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Palhoça
2020
MARIA EDUARDA SPONHOLZ LEAL
PRISCILA CHINI
Palhoça
2020
1
2
AGRADECIMENTOS
Priscila
3
AGRADECIMENTOS
Maria Eduarda
4
"Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a
mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação
e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você
chega lá. De alguma maneira você chega lá."
Ayrton Senna
5
RESUMO
6
ABSTRACT
7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
8
Figura 30 - Linha B - Sondagem Geofísica ............................................................... 60
Figura 31 - Linha C - Sondagem Geofísica ............................................................... 61
Figura 32 - Linha D - Sondagem Geofísica ............................................................... 61
Figura 33 - Linha E - Sondagem Geofísica ............................................................... 62
Figura 34 – Distância entre a Sondagem Geofísica e SPT. ...................................... 63
Figura 35 - Linha A x SPT-08 .................................................................................... 64
Figura 36 - Gráfico comparativo Linha A x SPT-08. .................................................. 65
Figura 37 - Linha B x SPT-08 .................................................................................... 66
Figura 38 - Gráfico comparativo Linha B x SPT-08 ................................................... 67
Figura 39 - Linha C x SPT-09 .................................................................................... 68
Figura 40 - Gráfico comparativo Linha C x SPT-09 ................................................... 69
Figura 41 - Linha D x SPT-06 .................................................................................... 70
Figura 42 - Gráfico comparativo Linha D x SPT-06. .................................................. 71
Figura 43 - Linha E x SPT-07 .................................................................................... 72
Figura 44 - Gráfico comparativo Linha E x SPT-07 ................................................... 73
Figura 45 - Preparação do solo para retirada das rochas ......................................... 74
Figura 46 - Preparação do solo para retirada das rochas. ........................................ 75
Figura 47 - Blocos de rocha encontrados. ................................................................. 76
Figura 48 - Blocos de rocha encontrados. ................................................................. 76
Figura 49 - Blocos de rocha encontrados. ................................................................. 77
Figura 50 - Rochas a serem implodidas. ................................................................... 78
Figura 51 - Detonação dos blocos de rocha. ............................................................. 78
Figura 52 - Detonação dos blocos de rocha. ............................................................. 79
Figura 53 - Estaca hélice continua para perfuração do solo ..................................... 80
Figura 54 - Montagem dos blocos de fundação. ....................................................... 80
Figura 55 - Blocos de fundação executados. ............................................................ 81
Figura 56 - Planta do projeto inicial ........................................................................... 82
Figura 57 - Planta do projeto executado. .................................................................. 83
Figura 58 - Croqui do Projeto Inicial (a) e Execução (b) - Blocos P7A, P8A e P9A... 85
Figura 59 - Croqui do Projeto Inicial (a) e Execução (b) - Blocos P10A e PJ2. ......... 86
Figura 60 - Croqui do Projeto Inicial (a) e Execução (b) - Blocos P11A, P12A e P13A.
.................................................................................................................................. 87
9
Figura 61 - Croqui do Projeto Inicial (a) e Execução (b) - Blocos P14A, P15A e P16A.
.................................................................................................................................. 88
Figura 62 - Croqui do Projeto Inicial (a) e Execução (b) - Blocos P17A, P18A e PJ3.
.................................................................................................................................. 89
Figura 63 - Croqui do Projeto Inicial (a) e Execução (b) - Blocos P19A e P20A. ...... 90
Figura 64 - Croqui do Projeto Inicial (a) e Execução (b) - Blocos P22A, P23A e PJ4.
.................................................................................................................................. 91
Figura 65 - Análise aprofundada do SPT-08 e Bloco P3A. ....................................... 93
Figura 66 - Análise aprofundada do SPT-08 e Bloco P8A. ....................................... 94
Figura 67 - Análise aprofundada do SPT-06 e Bloco P18A. ..................................... 95
Figura 68 - Análise aprofundada do SPT-08 e Bloco P4A ........................................ 96
Figura 69 - Análise aprofundada do SPT-07 e Bloco P20A. ..................................... 97
10
LISTA DE TABELAS
11
LISTA DE QUADROS
12
LISTA DE SIGLAS
13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 16
1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 16
1.1.1 Objetivo Geral: ................................................................................................. 16
1.1.2 Objetivos Específicos: ...................................................................................... 17
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 17
1.3 APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO ................................................................... 17
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 19
2.1 SOLOS ................................................................................................................ 19
2.2 CLASSIFICAÇÃO DO SOLO QUANTO A ORIGEM ........................................... 20
2.2.1 Classificação Geotécnica ................................................................................. 21
2.2.2 Classificação Pedológica.................................................................................. 21
2.3 CLASSIFICAÇÃO DO SOLO .............................................................................. 22
2.3.1 Diâmetro das Partículas ................................................................................... 22
2.3.2 Sistema Unificado de Classificação de Solos................................................... 25
2.3.3 TRB .................................................................................................................. 27
