Você está na página 1de 8

XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 1

CONCEPÇÕES DE UM ACADÊMICO DE LICENCIATURA EM FÍSICA:


A CONTRIBUIÇÃO DE UM CENTRO DE CIÊNCIAS PARA A
FORMAÇÃO DOCENTE*

Denise Leocádio 1, José Roberto Tagliati2, Eloi Teixeira César3, Felipe Cesar
dos Santos Silva4 , Marcillene Ladeira5, Fernanda Bassoli6
1
UFJF / Centro de Ciências / denise.leocadio@ufjf.edu.br
2
UFJF / Centro de Ciências / Departamento de Física tagliati@fisica.ufjf.br
3
UFJF / Centro de Ciências / Colégio de Aplicação João XXIII eloi.cesar@ufjf.edu.br
4
UFJF / Centro de Ciências / felipe.cesar@engenharia.ufjf.br
5
UFJF / Centro de Ciências / marcillene.ladeira@gmail.com
6
UFJF / Colégio de Aplicação João XXIII / fernanda.basoli@ufjf.edu.br

Resumo

O estudo em questão aborda a importância de Museus e Centros de Ciência para


popularização da ciência, e em particular para a formação docente. É feita uma breve
revisão bibliográfica com o intuito de mostrar a importância de espaços não formais de
educação na divulgação da ciência e tecnologia tanto na formação de educadores quanto no
esclarecimento da importância da ciência para a sociedade em geral. É apresentado o
Centro de Ciências da Universidade Federal de Juiz de Fora, criado em 2006, e que se
constitui num importante espaço disponível para visita de escolares, principalmente do nível
básico. Utilizando o brinquedo científico denominado “Aerodinâmica”, exposto no salão do
referido espaço, é analisada a postura de um bolsista, licenciando de física, em sua ação de
explicação do fenômeno envolvido. Percebem-se traços de como as concepções desse
estudante são influenciadas a partir da necessidade dele fazer com que os visitantes se
interessem e entendam a importância de conhecer tal fenômeno. As manifestações do
acadêmico corroboram o fato de que uma efetiva formação docente deve capacitar os
licenciandos a estarem preparados para atenderem às reais demandas da escola básica, e
da sociedade em geral, no que se refere a uma aprendizagem científica que seja
significativa para todos.

Palavras-chave: Museus e Centros de Ciências; Mediação; Experimentos


Interativos; Formação Docente

Introdução

Nosso sistema escolar, constituído de horários rígidos de aulas e disciplinas


aparentemente compartimentalizadas, parece transpassar a visão de que os
conteúdos das disciplinas na escola são estanques, abstratos, sem grandes elos
com o mundo real. Disciplinas como química e física, por exemplo, tão importantes
em nosso dia a dia, geralmente se constituem num verdadeiro martírio para os
estudantes, principalmente no ensino básico. Mesmo muitos professores, de física
em particular, não conseguem fazer com que seus alunos se interessem e percebam
o quanto é importante e necessário conhecer, mesmo que basicamente, princípios e
fundamentos da ciência. Diante de tão inquietante realidade, onde nossas crianças e
jovens são facilmente atraídos pelo atual mundo globalizado, onde tudo parece já

____________________________________________________________________________________________________
20 a 25 de janeiro de 2013
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 2

estar resolvido e pronto, bastando acessar a internet para buscar todo o


conhecimento “acabado”. Os cursos de formação de professores enfrentam o
desafio de desenvolverem currículos que possam preparar melhor os licenciandos
para atuarem de forma mais efetiva em suas futuras funções docentes. É nesse
contexto que surge como importante a ação de Museus e Centros de Ciências, onde
professores e alunos têm a oportunidade de vivenciarem fundamentos e aplicações
de ciência e tecnologia, sem o rigor e pressão das cobranças que geralmente
acontecem nos espaços escolares formais. A pesquisa na área de espaços não
formais de educação e sua influência e contribuição para divulgação e popularização
da ciência se faz necessário conhecer. É importante que cada vez mais ciência e
tecnologia sejam questões de interesse não só de especialistas, mas da sociedade
em geral, possibilitando a todos melhor entendimento do mundo, e como
consequência um exercício mais consciente e crítico da verdadeira cidadania.

