crentes. O método era a convivência constante com eles. A vonvivência é o resultado de
uma aceitação mútua, que é o coração da comunhão. Podemos identificar os elementos dessa
comunhão e convivência em Atos 2.42-47.
Através da convivência com seus discípulos Jesus era um modelo vivo para eles. Os discípulos
aprenderam tanto pela sua vida, quanto pelo seu ensino. Os cento e vinte discípulos de Jerusalém
seguiram o exemplo de Jesus no seu trabalho com os quase três mil que foram salvos no dia de
Pentecostes.
A tarefa da igreja é ensinar o novo discípulo a andar ou conviver com Jesus no Espírito Santo. A
igreja de Jerusalém não podia ensinar o que ainda não havia aprendido. Por isso Jesus deu a
ordem de Atos 1.4 e 5 antes de dar a promessa de Atos 1.8. Jesus queria que eles ficassem
fortalecidos na comunhão, unidos para refletirem juntos sobre as promessas quanto ao Espírito
Santo (veja Jo 7.37-39; Jo 14.14, 20-26; 16.7-11). Os discípulos foram obedientes a ordem? O que
fizeram? (veja Atos 1.14).
De igual modo, hoje nós não podemos ensinar o que não sabemos. A igreja toda precisa aprender
a amar, a aceitar, e a se responsabilizar para cuidar uns dos outros. Temos que aprender a andar
no Espírito (Gl 5.16-26).
A igreja de Jerusalém aprendeu a orar junta e unanimente. Essas pessoas que tanto andaram
com Jesus, queriam continuar andando com Ele. Só podiam fazer isso no Espírito. A conversa
com Ele foi feita em oração. É claro que eles não oraram apenas em grupos. A grande vantagem
que temos agora, desde o dia de Pentecostes, é que todos nós podemos andar e conviver sempre
com Jesus.
Todos os que irão trabalhar com os novos discípulos devem saber andar com Cristo, no Espírito.
Pessoas que vivem em comunhão contínua com Cristo têm horas regulares para conversar com
Ele em oração e leitura da Bíblia. Você tem uma hora marcada diariamente para orar? Qual é a
melhor hora para você? Qual é o melhor método para você ler ou estudar a Bíblia e orar? Você
tem uma lista de motivos de oração?
Para trabalhar com novos discípulos não é necessário ter muito treinamento. Não é preciso ser
professor de Bíblia. O mais importante é ser sincero e ser um discípulo de Cristo que deseja
crescer espiritualmente. É necessário querer conviver com Cristo e sua igreja, e especialmente
com os membros mais novos e mais fracos da família.
Os Passos Fundamentais
1. Iniciar o apelo
2. Receber e Aconselhar
3. Levar a um compromisso firme ou iniciar o processo de evangelização
4. Apresentar os decididos à igreja
5. Fazer as orientações iniciais
É muito difícil integrar na família quem não nasceu ainda. Um casal estava esperando um nenê.
Fizeram os exames médicos que revelaram até o sexo do feto esperado, menino. O casal
escolheu o nome, fez todos os preparativos. O casal brincou falando do filho como se já fizesse
parte da família. Mas mesmo com toda essa atitude de boa aceitação, o filho não podia ser
integrado na família antes de nascer.
Da mesma sorte não pode ser integrado na família de Deus quem não nasceu de novo. Num
estudo feito em 1986, um conferencista citou alguns dos motivos pelos quais algumas igrejas
estão morrendo. Entre alguns dos motivos se encontra "a pretenção de trazer os homens à igreja
antes de lhes falar de Cristo; a pregação de um evangelho barato, antropocêntrico e deslembrado
da soberania e senhorio de Cristo...".
Somente podemos ajudar essas pessoas quando fazemos algum tipo de aconselhamento. A falta
de aconselhamento imediato prejudica muito o ministério da consolidação.
O Que Faz o Consolidador?