2.4 INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA PARA FUNDAÇÕES ....................................... 28
2.4.1 Piezômetro ....................................................................................................... 29
2.4.2 SPT .................................................................................................................. 31
2.4.3 Mista ................................................................................................................. 34
2.4.4 Sondagem Geofísica ........................................................................................ 36
2.4.5 Quantidades de sondagens pela norma ........................................................... 40
2.5 TIPOS DE FUNDAÇÕES .................................................................................... 41
2.5.1 Estacas Pré-Moldadas em Concreto Armado .................................................. 43
2.5.2 Hélice Contínua ................................................................................................ 46
2.5.3 Estaca Raiz ...................................................................................................... 48
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 50
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 52
4.1 ANÁLISE DA SONDAGEM À PERCUSSÃO – SPT ............................................ 53
4.1.1 SPT-06 ............................................................................................................. 54
4.1.2 SPT-07 ............................................................................................................. 54
4.1.3 SPT-08 ............................................................................................................. 54
14
4.1.4 SPT-09 ............................................................................................................. 55
4.2 PERFIL DE SOLO SEGUNDO SPT .................................................................... 55
4.3 ANÁLISE DA SONDAGEM GEOFÍSICA ............................................................. 57
4.4 CORRELAÇÃO ENTRE SPT E GEOFÍSICA ...................................................... 62
4.4.1 Linha A x SPT-08 ............................................................................................. 63
4.4.2 Linha B x SPT-08 ............................................................................................. 66
4.4.3 Linha C x SPT-09 ............................................................................................. 68
4.4.4 Linha D x SPT-06 ............................................................................................. 69
4.4.5 Linha E x SPT-07 ............................................................................................. 72
4.5 FOTOS DA OBRA ............................................................................................... 74
4.6 MUDANÇAS PROJETO DA FUNDAÇÃO E EXECUÇÃO................................... 81
4.7 ANÁLISE DO PERFIL DE SOLO, PROJETO E EXECUÇÃO DA FUNDAÇÃO .. 92
4.7.1 Análise do Bloco P3A com a SPT-08 ............................................................... 93
4.7.2 Análise do Bloco P8A com a SPT-08 ............................................................... 94
4.7.3 Análise do Bloco P18A com a SPT-06 ............................................................. 95
4.7.4 Análise do Bloco P4A com a SPT-08 ............................................................... 95
4.7.5 Análise do Bloco P20A com a SPT-07 ............................................................. 96
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES ........................................................................... 98
5.1 Conclusões.......................................................................................................... 98
5.2 Sugestões de trabalhos futuros ......................................................................... 100
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 101
Anexos ................................................................................................................... 106
ANEXO A – Perfis de Sondagem à Percussão.................................................... 107
15
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
16
1.1.2 Objetivos Específicos:
1.2 JUSTIFICATIVA
17
conclusões das mesmas, além de sugestões para trabalhos futuros a fim de dar
continuidade sobre o assunto pesquisado.
18
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 SOLOS
De acordo com Caputo (2016), os solos são originados por processos físicos
e químicos, tais como intemperismo das rochas, desintegração mecânica ou
decomposição química. Estes processos são possíveis através de agentes como
água, temperatura, vegetação e vento, que formam solos tanto de partículas grossas
e intermediárias, quanto de partículas finas em condições especiais. Pode-se dizer
então, que o solo é uma função da rocha-matriz e dos diferentes agentes de
alteração, como exemplificado na Figura 2.
20
2.2.1 Classificação Geotécnica
Caputo (2016), explica esta divisão da seguinte forma, solos residuais como
sendo o qual ocorre uma transição progressiva do solo até a rocha, conservando-se
no local da rocha de origem. Já os solos sedimentares requerem a ação de agentes
transportadores para sua formação, estes podendo ser aluvionares, eólicos,
coluvionares e glaciares. E os solos de formação orgânica dispõem de essência
orgânica como o próprio nome já diz, podendo ser de plantas, raízes ou conchas.
A pedologia é vista como uma ciência do solo, que tem por objetivo o estudo
do mesmo em seu habitat natural. Esta ciência trata de aspectos genéticos do solo,
21
de sua formação e origem, da morfologia, mapeamento e também quanto a
classificação dos solos. (LEPSCH, 2011).
Através de levantamentos pedológicos é possível obter dados quanto a
natureza e propriedades do solo, além de características físicas, químicas,
mineralógicas e morfológicas tais como espessura, cor, textura, estrutura,
consistência e transição entre horizontes ou camadas. Estes são essenciais para
reconhecer o potencial ou as limitações de uma área, provendo dados para estudos
de viabilidade técnica e econômica de projetos de uso, manejo e conservação de
solos. (SOUZA, 1995).
Com os dados obtidos através de estudos e análises dos solos, define-se a
identificação da classe pedológica, em latossolo, cambissolo, podzólico, areia
quartzosa, solo orgânico, gleisolos e litólico. (IBGE, 2007).
22
Na Figura 4, é possível observar a classificação das partículas de solo, de acordo
com os tamanhos. (BRADY & WEIL, 2013).
23
Figura 5 - Curva Granulométrica.