A interatividade nos Museus e Centros de Ciências

A globalização, o avanço tecnológico e a rapidez das informações impõem


várias questões à sociedade que busca na educação recursos para o enfrentamento
de inúmeros desafios. O conceito de educação, que era voltado prioritariamente
para os processos de ensino-aprendizagem nas escolas, tende a se ampliar para os
espaços do lar, do trabalho, do lazer, dentre outros. Para suprir a sociedade em
suas carências de conhecimento, a educação não formal surge com o mesmo fim
educativo. Desta forma, os museus são apontados como fontes importantes de
aprendizagem, corroborando para o enriquecimento cultural e científico dos
indivíduos (VALENTE, 2005).
Local de lazer, contemplação, atividades lúdicas, deleite, diversão e
aprendizagem, são os referenciais aplicados aos museus e centros de ciências por
parte do público em geral e, principalmente, o escolar, a partir do século XX
(MARANDINO, 2010). Assim, os ambientes não formais propiciam aos alunos uma
aprendizagem através da prática, da vivência, da percepção do objeto de estudo
através dos sentidos, do fazer, além de exercitar o trabalho em grupo,
desenvolvendo habilidades como prontidão e criatividade (SIMSON, 2001).
Mais que objetos museológicos, os Centros de Ciências oferecem uma rica
gama de exibições e aparatos interativos que abordam temáticas científicas amplas
e que contam com o manejo ativo do visitante. São “coleções de ideias, de
fenômenos naturais e de princípios científicos, mais que objetos” (PADILHA, 2001,
p. 116). São recursos que favorecem um maior entendimento dos processos e dos
produtos científicos e tecnológicos (PADILHA, 2001). Alguns desses aparatos, por
meio da interatividade, colocam o visitante diante de múltiplas respostas e de
confronto de situações, de modo a intensificar a reflexão e provocar um progresso
científico por parte de quem visita (IDEM, 2001).
No nível concreto, a interatividade permeia pela ação. Quando o visitante
toca, liga, lê, manuseia, joga, observa, ouve, entre tantas outras formas de
interação, se depara com mecanismos para realizar operações mentais. Assim,
problematizam, interpretam, questionam, criticam, refletem, elaboram hipóteses que
edificam em conhecimento. Já em nível abstrato, a interação ocorre na relação entre
conhecimentos antigos e novos, nas mais amplas possibilidades de comunicação:
da exposição com o visitante, entre os monitores e visitantes e entre visitantes. Ou,

____________________________________________________________________________________________________
20 a 25 de janeiro de 2013
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 3

ainda, promovem aos indivíduos uma interação no campo da emoção (COLINVAUX,


2005, apud CHINELLI, PEREIRA & AGUIAR, 2008) No entanto, Massarini (2007),
com base em Schroeder (1976), aponta que a grande maioria dos visitantes não é
capaz de captar a idéia transmitida pelo equipamento ou objeto, sobretudo se está
apresentada numa linguagem pouco familiar como é o da ciência, o que torna
necessária a presença de tradutores verbais que esclarecem a mensagem da
exposição para o público e o ajudem a compreendê-la. Esses explicadores, guias,
mediadores, monitores, bolsistas, ajudantes, são os profissionais que atuam no
atendimento ao público das visitas monitoradas/guiadas/mediadas. Ou seja,
representa a mediação humana como forma de comunicação entre o público e a
exposição, tendo o mediador como figura central nesse processo. (MASSARANI,
2007). Segundo Marandino (2008), o mediador possui papel fundamental no controle
da divulgação da informação pretendida, sendo considerado a “voz e os ouvidos da
instituição”; entretanto, são observadas muitas vezes proximidades e distâncias
entre o discurso pretendido e o discurso real do museu manifestadas na fala do
monitor.
Desta forma, numa perspectiva sócio construtivista a aprendizagem pela
mediação em centros e museus de Ciências é descrita abaixo:

(a)promover diálogos que possibilitem aos visitantes avançarem naquilo


que já conhecem, sempre com a ajuda de quem conhece mais; (b) a ação
do outro que ajuda a aprender, a dar um passo adiante naquilo que já se
conhece; (c) desafiar o outro a se envolver na reconstrução do que já
conhece, produzindo mais conhecimento; (d) auxiliar o outro a apropriar-se
de forma mais intensa de discursos em que já está envolvido; (e) assumir
um novo entendimento de aprender; (f) provocar o conhecimento de
alguém para criar condições de produzir novos saberes; (g) provocar
diálogos entre visitantes e experimentos; (h) transformar os experimentos
da exposição em desafios, perguntas a serem respondidas pelos visitantes;
(i) provocar conflitos cognitivos nos visitantes; (j) ajudar a perceber outros
sentidos, compartilhando entendimentos e ampliando significados que os
visitantes conseguem elaborar por conta própria em relação aos objetos
expostos; (k) ampliar as interpretações e complexificar os significados que
podem ser produzidos; (l) acompanhar a vivência do outro, o visitante,
andando com ele e provocando-o para que tire maior proveito em seu
mergulho no discurso da Ciência presente no museu e (m) mostrar a
diversidade de oportunidades de aprender num ambiente como os museus
e centros de Ciências (MORAES et al., 2007, p. 56-58).