1. Analisa até que ponto o decidido compreendeu o apelo.
2. Ajuda-o a entender a vontade de Deus para sua vida.
3. Ora com o decidido.
4. Preenche a Ficha de Consolidação
1. O PASTOR
O pastor mesmo pode fazer todo o aconselhamento durante o apelo. Geralmente num culto o
número de descrentes presentes não permite muitas decisões na hora do apelo. Se o pastor
quiser, poderá fazê-lo sem outros consolidadores.
2. Alguns usam o mesmo sistema no apelo como no ítem primeiro, mas no final outros
consolidadores fazem o aconselhamento e não o pastor. Assim mais que um consolidador estará
trabalhando, e o aconselhamento se torna mais pessoal.
Em primeiro lugar, reconhecemos que é muito difícil atingir esse objetivo aconselhando pessoas
em grupos. Em segundo lugar, é claro que as pessoas, de modo geral, têm mais confiança no
pastor e na pessoa que Deus usou para despertar o seu interesse. O papel do pastor tem certa
autoridade também. Por isso é importante que o pastor faça o aconselhamento tanto quanto
possível. Se alguém precisar de muitos conselhos, o pastor pode ter um conselheiro preparado
para conversar à parte por mais tempo. Também no caso de muitas decisões o pastor pode ter
pessoas preparadas para ajudar no aconselhamento.
Entre os cinco métodos apresentados, qual é o que mais se ajusta com essas observações? Qual
a razão de não poder usar esses métodos na sua congregação?
Se usar o primeiro método na sua congregação normalmente não terá necessidade de outros
conselheiros além do pastor. Mesmo assim sempre é bom ter duas ou três pessoas preparadas
para ajudar no caso de necessidade. Esses consolidadores poderão receber pessoas que estão
atendendo ao apelo, quando há muitos para o pastor aconselhar sozinho. Eles precisarão saber o
que dizer para os decididos.
Consolidador:
Estou muito satisfeito porque você veio! Qual é o seu nome?
Decidido:
Maria Helena de Alencar
Consolidador:
Por que veio aqui agora? (a resposta indica se a pessoa já aceitou a Jesus ou se está querendo
aceitá-Lo).
Decidido:
Porque orei como o pastor falou. Quero perdão. Quero Jesus.
Consolidador:
Então, você reconhece que é pecadora?
Decidido:
Sim, claro!
Consolidador:
Quer abandonar agora e para sempre os seus pecados?
Decidido:
Quero, sim.
Consolidador:
Quer confiar em Jesus como Senhor (chefe) da sua vida, agora, e para sempre?
Decidido:
Quero.
Consolidador:
Quer obedecer a Jesus em tudo?
Decidido:
Quero.
Consolidador:
Quer obedecer a Jesus, segui-Lo no batismo e servi-Lo como membro desta igreja?
Decidido:
Sim. Quero obedecer a Jesus.
Consolidador:
Podemos orar e dizer tudo isso a Jesus em oração, agora?
Decidido:
Sim
(com a oração essa conversa pode ocupar até dois minutos e meio. Muitas vezes encontramos
pessoas que não tem o conhecimento básico do Evangelho. Neste caso será necessário levá-las
a uma ministração mais demorada).
Todos podem ganhar certa experiência como conselheiros simulando o ato de receber e
aconselhar um decidido usando as perguntas básicas. Por exemplo: Um jovem que está
participando de um estudo evangelístico numa célula, atendeu ao apelo. O líder dessa célula fará
o papel de conselheiro, um voluntário pode fazer o papel do jovem. Esses dois simularão o ato de
aconselhamento usando as perguntas básicas. Depois podem formar pares. Um fará o papel do
jovem e o outro do conselheiro. Depois de três minutos, podem trocar os papéis.
Pense em outras situações. O que faria diferente? O que faria com alguém querendo reconciliação
com Deus? Querendo somente uma oração da igreja? Uma bênção? Como aconselharia um
decidido de muito tempo que quer ser batizado?
Às vezes, a vontade de Deus pode ser a reconciliação de um crente desviado. Queremos levar
todos os não crentes a entenderem a necessidade de fazer um compromisso imediatamente. Com
algumas pessoas é necessário iniciar o trabalho de semear e cultivar.