24
2.3.2 Sistema Unificado de Classificação de Solos
25
Quadro 1 - Classificação SUCS.
Pedregulhos bem
Grãos cobrindo toda escala de graduados, misturas de
GW
granulação areia e pedregulho com
pouco ou nenhum fino.
Pedregulhos Puros
Pedregulhos mal
Predominância de um
graduados, misturas de
tamanho de grão ou GP
pedregulhos e areia com
PEDREGULHOS granulação falhada
pouco ou nenhum fino.
Mais de metade da
Pedregulhos siltosos,
fração grosseirap
Finos não plásticos (ML ou misturas de pedregulhos,
GF
MH) areia e silte mal
Pedregulhos com graduados.
Finos Pedregulhos argilosos,
misturas de pedregulho,
Finos plásticos (CL ou CH) GC
areia e argila bem
graduados.
Areias bem graduadas,
Grãos cobrindo toda escala de areias pedregulhosas,
SW
granulação com pouco ou nenhum
fino.
Areia Pura
Areias mal graduadas,
Predominância de um
Areias areias pedregulhosas,
tamanho de grão ou SP
Mais de metade de com pouco ou nenhum
granulação falhada
fração grosseira fino.
Finos não plásticos (ML ou Areias siltosas, misturas
SF
MH) mal graduadas de areias.
Areia com finos Areias argilosas, misturas
Finos plásticos (CL ou CH) SC bem graduadas de areia e
argila.
Processo de identificação executado sobre a fração < #n°40
RESISTENCIA a A abertura da malha # n°200
Dilatância corresponde aproximadamente á
ENSAIO SECO
(Dilação) – sacudindo na menor partícula visível a olho nu.
EXPEDITO (esmagamento
palma da mão.
pelos dedos)
Siltes inorgânicos e areias
muito finas, alteração de
Nenhuma a
Rápida a lenta ML rocha, areias finas,
pequena
siltosas ou argilosas com
pequena plasticidade.
SILTES E Argilas inorgânicas de
ARGILAS baixa e média
Limite de liquidez plasticidade, argilas
Média a elevada Nenhuma a muito lenta CL
menor que 50 pedregulhosas, argilas
arenosas, argilas siltosas,
argilas magras.
Siltes orgânicos e siltes
Pequena á média Lenta OL argilosos orgânicos de
baixa plasticidade.
Siltes orgânicos, micáceos
ou diatomáceos, finos
Pequena a média Lenta a nenhuma MH
arenosos ou solos
SILTES E siltosos, siltes elásticos.
ARGILAS Argilas inorgânicas, de
Elevada a muito
Limite de liquidez Nenhuma CH alta plasticidade, argilas
elevada
gordas.
Argilas orgânicas de
Média a elevada Nenhuma a muito lenta OH
média e alta plasticidade.
Facilmente identificáveis pela cor, cheiro, porosidade Solos com elevado teor de
TURFAS Pt
e frequentemente pela textura fibrosa matéria orgânica.
Fonte: Milton Vargas (1977) apud Almeida (2005).
26
Na Figura 7, encontra-se o gráfico de plasticidade Casagrande com a
exemplificação da classificação geral.
2.3.3 TRB
27
Quadro 2 - Classificação TRB.
28
Conhecendo a superfície do local de estudo, torna-se necessário estudar o
seu subsolo, a fim de conhecer quais os tipos de rocha existente e seus elementos
estruturais como, linhas de contato, fraturas, falhas, dobras e etc. (CHIOSSI, 2013).
Um desses métodos de investigações geotécnicas realizado em campo com
precisão é a sondagem. Sua execução é fundamental para definir as diversas
camadas com diferentes propriedades que um solo possui em seu horizonte.
(DELATIN, 2017).
Segundo Galvão et al. (2019), para a estabilização de uma estrutura, é
necessário ter conhecimento do tipo de solo e seu comportamento mecânico em
diferentes circunstâncias, para isso deve-se executar sondagens. Ensaio que
consiste, em coletar amostras de solo e rocha, suficientes em quantidades e
profundidades, para a verificação das informações do solo necessárias a cada fase
do projeto. (DELATIN, 2017).
2.4.1 Piezômetro
29
Figura 8 - Esquema do Piezômetro de Tubo Aberto ou Casagrande
30
local da célula de areia, ou seja, indica a altura da coluna d’água no interior desta
tubulação. (CERQUEIRA, 2017).
2.4.2 SPT
31
Figura 9 - Equipamento de Sondagem
32
hermético, identificado conforme obra e número do furo. Esta amostra deverá
permanecer guardada por 60 dias, caso necessária verificação.
As amostras coletadas serão examinadas individualmente através do ensaio
do tato e receberão uma classificação em relação a sua granulometria: solos
grossos ou solos finos. Após realiza-se o exame visual para verificar a
predominâncias do tamanho dos grãos na amostra, classificando em areias (maiores
que 2mm) ou pedregulhos (menores que 2mm e maiores que 0,1mm) e argilas
(plasticidade e resistência coesiva) ou siltes. Além, da indicação da cor que poderá
receber no máximo duas designações. (NBR 6484, 2020).