A visita mediada no Centro de Ciências da UFJF

O Centro de Ciências da Universidade Federal de Juiz de Fora, inaugurado


em agosto de 2006, apresenta uma concepção de ensino multidisciplinar e
concentra atividades de educação científica e tecnológica de formação inicial e
continuada de professores, de pesquisa em educação não formal interagindo com
escolas do município de Juiz de Fora e Região, bem como com instituições de
ensino básico e superior, inclusive de outros Estados.
Atualmente, recebe cerca de 25000(vinte e cinco mil) visitantes, geralmente
constituídos de público escolar, visitam o espaço anualmente. Estes são divididos

____________________________________________________________________________________________________
20 a 25 de janeiro de 2013
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 4

em pequenos grupos e conduzidos por monitores, que os leva a explorarem os


equipamentos.
A seguir são disponibilizadas algumas imagens do espaço e de ações do
Centro de Ciências da UFJF:

Figura 01: Visão Geral do Salão “Aprenda


Brincando” Figura 02: Experimento Interativo
“Princípio de Pascal”

Figura 03: Brinquedo Interativo Figura 04: Brinquedo Interativo


“Alavanca” “Geração de Energia Elétrica”

Contribuindo para a formação docente

Várias são as possibilidades de investigação que podem ser desenvolvidas


em museus e centros de ciências. De um modo geral os visitantes elogiam as
apresentações e dizem ter adorado essa maneira “diferente” de “aprender” ciência.
No entanto merece atenção o fato de que essa maneira alternativa de apresentar os
conteúdos científicos pode vir a ser considerada como curiosa e interessante, mas
nada séria porque não é desse modo que os professores cobram nas avaliações,
nas quais memorização de fórmulas e cálculos complicados dão o tom das rotinas
de ensino das disciplinas “científicas”. Sob esse aspecto defendemos a importância
de se investigar como museus e centros de ciência podem contribuir para que esse
quadro paralelo de abordagem científica seja considerado também uma forma de
promover um maior interesse pela ciência, e não apenas como uma alternativa “sem
compromisso”, como geralmente muitos estudantes dos cursos de Física

____________________________________________________________________________________________________
20 a 25 de janeiro de 2013
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 5

consideram, ou que “seria muito legal se os professores dessem aulas assim”, como
muito se ouve de estudantes do ensino básico.
Entender como acontecem os mecanismos de rejeição ou aceitação desses
procedimentos alternativos de tratamento da ciência pelos estudantes universitários,
como desenvolvidos em museus e centros de ciência, é uma linha de pesquisa
importante e necessária, principalmente na atualidade quando a tecnologia cada vez
mais chega às crianças e jovens. Apresentamos aqui um recorte da atuação de um
estudante de física, bolsista do centro de ciências apresentado nesse estudo, que
esboça observações a partir de sua atuação como mediador num determinado
“brinquedo” alocado no salão interativo do espaço. Esse estudante ingressou como
bolsista no Centro quando cursava o 3º semestre do curso, e o episódio de
mediação abordado nesse estudo aconteceu aproximadamente seis meses após o
início de suas atividades como bolsista.
Como aluno de um curso de Física, ainda um pouco indeciso entre optar por
licenciatura ou bacharelado, já que a dinâmica curricular do curso permite essa
possibilidade, logo no início de suas ações de mediação esse estudante percebeu
que o interesse pela ciência pode ser diferente para cada pessoa. A rotina de
disciplinas nos cursos universitários geralmente dificulta uma concepção mais
fenomenológica e interpretativa do “mundo real” por parte dos alunos, e a prática de
um tratamento muitas vezes conteudista e descontextualizado pode limitar a
percepção da importância e aplicação da ciência em nossas vidas.
Os bolsistas geralmente se vêem diante de uma “diferença de mundos”, onde
de um lado o tratamento codificado e criterioso dos conteúdos científicos os
direcionam como estudantes a uma visão “alienígena” da ciência, e de outro, sua
atuação nesse espaço, onde apresenta de forma lúdica e extrovertida fenômenos
que aguçam a curiosidade de todos que o assistem. Esse contexto pode gerar uma
situação de conflito e fazer com que o estudante, mesmo que de maneira tênue,
inicie um processo de reflexão sobre a complexa questão das relações entre ensino
e aprendizagem.

