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Livre-tradução do Artigo “La mortificación cristiana” do Cardeal Desidério José

Mercier (1851-1926) publicado em “Cuadernos de La Reja” número 2 do Seminário


Internacional Nossa Senhora Corredentora da FSSPX.

Nota: Todas as práticas de mortificação que reunimos aqui são recolhidas dos exemplos
dos santos, especialmente Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, Santa Teresa, São
Francisco de Sales, São João Berchmans, ou são recomendadas por reconhecidos
mestres da vida espiritual, como o Venerável Louis de Blois, Rodriguez, Scaramelli,
Abade Allemand, Abade Hamon, Abade Dubois etc.

Artigo 1 – Objeto da mortificação cristã


A mortificação cristã tem por fim neutralizar as influências malignas que o pecado
original ainda exerce nas nossas almas, inclusive depois que o batismo as regenerou.
Nossa regeneração em Cristo, ainda que tenha anulado completamente o pecado em
nós, nos deixa sem embargo muito longe da retidão e da paz originais. O Concílio de
Trento reconhece que a concupiscência, ou seja, o triplo apetite da carne, dos olhos e
do orgulho, se deixa sentir em nós, inclusive depois do batismo, a fim de excitar-nos às
gloriosas lutas da vida cristã (Conc. Trid., Sess. 5, Decretum de pecc. orig.).

A Escritura logo chama esta tripla concupiscência de “homem velho”, oposto ao


“homem novo” que é Jesus que vive em nós e nós mesmos que vivemos em Jesus, como
“carne” ou natureza caída, oposta ao “espírito” ou natureza regenerada pela graça
sobrenatural. Este velho homem ou esta carne, ou seja, o homem inteiro com sua dupla
vida moral e física, deve ser, não digo aniquilado, porque é coisa impossível enquanto
dure a vida presente, mas sim mortificado, ou seja, reduzido praticamente à
impotência, à inércia e à esterilidade de um morto; há que impedir-lhe que dê seu fruto,
que é o pecado, e anular sua ação em toda a nossa vida moral.

A mortificação cristã deve, portanto, abraçar o homem inteiro, estender-se a todas as


esferas de atividade nas quais a natureza é capaz de mover-se. Tal é o objeto da virtude
de mortificação. Vamos indicar sua prática, recorrendo sucessivamente as
manifestações múltiplas de atividade em que se traduz em nós:
I) A atividade orgânica ou a vida corporal;
II) A atividade sensível, que se exerce seja debaixo da forma do conhecimento
sensível pelos sentidos exteriores ou pela imaginação, seja debaixo da forma de
apetite sensível ou de paixão;
III) A atividade racional e livre, princípio de nossos pensamentos e de nossos
juízos, e das determinações de nossa vontade;
IV) Consideraremos a manifestação exterior da vida de nossa alma, ou nossas
ações exteriores;
V) E, finalmente, o intercâmbio de nossas relações com o próximo.

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Artigo 2 – Exercício da mortificação cristã