Por isso o aconselhamento nem sempre completa a transição de ganhar para consolidar ou
crescimento espiritual. Às vezes, o aconselhamento se torna um dos primeiros passos para
ganhar.
O pastor pode ler o nome que está na Ficha de Consolidação apresentando assim a pessoa à
congregação pelo nome. Pode dizer qual é o compromisso que fez e uma palavra breve sobre a
decisão que mostra a sinceridade dela. É óbvio que não é possível fazer este tipo de apresentação
sem fazer o aconselhamento imediato, todavia, o processo todo não deve demorar muito.
2. Define a responsabilidade do novo convertido para com a igreja de Cristo. Pessoas ao nascer
fisicamente têm uma família. Também o crente, ao nascer espiritualmente, tem uma família
espiritual, a igreja. Membros da família têm responsabilidades.
3. Cria um sentimento de aceitação pela igreja. O decidido aceitou a Cristo. Deve ter aceito
também a igreja de Cristo. Porém, é muito importante o novo convertido sentir que do mesmo
modo que Cristo o aceita, a igreja também o aceita. Ele tem uma responsabilidade para com a
igreja, mas também tem o privilégio da comunhão com a igreja que o aceita. Um abraço de um
consolidador ou um líder de célula, será um símbolo muito valioso da aceitação da igreja.
2. Relembra a igreja da sua responsabilidade para com os novos crentes. A responsabilidade não
é para provar o novo. Satanás vai fazer isso sem nossa colaboração. A responsabilidade da igreja
é de apoiar o decidido no seu crescimento espiritual e no seu andar com Cristo, no Espírito Santo.
3. Identifica o novo convertido. A igreja não pode apoiar, nem orar em favor de pessoas não
conhecidas.
Você pode pensar em outros motivos por que é importante apresentar os decididos à igreja no
final do culto?
Com estas apresentações o processo de consolidação está começando. O novo crente está
aprendendo lições importantes sobre a igreja, sua comunhão e responsabilidades mútuas. O culto
pode ser encerrado com uma oração, lembrando os decididos, pedindo os cuidados de Deus para
com eles e orientação para a igreja no cuidado para com os novos crentes.
A igreja deve ser encorajada a manifestar sua aceitação e apoio para com os novos crentes,
cumprimentando-os após o encerramento. Pessoas treinadas devem dar mais algumas
orientações ligeiras e marcar o próximo encontro iniciando o processo de acompanhamento. O
próximo estudo apresentará mais informações sobre este assunto.
A palavra INTEGRAÇÃO não se encontra no Novo Testamento. O conceito, porém, pode ser
notado. CONSERVAÇÃO não se encontra nem em palavra e nem em conceito. O desejo não é
de "conservar", é de desenvolver os novos crentes como parte do organismo, a igreja. Todos os
crentes são díscípulos e o trabalho com todos os discípulos deve ser contínuo. Por isso, falar de
discipulado exclusivamente para se referir aos novos crentes pode confundir a compreensão dos
termos discípulo e discipulado. Porém, falando do desenvolvimento inicial dos novos discípulos, é
muito certo e não fere o entendimento de que todos os crentes são discípulos a vida inteira.
Qual é a palavra ou conceito do Novo Testamento quanto ao trabalho com os novos crentes? Na
realidade o Novo Testamento não tem uma palavra usada exclusivamente para esse trabalho, ou
seja, um termo técnico. Porém, a palavra mais usada no trabalho com os novos crentes é a
palavra "exortação".
EXORTAÇÃO é a primeira palavra chave. Leia Atos 11.22,23; 13.43; 14.21,22. Note o uso desta
palavra. Em cada instante as pessoas são exortadas a fazer alguma coisa. O que? Quem está
sendo exortado em cada instante? (Atos 11.21-23; 13.43; 14.21,22).
A idéia é de alguém que anda conosco para nos encorajar, consolar, exortar, e nos orientar nas
horas de dificuldades. O Espírito Santo é nosso exortador, consolador, ou acompanhante
supremo. Os novos crentes precisam de orientadores e exortadores. Foi isso que José de Chipre
fez tão bem e seu nome mudou para Filho da Consolação ou Exortação.