Segundo a NBR 6484/2020, a classificação dos solos pela sua compacidade
(solos grossos) e pela sua consistência (solos finos), é determinado através do
Índice de Resistência a Penetração (obtido na sondagem), verificando a
Tabela 1, que dispõe da classificação dos solos e foi atualizada
recentemente.
Índice de resistência à
Solo Designação
penetração N
<4 Fofa(o)
5a8 Pouco compacta(o)
Areias e siltes
9 a 18 Medianamente compacta(o)
arenosos
19 a 40 Compacta(o)
> 40 Muito compacta(o)
<2 Muito mole
3a5 Mole
Argilas e siltes
6 a 10 Média(o)
argilosos
11 a 19 Rija(o)
20 a 30 Muito rija(o)
> 30 Dura(o)
Fonte: Adaptado, NBR 6484 (2020).
33
A Figura 10 apresenta a descrição do solo ensaiado em um exemplo de
relatório de sondagem.
Figura 10 - Exemplo de relatório de SPT.
2.4.3 Mista
34
Segundo Velloso e Lopes (2010), a Sondagem Mista é uma combinação dos
métodos e equipamentos utilizados na Sondagem a Percussão (SPT) e na
Sondagem Rotativa. Esta última, é utilizada quando encontra-se matacões ou blocos
de rocha no solo estudado, os quais são impenetráveis pela técnica de Sondagem a
Percussão.
A Instrução Normativa IN 07/94 do Deinfra, define que a Sondagem Rotativa,
utiliza equipamentos moto-mecanizados, para investigação geológico-geotécnica do
solo, e através de perfuração por força e rotação conjugadas, cortam o material
rochoso obtendo amostras cilíndricas.
A Sondagem Rotativa permite a identificação das características físicas,
químicas, estruturais e estratigráficas dos maciços rochosos, pois sua amostragem
pode atingir grandes profundidades. Assim, podem ser verificadas algumas
propriedades do solo como resistência, deformabilidade, descontinuidades,
influências hídricas, alterabilidade e coesão, que são importantes na solução de
problemas geotécnicos que poderão surgir na execução de obras no subsolo.
(BRITO, 2013).
Através deste ensaio, pode-se determinar o Rock Quality Designation (RQD),
que indica o grau de continuidade ou índice de qualidade da rocha, através do
somatório dos comprimentos em metro, dos fragmentos de rocha maiores que 10
cm, recuperados durante a manobra e expressos em porcentagem. (DELATIN,
2017). A Figura 11 demonstra como são quantificadas as amostras coletadas no
ensaio de RQD.
35
Segundo Delatin (2017), durante a verificação do testemunho, deve-se
distinguir as fraturas naturais, das causadas pela ação mecânica do equipamento de
sondagem, a fim de, diferenciar a quebra realizada pelo processo de perfuração, da
quebra decorrente da fraqueza da rocha, para então, realizar a classificação correta
da amostra.
Para a realização do cálculo do RQD, índice de qualidade da rocha, utiliza-se
a seguinte fórmula:
Onde:
– comprimento dos fragmentos de rocha >10 cm;
L – Comprimento total furado em uma manobra.
36
elétrica, resistividade elétrica, densidade, potencial elétrico induzido ou natural entre
outros, mostrando a presença de blocos rochosos e profundidade do maciço.
Existem vários métodos geofísicos utilizados para sondagem, dentre eles o
Ground Penetrating Radar (GPR), a eletrorresistividade e os métodos sísmicos,
estes, são os mais utilizados em ambientes urbanos. (GANDOLFO, 2012).
2.4.4.1 GPR
37
2.4.4.2 Eletrorresistividade
Segundo Lago et al. (2006), este método de sondagem geofísica utiliza uma
corrente elétrica contínua de baixa frequência e três pares de eletrodos,
posicionados separadamente na área estudada, para determinar a resistividade
aparente na superfície do solo e a resistividade real por meio do processo de
inversão. Um dos pares introduz a corrente elétrica no solo, que gera uma diferença
de potencial, medida pelos outros dois pares de eletrodos posicionados nas
proximidades do fluxo de corrente, conforme mostra a Figura 13, a fim de determinar
as propriedades elétricas e as resistividades do meio.
38
• Caminhamento Elétrico
A instrução normativa NBR 8036 (1983), define que a localização bem como a
quantidade de furos de sondagem a serem realizados, dependem do tipo de
estrutura a ser executada e das condições geotécnicas do subsolo. Porém, deve-se
executar uma quantidade de furos, capaz de fornecer o perfil e representar as
camadas do subsolo do local desejado.
Sendo assim, a NBR 8036 (1983) determina as quantidades mínimas de
sondagem, de acordo com a Tabela 4.
40
Tabela 4 - Quantidades mínimas de Sondagem
Nº Furos Área da Edificação
02 Até 200 m²
03 Entre 200 e 400 m²
01 A cada 200 m² para áreas até 1200 m²
A cada 400 m² excedentes da área inicial,
01
para áreas entre 1200 e 2400 m²
Fonte: Adaptado da NBR 8036 (1983).