O “brinquedo” Aerodinâmica e a mediação do monitor: traços de


contribuição para a formação docente

Para o desenvolvimento desse estudo utilizamos o “brinquedo” denominado


Aerodinâmica, exposto no salão interativo do Centro de Ciências. Este consiste de
um modelo de “aeroplano” suspenso por fios, e que se eleva quando um ventilador
com ar direcionado sopra através dele.
A informação de que um avião decola principalmente sob a ação do ar que
passa pelas suas asas causa o primeiro impacto, e desperta um maior interesse dos
visitantes causando surpresa quando observam o modelo se elevar. Por outro lado
percebe-se uma motivação a mais por parte do mediador que desenvolve um
diálogo com os visitantes a partir de suas perguntas e ponderações. A partir dos
episódios de mediação percebe-se o interesse do graduando em buscar mais
informações, em aprofundar seus estudos sobre os princípios envolvidos no
fenômeno, e também investigar maneiras de apresentação que possam ser
adequados para cada faixa etária. Assim, a busca de mais subsídios para uma
melhor atuação no Centro tem feito com que discussões com outros estudantes e
professores do ensino básico e da universidade sejam mais efetivas, levando-o a
perceber a importância da discussão científica. Sua preocupação em desenvolver
maneiras diferentes de abordar o assunto para diferentes níveis, já que visitam o

____________________________________________________________________________________________________
20 a 25 de janeiro de 2013
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 6

espaço estudantes a partir de 6 anos de idade, e até o nível superior, mostra o


quanto é importante e necessário se pesquisar mais sobre a formação docente.
O acadêmico foi observado entre março e junho de 2012 no cumprimento de
12 horas semanais no Centro de Ciências.
Observando e registrando as ações do estudante, e durante as reuniões de
discussão e avaliação, o grupo envolvido nessa pesquisa pôde perceber o quanto
pode ser importante para a formação docente ações dessa natureza. Verificou-se,
por exemplo, como a reação dos visitantes parece causar no estudante uma
satisfação que o leva a desenvolver interessantes concepções que muito podem
contribuir para o aprimoramento de sua performance na discussão dos princípios
científicos envolvidos na demonstração.

Fig 05: Mediando o “ Aerodinâmica”

Transcrevemos a seguir trecho de um episódio de mediação e considerações


do acadêmico que traduzem traços de suas impressões a partir das atividades
desenvolvidas por ele no Centro de Ciências:

“sistema aerodinâmico ele e´ feito para que os aviões não caia na casa da gente;
imagina só um grande avião cair em nossa casa, seria um grande..., ele (o
princípio) também é usado em carros de corridas e também as aves possuem esse
sistemas”

“O centro de ciências não é uma escola em que alunos ficam aprendendo


extensivamente conteúdos maçantes como fórmulas em geral de física e
matemática em geral e também decorando e filos e sub- filos..... “

“o objetivo do centro de ciências é fazer que os discentes aprendam de uma forma


tranquila e alegre como que a ciência interage em nosso cotidiano”.

“Então um pequeno diálogo que ocorre trata de forma prática e fácil trazendo do
meio cientifico até que a criança consiga visualizar ou imaginar o que acontece com
os vôos”.

____________________________________________________________________________________________________
20 a 25 de janeiro de 2013
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 7

Allard destaca que a mediação feita pelo monitor, entre o conhecimento


exposto e os alunos em visitas escolares, é indicada como a “relação de
transposição” (ALLARD et al. apud MARANDINO, 2010), associada à definição de
“transposição didática” referenciada pelo trabalho de Chevallard (1991), em que o
saber apresentado sofre transformações por parte da mediação, com o intuito de se
tornar claro ao público (MARANDINO, 2010).
Além da transposição didática, vários saberes envolvem a mediação.
Queiroz, et al (2002) elenca esses saberes, entre os quais: saber disciplinar
(conhecer o conteúdo da ciência pertinente à exposição a ser mediada); saber da
linguagem (adequar a linguagem aos diferentes tipos de público que visita o museu;
saber do diálogo (estabelecer uma relação de proximidade com o visitante,
valorizando o que ele sabe, formulando questões exploratórias gerativas de modelos
mentais e dando um tempo para que o visitante exponha suas idéias); saber da
manipulação (deixar o visitante manipular livremente os aparatos e, quando
necessário, propor formas de uso próximas da idealizada).