Barnabé fez este trabalho com Paulo e depois ensinou Paulo a fazê-lo, como notamos em Atos 13
e 14. Paulo continuou com esta prática, como observamos na sua carta aos Tessalonicenses.
Esta carta foi escrita entre três e seis meses depois de sua entrada inicial em Tessalônica. De
certa forma esta carta toda é uma exortação aos novos em Cristo.
A palavra "exortar" ou "exortação" se encontra seis vezes em menos de quatro páginas. Nas
primeiras duas vezes Paulo fez referências ao trabalho que fazia com eles quando estava
presente em Tessalônica, logo após a conversão deles (1Ts 2.3,11,12). Qual é a analogia ou
figura que Paulo usa no verso 11? Em 1Ts 3.2,3, notamos que Paulo está falando de Timóteo, que
foi enviado para andar com eles. Ele foi enviado para exortá-los de que? Para que?
Paulo não pode acompanhar os novos crentes por tempo suficiente. Para exortá-los a um
crescimento enviou Timóteo para fazê-lo. Mas o que não pode fazer pessoalmente e diretamente,
Paulo o fez por meio de cartas.
1Ts 4.1 diz claramente que Paulo está escrevendo para continuar seu trabalho de exortação. Não
está falando mais no passado, está falando no presente. No início do versículo 1 ele diz
"finalmente". Esse "finalmente" se refere aos dois últimos capítulos da carta (veja 4.10 e 5.11; 4.18
e 5.14, que podem ser traduzidos como exortar em vez de consolar e rogar). Então a exortação de
Paulo é tudo que se encontra nesses dois capítulos. Essa exortação foi importante, mas sempre a
exortação mais importante e eficaz é aquela que é feita pessoalmente no contexto da comunhão
da igreja.
Hoje também há grande necessidade de acompanhantes preparados para trabalhar com os novos
crentes. O trabalho de acompanhante não é de ser um professor particular. Ele é um exortador -
consolador que anda ao lado do novo crente para encorajá-lo como um irmão e não como um
professor. Ele faz o que Barnabé fez com Paulo e com outros antes de Paulo. Ele leva o novo
crente para a igreja para introduzí-lo na comunhão entre irmãos. Leva a igreja a aceitá-lo e sentir
que é aceito pela igreja.
Por isso, pode-se dizer que um acompanhante convive com o novo crente para exortá-lo a
permanecer firme na comunhão com Cristo e Sua igreja.
2. O diretor da equipe de consolidação passará todas as fichas para o pastor no final do apelo.
3. O pastor apresentará cada decidido nominalmente, dizendo uma palavra breve sobre a sua
decisão.
5. Apresentará o líder de Célula que pode ou não ser conhecido pelo novo. Se não há
consolidador para trabalhar com ele, o líder pode ficar ao seu lado e fazer a orientação inicial. Se
há consolidador, o líder ficará no seu lugar e o pastor pode dizer uma palavra breve sobre a
importância da célula e a responsabilidade que a célula tem para os novos (não repetirá essa
explicação todas as vezes, apenas na apresentação do primeiro líder).
O consolidador pode ter uma idéia melhor da firmeza do decidido começando a orientação inicial
com a pergunta: "Qual foi o compromisso que você fez com Cristo hoje?". Se ele tiver dificuldades
em responder, é importante rever o plano de salvação com ele antes de apresentar o livreto "Bem-
Vindo à Família de Deus".
É claro que existem pessoas treinadas que estão designadas para ajudarem na consolidação nos
trabalhos fora do templo. No caso de células o trabalho de consolidação sempre terá melhor êxito
se o consolidador for alguém que coopere sempre com as reuniões. Na evangelização pessoal, se
o evangelizador não pode fazer a consolidação, ele deve levar alguém treinado, tão logo seja
possível. O primeiro passo pode ser o de recordar "Bem-Vindo à Família de Deus" com o novo
crente. O segundo, será o de levar o covnertido a se manifestar publicamente no próximo culto da
igreja, na hora do apelo.