42
Figura 15 - Classificação dos principais tipos de estacas pelo método executivo
43
Figura 16 - Formato de Estacas de Concreto
44
Figura 17 - Emenda de estacas pré-moldadas por luvas de aço (a) soldadas e (b)
encaixadas.
45
ultrapassar de 1 metro. Caso necessite transpor camadas mais resistentes, deve-se
utilizar um martelo mais pesado. (VELLOSO E LOPES, 2010).
Após atingir a profundidade indicada no projeto, a estaca deve ser arrasada a
fim de ancorá-la ao bloco. (FERREIRA E GONÇALVES, 2014).
46
Figura 19 - Sequência executiva da Hélice Contínua
47
Segundo Magalhães (2005), durante a execução da perfuração, o trado não
deve ser retirado, evitando o alívio das tensões no furo devido a retirada do solo pela
hélice, que será substituído pelo concreto. Este método de execução, torna possível
a realização de estacas, também em solos coesivos e na presença de lençol freático
permeando o solo.
Este tipo de estaca também é moldada “in loco” e caracteriza-se pelo modo
de perfuração rotativa ou rotopercussiva, utilizando de revestimento de tubos
metálicos em todo o trecho de solo. Após realizar o furo, coloca-se a armação de
acordo com a extensão da estaca e realiza-se o preenchimento do furo com
argamassa de cimento, que é adensada com a aplicação de golpes de pressão por
ar comprimido, conforme mostra a Figura 21. (NBR 6122, 2010).
49
3 METODOLOGIA
50
Na primeira etapa foi efetuado uma ampla pesquisa bibliográfica, a fim de
reunir informações para embasamento ao tema, utilizando os conceitos de diferentes
autores.
Na etapa seguinte, foram analisados os resultados apresentados na
campanha de Sondagem à Percussão e os resultados da Sondagem Geofísica,
executados no local do empreendimento, juntamente com fotos do solo.
Elaborou-se dois perfis de solo utilizando os boletins de Sondagem à
Percussão, identificando o solo da região conforme a tabela de classificação da NBR
7250.
Compilando as informações obtidas formulou-se um perfil com a correlação
dos dois métodos de sondagem, a fim de verificar a presença de matacos e qual o
tipo de solo encontrado no local de execução dos blocos que foram reforçados.
Realizou-se a verificação das mudanças entre a execução das fundações e o
projeto inicial, quantificando as alterações referente ao reforço realizado nos blocos.
E por fim, buscou-se analisar o motivo do reforço da fundação, a fim de
verificar, se as mudanças do projeto de fundação estavam relacionadas com o tipo
do solo da região que se apresentou heterogêneo.
51
4 RESULTADOS
52
4.1 ANÁLISE DA SONDAGEM À PERCUSSÃO – SPT
53
4.1.1 SPT-06
O furo SP-06 foi executado entre os blocos P17A e P18A como apresentado
na figura 27, e teve início na Cota 1,10m. Este furo representou um perfil de solo
dividido em 4 camadas iniciando com a camada de solo natural rijo de granulometria
grossa e difícil penetração, estudada por meio de sondagem a trado até 1 metro de
profundidade e os 7 metros restantes através de SPT. A camada seguinte com
espessura de 0,90 m apresentou uma camada com areia grossa, argilosa, plástica,
cinza escura de média a média. A terceira camada com espessura de 1,25 m
apresentou variação para Areia grossa pouco argilosa e pouco siltosa, de média a
dura. A quarta e última camada com 7,15 metros de profundidade representa uma
alteração do solo para rocha granítica, de dura a muito dura e que alcançou o
impenetrável à sondagem a Percussão ao encontrar um provável topo rochoso a
17,30m de profundidade na cota -16,20m, com o número de golpes médio no furo de
27 conforme apresentado no boletim de sondagem em(anexo).
4.1.2 SPT-07
O furo SP-07 foi executado próximo ao P21A com cota do terreno de 0,88m e
apresentou apenas duas camadas de solo, a primeira de solo natural, argiloso,
siltoso, arenoso, compacto de difícil penetração de duro a duro que teve seu
primeiro metro estudado por sondagem a trado e seus 6,10 metros restantes através
de sondagem a percussão. A segunda camada com espessura de 10,00m,
apresentou a alteração do solo para rocha granítica, de dura a muito dura chegando
ao impenetrável à sondagem a percussão com 17,10 metros de profundidade após
30 minutos de lavagem sem avanço, devido a provável topo rochoso e com uma
média de 25 golpes.
4.1.3 SPT-08
54
9,70m de profundidade sendo avançado o primeiro metro com trado, e após seguiu-
se usando a sondagem à percussão. A segunda camada, com 6,30m de
profundidade apresentou um solo do tipo argila-siltosa, plástica, cinza escura com
granulometria grossa de média a média. E a última camada com 7,30 metros de
espessura, apresentou a alteração do solo para rocha granítica, de dura a muito
dura chegando ao impenetrável à sondagem a percussão com 23,30 metros de
profundidade após lavagem de 30 minutos e zero metros de avanço, com uma
média de golpes de 19.