Considerações

Se nos cursos de formação inicial de professores muito se percebe uma


atenção maior dada ao formalismo científico, observa-se o quanto uma atuação
diferenciada em episódios de divulgação científica como nesse episódio de
mediação de visitas em um Centro de Ciências pode contribuir para uma melhor
formação docente. Quando o acadêmico menciona “conteúdos maçantes” em sua
fala, podemos perceber uma preocupação no excessivo tratamento envolvendo a
matemática e as fórmulas nas disciplinas de conteúdo científico, em especial na
física. A necessidade de explicar um princípio científico àqueles que ainda não
estudaram formalmente o conteúdo envolvido, como o vôo de um avião no caso do
“brinquedo” em questão, torna-se um grande desafio para o licenciando. Observa-se
que sua preocupação em tornar o assunto acessível aos visitantes o direciona a
refletir sobre sua ação desenvolvendo um processo de melhor reflexão sobre sua
atuação docente. Acreditamos que ações no sentido de expor licenciandos a
situações análogas podem contribuir para sua formação docente, levando-o a
buscar estratégias e metodologias alternativas para poder despertar em seus
ouvintes o interesse em conhecer melhor os fundamentos, a importância e as
aplicações da ciência e tecnologia.
Nossos especiais agradecimentos ao CNPQ e à FAPEMIG, que tanto têm
contribuído para o sucesso das atividades desenvolvidas nesse espaço, ao
disponibilizarem recursos para os diversos projetos desenvolvidos, reconhecendo os
esforços de educadores e pesquisadores do Centro de Ciências da UFJF.

Referências

CHINELLI, M. V., PEREIRA, G. R. & AGUIAR, L. E. V. (2008). Equipamentos


interativos: uma contribuição dos centros e museus de Ciências
contemporâneos para a educação científica formal. Revista Brasileira de Ensino
de Física, 30(4).
ELLIS, D. D. (2002). Diferentes abordagens para a organização e o
funcionamento de centros de ciência. In V. F. Guimarães & G. A. Silva (Orgs),

____________________________________________________________________________________________________
20 a 25 de janeiro de 2013
XX Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2013 – São Paulo, SP 8

Implantação de Centros e Museus de Ciências (pp. 19-25). Rio de Janeiro: Editora


UFRJ.
QUEIROZ, G. KRAPAS, S.VALENTE, M. E. DAVID, E. FREIRE, F. (2002);
Construindo saberes da mediação na educação em museus de ciências: o caso
dos mediadores de astronomia e ciências afins/Brasil. Revista Brasileira de Pesquisa
em Educação em Ciências 2 (2) pp. 77-88
MARANDINO, M. (2008). Ação educativa, aprendizagem e mediação nas
visitas aos museus de ciências. In L. Massarani (Org.), Workshop Sul-Americano
& Escola de Mediação em Museus e Centros de Ciência (pp. 21-28). Rio de Janeiro:
Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz.
MARANDINO, M. (2010). Museus e Educação: discutindo aspectos que
configuram a didática museal. In A. Dalben, J. Diniz, L. Leal & L. Santos (Orgs.),
Coleção Didática e Práticas de Ensino: Convergências e tensões no campo da
formação e do trabalho docente: Educação Ambiental, Educação em Ciências,
Educação em Espaços não-escolares e Educação Matemática (pp. 389-401). Belo
Horizonte: Autêntica
MASSARANI, L.(2007). Diálogos & Ciência: mediação em museus e
centros de Ciência. Rio de Janeiro: Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, 2007, 92p.
MORAES, R., BERTOLETTIi, J. J., BERTOLETTI, A. C. & ALMEIDA, L. S.
(2007). Mediação em museus e centros de Ciências: o caso do Museu de
Ciências e Tecnologia da PUC-RS. In L. MASSARANI, M. (Org.), Diálogos &
ciência: mediação em museus e centros de Ciência (pp. 56-67). Rio de Janeiro:
Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz.
PADILHA, J. (2001). Conceptos de Museos y Centros Interactivos in
Brasil. In S. CRESTANA, E. W. HAMBURGUER, M. D. SILVA & S.
MASCARENHAS (Eds.), Educação para a Ciência: curso para treinamento em
Centros e Museus de Ciências Ciência (pp. 113-142). São Paulo: Livraria da Física.
SIMSON, O. R. M. V., PARK, M. B. & FERNANDES, R. S. (2001). Educação
Não Formal: cenários da criação. Campinas: Unicamp.
VALENTE, M. E. A. (2005). O museu de Ciência: Espaço da História da
Ciência. Ciência & Educação, 11, 53-62.

____________________________________________________________________________________________________
20 a 25 de janeiro de 2013

Você também pode gostar