É importante também que escolha com cuidado e muita oração a pessoa que vai acompanhar.
Não pode acompanhar mais que uma ou duas pessoas cada vez.
Converse com os novos que podem se ajustar com os cinco fatores. Se determinar que a pessoa
satisfaz os fatores, pode oferecer-se para consolidá-la, iniciando o processo usando o livreto "Bem-
Vindo à Família de Deus". Daí pode seguir as orientações para os três meses de consolidação.
Pode também estudar o último capítulo e considerar como estimular outros membros da igreja a
se envolverem nesse trabalho. Busque meios de influenciar a igreja a formar uma equipe para
fazer um trabalho mais completo de consolidação.
3) Sugestões práticas.
a) Anotar os estudos e sugestões que têm ajudado o novo crente. Guardá-los numa pasta para
usar com outros.
b) Compartilhar o que você está ensinando (a melhor maneira de guardar o que aprende é ensinar
a outros).
c) Aplicar em sua vida o que você está ensinando (hipocrisia, geralmente, é o resultado de não
aplicar na própria vida o conhecimento que tem).
d) Dar oportunidade para o novo convertido compartilhar o que ele está aprendendo no seu tempo
diário de Escuta a Deus, bem como sua dificuldade em entender e responder as perguntas nos
estudos.
e) Continuar crescendo! Deve continuar estudando para crescer.
f) Não desanimar - Um consolidador bem sucedido é alguém que ama e treina o novo crente,
deixando os resultados com Deus ("Não nos cansemos de fazer o bem", Gl 6.9).
Todo o tempo, o consolidador deve lembrar que seu objetivo é exortar o novo crente a ficar firme
na comunhão com Cristo e sua igreja. Ele fará isso levando o novo a se alimentar espiritualmente
e participar assiduamente na vida da igreja.
Por que ter reuniões semanais? Um estudo de quatro semanas não é suficiente?
Pesquisas indicam que atualmente as igrejas estão batizando dez por cento ou menos dos
decididos. Mesmo assim as estatísticas das igrejas indicam que cinquenta por cento ou mais serão
excluídos da igreja. Não devemos imaginar que em quatro horas de estudos e planejamento
vamos solucionar um problema de proporções tão exageradas.
Quantas pessoas fizeram decisões na sua igreja por semana, em média, no ano passado? Em
média quantas foram batizadas por mês? Qual a proporção? Quantas foram excluídas no ano
passado? Qual é a proporção entre os batizados e os excluídos?
A maior parte do trabalho que a equipe vai fazer é um trabalho que nunca foi feito antes. Ninguém
tem experiência. Haverá dificuldades e necessidade de correções, melhores orientações,
encorajamento e talvez algumas modificações nos planos. Na área de consolidação há muito para
aprendermos que não pode ser incluído num estudo de quatro lições. As pessoas podem
aprender mais, depois de entrarem no trabalho. Depois de terem certas experiências, uma revisão
dos estudos pode aumentar o entendimento.
O que fazer nessas reuniões semanais? Vão ser estudadas as mesmas lições de novo? É claro
que se pode rever esses mesmos estudos, se for necessário; mesmo que o faça, isso seria
apenas uma pequena parte. As reuniões devem incluir os seguintes assuntos:
1) Relatórios - Veja a ficha "Análise dos Novos Crentes". A ficha deve ser preenchida
semanalmente e relatórios verbais feitos durante a reunião. Os consolidadores compartilharão
vitórias e dificuldades.
5) Nesta reunião deve-se reservar tempo amplo para oração. Sempre haverá necessidade de orar
por mais obreiros, em favor dos novos convertidos e por todos que deverão se entregar a Cristo.
As reuniões semanais podem ser realizadas durante a hora antes do início dos cultos. Assim
providenciarão um bom preparo para o culto. Se o pastor preparou um culto diferente com um
apelo que foge do normal, ele deverá avisar nesta hora e planejar com seus consolidadores. O
pastor deve se reunir de vez em quando com a equipe de consolidação para animá-la, oferecer
sugestões e trocar idéias.