4.1.4 SPT-09
55
Elaboraram-se dois perfis representando os furos de sondagem executados,
interpolando as cotas do terreno, para obter a cota no local da execução dos furos, a
fim de analisar o subsolo. Na análise do Perfil 01 (Figura 25) composto pelas
sondagens SP-08 e SP-09 identificou-se um solo argiloso com 3 camadas
características, a primeira apresentou um solo rijo com o intervalo de Nspt de 12 a
19 golpes, na segunda camada verificou-se uma queda significativa no número de
golpes, apresentando um Nspt de 6 a 8 e um solo com consistência média e
finalizando o perfil, a terceira camada com um Nspt de 15 a 45 golpes demostrando
um solo duro a muito duro.
56
medianamente compacto à compacto com Nspt de 9 a 24, a segunda camada com
Nspt de 24 e solo compacto, na terceira camada houve uma queda no número de
Nspt passando ao intervalo de 6 a 8 golpes mostrando um solo pouco compacto e a
quarta e última camada, o Nspt foi de 24 à 45 golpes, identificando um solo
compacto à muito compacto.
57
que não haviam sido identificados pela sondagem SPT, impossibilitando assim,
seguir com a execução de estacas hélice contínua.
A Figura 27 ilustra uma Visão esquemática de um projeto onde as fundações
se apoiam em matacões devido a interpretação errônea dos laudos de sondagem.
59
Figura 29 - Linha A - Sondagem Geofísica
A linha B, inicia com o marco 0 coincidindo com o bloco P6A, finalizando nas
proximidades do bloco PJ2, conforme mostra a Figura 29. Este perfil mostrou um
possível material rochoso entre os metros 44 e 47 do perfil, com resistividade de em
torno de 905 ohm.m, além de representar zonas com até 5 metros de profundidade
contendo solo alterado rígido entre os metros 16 e 22.
60
resistividade alta foram encontradas em diversas zonas conforme mostra o perfil da
Figura 31.
A linha D, iniciou no bloco P14A até proximidades do bloco PJ3. Neste perfil
pode-se identificar um pequeno corpo de rochoso com 1,5 metros de profundidade
entre os metros 34 e 36, e mais duas regiões com material alterado de resistividade
na faixa de 780 ohm.m, uma delas entre o metro 29 e 31 e a outra iniciando com 2
metros de profundidade até 4,5 metros caracterizando um mataco de rocha,
conforme mostra a Figura 32.
E por fim analisou-se a linha E (Figura 32), que iniciou no Bloco P19A e
estendeu a sequência de eletrodos instalados até o bloco PJ4. Encontrou-se neste
perfil um material rochoso entre os metros 35 e 40 com 1 a 2 metros de
61
profundidade, na sequência do perfil entre os metros 38 e 44, verificou-se que um
bloco de rocha que, aumentava proporcionalmente a sua largura conforme a sua
profundidade, entre as cotas -6,42 e -13,42 que corresponde a faixa do perfil
geofísico.
Entre os metros 46 e 51, apontou-se um possível material rochoso em
camadas mais baixas, visto que nos primeiros 3 metros encontrou-se um material
resistivo com mais de 1000 ohm.m, entretanto para esta verificação seria necessário
o aprofundamento do perfil. Outras zonas com material alterado foram identificadas
conforme mostra o perfil da Figura 33.
62
A Figura 34, apresenta planta de locação com as duas campanhas de
sondagem e as distâncias entre si, abaixo apresenta-se os perfis de correlação entre
os métodos, objeto de estudo deste item.
63
Figura 35 - Linha A x SPT-08
64
Figura 36 - Gráfico comparativo Linha A x SPT-08.
65
E para os demais metros do perfil observou-se semelhanças entre os dois,
pois, houve uma queda no Nspt para 8 e 6 golpes e a resistividade baixou para um
intervalo de 349 a 55,6 ohm.m coincidindo com um solo menos resistivo.
66
de média a média. E o perfil geofísico apresentou uma única camada de 340 ohm.m
e 3,00m de espessura, caracterizando areia argilosa.
A Figura 38 mostra detalhadamente o estudo feito com a sobreposição das
sondagens.
Nesta correlação verificou-se que o intervalo dos metros -6,42 a -8,00, foi
representado pelo Nspt de 19 e uma faixa de coloração laranja indicando 905 ohm.m
de resistividade, porém, no metro seguinte observou-se o mesmo valor de Nspt de
19 golpes, para coloração verde e uma resistividade de 340 ohm.m, e esta medida
de resistividade continuou no restante do perfil até o -13,42m, mas com um Nspt de
6 a 8 golpes, logo a faixa do -8,00 ao -9,00m não está coerente com os demais
resultados apresentados.
