Você está na página 1de 2

A origem do axé music, gênero musical brasileiro - Estudo Prático https://www.estudopratico.com.br/a-origem-do-axe-music-genero-musi...

A origem do axé music, gênero musical


brasileiro - Estudo Prático

Escrito por Robson Merieverton Em 13/07/2016 (atualização: 22/12/2016)

Conhecido como um forte gênero musical que surgiu na Bahia na década de 1980,
o axé está diretamente ligado ao carnaval de Salvador e a alegria dessa que é uma
das mais populares manifestações festivas do Brasil. O termo “axé” também tem
significado religioso, no candomblé e na umbanda ele designa energia positiva.

Um dos conceitos que evidenciam o axé é a mistura de ritmos que formam a sua
essência. Entre eles podem ser citados o frevo pernambucano, ritmos afro-
brasileiros, reggae, merengue, forró, maracatu e outros afro-latinos. Desde o seu
nascimento, o axé foi responsável por apresentar muitos cantores para o mundo.

O axé music
A medida que o ritmo foi ganhando representatividade no cenário musical baiano,
passou a figurar como expressão recorrente no circuito musical nacional.

Foto: depositphotos

Pouco tempo depois, mais precisamente no ano de 1987, a palavra “music” foi
acrescida a expressão, transformando-se em “axé music”. Os créditos são do
jornalista Hagamenon Brito.

Segundo ele, a explicação para isso foi a própria universalidade do ritmo, o que
designaria pejorativamente aquela música dançante com aspirações

1 de 2 04/12/2020 01:23 p. m.
A origem do axé music, gênero musical brasileiro - Estudo Prático https://www.estudopratico.com.br/a-origem-do-axe-music-genero-musi...

internacionais. Com o impulso da mídia, o axé music rapidamente se espalhou


por todo o país, com a realização de carnavais fora de época, as
chamadas micaretas.

Os nomes do axé
Algumas canções que nasceram junto com a criação do ritmo são vistas como
verdadeiros marcos na história do axé. Uma das mais relevantes é “Fricote”,
escrita por Paulinho Camafeu e interpretada por Luiz Caldas. Não demorou muito
para que a canção caísse no gosto do Brasil, alavancando a carreira do artista, que
na época era líder da banda Acordes Verdes, que tinha Carlinhos Brown na
percussão.

Além de Caldas, outros nomes também pegaram carona no ritmo, emplacando


grandes sucessos: Sarajane (“Abre a rodinha”), Gerômino (“Eu sou negão”),
Banda Reflexus (“Madagascar”), Cid Guerreiro, Banda Mel, Olodum, Chiclete com
Banana, Araketu, Banda Eva, Timbalada, Asa de Águia e Babado Novo, para citar
algumas.

Na década de 1990, o ritmo se reinventou, ganhando novas caras. Foi quando


apareceu Netinho, Ricardo Chaves e Daniela Mercury. Outros nomes também
despontaram nas paradas de sucesso, muitos deles em bandas, depois em carreira
solo, a exemplo de Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Márcia Freire e Margareth
Menezes.

Nessa mesma época, bandas que carregaram o samba de roda baiano começaram
a ser influenciadas pelo ritmo, apresentando para o grande público “É o Tchan” e
“Terra Samba”, que acabaram virando os percussores da terceira onda da música
baiana.

A influência do axé no carnaval


Sob a batuta dos músicos Dodô e Osmar, na década de 1950, uma nova invenção
ganhou as ruas de Salvador, puxando verdadeiras multidões. Um Ford 1929
serviu de palco para que os músicos levassem a música ao público. Nascia o trio
elétrico que trazia o frevo pernambucano em guitarras elétricas. Com o passar dos
anos, o carnaval com esse novo formato foi ganhando corpo, ganhando destaque
no país e no mundo.

Não demorou muito para que essa invenção fosse, definitivamente, incorporada
no carnaval baiano. Foi aí que surgiram os blocos, seguido dos blocos afro. Assim,
hoje, o carnaval baiano é um produto de muitas interferências, sobretudo do axé
music, que passou a figurar como identidade musical.

2 de 2 04/12/2020 01:23 p. m.

Você também pode gostar