OUTROS RECURSOS
Mateus 28.19 e 20 mostra qual o propósito integral de Deus para seus discípulos: FAZER
DISCÍPULOS, batizar discípulos e ensinar os discípulos a obedecerem tudo o que Cristo ensinou.
Essa é a missão da igreja toda. Atos dá um um modelo de como se faz tudo isso. A igreja é uma
equipe. cada membro tem sua função, mas todos atuam na sua área para GANHAR,
CONSOLIDAR, TREINAR e ENVIAR os discípulos.
O consolidador tem a tarefa principal para o entrosamento na comunhão, do novo crente com
quem trabalha. Mas ele não está sozinho. Às vezes, ele não será a influencia principal no
desenvolvimento do novo crente a ele designado. Um novo crente pode ter amigos ou parentes na
igreja que serão grande influência em sua vida. Outros formarão amizades mais fortes com
membros além do consolidador. Nestes casos o consolidador não deve ter inveja. Deve convidar o
crente, que está acompanhando informalmente, a entrar na equipe. Aos poucos pode transferir a
responsabilidade para essa pessoa. O primeiro acompanhante pode assumir a responsabilidade
com outro novo convertido.
Quais são outros recursos da igreja para incorporar o novo crente na comunhão da igreja?
Há também um problema muito grave de abandono de nenês espirituais. Não deve ser assim. O
apóstolo João (1Jo 1.3) falou das suas experiências com Jesus, porque queria ter comunhão com
eles.
Será que o motivo principal para evangelizarmos, é porque queremos mais filhos, para ter
comunhão maior na família, com Deus e com seu Filho Jesus Cristo? Nossa atitude para com o
sujo pecador que se arrepende, é mais parecida com a do pai do filho pródigo arrependido ou do
irmão mais velho deste? (Lc 15.11-32). Pense em alguma atitudes em relação aos novos
decididos. Quais são mais parecidas com a atitude do irmão mais velho?
Infelizmente muitas igrejas evangelizam porque é o seu dever. Outras querem ganhar mais por
causa do orgulho de dizer que têm batizado mais pesoas do que outros pastor ou igreja. Outras
evangeizam porque precisam de mais pessoas para ajudar a completar o edifício que estão
construindo. Quando tudo ficar completo, todos estarão satisfeitos. Tais igrejas têm pouco
interesse em ganhar outros.
Geralmente não queremos confessar tais atitudes. Nem as admitimos para nós mesmos. Porém o
resultado de tantas exclusões e tanto crente imaturos em nossas igrejas é a prova da falta de
interesse para com os novos convertidos.
Se evangelizássemos com o mesmo motivo que João anunciou as boas novas, também
mostraríamos mais interesse nos novos crentes, ganhos como fruto de nossa evangelização. Ao
seguir os conselhos do apóstolo João na sua primeira carta teríamos mais condições espirituais
para receber os novos crentes em verdadeiro amor. Quais são outros elementos importantes para
levar a igreja toda a envolver-se com o novo convertido na comunhão plena da igreja?
Os que se convertem devem receber mais informações sobre a vida cristã e a igreja -
especialmente batismo. Fale com ele sobre a visão da igreja, os Encontros (e suas fases pré e
pós) e marque a data provisória do seu batismo, mesmo que demore mais três ou quatro meses.
Uma data, o mais próximo possível, é o ideal.
Falta de interesse em ser obediente ao senhorio de Jesus quanto ao batismo pode ser um sinal de
falta de sinceridade na decisão por Cristo.
2) O segundo é saber mais sobre o novo discípulo e sua família. Tem oposição em casa? Tem
apoio? Outros familiares são crentes ou não? São abertos para o Evangelho? O pastor pode fazer
uma visita para iniciar contacto com essas pessoas? O novo crente trabalha, estuda? Quais são
seus interesses?
Informações desta natureza podem abrir o caminho para levar muitos outros a Cristo. O objetivo
principal, porém, é ter melhores informações para um melhor entrosamento do novo crente na
igreja, ajudando-o a ganhar os seus conhecidos.