67
4.4.3 Linha C x SPT-09
68
Figura 40 - Gráfico comparativo Linha C x SPT-09
Verificou-se que entre os metros -6,42 e -9,00 o perfil geofísico mostrou uma
coloração verde escura e uma resistividade de 440 ohm.m e um Nspt variando de 12
a 18, nos metros seguintes estimou-se que a resistividade variou do intervalo de 355
ohm.m na coloração verde claro, decaindo para 166 ohm.m na coloração azul e
apresentando um Nspt de 8 a 6 golpes indicando um solo com índice de penetração
médio. Portanto, nesta correlação verificou-se uma compatibilidade entre as
camadas dos perfis.
69
Figura 41 - Linha D x SPT-06
70
Figura 42 - Gráfico comparativo Linha D x SPT-06.
Nos primeiros metros de -6,42 até -8,00 verificou-se uma coloração verde
clara, correspondendo a 197 ohm.m e o valor de Nspt de 24 golpes. Para a camada
de -8,00 a -9,50m encontrou-se a coloração laranja com resistividade de 1542
ohm.m e dois valores para Nspt de 24 e 26 golpes. Para a última faixa de -9,50 a -
13,42m, identificou-se a coloração verde escura com resistividade de 391 ohm.m e
os valores de Nspt de 28 e 30 golpes. Logo, com este comparativo verificou-se as
divergências entre os perfis, pois onde a geofísica mostrou a maior resistividade com
a coloração laranja a Sondagem à Percussão mostrou um menor número de golpes.
73
4.5 FOTOS DA OBRA
74
Figura 46 - Preparação do solo para retirada das rochas.
75
Figura 47 - Blocos de rocha encontrados.
76
Figura 49 - Blocos de rocha encontrados.
77
Figura 50 - Rochas a serem implodidas.
78
Figura 52 - Detonação dos blocos de rocha.
79
Figura 53 - Estaca hélice continua para perfuração do solo
80
Figura 55 - Blocos de fundação executados.
81
Figura 56 - Planta do projeto inicial
82
Figura 57 - Planta do projeto executado.
84
Figura 58 - Croqui do Projeto Inicial (a) e Execução (b) - Blocos P7A, P8A e P9A.
85
Figura 59 - Croqui do Projeto Inicial (a) e Execução (b) - Blocos P10A e PJ2.
Nesta linha também houve a adição de um bloco grua, este contendo três
estacas de 70mm de diâmetro cada uma resistindo a 190 Tf, e uma estaca de 80mm
de diâmetro suportando a 245 Tf. Este bloco foi travado através da viga VT5 ao PJ2,
conforme mencionado acima.
Todos os blocos localizados na Linha C, o P11A, P12A e P13A, sofreram
alterações no diâmetro das estacas e com isso alterou-se também suas resistências.
Inicialmente estes blocos eram constituídos por duas estacas de 70mm de diâmetro
admitindo uma carga de 190 Tf cada, conforme mostra a Figura 60.
86
Figura 60 - Croqui do Projeto Inicial (a) e Execução (b) - Blocos P11A, P12A e P13A.
87
Figura 61 - Croqui do Projeto Inicial (a) e Execução (b) - Blocos P14A, P15A e P16A.
88
Figura 62 - Croqui do Projeto Inicial (a) e Execução (b) - Blocos P17A, P18A e PJ3.
89
Figura 63 - Croqui do Projeto Inicial (a) e Execução (b) - Blocos P19A e P20A.
Os blocos P22A e P23A que inicialmente eram constituídos por duas estacas
de 70mm de diâmetro com capacidade de resistir a 190 Tf cada (Figura 64), tiveram
os diâmetros das estacas aumentados para 80mm suportando 245 Tf cada. Estes
dois blocos receberam vigas de travamento, a VT 7 que interliga os dois blocos entre
si, e a VT8 que interliga o P22A à parede Diafragma, ambas com dimensões de
30x55 cm. E o bloco P23A recebeu a VT 9 de 30x55 cm, que o trava ao bloco PJ4
(Figura 64). O bloco PJ4 também foi alterado passando a ter apenas uma estaca de
80mm de diâmetro e resistindo a 245 Tf, ao invés de ter duas estacas de diâmetro
de 90mm com suporte de 290 Tf, conforme projeto inicial, e foi travado ao bloco
P23A conforme mencionado acima.
90
Figura 64 - Croqui do Projeto Inicial (a) e Execução (b) - Blocos P22A, P23A e PJ4.
91
Quadro 3 – Levantamento quantitativo de estacas Projeto x Execução.