Mortificação do corpo
1º. Limite-se, tanto quanto possa, em matéria de alimentos, ao estritamente
necessário. Medite estas palavras que Santo Agostinho dirigia a Deus: “Me
ensinastes, oh meu Deus, a pegar os alimentos somente como remédios. Ah,
Senhor! aqui quem de entre nós não vai além do limite? Se há um só, declaro
que este homem é grande e que deve grandemente glorificar vosso nome”
(Confissões, liv. X, cap. 31);
2º. Roga a Deus com frequência, roga-lhe a cada dia que lhe impeça, com Sua graça,
de transpassar os limites da necessidade, ou deixar-se levar pelo atrativo do
prazer;
3º. Não pegue nada entre as refeições, ao menos que haja alguma necessidade ou
razões de conveniência;
4º. Pratique a abstinência e o jejum, mas pratique-os somente debaixo da
obediência e com discrição;
5º. Não lhe está proibido saborear alguma satisfação corporal, mas faça-o com uma
intenção pura e bendizendo a Deus;
6º. Regule seu sono, evitando nisto toda relaxação ou molície, sobretudo pela
manhã. Se pode, fixe-se uma hora para deitar-se e levantar-se, e obrigue-se a ela
energicamente;
7º. Em geral, não descanse senão na medida do necessário; entregue-se
generosamente ao trabalho, e não meça esforços e penas. Tenha cuidado para
não extenuar seu corpo, mas guarde-se também de agradá-lo: quando sentir que
ele está disposto a rebelar-se, por pouco que seja, trate-o como a um escravo;
8º. Se sente alguma ligeira indisposição, evite irritar-se com os demais por seu mal
humor; deixe aos seus irmãos o cuidado de queixar-se; pelo que lhe cabe, seja
paciente e mudo como o divino Cordeiro que levou verdadeiramente todas as
nossas enfermidades;
9º. Guarde-se de pedir uma dispensa ou revogação à sua ordem do dia pelo mínimo
mal-estar. “Há que fugir como da peste de toda dispensa em matéria de regras”,
escrevia São João Berchmans;
10º. Receba docilmente, e suporte humilde, paciente e perseverantemente a
mortificação penosa que se chama doença.

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Mortificação dos sentidos, da imaginação e das paixões
1º. Feche seus olhos, diante de tudo e sempre, a todo espetáculo perigoso, e
inclusive tenha a valentia de fechá-los a todo espetáculo vão e inútil. Veja sem
olhar; não se fixe em ninguém para discernir sua beleza ou feiura;
2º. Tenha seus ouvidos fechados às palavras bajuladoras, aos louvores, às seduções,
aos maus conselhos, às maledicências, às zombarias que ferem, às indiscrições,
à crítica malévola, às suspeitas comunicadas, a toda palavra que possa causar o
menor esfriamento entre duas almas;
3º. Se o sentido do olfato tem que sofrer algo por consequência de certas doenças
ou debilidades do próximo, longe de queixar-se disso, suporte-o com uma santa
alegria;
4º. No que concerne à qualidade dos alimentos, seja muito respeitoso do conselho
de Nosso Senhor: “Comei o que vos for apresentado”. “Comer o que é bom sem
comprazer-se nisto, o que é mau sem mostrar aversão, e mostrar-se indiferente
tanto em um como no outro, esta é a verdadeira mortificação”, dizia São
Francisco de Sales;
5º. Ofereça a Deus suas comidas, imponha-se na mesa uma pequena privação: por
exemplo, negue-se um grão de sal, um copo de vinho, uma guloseima etc.; os
demais não o perceberão, mas Deus o terá em conta;
6º. Se o que lhe apresentam excita vivamente seu atrativo, pense no fel e no vinagre
que apresentaram a Nosso Senhor na cruz: isto não lhe impedirá de saborear o
manjar, mas servirá de contrapeso ao prazer;
7º. Há que evitar todo contato sensual, toda carícia em que se poria certa paixão,
em que se buscaria ou onde se teria um gozo principalmente sensível;
8º. Prescinda de ir aquecer-se ao menos que lhe seja necessário para evitar-lhe uma
indisposição;
9º. Suporte tudo o que aflige naturalmente a carne; especialmente o frio do inverno,
o calor do verão, a dureza da cama e todas as incomodidades do gênero. Faça
boa cara em todos os tempos, sorria a todas as temperaturas. Diga com o
profeta: “Frio, calor, chuva, bendizei ao Senhor”. Felizes se podemos chegar a
dizer com gosto esta frase tão familiar a São Francisco de Sales: “Nunca estou
melhor do que quando não estou bem”;
10º. Mortifique sua imaginação quando lhe seduz com a isca de um posto brilhante,
quando se entristece com a perspectiva de um futuro sombrio, quando se irrita
com a recordação de uma palavra ou de um ato que o ofendeu;
11º. Se sente em você a necessidade de sonhar, mortifique-a sem piedade;