3) O terceiro é dar mais informações sobre a igreja. A célula, as redes homogêneas e outros
ministérios. Especialmente deve encorajá-lo a participar de uma célula e a iniciar o Pré-Encontro. É
importante incentivá-lo quanto ao tempo semanal com o consolidador.
Os três objetivos são apresentados aqui na ordem de importância e não apenas em ordem
cronológica. A reunião deve incluir todos os objetivos, mas com ênfase no ítem número um.
Modelos para as seis cartas e mais quatro para crianças encontram-se ao final desta apostila. É
aconselhável não usá-las exatamente como estão escritas. O pastor pode modificá-las para incluir
algumas palavras que farão uma ligação maior com a igreja. Pode fazer um modelo seu que sirva
para todos os novos convertidos. Não deve diminuir muito o conteúdo. As cartas são um pouco
extensas, mas a maioria do povo não recebe muitas cartas e valorizará muito estas cartas do
pastor.
Alguns podem ter dificuldades em enviar essas cartas. Devem fazer o máximo para tornar isso
possível mesmo que seja necessário diminuir o número e enviar apenas três ou quatro.
Até analfabetos apreciam muito. Geralmente procuram pessoas para as ler logo, para elas. Assim
também esse fato cria uma oportunidade para o novo crente analfabeto testemunhar.
O pastor da igreja deve ministrar este curso, dando oportunidade aos novos para que recebam as
instruções básicas e conheçam a visão do pastor para a igreja, sentir o seu amor pelos membros e
ouvir o seu compromisso em cuidar, alimentar e liderar. O curso de membresia deve mostrar a
importância da leitura diária e a oração, mas também deve responder às seguintes perguntas: Que
é uma igreja? Qual o propósito de uma igreja? Quais são os benefícios de ser um membro? O que
é requerido de um membro? Quais são as responsabiidades de um membro? Como a igreja é
organizada?
Essa ministração será contínua porque o processo de ensino continua. A ordem não se altera. Há
sempre novos crentes na igreja. Um novo crente pode iniciar o estudo em qualquer lição.
Concluirá o curso quando completar todo o programa.
O novo crente precisa urgentemente de toda a instrução possível. A igreja deve ter condições para
o atendimento dessa necessidade ainda na primeira semana. O consolidador terá a
responsabilidade principal de levar o novo crente para a Classe de Membresia.
Todos os que fizeram uma decisão no último mês (ou outro prazo determinado) serão convidados.
É melhor fazer a festa mensalmente para não ter um número muito grande. Se a igreja é pequena
e não tem condições todos os meses, ainda é importante fazer mensalmente, porque serve como
lembrete de que a igreja deve ter novos crente sempre.
A igreja inteira deve ser convidada para a Festa. É muito importante a participação da diretoria,
todos os obreiros, líderes de células, os líderes das redes homogêneas, etc. Pode-se fazer um
lanche bem simples preparado pelos membros da igreja conforme um plano elaborado pelos
elementos designados na equipe de consolidação.
O novo crente pode receber um convite para esta festa no final do culto quando faz a sua decisão.
Será apresentado no momento da orientação inicial. O consolidador terá a responsabilidade
principal para levar o novo crente a participar da Festa.
IGREJA GERAL
Toda a igreja deve ter um grande interesse nos novos crentes. Todas as redes e ministérios da
igreja precisam aceitar uma parte desta responsabilidade. Um elemento da equipe de
consolidação deve ser o responsável para dar uma relação de todos os novos crentes a cada líder
de célula e de redes ou ministérios da igreja. Por exemplo, a Rede de Mulheres receberá uma
relação de todas as senhoras, a Rede de Adolescentes, todos os adolescentes, etc.
Elementos dessas redes e ministérios entrarão em contato com os novos crentes para dar
informações e buscar envolvê-los nas suas atividades. Acima de tudo, devem formar amizades e
levar o novo crente a sentir que ele está sendo realmente aceito pela igreja inteira.