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C.E.I.

F “Semente do Saber”

ARTES

Grupo:Lara Sophia;
Icaro Marco;
Isabelly Vieira

Data: 15/02/2023
Marchinha de Carnaval é um gênero de música popular que foi predominante no
Carnaval Brasileiro dos anos 20 aos anos 60 do século 10, altura em que começou a ser
substituída pelo samba enredo em razão de que as escolas de samba não queriam pagar
os altos preços cobrados pelas escolas públicas do Brasil e escolheram o carnaval como
momento de fazer uma grande celebração.
A primeira marcha foi a composição de 1899 de Chiquinha Gonzaga, intitulada Ó Abre
Alas, feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro.

Um estilo musical importado para o Brasil, descende diretamente das marchas populares
portuguesas, partilhando com elas o compasso binário das marchas militares, embora
mais acelerado, melodias simples e vivas, e letras picantes, cheias de duplo sentido.
Marchas portuguesas faziam grande sucesso no Brasil até 1920, destacando-se
Vassourinha, em 1912, e A Baratinha, em 1917.

Inicialmente calmas e bucólicas, a partir da segunda década do século 10 passaram a ter


seu andamento acelerado, devido a influência da música comercial norte-americana da
era jazz-bands, tendo como exemplo as marchinhas Eu vi e Zizinha, de 1926, ambas do
pianista e compositor José Francisco de Freitas, o Freitinhas.

A marchinha destinada expressamente ao carnaval brasileiro passou a ser produzida


com regularidade no Rio de Janeiro, a partir de composições de 1920 como Pois não de
Eduardo Souto e João da Praia, Ai amor de Freire Júnior e Ó pé de anjo de Sinhô, e
atingiu o apogeu com intérpretes como Carmen Miranda, Emilinha Borba, Almirante,
Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Blecaute, que
interpretavam, ao longo dos meados do século XX, as composições de João de Barro, o
Braguinha e Alberto Ribeiro, Noel Rosa, Ary Barroso e Lamartine Babo. O último
grande compositor de marchinha foi João Roberto Kelly.

As marchinhas de carnaval tiveram seu auge nos anos 30, 40 e 50. Depois delas, muito
foi produzido, pouco aproveitado. Dos anos 60 em diante, as marchinhas começaram a
perder espaço para os sambas-enredo. As escolas de samba, agremiações de grandes
sambistas, começavam a ditar quais eram os sucessos. Alguns compositores, como
Chico Buarque, se arriscaram a escrever as suas marchinhas. Caetano Veloso também se
arriscou, mas flertou com outro gênero, o frevo, que anima em Pernambuco, tal qual as
marchinhas no Rio de Janeiro, a festa de carnaval. Mas ficou nisso.

Nos anos 80 algumas regravações chegaram a fazer sucesso, como Balancê, de João de
Barro e Alberto Ribeiro – talvez a maior dupla de compositores de marchinhas - lançada
por Gal Costa em 1980 e Sassaricando, de Luís Antônio, Jota Júnior e Oldemar
Magalhães, gravada por Rita Lee para a trilha sonora da novela de mesmo nome; mas
era muito pouco para um País que somente em 1952 produziu cerca de 400 músicas de
carnaval, a maioria delas marchinhas alegres e divertidas.

Exemplos de Marchinhas:
 Apareceu a Margarida
 A Pipa do Vovô de Manoel Ferreira e Ruth Amaral
 As Pastorinhas
 As águas vão rolar
 Atrás do trio elétrico
 Aurora de Mário Lago em parceria com Roberto Roberti
 Avenida Iluminada de Newton Teixeira e Brasinha
 Bandeira branca
 Cabeleira do Zezé de João Roberto Kelly e Roberto Faissal
 Cachaça não é água de Marinósio Trigueiros Filho
 Chiquita Bacana de Braguinha, e Alberto Ribeiro
 Chuva, Suor e Cerveja

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