Projeto Inicial Projeto Executado
Comp. Aumento
Nome Carga Faixa de Carga
Qtde Diâmetro Carga estimado Qtde Diâmetro Carga comp. p/
Pilar Total Comp. Total
p/ bloco Comp. executado estacas estaca
UNI mm Tf Tf m m UNI mm tF m m
P1A 2 70 190 380 17 34 2 70 190 380 20,16 á 20,32 6,64
P2A 2 70 190 380 17 34 2 70 190 380 18,56 3,12
P3A 2 70 190 380 17 34 2 70 190 380 19,44 á 19,68 5,16
P4A 2 70 190 380 17 34 2 70 190 380 18,78 á 18,80 3,6
P5A 2 70 190 380 17 34 2 70 190 380 20,08 á 21,12 8,24
P6A 4 80 245 980 17 68 4 80 245 980 21,2 á 23,12 24,48
P7A 4 90 290 1160 17 68 7 80 245 1715 11,52 12,64
P8A 4 90 290 1160 17 68 9 80 245 2205 21,68/ 22,08/ 9,2 117,84
P9A 4 90 290 1160 17 68 7 80 245 1715 * 51
P10A 4 80 245 980 17 68 4 80 245 980 23,12 24,48
P11A 2 70 190 380 17 34 2 80 245 490 * 0
P12A 2 70 190 380 17 34 2 80 245 490 * 0
P13A 2 70 190 380 17 34 2 80 245 490 9,04 -15,92
P14A 4 80 245 980 17 68 6 80 245 1470 15,04/22,64 60,24
P15A 4 90 290 1160 17 68 4 80 245 980 19,92/20,64/ 21,60 16,72
P16A 4 90 290 1160 17 68 5 80 245 1225 19,28/18,24/10,89 28,5
P17A 4 80 245 980 17 68 4 80 245 980 22,08,96/19,12/19,20/20,04 20,32
P18A 4 80 245 980 17 68 5 80 245 1225 20,48 34,4
P19A 2 70 190 380 17 34 2 70 190 380 18,16 2,32
P20A 2 70 190 380 17 34 3 70 190 570 4,800/5,36/15,60/17,20 18,8
P21A 2 70 190 380 17 34 2 70 190 380 18,32/18,64 3,4
P22A 2 70 190 380 17 34 2 80 245 490 * 0
P23A 2 70 190 380 17 34 2 80 245 490 * 0
PJ1 2 90 290 580 17 34 1 70 190 190 17,12 -16,88
PJ2 3 70 190 570 17 51 1 80 245 245 * -34
PJ3 3 70 190 570 17 51 1 70 190 190 * -34
PJ4 2 90 290 580 17 34 1 80 245 245 * -17
Bloco 3 70 190 570
Inexistente 20,16/21,20/21,44 84,32
grua 1 80 245 245
TOTAL: 17940 20840 408,42
Carga Adicional Proveniente do reforço da fundação 3308,42
* Na tabela recebida da Construtora estes valores apresentaram profundidades muito pequenas e sem registro de concretagem.
92
4.7.1 Análise do Bloco P3A com a SPT-08
93
4.7.2 Análise do Bloco P8A com a SPT-08
94
4.7.3 Análise do Bloco P18A com a SPT-06
95
no dimensionamento deste. A sondagem SPT foi realizada em uma faixa de solo
que apresentou um intervalo de resistividade muito abrangente, de 55,6 ohm.m para
além de 1189 ohm.m e a região onde foram cravadas as estacas do bloco observou-
se uma resistividade abrangendo de 270 ohm.m à 644 ohm.m conforme mostra a
Figura 68.
Portanto, uma vez que a resistividade do solo onde estavam projetadas as
estacas permaneciam dentro do intervalo da resistividade do local do SPT, entende-
se que não houve a necessidade de reforçar a fundação neste bloco.
Optou-se por fazer a análise da fundação deste bloco em particular pois, este
foi alterado e encontra-se distante aproximadamente 9,84 metros do furo de
sondagem (SPT-07). Neste caso, constatou-se no perfil da geofísica que a
resistividade do solo na área onde o bloco está situado, é de 391 ohm.m e ao longo
do perfil esse valor diminui, chegando a apresentar uma área ao lado do bloco com
96
valor de 49,8 ohm.m. Já o local onde foi executado o SPT, apresentou um intervalo
de resistividade entre 391 a 1542 ohm.m.
A sondagem SPT mostrou a profundidade do impenetrável à -17,10m e a
profundidade das estacas cravadas atingiu 17,20m.
Com isso, verificou-se que o ensaio SPT foi novamente realizado em solo
mais resistivo, e as estacas projetadas em solo menos resistivo conforme mostra a
Figura 69. Assim, após a execução da sondagem geofísica fez-se necessário
reforçar a fundação do bloco, e a alteração do projeto mostrou a adição de uma
estaca e duas vigas de travamento, sendo que em uma das vigas também foi
adicionado uma estaca, garantindo assim a estabilidade do bloco para suportar a
carga requerida.
97
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
5.1 Conclusões
99
5.2 Sugestões de trabalhos futuros
100
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Marcos Fábio Porto de, et. al. Análise de movimentos em encostas
naturais através de monitoramento por instrumentação – caso Coroa Grande – RJ.
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CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos Solos e suas Aplicações. Rio de Janeiro:
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CINTRA, José Carlos A; AOKI, Nelson; ALBIERO, José Henrique. Fundações por
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mista) para a apresentação em perfis individuais de sondagens: curso
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Estaqueamentos Tipo Hélice Contínua. 2011. 311 f. Tese de Doutorado em
Geotecnia - Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia, Brasília, 2011.
105
ANEXOS
106
ANEXO A – PERFIS DE SONDAGEM À PERCUSSÃO.
107
108
109
110
111
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