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12º. Mortifique-se com o maior cuidado sobre o ponto da impaciência, da irritação
ou da ira;
13º. Examine a fundo seus desejos, e submeta-os ao controle da razão e da fé: você
não deseja mais uma vida longa que uma vida santa? prazer e bem-estar sem
tristeza nem dores, vitórias sem combates, êxitos sem contrariedades, aplausos
sem críticas, uma vida cômoda e tranquila sem cruzes de nenhum tipo, ou seja,
uma vida completamente oposta à de nosso divino Salvador?
14º. Tenha cuidado de não contrair certos costumes que, sem ser positivamente
maus, podem chegar a ser funestos, tais como o costume de leituras frívolas,
dos jogos de azar etc.;
15º. Trate de conhecer seu defeito dominante, e quando o tiver conhecido, persiga-
o até suas últimas pregas. Por isso, submeta-se com boa vontade ao que
poderia ter de monótono e de entediado na prática do exame particular;
16º. Não lhe está proibido ter bom coração e mostrá-lo, mas fique atento para o
perigo de exceder o justo meio. Combata energicamente os afetos demasiado
naturais, as amizades particulares, e todas as sensibilidades moles do coração.

Mortificação do espírito e da vontade

1º. Mortifique seu espírito proibindo-lhe todas as imaginações vãs, todos os


pensamentos inúteis ou alheios que fazem perder o tempo, dissipam a alma, e
provocam o desgosto do trabalho e das coisas sérias;
2º. Deve distanciar de seu espírito todo pensamento de tristeza e de inquietude. O
pensamento do que poderá suceder no futuro não deve preocupá-lo. Quanto
aos maus pensamentos que o molestam, deve fazer deles, distanciando-os,
matéria para exercer a paciência. Se são involuntários, não serão para você
senão uma ocasião de méritos;
3º. Evite a teimosia em suas ideias, e a obstinação em seus sentimentos. Deixe
prevalecer de boa vontade o juízo dos demais, salvo quando se trate de matérias
em que você tem o dever de pronunciar-se e falar;
4º. Mortifique o órgão natural de seu espírito, ou seja, a língua. Exerça-se de boa
vontade no silêncio, seja porque sua Regra o prescreve, seja porque você o
impõe espontaneamente;
5º. Prefira escutar os demais do que falar você mesmo; mas, sem embargo, fale
quando convenha, evitando tanto o excesso de falar demasiado, que impede os
demais expressar seus pensamentos, como o de falar demasiado pouco, que
denota indiferença que fere ao que dizem os demais;

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6º. Não interrompa nunca quem fala, e não corte com uma resposta precipitada
quem lhe pergunta;
7º. Tenha um tom de voz sempre moderado, nunca brusco nem cortante. Evite os
“muito”, os “extremamente”, os “horrivelmente”, etc.: não seja exagerado em
seu falar;
8º. Ame a simplicidade e a retidão. A simulação, os rodeios, os equívocos calculados
que certas pessoas piedosas se permitem sem escrúpulo, desacreditam muito a
piedade;
9º. Abstenha-se cuidadosamente de toda palavra grosseira, trivial ou inclusive
ociosa, pois Nosso Senhor nos adverte que nos pedirá conta delas no dia do Juízo;
10º. Acima de tudo, mortifique sua vontade; é o ponto decisivo. Adapte-a
constantemente ao que sabe ser do beneplácito divino e da ordem da
Providência, sem ter nenhuma conta nem de seus gostos nem de suas aversões.
Submeta-se inclusive a seus inferiores nas coisas que não interessam para a
glória de Deus e os deveres de seu cargo;
11º. Considere a menor desobediência às ordens e inclusive aos desejos de seus
Superiores como dirigida a Deus;
12º. Lembre-se de que praticará a maior de todas as mortificações quando ame ser
humilhado e quando tenha a mais perfeita obediência àqueles a quem Deus
quer se se submeta;
13º. Ame ser esquecido e ser tido por nada: é o conselho de São João da Cruz, é o
conselho da Imitação: não fale apenas de si mesmo nem para bem nem para
mal, senão busque pelo silêncio fazer-se esquecer;
14º. Diante de uma humilhação ou repreensão, se sente tentado a murmurar. Diga
como Davi: “Melhor assim! Me é bom ser humilhado!”;
15º. Não entretenha desejos frívolos: “Desejo poucas coisas, e o pouco que desejo,
o desejo pouco”, dizia São Francisco;
16º. Aceite com a mais perfeita resignação as mortificações chamadas de
Providência, as cruzes e os trabalhos unidos ao estado em que a Providência o
pôs. “Quanto menos há de nossa eleição, mais há de beneplácito divino”, dizia
São Francisco de Sales. Queríamos escolher nossas cruzes, ter outra distinta da
nossa, levar uma cruz pesada que tivesse ao menos algum brilho, antes que
uma cruz ligeira que cansa por sua continuidade: Ilusão! Devemos levar nossa
cruz, e não outra, e seu mérito não se encontra em sua qualidade, senão na
perfeição com que a levamos;

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17º. Não se deixe turbar pelas tentações, pelos escrúpulos, pelas aridezes
espirituais: “o que se faz durante a sequidão é mais meritório diante de Deus
do que o que se faz durante a consolação”, dizia o santo bispo de Genebra;
18º. Não devemos entristecer-nos demasiado por nossas misérias, senão melhor
humilhar-nos. Humilhar-se é uma coisa boa, que poucas pessoas
compreendem; inquietar-se e impacientar-se é uma coisa que todo o mundo
conhece e que é má, porque nesta espécie de inquietude e de despeito o amor-
próprio tem sempre a maior parte;
19º. Desconfiemos igualmente da timidez e do desânimo, que fazem perder as
energias, e da presunção, que não é mais do que o orgulho em ação.
Trabalhemos como se tudo dependesse de nossos esforços, mas
permaneçamos humildes como se nosso trabalho fosse inútil.

Mortificações que há que praticar em nossas ações exteriores

1º. Deve ser o mais exato possível em observar todos os pontos de sua regra de vida,
obedecer sem demora, lembrando-se de São João Berchmans, que dizia: “Minha
maior penitência é seguir a vida comum”; “Fazer o maior caso das menores
coisas, tal é o meu lema”; “Antes morrer que violar uma só de minhas regras!”;
2º. No exercício de seus deveres de estado, trate de estar muito contente com tudo
o que parece feito de propósito para desagradá-lo e molestá-lo, lembrando-se
também aqui da frase de São Francisco de Sales: “Nunca estou melhor quando
não estou bem”;
3º. Não conceda jamais um momento à preguiça; da manhã à noite, esteja ocupado
sem descanso;
4º. Se sua vida se passa dedicada, ao menos em partes, ao estudo, aplique os
seguintes conselhos de Santo Tomás de Aquino aos seus alunos: “Não se
contentem com receber superficialmente o que leem ou escutam, senão tratem
de penetrar e aprofundar seu sentido. – Não fiquem nunca com dúvidas sobre o
que podem saber com certeza. – Trabalhem com uma santa avidez em
enriquecer seu espírito; classifiquem com ordem em sua memória todos os
conhecimentos que possa adquirir. – Sem embargo, não tratem de penetrar os
mistérios que estão por acima de sua inteligência”;
5º. Ocupe-se unicamente da ação presente, sem voltar ao que precedeu nem
adiantar-se pelo pensamento ao que vem a seguir; diga com São Francisco:
“Enquanto faço isto, não estou obrigado a fazer outra coisa”; “Apressemo-nos
com bondade: será tão logo tanto quanto esteja bom“;

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6º. Seja modesto em sua compostura. Nenhum porte era tão perfeito como o de São
Francisco; tinha sempre a cabeça direita, evitando igualmente a ligeireza que a
gira em todos os sentidos, a negligência que a inclina adiante e o humor
orgulhoso e altivo que a levanta para trás. Seu rosto estava sempre tranquilo,
livre de toda preocupação, sempre alegre, sereno e aberto, sem ter sem
embargo uma jovialidade indiscreta, sem risadas ruidosas, imoderadas ou
demasiado frequentes;
7º. Quando se encontrava só se mantinha em tão boa compostura como diante de
uma grande assembleia. Não cruzava as pernas, não apoiava a cabeça no
encosto. Quando rezava, ficava imóvel como uma coluna. Quando a natureza lhe
sugeria seus gostos, não a escutava em absoluto;
8º. Considere a limpeza e a ordem como uma virtude, e a sujeira e a desordem como
um vício: evite os vestidos sujos, manchados ou rasgados. Por outra parte,
considere como um vício ainda maior o luxo e o mundanismo. Faça de modo de
ao ver sua vestimenta e adereços, ninguém diga: está desarrumado; nem: está
elegante; senão que todo o mundo possa dizer: está decente.

Mortificações para praticar em nossas relações com o próximo

1º. Suporte os defeitos do próximo: faltas de educação, de espírito, de caráter.


Suporte tudo o que nele lhe desagrada: seu modo de andar, sua atitude, seu tom
de voz, seu sotaque, e todo o resto;
2º. Suporte tudo a todos e suporte até o fim e cristãmente. Não se deixe levar jamais
por essas impaciências tão orgulhosas que fazem dizer: Que posso fazer de tal o
qual? Em que me concerne o que diz? Para que preciso o afeto, a benevolência
ou a cortesia de uma criatura qualquer, e desta em particular? Nada é menos
segundo Deus que estes desprendimentos altaneiros e estas indiferenças
depreciativas; melhor seria, certamente, uma impaciência;
3º. Encontra-se tentado a irar-se? Pelo amor a Jesus, seja manso. De vingar-se?
Devolva bem por mal. Diz-se que o segredo de chegar ao coração de Santa
Teresa, era fazer-lhe algum mal. De mostrar a alguém uma cara má? Sorria com
bondade. De evitar seu encontro? Busque-o por virtude. De falar mal dele? Fale
bem. De falar-lhe com dureza? Fale doce e cordialmente;
4º. Ame fazer o elogio de seus irmãos, sobretudo daqueles a quem sua inveja se
dirige mais naturalmente;
5º. Não diga acuidades em detrimento da caridade;
6º. Se alguém se permite em sua presença palavras pouco convenientes, ou mantém
conversações próprias para danificar a reputação do próximo, poderá às vezes

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repreender com doçura a quem fala, mas mais frequentemente será melhor
distanciar habilmente a conversação ou manifestar por um gesto de
descontentamento ou de desatenção querida que o que se está dizendo o
desagrada;
7º. Quando lhe custe fazer um favor, ofereça-se a fazê-lo: terá duplo mérito;
8º. Tenha horror de apresentar-se diante de si mesmo ou dos demais como uma
vítima. Longe de exagerar suas cargas, esforce-se em encontrá-las leves. O são
em realidade muito mais frequentemente do que parece, e o seriam sempre se
tivesse um pouco mais de virtude.

Conclusão

Em geral, saiba negar à natureza o que pede sem necessidade. Saiba fazer-lhe dar o que
ela nega sem razão. Seus progressos na virtude, disse o autor da Imitação de Cristo,
serão proporcionais à violência que saiba fazer-se. Dizia o santo Bispo de Genebra: “Há
que morrer a fim de que Deus viva em nós: porque é impossível chegar à união da alma
com Deus por outro caminho que pela mortificação. Estas palavras: Há que morrer! são
duras, mas serão seguidas de uma grande doçura, porque não se morre a si mesmo
senão para unir-se a Deus por esta morte”. Quisera Deus que pudéssemos aplicar-nos
com pleno direito as seguintes palavras de São Paulo: “Em todas as coisas sofremos a
tribulação… Trazemos sempre em nosso corpo a morte de Jesus, a fim de que a vida de
Jesus se manifeste também em nossos corpos” (2 Cor. 4, 10)
Fonte: FSSPX

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